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Profª Noely Landarin www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 99 Profª Noely Landarin Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social 2014 Aulas 01 a 24 Língua Portuguesa INSS: Técnico do Seguro Social 2014 Professora: Noely Landarin Aulas 01 a 24

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    Prof Noely Landarin Lngua Portuguesa p/ INSS: Tcnico do Seguro Social 2014

    Aulas 01 a 24

    Lngua Portuguesa INSS: Tcnico do Seguro Social 2014

    Professora: Noely Landarin

    Aulas 01 a 24

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    Aulas 01 a 24

    COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTO

    1. Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noo do assunto, a segunda para prestar ateno s

    partes. Lembre-se de que cada pargrafo desenvolve uma ideia.

    2. Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que absurdo. Geralmente um tero das

    afirmativas o so.

    3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar de se entender justamente o contrrio do

    que est escrito. Leia duas vezes o comando da questo, para saber realmente o que se pede.

    Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, no, sempre, necessrio, correta,

    incorreta, exceto, erro etc.

    4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no ltimo

    pargrafo - introduo e concluso.

    5. Se o comando busca argumentao, deve localizar-se nos pargrafos intermedirios -

    desenvolvimento.

    6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observaes margem

    do texto.

    7.No levar em considerao o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu.

    8.Tomar cuidado com os vocbulos relatores (os que remetem a outros vocbulos do texto: pronomes

    relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.

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    QUESTES DE CONCURSOS - FCC

    (FCC - INSS-Tcnico Seguro Social-fevereiro 2012)

    Ateno: As questes de nmeros 9 a 14 baseiam-se no texto seguinte.

    Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua personalidade artstica como por sua obra, foi

    alvo de intensas polmicas e de desprezo por boa parte da crtica. A incompreenso esttica e o

    preconceito antissemita tambm o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que,

    nas dcadas que se seguiram sua morte, se empenharam na apresentao de suas obras. Durante

    os anos 60, porm, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao incio de uma era de

    sucessos sem precedentes, que perdura at hoje. Intrpretes conhecidos e pesquisadores

    descobriram o compositor, enquanto gravaes discogrficas divulgavam uma obra at ento

    desconhecida do grande pblico.

    H uma srie de fatores envolvidos na transformao de Mahler em figura central da histria da

    msica do sculo XX. A viso de mundo de uma gerao mais jovem certamente teve influncia

    central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da

    existncia humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opresso social e seu posicionamento

    em favor do respeito integridade da natureza tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a

    gerao que nasceu no ps-guerra.

    O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor

    dedicava inteiramente criao musical os meses de vero, recolhendo-se em pequenas cabanas na

    paz dos Alpes austracos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe

    proporcionaram inspirao para sinfonias.

    Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali

    criadas diz muito sobre a genialidade do compositor e, sobretudo, sobre a real origem de sua

    musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na ustria no ps-guerra, essas casinhas de

    Mahler hoje se transformaram em memoriais, graas ao da Sociedade Internacional Gustav

    Mahler.

    O mundo onrico dos Alpes do incio do sculo XX certamente voltar memria de quem, tendo uma

    imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua msica grandiosa.

    (Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criao de um cone. Revista 18. Ano IV, n. 15, maro/abril/ maio de 2006, p. 52-53. Disponvel

    em: Acesso em: 22 dez. 2011)

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    1. Segundo o autor, o reconhecimento da grandeza artstica de Mahler ao longo dos anos 60

    deve-se, em larga medida,

    (A) beleza nica de suas obras, para a qual contriburam largamente o amor incondicional do

    compositor pelos sons e pela musicalidade da natureza.

    (B) harmonia do conjunto de sua obra, que, por sua simplicidade intrnseca, pde ser amplamente

    compreendida pelas geraes seguintes.

    (C) ao advento de uma gerao cujos valores, apesar da distncia temporal, correspondiam aos

    defendidos pelo compositor.

    (D) ao reconhecimento, ainda que tardio, de sua originalidade por maestros e grandes intrpretes da

    msica clssica com quem o compositor convivera.

    (E) ao de organizaes culturais que se dispuseram a divulgar a obra do compositor, mesmo

    correndo o risco de sofrer represlias por parte do pblico.

    2. Considerando-se o contexto, o elemento grifado foi substitudo de maneira INADEQUADA

    em:

    (A) ... o acompanhariam postumamente... = aps a morte

    (B) ... uma era de sucessos sem precedentes... = inditos

    (C) O amor incondicional de Mahler... = irrestrito

    (D) ... despojados retiros musicais... =singelos

    (E) O mundo onrico dos Alpes... = nebuloso

    3. Na frase O compositor dedicava inteiramente criao musical os meses de vero, o termo

    sublinhado exerce a mesma funo sinttica que o termo em destaque na frase:

    (A) A viso de mundo de uma gerao mais jovem teve influncia central aqui.

    (B) Intrpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor.

    (C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polmicas.

    (D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspirao para grandiosas

    sinfonias.

    (E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais.

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    4. Consta que, durante o vero, em meio ...... beleza das montanhas dos Alpes, Mahler buscava ......

    inspirao necessria para compor sinfonias que, felizmente, foram legadas ...... geraes futuras.

    Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

    (A) - - as

    (B) a - a - s

    (C) - a - s

    (D) a - - s

    (E) - a - as

    5. Est adequado o emprego do elemento sublinhado em:

    (A) Mahler, compositor a quem as geraes seguintes fizeram justia, foi muito incompreendido em

    vida.

    (B) A obra de Mahler, na qual tantos manifestaram incompreenso, acabou marcando o sculo XX.

    (C) Visitando Steinbach, aonde Mahler tanto se inspirou musicalmente, o turista reconhecer a paz de

    que se beneficiou o compositor.

    (D) Mahler amava a paz da natureza, em cuja se valeu para concentrar-se e compor.

    (E) O sculo XX, ao qual sobressaram grandes compositores, como Mahler, foi marcado por criaes

    bastante polmicas.

    6. As normas de concordncia esto plenamente atendidas em:

    (A) Sempre houveram pessoas sensveis o suficiente para perceberem a enorme riqueza e a

    profundidade que poderiam atingir a msica de Mahler.

    (B) Entre os que reconheceram o talento de Mahler em vida est o escultor francs Auguste Rodin,

    que esculpiu, em 1909, vrios bustos do compositor.

    (C) Prematuramente falecido, Mahler no chegou a usufruir do prestgio que lhe dedicaram, anos

    depois de sua morte, a gerao seguinte.

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    TPICOS GRAMATICAIS PARA ESTUDOS

    ACENTUAO GRFICA

    O acento grfico existe para evitar confuses e dificuldades na leitura e entendimento de certas

    palavras escritas. Veja a confuso que esta frase pode causar se a me, ao escrever este bilhete,

    no souber acentuar corretamente:

    Informo secretaria que meu filho no pode trazer os documentos.

    A quem os documentos devem ser entregues: secretria ou secretaria? Ele no pode (no

    presente) ou no pde (no passado) trazer os documentos?

    ACENTUAO TNICA

    Slaba tnica: a slaba pronunciada com mais intensidade.

    Oxtonas : so palavras cuja slaba tnica a ltima .

    ali, procurar, urubus, Nobel, refm

    Paroxtonas: so palavras cuja slaba tnica a penltima.

    preto, lbum, reprter, rubrica, gratuito

    Proparoxtonas: so palavras cuja slaba tnica a antepenltima.

    trnsito, txico, ntido, xodo, nterim.

    * Monosslabos Tnicos : pronunciados intensamente; tm carga semntica, por isso no se apiam

    nos vocbulos prximos.

    Vou pr os pacotes ali.

    Querem que eu d uma contribuio.

    * Monosslabos tonos : pronunciados fracamente, apiam-se nos vocbulos prximos.

    Vou seguir por ali.

    Precisam de colaborao.

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    REGRAS GERAIS

    1. Acentuao das proparoxtonas

    So todas acentuadas graficamente: bssola, meteorolgico, amramos, propusssemos.

    2. Acentuao das paroxtonas

    So acentuadas graficamente as terminadas em:

    a) i, is, u, us: jri, grtis, bnus, Vnus

    b) l, n, r, x, ps: amvel, fusvel, abdmen, carter, clmax, bceps

    c) om, ons: indom(espcie de avestruz) , ons, eltrons

    d) , s, o, os: m, rfs, rgo, stos

    e) um, uns: lbuns, mdium, qurum

    f) ditongo oral (crescente ou decrescente, seguido ou no de -s): jquei, pnei, vlei, vcuo,

    histria, rea, Glria, gnio

    Obs.: a) No se acentua a slaba tnica dos verbos terminados em qem: delinqem.

    b) No se acentuam os prefixos paroxtonos em r e i: super-homem, semi - internato.

