simulado ufpa
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foi-se o tempo da ufpa, agora é só enem, mas da pra treinar por essas questõesTRANSCRIPT
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LNGUA PORTUGUESA
Leia o texto abaixo para responder s questes de 1 a 5.
CORDIALIDADE FAMILIONRIA
1 Almoo de domingo em um luxuoso restaurante de So Paulo. Mulheres, maridos, crianas,
2 adolescentes, avs e sogras, todos - cada um a seu modo - obedecem s regras contemporneas da
3 diferena social. Ou seja, ostentam qualquer coisa para afirmar, confirmar e comunicar ao mundo a classe
4 social da qual querem fazer parte.
5 No conjunto, de qualquer forma, a ostentao discreta. O Brasil ajuda: afinal, ningum sai de casa 6 piscando joias como uma rvore de Natal - perigoso. A ostentao passa mais nas conversas. O pessoal
7 briga sussurrando, chora atrs de culos escuros, mas levanta a voz quando se trata de contar as ltimas
8 frias, o barco, o "ap" em Paris.
9 At aqui, nada de especificamente brasileiro. A modernidade liberal ostentatria por definio.
10 Para que o sistema funcione, no somos quase nada por essncia ou por nascena. Passamos a existir s
11 no olhar dos outros. Portanto, preciso ostentar: bens, inteligncia, saber, humor, at esprito crtico ou
12 insatisfao. Qualquer coisa que nos qualifique e, assim, dividindo e compondo grupos, ordene a sociedade.
13 Rapidamente, esse juzo esttico-moral negativo se tornou banal: um verdadeiro trao do esprito moderno.
14 Achar nosso mundo vulgar virou um modo de parecer diferente, quem sabe meio nobre. , em suma, uma
15 vulgaridade a mais.
16 Os europeus, por exemplo, acham os americanos (todos, norte e sul-americanos) vulgares.
17 a maneira de se afirmarem como uma espcie de aristocracia do mundo ocidental. Na verdade,
18 bem possvel que essa mesma presuno seja a maior vulgaridade europeia.
19 Resta que o continente americano nasceu com a modernidade e por isso mesmo no despreza os
20 novos-ricos. Na casa do liberalismo moderno valemos o que mostramos: portanto, somos todos novos-ricos.
21 O Brasil, em particular, apesar de sua modernizao tardia, chegou a inventar um eufemismo para poup-
22 los: os emergentes.
23 Os emergentes da ltima hora so sempre um pouco cmicos. Por mais que decorem Costanza
24 Pascolato ou Glria Kalil, so trados pela pressa, pelo excesso e pela sede infinita de reconhecimento. Mas
25 todas essas so vulgaridades aceitveis, inerentes nossa cultura.
26 Ento, por que diabos, nesse restaurante paulista, sigo achando que uma parte de meus vizinhos
27 so vulgares a ponto de me causar mal-estar?
28 algo que no concerne ostentao. Meu mal-estar tem a ver com a maneira amigvel com que
29 eles tratam os garons. Na verdade, quanto mais eles parecem cordiais, mais eu acho eles vulgares.
30 H um famoso exemplo de ato falho, narrado por Freud. Algum quer dizer que foi tratado
31 amigavelmente por um homem muito mais rico do que ele e comenta: Me tratou de maneira "familionria". O
32 que deixa pensar que, atrs da familiaridade, o sujeito percebera a condescendncia paternalista e a
33 distncia de classe. Pois bem, talvez os brasileiros, por serem cordiais, se tratem com simptica.
34 familiaridade Mas a cordialidade da classe mdia com os subordinados "familionria".
35 J foi notado vrias vezes que a cordialidade nacional uma pantomima comunitria que quer
36 esconder a crueldade das diferenas sociais. Uma maneira de amenizar a contradio social para deix-la
37 por mais um tempo irresoluta.
38 Agora o pas parece adotar as modalidades liberais da diferena social, isto , nos dividimos em
39 grupos e classes segundo riquezas e qualidades ostentadas. Viva a modernidade! Mas esse tipo de diviso
40 social normalmente pressupe que condies mnimas de mobilidade social sejam garantidas a todos. Sem
41 isso, a cordialidade - que j era hipcrita - vira gozao. Uma espcie de piada obscena permanente. Somos
42 modernos, globais, "jet-sticos" e, com isso, "benevolentes", cordiais donos de engenho.
43 No mesmo domingo, jantar em outro restaurante. Somos os ltimos. Os garons, exaustos depois do
44 dia interminvel, esperam apoiados contra as paredes. Quero ir embora, mas alguns amigos insistem, eles
45 so conhecidos no restaurante: "Carlinhos, tem problema, d pra ficar mais um pouco?". E Carlinhos,
46 naturalmente, diz que no: "Imagiiinaa".
47 Sinto as dores dos sapatos baratos, os calos imemoriais de quem serviu as mesas desde a manh.
48 Penso nos contratos de trabalho fajutos, nas horas extras nunca, ou mal pagas - ainda menos em plena crise
49 do emprego. "Amigo, traz mais uma gua para a gente?". Mas qual amigo?
(Contardo Calligaris. Folha de So Paulo - Folhailustrada, 12/04/1999.
Adaptao)
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Questo 1
Sobre a modernidade liberal ostentatria, segundo o trecho
"At aqui, nada de especificamente brasileiro. A
modernidade liberal ostentatria por definio. Para
que o sistema funcione, no somos quase nada por
essncia ou por nascena. Passamos a existir s no
olhar dos outros." (linhas 09 a 11),
pode-se concluir que
(A) a modernidade faz parte da natureza humana.
(B) os seres humanos dependem da aprovao dos outros
para fazer escolhas.
(C) a modernidade liberal um trao da humanidade, no
dos brasileiros, uma vez que no Brasil perigoso sair
"piscando joias".
(D) o fato de a modernidade liberal ser ostentatria lhe
confere um carter de exceo, ou seja, no lhe
representa um trao constitutivo.
(E) os seres humanos so autnomos, independentes, no que se refere a gosto, estilo, logo, a individualidade
prevalece quando o assunto ostentar um produto
adquirido, ou escolher a marca desse produto.
Questo 2
H vrios trechos nos quais so utilizados os vocbulos vulgar, vulgaridade(s), vulgares. Observe-os sublinhados:
"Achar nosso mundo vulgar virou um modo de parecer
diferente, quem sabe meio nobre. , em suma, uma
vulgaridade a mais.
Os europeus, por exemplo, acham os americanos
(todos, norte e sul-americanos) vulgares." (linhas 14 a 16)
" a maneira de se afirmarem como uma espcie de
aristocracia do mundo ocidental. Na verdade, bem
possvel que essa mesma presuno seja a maior
vulgaridade europeia." (linhas 17 e 18)
"Os emergentes da ltima hora so sempre um pouco
cmicos. Por mais que decorem Costanza Pascolato ou
Glria Kalil, so trados pela pressa, pelo excesso e pela
sede infinita de reconhecimento. Mas todas essas so
vulgaridades aceitveis, inerentes nossa cultura." (linhas
23 a 25)
"Ento, por que diabos, nesse restaurante paulista,
sigo achando que uma parte de meus vizinhos so
vulgares a ponto de me causar mal-estar?
algo que no concerne ostentao. Meu mal-estar
tem a ver com a maneira amigvel com que eles tratam os
garons. Na verdade, quanto mais eles parecem cordiais,
mais eu acho eles vulgares." (linhas 26 a 29)
Considerando-se o texto, entende-se que ser vulgar
significa ser: (A) de baixo nvel intelectual prioritariamente; o caso
dos emergentes, muitas vezes analfabetos, mas ricos. (B) de classe desprivilegiada financeiramente; o
caso dos vizinhos que pedem para permanecer mais tempo no restaurante. (C) de classe desprivilegiada financeiramente; o
caso dos garons do restaurante. (D) uma espcie de aristocrata do mundo ocidental;
assumindo uma postura de homem europeu. (E) comum, trivial, ordinrio; assumindo, para alguns, uma equivocada significao de ser diferente.
Questo 3
De acordo com o posicionamento do autor, a cordialidade da
classe mdia com os subordinados "familionria". Isso quer
dizer que esse tipo de cordialidade um(a)
(A) atitude educada, respeitosa, condescendente.
(B) atitude ridcula, cmica, imediatamente percebida
como gozao.
(C) atitude hipcrita, que pretende amenizar o abismo
social a fim de deix-lo mais tempo sem resoluo.
(D) comportamento indelicado, evidentemente
percebido como "falta de educao".
