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PORQUE CONHECER UMA CIDADE DE BICICLETA

ou

E por que não? Essa é a pergunta que todo rolê de bike parece percorrer. Pedalar é traçar rotas abertas que, embora quase sempre considerem um destino, também permitam surpresas, a sorte, o improviso.

A palavra inglesa serendipity - que se refere às descobertas afortunadas feitas, a princípio, por acaso – é conhecida dos ciclistas.

Quem anda de bike tem tempo para aceitar a sugestão de um cartaz, interagir com desconhecidos, entrar desavisadamente na rua errada, tomar uma café passado na hora, se perder por aí.

Nesse sentido, a bicicleta é um desvio: não só da lentidão do trânsito (e da sua pesadíssima energia), mas das relações pouco afetivas que esboçamos no espaço público. O pedal permite interações mais profundas e frequentes, e compreende a cidade como uma composição viva da qual faz parte. Afinal, a cidade também sente, pressente, respira.

De bike, as distâncias, histórias e deslocamentos de uma localidade podem ser mais facilmente percebidas. Ganhamos intimidade com a geografia – e, ao mesmo tempo, aprendemos que conhecer um lugar o suficiente é saber que jamais vamos conhecê-lo por inteiro.

Ainda bem.

Aproveite esse guia como uma alternativa para uma viagem mais acessível (seja a sua grana ou o seu tempo reduzidos). Ele foi organizado de acordo com as muitas turmas de bike que cruzam a cidade em batidas mais energéticas, calmas ou divertidas. A ideia aqui é cortar caminho: conhecer os principais pontos turísticos em um ou dois dias, e ganhar velocidade para descobrir o que vai fazer da sua trip de fato inesquecível.

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Alpes Cariocas

Rio de Janeiro

Botafogo

O Rio em 24hrs

Escapes

Bike Feminismo

Bike Cultura

Urca

Perfis e Roteiros

Santa Teresa

Mobilidade e Segurança

Anotações

Endereços

ÍNDICE

A Viajante

As Minas da Bike

O Carioca

A Natural

O Esportista

O Cicloativista

13

A CIDADE A CÉU ABERTO ou

E não só o céu. Entre os pontos de partida e chegada que marcamos na cidade, o Rio permite muitos caminhos, na maioria das vezes, lindos. Da Gávea ao Leme, por exemplo, dá pra pegar a orla, quase que em uma linha reta, e fazer pausas para mergulho, pôr do sol e açaí. Dá também para pegar a Lagoa e chegar até Botafogo vendo a galera do remo treinar; ou a Jardim Botânico, e desviar o trajeto pelas ruas mais verdes na parte alta do bairro. Não tem segredo: é girar os pedais e curtir a vista.

Com 450km de ciclovias – facilitando especialmente os trajetos entre a zona sul e a zona oeste – a cidade nos permite experimentar os 360 ângulos de uma mesma vista, ou ver o Cristo Redentor de 360 novas formas. O sol, por exemplo, se põe infinitas vezes, do Arpoador ao aeroporto, para o ciclista.

Aberta é também a cena: noturna, cultural, carioca. Pelo centro despontam festas gratuitas, bares com calçadas inteiras ocupadas e, se você tiver a sorte de chegar entre os meses de janeiro e março, o carnaval de rua. Samba, black, groove ou beats tropicais. O ritmo é sempre o da sua bike. E a graça, voltar para casa com o sol – olha aí, ele de novo – nascendo, deslizando pelo asfalto ainda lisinho do Boulevard Olímpico.

É claro que a gente não pode, nem deve, esquecer as muitas fronteiras invisíveis que separam a cidade. É possível que você se depare com insegurança pública, falta de infraestrutura e pouca organização no trânsito. Para isso, criamos uma sessão ao final desse guia especialmente dedicada às questões de mobilidade (saiba mais na página 132).

