sibt2 apostila de introducao biblica

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APOSTILA DE INTRODUOBBLICAPr. Bruno Pontes da Costa MDSIBT21INTRODUAO BBLICAA Bblia, sendo a Palavra de Deus, embora considerada por alguns apenas uma obra literria, o mais notvel livro que o mundo tem visto. Ela contm uma srie de acontecimentos do mais vivointeresse. A histria da sua in!lu"ncia a histria da civili#a$%o. &s melhores e mais sbios dentre oshomens t"m testemunhado o poder das Escrituras, como um instrumento de lu#, de santidade, e tendosido as Escrituras preparadas por homens que '!alaram da parte de Deus, movidos pelo Esprito (anto)*+Pe1.+1,, para revelarem 'o -nico Deus verdadeiro e a .esus /risto, a quem Ele enviou) *.o 10.1,, tema Bblia por este motivo os mais !ortes direitos ao nosso atento e reverente respeito2& uso de uma obra de estudo bblico requer as seguintes preocupa$3es21, Aprimeiraquen%odevemos contemplar estema4estosoedi!cioda5erdadedivinacomoespectadores somente. & nosso !im n%o deve ser admirar de !ora t%o bela obra, mas estar dentropara que possamos crer e obedecer.+, Em segundo lugar somente a entrada no edi!cio da 5erdade nos d lu#. & alvo, portanto, donosso estudo, tornar mais claro o impressionante livro de Deus, o livro por e6cel"ncia, a Bblia.I - A OREM DA BBLIAA 7 8ouve um tempo em que a Palavra de Deus n%o era ainda escrita.9%o h evid"ncias de que o homem tivesse a Palavra de Deus escrita antes do dia emque .eov disse a :oiss, 'escreve isto para memorial num livro *E6 10.1;,). Daquele tempo em diante os homens de Deus escreveram inspirados pelo Esprito(anto.Entretanto, houve homens santos aos quais Deus !alou, como 9o, Abra%o e .os. :as n%olemos que alguns deles !oram inspirados para escrever a Palavra de Deus. Devemos lembrar7nos de que havia sempre duas testemunhas de Deus2 1, As suas obras > (l 1?.1@ Am 1.1?7+B +, A consci"ncia do homem > Am +.1C Assim o homem possua desde o princpioum conhecimento sem as leis escritas. 9oentanto, a consci"ncia n%o serve como um veculo de revela$%o divina, porque podesercauteri#adae!icaquaseinutili#ada. /onseqDentementehavianecessidadeumarevela$%oquedurasseparasempre. Eal aPalavraescrita, 'quepermaneceparasempre.) *= Pe 1.+1,+/ > & estudo metdico da Bblia ensina que Deus escolheu um!o"o !art#$u%ar para ser ointermedirio da revela$%o. Deus escolheu o povo 4udaico *Dt 1;.+, e o separou para que !i#esse delerepositrio da sua verdade e por ele entregasse a Bblia ao mundo. D > 'Deus !e# de homens livros) antes de dar a Palavra escrita. Podemos tra$ar a histriada transmiss%o verbal da palavra de Deus desde o dia em que Ele !alou a Ad%o *Fn 1.+G,, at otempo em que ordenou a :oiss que a escrevesse num livro *E6 10.1;,.II & OS NOMES DA BBLIAA > & nome B'(%#a !oi usado pela primeira ve# por /risstomo no sculo =5. derivado dapalavragrega'biblos)quesigni!ica'livros). :asempregamososingular%#"ro)en%ooplural%#"ros) a!irmando a sua unidade e preemin"ncia. A Bblia um livro, e a sua unidade das suas partes,e a unidade na adversidade, tem sido aceita pela consci"ncia crist% atravs dos sculos.B> A Bbliadivididaemduaspartes2& A9E=F& EE(EA:E9E&E&9&5&EE(EA:E9E&. & nome 'testamento) n%o se encontra como um ttulo na Bblia. H derivado dolatim 'testamentum*. 9a lngua grega signi!ica '$on$erto ou !a$to* *8b 0.++,. A mesma palavra usada em == /o 1.I,1; como testamento *alian$a,. / > Alguns nomes internos *dentro da Bblia, s%o21, A Palavra de Deus*8b ;.1+,+, A Escritura de Deus*E6 1+.1I,1, As (agradas Jetras *== Em 1.1C,;, A Jei *:t 1+.C,C, A Escritura da 5erdade *Dn 1B.