sinalização viária com o v.l.t. (1)

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS PROFESSOR: RENATO KHALIL ALUNOS: JOSÉ RAMON VASCONCELOS SANTOS CURSO: ENGENHARIA CIVIL 8º SEMESTRE SINALIZAÇÃO VIÁRIA COM VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS - VLT Santos, dezembro de 2013.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

PROFESSOR: RENATO KHALIL

ALUNOS: JOSÉ RAMON VASCONCELOS SANTOS

CURSO: ENGENHARIA CIVIL – 8º SEMESTRE

SINALIZAÇÃO VIÁRIA COM VEÍCULO LEVE

SOBRE TRILHOS - VLT

Santos, dezembro de 2013.

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho abordará temas como a sinalização viária com VLT e seus

impactos. As informações contidas serão para casos gerais, citando alguns

exemplos conhecidos.

Com o aumento no número de veículos, o sistema viário está cada vez mais

“afogado”, necessitando de saídas emergenciais que possam resolver tais

questões.

Algumas soluções já foram tomadas, como o incremento de ciclovias como

incentivo a utilização de bicicletas; aumento do número de ônibus coletivos e

criação de corredores próprios, etc.

Porém, tais medidas já não estão sendo o suficiente, sendo necessária a

criação de um sistema ao qual estará integrado a outros modais como ônibus

coletivos; este é o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

Muitas cidades já apresentam projetos para serem licitados, como Macaé (RJ),

Niterói (RJ), Cuiabá (MT – já em etapa final), Brasília (DF), etc.

A ideia é de que VLT possa conviver amigavelmente com o transito de

automóveis, principalmente nas grandes avenidas e em cruzamentos.

Podemos citar também o exemplo da cidade de Santos, litoral de São Paulo.

Ainda nas etapas executivas do projeto, são muitas as mudanças com desvios

de tráfego temporários e efetivos. Podemos perceber os trechos provisórios de

ciclovias, as novas faixas de pedestres, novos grupos focais, sinalizações de

desvios, etc.

Há também as cidades onde os VLT’s já funcionam, como Montpellier –

França; Paris – França; Rotterdam – Holanda; Tunis – Tunísia; etc.

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IMPACTOS DO VLT NO TRÁFEGO LOCAL DE VEÍCULOS, CICLISTAS E

PEDESTRES

O Veículo Leve sobre Trilhos busca seu funcionamento sem que haja interferências no fluxo viário da região em que opera, com uma lógica de prioridades automatizada. Por isso, a construção desses meios de transportes se dá em canteiros centrais paralelos as vias. Porém, devido às necessidades de travessias obrigatórias, o projeto deve ser pensado de modo que não altere o ambiente urbano. Por conta do fechamento de alguns retornos, abertura de novas ruas e mudanças de sentidos de direção, a intervenção da sinalização vertical se estenderá ao longo das ruas mais próximas, principalmente a sinalização indicativa e sentidos de direção. O sistema de controle semafórico existente deverá ser adequado provisoriamente enquanto for necessário o desvio de tráfego, e retornado à sua situação original ou definitiva após o retorno do trafego ao definitivo, conforme imagem abaixo.

Esta situação provisória poderá trazer alguns transtornos à população que se utiliza da região com desvios, mas, após a conclusão do projeto, tudo será regularizado e melhorado. O VLT é controlado por um sistema automático de semáforos, gerenciado geralmente pela companhia local, ficando para eles a prioridade no cruzamento. Contudo, não significa que o mesmo nunca irá parar num cruzamento. Haverá uma sequencia de algoritmos que definirão as prioridades momentâneas da passagem pelo local. Este assunto é muito discutido na fase do desenvolvimento do projeto, para que se obtenham as características de tráfego desejadas. Os cuidados visuais cabem ao operador do VLT, que nos cruzamentos deverá

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passar com velocidade reduzida, para que seja possível parar com rapidez e segurança, caso necessário. Além disso, os pedestres e veículos automotivos terão travessias próprias, que lhes darão a segurança necessária para atravessar a via permanente. Estas medidas farão com que o ideal dos VLT’s seja atingido, ou seja, o bom convívio com pedestres ciclistas e veículos automotores. A redistribuição do tráfego transformará o ambiente de todas as cidades onde o sistema será implantado, melhorando a mobilidade da população, já que haverá menos ônibus em circulação, menos poluição sonora, além da redução do tempo gasto nas viagens a que o VLT se destina.

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IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO VIÁRIA

Serão implantados e modificados diversos tipos de sinalização viária

necessárias ao tráfego com qualidade e segurança.

