sífilis diagnóstico clínico e laboratorial
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Renato Luiz SbalqueiroRenato Luiz SbalqueiroDepartamento de TocoginecologiaDepartamento de Tocoginecologia
UFPRUFPR10/201010/2010
Renato Luiz SbalqueiroRenato Luiz SbalqueiroDepartamento de TocoginecologiaDepartamento de Tocoginecologia
UFPRUFPR10/201010/2010
BREVE HISTÓRICOBREVE HISTÓRICO
Tempos antigos = sem referências precisasTempos antigos = sem referências precisas Idade média (1493) = França – “Doença Napolitana” Idade média (1493) = França – “Doença Napolitana” = Itália – “Il Morbo Gálico”= Itália – “Il Morbo Gálico” * Fracastoro de Verona em 1530 escreve poema* Fracastoro de Verona em 1530 escreve poema “ “Syphilis sive Morbus Gallicus” ( “A SífilisSyphilis sive Morbus Gallicus” ( “A Sífilis ou a Doença Francesa”)ou a Doença Francesa”)
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SífilisSífilisSífilisSífilis Agente causador: Agente causador: Treponema pallidumTreponema pallidum Localização: Extra-celular Localização: Extra-celular
Intra-celularIntra-celular Quadro clínico: doença sistêmicaQuadro clínico: doença sistêmica
múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações
evolução lentaevolução lenta
endarterite obliteranteendarterite obliterante
múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações
comprometimento fetal comprometimento fetal
Agente causador: Agente causador: Treponema pallidumTreponema pallidum Localização: Extra-celular Localização: Extra-celular
Intra-celularIntra-celular Quadro clínico: doença sistêmicaQuadro clínico: doença sistêmica
múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações
evolução lentaevolução lenta
endarterite obliteranteendarterite obliterante
múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações
comprometimento fetal comprometimento fetal
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*TRANSMISSÃO :*TRANSMISSÃO :
SEXUALSEXUAL CONTACTO DIRETO COM LESÕES CONTACTO DIRETO COM LESÕES SANGÜINEASANGÜINEA VERTICALVERTICAL
SífilisSífilisSífilisSífilis
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SífilisSífilisA transmissão depende:A transmissão depende: Tempo de infecçãoTempo de infecção
Presença de lesões úmidas infectantesPresença de lesões úmidas infectantes
Tipo de contacto íntimoTipo de contacto íntimo
Número de microorganismosNúmero de microorganismos
Porta de entrada adequadoPorta de entrada adequado
INFECÇÃO PRIMÁRIA:INFECÇÃO PRIMÁRIA:
* EM MULHERES PODE SER DE DIFÍCIL * EM MULHERES PODE SER DE DIFÍCIL DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
* CANCRO PRIMÁRIO * CANCRO PRIMÁRIO * VULVA* VULVA * PAREDES VAGINAIS* PAREDES VAGINAIS * COLO UTERINO* COLO UTERINO * ANAL* ANAL
SífilisSífilisSífilisSífilis
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INVESTIGAR SEMPRE PARCEIRO(S) INVESTIGAR SEMPRE PARCEIRO(S) SEXUAL(AIS) PARA EVITAR NOVAS SEXUAL(AIS) PARA EVITAR NOVAS CONTAMINAÇÕESCONTAMINAÇÕES
SífilisSífilisSífilisSífilis
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SífilisSífilisSífilisSífilis
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Infecção Primária Infecção Primária (incubação em torno (incubação em torno
de 21 dias)de 21 dias)
Latência Latência (Anos)(Anos)
Latência Latência ( 2 meses a 1 ano)( 2 meses a 1 ano)
Resolução Resolução espontâneaespontânea sem cicatriz sem cicatriz (3-8 semanas)(3-8 semanas)
Secundarismo Secundarismo (pleomorfismo)(pleomorfismo)
Terciarismo (Terciarismo (Lesões Lesões gomosasgomosas Neurolues, Neurolues, Cardite, etc.)Cardite, etc.)