+1,I, As Palavras de vida *At 0.1G,III & AS LNUAS DA BBLIA Deus usou a linguagem escrita de uma !orma especial para transmitir (ua vontade aoshomens. Kmadasvantagens dalinguagem escrita sobre osdemaisveculosdecomunica$%oaprecis%o, a perman"ncia, a ob4etividade, e a dissemina$%o.& estudo das diversas lnguas interessante e de muito proveito. As lnguas est%o sempre semodi!icando e mudando com o desenvolvimento dos povos e o inter7relacionamento das na$3es.&riginalmente a Bblia !oi escrita em tr"s lnguas2 +e(ra#$a) Ara,a#$a e re-a. Alguns comentadores di#em que provavelmente Abra%o dei6ou de usar a velha lnguasemtica > A 'caldaica) a qual era da sua prpria terra *Fn 1+.1C,, quando saiu de Kr e adotou alngua dos cananeus, em cu4o meio !oi morar.1&s hebreus, mais tarde, durante o cativeiroBabilLnico, dei6aram de !alar a lngua hebraica eadotaram a 'caldaico7aramaica), a qual continuou a ser !alada at os tempos do (enhor .esus /risto.Esta lngua '/anania), que Abra%ousou, era provavelmente amesma oua !orma dela que !oiconhecida mais tarde como hebraica. Algumas das tabuinhas de Eel7el Amarna, descobertas em 1.GG0 noEgito, com data de ;BB anos mais ou menos depois de Abra%o, s%o escritas em boa lngua canania oulngua hebraica .A & A LNUA DO ANTIO TESTAMENTO /om poucas e6ce$3es, o Antigo Eestamento !oi escrito na lngua hebraica. Esta era a lngua dopovo de =srael e chamada de 'lngua 4udaica) *== As 1G.+I,. Esta lngua continuou a ser !alada eescrita pelos hebreus at o cativeiro quando adotaram a aramaica, a qual um dialeto da hebraicacom origem semtica. Podemos descobrir tr"s perodos em que se divide a histria do desenvolvimento da lnguahebraica.1, &perodoemque!oi escritooPentateuco. Halnguahebraica!aladanotempode:oiss.+, & perodo em que a lngua alcan$ou o ponto do seu maior desenvolvimento em pure#a ere!inamento. Kma parte dos livros histricos, poticos e a maioria dos livros pro!ticos.1, & perodo em que !orma escritos os demais livros de pro!ecia, assim como Ester, Esdrase 9eemias. /ertas passagens deEsdras, 4eremias eDaniel s%oescritas nodialetocaldaico7aramaico. Este!enLmenosee6plicapelaresid"nciadeDaniel eEsdrasnaBabilLnia. Passagens escritas no aramaico *siraco,2 Esdras ;.G7I, 1G e 10.1+7+I@ .eremias 1B.11@ Daniel +.;@ 0.+G.& hebraico a lngua principal do Antigo Eestamento, especialmente adequada para tare!ade criar uma liga$%o entre a biogra!ia do povo de Deus e o relacionamento do (enhor comesse povo. & hebraico encai6ou7se bem nessa tare!a porque um a lngua P=/EMA=/A.E6pressa7se mediante met!oras vvidas e audaciosas, capa#es de desa!iar e dramati#ar anarrativa dos acontecimentos. Almdisso, o hebraico uma lngua pessoal. Apeladiretamente ao cora$%o e as emo$3es, e n%o apenas N mente e ra#%o. H uma lngua em quea mensagem mais sentida que meramente pensada.B & A LNUA DO NO.O TESTAMENTO &s livros do 9ovo Eestamento !oram escritos originalmente na %'n-ua -re-a, conhecidacomo hel"nica porque os gregos eram chamados de helenos.Depois dagrandeconquista de Ale6andre:agno, rei da:acedLnia,a lnguagregaespalhou7se em toda parte do Egito e do &riente, e tornou7se a lngua verncula dos hebreus que;residiam nas colLnias de Ale6andre e outras partes. & No"o Testa,ento !oi es$r#to na lngua gregachamada /0o#n1*) a lngua grega popular do povo da poca do 9ovo Eestamento.& grego do 9ovo Eestamento adaptou7se de modo adequadoN !inalidade de interpretar arevela$%o de /risto em linguagem teolgica. Einha recursos lingDsticos especiais para essa tare!a,por ser um idioma intelectual. Era um idioma da mente, mais que do cora$%o, e os !ilso!os atestamisso plenamente. & grego tem precis%o tcnica de e6press%o n%o encontrado no hebraico.