(E) comportamento de "mau gosto", geralmente percebido
como "piada obscena".
Questo 4
Analise os trechos abaixo.
I. "Mulheres, maridos, crianas, adolescentes, avs e sogras, todos - cada um a seu modo - obedecem s regras
contemporneas da diferena social. Ou seja, ostentam
qualquer coisa para afirmar, confirmar e comunicar ao
mundo
a classe social da qual querem fazer parte." (linhas 01 a
04)
II. "J foi notado vrias vezes que a cordialidade nacional
uma pantomima comunitria que quer esconder a
crueldade das diferenas sociais. Uma maneira de
amenizar a contradio social para deix-la por mais um
tempo irresoluta." (linhas 35 a 37)
III. Agora o pas parece adotar as modalidades liberais da
diferena social, isto , nos dividimos em grupos e
classes segundo riquezas e qualidades ostentadas.
(linhas 38 e 39)
IV. "Quero ir embora, mas alguns amigos insistem, eles so
conhecidos no restaurante: "Carlinhos, tem problema, d
pra ficar mais um pouco?". E Carlinhos, naturalmente, diz
que no: "Imagiiinaa". (linhas 44 a 46)
Os trechos destacados que exemplificam o recurso da
parfrase para esclarecer ideias so
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) II e IV.
Questo 5
O trecho em que o segmento assinalado expressa a causa de
um fato
(A) "Para que o sistema funcione, no somos quase nada
por essncia ou por nascena." (linha 10)
(B) "Os europeus, por exemplo, acham os americanos
(todos, norte e sul-americanos) vulgares." (linha 16)
(C) "Por mais que decorem Costanza Pascolato ou Glria
Kalil, so trados pela pressa, pelo excesso e pela
sede infinita de reconhecimento." (linhas 23 e 24)
(D) "Pois bem, talvez os brasileiros, por serem cordiais, se
tratem com simptica familiaridade. Mas a cordialidade
da classe mdia com os subordinados "familionria".
(linhas 33 e 34)
(E) "Uma maneira de amenizar a contradio social para deix-la por mais um tempo irresoluta." (linhas 36 a 37)
(D) II, III e IV.
(E) III e IV.
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Questo 6
A Orquestra Sinfnica do Theatro da Paz (OSTP)
composta por msicos de quatro naipes de instrumentos
distintos: cordas, sopro de metais, sopro de madeiras e
percusso. Ela conta com 27 msicos de cordas, 11 de
metais, 8 de madeiras e 4 de percusso. No caso de se
desejar ampliar a orquestra, de modo que ela passe a ter 150
msicos e tal que os naipes de instrumentos mantenham a
mesma proporo entre eles, o nmero de msicos de cordas
e o nmero de msicos de metais passariam a ser,
respectivamente,
(A) 54 e 22.
(B) 60 e 30.
(C) 50 e 20.
(D) 82 e 40.
(E) 81 e 33.
Questo 7
O grfico abaixo apresenta a incidncia de tuberculose, de
1990 a 2006, em quatro pases lusfonos, Angola, Brasil,
Moambique e Portugal, segundo dados da Organizao
Mundial de Sade.
Com Com base neste grfico, INCORRETO afirmar:
(A) Brasil e Portugal apresentaram comportamentos
parecidos, com queda aproximadamente linear em
seus ndices.
(B) No perodo de 1990 a 2006, dos quatro pases,
Moambique foi o que apresentou maior crescimento
de incidncia relativa de tuberculose.
(C) Nos ltimos trs anos do levantamento, de 2004 a
2006, Brasil e Portugal apresentaram diminuio da
incidncia relativa de casos de tuberculose, enquanto
Angola e Moambique apresentaram crescimento do
ndice.
(D) No incio do perodo estudado, dos quatro pases,
Angola era o pas que apresentava maior ndice de
incidncia, mas foi largamente ultrapassado por
Moambique, cujo ndice aproximadamente dobrou
na dcada de 90.
(E) Em 2006, o ndice de incidncia de tuberculose em
Angola era superior ao quntuplo do ndice brasileiro,
enquanto o ndice de Moambique era superior a oito
vezes o ndice do Brasil.
Questo 8
Uma companhia de telefonia celular deseja instalar trs torres de transmisso de sinal para delimitar uma regio triangular com 600 Km2 de rea, de tal modo que a primeira torre se localize a 32 Km a leste e 60 Km ao norte da central de distribuio mais prxima, e a segunda torre se localiza a 70 Km a leste e 100 Km ao norte da mesma central de distribuio. Sabendo-se que a terceira torre deve localizar-se a 20 Km ao norte desta central de distribuio, correto afirmar que a posio a leste da terceira torre : (A) 131 Km. (C) 102 Km. (E) 35 Km.
(B) 65 Km. (D) 24 Km.
Questo 9
Em 2007, um negociante de arte
novaiorquino vendeu um quadro a
um perito, por 19.000 dlares. O
perito pensou tratar-se da obra hoje
conhecida como La Bella
Principessa, de Leonardo Da
Vinci, o que, se comprovado,
elevaria o valor da obra a cerca de
150 milhes de dlares.
Uma das formas de se verificar a autenticidade da obra
adquirida seria atestar sua idade usando a datao por
Carbono 14. Esse processo consiste em se estimar o tempo a
partir da concentrao relativa de Carbono 14 (em relao
quantidade de Carbono 12) em uma amostra de algum
componente orgnico presente na obra.
Considere as seguintes afirmaes sobre essa
verificao de autenticidade da obra:
I. A concentrao de carbono dada por uma funo
do tipo C(t) = C0.ek.t
, com C0 e k constantes
positivas;
II. A meia-vida do carbono 14 5.700 anos, ou seja, a
concentrao se reduz metade aps 5.700 anos:
III. Na anlise da obra de arte, verificou concentrao
de carbono era 95,25%, isto , que C(t ) =
0,9525.C0 .
Tendo por base as informaes acima e considerando que
log2 (0,9525) @ -0,0702, correto afirmar que a idade da
obra (t) , aproximadamente,
(A) 200 anos.
(B) 300 anos.
(C) 400 anos.
(D) 500 anos.
(E) 600 anos.
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Questo 10
Uma partcula inicia um movimento oscilatrio harmnico
ao longo de um eixo ordenado, de amplitude igual a 5
unidades e centrado na origem, de modo que a sua posio pode ser descrita, em funo do tempo em
segundos, pela funo
f(t) = 5cos(t).
Ao mesmo tempo, uma outra partcula inicia um
movimento tambm harmnico, centrado em 3, de
amplitude igual a 1 e com o dobro da frequncia da
primeira partcula, de modo que sua posio descrita
pela funo
g(t) = cos(2t) + 3.
Acerca da posio relativa das duas partculas,
CORRETO afirmar que
(A) elas se chocaro no instante
(B) elas se chocaro no instante
(C) elas se chocaro no instante
(D) elas se chocaro no instante
(E) elas no se chocaro.
Questo 11
O trecho acima foi retirado da primeira Carta Pastoral de D.
Antonio de Macedo Costa, bispo do Par entre 1861 e 1889 e
um dos principais representantes do processo de
Romanizao da Igreja catlica brasileira na segunda metade
do sculo XIX.
"O simples fiel, unido ao pastor de sua parquia, se acha
por isto mesmo unido ao bispo, o qual se acha unido ao
Papa, o qual se acha unido a Jesus Cristo, o qual se acha
unido a Deus. Tal a ordem divinamente estabelecida".
(Arquivo da Arquidiocese de Belm. Portarias
e Circulares, 1861-1862, p. 6 v.)
Com base na concepo de Igreja esboada acima e no
conhecimento sobre o assunto em questo, pode-se definir o
processo de romanizao como uma tentativa de a Igreja
Catlica:
(A) aproximar o catolicismo brasileiro das diretrizes da
Santa S, sediada em Roma, visando limitar a
autonomia usufruda pelos adeptos do catolicismo
popular.
(B) fortalecer o catolicismo popular, diminuindo a extrema
dependncia dos devotos com relao aos padres na
realizao das celebraes religiosas.
(C) promover a abertura do catolicismo brasileiro para
outras religies, fato fundamental para o fim do
Padroado aps a proclamao da Repblica.
(D) combater, de forma estratgica, os avanos da
Teologia da Libertao entre os devotos paraenses.
(E) aproximar o catolicismo brasileiro das prticas
religiosas dos devotos habitantes de Roma ou
romanos, da o termo "romanizao".
