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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país MESA – SEGURANÇA HOJE, EM SÃO PAULO Edição Diária 7303 | Salvador, terça-feira, 26.09.2017 Presidente Augusto Vasconcelos BANCOS Manifestação, hoje, contra fechamento da Caixa Paripe No Brasil do desemprego, riqueza é concentrada Página 2 Página 4 Mesmo com lucratividade bilionária em alta, apesar da crise, os bancos cortaram 14.460 postos de trabalho entre janeiro e agosto Corte de 14.460 mil empregos de 2017. Só em agosto foram 3.780 empregos a menos. Perdem bancários e toda a sociedade. Só o sistema financeiro ganha. Página 3

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  • www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia

    Filiado à

    O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

    MESA – SEGURANÇAHOJE, EM SÃO PAULO

    Edição Diária 7303 | Salvador, terça-feira, 26.09.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

    BANCOS

    Manifestação, hoje, contra fechamento da Caixa Paripe

    No Brasil do desemprego, riqueza é concentrada

    Página 2 Página 4

    Mesmo com lucratividade bilionária em alta, apesar da crise, os bancos cortaram 14.460 postos de trabalho entre janeiro e agosto

    Corte de 14.460 mil empregos

    de 2017. Só em agosto foram 3.780 empregos a menos. Perdem bancários e toda a sociedade. Só o sistema financeiro ganha. Página 3

  • o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 26.09.20172 DESMONTE

    Diretores do Sindicato fazem protesto hoje, com apoio da Feeb e dos moradoresAnA beAtriz leAl [email protected]

    Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

    O BANCÁRIO

    Protesto para manter a Caixa de Paripe

    informativo do Sindicato dos bancários da bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: rogaciano Medeiros - reg. Mte 879 Drt-bA. Chefe de reportagem: rose lima - reg. Mte 4645 Drt-bA. repórteres: Ana beatriz leal - reg. Mte 4590 Drt-bA e rafael barreto - reg. Srte-bA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

    O PROJETO neoliberal de Te-mer inclui o sucateamento e

    a privatização de diversas es-tatais. A Caixa é um exemplo.

    Tem sofrido ataques agressivos, “disfarçados” de reestrutura-ção, que tem como consequên-cia a redução do quadro de pes-soal e fechamento de agências. Hoje, o Sindicato dos Bancários da Bahia faz manifestação na agência de Paripe, na lista das que vão encerrar as atividades.

    O protesto conta com as par-ticipações da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e da Associação de Moradores de Paripe. O bairro e comunidades vizinhas serão altamente preju-dicados. Em geral, a direção do banco penaliza os locais mais populosos e carentes, sem qual-quer responsabilidade social.

    A Caixa já anunciou que pode fechar até 120 unidades em todo o Brasil. A agência de Campinas de Pirajá também é alvo. O Sin-dicato, inclusive, já realizou pro-testo no local. Além da popu-lação atingida, há preocupação com o futuro dos empregados.

    Congresso da Feeb ocorre em dezembro O 14º Congresso da Fe-deração dos Bancários da Bahia e Sergipe, que elege a nova direção da entidade para mandato de três anos, já tem data marcada. Nos dias 9 e 10 de dezembro, em Salvador. O local está em definição e deve ser di-vulgado em breve.

    Participam do even-to, bancários de todos os sindicatos filiados. Mas, antes, a categoria tem outras atividades. Em 3 de outubro, acon-tecem manifestações em defesa dos bancos pú-blicos. Logo depois, no dia 9, tem sessão na As-sembleia Legislativa da Bahia, além de um semi-nário jurídico para deba-ter a reforma trabalhista, em 28 de outubro.

    Os bancários também participam do Encontro da Juventude da Fede-ração Sindical Mundial, que acontece nos dias 28 e 29, em Buenos Aires, na Argentina.

    banco desvaloriza saúde dos empregadosA CAixA não se preocupa com os empregados. A empresa ale-ga agora que o Saúde Caixa está insustentável para o ban-co. Mentira. Até 2016, o plano de saúde acumulou R$ 670 mi-lhões, valor que cobre todo o custo do convênio.

    O acúmulo se deu por conta dos reajustes de 2005 a 2008 que a empresa colocou além da necessi-dade. Assim, o empregado pagou mais do que deveria.

    Com o superávit, os trabalha-dores garantiram que o banco fir-masse um compromisso no Acor-do Coletivo de 2014, que previa negociação da reversão do ganho em benefício do plano. Um dos pontos era a redução da copartici-

    pação dos bancários, de 20% para 15%. Mas, nunca foi cumprido.