I. - PARTICULARIDADES ACERCA DA BBLIAA Bblia uma verdadeira biblioteca de II livros, sendo 1? no Antigo Eestamento e vinte esete no 9ovo Eestamento. teve cerca de ;B escritores, por um perodo de 1I sculosapro6imadamente, os quais n%ose conheceram@ viveramemculturas e na$3es di!erentes. Aoescrev"7la, todos os autores escreveram inspirados pelo Esprito (anto. Entretanto, h na Bblia ums plano, que de !ato mostra que havia um s autor divino guiando os homens. =sto garante a unidadede revela$%o e ensino. H como a constru$%o de um grande prdio, em que muitos operrios est%o empregados./ada um sabe bem o seu o!cio, porm todos dependem do plano do arquiteto. Podemos di#er ent%o que a Bblia 2u,ana-d#"#na)quer di#er, contm esses doiselementos2 +u,ana&su4eitaas leis dalnguaeliteratura@ !ornecemvariedades deestiloematria@ re!erem7se N Bblia em determinadas partes *cada livro, um autor,. D#"#na &pode ser compreendida apenas por homens espirituais@ garante unidade derevela$%o e ensino@ re!ere7se N Bblia como um s livro.A - Os Mater#a#s E,!re-ados Pe%os Es$r#tores da B'(%#a Per-a,#n2o > /onhecido tambm como couro ou velino, era !abricado com peles decabra ou de ovelhas e era mais duradouro que o papiro, porm muito mais caro * ==Em ;.11,1;,. Pa!#ro & Ta,(3, $on2e$#do $o,o 4un$o) 3 u,a !%anta a5u6t#$a ,u#to $o,u,no E-#to. Do $erne de seu $au%e !rodu7#a-se u, ,ater#a% se,e%2ante 8 9o%2a de!a!e%) 5ue os ant#-os usa"a, !ara a es$r#ta :E; 2.?.2@ Pa!e% e t#nta > == .o 1+ Made#ra & E# 10.1I T#4o%o & E# ;.1 LA,#nas de ouro - E6 +G.11 T6(uas de !edras > E6 +;.1+@ 11.1G@ .s G.1171+ B- Datas A!ro;#,adas e,5ueBora,Es$r#tos os L#"ros daB'(%#aeseus Res!e$t#"osAutores.C LI.RO DATAAUTOR LI.RODATAAUTOR1nes#s 1;;C71;BC a/ :oiss :iquias 01C701B a/ :iqueiasC;odo 1;;C71;BCa/ :oissOO 9aum II17I1+ a/ 9aumLe"'t#$o 1;;;71;BCa/ :oiss 8abacuque IB07C?G a/ 8abacuqueND,eros 1;;;71;BCa/ :oiss (o!onias I;B7I1+ a/ (o!oniasDeuteronE,#o 1;BCa/ :oissOO Ageu C+B7C1G a/ AgeuFosu3 1;BB7110C a/ .osu, Pinias, Elea#er,Qacarias C+B7C1G a/ QacariasFu#7es 1B;171BB;a/ (amuel :alaquias ;CG7;11 a/ :alaquiasRute 1BCB71BBB a/ Desconhecido Mateus CG7IG d/ :ateusI Sa,ue% 1B1C7?1B a/ (amuel Mar$os CC7IC d/ :arcosII Sa,ue% 1B1C7?1B a/ (amuel, 9at% e Fade Lu$asIB7I+ d/ Jucas I Re#s CIB7CCB a/ .eremias FoGo GC7?B d/ .o%oII Re#s CIB7CCB a/ .eremias Atos IB7I+ d/ JucasI CrEn#$as ;CB7;1B a/ Esdras Aomanos C0 d/ PauloII CrEn#$as ;CB7;1B a/ Esdras = /orntios CI d/ PauloEsdras ;C07;;; a/ Esdras == /orntios C0 d/ PauloNee,#as ;;;7;1B a/ 9eemias Flatas C17CI d/ PauloEster ;I;7;1C a/ :ordecaiO E!sios IB7I+ d/ PauloFH +BBB71;CBa/O:oissO Pilipenses IB7I+ d/ PauloSa%,os 1;1B7;1B a/ Davi, Asa!e, os !ilhos de/ore, :oiss, anLnimos./olossenses IB7I+ d/ PauloPro"3r(#os ?1170GB a/ (alom%o = Eessalonicenses C1 d/ PauloE$%es#astes ?C1 a/... (alom%o == Eessalonicenses C1 d/ PauloCantares ?IC a/... (alom%o = Eimteo I+7I1 d/ PauloIsa#as 0;B7IGB a/ =saias == timteo I0 d/ PauloFere,#as I+07CGB a/ .eremias Eito I1 d/ PauloLa,entaIJes CGG7CGI a/ .eremias Pilemon IB7I+ d/ PauloE7e5u#e% C?+7C0B a/ E#equiel 8ebreus I;7IG d/ DesconhecidoDan#e% C1I7C1B a/ Daniel Eiago ;I7;? d/ EiagoOs3#as 0CC701B a/ &sias = Pedro I; d/ PedroFoe% G;17G1C a/ .oel == Pedro I;7II d/ PedroA,Hs 0GB70CC a/ Ams =, == e === .o%o GC7?C d/ .o%oO(ad#as G;G7G;1 a/ &badias.udas II7GB d/ .udasFonas 0G+70C1 a/ .onas Apocalipse ?C7?I d/ .o%oC & Co,!os#IGo da B'(%#aA Bblia comp3e7se de duas partes2-Ant#-o Testa,ento-No"o Testa,ento &Ant#-oTesta,entoestdivididoem1?livros queest%odivididos emquatroclasses2I