Para percorrer a cidade com você, convidamos ciclistas experientes que, cariocas ou não, têm o Rio como casa e a bicicleta como prioridade. Com a viajante Caro, o passeio é clássico, pela orla, e promete fotos para a vida toda. Já com a Bruna, a praia dá lugar a floresta, aos jardins, cachoeiras. É o roteiro perfeito para um domingo de manhã. A partir daí, os itinerários turísticos vão ficando cada vez mais criativos, trazendo o carioca (e o dia a dia no Rio) para perto – seja na zona norte, ao lado do Joy, ou na zona sul, com o Dioclau. Acorde com o João, e um percurso mais esportivo; e vá dormir com Mari, Laís e Bruna, depois de uma noite inteirinha de bike, música e arte. E compartilhe tudo o que achou tagueando a sua viagem com a hashtag #melissabike.17

A CIDADE A CÉU ABERTO ou

Feira Livre

Polis Sucos

Leme

Tome café da manhã em uma das muitas feiras de rua que acontecem, todos os dias, em diferentes partes do Rio. Aproveite a gentileza dos feirantes para provar tudo quanto é fruta e não dispense os grandes hits do programa, como água de coco, tapioca, pastel e caldo de cana. (Mais na pág. 24)

Vá do Leme ao Pontão (do Leblon), ou vice-versa, percorrendo a orla, e dê um mergulho onde o mar estiver mais bonito. Se for possível e seguro, nade um pouquinho mais pro fundo e olhe a cidade: o Rio é lindo até de dentro d’água.

Mate a fome do pós praia, em uma clássica casa de suco, com salgado e açaí. Decidir a melhor casa sempre dá briga, por isso, experimente quantas puder e escolha a sua preferida. (Mais na pág. 25)

HOTSPOTS IMPERDÍVEIS

10:00

8:00

13:00

20

Praça Tiradentes

HOTSPOTS IMPERDÍVEIS

Faça uma visita ao Parque Lage ou ao Instituto Moreira

Salles. Embora os dois centros culturais

sejam muito diferentes, têm arquiteturas

igualmente lindas, exposições bem

produzidas e jardins para curtir.

Poucos programas são tão cariocas quanto entardecer tomando

uma cerveja de garrafa na mureta da Urca. Vá

sem pressa, e se quiser, aproveite para conhecer

o Pão de Açúcar.

Aos fins de semana, a noite é na Praça

Tiradentes (se você ainda tiver energia). Tente os diferentes

bares e festas ao redor da praça: no mínimo, você encontra outro fervido pra te contar

qual a boa do dia.

Parque Lage

Mureta da Urca

15:00

17:30

23:00

No Rio, as feiras livres acontecem, geralmente, das 07:00 às 13:00. Evite chegar depois das 12:00 para não pegar a xepa.

Segunda-feira

Rua Henrique Dummond, Ipanema.

Terça-feira

Rua Marquês de Abrantes, esquina com Rua São Salvador, Flamengo.

Quarta-feira

Praça Edmundo Bitencourt, Copacabana.

Quinta-feira

Praça Antero de Quental, Leblon.

Sexta-feira

Praça Nossa Senhora da Paz, Ipanema. Praça Santos Dumont, Gávea.

Sábado

Rua Frei Leandro, Jardim Botânico.Rua General Glicério, Laranjeiras.Praça Edmundo Rego, Grajaú.

Domingo

Av. Augusto Severo, Glória.

HOTSPOTS IMPERDÍVEIS

Uma para cada dia da semana. Mas não se engane: todo carioca que se preze

tem a sua casa de suco do coração.

HOTSPOTS IMPERDÍVEIS

BB Lanches

Pastel delicioso e açaí melhor ainda. Para pedir com banana, granola, paçoca e tudo mais. Rua Aristides

Espínola 64, Leblon.

Polis Sucos Para trocar o almoço por um suco de fruta-do-conde

(com água de coco, morango ou maracujá) e sanduíche

natural. Rua Maria Quitéria 70, Ipanema.

Big Polis

Açaí baby na textura perfeita e batata frita verme. Pode pedir. Avenida Ataulfo de Paiva 505, Leblon.

“Padaria”Ipanema

Confeitaria e lanchonete tradicional de bairro com açaí imperdível. Rua Visconde de Pirajá 325, Ipanema.

Natu Sucos Para se sentir surfista (como a família dona do negócio) e fazer um lanche no balcão, assistindo ao Canal OFF. Rua

Gustavo Sampaio 323, Leme.