    3. Acentuao das oxtonas

    Acentuam-se as terminadas em:

    a) a, as; e, es; o, os: guaran, atrs, buqu, voc, cip, retrs

    b) em, ens : armazm, retm, tambm, vaivm, vaivns (duas ou mais slabas)

    4. Acentuao dos Monosslabos

    Acentuam-se as terminadas em:

    a) a, as: c, j, gs, Brs

    b) e, es: p, ms, trs, vs

    c) o, os : p, s, vs, ns, ps

    5. Acentuao de Hiatos

    Acentuam-se o i e o u (2 vogal tnica) dos hiatos, quando estiverem sozinhos na slaba ou

    seguidos de S: ba, egosmo, pas, sada.

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    ATENO

    1. ruim, cair, Raul, raiz caiu

    2. tainha, moinho, rainha - hiato seguido de NH

    3. xiita, sucuuba (espcie de rvore)- hiatos formados por vogais idnticas- no se acentuam.

    * Acentua-se a primeira vogal tnica dos hiatos o / e: crem, enjo, abeno, revem.

    MAS: compreendem, perdoou, semeeis

    6. Acentuao dos ditongos (ANTES D0 ACORDO ORTOGRFICO)

    Acentuam-se os ditongos tnicos abertos u(s), i(s), oi(s): assemblia, hotis, constri, fogaru,

    chapus, fiis.

    8. Acentuao dos verbos

    * Nos verbos TER e VIR, coloca-se acento circunflexo na 3 pessoa do plural, do presente do

    indicativo: ele tem - eles tm // ele vem - eles vm

    * Nos derivados: ele mantm - eles mantm // ele provm - eles provm

    ele contm - eles contm // ele intervm - eles intervm

    9. Acentos diferencias (lei 5765 / dez.1971) (ANTES DO ACORDO ORTOGRFICO)

    pde (pret. perf. ind.) pode (presente ind.)

    pra (verbo) para (preposio)

    pr (verbo) por (preposio)

    ca, cas (verbo coar) coa, coas (contrao com + a(as))

    plo (substantivo) plo (verbo) pelo (preposio)

    plo (substantivo; filhote de gavio) plo (substantivo: extremidades, esporte) polo (contrao arcaica per + o)

    pra (substantivo) pra (substantivo: pedra) pera (prep. arcaica)

    Estrangeirismos e Latinismos

    As palavras latinas e estrangeiras, quando no incorporadas ao nosso idioma, no so acentuadas

    graficamente, como versus, sui generis etc. Entretanto h forma j incorporadas, ou seja,

    aportuguesadas, como libi, qurum, mdium, frum, dficit que seguem as regras de acentuao.

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    ACORDO ORTOGRFICO DA LNGUA PORTUGUESA

    O Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de

    1990, por Portugal, Brasil, Angola, So Tom e Prncipe, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique e,

    posteriormente, por

    Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.

    Esse Acordo meramente ortogrfico; portanto, restringe-se lngua escrita, no afetando nenhum

    aspecto da lngua falada. Ele no elimina todas as diferenas ortogrficas observadas nos pases que

    tm a lngua portuguesa como idioma oficial, mas um passo

    em direo pretendida unificao ortogrfica desses pases.

    Mudanas no alfabeto

    O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.

    O alfabeto completo passa a ser:

    A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

    As letras k, w e y, que na verdade no tinham desaparecido da maioria dos dicionrios da nossa

    lngua, so usadas em vrias situaes. Por exemplo:

    a) na escrita de smbolos de unidades de medida: km (quilmetro), kg (quilograma), W (watt);

    b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros

    (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, etc.

    Trema

    No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada

    nos grupos

    gue, gui, que, qui.

    Como era Como fica

    agentar aguentar

    argir arguir

    bilnge bilngue

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    Aulas 01 a 24

    Ateno: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.

    Exemplos: Mller, mlleriano.

    Mudanas nas regras de acentuao

    1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm

    acento tnico na penltima slaba).

    Como era Como fica

    alcalide alcaloide

    alcatia alcateia

    andride androide

    apia (verbo apoiar) apoia

    apio (verbo apoiar) apoio

    asteride asteroide

    bia boia

    celulide celuloide

    clarabia claraboia

    colmia colmeia

    Ateno: essa regra vlida somente para palavras paroxtonas. Assim, continuam a ser acentuadas

    as palavras oxtonas terminadas em is, u, us, i, is. Exemplos: papis, heri, heris, trofu,

    trofus.

    2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de

    um ditongo.

    Como era Como fica

    baica baiuca

    bocaiva bocaiuva

    caula cauila

    feira feiura

    Ateno: se a palavra for oxtona e o i

    ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acento permanece.

    Exemplos: tuiui, tuiuis, Piau.

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    3. No se usa mais o acento das palavras terminadas em em e o(s).

    Como era Como fica

    abeno abenoo

    crem (verbo crer) creem

    dem (verbo dar) deem

    do (verbo doar) doo

    enjo enjoo

    lem (verbo ler) leem

    mago (verbo magoar) magoo

    perdo (verbo perdoar) perdoo

    povo (verbo povoar) povoo

    vem (verbo ver) veem

    vos voos

    zo zoo

    4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para, pla(s)/ pela(s), plo(s)/pelo(s),

    plo(s)/polo(s) e pra/pera.

    Como era Como fica

    Ele pra o carro. Ele para o carro.

    Ele foi ao plo Norte. Ele foi ao poloNorte.

    Ele gosta de jogar plo Ele gosta de jogar polo

    Esse gato tem plos Esse gato tem pelos.

    Comi uma pra. Comi uma pera.

    Ateno:

    Permanece o acento diferencial em pde/pode.

    Pde a forma do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3 pessoa do singular.

    Pode a forma do presente do indicativo, na 3 pessoa do singular.

    Exemplo: Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

    Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio.

    Exemplo: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim.

    Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de

    seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

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    Exemplos:

    Ele tem dois carros. / Eles tm dois carros.

    Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Sorocaba.

    Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra.

    Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes.

    Ele detm o poder. / Eles detm o poder.

    Ele intervm em todas as aulas. / Eles intervm em todas as aulas.

    facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ frma.

    Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual a forma da

    frma do bolo?

    5. No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do

    presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

    6. H uma variao na pronncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar,

    averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.

    Esses verbos admitem duas pronncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente

    do subjuntivo e tambm do imperativo.

    Veja:

    a) se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser acentuadas.

    Exemplos:

    verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues, enxguem.

    verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam.

    b) se forem pronunciadas com u tnico, essas formas deixam de ser acentuadas.

    Exemplos (a vogal sublinhada tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):

    verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.

    verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

    Ateno: no Brasil, a pronncia mais corrente a primeira, aquela com a e i tnicos.

    Guia Reforma Ortografica CP.indd 15 uia 10/7/2008

    DOUGLAS TUFANO

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    EMPREGO DO HFEN

    1. Nas formaes com prefixos como: ante-, anti-, circum-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-,

    intra-, ps-, pr-, pr-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, ... ou falsos prefixos, de origem grega ou

    latina, como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-,

    mini-, multi-, pan-, neo-, pluri-, pseudo-, retro-, semi-, tele-..., emprega-se o hfen nos seguintes

    casos:

    a) Quando o segundo elemento comea por h: anti-higinico, circum-hospitalar, co-herdeiro,

    extra-humano, pr-histria, sub-heptico, pr-histria, geo-histria, pan-helenismo, semi-

    hospitalar.

    Obs.: No se usa o hfen quando des- e in- so seguidos de elemento que perdeu o h inicial:

    desumano, desumidificar, inbil, inumano.

    b) Quando o prefixo ou pseudoprefixo termina na

    Mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibrico, contra-almirante, supra-

    auricular, auto-observao, micro-onda, semi-interno.

    Obs.: Co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando iniciado por o:

    coobrigao, coordenar, coocupante, cooperar.

    c) Quando circum- e pan- antecedem vogal, m ou n : circum-murado, circum-navegao, pan-

    africano, pan-mgico, pan-negritude.

    d) Quando hiper-, inter-, e super- antecedem r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

    e) Aps sota-, soto-, vice-, vizo-, ex- (com sentido de estado anterior ou cessamento): ex-

    almirante, ex-hospedeira, vice-presidente, ex-rei, vice-reitor, sota-piloto.

    f) Com os prefixos tnicos ps-, pr-, pr-, quando o segundo elemento tem vida parte: ps-

    graduao, ps-tnico, pr-escolar, pr-natal, pr-europeu. Mas: pospor, prever, promover.

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    2. No se emprega o hfen

    a) Quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por r ou s,

    devendo estas consoantes duplicarem-se: antissemita, contrarregra, antirreligioso, cosseno,

    minissaia, biossatlite, microssistema, microrradiografia.

    b) Quando o prefixo ou pseudo prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por

    vogal diferente: antiareo, coeducao, extraescolar, aeroespacial, autoestrada,

    autoaprendizagem, agroindustrial, hidroeltrico, plurianual.

    Fonte: Pimentel, Ernani. Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa/ Vestcon (2008)

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    ORTOGRAFIA

    Na lngua portuguesa, diversos fatores dificultam a escrita correta de certas palavras. Um desses

    fatores, por exemplo, relaciona-se possibilidade de alguns fonemas admitirem diferentes grafias.