>K.@ LEI *ouPentateuco, s%o os cinco primeiros livros, isto , de F"nesis a deuteronLmio.2K.@ +ISTLRICOS *s%o do#e livros2 de .osu a Ester,. Divide7se em quatro perodos dahistria de =srael2a, Eeocracia *.u#es,@b, :onarquia *(aul, Davi, (alom%o,@c, Divis%o do Aeino e /ativeiro *.ud e =srael,@d, Perodo ps7cativeiro. vo# de Deus. Poram canLnicos apenas os livros de :oiss a :alaquias.Paraser canLnico, qualquer livrodo AntigoEestamentodeveriavir deumasucess%opro!tica,durante o perodo pro!tico.R.Os tr1s !assos ,a#s #,!ortantes no !ro$esso de $anon#7aIGo & 8 tr"s elementos bsicosno processo genrico de canoni#a$%o da Bblia2 a inspira$%o de Deus, o reconhecimento da inspira$%o pelo povo de Deus e a cole$%o e preserva$%o dos livros inspiradospelo povo de Deus S. O CAnon rat#9#$ado !e%o Sen2or Fesus > Ele !e# men$%o do cRnon sagrado quando declarou2'(%o estas as palavras que vos disse estando ainda convosco2/onvinha que se cumprisse tudo o quede mim estava escrito na lei, e nos pro!etas, e nos (almos) *Jc +;.;;,. & registro mais antigo do cRnon4udaico trplice, como o conhecemos, retrocede ao sculo +a./. a tradi$%o rabnica a!irma que o cRnon 4udaico atual !oi organi#ado por Esdras *Ed 0.1;@ 9eG.11,.& snodo de .Rmnia ou Tavne, reali#ado por volta de ?B d./., emTavne, Fa#a, portanto muitotempo depois do encerramento do cRnon 4udaico, apenas rati!icou o cRnon 4 conhecido. &historiador4udeuPlavio.ose!oescreveu2 '9ingum4amais!oi t%oatrevidoparatentartirarouacrescentar, ou mesmo modi!icar7lhes a mnima coisa). 11 H a inspira$%o de Deus num livro que determina sua canonicidade. Deus d autoridadedivina a um livro, e os homens de Deus o acatam. Deus revela, e seu povo reconhece o que o (enhorrevelou.A canonicidadedeterminadaporDeusedescobertapeloshomensdeDeus.A Bbliaconstitui o 'cRnon), ou 'medida) pela qual tudo o mais deve ser medido ou avaliado pelo !ato de terautoridade concedida por Deus. ( Deus pode conceder a um livro autoridade absoluta, e por issomesmo, canonicidade divina.T. Os Pr#n$'!#os da Canon#$#dade dos L#"ros do No"o Testa,ento&s livros e cartas do 9ovo Eestamento !oram escolhidos segundo quatro padr3es2 A & A!osto%#$#dade2 o livro !oi escrito ou in!luenciado por algum apstoloO B - Doutr#naU o seu carter espiritual su!icienteO C & Un#"ersa%#dade2 !oi amplamente aceito pela =gre4aO D & Ins!#raIGoU o livro o!erecia prova interna de inspira$%oO ?. A Bor,aIGo do CAnon do No"o Testa,ento A !orma$%o do cRnon do 9ovo Eestamento pode ser dividida em tr"s partes2 1U. & Perodo dos Apstolos2 eles reivindicaram autoridade para seus escritos *1 Es C.+0@ cl;.1I,. +U. & Perodo Ps7 Apostlico2 todos os livros !oram reconhecidos, e6ceto 8ebreus, + Pedro,+ e 1 .o%o. 1U. & /onclio de /artago *1?0 d./,2 reconheceu como canLnicos os +0 livros do 9ovoEestamento. /onclios snodos, ou at mesmo a =gre4a, n%o est%o investidos de poderes para a!erir ou'canoni#ar) esse ou aquele livro das Escrituras. H a Bblia que 4ulga a =gre4a e n%o a =gre4a que 4ulgaa Bblia. A Patrstica e os conclios apenas aceitaram esses livros como inspirados. /ada livro daBblia conquistou seu espa$o no /Rnon (agrado pelo !ato de o conte-do deles provar sua origemdivina e inspira$%o.