SífilisSífilisSífilisSífilis Lembrar que :Lembrar que :
Sífilis recente:Sífilis recente:Até um (1) ano de evoluçãoAté um (1) ano de evolução
Sífilis tardia: Sífilis tardia: Após um (1) anoApós um (1) ano
Lembrar que :Lembrar que :
Sífilis recente:Sífilis recente:Até um (1) ano de evoluçãoAté um (1) ano de evolução
Sífilis tardia: Sífilis tardia: Após um (1) anoApós um (1) ano
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Sífilis primáriaSífilis primária * Presença do cancro no local * Presença do cancro no local de inoculaçãode inoculação * Geralmente único, podendo haver* Geralmente único, podendo haver outrosoutros *Adenopatia satélite (10 dias após o*Adenopatia satélite (10 dias após o aparecimento do cancro) bilateral,aparecimento do cancro) bilateral, indolor, gânglios endurecidosindolor, gânglios endurecidos
SífilisSífilisSífilisSífilis
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CANCRO PRIMÁRIOCANCRO PRIMÁRIO
ÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSSÍFILISSÍFILIS
R.L.S UFPRR.L.S UFPR
Diagnóstico diferencial da Sífilis primáriaDiagnóstico diferencial da Sífilis primária *Cancro Mole*Cancro Mole *Herpes genital*Herpes genital *Donovanose*Donovanose *Linfogranuloma inguinal*Linfogranuloma inguinal *Lesões traumáticas*Lesões traumáticas
SífilisSífilisSífilisSífilis
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ÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSCANCRO MOLECANCRO MOLE
R.L.S UFPRR.L.S UFPR
Sífilis secundáriaSífilis secundária
* Infecção sistêmica* Infecção sistêmica
* Lesões mucocutâneas* Lesões mucocutâneas
* Linfadenopatia* Linfadenopatia
* Múltiplos sintomas e sinais* Múltiplos sintomas e sinais
SífilisSífilisSífilisSífilis
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Diagnóstico diferencial da sífilis secundáriaDiagnóstico diferencial da sífilis secundária *Farmacodermias*Farmacodermias *Doenças exantemáticas não vesiculosas*Doenças exantemáticas não vesiculosas *Hanseniase não virchowiana*Hanseniase não virchowiana *Colagenoses*Colagenoses *Processos alérgicos*Processos alérgicos *Dermatopatias*Dermatopatias
SífilisSífilisSífilisSífilis
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Sífilis terciáriaSífilis terciária
*Lesões cutâneo-mucosas*Lesões cutâneo-mucosas
*Lesões neurológicas*Lesões neurológicas
*Lesões cardiovasculares*Lesões cardiovasculares
*Lesões articulares*Lesões articulares
SífilisSífilisSífilisSífilis
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SífilisSífilis Estudo de TuskegelEstudo de Tuskegel
Realizado no Tuskegel Institut, em Macon Realizado no Tuskegel Institut, em Macon County, Alabama, EEUUCounty, Alabama, EEUU
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SífilisSífilis
Devido a todos estes diagnósticos Devido a todos estes diagnósticos diferenciais, pode-se dizer que trata-diferenciais, pode-se dizer que trata-se da doença das mil e uma facesse da doença das mil e uma faces
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SífilisSífilisSífilisSífilisNo produto concepcionalNo produto concepcional
Pode causar:Pode causar:AbortamentoAbortamentoÓbito intra-úteroÓbito intra-úteroPrematuridadePrematuridadeLesões fetaisLesões fetaisInfecção fetalInfecção fetal
No produto concepcionalNo produto concepcional Pode causar:Pode causar:
AbortamentoAbortamentoÓbito intra-úteroÓbito intra-úteroPrematuridadePrematuridadeLesões fetaisLesões fetaisInfecção fetalInfecção fetal
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SífilisSífilisSífilisSífilisDiagnósticoDiagnóstico
Clínico: reconhecimento das lesões tanto Clínico: reconhecimento das lesões tanto primária quanto secundárias e/ou terciáriasprimária quanto secundárias e/ou terciárias
Laboratorial: pesquisa direta em campo escuroLaboratorial: pesquisa direta em campo escuro Imunofluorescência direta Imunofluorescência direta