    H alguns procedimentos que podem diminuir as dificuldades relativas ortografia

    conhecer as orientaes ortogrficas;

    consultar, sempre que necessrio, o dicionrio;

    memorizar a grafia das palavras por meio da leitura e da escrita contnua.

    Ortografia a parte da Gramtica que se ocupa da correta representao escrita das

    palavras. Grafar corretamente uma palavra significa adequar-se a um padro estabelecido por lei.

    ORIENTAES ORTOGRFICAS

    1. A Letra X e o Dgrafo CH

    Usa-se a letra X

    aps um ditongo: caixa , trouxa , paixo. Exceo: recauchutar e seus derivados

    aps o grupo inicial en: enxada, enxame, enxaqueca, enxurrada, enxugar

    Exceo: encher e seus derivados; palavras iniciadas por ch que recebem en-: encharcar (de

    charco)

    aps o grupo inicial me : mexer, mexicano , mexerico. Exceo: mecha

    nas palavras de origem indgena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas: xavante,

    xingar, xerife, xampu, xar.

    2. As Letras G e J

    Usa-se a letra G

    nos substantivos terminados em -agem, igem - ugem: barragem, contagem, fuligem, ferrugem,

    vertigem . Excees: pajem, lambujem, lajem

    nas palavras terminadas em -gio, -gio, -gio, -gio, -gio: contgio, colgio, prestgio, relgio,

    refgio

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    Usa-se a letra J

    nas formas dos verbos terminados em -jar : arranjar (arranjo, arranjem), enferrujar (enferrujem)

    nas palavras oriundas do tupi, africana e rabe ou de origem extica: jibia, paj, jirau, canjica,

    Moji.

    3. As Letras S ou Z

    Usa-se a letra S

    nas palavras que derivam de outra em que j existe S : alisar (liso), pesquisar (pesquisa), analisar

    (anlise)

    nos sufixos :

    - -s, -esa ( indicao de nacionalidade, ttulo, origem): chins, marquesa, duquesa, baronesa

    - - ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos): paranaense, amoroso, gasoso, nervosa

    - -isa (formao de feminino) : poetisa, profetisa, sacerdotisa, diaconisa

    aps ditongos: lousa, coisa, ausncia, Neusa

    nas formas dos verbos pr (e derivados) e querer: pus, pusssemos, repusera, quisesse,

    quisssemos

    nas formas dos verbos com radicais terminados em ND, RG, RT, CORR, SENT, PEL: repreender =

    repreenso, imergir = imerso , reverter = reverso, recorrer = recurso, consentir = consenso,

    impelir = impulso.

    Usa-se a letra SS

    * verbos cujos radicais terminam em CED, GRED, PRIM, TIR: conceder = concesso, regredir =

    regresso, reprimir = represso, admitir = admisso

    Usa-se a letra Z

    nas palavras derivadas de outras em que j existe Z : deslize - delizar; razo - razovel

    nos sufixos

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    - -ez , -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos) : rijo - rijeza; rgido - rigidez ;

    nobre - nobreza ; surdo - surdez ; invlido - invalidez ; macio - maciez

    - - izar (formador de verbos) e -izao (formador de substantivos): civilizar , civilizao ; colonizar,

    colonizao ; realizar , realizao.

    4. As Letras E e I

    Os verbos com infinitivos terminados em -oar e -uar so grafados com e: abenoe, magoe, atue,

    continue, efetue

    Os verbos terminados em -air, -oer e -uir so grafados com i: cai, sai, mi, corri, possui, atribui.

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    CLASSES GRAMATICAIS

    Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, so dez as classes gramaticais, e podem ser

    identificadas conforme as caractersticas que apresentam.

    O quadro a seguir apresenta as dez classes gramaticais.

    Tipo Caractersticas Exemplo

    Substantivo

    Denomina os seres em geral. Designa:

    pessoa, animal, coisa (concreto),

    qualidade, estado, ao (abstrato).

    Mesa, Fortaleza, Deus, porta, beleza,

    amor, saudade, velocidade, beija-flor,

    sol.

    Adjetivo Acompanha o substantivo para indicar

    a qualidade dos seres, caracteriza o

    substantivo.

    Violncia urbana, sonhos impossveis,

    sonho de criana (pueril).

    Artigo definido determina o substantivo

    indefinido indetermina o substantivo

    o, a os, as

    um, uma, uns, umas

    Numeral

    indica noo numrica (quantidade)

    a) cardinal

    b) ordinal

    c) fracionrio

    d) multiplicativo

    trs, catorze, cinqenta

    primeiro, quinto, dcimo

    trs-quartos

    dobro, triplo, qudruplo

    Pronome Substitui (pron. substantivo) ou

    acompanha (pron.adjetivo) o

    substantivo.

    Todos disseram-lhe a verdade.

    Nossos assessores entregaram aquele

    documento.

    Advrbio Modifica o verbo, o adjetivo e o prprio

    advrbio, pois exprime circunstncia

    (tempo, lugar, modo etc)

    Extremamente irresponsvel.

    Estudou muito.

    Muito bem!

    Preposio Liga palavras, ou oraes,

    estabelecendo noo de dependncia.

    Desejo de vingana.

    Amor vida.

    Conjuno Liga oraes ou palavras da mesma

    funo.

    Estudou bastante, logo deve ser

    aprovado. Joo e Maria so irmos.

    Interjeio Expressa estado emotivo. Oh! Ah! Salve! Ave!

    Verbo Palavra que designa processo ao,

    estado, aparncia, fenmeno ou

    mudana de estado.

    Um bbado solitrio atravessou a rua.

    A situao parece tranqila.

    Chovia torrencialmente.

    Tornou-se empresrio..

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    1. Conceito

    Verbo a palavra que exprime ao, estado, mudana de estado, fenmeno natural e outros

    processos, flexionando-se em pessoas, nmero, modo, tempo e voz.

    Os trs exemplos seguintes foram retirados da obra de Fernando Pessoa:

    "Todos os amantes beijaram-se na minh'alma".(ao)

    "Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida" (estado)

    "Ah, na minha alma sempre chove." (fenmeno da natureza)

    2. Flexes

    O verbo a classe de palavras que apresenta o maior nmero de possibilidades de flexo na lngua

    portuguesa. Graas a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informaes. A forma

    falvamos , por exemplo, indica, por meio de seus morfemas:

    a) a ao de falar (fal-);

    b) o tempo em que tal ao ocorre: pretrito imperfeito ( - va)

    c) a pessoa gramatical que pratica essa ao: 1 pessoa do plural, ns (- mos)

    d) o modo como encarada essa ao: modo indicativo, pois expressa um fato realmente

    ocorrido no passado;

    e) que o sujeito - ns - pratica a ao expressa pelo verbo: voz ativa

    2.1. Flexo de Nmero

    A flexo de nmero indica a quantidade de seres envolvidos no processo verbal. So dois os

    nmeros: o singular e o plural. O verbo admite singular e plural, concordando com seu sujeito.

    A tartaruga desapareceu.

    As tartarugas desapareceram.

    2.2. Flexo de Pessoa

    A flexo de pessoa indica as pessoas do discurso (1 , 2 e 3). As trs pessoas gramaticais servem

    de sujeito ao verbo.

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    1 pessoa: aquela que fala, ou seja, o emissor ou falante e corresponde aos pronomes pessoais eu

    (singular) e ns (plural).

    Eu respondo. Ns respondemos.

    2 pessoa: aquela com quem se fala (receptor ou ouvinte) e corresponde aos pronomes tu (singular)

    e ns (plural).

    Tu respondes. Vs respondeis.

    3 pessoa: aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles,

    elas (plural).

    Ele responde. Eles respondem.

    2.3. Flexo de Modo

    A flexo de modo indica a maneira, o modo como o fato se realiza. So trs os modos do verbo: o

    indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Alm dos modos, existem as formas nominais: infinitivo,

    gerndio e particpio.

    2.4. Flexo de Tempo

    A flexo de tempo indica o momento ou a poca em que se realiza o fato. So trs os tempos: o

    presente, o pretrito e o futuro. Somente o pretrito e o futuro so divisveis.

    Eis o esquema dos tempos simples em Portugus:

    INDICATIVO

    Presente: eu falo

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    Pretrito perfeito: eu falei

    Pretrito imperfeito: eu falava

    Pretrito mais que perfeito: eu falara

    Futuro do presente: eu falarei

    Futuro do pretrito: eu falaria

    SUBJUNTIVO

    Presente: que eu fale

    Pretrito imperfeito: se eu falasse

    Futuro: quando eu falar

    IMPERATIVO

    Imperativo Afirmativo: fala tu, fale voc

    Imperativo Negativo: no fales tu, no fale voc

    FORMAS NOMINAIS

    Infinitivo impessoal: falar

    pessoal: falar eu, falares tu

    Gerndio: falando

    Particpio: falado

    3. Voz

    a maneira como se apresenta a ao expressa pelo verbo em relao ao sujeito. So trs as

    vozes verbais:

    3.1. ativa: nela, o sujeito se diz agente, porque praticante da ao verbal.