Questo 12
Em 1888, Juvenal Tavares, militante no abolicionismo
paraense, publicou uma srie de poemas em comemorao
abolio da escravido no Brasil. Os versos a seguir so de
um desses poemas.
"A ti, vil senhor, hoje o que resta? O que te
resta, pfia criatura, Que passavas a vida,
rindo, em festa? Toma da enxada e cava a
terra dura; Come o po com o suor da tua
testa; In fe l i z , acabou-se a escravatura!"
(Juvenal Tavares, A um escravocrata. In:
Versos antigos e modernos. Par: Typ. de
A. F. da Costa, 1889, p. 27).
Com base na leitura dos versos transcritos e no
conhecimento sobre o abolicionismo, correto afirmar que
(A) os poetas e os intelectuais formaram a classe dirigente
do processo abolicionista no Brasil e no Par.
(B) a poesia abolicionista foi um canal de expresso de
grupos letrados contra a continuidade da escravido
no pas.
(C) os artistas se utilizaram do tema da abolio da
escravido para conquistar a mdia da poca e
alcanar o sucesso.
(D) o abolicionismo foi um movimento de carter
econmico, pois queria apenas tirar o pas do atraso
diante das outras naes.
(E) os intelectuais defendiam que os senhores
ocupassem o lugar dos escravos no trabalho da
terra e que os escravos passassem a viver na
casa-grande.
Questo 13
Hyacinthe Rigaud foi um artista francs que pintou a mais
conhecida tela com a imagem do rei Lus XIV, da Frana.
(Retrato de Lus XIV (1701), de Hyacinthe
Rigaud, Museu do Louvre, Paris)
Entre os inmeros smbolos mostrados no quadro est a flor-
de-lis, uma figura herldica muito associada monarquia e
aos reis franceses. Com base na leitura da imagem acima e
nos conhecimentos sobre o absolutismo europeu, correto
afirmar:
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(A) Lus XIV foi um rei perdulrio apenas interessado
na moda, na vida ftil da corte e na riqueza de seus
palcios, avesso que era aos negcios de Estado
ou vida poltica.
(B) A palavra lis uma contrao de "Louis", nome de
Lus XIV, o primeiro a utilizar o smbolo da flor-de-lis
no reino da Frana.
(C) Na mo direita est o cetro; no lado esquerdo, a
espada; sobre a almofada, a coroa real, como
smbolos de autoridade, poder e legitimidade.
(D) O trono real com dossel foi criado por Lus XIV para
representar a posio mxima do poder
monrquico francs.
(E) A riqueza de mobilirio, joias e tecidos
importados da Itlia e de Flandres
caracterizaram o estilo Lus XIV.
Questo 14
Com a Lei de 25 de maro de 1570, a Coroa portuguesa
procurou regulamentar a escravido indgena,
determinando duas situaes em que tal prtica seria
considerada legtima: "Guerra Justa" e "tropas de resgate".
No entanto, colonos e missionrios deveriam provar diante
das autoridades coloniais a legitimidade do cativeiro, a fim
de evitar abusos. Sobre esse contexto, correto afirmar:
(A) Contrrios escravido indgena, os missionrios
fiscalizavam rigorosamente as aes dos colonos;
apenas eram aprisionados ndios em situao de
guerra justa ou tropa de resgate.
(B) Sabendo que a ao fiscalizadora da Coroa
portuguesa era rigorosa, os colonos respeitavam a
lei, apenas escravizando ndios na situao
legalmente determinada como legtima.
(C) Aps a verificao da legitimidade dos cativeiros,
os ndios eram separados por etnia e assim
enviados s misses, formadas exclusivamente por
ndios que falavam a mesma lngua.
(D) Muitos ndios aprisionados eram ameaados e
declaravam falsamente que haviam sido resgatados
dos rituais de antropofagia, o que gerava fraude na
lei que regulamentava o cativeiro indgena.
(E) Graas verificao da legitimidade do cativeiro,
a escravido indgena no Brasil foi insignificante,
razo pela qual a mo-de-obra indgena foi
substituda pela do africano.
Questo 15
Para o historiador Le Goff
"A grandiosa construo carolngia, com efeito, ia
durante o sculo IX desagregar-se rapidamente sob os
golpes conjugados dos inimigos exteriores - novos
invasores - e dos agentes de fragmentao
internos"
(LE GOFF, Jacques. A civilizao do Ocidente
medieval. Lisboa: Estampa, 1984, p. 71).
O processo de fragmentao interna do imprio
carolngio, aludido pelo historiador, refere-se prpria
forma de governo e s relaes de poder do imprio
instauradas por Carlos Magno, fundadas em razo de
vrios fatores, entre os quais, a
(A) doao de terras a servos e seus vassalos,
como forma de retribuio pelo auxlio militar
prestado na conquista da Germnia e da
Lombardia; o que esfacelou o poder do
imperador nos territrios conquistados.
(B) distribuio de foros e tenas aos seus
vassalos, em troca da participao das guerras
de reconquista da Frana do poder dos
muulmanos, que haviam ocupado a regio no
incio de seu reinado.
(C) doao de terras em sesmaria aos marqueses,
responsveis pela segurana militar das
fronteiras do Imprio (as marcas); o que
ensejou a desagregao da autoridade do
imperador nas mos desses indivduos cada
vez mais poderosos.
(D) distribuio de benesses e favores na Corte
carolngia, que se constituiu como espao de
negociao poltica entre os poderosos do
reino, tornando-se o lugar de residncia do
Terceiro Estado francs.
(E) doao de terras e benefcios a indivduos de
quem o imperador esperava fidelidade, o que
incitou, por sua vez, a multiplicao das redes
de vassalagem com vistas garantia de ajuda
militar.
Questo 16
Para Para entendermos a reestruturao do espao
mundial, precisamos examinar as experincias socialistas
do sculo XX, sobretudo aquelas ocorridas na Unio
Sovitica e no Leste Europeu. Nesse sentido, correto
afirmar:
(A) O socialismo real da URSS esteve prximo dos
ideais dos tericos do socialismo cientfico. Instalou-
se um governo democrtico com partido nico, o
Partido Comunista, e uma economia na qual o
Estado planejava o melhor funcionamento das leis
do mercado.
(B) No Leste Europeu as terras, as minas de ouro,
carvo etc. e outros meios de produo eram
estatais. Mas predominava a propriedade privada
das terras no campo e na cidade, havia a livre
concorrncia de mercado e as leis do mercado eram
planejadas pelos governantes.
(C) Na Unio Sovitica se sobressaa o planejamento
da produo e do consumo somente dos
funcionrios do Estado, pois a modernizao da
sociedade exigia a livre aplicao de capitais e a
busca de lucro empresarial. Tudo era rigorosamente
planejado pelos burocratas que visavam controlar o
mercado.
(D) Os pases que adotaram o socialismo sempre
ficaram aliados Unio Sovitica durante todo o
tempo de existncia dessa potncia socialista. A
China, na sia; Moambique, Angola e Guin
Bissau, na frica; Cuba e Nicargua, na Amrica
Latina, so exemplos de pases socialistas que
jamais saram da rbita de influncia geopoltica e
econmica da Unio Sovitica.
(E) O socialismo que se instalou e se desenvolveu no Leste Europeu sempre esteve cercado, bloqueado
ou hostilizado pelas foras do capitalismo mundial. A
cartografia geopoltica dos pases capitalistas imps
um alto custo social, econmico, poltico e cultural
aos regimes socialistas.
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Questo 17
A formao do espao urbano-industrial est associada
consolidao do capitalismo. Sobre esses processos,
correto afirmar:
(A) A urbanizao verdadeiramente consistente, com
grande expanso das cidades globais, s foi ocorrer
com o advento da Expanso Comercial. O
capitalismo comercial precisou, pela necessidade de
produzir e comercializar aos menores custos
possveis, concentrar pessoas em pontos reduzidos
do espao terrestre e, logicamente, criou as
condies necessrias para isso nas cidades.
(B) Com a Revoluo Industrial, metrpoles como
Tquio e So Paulo aumentaram seu poder
econmico, poltico, cultural e financeiro. Elevaram-
se condio de cidades globais pelo importante
papel que passaram a desempenhar no mundo,
quando a economia passou a se globalizar
rapidamente.
(C) Na cidade corporativa, a implantao de
equipamentos urbanos primordialmente para
atender aos anseios das empresas e grupos
hegemnicos; o que porventura interessa s demais
empresas e ao grosso da populao praticamente
o residual na elaborao dos oramentos pblicos.