Porto Sabor O melhor açaí da Barra, com lojas por toda a Zona

Oeste. Rua Olegário Maciel 231, Loja B, Barra da Tijuca.

Barraca do Pepê Um sucesso, desde os anos 80, quando foi aberta pelo

surfista e campeão mundial de voo livre que dá nome à barraca. Peça um milk-shake ou vitamina. Avenida do

Pepê, Quiosque 11, Barra da Tijuca.

Bibi Sucos Com filiais espalhadas por toda a cidade, os sucos

seguem fresquinhos, como quando a casa começou, a cerca de vinte anos atrás. O tradicional laranja com

acerola ajuda a bronzear. Avenida Ataulfo de Paiva, 591.

Jow Whitaker

Mari Gama

Bruna Aragão

PERFILJoy Máximo

Dioclau

Laís Passos

Caro Pierro

PERFIL

Bruna Werneck

PERFIL

Para a argentina Caro Pierro, um olhar estrangeiro pouco tem a ver com, de fato, ser de outro lugar. Mesmo em Buenos Aires, onde nasceu, ou no Rio de Janeiro, onde já mora há cinco anos, ela ainda é capaz de encontrar, se surpreender (e até se perder) por lugares novos. E isso tem tudo a ver com bike.

Caro pedala desde sempre, é de família. No seu imaginário de criança, viajar era subir em um furgón com os pais, os sete irmãos e mais uma porção de bicicletas. Para ela, conhecer uma cidade de

bike é, na verdade, reconhecê-la: em um movimento de dentro para fora, com autonomia. É pôr o roteiro um pouco em modo avião e desapegar do Google Maps ou do Trip Advisor.

Mesmo naqueles momentos em que você se sente em um cartão postal; porque, não adianta, o tem-que-ver do Rio é turístico. Com ela, no entanto, traçamos uma rota sem clichês – bom, talvez só os melhores, vai – para fazer os pontos mais famosos da cidade em apenas um dia (e liberar muitas endorfinas).

Caro Pierro

PERFIL

Caro é designer da Pi Bags (@pibags) - marca de acessórios para iogues e ciclistas feitos em tecido -, mas também já foi bike

jornalista, levando as histórias das cidades onde morou para os jornais argentinos.

PERFIL PERFILCaro Pierro Caro Pierro

PERFIL PERFILCaro Pierro Caro Pierro

PERFIL PERFILCaro Pierro Caro Pierro

36

Você pode começar o dia no (1) Mirante do Leblon, na entrada da Avenida Niemeyer – onde também é possível pegar carona de moto taxi e subir até o Vidigal. Se precisar tomar café da manhã, pedale até a altura do Posto 11, desça até o (2) Tapí ou até a (3) Academia da AHLMA, na Rua Carlos Góis. Aqui, qualquer escolha é boa e oferece o combinado toast ou tapioca mais suco natural, com alternativas veganas e sem glúten.

Daqui pra frente, você terá a orla inteirinha para dar um mergulho aonde o mar estiver mais bonito. Difícil de decidir? Faça uma pausa na altura do (4) Posto 10, na Barraca do Marquinhos e Fabiano, perto do canal que separa Ipanema e Leblon. Vale sentar na areia com a sua bike, assistir às rodas de altinha e tomar o clássico mate (com Biscoito Globo salgado ou doce). E não deixe de chamar pelo Bartô, o ambulante mais querido da praia. Se, mesmo assim, bater a fome, desça pela (5) Rua Garcia

D’Ávila para almoçar no La Carioca Cevicheria; ou siga para o (6) Teva, um bar de vegetais moderninho, com tapas e chás gelados. Descanse a pele pedalando pela sombra das ruas de trás do bairro, como (7) Barão de Jaguaripe, Alberto

de Campos e Redentor. Volte para a orla pela Rua Vinícius de Morais e siga até o final da praia, onde fica a (8) Pedra

do Arpoador – famosa pelo pôr do sol, imperdível a qualquer hora do dia.

Vale lembrar que aos domingos e feriados, as vias da orla ficam fechadas, e você ainda pode dar a sorte de encontrar algum showzinho despretensioso para trancar a bike e assistir.