provas não treponêmicas (VDRL;RPR)provas não treponêmicas (VDRL;RPR) provas treponêmicas (FTA-Abs;provas treponêmicas (FTA-Abs; MHA-Tp; TPI)MHA-Tp; TPI)
DiagnósticoDiagnóstico Clínico: reconhecimento das lesões tanto Clínico: reconhecimento das lesões tanto
primária quanto secundárias e/ou terciáriasprimária quanto secundárias e/ou terciárias
Laboratorial: pesquisa direta em campo escuroLaboratorial: pesquisa direta em campo escuro Imunofluorescência direta Imunofluorescência direta
provas não treponêmicas (VDRL;RPR)provas não treponêmicas (VDRL;RPR) provas treponêmicas (FTA-Abs;provas treponêmicas (FTA-Abs; MHA-Tp; TPI)MHA-Tp; TPI)
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SífilisSífilis
NÃO PODE SER CULTIVÁVEL “IN VITRO”NÃO PODE SER CULTIVÁVEL “IN VITRO” NÃO REPRODUZIDO EM COBAIASNÃO REPRODUZIDO EM COBAIAS OS TESTES TANTO TREPONÊMICOS COMO OS TESTES TANTO TREPONÊMICOS COMO
NÃO TREPONÊMICOS NÃO NOS INDICAM NÃO TREPONÊMICOS NÃO NOS INDICAM QUAL O ESTÁGIO DA DOENÇA E NEM O QUAL O ESTÁGIO DA DOENÇA E NEM O TEMPO DE DOENÇATEMPO DE DOENÇA
SífilisSífilis Percentagem de sensibilidadePercentagem de sensibilidade
Estágio Estágio PrimáriaPrimária SecundáriaSecundária Latente Latente Tardia Tardia
VDRLVDRL 59-8759-87 100100 73-9173-91 37-9437-94
FTA-AbsFTA-Abs 86-10086-100 99-10099-100 96-9996-99 96-10096-100
CDCCDC
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SífilisSífilisSífilisSífilisNo Pré-natalNo Pré-natal
Solicitar VDRL quantitativo na primeira Solicitar VDRL quantitativo na primeira consulta; novo exame no início do 3º consulta; novo exame no início do 3º trimestre; e quando do internamento trimestre; e quando do internamento (parto, CST, abortamento)(parto, CST, abortamento)
No Pré-natalNo Pré-natal
Solicitar VDRL quantitativo na primeira Solicitar VDRL quantitativo na primeira consulta; novo exame no início do 3º consulta; novo exame no início do 3º trimestre; e quando do internamento trimestre; e quando do internamento (parto, CST, abortamento)(parto, CST, abortamento)
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TESTE RÁPIDO – RPRTESTE RÁPIDO – RPR REALIZAR EM:REALIZAR EM:
*CASOS DE ABORTAMENTO, PACIENTES*CASOS DE ABORTAMENTO, PACIENTES
SEM SOROLOGIA PRÉVIASEM SOROLOGIA PRÉVIA
*EM PARTURIENTES, PODEMOS UTILIZAR *EM PARTURIENTES, PODEMOS UTILIZAR
NORMALMENTE O VDRLNORMALMENTE O VDRL
SífilisSífilisSífilisSífilis
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SífilisSífilisSífilisSífilisAtençãoAtenção
O resultado do VDRL deve ser fornecido O resultado do VDRL deve ser fornecido com a sua titulação: com a sua titulação: 1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc
Considerar sífilis sempre que diluição Considerar sífilis sempre que diluição for 1:8 ou superiorfor 1:8 ou superior
Fenômeno de De Prozona pode ocorrer Fenômeno de De Prozona pode ocorrer em situações especiaisem situações especiais
AtençãoAtenção
O resultado do VDRL deve ser fornecido O resultado do VDRL deve ser fornecido com a sua titulação: com a sua titulação: 1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc
Considerar sífilis sempre que diluição Considerar sífilis sempre que diluição for 1:8 ou superiorfor 1:8 ou superior
Fenômeno de De Prozona pode ocorrer Fenômeno de De Prozona pode ocorrer em situações especiaisem situações especiais
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SífilisSífilisSífilisSífilis
Em situações de titulação baixa; ou seja Em situações de titulação baixa; ou seja inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser realizada uma boa realizada uma boa história clínicahistória clínica investigando tratamento anterior e se investigando tratamento anterior e se este foi correto. Neste caso, não há este foi correto. Neste caso, não há indicação de solicitar provas indicação de solicitar provas treponêmicas.treponêmicas.