(D) Todos os pases desenvolvidos, bem como alguns
pases de industrializao recente, apresentam
altas taxas de urbanizao. Isso ocorre porque o
fenmeno industrial, principalmente nos seus
primrdios, no est desvinculado da expanso
urbana. Inclusive, a China e a ndia, com as maiores
populaes do planeta, so pases urbanizados e
industrializados.
(E) O capitalismo, por ter inventado a cidade, inventou,
indiscutivelmente, a cidade grande. Criou metrpoles
e megalpoles, fenmenos urbanos tpicos da fase
mais avanada do desenvolvimento capitalista, ou
seja, da etapa financeira ou monopolista, alcanada
no incio do sculo XX.
(B) O setor industrial emprega mais de 30% da sua
populao economicamente ativa no setor
secundrio e vem aumentando em razo da intensa
automatizao e da robotizao das tarefas.
(C) O setor primrio, que embora tenha diminudo nos
pases lderes da Terceira Revoluo Industrial,
ainda ocupa a maior parte da populao
economicamente ativa na agricultura de exportao,
e o setor que mais emprega mo-de-obra.
(D) O setor tercirio o setor que mais emprega mo-de-
obra em virtude da sua abrangncia, englobando
muitos servios modernos, em institutos de
pesquisas, universidades, hospitais, setores
financeiros, assessorias, em setor de software,
publicidade, comunicao e outros.
(E) O setor secundrio o que mais emprega mo-
de-obra no sculo XXI, em razo de ter
industrializado e qualificado sua fora de trabalho
no campo e mecanizado sua agricultura para
exportao de produtos alimentares.
Questo 18
Em relao diminuio da populao ocupada em
setores das atividades econmicas primrias nos pases
lderes da Terceira Revoluo Industrial, no perodo
contemporneo, assim pondera Vesentini:
"Em virtude da mecanizao do campo e da urbanizao, a
percentagem da populao ocupada no setor primrio tende a
diminuir no mundo inteiro, at atingir uma mdia de 5% a 6% da
populao ativa. H, porm, casos de percentagem ainda
menores, como nos Estados Unidos (2,7%), na Blgica (2,4%) e no
Reino Unido (1,8%)".
Geografia: geografia
(VESENTINI, Jos William. geral e do Brasil. 2008. p.289).
A alternativa que caracteriza o processo de mudana a
que se refere o autor :
(A) O setor secundrio atualmente o maior
empregador nos pases lderes da Terceira
Revoluo Industrial, pois possui as maiores
unidades fabris que empregam dezenas de milhares
de trabalhadores.
Questo 19
No sculo XX assistimos mudana de uma ordem
mundial bipolar para uma ordem mundial multipolarizada.
Nesse sentido, correto afirmar:
(A) Na ordem mundial bipolar, predominava poltica e
ideologicamente a oposio Leste-Oeste, com o
socialismo real, representado pela URSS, e o
capitalismo, representado pelos Estados Unidos.
Economicamente, havia o planejamento das leis de
mercado, nos pases socialistas, e o nacional
desenvolvimentismo, nos pases capitalistas.
(B) O conflito no deflagrado entre mundo capitalista e
mundo socialista ofuscou outros conflitos de
natureza tnico-religiosa, cultural e poltica, como a
invaso do Afeganisto pela China e a disputa
territorial entre a ndia e o Paquisto.
(C) Os problemas ambientais receberam ateno
redobrada no mundo socialista. O Estado e o
partido comunista criaram uma poltica de
transparncia e participao da sociedade para
monitorar danos ambientais decorrentes da
explorao das minas de carvo, por exemplo, na
China, e da construo das plataformas de
petrleo, na Rssia Siberiana.
(D) O bloco capitalista desenvolveu-se por todos os
cantos do mundo dinamizando-se nos pases
perifricos e centrais. Estes ltimos, sobretudo os
Estados Unidos, conseguiram transformar o
militarismo da Guerra Fria em uma indstria blica
moderna e dinmica, que vende armamentos para
a Europa, a Amrica Latina e a sia.
(E) Os Estados Unidos e a Unio Sovitica
cessaram seus investimentos na cincia e
tecnologia associadas corrida armamentista.
Isso assinalou o fim da Guerra Fria e a
diminuio dos conflitos armados no mundo,
pois as duas potncias firmaram acordos de
paz, que culminaram com o Prmio Nobel para
Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchev.
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Questo 20
As regies geoeconmicas brasileiras configuram um mosaico
de contradies, o que mostra ser o territrio nacional
construdo de modo desigual e combinado. Sobre essas
regies, correto afirmar:
(A) No Nordeste, encontramos na sub-regio da Zona
da Mata Aucareira a predominncia de pequenas
propriedades, utilizadas na monocultura aucareira
voltada para consumo interno. Nas grandes cidades
dessa sub-regio, so comuns as habitaes
precrias, como as invases em Salvador e os
mocambos, os cortios e as moradias antigas em
Recife.
(B) No Centro-Sul do pas, destaca-se o Vale do Ao.
Trata-se de uma rea de colonizao alem, onde
predominam siderrgicas nacionais e internacionais,
que convivem com pequenas propriedades agrrias
nas quais se pratica a policultura aliada pecuria.
Nessa regio, encontramos em Blumenau, Brusque
e Joinville importantes indstrias alimentcias.
(C) Na dcada de 1960, o Estado criou condies,
polticas e econmicas para o estabelecimento de
grandes projetos agropecurios, de minerao e de
gerao de energia na Amaznia. Para tanto,
procedeu regularizao fundiria, que demarcou
as terras de cada empreendimento, bem como as
unidades de conservao, as reas quilombolas e
de populaes tradicionais. Isso diminuiu os
conflitos fundirios na regio.
(D) O Serto a sub-regio do Nordeste que mais tem
apresentado perda populacional. A maioria dos
nordestinos deixa suas terras em direo s
metrpoles do Centro-Sul. As secas constantes e a
estrutura fundiria desigual e profundamente
concentrada so os principais motivos que levam o
pequeno produtor a vender suas propriedades e
migrar.
(E) O Centro-Sul a regio de maior heterogeneidade econmica, cultural e fisiogrfica do pas. Do ponto
de vista econmico, nela encontramos megalpoles,
grande nmero de cidades mdias e pequenas
cidades, como tambm centros
financeiros, industriais e de servios, alm de
complexos agroindustriais modernos, convivendo
com a agricultura familiar
tradicional.
Questo 21
O espelho plano, na forma de que dispomos
atualmente, inventado no sculo XIII, em Veneza, na
Itlia, produz imagens sem distores, dadas suas
propriedades refletoras da luz. Em relao a estas
propriedades, analise as afirmativas abaixo:
I. Quando um objeto se aproxima de um espelho
plano fixo com uma determinada velocidade, a
imagem respectiva tambm se aproxima,
porm
com velocidade dupla daquela do objeto.
II. Considerando um raio luminoso fixo incidindo
sobre um espelho plano, se girarmos o
espelho o raio refletido inicial tambm gira
para uma nova posio, de modo que a
relao entre os ngulos de rotao do
espelho e do raio refletido igual a 0,5.
III. Posicionando-se dois espelhos planos
formando entre si um ngulo 180, o
nmero N de imagens que sero formadas de
um ponto objeto qualquer colocado entre eles
dado pela relao
IV. Os espelhos retrovisores de veculos so na
maioria planos, por proporcionar maior campo
visual ao motorista, j que produzem imagens
menores do que os respectivos objetos.
Esto corretas as afirmativas
(A) I, II e III
(B) II, III, e IV
(C) I, II, e IV
(D) III e IV
(E) II e III
Questo 22
Num galpo de armazenagem de uma grande rede de lojas de eletrodomsticos, buscando otimizar o transporte em srie de volumes pesados, caixas com aparelhos de ar condicionado so transportadas desde o solo at um piso 5 m mais elevado, atravs de uma esteira rolante inclinada de 30 com a horizontal (figura abaixo). A esteira se move com velocidade constante, acionada por um motor eltrico de 220 W.
Admitindo que cada caixa possua peso de 240 N, o nmero mximo de caixas transportadas a cada minuto
(A) 4
(B) 6
(C) 10
(D) 11
(E) 16
(se necessrio use a acelerao da gravidade g = 10 m/s, sen30 = 0,5 e cos30 = 0,8)
-
Questo 23
Um lquido homogneo de massa 0,5 kg depositado em um
recipiente de capacidade trmica desprezvel e levado ao
aquecimento por uma fonte trmica. Esse processo est
expresso no grfico abaixo, no qual Q a quantidade de calor
efetivamente absorvida pelo lquido, At a variao de
temperatura correspondente que este experimenta, e a origem
o incio do aquecimento.