Você pode terminar o dia por aqui, com ostras, sangria e queijos artesanais no (9) Canastra Bar, ou seguir este roteiro até o fim. Nesse caso, a sua próxima parada é Copacabana, onde vale pedalar até a rua Santa Clara e descer pelo bairro mais icônico da cidade até a pracinha do (10) Bairro

Peixoto. Se ainda não tiver almoçado, tente uma mesinha no disputado (11) Adega Pérola - mas guarde o cafezinho para a (12) Charutaria Lollo, no caminho de volta para a praia.

PERFIL A VIAJANTE

PERFILCaro Pierro

Caro Pierro

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ROTEIRO

Siga pela ciclovia até o final de Copa, onde fica a (13) Pedra

do Leme, outro lugar preferido pra dar uma pausa, ouvir um som, dar um mergulho.

Antes de seguir pra Botafogo, experimente as delícias vegan friendly do (14) Gaia Art & Café, e não perca a subida para o (15) Mirante do Morro do Pasmado. Daí em diante é curtir o (16) Aterro do Flamengo, checar as exposições em cartaz no (17) Museu de Arte Moderna, e pegar a passagem secreta para acabar o dia deitado na grama, assistindo aos aviões decolarem do (18) Aeroporto Santos Dumont.

E tem mais: Se tiver o pique para acordar no meio da noite, suba de moto taxi até a entrada da (19) Trilha do Morro Dois Irmãos, no Vidigal. O nascer do sol de lá é dos mais bonitos. Outra dica para a madrugada é passar no (20) Galeto Sat’s: uma galeteria tradicional em Copacabana, aberta 24h, com ares de hotspot antes e depois das festas. No cardápio, um dos melhores churrascos do Rio.

Mari (@maiagama) é designer, ciclista e apaixonada por café.

Para ela, essas são as três coisas que, em futuro próximo, farão com que possa morar, sem mistério, em qualquer lugar do

mundo.

Apesar do irmão triatleta e da família dona de academia, só há alguns

anos a Bruna (@brunawerneck) se afeiçoou pela bike – tanto, que hoje monta e desmonta a sua sozinha.

PERFIL

Laís fez intercâmbio na Holanda, onde ao que parece, existem mais bicicletas que pessoas. Trouxe o hábito para o Rio, onde mora - em um coliving com

mais oito pessoas - e trabalha - em uma galeria de arte.

Bruna, Laís e MariMari Gama, Laís Passos e Bruna Werneck tinham tudo pra se tornarem amigas: cursaram a mesma faculdade, moram relativamente perto, têm outros amigos em comum. Mas foi com a bike que a aproximação veio de verdade, já que acabavam indo e voltando sempre juntas dos lugares. À noite, especialmente, ninguém quer se ver sozinha.

Aos poucos, mais e mais amigas se tocaram que o pedal é, além de atividade física, uma atividade

social, uma filosofia de vida. Hoje a turma se divide assim: os menos e os mais chegados (mas quase todos pedalam). A bike é uma pira. E reúne pessoas, com seus sonhos e valores em comum.

Com elas, traçamos uma rota que pode começar no fim de tarde ou às três da manhã. O ápice é por volta das 05:30 AM – aquele horário do acordar; quando o sol mal nasceu, mas o céu já é claro; ninguém sua e a rua está vazia. Aquele horário em que, na cidade, só tem ciclista.

PERFIL

PERFIL PERFILBrunaLaís Mari

BrunaLaís Mari

PERFIL PERFILBrunaLaís Mari

BrunaLaís Mari

PERFIL PERFILBrunaLaís Mari

BrunaLaís Mari

PERFIL PERFILBrunaLaís Mari

BrunaLaís Mari

PERFIL PERFILBrunaLaís Mari

BrunaLaís Mari

PERFIL PERFILBrunaLaís Mari

BrunaLaís Mari

Comece pela (1) Praça XV, onde aos sábados de manhã rola uma feirinha de antiguidades (que termina em Shopping Chão). O edifício colonial todo branquinho é o Paço Imperial, um centro cultural com exposições, biblioteca de arte e arquitetura e livraria. Gostoso de tomar um café no pátio. Falando nisso, você está a só duas quadras do (2) Curto

Café – cafeteria bacana com custos abertos e contribuição consciente – na sobreloja do edifício garagem Menezes Cortes.