Seguimento destas pacientes através de Seguimento destas pacientes através de VDRL quantitativo mensal.VDRL quantitativo mensal.
Em situações de titulação baixa; ou seja Em situações de titulação baixa; ou seja inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser realizada uma boa realizada uma boa história clínicahistória clínica investigando tratamento anterior e se investigando tratamento anterior e se este foi correto. Neste caso, não há este foi correto. Neste caso, não há indicação de solicitar provas indicação de solicitar provas treponêmicas.treponêmicas.
Seguimento destas pacientes através de Seguimento destas pacientes através de VDRL quantitativo mensal.VDRL quantitativo mensal.
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SífilisSífilisSífilisSífilisSeguimentoSeguimento
O acompanhamento pós tratamento:O acompanhamento pós tratamento:
- VDRL quantitativo trimestral- VDRL quantitativo trimestral Considerar tratamento eficaz quando Considerar tratamento eficaz quando
houver queda de duas ou mais diluiçõeshouver queda de duas ou mais diluições
Comunicar sempre o pediatraComunicar sempre o pediatra
SeguimentoSeguimento
O acompanhamento pós tratamento:O acompanhamento pós tratamento:
- VDRL quantitativo trimestral- VDRL quantitativo trimestral Considerar tratamento eficaz quando Considerar tratamento eficaz quando
houver queda de duas ou mais diluiçõeshouver queda de duas ou mais diluições
Comunicar sempre o pediatraComunicar sempre o pediatra
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SífilisSífilisSífilisSífilisTratamentoTratamento
Penicilina benzatinaPenicilina benzatina Sífilis primária :Sífilis primária : 2.400.000 UI(dose única) 2.400.000 UI(dose única) Sífilis recente :Sífilis recente : 4.800.000 UI (dividida em 4.800.000 UI (dividida em
2 doses- uma por semana)2 doses- uma por semana) Sífilis tardia ou desconhecida :Sífilis tardia ou desconhecida :
7.200.000 UI (dividido em7.200.000 UI (dividido em
3 doses- uma por semana3 doses- uma por semana))
TratamentoTratamento Penicilina benzatinaPenicilina benzatina
Sífilis primária :Sífilis primária : 2.400.000 UI(dose única) 2.400.000 UI(dose única) Sífilis recente :Sífilis recente : 4.800.000 UI (dividida em 4.800.000 UI (dividida em
2 doses- uma por semana)2 doses- uma por semana) Sífilis tardia ou desconhecida :Sífilis tardia ou desconhecida :
7.200.000 UI (dividido em7.200.000 UI (dividido em
3 doses- uma por semana3 doses- uma por semana))
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DROGAS ALTERNATIVASDROGAS ALTERNATIVAS
Sífilis recente e latente precoce :Sífilis recente e latente precoce :
Azitromicina 1 g VO/sem. duas a três sem.Azitromicina 1 g VO/sem. duas a três sem.
Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 20 diasDoxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 20 dias
Eritromicina (estearato) 500 mg VO 6/6 h 20 diasEritromicina (estearato) 500 mg VO 6/6 h 20 dias
Tetraciclina 500 mg VO 6/6 h 20 diasTetraciclina 500 mg VO 6/6 h 20 dias
Sífilis latente tardia :Sífilis latente tardia :
Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h 40 diasDoxiciclina 100 mg VO 12/12 h 40 dias
SífilisSífilis
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SífilisSífilisSífilisSífilisAtençãoAtenção
NAS GESTANTES:NAS GESTANTES: Para pacientes alérgicas ou suspeita de Para pacientes alérgicas ou suspeita de
alergia à Penicilina: alergia à Penicilina: Seguir protocolo do Ministério da Saúde Seguir protocolo do Ministério da Saúde
para identificação (Testes) e para identificação (Testes) e desensibilizaçãodesensibilização
AtençãoAtenção
NAS GESTANTES:NAS GESTANTES: Para pacientes alérgicas ou suspeita de Para pacientes alérgicas ou suspeita de
alergia à Penicilina: alergia à Penicilina: Seguir protocolo do Ministério da Saúde Seguir protocolo do Ministério da Saúde
para identificação (Testes) e para identificação (Testes) e desensibilizaçãodesensibilização
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Medidas que podem reduzir ou Medidas que podem reduzir ou erradicar a Sífilis Congênitaerradicar a Sífilis Congênita
Minuciosa investigação epidemiológica, Minuciosa investigação epidemiológica, tratamento e prevenção da Sífilis nas tratamento e prevenção da Sífilis nas comunidades heterossexuaiscomunidades heterossexuais
Educação das mulheres sobre a necessidade de Educação das mulheres sobre a necessidade de um pré-natal precoce e contínuoum pré-natal precoce e contínuo
Solicitação dos testes sorológicos para sífilis de Solicitação dos testes sorológicos para sífilis de rotina no primeiro e terceiro trimestres e nos rotina no primeiro e terceiro trimestres e nos internamentos (aborto, TPP ou nascimento)internamentos (aborto, TPP ou nascimento)
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Fatores que impedem a erradicação da Fatores que impedem a erradicação da Sífilis congênitaSífilis congênita
Privação sócio-econômicaPrivação sócio-econômica
* * Atendimento tardio de pré-natalAtendimento tardio de pré-natal
* Drogadição* Drogadição
* Atrasos na comunicação* Atrasos na comunicação
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Fatores que impedem a erradicação da Fatores que impedem a erradicação da Sífilis congênitaSífilis congênita
Falta de recursosFalta de recursos
* * Falta de pessoal treinadoFalta de pessoal treinado
* Clínicas superpopulosas* Clínicas superpopulosas
* Atraso no rastreamento e acompanhamento* Atraso no rastreamento e acompanhamento
* Falhas na repetição da sorologia* Falhas na repetição da sorologia
* Falha no tratamento de parceiros sexuais* Falha no tratamento de parceiros sexuais
* Falha no reconhecimento de infecções* Falha no reconhecimento de infecções
adquiridas tardiamente na gestação atualadquiridas tardiamente na gestação atual
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SífilisSífilisSífilisSífilisObservaçõesObservações
Notificação obrigatória (MS)Notificação obrigatória (MS) Informar ao pediatra quadro clínico Informar ao pediatra quadro clínico
maternomaterno Mãe tratada com eritromicina => Mãe tratada com eritromicina => RN considerado não tratadoRN considerado não tratado Investigar parceiro sexualInvestigar parceiro sexual Sexo seguroSexo seguro Investigar outras DSTsInvestigar outras DSTs
ObservaçõesObservações
Notificação obrigatória (MS)Notificação obrigatória (MS) Informar ao pediatra quadro clínico Informar ao pediatra quadro clínico
maternomaterno Mãe tratada com eritromicina => Mãe tratada com eritromicina => RN considerado não tratadoRN considerado não tratado Investigar parceiro sexualInvestigar parceiro sexual Sexo seguroSexo seguro Investigar outras DSTsInvestigar outras DSTs
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SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
Considera-se como sífilis congênita recente os Considera-se como sífilis congênita recente os casos manifestados até o segundo ano de vida, casos manifestados até o segundo ano de vida, e como sífilis congênita tardia, os casos e como sífilis congênita tardia, os casos manifestados após esta data. manifestados após esta data.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