Com base no grfico, analise as seguintes afirmativas:
I. O calor especfico do lquido 0,4 cal / goC.
II. A capacidade calorfica do lquido 400 cal / oC.
III. O calor de vaporizao do lquido 380 cal / g.
IV. A temperatura de vaporizao do lquido 80 oC.
Esto corretas apenas as afirmativas:
(A) I e II
(B) II e III
(C) III e IV
(D) I, II e III
(E) II, III e IV
Questo 24
Em uma obra foram montados dois sistemas usando-se
polias: o sistema A, composto por trs polias, duas mveis e
uma fixa, e o sistema B, composto por duas polias, uma fixa e
a outra mvel, conforme as figuras. Ambos destinam-se a
elevar cargas de mesmo peso P a uma mesma altura a partir
do solo, em movimento uniforme.
Considerando o ngulo = 45, desprezveis os pesos das
roldanas e cordas, bem como atritos ou resistncias passivas,
analise as afirmaes abaixo:
I. A fora motora que equilibra a carga P no sistema B
menor que no sistema A.
II. Usando o sistema A, deve-se aplicar fora motora igual
metade da carga P.
III. Usando o sistema B, a relao entre a carga P e a fora
motora , aproximadamente, 1,4.
IV. Em ambos os sistemas, A ou B, o trabalho motor ser
igual ao trabalho resistente.
Esto corretas as afirmativas:
(A) I e II
(B) II e III
(C) I e IV
(D) III e IV
(E) II e IV
Questo 25
Um vaso de flores caiu da janela de um apartamento, no alto de
um edifcio de quatro andares, espatifando-se na calada. Nos
comentrios dos transeuntes que passavam pelo local, sobre o
perigo do fato, as observaes eram de que, pela altura da queda,
o vaso teria chegado ao solo com seu peso bastante aumentado.
Com base na relao entre os conceitos de Impulso e Quantidade
de Movimento, analise as afirmativas seguintes:
I. O peso do vaso aumenta na razo direta da altura de
queda.
II. O vaso chegou ao solo com o mesmo peso.
III. No choque, o impulso do solo sobre o vaso ocorre num
tempo muito pequeno e, consequentemente, a fora
reativa elevada, o que resulta na quebra do vaso.
IV. A fora reativa do solo no depende do tempo de impacto.
Esto corretas apenas as afirmativas:
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I e III.
(D) II e IV.
(E) I e IV.
-
Questo 26
O cido ciandrico um cido fraco com constante de
ionizao igual a 4x10"10. Esse cido ioniza-se de acordo com
a equao qumica abaixo:
Para uma soluo que contm 0,27 g de HCN por litro, os
valores aproximados do pH da soluo e da concentrao do
cido ciandrico, no equilbrio, so respectivamente iguais a
(A) 1,7 e 1 x 10-2
(B) 3,7 e 2 x 10-4
(C) 5,7 e 2 x 10-6
(D) 5,7 e 4 x 10-6
(E) 5,7 e 1 x 10-2
Questo 27
O tetracloreto de titnio, um lquido utilizado na produo de
prolas artificiais, obtido de acordo com a equao qumica
no balanceada representada a seguir:
A reao tem incio com uma mistura de 250 g de Cl2, 250 g
de C e excesso de minrio contendo FeTiO3. Nesse processo,
o reagente limitante e a quantidade aproximada de TiCl4
produzida, expressa em gramas, so respectivamente
Questo 28
Na produo de cido ntrico a partir da amnia, a
primeira etapa do processo envolve a oxidao do
NH3, conforme representado pela equao qumica
Encontra-se a variao de entalpia, expressa em kJ,
para a reao de oxidao da amnia. A variao
encontrada igual a
(A) + 226,4
(B) 226,4
(C) + 429,6
(D) 429,6 (E) 905,2
Questo 29
A gerao de energia um tema muito importante, pois se
trata de um processo associado qualidade de vida das
pessoas e preservao do meio ambiente. Das diversas
formas possveis de obteno de energia, a nuclear tem sido
empregada em diversos pases, existindo muita polmica
sobre a sua utilizao. Sobre a obteno e o emprego dessa
energia, correto afirmar:
(A) A energia obtida por fisso nuclear no pode ser
controlada adequadamente, sendo ento empregada
para construo de bombas atmicas.
(B) A energia obtida por fuso nuclear gera muitos resduos
radioativos, apesar de ser um processo
tecnologicamente mais confivel e amplamente
utilizado.
(C) A tecnologia desenvolvida para obteno de energia por
fisso nuclear pode levar tambm construo de
bombas atmicas.
(D) No possvel controlar a energia obtida atravs de
fuso nuclear, por esse motivo as pesquisas nesta rea
foram abandonadas.
(E) Nos reatores onde ocorre a fisso nuclear no
so gerados resduos radioativos, por isso os
ambientalistas defendem sua utilizao em
substituio aos atuais reatores de fuso nuclear.
Questo 30
Na natureza alguns elementos podem se apresentar sob
diferentes formas, conhecidas como variedades alotrpicas. O
carbono, por exemplo, pode ser encontrado nas formas
cristalinas de grafite, diamante, fulereno. Sobre as
propriedades dos altropos de carbono so feitas as seguintes
afirmaes:
I. O diamante o menos denso das trs variedades
de carbono.
II. A grafite apresenta uma estrutura lamelar.
III. No fulereno cada tomo de carbono est ligado a outros
4 tomos de carbono, formando um tetraedro.
IV. No diamante, os ngulos de ligao entre os tomos de
carbono so de 120.
V. A grafite boa condutora de eletricidade, porm m
condutora de calor.
Est(o) correta(s) a(s) afirmao(es)
(A) I e III
(B) V
(C) II, IV e V
(D) III e V (E) II
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Questo 31
A alterao em uma base nitrogenada de uma sequncia do
RNAmensageiro de uma clula provocou a sntese de uma
protena diferente daquela que anteriormente era sintetizada
pela mesma sequncia, antes da alterao. Em relao ao
fato descrito, pode-se afirmar:
(A) A mudana da base no alterou o cdon.
(B) A alterao gerou um cdon que codifica o mesmo
aminocido.
(C) A alterao no pode ser considerada uma mutao.
(D) Se a alterao ocorresse na segunda base do cdon, a
rotena produzida seria a mesma.
(E) A alterao de apenas uma base de um cdon no suficiente para provocar uma alterao na
protena gerada.
Questo 32
Em um determinado ecossistema marinho, podem ser
observados organismos representados por fitoplncton,
zooplncton, caranguejos, camares e peixes tais como o
bagre (detritvoro) e o mero (carnvoro).
Com relao ao ecossistema descrito, a alternativa correta :
(A) A comunidade bitica representada por: peixes,
camares, caranguejos, fitoplncton e zooplcnton.
(B) Em relao a cadeia alimentar, os produtores so
representados pelos fitoplncton e zooplncton, e os
consumidores secundrios pelo bagre e mero.
(C) A quantidade de energia qumica consumida pelo mero
a mesma que foi gerada pelo produtor, sendo, portanto,
constante ao longo da cadeia alimentar.
(D) A produtividade primria bruta o total de energia
armazenada pelos camares.
(E) A degradao dos restos orgnicos de
animais e vegetais realizada pelo
fitoplncton.
Questo 33
Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (1879 - 1934) foi o nico
mdico e pesquisador na histria da medicina a descrever o
ciclo completo de uma doena infecciosa; desde seu agente
etiolgico, vetor, hospedeiros, manifestaes clnicas e
epidemiologia. Identificou o Trypanosoma c ruz i como
causador da doena de Chagas e seus conhecimentos sobre
essa doena permanecem vlidos at os dias de hoje. Acerca
da doena de Chagas, INCORRETO afirmar:
(A ) Uma das espcies de hospedeiros intermedirios que
atua como vetor o Tr ia toma i n fes tans .
(B) As formas epimastigotas e tripomastigotas so
encontradas no intestino do inseto, enquanto formas
tripomastigotas so encontradas no sangue dos
hospedeiros definitivos, transformando-se em formas
amastigostas quando invadem os tecidos.
(C) O protozorio parasito circula no sangue perifrico e
tecidos, provocando leses graves, principalmente no
corao e em rgos do aparelho digestivo, como o
esfago e o intestino.
(D) Na fase aguda, os sintomas representam ligeiros
inchaos nos locais da infeco, mas a doena pode
evoluir para a fase crnica e grave e levar a uma
doena cardaca e ao megaclon.