    Agora, de forma abrupta, a Caixa argumenta que o plano de saúde é insustentável e pode

    quebrar a empresa. A alegação é mais uma falácia criada pelo governo Temer para sucatear e privatizar o banco, prejudican-do os empregados e os clientes.

    Funcionários do Itaú aprovam instalação de CCV

    OS fUNCiONáRiOS do Itaú aprovaram a instalação da CCV (Comissão de Concilia-ção Voluntária) da organização financeira. Decisão foi tomada na noite de ontem, durante assembleia realizada no auditório do Sin-dicato dos Bancários da Bahia.

    Caixa tem tomado decisões, sem consulta, que prejudicam os empregados

    Manoel porto - arquivo

  • o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 26.09.2017 3BANCOS

    em contrapartida, a lucratividade foi de r$ 35,839 bilhõesrEDAçãO [email protected]

    joão ubaldo

    Menos quase 15 mil empregos

    OS BANCáRiOS cobraram uma atitu-de dos bancos diante das denúncias de conflitos no ambiente de trabalho, como os casos de assédio moral, cada vez mais crescentes. Os trabalhadores reivindica-ram ainda que as reclamações fossem apu-radas de maneira eficaz e que o foco seja a prevenção efetiva, além da amplificação e a capacitação dos canais disponíveis para o encaminhamento de denúncias.

    O Protocolo de Prevenção de Confli-tos no Ambiente de Trabalho, previsto na cláusula 58 da Convenção Coletiva de Trabalho, foi tema de discussão entre o Coletivo Nacional de Saúde do Trabalha-dor e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) durante encontro, realizado na sexta-feira, em São Paulo.

    No dia 27 de novembro, o Comando Nacional e a Fenaban dão continuidade ao tema em busca de um aprimoramento dos mecanismos, já previstos na CCT, que avaliem semestralmente as denúncias.

    OS BANCOS em atividade no Brasil tiveram lucro líquido de R$ 35,839 bilhões de janeiro a agosto deste ano. Resultado excepcional em um cenário de crise, quando todos os seto-res da economia nacional es-tão vendo o balanço encolher. Embora estejam bem, seguem cortando custos com as de-missões de funcionários. Em oito meses, foram eliminados 14.460 empregos.

    Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fecharam 7.347 postos de trabalho, juntos. A Caixa extinguiu outros 6.845, decorrentes do PDVE (Plano de Desligamento Voluntário Ex-

    traordinário). Os dados foram divulgados pelo Caged (Cadas-tro Geral de Empregados e De-sempregados).

    O levantamento mostra ainda que a rotatividade e a terceiriza-

    ção ditam o ritmo da ganância dos banqueiros. A maioria das demissões é de bancário com maior salário e mais tempo de casa. Dos funcionários que saí-ram, mais de 80% (11.614) estão

    na faixa etária de 50 a 64 anos e têm remuneração superior à dos admitidos. São pessoas que dedicaram boa parte da vida ao crescimento do banco que ago-ra os descarta. Absurdo.

    Aumenta a discriminação salarialDiSCRiMiNAÇÃO de cor, sexualidade e gênero. É dessa forma que a maioria dos grandes bancos opera no país. Nos anún-cios falam em modernidade, mas na prá-tica fazem o contrário. A discriminação é vista desde o momento em que o trabalha-dor entra na empresa.

    De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), entre

    janeiro e agosto deste ano, os homens recém-admitidos recebiam quase 30% a mais do que as mulheres. O rendimento delas não passa dos R$ 3.540,35.

    Quando são desligados, a situação não muda. A discriminação continua. As demi-tidas recebiam, em média, R$ 6.629,66. O valor corresponde a 78,6% do que ganha-vam os bancários desligados.

    Prevenção de conflitos na pauta

    Sindicato dos bancários da bahia faz campanha em defesa do emprego, contra a política de corte nos bancos

    Entre janeiro e agosto, os bancários recém-admitidos recebiam quase 30% a mais do que as mulheres

    Manoel porto - arquivo

  • o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 26.09.20174

    SAQUE

    BRASiL

    Seis afortunados têm o mesmo patrimônio que os 100 milhões mais pobres no brasilrOsE [email protected]

    riqueza nas mãos de poucos

    PERCEPÇÃO Engana-se, redondamente, quem imagina que o povo não percebe tudo o que está acontecendo no Brasil. A nova pesquisa do Instituto Ipsos é mais uma prova. Enquanto a rejeição a Moro deu um pulo e já chega a 45% (apenas 48% o aprovam), a desaprovação a Lula, condenado a 9 anos e meio de prisão pelo juiz de Curitiba, caiu de 66% para 59% - ainda alta - em comparação com agosto. Na corrida presidencial, a liderança do ex-presidente subiu de 32% para 40%. Dados significativos.