    O carroceiro disse um palavro.

    Suj ag.

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    3.2. passiva: nela , o sujeito se diz paciente, porque o recebedor da ao verbal

    Um palavro foi dito pelo carroceiro.

    Suj. pac.

    A voz passiva pode ser:

    * analtica: formada com os verbos ser, estar e ficar, seguidos de particpio.

    Uma mensagem foi enviada pelo mensageiro.

    * sinttica: formada com um verbo transitivo direto acompanhado do pronome SE, que se diz

    apassivador.

    Enviou-se uma mensagem.

    3.3. reflexiva: nela, o sujeito se diz agente e paciente, pois ao mesmo tempo o praticante e o

    recebedor da ao verbal .

    O carroceiro machucou-se.

    suj ag./ pac.

    4. Conjugaes

    So trs as conjugaes, caracterizadas pela vogal temtica:

    1 conjugao

    caracterizada pela vogal temtica a - am - a - r

    2 conjugao

    caracterizada pela vogal temtica e - vend - e - r

    3 conjugao

    caracterizada pela vogal temtica i - part - i - r

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    5. Locuo Verbal

    o conjunto de verbo auxiliar + verbo principal (no gerndio ou no infinitivo). Recebe ainda a

    denominao de perfrase verbal ou conjugao perifrstica.

    Nossa lngua no dispe de flexes prprias suficientes para exprimir com rigor todos os momentos

    do processo verbal. Vale-se, ento, dos verbos auxiliares, que se usam para exprimir os mais

    diferentes aspectos da ao.

    OBS.: No se confunde a noo de locuo verbal com a de tempo composto. O tempo composto

    sempre traz o verbo principal no particpio, alm do que, faz parte da conjugao normal, possui um

    nome (pretrito perfeito composto, futuro do presente composto, etc); a locuo verbal tem o verbo

    principal no gerndio ou no infinitivo e empregada para enunciar aspectos ou modos da ao.

    6. Formas

    * Rizotnicas: so as formas verbais em que o acento tnico cai no radical. Por exemplo: amo,

    parto, bebam, etc.

    * Arrizotnicas: so as formas verbais em que o acento tnico no cai no radical, e sim na

    terminao. Por exemplo: amarei, partirs, beberamos, etc.

    MODOS VERBAIS E FORMAS NOMINAIS: EMPREGO

    Modos Verbais

    A atitude do falante em relao ao fato expresso pelo verbo pode ser explicitada pelo modo verbal.

    O falante emprega o modo indicativo quando afirma, interroga ou nega fatos, considerando que

    eles ocorreram, ocorrem ou ocorrero.

    Voltaro logo para casa.

    O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio,

    um desejo:

    Talvez voltem logo para casa.

    O modo imperativo, o falante dirige-se a um ouvinte para dar uma ordem, um conselho ou fazer um

    pedido.

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    Volte logo para casa.

    MODO INDICATIVO

    Presente

    a) Expressa um fato que ocorre no momento em que se fala.

    As guas atingem um metro, afirma o locutor da TV.

    b) Expressa uma verdade cientfica, uma lei, um fato real que data de muito tempo e deve durar por

    tempo indefinido. chamado de presente durativo:

    O interior do planeta Terra gira mais depressa.

    c) Expressa uma ao habitual ou freqente. Nesse caso, chamado de presente habitual ou

    freqentativo.

    Todo dia ela faz tudo sempre igual

    Me sacode s seis horas da manh

    Me sorri um sorriso pontual

    E me beija com a boca de hortel

    (Chico Buarque)

    d) Expressas fatos passados. chamado de presente narrativo ou histrico. bastante utilizado

    em textos jornalsticos, principalmente nas manchetes, para transmitir ao leitor a impresso de que os

    fatos so recentes.

    Enchente provoca emergncia no Paran.

    e) utilizado em lugar de futuro.

    Volto tera-feira que vem.

    f) utilizado para substituir o imperativo, expressando de forma delicada um pedido ou ordem.

    Compare as duas frases:

    Resolva o problema. (imperativo)

    Voc me resolve o problema? (presente)

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    g) Substitui o futuro do subjuntivo

    Se voc vem, traga-me o material. (presente)

    Se voc vier, traga-me o material. (futuro do subjuntivo)

    Pretrito Imperfeito

    a) Expressa um fato no concludo no passado.

    Nos primeiros anos do sculo XX, o restrito crculo das sociedades industrializadas vivia momentos

    de euforia.

    b) Expressa um fato habitual ou repetido no passado. chamado de pretrito imperfeito

    freqentativo.

    H srios indcios de que os membros da realeza se casavam e se acasalavam no seio da mesma

    famlia.

    c) Quando se expressam dois fatos concomitantes, o processo que estava ocorrendo e que cessa

    quando ocorre outro expresso pelo pretrito imperfeito:

    O nibus fazia a linha Rio-SP e tombou quando o motorista desviou do engavetamento.

    d) utilizado para iniciar narrativas, lendas, fbulas, em geral com o verbo ser, indicando

    tempo vago, impreciso:

    Era uma vez um menino maluquinho...

    e) Substitui o futuro do pretrito

    Se eu pudesse ficar sem escrever, no escrevia . Escrevo porque no tem jeito.

    f) Substitui o presente do indicativo para conotar maior polidez

    Queria que vocs caprichassem mais nos trabalhos (Quero que vocs caprichem mais...)

    g) utilizado na linguagem infantil, principalmente para definir papis nas brincadeiras.

    Agora eu era o heri.

    E o meu cavalo s falava ingls... (Chico Buarque)

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    Pretrito Perfeito

    a) Indica um processo completamente concludo em relao ao momento em que se fala.

    O europeu chegou ao Novo Mundo com uma bagagem repleta de supersties e preconceitos e

    atirou-se s conquistas, sob a justificativa de estar a servio de Deus e de Sua Majestade.

    b) A forma composta expressa um processo passado que se repetiu ou se repete at o presente.

    No tenho estudado msica.

    Pretrito mais-que-perfeito

    a) Expressa um fato passado, que ocorreu antes de outro, tambm passado. Portanto, o mais-que-

    perfeito exprime um fato duplamente passado.

    passado em relao ao momento em que se fala;

    passado em relao ao momento em que se realizou outro fato.

    Mentiu outra vez ao afirmar que falara tudo ao presidente do clube.

    b) Na linguagem literria, pode substituir o futuro do pretrito.

    Descrever o abalo que sofreu Inocncia ao dar, cara a cara, com Maneco fora impossvel.

    c) usado em oraes optativas

    Quisera entender meu som tropical.

    d) Na linguagem coloquial prefere-se a forma composta

    Quando eu entrei na sala, o professor j entrara.

    Quando eu entrei na sala, o professor j tinha entrado.

    Futuro do Presente

    a) Exprime um fato (realizvel ou no) posterior ao momento em que se fala. Portanto, no momento

    da fala, o fato ainda inexistente.

    Grmio ter time completo contra o Penharol.

    b) Pode evidenciar incerteza a respeito de um fato presente.

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    Aulas 01 a 24

    Ter o atual prefeito a mesma ousadia do anterior?

    c) Pode substituir o imperativo

    com valor categrico

    Sers derrotado, meu compadre!

    com valor de sugesto

    Voc far tudo para ser aprovado no concurso , no mesmo?

    A forma composta pode ser empregada:

    a) para indicar que uma ao futura ser realizada antes de outra.

    Vocs sero vtimas das prprias armadilhas que tero construdo.

    b) para indicar a certeza de uma ao futura.

    A sim teremos compensado todos os nossos esforos.

    c) para indicar incerteza diante de um fato passado.

    Essa ltima administrao ter resolvido os problemas bsicos da cidade.

    Futuro do Pretrito

    a) Expressa um fato futuro em relao a outro j passado.

    O proprietrio deixou claro que haveria dificuldades.

    b) Substitui o presente do indicativo, para atenuar uma ordem ou um pedido.

    Pediria que todos se manifestassem a respeito do assunto.

    c) Pode ser substitudo pelo pretrito imperfeito do indicativo.

    Ah! se eu fosse voc, eu voltava para mim.

    d) Pode expressar incerteza, dvida, possibilidade.

    Seria ele o responsvel pelo fracasso da assemblia?

    A forma composta empregada para

    a) indicar a possibilidade de um fato passado ter ocorrido.

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    Aulas 01 a 24

    Presumiu que teria visto o cometa.

    b) para indicar incerteza a respeito de um fato passado.

    O acidente teria ocorrido na Rodovia dos Bandeirantes?

    MODO SUBJUNTIVO

    O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio, um

    desejo.

    possvel que tudo se resolva logo.