(E) Se a doena no for tratada na fase aguda, a fase
crnica incurvel; portanto a melhor preveno
a administrao de vacina e a eliminao dos
abrigos dos triatomneos e dos reservatrios
naturais.
Questo 34
Sobre a estrutura e a fisiologia dos tecidos musculares,
correto afirmar que
(A) a musculatura esqueltica estriada se ancora aos
ossos por meio de tendes e desenvolve
movimentos voluntrios, controlados apenas pelo
sistema nervoso perifrico.
(B) todo o tubo digestivo revestido por camadas de
fibras musculares lisas, que possuem
movimentao voluntria, exceo da atividade de
deglutio e defecao.
(C) a musculatura estriada cardaca e a musculatura lisa
possuem, em comum, movimentos involuntrios
controlados pelo sistema nervoso autnomo.
(D) os trs tipos de tecidos musculares possuem
citoesqueleto altamente organizado e rico em actina,
microtbulos e miosina, importantes para a
conduo de sinais reguladores da contrao.
(E) os trs tecidos musculares possuem a mesma origem ectodrmica.
Questo 35
Doenas e agentes infecciosos sexualmente transmissveis,
como Herpes, HIV, HPV, Sfilis e Gonorreia, so frequentes na
populao. Sobre seus agentes etiolgicos e caractersticas
das doenas, correto afirmar que o
(A) Papilomavrus Humano (HPV) invade tecidos de
revestimento (pele e mucosas) levando formao de leses
decorrentes do crescimento celular irregular, formando
verrugas genitais, que podem levar ao cncer de colo de
tero.
(B) Vrus da Herpes, membro da famlia de vrus conhecida
como Retroviridae (retrovrus), apresenta longo perodo de
incubao, produz infeco das clulas do sangue e do
sistema nervoso e supresso do sistema imune.
(C) Treponema pallidum pode infectar tanto a mucosa
oral quanto a genital, lesionando clulas epiteliais e
fibroblastos; ou pode tornar-se latente em neurnios,
desenvolvendo ciclos de infeco quando o indivduo passa
por estresse fisiolgico, febre, exposio excessiva ao sol.
(D) vrus da imunodeficincia humana (HIV) invade
submucosas e pode passar por um curto perodo de
incubao at o incio dos primeiros sinais e sintomas,
caracterizados por pequena ulcerao firme e dura que ocorre
no ponto de invaso do agente, geralmente na rea genital ou
na boca.
(E) Neisseria gonorrhoeae invade tanto o sistema
urinrio quanto o reprodutor, pode se disseminar
atravs da circulao, afetando principalmente a
pele, as articulaes, o crebro, as vlvulas
cardacas, a faringe e os olhos.
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Questo 36
Leia com ateno o trecho abaixo transcrito:
[Entra Branca Gil, ALCOVITEIRA, e diz:]
ALCOVITEIRA: Que esforo de namorado e que prazer! Que
hora foi aquela!
VELHO: Que remdio me dais vs?
ALCOVITEIRA: Vivereis, prazendo a Deus, e casar-vos-ei
com ela [a MOA].
VELHO: vento isso!
ALCOVITEIRA: Assim seja o paraso. Que isso no to
extremo! No curedes [cureis] vs de riso, que eu farei to de
improviso como o demo. E tambm doutra
maneira se eu me quiser trabalhar.
VELHO: Ide-lhe, logo, falar e fazei com que me queira, pois
pereo [...]. E, se reclama que sendo to linda dama por ser
velho me aborrece, dizei-lhe: um mal quem desama porque
minh'alma que a ama no envelhece.
ALCOVITEIRA: Sus! Nome de Jesus Cristo! [...]
VELHO: Tornai logo, fada minha, que eu pagarei bem isto.
[A ALCOVITEIRA sai e volta logo depois]
ALCOVITEIRA: J ela fica de bom jeito; mas, para isto andar
direito, razo que vo-lo diga: eu j, senhor meu, no posso,
sem gastardes bem do vosso, vencer
uma moa tal.
VELHO: Eu lhe pagarei em grosso.
ALCOVITEIRA: A est o feito nosso [...]. Perca-se toda a
fazenda, por salvardes vossa vida!
VICENTE, Gil. O velho da horta. So
Paulo: Brasiliense, 1985.
A propsito desse trecho da farsa O velho da horta, de Gil
Vicente, correto afirmar que
(A) Branca Gil, a ALCOVITEIRA, oferece seus servios ao
VELHO, prometendo ajud-lo a casar com a MOA.
(B) o VELHO desconfia imediatamente da ALCOVITEIRA e
pretende mandar chamar o ALCAIDE para prend-la.
(C) o VELHO apaixonado diz ALCOVITEIRA que quer ser
amado pelo que ele representa e no pelo seu dinheiro.
(D) a ALCOVITEIRA promete remdios milagrosos ao
VELHO, para que ele rejuvenesa e possa, enfim, casar-
se com a MOA.
(E) a MOA se arrepende de ter zombado do VELHO e lhe
envia Branca Gil com um bilhete pedindo-lhe presentes
como prova do seu amor.
Questo 37
Leia o que diz Afrnio Coutinho sobre o Realismo brasileiro.
"Foi com o Realismo que se tomou conhecimento
de que a cultura regional [...] pode oferecer
literatura um assunto (a paisagem fsica e cultural, os
costumes locais, lendas, mitos, tipos, linguagem,
etc.), uma tcnica (modos de expresso nativos e
populares, estilo, ritmo, imageria, simbolismo), um
ponto de vista (a ideia social de uma sociedade e os
valores culturais movidos pela tradio, que exerce o
papel de liberadora e no confinante)".
(In: COUTINHO, Afrnio (Direo). A
literatura no Brasil. v.3. Rio de Janeiro:
Editorial Sul Americana, 1969. p.220)
Com base nessa assertiva, podemos considerar o conto
"Acau", de Ingls de Souza, como regionalista porque
(A) trata da vida melanclica dos habitantes de uma cidade
do interior da Amaznia, a saber, a cidade de bidos na
regio do baixo Amazonas.
(B) apresenta a vida conflitiva entre irms, uma por ser
filha legtima e outra por ter sido adotada ainda nova, o que
instala o complexo de dipo na famlia.
(C) representa uma lenda de Faro, na figura de um
pssaro anunciador de desgraas, o que demonstra a relao
da literatura com valores da cultura local.
(D) demonstra a vida triste de Jernimo Ferreira, velho
caador que se torna moribundo aps a trgica morte de sua
esposa, o que comum na Amaznia.
(E) descreve a paisagem tpica da Amaznia, com
a presena de grandes rios que so moradas
de seres sobrenaturais, como o Acau.
Questo 38
Em Amor de perdio (1862), novela do autor portugus
Camilo Castelo Branco (1825-1890), o protagonista o jovem
Simo Botelho, que aos dezoito anos nutre uma paixo
avassaladora pela filha do desafeto de seu pai, a tambm
jovem Teresa de Albuquerque. Considerando-se o carter
individualista, emotivo e libertrio do personagem romntico,
podemos afirmar sobre Simo Botelho que
(A) sua trajetria no decorrer da narrativa o classifica como
heri romntico, pois toda sua ao em funo de
concretizar seu amor por Teresa.
(B) se constitui em heri romntico, pois sua trajetria na
narrativa aponta para a consecuo de seus ideais
revolucionrios face aos poderosos.
(C) se configura como um anti-heri, pois vive margem
dos valores sociais, sendo, inclusive, condenado por um
crime.
(D) suas aes o apontam como heri moderno, pois sua
preocupao com as classes populares ntida em seu
convvio com um arreeiro e um ferrador.
(E) sua trajetria no decorrer da narrativa o classifica
como um heri guerreiro, pois, como Ulisses,
tem que lutar para voltar ao seu lar.
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Questo 39
Leia os versos abaixo do poema "O homem e sua hora", de
livro homnimo do poeta piauiense Mrio Faustino (1930-
1962), publicado em 1955:
Ai, estaes Esta estao no das chuvas, quando Os frutos se preparam, nem das secas,
Quando os pomos preclaros se oferecem. (Nem podemos cham-la primavera,
Vero, outono, inverno, coisas que Profundamente, Heri, desconhecemos ...)
Esta outra estao, quando os frutos Apodrecem e com eles quem os come.
Eis a quinta estao, quando um ms tomba, O dcimo-terceiro, o Mais-Que-Agosto,
Como este dia mais que sexta-feira E a hora mais que sexta e roxa.