A seguir, pegue a Rua Primeiro de Março e faça uma visita ao (3) Centro Cultural Banco do Brasil, com programação de arte, música, teatro e cinema – fora o prédio neoclássico, lindo – fechado apenas às terças-feiras. Logo ao lado, fica a Casa França Brasil, no mesmo mood artístico, com concertos, peças e exposições.

A sua próxima parada é a (4) Praça Tiradentes, descendo pela Rua do Ouvidor. Nos últimos anos, a praça tem se estabelecido como um desses lugares para chegar a noite quando você ainda não tem certeza do que fazer. O que, por sua vez, acaba juntando bastante gente. Tente o Instituto Cultural Ruínas para festas alternativas a céu aberto, e a BOCA para uma noite diferente, dividida pelos apartamentos do sobrado que ocupa. Antes ou depois do fervo, vale tomar uma cerveja do Bar do Nanam. E se nada der certo, encerrar os trabalhos no Frango Diplomata – maravilhoso de tão trash.

Outro rolê possível é curtir as galerias de arte da região, como A Gentil Carioca, o Centro de Arte Maria Teresa e o CRAB. E depois, descendo a Rua do Senado, encontrar a (5) Despina. De volta à Tiradentes, cruze o (6) Saara em direção ao (7) Saracura, outro espaço de arte independente, na Rua Sacadura Cabral. 54

ROTEIROBrunaLaís Mari

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ROTEIRO

P.S. importante: Esse pedaço do centro (entre o Campo de Santana e a Uruguaiana) vende de tudo e está para o Rio como a 25 de Março está para São Paulo. Chegue antes das 18:00 e procure pelo “Bazar da Beth” para equipar a sua bike com muitos leds.

Da Sacadura, suba para a (8) Praça da Harmonia, na Gamboa, para curtir um centro de ruas e ladeiras bonitas, sem muitos carros. Se já estiver de madrugada, melhor ainda: vá para o píer e pedale até a (9) Praça Mauá. Dê uma boa olhada na arquitetura em volta, seja a do Museu de Arte do Rio, seja a do Museu do Amanhã, e veja o sol nascer com os pescadores, que ficam na pontinha do museu, bem perto do mar.

Não deixe de conhecer a famosa Pedra do Sal e o Morro da Conceição, um cantinho nostálgico onde o samba nasceu junto com os primeiros afoxés e blocos de carnaval. Depois, vá deslizar pelo asfalto bem lisinho do (10) Boulevard

Olímpico, passando pelo painel “Etnias”, um dos maiores murais do mundo, feito pelo artista Eduardo Kobra. Siga pela Orla Prefeito Paulo Conde, aproveitando o trecho reformado da Marinha, até cair de volta na Praça XV, e mais adiante, na (11) Praça Marechal Âncora. Fique ali pelo gramado ou vá direto para a Glória, começar e terminar o dia na feira livre, com caldo de cana e pastel de palmito.

E tem mais: Seguindo pela Gamboa, você dá de cara no Santo Cristo, onde fica a antiga (12) Fábrica da Bhering, com seus ateliês, estúdios, lojas e oficinas. São cinco andares de ocupação artística e a indicação de um bistrô, o Garbo Café.

BrunaLaís Mari

PERFIL

O Dioclau, junto com a Biltre, banda da qual faz parte, corre a cidade com

o Banano Bike (@bananobike) – um pro-jeto de mobilidade sonora que já reuniu mais de 40 mil pessoas ao redor de um

triciclo durante o bloco de carnaval Minha Luz é de Led.

Dioclau

PERFIL

Dioclau Serrano nunca teve carteira de motorista. Cresceu no Pará, em meio à Transamazônica, onde as coisas nem sempre estão disponíveis e todo mundo precisa se virar. E como quem tem bike se vira mesmo, a dele o acompanhou de Marabá pra Belém e, mais tarde, de Belém para o Rio.

No Rio, se encantou com o rolê dos ambulantes e os micro empreendimentos que levavam nos seus triciclos. Esse movimento em busca de autonomia – tão presente no universo das bicicletas – e fontes alternativas de renda (fosse vendendo cerveja nas festas de rua ou balinhas nas portas dos cinemas) pareceu, pra ele, revolucionário. E o fez querer viver mais perto disso.