.II & OS LI.ROS APLCRIBOSA 5ulgata Jatina, a Bblia da =gre4a Aomana, contm em adi$%o aos livros do cRnonhebraico livros apcri!os que ns evanglicos n%o consideramos como canLnicos. &prprio.erLnimo, que tradu#iu a Bblia completa para o latim *a 5ulgata, entre 1G+ a ;B; d./., disse2 'E osoutros livros *os apcri!os, a =gre4a usar para e6emplo de vida e instru$%o de costumes@ mas n%o osaplica para estabelecer doutrina alguma). A palavra apcri!o vem do grego, apoVriphos, que signi!ica 'oculto), e era usada paraliteratura secreta, ligada a mistrios. (%o eles2 1.Eobias1++. .udite1. (abedoria de (alom%o;. EclesisticoC. BaruqueI. = livros dos :acabeus0. == livro dos :acabeusG. E os acrscimos aos livros de Ester *cap. 1171I, e Daniel *tr"s acrscimos2 o cRntico dos tr"shebreus,a histria de (u#ana e a histria de bel e o drag%o ,..erLnimo inseriu7os na 5ulgata Jatina como ap"ndice histrico e in!ormativo e n%o comoinspirados por Deus@ mas esses livros !oraminseridos nas edi$3es catlicas da Bblia pordetermina$%o do /onclio de Erento *1.C;C71.CI1,.III & COMO A BBLIA C+EOU ATM NLS& te6to da Bblia passou por vrias etapas no caminho dos escritores sagrados at ns.&riginalmente suas mensagens !oram escritas emrolos de papiro e cpias delas !oram !eitas pelosescribas para melhorar a sua distribui$%o. Pelo sculo == d./. o rolo come$ou a ser substitudo pelo/MD=/E ou /MDEW, que era !ormado de '!olhas de papiro) 4untas em !orma de um livro. & cde6tinha algumas vantagens distintas sobre o rolo, como por e6emplo2 !acilitava a pronta consulta econtinha mais matria escrita. Km livro de pergaminho, tinha IC cm de altura por +C cm de largura. A pele de ovelha,cabra ou be#erro, era tratada e cortada em !olhetos e estes eram postos um em cima do outro para!ormar n%o um rolo, mas um volume *em grego2 teuchos, de onde vem a palavra Pentateuco paraassinalar os cinco primeiros livros do Antigo Eestamento. & rolo de papiro, era preso a dois cabos demadeira, para se manusear mais !acilmente durante a leitura *o rolo assim !ormado se chama, emgrego,biblos>da a palavra Bblia,, era enroladoda direita para a esquerda, n%otinha umcomprimento e6ato *podia ter at de# metros,, pois dependia da escrita, mais tinha uma largura emmdia de +C a 1B cm. (eria portanto di!cil carregar os II livros da Bblia, se n%o !osse a imprensaatual.&s manuscritos da Bblia !oram copiados com o propsito de preserva$%o e propaga$%odasmensagens dos escritores sagrados. Estas cpias !oram!eitas cuidadosamente parapreservar apure#a do original.9%o e6iste mais nenhumoriginal das (agradas Escrituras. As leis sagradas dos escribas,e6igiamqueosmanuscritos gastospelouso!ossementerrados. Suandoumoriginal setornavavelho, imediatamenteeracopiadoeooriginal enterradoouqueimado. &utros!oramdestrudosdurante as guerras e persegui$3es.9a perda dos manuscritos originais, podemos ver a provid"ncia de Deus, porque o homempoderia at adorar estes escritos e assim anular o seu propsito.A !alta dos manuscritos originais n%o nos deve assustar, por que h milhares de manuscritosgregosehebraicoscopiadosdosoriginais, espalhadospelomundo. SuandoasprimeirasBblias11!oramimpressas, havia mais de +.BBBdestes manuscritos. 8o4e, e6istemmilhares, que !oramencontrados posteriormente. Este n-mero mais do que su!iciente para estabelecer a genuinidade eautenticidade da Bblia.