(In: FAUSTINO, Mrio. Melhores poemas de
Mrio Faustino. 3.ed. So Paulo: Global, 2000.
p.28)
Considerando-se o excerto acima e a temtica a que se
dedicou o autor, podemos depreender que
(A) os versos representam a dificuldade de se utilizar a
metfora das estaes do ano na potica de nossa
regio, uma vez que na Amaznia temos somente a
estao chuvosa e a seca.
(B) o acrscimo do moderno ao tradicional o fio condutor
da potica de Faustino, representado pelas estaes
do ano, com seu carter cclico e de transformao da
vida.
(C) o tema do heri decado o que rege a potica do
poema, pois a inadequao do poeta ao seu tempo
decorre de seu absoluto desconhecimento das
estaes.
(D) a fuga vida o tema principal, representada pelo
apodrecimento do fruto, que significa que o homem
est fora de seu tempo.
(E) o tempo est em desacordo com as estaes
do ano, o que faz de Faustino um antecipador
dos graves problemas contemporneos do
clima; da existir uma quinta estao.
Questo 40
"O arcadismo, que vai suceder ao gongorismo,
representa uma reao a este e procura um retorno
simplicidade clssica, ingenuidade campesina, pureza de
ideias e costumes" (SODR, Nelson Werneck. Histria da
literatura brasileira. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira,
p.106-107). Levando-se em conta essa afirmao, correto
afirmar que os versos que pertencem ao arcadismo so:
(A) "Ondas do mar de Vigo,
Se vistes meu amigo?
E ai Deus, se verr cedo!
Ondas do mar Levado
Se vistes meu amado?
E ai Deus, se verr cedo!"
(B) "Alma minha gentil, que te partiste
To cedo desta vida, descontente,
Repousa l no Cu eternamente,
E viva eu c na terra sempre triste."
(C) "Sou pastor; no te nego; os meus montados
so esses, que a vs; vivo contente
ao trazer entre a relva florescente
a doce companhia dos meus gados;"
(D) "Triste Bahia! quo dessemelhante
Ests e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu j, tu a mi abundante."
(E) "Se s fogo, como passas brandamente,
Se s neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!"
Questo 41
Considerando que na investigao cientfica acontecimentos e processos so apresentados como especificaes de leis e de teorias gerais que anunciam padres invariveis de relaes entre fenmenos, correto afirmar que o objetivo principal da cincia o(a)
(A) estabelecimento de relaes pela aproximao dos
fenmenos e dos processos que diferem entre si de
modo essencial.
(B) imposio de padres de conhecimento a respeito do
comportamento dos fenmenos observveis.
(C) busca da inteligibilidade dos fenmenos para satisfazer o
anseio de compreend-los por meio de estudos
metdicos.
(D) sua aplicabilidade por intermdio da tecnologia visando
exclusivamente ao bem-estar da humanidade.
(E) observao emprica dos fenmenos para ajust-los
teoricamente de modo contingente.
Questo 42
Em geral, para filsofos modernos a verdade entendida como a correspondncia entre a idia e o ideado. De acordo com essa concepo, a verdade se conceitua como o(a)
(A) reflexo invertido das coisas sobre o intelecto.
(B) reproduo fiel do prprio objeto em questo.
(C) analogia entre a idia e a coisa conhecida.
(D) adequao entre a idia e estrutura do objeto conhecido
(estudado).
(E) consenso permanentemente revisto, obtido por
meio de um dilogo qualificado entre os sujeitos
cognoscentes.
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Questo 43
A filosofia moral aborda os fundamentos da ao humana
tanto sob o aspecto legal quanto moral. Sobre a
especificidade desses dois aspectos, correto afirmar:
(A) Embora as normas jurdicas pretendam organizar e
regular as relaes humanas, as doutrinas morais
de modo algum as levam em considerao, por isso
no reconhecem nenhum valor real nelas.
(B) Se certo que as normas jurdicas so leis que
tm validade para aes pblicas, as regras morais,
por seu lado, s levam em considerao os
aspectos privados da ao, e seus princpios se
aplicam apenas ao individuo e no ao cidado.
(C) Do ponto de vista moral, as normas jurdicas so
sempre legais, mas no so legitimas, enquanto os
princpios morais, por serem verdadeiros, so
legtimos embora no legais.
(D) Os cdigos morais so os nicos que possuem um
valor real e oficial na regulao da conduta social
do homem.
(E) Ainda que as doutrinas morais visem a responder s
mesmas necessidades sociais que as normas
jurdicas, as primeiras no oferecem nenhum
cdigo formal, coagindo o homem internamente,
enquanto as segundas o coagem externamente.
Questo 44
Considere as concepes de Locke expressas no texto
abaixo:
"Assim como Hobbes e posteriormente Rousseau, Locke parte da
concepo segundo a qual os indivduos isolados, no estado de
natureza, se unem mediante contrato social para constituir a sociedade
civil [...]. Diferentemente de Hobbes, porm, Locke no descreve o
estado de natureza como um ambiente de guerra e egosmo. O que
ento levaria os indivduos a abandonarem essa situao,
delegando o poder a outrem?"
(ARANHA, M.a Lcia e MARTINS, M.a
Helena. Filosofando: Introduo
Filosofia. So Paulo: Moderna, 1997, p.
274).
(A) medo e ao desejo de paz dos indivduos, mesmo
abdicando de seus direitos em favor de um poder
soberano, absoluto e indivisvel.
(B) contrao de um pacto, produto da vontade geral,
para pr fim desigualdade social.
(C) desejo de preservao dos direitos naturais, em
particular ao direito de propriedade.
(D) apaziguamento dos conflitos entre os direitos do
mais forte e os direitos do primeiro ocupante da
terra.
(E) fato de o homem ser naturalmente cruel e
necessidade de um poder poltico para dominar
sua natureza perversa.
Questo 45
Sabe-se que, para Kant, agir por conscincia, ou seja, por um
senso de dever, obedecer lei moral. Sendo assim, os atos
de um inquisidor que adere firmemente exclusividade de sua
f estatutria, ao julgar um bom cidado como herege e ao
conden-lo morte, podem ser julgados como
(A) atos que tm por mbil a prpria lei moral, por isso
podemos dizer que, no plano moral, os atos foram
realizados por dever.
(B) extremamente perversos, mas em conformidade
com a lei moral, ou seja, com o dever.
(C) moralmente justificveis, pois o inquisidor seguiu os
ditames de seu ofcio, muito embora, do ponto de
vista humanitrio, seus atos sejam reprovveis.
(D) contrrios moral, pois o inquisidor no ouviu a
voz da razo prtica e confundiu seus prprios
sentimentos e inclinaes com a exigncia
racional da moralidade.
(E) atos conformes a moral, pois a pessoa que age
segundo a lei moral no pode se deixar levar
por compaixo ou por qualquer calorosa
emoo ao praticar determinada ao.
Questo 46
Acreditava-se nos primrdios da Sociologia, como alis com
relao s Cincias Sociais de uma maneira geral, ser
possvel atingir a mesma neutralidade e objetividade que se
imaginava poder atingir nas cincias naturais. Por isso essa
nova cincia da sociedade recebeu inicialmente o nome de
Fsica Social e s posteriormente passou a ser denominada
de Sociologia. Entre as alternativas abaixo, a nica que NO
expressa uma perspectiva desse momento inicial da
Sociologia :
(A) Os mtodos das Cincias Naturais poderiam e
deveriam ser aplicados aos estudos sobre a sociedade.
(B) Havia a necessidade de desenvolver tcnicas racionais
para controlar os conflitos criados pelas sucessivas
crises do sculo XIX.
(C) A nica fonte legtima da Cincia seria a experincia
externa. O testemunho da conscincia e as
experincias subjetivas, como fonte de observao
cientfica, no tinham valor.
(D) Acreditava-se que seria necessrio compreender e
controlar racionalmente a natureza com o objetivo de
encontrar mecanismos capazes de promover a
preservao do meio ambiente, pois j se previa que
os danos ambientais causados pela aplicao da
tecnologia na esfera da produo podem causar srias
consequncias s geraes futuras.
(E) O fundamento inicial da Sociologia era o mtodo
positivo, alicerado em um conjunto hierarquizado de cincias.
Na larga base dessas cincias encontrava-se a Matemtica e,
em seu vrtice, a Sociologia.
-
Questo 47
mile Durkheim apresenta como caractersticas dos fatos
sociais:
(A) a coero, como capacidade de superao do
etnocentrismo, e a racionalizao da vida em sociedade.
(B) a competio e o conflito, como modos de interao dos
seres humanos em sociedade.