    PERSEGUiÇÃO O cientista político Cláudio Couto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), diz que a disputa acirrada com o juiz Sérgio Moro só tem feito cristalizar a ideia da vitimização de Lula. Em suma, cresce, em ritmo acelerado, na sociedade, a noção de que o ex-presidente sofre mesmo perseguição política comandada pelo Judiciário.

    DERRAMANDO Fatos que desmontam o golpe: o aumento da rejeição do outrora intocável juiz Sérgio Moro, agora em 45%, diante de apenas 48% de aprovação, o que significa empate técni-co, a desaprovação de Temer, hoje em 94%, e a liderança dispara-da do ex-presidente Lula na corrida presidencial. O golpismo se esvai, na rapidez dos fenômenos políticos, econômicos e sociais.

    CONfiANÇA Para o jornalista Paulo Moreira Leite, os donos do poder no Brasil não tomaram nenhuma atitude mais firme contra as ameaças à democracia feitas pelo general do Exército Hamilton Mourão, porque confiam no Judiciário para garantir a continuidade do golpe e manter Lula bem distante da presi-dência da República. Bom, nessa linha de pensamento, não está afastada a possibilidade de uma intervenção militar, no caso de a (in) Justiça fracassar, quer dizer, o Estado de direito prevalecer, o que parece difícil.

    fEDORENTiNA Deixa um mau cheiro no ar, o cancelamento do depoimento do advogado Rodrigo Tacla Durán, que servia à Odebrecht e garante ter comprado facilidades com a força tarefa da Lava Jato. As acusações atingem diretamente o juiz Sérgio Moro. Duran iria depor hoje, por vídeo, pois mora na Espanha. Não foi anunciada nova data.

    ELOGiOSO O presidente da OAB-BA, Luiz Viana, deu uma longa entrevista, ontem, em uma rádio de Salvador, sobre o pro-cesso que a entidade move contra a Prefeitura, desde 2014, pelo aumento abusivo no IPTU. Com argumento técnico, não quis falar sobre política e economia. Mas, arranjou um jeitinho de elogiar o “bom desempenho” do prefeito ACM Neto (DEM) e dso secretário municipal da Fazenda, Paulo Souto.

    UM ESTUDO da ONG britâni-ca Oxfam mostra como o Bra-

    sil é desigual e injusto. Apenas seis homens detêm a maior

    parte da riqueza do país. Jun-tos, têm mais fortuna do que os 100 milhões mais pobres, ou seja, metade da população que, de acordo com o IBGE, é de 207,7 milhões.

    Jorge Paulo Lemann (AB In-bev), Joseph Safra (Banco Sa-fra), Marcel Hermmann Tel-les (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermi-rio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) têm, juntos, uma fortuna de US$ 88,8 bilhões ou R$ 277 bilhões.

    Para se ter ideia, se os seis bi-lionários gastassem R$ 1 milhão por dia levariam 36 anos para acabar com a fortuna. Enquan-to isso, cerca de 23% dos brasi-leiros, segundo o relatório, têm

    de rebolar para viver com um salário mínimo de R$ 937,00. Sem falar os milhares de traba-lhadores submetidos à remune-ração ainda menores.

    A Oxfam faz ainda uma análise da desigualdade de gê-nero e raça. As mulheres só terão o mesmo salário que os homens em 2047. Para os ne-gros, a discriminação é ainda mais penosa. A remuneração deles só será equiparada a dos brancos em 2089.

    Segundo o estudo, até 2014, o Brasil avançou muito, gra-ças aos programas de inclusão social, como o Bolsa Família. Mas, ainda está muito longe de reduzir as desigualdades de sé-culos, sobretudo porque não tem como política prioritária.

    Show de gols no SocietyOS JOGADORES não pouparam esforços e surpreenderam du-rante os jogos do Campeonato de Futebol Society dos Bancá-rios, realizados sábado, no clube Asbac, Pituba.

    Na primeira partida, o Re-

    velação finalizou o placar con-tra o Anônimos em um incrível placar de 10 a 0. Um verdadei-ro baile. Na segunda partida, quem levou a melhor foi o Elite ao marcar 6 gols contra o Cash, que sofreu 3.

    Muitos brasileiros não têm onde morar ou o que comer. ricos esbanjam

    fernando frazão - agência braSil