&s tr"s mais velhos destes manuscritos, pela provid"ncia de Deus, acham7se aos cuidadosdos tr"s ramos do cristianismo2 o grego, o romano e o protestante2 >@ O S#na't#$o */de6 Al!a,, est na Biblioteca de Jenigrado, como possess%o da =gre4a&rtodo6a Frega. Descoberto entre 1G;;71GC?. H considerado em geral a testemunha mais importantedo te6to, por causa de sua antiguidade, e6atid%o e ine6ist"ncia de omiss3es.2@ O "at#$ano */de6 B,, pertence a =gre4a /atlica Aomana e se acha atualmente naBiblioteca do 5aticano, em Aoma. Descoberto no sculo =5.. A Se!tua-#nta > +GC a./. H a tradu$%o do Antigo Eestamento do hebraico para o grego. Hreconhecida comouma obra de grande valor, almde ser ummonumento literrio dogregohelenstico. (erviu de ponte lingDstica e teolgica entre o hebraico do Antigo Eestamento e o gregodo 9ovo Eestamento. Alm disso, !oi usada pelas gera$3es de 4udeus espalhados por todas as partesdo mundo.2. S'r#a$a *Peshitta, palavra aramaicaque signi!ica 'simples), > 1CB d./., a vers%o o!icialda =gre4a (iraca. Entre o !inal do sc. =5 e o incio do sc. 5.Durante de# sculos a -nica vers%o das Escrituras, conhecida, era a 5KJFAEA JAE=9A,pois o latim era a lngua universal da =dade :dia. (omente com o advento da Ae!orma Aeligiosa,encetada por :artinho Jutero, que a Bblia come$ou a ser tradu#ida em lngua verncula. Antes deJutero, .ohn Xicle!!, conhecido como a 'Estrela DY Alva da Ae!orma), !e# a tradu$%o da 5ulgatapara o ingl"s, em 1.1G+ d/. :as a primeira tradu$%o em linguagem popular !oi !eita por Jutero, queverteu para o alem%o diretamente do hebraico e grego, em 1.C1;.8ouve outras tradu$3es para o ingl"s, mas as principais !oram as de Xilliam EZndale, em1.C+C@ a Bblia de Fenebra em 1.CIB@ e a vers%o do Aei Eiago *[ing .ames,, que a Bblia mais!amosa h mais de 10B anos, no mundo de !ala inglesa.A primeira tradu$%o !eita para o portugu"s data de 1+0?, no tempo do Aei Dini# *primeiroscaptulos de F"nesis,. :as o !uturo da Bblia, em portugu"s, dependia de .o%o Perreira de Almeida,nascido em Portugal, em 1I+G. /om apenas 1I anos, em 1.I;C, tradu#iu o 9ovo Eestamento, usandocomo base o melhor te6to at ho4e conhecido2 o TEVTO RECEPTUS, mas s !oi publicado em1.IG1. (omenteem1.G1?queaBbliatodade Almeida!oi publicadapela(ociedadeBblicaBritRnica, depois de vrias corre$3es e re!ormas. IV & OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO1;&s ess"nios !ormavam uma seita, !undada em 1IB a/., por 4udeus que saram de .erusalmpara o meio do deserto, respeitando a lei 4udaica de !orma e6tremista. Estabeleceram7se 4unto ao :ar:ortoeconstruramreservatriosatravsdasguasdesviadasdoAioSumram. Escreversobrecouroepapiroeraumadasatividadesmaisimportantesdeles. 9oanoIGDc.descobremqueogoverno romano os considerava nocivos, e a dcima legi%o romana enviada para destru7los. Knsv%o para :assada e outros escondem seus tesouros *os rolos,. Em 1.?;0, dois bedunos, em busca de suas cabras desgarradas nas ravinas rochosas dacostanoroestedo:ar:orto, descobriramseterolosdepergaminho. Kmdeles, :anuscritode=saas,de1B cm 60,GB m decomprimento *de#essete!olhas de pergaminhocosturadasumas Nsoutras, do ano 1.BBB a/. As 11 cavernas de Sumram trou6eram N tona cerca de 10B manuscritosbblicos, descobertos entre 1.?;0 e 1.?I;. Essa descoberta !oi o achado do sculo WW, e con!irma aautenticidade da Bblia. /om e6ce$%o do livro de Ester, todos os livros do Antigo Eestamento est%orepresentados nesses manuscritos. V & ALIANAS OU DISPENSAWESU OUAL DESTAS ESTRUTURAS A BBLIAXAs iniciativas de Deus no estabelecimento dos relacionamentos de alian$a estruturam ahistria da reden$%o. (uas soberanas interven$3es prov"em a estrutura essencial paraa compreens%odas grandes pocas bblicas.Kma alternativa para se analisar a estrutura da histria