    Em seus diversos tempos, o modo subjuntivo aparece geralmente em oraes dependentes, mas

    pode ocorrer tambm em oraes independentes.

    No vamos deixar / que a inflao volte.

    1 orao 2 orao depende da 1

    Deus te oua! (orao independente)

    TEMPOS DO SUBJUNTIVO

    A localizao temporal expressa pelos tempos do subjuntivo menos ntida que a dos tempos do

    indicativo. Como geralmente o subjuntivo ocorre numa orao dependente, o tempo empregado vai

    depender do tempo verbal da orao principal.

    Presente

    Nos vrios empregos estudados anteriormente, o presente do subjuntivo vai expressar tempo

    presente ou futuro, dependendo do tempo do verbo da orao principal.

    Usa-se o presente do subjuntivo quando o verbo da orao principal estiver no:

    a) presente do indicativo

    inevitvel / que cedo ou tarde estas qualidades sejam valorizadas.

    b) imperativo

    Faa a reviso do carro / para que viaje tranqilo.

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    c) futuro do presente

    Far a reviso do carro / para que viaje tranqilo.

    Pretrito Imperfeito

    Expressa fatos, presente ou futuro, e ocorre quando o verbo da orao principal estiver no:

    a) pretrito imperfeito do indicativo

    Desejvamos / que tudo no passasse de um grande engano.

    b) pretrito perfeito do indicativo

    Desejei / que tudo no passasse de um grande engano.

    c) futuro do pretrito

    Desejaria / que tudo no passasse de um grande engano.

    Pretrito Perfeito

    Esse tempo s existe na forma composta. Expressa um fato j ocorrido quando o verbo da orao

    principal estiver no presente do indicativo.

    Desejo que todo esse sofrimento no tenha sido em vo.

    Pretrito Mais - que - perfeito

    Esse tempo s existe na forma composta. empregado para exprimir uma ao que deveria ter

    ocorrido no passado, anterior a outro fato, tambm passado. Ocorre quando o verbo da orao

    principal estiver no pretrito imperfeito do indicativo ou no futuro do pretrito do indicativo.

    Queria que ela tivesse sado do colgio.

    Ficaria feliz se elas houvessem sado do colgio.

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    Futuro

    A forma simples empregada em oraes que expressem um fato eventual, hipottico. Aparece

    apenas em oraes dependentes, junto com oraes principais que tenham verbo no presente ou no

    futuro.

    Vou se quiser. (indica condio) Irei se quiser.

    Vou como quiser. (indica modo) Irei como quiser.

    Vou quando quiser. (indica tempo) Irei quando quiser

    A forma composta expressa um fato que ser concludo no futuro, em relao a outro fato, tambm

    futuro.

    S ficarei sossegado quando tiverem terminado a reforma da casa.

    MODO IMPERATIVO

    No imperativo o falante dirige-se a um ouvinte na tentativa de fazer com que este realize o processo

    expresso pelo verbo. Portanto, o imperativo exprime:

    a) ordem

    Saiam j da quadra - ordenou o inspetor de alunos.

    b) conselho

    Olhe; um conselho: faa-se forte aqui, faa-se forte.

    c) solicitao

    Por favor, chegue mais perto do microfone.

    d) splica

    mquina, orai por ns.

    e) sugesto

    No grite com ele, que tudo dar certo.

    O imperativo pode ser substitudo

    a) por interjeio

    Silncio!

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    b) pelo presente do indicativo

    Voc a, me diz a verdade...

    c) pelo futuro do presente

    No matars.

    d) pelo imperfeito do subjuntivo

    E se todos falassem mais baixo?

    e) pelo infinitivo

    No virar esquerda.

    f) pelo gerndio

    Circulando! Circulando! A polcia chegou.

    CLASSIFICAO DOS VERBOS

    1. Quanto funo

    Quanto funo, o verbo pode ser auxiliar ou principal.

    Verbo auxiliar aquele que, perdendo seu significado prprio, utilizado para auxiliar a

    conjugao de outro, chamado de verbo principal.

    - No parece que ela est rindo?

    Os auxiliares mais comuns so: ter, haver, ser e estar.

    Alguns verbos podem funcionar, ocasionalmente, como auxiliares: ir, vir, andar.

    Compare as duas frases:

    Ele anda a p. (andar - verbo principal)

    Ele anda falando mal de todo mundo. (andar - verbo auxiliar)

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    Aulas 01 a 24

    Compare ainda:

    Ela queria mais espao para danar.

    (queria - verbo principal)

    Curiosos queriam ver as tartaruguinhas.

    (queria - verbo auxiliar)

    2. Quanto flexo

    a) Regulares

    So aqueles que seguem um paradigma, isto , um modelo de conjugao.

    O radical desses verbos permanece inalterado em todas as formas. Exemplos de verbos regulares:

    amar, falar, comprar, vender, partir.

    amo, amas, amssemos, amarei, amado...

    veno, vencerei, venceramos, vencestes...

    b) Irregulares

    So aqueles que no seguem o paradigma dos verbos de sua conjugao, sofrendo alteraes no

    radical ou na terminao. So irregulares, por exemplo, os verbos fazer, dar, pedir, ir, poder, etc.

    fao, fiz, feito

    posso, podes, poderamos

    c) Anmalos

    So os que, durante a conjugao, apresentam radicais distintos. Existem apenas dois:

    Ser (sou, s, fui)

    Ir (vou, ia, fui)

    d) Defectivos

    So aqueles que no so conjugados em todos os tempos, modos e pessoas. Os principais so

    estes:

    1) todos os verbos impessoais e unipessoais;

    2) adequar e precaver, que s se conjugam nas formas rizotnicas;

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    3) computar, que no possui a 1, a 2 e a 3 pessoa do singular do presente do indicativo e,

    conseqentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo; do imperativo

    afirmativo s possui esta pessoa: computai;

    4) viger, que s se conjuga nas pessoas que mantm a vogal temtica E; mais usado nas terceiras

    pessoas, do singular e do plural;

    5) feder e soer, que no possuem a 1 pessoa do singular do pres. do ind. e, conseqentemente,

    todo o pres. do subj. e todo o imperativo negativo;

    6) reaver, derivado de haver, que s se conjuga nas formas em que este conserva a letra V;

    7) abolir, falir e uma srie de outros da 3 conjugao .

    Classificam-se os verbos da 3 conjugao em dois grandes grupos:

    1 - os que seguem a conjugao de abolir, que no possui a 1 pessoa do singular do presente do

    indicativo e, conseqentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo

    Indicativo, presente (- , aboles, abole, abolimos, abolis, abolem)

    Imperativo afirm. (abole, aboli)

    Os principais verbos que seguem essa conjugao so: aturdir, banir, bramir, brunir, carpir, colorir,

    comedir, delinqir, delir, demolir, descomedir, desmedir, esculpir, exaurir, explodir, extorquir, fremir,

    fundir, jungir, pungir, refulgir, retorquir, ruir, urgir.

    2 - os que seguem a conjugao de falir, que s se usa nas formas arrizotnicas, no possuindo

    tambm todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo.

    Indicativo, presente (falimos, falis)

    Imperativo afirmativo. (fali)

    Os principais verbos que seguem essa conjugao so: adir, aguerrir, combalir, embair, emolir,

    empedernir, esbaforir-se, escandir, espavorir, florir, foragir-se, garrir, rangir, reflorir, remir, renhir,

    ressarcir, ressequir, e transir.

    e) Abundantes

    So aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes. Geralmente essas formas aparecem

    no particpio. Ex.: havemos, e hemos, haveis e heis, acendido e aceso, soltado e solto.

    Dos particpios, o que termina em -do regular; o outro irregular.

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    Aulas 01 a 24

    Os particpios regulares so usados na voz ativa, ou seja, com ter e haver; os irregulares so

    empregados na voz passiva, ou seja, com ser, estar, ficar, etc.; nem sempre, porm, a lngua

    contempornea segue tal norma.

    O deputado tinha aceitado um acordo; depois arrependeu-se.

    O acordo foi aceito pelo deputado.

    J estava aceito o acordo quando ele se arrependeu.

    Com os auxiliares:

    Ter e Haver - emprega-se o particpio regular.

    Ex: Minha me j havia fritado os ovos.

    Ser e Estar emprega-se o particpio irregular.

    Ex: Os ovos j esto fritos.

    Observaes:

    Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pr, ver, vir e seus derivados possuem apenas o

    particpio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo.

    1. Na lngua contempornea, h uma certa tendncia pelo uso dos particpios irregulares, o que

    justifica o desuso de ganhado, gastado e pagado.

    3. Quanto existncia ou no do sujeito.

    a) Pessoais

    So aqueles que se referem a qualquer sujeito implcito ou explcito. A maior parte dos verbos de

    nossa lngua so pessoais.

    O Nino apareceu na porta.

    b) Impessoais

    So aqueles que no se referem a qualquer sujeito implcito ou explcito. Esses verbos so utilizados

    sempre na 3 pessoa. Consideram-se como impessoais:

    1. verbos que indicam fenmenos meteorolgicos: chover, nevar, ventar, etc.