Na maioria dos casos, a infecção Na maioria dos casos, a infecção congênita não produz manifestações congênita não produz manifestações clínicas no momento do nascimento. As clínicas no momento do nascimento. As manifestações clínicas mais importantes manifestações clínicas mais importantes são cutâneo-mucosas, ósseas e viscerais. são cutâneo-mucosas, ósseas e viscerais.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
Na sífilis congênita recente, a hepatomegalia Na sífilis congênita recente, a hepatomegalia e esplenomegalia estão presentes na maioria e esplenomegalia estão presentes na maioria dos casos, podendo ser acompanhadas por dos casos, podendo ser acompanhadas por anemia, púrpura, e icterícia com grande anemia, púrpura, e icterícia com grande aumento de TGO.aumento de TGO.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
As lesões ósseas na maioria dos casos não As lesões ósseas na maioria dos casos não apresentam sintomatologia, mas podem ser apresentam sintomatologia, mas podem ser detectáveis ao exame radiológico sob o detectáveis ao exame radiológico sob o aspecto de osteocondrite, periostite ou aspecto de osteocondrite, periostite ou osteíte, sem contudo serem consideradas osteíte, sem contudo serem consideradas patognomônicas da doença. patognomônicas da doença.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
Lesões cutâneas precoces quando Lesões cutâneas precoces quando presentes nas nádegas podem ser presentes nas nádegas podem ser responsáveis por um quadro semelhante responsáveis por um quadro semelhante ao de "dermatite de fraldas", da qual se ao de "dermatite de fraldas", da qual se diferencia também por não responder a diferencia também por não responder a medidas locais habitualmente eficazes. medidas locais habitualmente eficazes.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
No período neonatal, a concomitância de No período neonatal, a concomitância de prematuridade, baixo peso, alterações prematuridade, baixo peso, alterações liquóricas ou acometimento pulmonar liquóricas ou acometimento pulmonar pioram consideravelmente o prognóstico da pioram consideravelmente o prognóstico da doençadoença. .
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
Sorologia não treponêmica: VDRL Sorologia não treponêmica: VDRL (Venereal Diseases Research Laboratory)(Venereal Diseases Research Laboratory)
Indicado para o diagnóstico e seguimento Indicado para o diagnóstico e seguimento
terapêutico.terapêutico.
O VDRLO VDRL
O teste pode resultar reagente por longos O teste pode resultar reagente por longos períodos, mesmo após a cura da infecção, períodos, mesmo após a cura da infecção, porém apresenta queda progressiva nas porém apresenta queda progressiva nas titulações até que se torna não reagente.titulações até que se torna não reagente.
Recém-nascidos não infectados podem Recém-nascidos não infectados podem apresentar anticorpos maternos transferidos apresentar anticorpos maternos transferidos por meio da placenta. Neste caso, o VDRL só por meio da placenta. Neste caso, o VDRL só será reagente até aproximadamente o terceiro será reagente até aproximadamente o terceiro mês de vida. mês de vida.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
Sorologia treponêmica: FTA-Abs Sorologia treponêmica: FTA-Abs (Fluorescent Treponemal Antibody - (Fluorescent Treponemal Antibody - Absorption)Absorption)
São testes mais específicos, úteis na exclusão São testes mais específicos, úteis na exclusão dede
resultados de VDRL falsos positivos.resultados de VDRL falsos positivos.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
O FTA-ABs/IgG, quando reagente em material O FTA-ABs/IgG, quando reagente em material do RN, não significa infecção pré-natal, pois os do RN, não significa infecção pré-natal, pois os anticorpos IgG maternos ultrapassam a anticorpos IgG maternos ultrapassam a barreira placentária.barreira placentária.
Em geral, os testes treponêmicos permanecem Em geral, os testes treponêmicos permanecem reagentes por toda a vida, mesmo após a cura reagentes por toda a vida, mesmo após a cura da infecção. da infecção.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
RX de Ossos Longos RX de Ossos Longos Demonstram alterações ósseas nas metáfises Demonstram alterações ósseas nas metáfises
e /ou epífises. e /ou epífises.
SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA
Exame do Líquido Céfalo-Raquidiano Exame do Líquido Céfalo-Raquidiano (LCR) (LCR)
Na neurossífilis, detectam-se alterações na Na neurossífilis, detectam-se alterações na
contagem de linfócitos, na dosagem de contagem de linfócitos, na dosagem de
proteínas, e os testes sorológicos para sífilis proteínas, e os testes sorológicos para sífilis
podem ser reagentes podem ser reagentes
Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita
No Período NeonatalNo Período Neonatal Para todos os casos:Para todos os casos:
Toda gestante terá VDRL à admissão Toda gestante terá VDRL à admissão hospitalar ou imediatamente após o parto; hospitalar ou imediatamente após o parto;
Todo recém-nascido cuja mãe tenha sorologia Todo recém-nascido cuja mãe tenha sorologia positiva para sífilis, deverá ter VDRL de positiva para sífilis, deverá ter VDRL de sangue periférico. sangue periférico.
Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita
Nos recém-nascidos de mães com sífilis não Nos recém-nascidos de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, tratada ou inadequadamente tratada, independentemente do resultado do VDRL do independentemente do resultado do VDRL do recém-nascido, realizar: raio X de ossos recém-nascido, realizar: raio X de ossos longos, punção lombar, e outros exames longos, punção lombar, e outros exames quando clinicamente indicados. quando clinicamente indicados.
Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita
Se houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou Se houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou radiológicas, o tratamento deverá ser feito com radiológicas, o tratamento deverá ser feito com Penicilina Cristalina na dose de 100.000 U/Kg/dia Penicilina Cristalina na dose de 100.000 U/Kg/dia E.V. em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 7 a E.V. em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 7 a 10; ou Penicilina G Procaína: 50.000 U/Kg I.M. por 10; ou Penicilina G Procaína: 50.000 U/Kg I.M. por 10 dias. 10 dias.
Se houver alteração liquórica - prolongar o Se houver alteração liquórica - prolongar o tratamento por 14 dias com Penicilina G. Cristalina tratamento por 14 dias com Penicilina G. Cristalina na dose de 150.000 U/Kg/dia E.V. em 2 ou 3 vezes, na dose de 150.000 U/Kg/dia E.V. em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 14 dias. dependendo da idade, por 14 dias.
Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita
Se não houver alterações clínicas, radiológicas, Se não houver alterações clínicas, radiológicas, liquóricas e a sorologia for negativa no recém-liquóricas e a sorologia for negativa no recém-nascido, dever-se-á proceder ao tratamento nascido, dever-se-á proceder ao tratamento com Penicilina Benzatina, via IM, na dose com Penicilina Benzatina, via IM, na dose única de 50.000 U/Kg. O acompanhamento é única de 50.000 U/Kg. O acompanhamento é desejável, incluindo o seguimento do VDRL desejável, incluindo o seguimento do VDRL sérico com 1 e 3 meses. sérico com 1 e 3 meses.
Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita
Nos recém-nascidos de mães adequadamente Nos recém-nascidos de mães adequadamente tratadas: realizar o VDRL em amostra de tratadas: realizar o VDRL em amostra de sangue periférico do recém-nascido; se este for sangue periférico do recém-nascido; se este for reagente ou na presença de alterações clínicas, reagente ou na presença de alterações clínicas, realizar raio X de ossos longos e punção realizar raio X de ossos longos e punção lombar. lombar.
Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita
Observações: Observações: No caso de interrupção por mais de 1 dia de No caso de interrupção por mais de 1 dia de
tratamento, o mesmo deverá ser reiniciado. tratamento, o mesmo deverá ser reiniciado. Em todas as crianças sintomáticas deverá ser Em todas as crianças sintomáticas deverá ser
efetuado exame oftalmológico (fundo de olho). efetuado exame oftalmológico (fundo de olho).
Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita
Seguimento: Seguimento: ambulatorial mensal; ambulatorial mensal; realizar VDRL com 1, 3, 6, 12, 18 e 24 meses, realizar VDRL com 1, 3, 6, 12, 18 e 24 meses,
interrompendo quando negativar; interrompendo quando negativar; diante das elevações de títulos sorológicos ou diante das elevações de títulos sorológicos ou
não-negativação destes até os 18 meses, não-negativação destes até os 18 meses, reinvestigar o paciente. reinvestigar o paciente.