bblica o!erecida por uma escola depensamento evanglico mais popularmente conhecido como dispensacionalismo. &dispensacionalismo tem se colocado em oposi$%o N teologia da alian$a como meio de compreender aestrutura arquitetLnica da revela$%o bblica. A teo%o-#a da a%#anIa :ou teo%o-#a do !a$to@ concentra7se em uma grande alian$a geralconhecida como alian$a da reden$%o *ou pacto da gra$a,. Essa alian$a da reden$%o reali#ada pormeio de pactos subordinados, iniciando com o pacto das obras e culminando com a nova alian$a, quecumpre e completa a obra graciosa de Deus em rela$%o aos seres humanos, na terra. Esses pactosincluem o pacto adRmico *Fn 1.1;21?,, o pacto noaico *Fn ?.?210,, o pacto abraRmico *Fn 10.1,+,, opacto mosaico *E6 1?.1s@ +;.1s,, o pacto davdico *+ (m 0.1+71I, e a nova alian$a *:t +I.+G,.& pacto da gra$a tambm usado para e6plicar a unidade da reden$%o ao longo de todas aseras, come$ando com a Sueda, quando terminou o pacto das obras.A teo%o-#a d#s!ensa$#ona%#sta v" o mundo e a histria da humanidade como uma es!eradomstica sobre a qual Deus supervisiona a reali#a$%o do seu propsito e vontade. Essa reali#a$%odo seu propsito e vontade pode ser vista ao se observarem os diversos perodos ou estgios dasdi!erentes economias pelas quais Deus lida com a sua obra e com a humanidade em particular. Essesdiversos estgios oueconomias s%ochamados dispensa$3es * resumindo2 dispensa$%oseriaumperodo de tempo em que o homem provado a respeito de sua obedi"ncia a certa revela$%o davontade de Deus. & seu n-mero pode chegar a sete2 inoc"ncia *Fn +.I@ 1.+;,, consci"ncia *Fn 1.171CG.;,, governo humano *Fn G.1C711.1+,, promessa *Fn 1+.17E6 1+.10,, lei *desde o \6odo do Egitoat a cruci!ica$%o de /risto,, gra$a *desde a cruci!ica$%o de /risto at o arrebatamento da =gre4a, ereino ou mil"nio *(eu incio se dar com a segunda vinda de /risto e !indar com a instala$%o doFrande Erono Branco > Ap +B.1171C,. Deve7se lembrar que as alian$as s%o indicadores escritursticos e6plcitos das iniciativasdivinas que estruturam a histria redentiva. As dispensa$3es, ao contrrio, representam imposi$3esarbitrriassobreaordembblica. no!im, n%oodesgniohumano, masainiciativadivinaqueestrutura a Escritura. VI & O PROPLSITO DA BBLIASual o propsito de Deus em dar7nos a (ua PalavraO/om base na prpria Palavra de Deus, podemos destacar tr"s propsitos principais2a, Dar ao homem uma revela$%o autoritria da nature#a de Deus *l .o 1.C@;.1I@ .o ;.+;@ (l1B1.G71B@ +C.G@ ;G.1@ 1/o 1B.11@ =s I.1@ E! 1.+B,b, Dar ao homem uma revela$%o autoritria da (ua vontade para com os homens *Jv +B.+I@1Es ;.1@ Jc 1B.+I7+G@ Am 1+.1+@ 1Es C.1;7++,c, Dar ao homem uma revela$%o autoritria da responsabilidade humana em responder a(ua vontade *=s CC.I70@ At 1I.11@ /l +.I7G@ 1.17+@ E! I.1B711, Suando olhamos para o mundo, evidente que precisamos de uma revela$%o autoritria,tanto da nature#a e vontade de Deus, como tambm da responsabilidade humana. /ada grupo,e atcada homem tem a sua prpria idia. & propsito da Bblia dar a primeira e a -ltima palavra sobreas diversas opini3es humana. /omo est escrito em 1/o 1.1?7+12 'Destruirei a sabedoria dos sbiose aniquilarei a intelig"ncia dos entendidos...) Deus, em verdade o autor deste livro maravilhoso e in!alvel, que revela a salva$%o,liberta$%o e trans!orma$%o do homem em uma nova criatura *== /o C.10,.As evid"ncias con!irmam o e!eito e a in!lu"ncia da Bblia em pessoas e na$3es. A Palavra deDeus temmelhorado omundo, pelo carter que molda na vida das pessoas. :uitos, dantesincrdulos, indi!erentes, viciados, idlatras, cheios de supersti$3es, que aceitaram este livro, !orampor ele trans!ormados, salvos libertos e santi!icados.VII - EORABIA BBLICAA PALESTINA1IA Palestina a terra onde .esus /risto nasceu, morreu e ressuscitou. 