    Garoava na madrugada roxa.

    (Alcntara Machado)

    2. o verbo haver, no sentido de existir, ocorrer, acontecer.

    Houve um espetculo ontem.

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    Havia o cu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos claros. (Bernardo lis)

    H alunos na sala.

    3. o verbo fazer, indicando tempo decorrido ou fenmeno meteorolgico.

    Fazia dois anos que eu estava casado.

    Faz muito frio nesta regio.

    OBS.: Alguns desses verbos podem ser empregados em sentido figurado. Nesse caso, so pessoais,

    uma vez que podem apresentar sujeito.

    O orador trovejava ameaas.

    Choveram canivetes.

    TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS

    1. Derivados do presente do indicativo:

    a) Presente do subj. (1. conj: e-es-e-emos-eis-em, 2. e 3. conj: a-as-a-amos-ais-am)

    b) Imperativo afirmativo (tu e vs = Presente indic. menos o S / voc,ns, vocs = Presente subj.)

    c) Imperativo negativo - (exatamente igual ao Presente do subjuntivo).

    Observe o quadro:

    Derivados do Presente do Indicativo

    Presente do

    Indicativo

    Imperativo Afirmativo Presente do

    Subjuntivo

    Imperativo Negativo

    radical da 1 pessoa do presente do indicativo

    Fa o xxxxxxxxxxxxx faa xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    Fazes Faze tu faas No faas tu

    Faz Faa voc faa No faa voc

    Fazemos Faamos ns faamos No faamos ns

    Fazeis Fazei vs faais No faais vs

    Fazem Faam vocs faam No faam vocs

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    Exercite

    Verbo:

    Presente Indicativo. Imperativo Afirmativo Presente subjuntivo Imperativo negativo

    Imperativo Afirmativo Pronomes Correspondente Imperativo Negativo (no)

    eu no h ----- eu no h

    tu pres. (ind.) -s te, teu (s), tua (s) tu pres. (subj..)

    voc pres. (subj.) lhe, se, seu, sua voc pres. (subj.)

    ns pres. (subj.) nos, conosco, nosso ns pres. (subj.)

    vs pres. (ind.) -s vos, convosco, vosso vs pres. (subj.)

    vocs pres. (subj.) lhes, se, seus, suas vocs pres. (subj.)

    Uniformidade de Tratamento

    Quando escrevemos ou nos dirigimos a algum, no permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa

    do tratamento escolhido inicialmente. Assim, por exemplo, se comeamos a chamar algum de voc,

    no poderemos usar o te ou teu, e os verbos vo para a 3a pessoa.

    Frase errada:

    Medi vossas foras antes de te entregar luta.

    Frase correta:

    Medi vossas foras antes de vos entregardes luta.

    2. Derivados do Pretrito Perfeito do Indicativo

    a) Pretrito mais-que-perfeito do indicativo (tema + ra, ras, ra, ramos, reis, ram)

    b) Pretrito imperfeito do subjuntivo (tema + sse, sses, sse, ssemos, sseis, ssem)

    c) Futuro do subjuntivo (tema + r, res, r, rmos, rdes, rem)

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    Observe:

    Derivados do Pretrito Perfeito do Indicativo

    Pret. Perfeito

    do indicativo

    Pret. Mais-que-Perf.

    do indicativo

    Pret. Imperfeito

    do subjuntivo

    Futuro do subjuntivo

    tema do pretrito perfeito (2. pessoa do singular) menos -STE

    fiz fize ra fize sse fize r

    fizeste fize ras fize sses fize res

    fez fize ra fize sse fize r

    fizemos fiz ramos fiz ssemos fize rmos

    fizestes fiz reis fiz sseis fize rdes

    fizeram fize ram fize ssem fize rem

    EXERCITE

    Verbo:

    Pret.Perfeito indicativo Pret.Mais-que-perfeito ind Pret.Imperfeito subjuntivo Futuro subjuntivo

    3. Derivados do Infinitivo

    a) Pretrito Imperfeito Indicativo (radical + ava,avas,ava,vamos,veis,avam 1.conj.)(radical +

    ia,ias,ia,amos,eis, iam - 1. e 2. conj.);

    b) Futuro do Presente (tema + rei, rs, r, remos, reis, ro);

    c) Futuro do Pretrito (tema + ria, rias, ria, ramos, reis, riam);

    d) Particpio (radical + ado - 1. conj. / radical + ido - 2. e 3. conj.

    e) Gerndio (tema + ndo )

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    Observe:

    Derivados do Infinitivo - 1. Conjugao

    radical tema

    cant -ar canta - r

    cant-ado cant ava canta rei canta ria

    cant avas canta rs canta rias

    cant ava canta r canta ria

    cant vamos canta remos canta ramos

    cant veis canta reis canta res

    cant avam canta ro canta riam

    Derivados do Infinitivo - 2. e 3. conjugaes

    radical tema

    pod er / ped ir pode r / pedi r

    pod

    ido

    pod ia ped ia pode rei pedi rei pode ria pedi ria

    pod ias ped ias pode rs pedi rs pode rias pedi rias

    pod ia ped ia pode r pedi r pode ria pedi ria

    pod amos ped

    amos

    pode remos pedi

    remos

    pode

    ramos

    pedi ramos

    ped

    ido

    pod eis ped eis pode reis pedi reis pode reis pedi reis

    pod iam ped iam pode ro pedi ro pode riam pedi riam

    Observaes:

    1. Os verbos fazer, dizer e trazer, bem como seus derivados, perdem a slaba z no futuro do

    presente e no futuro do pretrito. farei (fazerei); direi (dizerei), trarei (trazerei) faria (fazeria); diria

    (dizeria); traria (trazeria)

    2. Os verbos ter, vir e pr, seus derivados, tm desinncias prprias para o pretrito imperfeito do

    indicativo: tinha (e no tia); vinha (e no via); punha (e no poa).

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    EXERCITE

    Verbo:

    Infinitivo: Pret.Imperfeito indic. Futuro do Presente Futuro do Pretrito

    Particpio:

    Gerndio:

    CORRELAO ENTRE TEMPOS:

    Usa-se FUTURO DO PRESENTE > FUTURO DO SUBJUNTIVO

    Cumpriremos o acordo, se ele mantiver a palavra.

    Usa-se o FUTURO DO PRETRITO > PRETRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO

    Cancelaramos o passeio, se chovesse.

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    ADVRBIO

    Advrbios so palavras modificadoras do verbo. Servem para expressar as vrias circunstncias que

    cercam a significao verbal. Alguns advrbios, chamados de intensidade, podem tambm prender-

    se a adjetivos, ou a outros advrbios, para indicar-lhes o grau: muito belo (= belssimo), vender muito

    barato (= baratssimo).

    Alguns h, at, que no acompanham a verbos, mas somente a adjetivos e Advrbios tais como,

    to, quo, que, em frases assim:

    Nunca vi olhos to lindos.

    Quo belas ests!

    Porque chegaste to cedo?

    Atente-se especialmente para o advrbio de intensidade QUE, figurante em frases exclamativas

    como estas.

    Que generoso corao!

    Que lua maravilhosa!

    Classificao

    Distribuem-se os advrbios pelas seguintes espcies:

    1. de dvida: talvez, qui, acaso, porventura, provavelmente,eventualmente, etc

    2. de intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, demais, excessivamente, demasiadamente, etc.

    3. de lugar: abaixo, acima, alm, a, ali, aqui, c, dentro, l, avante, atrs, fora, longe, perto, etc.

    4. de modo: bem, mal, assim, etc.(e muitos adjetivos adverbializados com o sufixo mente ou sem ele)

    5. de tempo: ainda, agora, amanh, ontem, logo, j, tarde, cedo, outrora, ento, antes, depois,

    imediatamente, anteriormente, diariamente, etc.

    Locuo adverbial:

    Duas ou mais palavras que funcionem como um advrbio constituem uma locuo adverbial: s

    vezes, s cegas, s claras, s escondidas, s pressas, s tontas,de propsito, de frente, de repente,

    de um golpe, de viva voz, em mo (e no em mos), por atacado, por milagre.

    Advrbios-Relativos

    So os advrbios onde, quando, como -, empregados com antecedente, em oraes adjetivas.

    Fica ali a encruzilhada / onde ergueram uma cruz de pedra.

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    Era no tempo/ quando os bichos falavam...

    Merece elogios o modo / como trata os mais velhos.

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    CLASSES GRAMATICAIS (EMPREGO)

    SUBSTANTIVO

    O substantivo uma das classes de palavras essenciais da lngua. responsvel pela nomeao

    de seres e coisas que esto nossa volta, bem como de nossos sentimentos e idias. Alm disso,

    essencial para atender necessidade humana de ordenar, classificar, distinguir, hierarquizar, etc.

    Sem os substantivos, como faramos, por exemplo, para nos referirmos a seres distintos, como o

    peixe e o homem, a terra e o mar, o sal e o mel?