(C) a generalidade e o interculturalismo presentes na
apreenso de aspectos culturais de diversos grupos
sociais.
(D) a exterioridade e a coero que a sociedade humana
exerce sobre os indivduos.
(E) as contradies das classes sociais e a
particularidade dos processos culturais.
Questo 48
Pode-se dizer que as diferenas culturais existentes na
humanidade so explicadas e compreendidas, entre outros
fatores, por meio de seus processos de socializao. A escola
um importante espao desse processo porque
(A) proporciona a educao formal, que um instrumental
relevante na manuteno das realidades socioculturais,
uma vez que apenas os membros mais velhos de uma
dada sociedade determinam o modo se ser, agir e
pensar das novas geraes.
(B) possvel perceber, no universo da sala de aula, o
carter formal e informal da educao, pois alunos e
professores trazem consigo uma bagagem cultural que
se manifesta espontaneamente e em situaes
diversas.
(C) transmite modelos sociais de comportamento
homogneo, uma vez que as diferenas sociais e
culturais entre as pessoas garantem o dinamismo neste
processo educativo.
(D) busca ampliar aes afirmativas por meio do dilogo
com outras identidades, ou seja, o interculturalismo,
baseando-se na eliminao das diferenas
socioculturais e reforando conflitos e disputas pela
manuteno ou ampliao de poder.
(E) aprender e ensinar aspectos culturais so processos
que se manifestam em momentos e lugares especficos
da educao formal, como o caso do que se processa
nas escolas e universidades.
Questo 49
As discusses acerca de questes de identidade e de
diversidade cultural foram intensificadas a partir dos anos
1980. Nesse contexto, os Novos Movimentos Sociais
incluram nos debates:
(A) As preocupaes em torno das sexualidades, das
homossexualidades e das identidades e expresses de
gnero.
(B) As clivagens de raa e classe, temas discutidos de
modo integrado, apesar das divergncias entre
feministas e movimento negro.
(C) O patriarcado como fator de incluso de mulheres
indgenas e no-indgenas nos processos polticos.
(D) As populaes tradicionais caboclas, cuja origem
marcada apenas pela miscigenao entre sociedades
indgenas e povos africanos durante o perodo colonial.
(E) O modelo assimtrico de relaes raciais do regime
escravista e sua superao com a estratificao
social da economia de mercado.
Questo 50
Recentemente, uma srie de estudos aponta uma modificao
nas relaes entre nacionalidade e cidadania. O
fortalecimento de um regime internacional de direitos
humanos tem obrigado os Estados a redefinirem suas
polticas, tanto a interna quanto a externa, em funo da
universalidade dos direitos individuais. Com base nessas
afirmaes, seria INCORRETO afirmar:
(A) O Estado tem sido cada vez mais constrangido a
aceitar uma imigrao indesejada; a imigrao
ilegal resulta, em grade medida, da incapacidade
de o Estado impor sanes contra esse tipo de
imigrao.
(B) A criao de um regime internacional de direitos
humanos estaria levando a uma perda de
autonomia do Estado. Em virtude do
reconhecimento cada vez maior de direitos
universais da pessoa, as prerrogativas exclusivas
do Estado Nacional em conceder esses direitos
estariam sendo questionadas por uma perspectiva
universalista de direitos humanos.
(C) Os imigrantes estariam sendo incorporados a vrios
aspectos da sociedade receptora, como o mercado
de trabalho, o sistema educacional e outras
vantagens do Estado, sem que para isso eles
tenham adquirido a nacionalidade e, por
conseguinte, a cidadania dos pases receptores.
(D) O Estado est fortalecendo o controle de suas
fronteiras, ao mesmo tempo em que est surgindo
uma espcie de cidadania ps-nacional ou
transnacional, cujo projeto fundamental criar uma
distribuio global de direitos que, alm de permitir
o livre trnsito de pessoas, obrigar os pases ricos
a compartilhar com os pases mais pobres suas
conquistas econmicas, sociais e tecnolgicas.
(E) Grande parte da populao dos pases
receptores, motivada pela crise econmica, pela
ameaa do terrorismo, pelo narcotrfico ou
simplesmente por xenofobia (averso ao
estrangeiro), pressiona os governos de seus
pases a fechar as portas aos imigrantes.
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Seduced into spending thousands on lottery tickets By Jen Haley
1 Jen Bucala has a lot of faith in her family's "lucky" numbers."I've been laying, or around
2 playing, the lotto all my life," she says. She rattles off* her numbers, citing family birthdays,
3 and recounting numerical coincidences.
4 "Me, my husband, my father-in-law ... all our birthdays are in November. Just a week apart
5 from each other," says Bucala, 31.
6 One number that did surprise her was $10,000. After some quick figuring, Bucala estimates
7 she has spent that amount on scratch off* games and Megamillions since she started
8 playing a decade ago.
9 For Bucala, a Lindenhurst, New York, resident who works three jobs -- as a sales
10 associate, an Avon Rep and a bridal consultant -- that is a lot of money.
11 "That ten grand* could have gone toward the payment of bills I have -- my mortgage*, car
12 payments," Bucala says. "We spend thousands of dollars every month on bills. I don't have
13 kids either. That [lotto] money could have been a whole month for me for bills," she says.
14 But like a lot of people, Bucala thinks $1 is a small price to pay for a dream. "You have to
15 play in order to win. That's part of lotto", adds Bucala.
16 Mineola Oaks, is retired and living in Washington Heights, New York. She has played lotto
17 every day, spending $3-$5 a day (and more on Tuesday) for over 20 years. (Just $4 a day
18 for 20 years adds up to almost $30,000.) Two years ago she won $100,000. And with that
19 money she paid off her bills and did some remodeling on her second home in Virginia.
20 The low price of a ticket seduces many into playing the lottery, says Frank Farley, a
21 psychology professor at Temple University. The problem is opportunity costs, says Farley.
22 "What opportunities are lost because you are putting available income into the lottery when
23 you could be putting it into something else?" he asks. "A small amount of money can be
24 spent on dental floss," he says.
25 But the lotto is entertainment, too. "Almost everyone spends money on entertainment,"
26 says Stephen Brobeck of the Consumer Federation of America. "People spend hundreds of
27 dollars going to a sports event. Others spend a thousand dollars a year on premium cable
28 channels. Purchasing a lotto ticket -- it's excitement and there's always the possibility,
29 however slim, that they will win," he says.
Adaptado de http://www.cnn.com/2010/LIVING/wayoflife/01/04/lottery.tix.add.up/index.html (acessado em 04/01/2010)
Glossary *rattle off: mencionar rapidamente. *scratch off: Raspar. *grand: mil dolares. *mortgage: hipoteca.
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Questo 50
De acordo com o texto, Jen Bucala
(A) uma mulher que est aprendendo a jogar na
loteria.
(B) um homem de 31 anos que gosta de jogar na
loteria.
(C) um homem casado de 31 anos que vive em
Nova York.
(D) uma mulher casada de 31 anos que nasceu no
ms de novembro.
(E) uma mulher solteira de 31 anos que mora em
Nova York.
Questo 51
O valor de $10,000, citado no texto, se refere ao dinheiro que Bucala
(A) gastou nos jogos este ano.
(B) gastou nos jogos nos ltimos dez anos.
(C) ganhou nos jogos na ltima dcada.
(D) ganhou nos jogos este ano.
(E) estima gastar este ano em jogos.
Questo 52
Segundo Frank Farley, o que motiva muitas pessoas a
jogarem na loteria?
(A) A diverso.
(B) O preo do bilhete.
(C) O preo do bilhete e a diverso.
(D) A possibilidade de pagar as dvidas com o prmio.
(E) A possibilidade de comprar a casa prpria com o prmio.
Questo 53
O trecho que diretamente indica o arrependimento de
um apostador :
(A) "I've been playing, or around playing, the lotto all my life," she says. (linhas 01 e 02)
(B) One number that did surprise her was $10,000. (linha 06)
(C) That [lotto] money could have been a whole month for me for bills," she says. (linhas 11 e 12)
(D) But like a lot of people, Bucala thinks $1 is a small price to pay for a dream. (linha 13)
(E) "You have to play in order to win. (linhas 13 e 14)
Questo 54
Depois de ganhar na loteria, Mineola Oaks
(A) comprou uma segunda casa em Virgnia.
(B) aposentou-se e se mudou para Nova York.
(C) pagou suas contas e reformou sua segunda casa em Virgnia.
(D) pagou o dbito da sua segunda casa em Virgnia.
(E) pagou suas dvidas e se mudou para Washington.