Assim nasceu o Banano Bike, um triciclo soundsystem atuante sob a lógica de guerrilha, movido a bateria de carro, pedaladas e coceira de ir pra rua. Já foi apreendido pela prefeitura, ainda que a música seja o seu único item “vendido” Os comboios sonoros já foram do Méier ao Alto da Boa Vista – passando pela orla, onde é tão bom de reunir à noite – proporcionando oportunidades de venda para muitos camelôs. Para Dioclau, a bike nos leva mais longe (e nos deixa mais perto uns dos outros).

Com ele, percorremos alguns dos bairros que adoramos, e que nem sempre aparecem nos roteiros turísticos, pra você sentir o dia a dia da cidade – como quem vive, trabalha e se desloca por aqui.

DioclauROTEIROROTEIRODioclau

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ROTEIRO

Comece pelo Cosme Velho, onde o microclima é diferente. Não só pela Mata Atlântica logo ali, mas pelo jeito de cidadezinha que essa parte do Rio tem. No (1) Galpão

Ladeiras das Artes ou no (2) Solar dos Abacaxis, por exemplo, você pega festas e apresentações pequenas, em casarões tombados, com arte no jardim. Um pouco mais adiante, seguindo pela Rua Cosme Velho, fica o (3) Largo do

Boticário, com os seus sobrados em estilo neocolonial, e ainda, a subida para o (4) Cristo Redentor.

Ao chegar em Laranjeiras, dê uma volta pelos arredores da (5) Rua General Glicério. Aos sábados, rola feira livre com chorinho e, dizem por aí, a melhor caipirinha do Rio (na Barraca do Bigode). Além do samba-com-feijoada do Cardosão, um pouco mais acima. Há também uma porção de cafés para almoçar, como o Maya, o Cardamomo e o Glicerina.

Então desça pela Rua das Laranjeiras, aproveitando a ciclofaixa, até a Rua Gago Coutinho e faça uma visita ao (6)

Parque Guinle, projetado pelo arquiteto Lucio Costa, com jardim refeito pelo paisagista Burle Marx. Há dois minutos de bicicleta, fica também a (7) Praça São Salvador para noites despretensiosas, concorridas de quinta a domingo. No caminho para o Catete, não deixe de passar pelo corredor de palmeiras da (8) Rua Paissandu ou provar os salgados árabes da Rotisseria Sírio-Libanesa, no (9) Largo

do Machado. Logo ali, também fica o Café Secreto, residente da charmosa Vila do Largo, e o melhor açaí do Rio, estilo paraense, no Tacacá do Norte. Outra opção é parar só mais adiante, no (10) Ferro e Farinha, e pedir uma pizza com fior de latte e mel picante direto no balcão.

Dioclau

Dioclau

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ROTEIRO

De lá, dá para subir de kombi até o (11) The Maze, na comunidade Tavares Bastos. A casa, toda colorida com pastilhas, tem jazz mensais com vista para a Baía. Ou siga para o (12) Bar do Zé e peça a sua cerveja para tomar da calçada, em uma ladeira tranquila na Glória. Para não voltar para casa cedo, pedale até a Lapa, passando pela (13)

Praça Paris, e confira a programação do (14) Circo Voador. Ao lado dos Arcos, o espaço faz história desde os anos 70, quando ainda habitava o Arpoador.

Se os ingressos estiverem esgotados, não tem problema: estacione a bicicleta no (15) Bar da Cachaça e peça uma dose de jambu. Ou pegue uma mesa no quase vizinho Nova Capela, com bolinho de bacalhau renomado; sem falar no pastel de cabrito. Vale lembrar que, nesse pedaço, todo primeiro sábado de mês rola a Feira do Rio Antigo, na Rua do Lavradio.

Qualquer coisa, da Lapa para (16) Cinelândia é quase um pulo. Passe pelo Teatro Municipal – tão lindo à noite –, pelo Museu de Belas Artes e caia no (17) Rivalzinho, bar anexo ao Teatro Rival com festas na rua. E tem mais: Confira também a programação: do (18) Cine Odeon, um dos maiores e mais antigos cinemas de rua da cidade, casa para várias mostras e festivais; e do (19) Ateliê Oriente, um espaço de pensamento da fotografia com workshops, residências artísticas e exposições.