9este local deram7se osprincipais acontecimentos da Bblia. /hama7se tambm Eerra santa, terra de /ana%, Eerra Prometidae Eerra de =srael.1. As ra#3es do nome2 o nome Palestina !oi dado pelos gregos C sculos a./. Provm da palavrahebraica Palestim, que quer di#er2 Pilisteus. De !ato, !ilisteus moravam na regi%o sul. 9avegantesgregos comerciavam com eles e deram N terra o nome de Palestina ou Eerra dos Palestim.&nomeEerra(antapopulari#ou7seapartirda=dade:dia, quandooscrist%osdenominaram a Palestina de Eerra (anta, por ter sido santi!icada pela presen$a de /risto.Suando Deus come$ou a !ormar seu Povo com os Patriarcas Abra%o, =saac e .ac, esta terrachamava7se Eerrade /ana%. Jmoravam oscananeus,descendentes de/ana%,neto de9o. Aoretirar seu povo da escravatura no Egito, Deus prometeu novamente a seu povo a Eerra de /ana% querecebeu o nome de Eerra Prometida Passou em seguida a chamar7se Eerra de =srael, por que ali moravam os descendentes de=srael. =srael outro nome de .ac, neto de Abra%o. 8o4e, a Palestina est dividida em duas !ai6as verticais2 a da esquerda chama7se Pais de=srael *constitudonamaioriadeisraelitasou4udeus,, eadadireita, chama7sePasda.ordRnia*constitudo de rabes,.+. Jimites e E6tens%o2 A Palestina teve seus limites e e6tens%o vrias ve#es modi!icados, durante ossculos. 9o tempo de /risto, limitava7se ao norte2 com a (ria e a Pencia *ho4e Jbano,@ ao sul2 comos desertos de 9egeb@ a leste2 com os desertos da Arbia@ a oeste2 com o :ar :editerrRneo.A regi%o comumente habitada da Palestina, de norte a sul, tinha apro6imadamente +;B [m@e de leste a oeste, em mdia, cerca de 1+B [m. O RIO FORDO& rio .ord%o corta a Palestina de norte a sul e o principal rio da Palestina. 9asce no monte8ermon e !ormado por 1 pequenos rios. Estas nascentes do .ord%o encontram7se entre +BB a CBBmacima do nvel do mar. Depois de percorrer apro6imadamente 1B [m, o rio .ord%o desce at +1+mabai6o do nvel o mar.. 9esse ponto alarga7se e !orma o grande Jago de Fenesar, que tem 1+ [mde largura. Do Jago de Fenesar em diante, o rio .ord%o desce mais ainda. Ao desembocar no :ar:orto, chega a atingir 1?+m abai6o do nvel de outros mares. & .ord%o o -nico rio do mundo quecorre abai6o do nvel dos mares.&percursoentreolagodeFenesareo:ar :orto, emlinhareta seriam,apro6imadamente, 11B [m. & rio .ord%o, porm, devido as estonteantes curvas, !a# esse percursoem 11B [m. n%o rio navegvel. Eem de#enas de lugares rasos, que impedem a navega$%o, mas!acilitam a travessia a p. (ua largura m6ima de 0B m.OS LAOS10A Palestina tem dois grandes lagos, tambm chamados mares2 o Jago de Fenesar ou :arda Falilia, ao norte@ e o :ar :orto, ao sul.>.OLa-o deenesar3U tambm chamado:ar daFalilia,porseencontrarna ProvnciadaFalilia. . Ferusa%3,2 Acidade de.erusalma principal cidade daPalestina, a cidade bblica pore6cel"ncia@ !ica a 0CB m acima do nvel do mar. 9o ano 1.BBC a./., Davi, rei de =srael, conquistou.erusalm, que estava em poder dos .ebuseus e a trans!ormou em capital e centro religioso e civil daPalestina.2. Fer#$HU dista de .erusalm s 10 [m e !ica a mais de 1BB m abai6o do nvel do mar. H a cidademais pr6ima do centro da terra. Em .eric, no ver%o a temperatura chega a CB_ acima de #ero. .eric a cidade mais antiga do mundo, com 1B.BBB anos de e6ist"ncia.pelo ano 1.+BB a./. .eric !oiconquistada por .osu.