Para a execução da obra, algumas exigências técnicas serão feitas:

A sinalização a ser implantada deverá obedecer as normas do

DENATRAN, CTB e ABNT;

Toda sinalização vertical de regulamentação e advertência existente

deverá ser retirada;

Toda sinalização semafórica existente deverá ser retirada;

Toda sinalização de orientação existente deverá ser retirada, exceto as

que tiverem notação específica;

Toda sinalização constante do projeto deverá ser executada, exceto as

que tiverem notação específica.

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TIPOS DE SINALIZAÇÃO VIÁRIA

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

São constituídas por linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o pavimento das vias, com o objetivo de organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou frente a obstáculos; complementar os sinais de regulamentação, advertência ou indicação. As cores são de grande importância para a regulação de fluxos de sentidos opostos, regulação de espaços, regulação de fluxos de mesmo sentido, pintura de símbolos em áreas especiais e contraste; com as cores vermelha, amarela, branca, azul e preta, respectivamente. As linhas de divisão de fluxo também são importantes para sinalizar a permissão ou não de ultrapassagem.

SINALIZAÇÃO VERTICAL

Este subsistema de sinalização viária se utiliza de placas verticais, fixadas ao lado da via ou suspensa sobre a mesma, de modo que o condutor do veículo possa ter contato visual. Este tipo de sinalização é dividido em sinalização de regulamentação, advertência e indicação. Suas cores também são importantes para passar informações necessárias, e as mesmas podem ter informações complementares necessárias.

SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA

Utiliza-se de luzes acionadas alternada ou intermitente, por componentes elétrico-eletrônicos, tendo como função o controle dos deslocamentos. Existe a sinalização semafórica de advertência e regulamentação, as quais as cores também são essenciais para passar as

informações necessárias.

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IMPORTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO VIÁRIA

Como vimos, a sinalização viária exerce função de imensa importância para organização de veículos e pessoas nas vias públicas, passando informações importantes para os usuários das vias, de modo que haja segurança e fluidez. Esta função é exercida através das sinalizações de regulamentação, orientação, advertência, proibições, impedimentos, etc. A falta desses dispositivos podem causar acidentes graves, gerando além de custos, lentidão no trânsito e outros tipos de perdas. Considerando o sistema VLT integrado a outros modais, a importância aumenta ainda mais, pois além do VLT, haverão veículos automotivos, motocicletas, bicicletas e pedestres necessitando em vários momentos utilizar o mesmo espaço para locomoção, como por exemplo nos cruzamentos. Assim as prioridades serão bem definidas para cada um, em determinados momentos. Por isso é importante os locais estarem bem sinalizados, e com acessibilidade para deficientes.

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SISTEMA DE CONTROLE DE TRÁFEGO

Este sistema será automatizado, controlado com ajuda de sensores instalados

na via permanente.

O sistema, desempenhará as seguintes funções:

Regularidade da Oferta - Esta será a função principal a ser

desempenhada de modo a suportar o número de VLT’s necessários

para atender ao Headway operacional especificado.

O mesmo controlará o tempo de parada, executará o rastreamento de

VLT’s, programará os horários, gerando também um gráfico de VLT’s

em operação.

Segurança operacional - Realizará, entre outras, funções de composição de rotas e bloqueio automático de rotas, a fim de que não haja VLT’s em rotas conflitantes.

A sinalização horizontal será contida de placas de regulamentação e advertência; placas de orientação; placas indicativas; placas educativas e demais contidas nos projetos. As colunas a serem implantadas geralmente são do tipo simples e com braço projetado para suporte de placas previstas nas normas técnicas e conforme indicado em projeto e de acordo com as orientações das Prefeituras. Todas as travessias da ciclovia deverão ser implantadas com semáforos e possuir sinalização vertical e horizontal, de forma a orientar a travessia das bicicletas, além de alertar os motoristas. A passagem de um VLT em uma região de cruzamento é controlada por 3 sensores localizados na via, sendo 2 sensores de aproximação e 1 sensor de conclusão. Normalmente esses sensores nada mais são que bobinas receptoras, instaladas entre os dormentes da via, que identificam sinais enviados por antena instalada na parte inferior das composições do VLT quanto este passa sobre as bobinas. A primeira das duas bobinas encontrada pelo VLT antes do cruzamento é chamada de sensor “distante” que, como o próprio nome já diz, ao detectar a presença da composição, irá garantir um distanciamento adequado para o início da sequência que irá proporcionar sinal “verde” para a passagem do trem. A segunda bobina é chamada de sensor “próximo” e é localizada a apenas alguns metros antes do cruzamento. Ela é utilizada em duas condições: em caso de falha do sensor “distante” e para confirmação da chegada do trem. Enquanto a composição se aproxima do cruzamento, o aspecto do sinal entra em procedimento de alteração, por exemplo, 6 segundos antes da chegada no cruzamento, uma indicação piscante notifica o condutor do VLT que o sinal está mudando para “verde”. Quando a composição está a 3 segundos antes do cruzamento, o sinal do VLT muda para a condição “verde”. Caso a indicação piscante não se faça presente, o condutor já prepara sua parada em um possível sinal “vermelho”. Quando a composição ultrapassa por completo o cruzamento, ela passa sobre