    Os mais terrveis monstros no esto na frica; esto nos pases em guerra.

    Toda palavra que venha antecedida de artigo um substantivo: o no, o saber, o CEASA.

    ADJETIVO

    Assim como os substantivos designam, organizam, distinguem e hierarquizam os seres que esto

    nossa volta, ou nossos sentimentos e desejos, os adjetivos tambm participam dessa tarefa,

    modificando os substantivos, atribuindo-lhe caractersticas especficas.

    Desse modo, no plano da linguagem, por meio de adjetivos que distinguimos realidades diversas

    como mar limpo de mar poludo; direito preservado de direito ultrajado; criana protegida de

    criana abandonada.

    A mulher perdoa a fealdade, os cabelos brancos e as doenas repugnantes; mas o que nunca a

    mulher perdoa a estupidez.

    A anteposio ou a posposio de alguns adjetivos aos substantivos implica mudana de sentido.

    alto funcionrio ( funcionrio de posio elevada)

    Funcionrio alto (funcionrio de elevada estatura)

    comum acordo (acordo relativo a todos)

    acordo comum (acordo corriqueiro)

    pobre gente (gente infeliz)

    gente pobre (gente sem recursos)

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    Alguns nomes so pronomes adjetivos quando antepostos aos substantivos e adjetivos puros

    quando pospostos; nesse caso h mudana de significado.

    certo homem (determinado homem)

    homem certo (homem adequado)

    diversos modelos (alguns modelos)

    modelos diversos (modelos diferentes)

    todo homem (qualquer homem)

    homem todo (homem inteiro)

    comum usar-se o adjetivo com valor de substantivo. Para tanto, basta faz-lo anteceder de um

    artigo.

    O brasileiro um apaixonado do futebol.

    ARTIGO

    Os artigos no so meros acompanhantes dos substantivos. Quase sempre o uso ou a falta dos

    artigos assumem um papel decisivo na preciso do sentido que se pretende dar a um texto. Podem,

    por exemplo, particularizar ou generalizar, como em Gostaria de ter um filho novamente / Gostaria de

    ter o filho novamente; podem se referir parte ou ao todo, como em A comisso foi formada por

    moradores da rua (alguns) / A comisso foi formada pelos moradores da rua (todos)

    Mal comearam a existir a prudncia e a perspiccia, nasceu a hipocrisia.

    EMPREGO:

    1. No se usa artigo antes de nomes ou expresses de sentido generalizado.

    Amor sacrifcio. Avareza no economia.

    2. Outro, em sentido determinado, precedido de artigo; no, quando indeterminado:

    Fiquem dois aqui; os outros podem ir.

    Uns estavam atentos; outros conversavam.

    3. Emprega-se o artigo definido com o superlativo

    No consegui resolver as questes mais difceis.

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    Aulas 01 a 24

    Obs.: Considera-se errada, neste caso, a repetio do artigo.

    No consegui resolver as questes as mais difceis.

    4. Repete-se o artigo:

    Nas oposies entre pessoas e coisas: o rico e o pobre, a alegria e a tristeza.

    Na qualificao antonmica do mesmo substantivo: O bom e o mau ladro, o homem antigo e o

    moderno, o Novo e o Velho Testamento.

    Na distino de gnero e nmero: o patro e os operrios, o genro e a nora.

    5. No se repete o artigo:

    Quando h sinonmia, indicada pela explicativa ou: a botnica ou fitologia.

    Quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo: a clara, persuasiva e discreta exposio dos

    fatos.

    6. Nomes de continentes, pases, regies, montes, rios, mares, constelaes, etc., usam-se com o

    artigo:

    a Amrica, o Brasil, os Andes, o So Francisco, a Via-Lctea

    Dizemos: o Sol, a Terra, a Lua. MAS: Saturno, Marte, Netuno, etc

    7. Casa, significando lar, no sofre determinao, como se v nas frases seguintes :

    Fique em casa. / No saio de casa.

    8. obrigatrio o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere.

    O juiz solicitou a presena de ambos os cnjuges.

    9. No se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar.

    Passaram o carnaval em Salvador. / Braslia a capital da Repblica.

    Obs.: Se o nome de lugar vier qualificado, o uso do artigo ser obrigatrio.

    A bela Florianpolis capital de Santa Catarina. / Estavam na Roma antiga.

    10. facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos.

    Deixaram meu livro na sala. = Deixaram o meu livro na sala.

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    NUMERAL

    Numeral a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas

    ocupam numa determinada seqncia.

    Em textos, sempre que possvel, devem ser empregados os numerais. Entretanto, nmeros de

    telefone, datas, dados estatsticos e outros costumam ser escritos em algarismos.

    s vezes, difcil precisar se a palavra um artigo ou numeral. Nesses casos, somente o contexto

    pode resolver a dvida. Se a inteno de quem fala ou escreve informar a quantidade precisa de

    alguma coisa, trata-se de um numeral. Se a inteno generalizar ou dar uma idia vaga do

    substantivo, trata-se de artigo indefinido. Quando o contexto no claro, no se consegue

    depreender a inteno do falante. Conseqentemente, torna-se impossvel precisar a classe

    gramatical da palavra um.

    Posio dos ordinais

    Os ordinais colocam-se antes ou depois do substantivo, preferentemente antes, quando se quer

    designar as partes antes do todo.

    No quinto ms do ano.

    O primeiro sculo depois de Cristo.

    Mas tambm se diz:

    A invaso dos rabes foi no sculo oitavo.

    Na nomenclatura de Papas, reis e na designao dos sculos, captulos, etc., usam-se os ordinais

    at dcimo,e, da por diante, as formas cardinais, quando houver posposio:

    Captulo terceiro. // D.Joo I (primeiro) // Pio nono.

    Mas:

    Captulo XIII (treze) // Lus XV (quinze) // Sculo XX (vinte)

    Anteposto, de rigor a forma prpria ordinal: o trigsimo captulo, o dcimo quinto sculo.

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    PRONOME

    1.Definio: a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa que representa ou acompanha o

    substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.

    Representa o substantivo Acompanha o substantivo

    Ele chegou. Convidei-o Esta casa antiga. Alguns amigos viro aqui.

    2. Classificao dos pronomes:

    *PESSOAIS: retos: eu, tu, ele/ela, ns, vs, eles/elas as formas oblquas me, mim, comigo, etc;

    e os de tratamento Voc. Senhor (a), Vossa Senhoria, Vossa Excelncia, e outros.

    *POSSESSIVOS: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexes;

    *DEMONSTRATIVOS: este, esse, aquele, e flexes, isto, isso, aquilo, o, a;

    *RELATIVOS: o qual, cujo, quanto e flexes, que, quem onde;

    *INDEFINIDOS: algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, tanto, quanto, qualquer, vrios e

    flexes, algum, ningum, tudo, outrem, nada, cada, algo;

    *INTERROGATIVOS: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas.

    3. Emprego dos PRONOMES PESSOAIS

    Nmero Pessoa Pronomes Pronomes Oblquos

    Retos tonos Tnicos

    Singular

    1.

    2.

    3.

    eu

    tu

    ele / ela

    me

    te

    se, lhe,o,a

    mim, comigo

    ti, contigo

    si, consigo

    Plural

    1.

    2.

    3.

    ns

    vs

    eles / elas

    nos

    vos

    se, lhes, os, as

    conosco

    convosco

    si, consigo

    3.1. O pronomes retos desempenham a funo de sujeito e os pronomes oblquos a funo de

    complementos.

    Eles ainda no nos convocaram para a reunio.

    pronome pronome

    reto oblquo

    Sujeito Complemento

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    OBSERVAES:

    a) Considera-se errado o emprego dos pronomes retos como complementos.

    ERRADO: Convocaram ele para a reunio.

    CORRETO: Convocaram-no para a reunio.

    b) Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando precedidos de preposio, passam ter funo de

    complemento.

    Informaram a eles o real motivo da viagem.

    Disseram a ns que voltariam cedo.

    Deixaram para elas sua fortuna.

    3.2. Os pronomes oblquos O, A, OS, AS, colocados depois dos verbos, tomam as formas:

    a) LO, LA, LOS, LAS, quando os verbos terminarem em R, S, Z.

    Vou buscar meus direitos. Vou busc-los.

    Vimos a cena. Vimo-la.

    Faz as contas. F-las.

    b) NO, NA, NOS, NAS, quando os verbos terminarem em M, O, E.

    Fizeram as provas. Fizeram-nas.

    Pe o chapu aqui. Pe-no aqui.

    Do o dinheiro como perdido. Do-no como perdido.

    3.3. Os pronomes O, A, OS, AS so empregados como complementos de verbos transitivos

    diretos e LHE e LHES so empregados como complemento de verbos transitivos indiretos.

    ERRADO CERTO

    Eu lhe vi ontem. Eu o vi ontem.

    Nunca o obedeci. Nunca lhe obedeci.

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    3.4. Os pronomes oblquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados como reflexivos, isto , referir-

    se ao sujeito da orao a que pertence.

    Ela feriu-se. (pronome se > ela)

    Cada um faa por si mesmo a redao. (pronome si > cada um)

    O professor trouxe as provas consigo. (pronome consigo > professor)

    ERRADO: CERTO

    Querida, gosto muito de si. Querida gosto muito de voc.

    Precisamos falar consigo. Precisamos falar com voc.

    3.5. Os pronomes conosco e convosco usados normalmente nas formas sintticas, devem ser

    usados analiticamente quando vierem seguidos de palavra de reforo: todos, mesmos, prprios, etc.

    Eles sairo conosco hoje. Participou com ns trs da gincana.

    3.6. EU ou MIM / TU ou TI

    * Empregam-se as formas eu ou tu:

    a) depois das preposies acidentais: afora, fora, exceto, menos, salvo, segundo, etc

    Todos saram de casa, menos eu.

    b) como sujeito de verbos no infinitivo, por isso podem ficar ocultos.

    Estes documentos so para eu analisar. (Estes documentos so para analisar.)

    * Emprega-se as formas mim ou ti:

    a) depois de preposies essenciais, como complementos.

    Ningum ir sem mim. Nada havia para mim.

    O conhecimento que tenho de ti suprfluo.

    Era difcil para mim aceitar o fato.

    b) Com a preposio ENTRE tambm se usa MIM ou TI.

    Nada houve entre mim e ela.

    3.7. As formas de tratamento VOSSA EXCELNCIA, VOSSA SENHORIA, etc., assim como VOC,

    SENHOR (A) exigem pronomes e verbos na 3. pessoa

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    Obs.:

    usa-se Vossa falando com

    usa-se Sua falando de

    Ex. Vossa Excelncia faz um governo democrtico, o que justifica sua popularidade.

    Falei com Sua Excelncia, o prefeito.

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    SINTAXE DE COLOCAO

    COLOCAO DE PRONOMES OBLQUOS TONOS

    Os pronomes oblquos podem ser colocados em trs posies:

    Prclise antes do verbo

    Jamais me esquecerei de voc.

    nclise depois do verbo

    O gerente lembrou-lhe o dia do contrato.

    Mesclise no meio do verbo

    Avisar-lhe-ei a hora da partida.

    PRINCPIOS BSICOS

    1. Desde que no inicie orao, a colocao do pronome antes do verbo estar, quase sempre,

    correta.

    As competies se iniciaram na hora marcada.

    Observao:

    O pronome tono, no entanto, pode iniciar oraes interferentes.

    As frias de julho, me diziam as crianas, foram as melhores.

    2. Depois dos infinitivos invariveis, a colocao ser correta, mas no obrigatria.

    No lhe dizer a verdade, ser pior.

    No dizer-lhe a verdade, ser pior.

    3. proibida a colocao do pronome depois de verbos no particpio, no futuro de presente ou no

    futuro do pretrito.

    Tenho dedicado- me ao trabalho.(incorreto)

    Tenho me dedicado ao trabalho. (correto)

    Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)

    Avisar-te- ei assim que chegarem.(correto)

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    PRCLISE

    Casos Obrigatrios

    1. Oraes negativas, exclamativas, interrogativas e optativas

    Ningum o chamou aqui.

    Como te iludes! Meu amigo.

    Onde nos informaro a hora certa?

    Bons ventos o levem. (!)

    2. Oraes subordinadas com a conjuno clara ou subentendida.

    O resultado ser divulgado hoje, segundo me informaram.

    Solicitamos nos informem o resultado. (que nos informem)

    3. Com pronomes substantivos:

    a) Indefinidos Todos nos elogiavam, mas ningum nos defendia.

    b) Relativos O artista a quem te referes o Tiririca.

    c) Interrogativos Quando me convencers desta necessidade.

    d) Demonstrativo Isto me pertence.

    4. Com advrbios de qualquer tipo.

    Talvez lhe interesse este produto.

    L nos acusam de fraqueza.

    Depois o informaremos do objetivo da reunio.

    5. Com o gerndio preposicionado (prep EM + gerndio)

    O zagueiro adversrio, em se defendendo, cortou-lhe a frente.

    6. Com verbos no infinitivo flexionado.

    No sers criticado por me dizeres a verdade.

    Prclise Facultativa

    1. Estando o sujeito expresso

    Os alunos se arrependeram / arrependeram-se de no terem estudado.

    2. Com infinitivos invariveis

    O meu propsito era no lhe obedecer / obedecer- lhe mais.

    3. Com as oraes coordenadas sindticas

    Ela chegou e me perguntou / perguntou me pelo filho.

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    NCLISE

    Casos Obrigatrios

    1. Perodos iniciados por verbo

    Vai-se a primeira pomba despertada!

    2. Pronomes o, a, os, as seguidos de infinitivos com as preposies a e por.

    Sabe ele se tornar a v- los algum dia?

    Encontrei a madrasta a maltrata- las.

    Ansiava por encontra- lo.

    3. Oraes imperativas afirmativas

    Procure suas amigas e convide-as.

    MESCLISE

    A mesclise ser obrigatria com verbos no futuro do indicativo, desde que no haja caso de

    prclise obrigatria.

    Afinal, ter se o obtido os melhores resultados.

    Encontrar- nos amos ainda uma vez

    COLOCAO PRONOMINAL NAS LOCUES VERBAIS

    1. No havendo caso de prclise: ser livre a colocao

    O diretor nos deve oferecer o prmio.

    O diretor deve-nos oferecer o prmio.

    O diretor deve oferecer- nos o prmio.

    2. Havendo caso de prclise: o pronome ser colocado antes ou depois da locuo verbal, isto ,

    no poder ficar entre os verbos.

    O rapaz no se deve casar hoje.

    O rapaz no deve casar-se hoje.

    COLOCAO PRONOMINAL NOS TEMPOS COMPOSTOS

    Os pronomes se juntam ao verbo auxiliar e jamais ao particpio.

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    Os presos tinham-se revoltado.

    Haviam no declarado vencedor.

    OBSERVAO:

    A sintaxe Brasileira, isto , a colocao do pronome oblquo solto entre os verbos, mesmo

    havendo fatores de prclise, vem sendo consagrada por escritores e gramticos de renome, mas

    ainda no foi definitivamente aceita pelos padres clssicos da lngua.

    Os alunos ainda no tinham nos informado a data.

    Numa prova de concurso, deve-se optar pela colocao tradicional:

    Os alunos ainda no nos tinham informado a data.

    PRONOME DEMONSTRATIVO

    So pronomes que situam o ser no espao, no tempo e no contexto lingstico, tomando como

    ponto de referncia as trs pessoas gramaticais.

    QUADRO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

    Variveis Invariveis

    este, esta, estes, estas isto

    esse, essa, esses, essas isso

    aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo

    EMPREGO

    1. Indicar posio espacial do termo a que se referem, em relao s pessoas gramaticais.

    a) este, esta, isto indicam que o ser est perto do falante.

    Ex.: ...sempre que cruzo este rio

    costumo tomar a ponte... (Joo Cabral de Melo Neto)

    1 pessoa (este aqui)

    b) esse, essa, isso indicam que o ser est perto do ouvinte.

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    Ex.: ...sempre que cruzo esse rio

    costumo tomar a ponte...

    2 pessoa (esse a)

    c) aquele, aquela, aquilo indicam que o ser a que se refere o pronome est longe do falante e do

    ouvinte.

    Ex.: ... sempre que cruzo aquele rio

    costumo tomar a ponte...

    3 pessoa (aquele l)

    2. Indicar posio temporal

    a) este, esta, isto indicam o tempo presente em relao ao falante.

    Ex.: A concorrncia tambm aumentou: no ano passado, eram 12 candidatos por vaga. Este ano so

    13.

    b) esse, essa, isso indicam o tempo passado ou o futuro pouco distantes em relao pessoa que

    fala.

    Ex.: Procurei Frederico Pacincia essa noite e contei tudo.

    c) aquele, aquela, aquilo indicam tempo muito distante em relao ao falante.

    Ex.: Durante todo aquele tempo em que fui aluno de um colgio de padres, aqui no Rio, ia missa

    dominical.

    1. Indicar a posio textual do referente, ou seja, se o referente j apareceu no texto ou ainda

    aparecer.. a funo mais importante dos demonstrativos, pois contribui para a articulao do texto.

    a) esse, essa, isso, empregados de preferncia para situar o que j foi anteriormente expresso no

    enunciado.

    Ex.: Fazem parte do nosso dicionrio palavras como poluente, entulho, resduo, txico, efluente. (...)

    Esses termos surgiram junto com a sociedade do bem-estar.

    b) este, esta, isto para introduzir uma informao nova no enunciado.

    Ex.: O fato este: nos matadouros e em todo lugar onde se mata um animal para comer (...) essa

    eliminao feita de modo cruel.

    isto: estou cansado de mim, no me agento mais.

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