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a terceira e última bobina, que identifica a conclusão da passagem e avisa ao sistema controlador de travessia da liberação do cruzamento. Nesse momento, o sinal de tráfego irá apresentar aspecto “vermelho” para a via do VLT, liberando o cruzamento para os veículos automotores. Nota: na realidade, as indicações “verde” e “vermelho” para o VLT, são representadas por símbolos

compostos por barras vertical e horizontal, na cor âmbar, em sinaleiros específicos para o VLT enquanto que para os veículos automotores são utilizados os padrões normais de cores conforme normalmente utilizado no controle de veículos automotores.

Representação de VLT’s vencendo um cruzamento. Observe que neste caso ele foi priorizado.

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SINALIZAÇÃO VIÁRIA COM O VLT

Abaixo veremos alguns trechos do VLT Baixada Santista, principalmente os

grupos focais, sinalizações horizontais e verticais próximos das futuras

estações de embarque e desembarque.

Observe, por exemplo, próximo da futura estação Antônio Emmerich, em São

Vicente, onde se verificam ciclofaixas, placas de orientação, velocidade

máxima permitida, e faixas de pedestres.

Em outras áreas existirão também diversas áreas de conflito devidamente

sinalizadas.

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COMPARATIVOS – ATUAL E PROJETO – VLT BAIXADA SANTISTA

TRECHO DA ESTAÇÃO ANTÔNIO EMMERICH – SÃO VICENTE

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TRECHO DA ESTAÇÃO ANA COSTA – SANTOS

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TRECHO DA ESTAÇÃO SÃO VICENTE – SÃO VICENTE

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TRECHO DA ESTAÇÃO JOSÉ MONTEIRO – SÃO VICENTE

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ANEXOS

Ilustração do futuro VLT Baixada Santista, passando pelo

túnel revitalizado.

Ilustração do futuro VLT Baixada Santista, interagindo

com outros modais.

VLT passando pelo cruzamento, devidamente sinalizado,

com grupos focais específicos, e área de conflito

demarcada.

Acidente com VLT e carro em Cambona.

Ilustração do futuro VLT do Rio de Janeiro, interagindo

com outros modais.

Apresentação do VLT nos trilhos no Centro de

Manutenções, em Cuiabá.

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VLT Montpellier – França. VLT Melbourne

VLT Barcelona. Percebemos os grupos focais específicos para Veículos Automotivos e VLT’s. Entre os mesmos,

podemos notar também uma travessia simples para pedestres.

Sistema de controle e comunicação no interior da

cabine do VLT de Paris.

Mapa oficial do traçado VLT de Brasília.

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CONCLUSÃO

Por meio deste trabalho, podemos perceber que apesar da construção

de um sistema de VLT’s representar um crescimento e modernização do

transporte urbano, o mesmo poderá gerar durante sua etapa executiva, alguns

transtornos a população.

Porém, para ser executado isso se faz necessário.

Após o termino da obra, com o sistema operando normalmente, a população

ganhará um meio de transporte moderno e mais eficiente, implicando na

redução do número de ônibus, poluição sonora e visual. Este também será um

incentivo a trocar o uso diário de veículos particulares, pelo uso do VLT, para

chegar ao trabalho ou alguns outros pontos com maior rapidez.

Vemos também que as regiões próximas da via permanente e estações de

embarque e desembarque, sofrerão alteração da sinalização, com possíveis

mudanças de fluxo, sentido, etc.

Acidentes estão passíveis de acontecer frequentemente, porém, se a

sinalização for adequada e respeitada estes casos serão raros.

Se tratando de um novo sistema de transporte urbano, o mesmo deverá ser

bem elaborado, e os estudos sobre seus impactos positivos e negativos devem

ser bem analisados, verificando-se a viabilidade.

Outro ponto importante a ser observado é a educação no trânsito, para que

todos possam conviver respeitando as prioridades e necessidades de cada um,

permitindo a eficácia na locomoção.

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REFERÊNCIAS

<http://veiculolevesobretrilhos.wordpress.com> acessado em dezembro de

2013.

<http://www.tramway.com.br> acessado em dezembro de 2013.

<http://www.emtu.sp.gov.br> acessado em dezembro de 2013.

<http://www.projetoescolaohlbrasil.com.br> acessado em dezembro de 2013.