PERFIL

Joy Máximo é, como se diz, carioca da gema. Nascido na Baixada, já morou por toda a cidade, do Leblon à Madureira, onde trabalha, atualmente, na única Void da zona norte. Apesar de visto como ciclista, há muitos anos já não tem a própria bike – dando a sorte de sempre ter em casa a bicicleta de um amigo.

Nessa batida, experimenta, entre outras coisas, toda a variedade sonoro-cultural que a noite na cidade pode oferecer. A bike o

aproxima das muitas cenas que o Rio abraça, e o deixa na porta das rodas de samba, das festas de rua e dos bares lotados. São muitas as opções. E de bike fica mais fácil (e rápido) escolher. Com ele, cruzamos a zona norte em busca de hotspots para dançar, ver gente e se divertir. Com distâncias maiores do que as outras rotas, é sempre bom lembrar de se alimentar, beber água e ter cuidado com a bebida (saiba mais na página 132).

PERFIL

Joy Máximo

Para o modelo Joy Máximo (@joyjoyjoyjoy111), a bicicleta é um exercício menos coletivo e

mais introspectivo, próximo da corrida de rua de muitas formas. O segredo é se desligar,

escolher a música certa e deixar fluir.

Joy Maximo PERFILJoy Maximo Joy MaximoPERFIL PERFILJoy Máximo Joy MáximoPERFIL PERFIL

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ROTEIRO

Tome como ponto de partida a Estação São Cristóvão do metrô. Atravesse a passarela e contorne a (1) Quinta da Boa

Vista, onde um dia morou a família real. Siga pela Av. do Exército até a (2) Feira de Tradições Nordestinas: o melhor lugar para pedir um queijinho coalho, aipim frito e pirar nos muitos bares com karaokê.

Depois de cantar Evidências (até mais de uma vez), volte para a estação do metrô e siga beirando a linha do trem até encontrar a (3) Quadra da Estação Primeira de Mangueira, que está para as escolas de samba como Flamengo está para os times de futebol. Mas se o astral for por uma clássica roda de samba, a dica é fazer meia volta, atravessar a Estação Maracanã do metrô e subir a Rua 28 de Setembro até o Andaraí. Prefira a Av. Maxwell, porque o (4) Clube Renascença fica quase na esquina com a Rua Barão de São Francisco. Às segundas, é provável que a casa esteja lotada pelo Samba do Trabalhador.

Nessa hora é bom abrir o Google Maps e preparar o fôlego, porque a sua próxima parada é Madureira, a mais ou menos 50 minutos de Vila Isabel – cruzando outros bairros como Grajaú, Lins de Vasconcelos, Méier e Cascadura.

Apesar de pouco aparecer nos guias de viagem, esse pedaço da zona norte pode te mostrar um outro lado, ainda mais autêntico e tradicional, da cidade.

Joy Máximo

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ROTEIRO

Em Madureira, você tem duas opções. Cair no (5) Pagode da

Tia Doca, que já recebeu nomes como Paulinho da Viola e Candeia; ou se deliciar com o (6) Baile Charme do Viaduto

de Madureira – pertinho da Void Madu, para cervejas diferentonas ou itens de conveniência. E quando a larica bater de madrugada, é só pedalar por mais duas estações até a (7) Batata de Marechal, em Marechal Hermes, tida como patrimônio (imperdível) do subúrbio carioca.

E tem mais: A zona norte é linda de dia ou de noite. No Grajaú é possível encontrar até (8) Cachoeira, ou pegar (9) a estrada que liga

o bairro a Jacarepaguá – o que a gente recomenda para os ciclistas mais experientes. Também vale visitar o (10) Parque

Madureira ou assistir à uma partida no (11) Maracanã. Fora o (12) CADEG, uma mistura de mercadão municipal com polo gastronômico português. Vá com tempo para olhar a parte dedicada às plantas e flores, e comer um delicioso bolinho de bacalhau.

Se quiser chegar de metrô, a dica é levar a bike no último vagão do trem, descer na Estação Uruguai e matar a fome na (13) Wursteria, cozinha urbana especialista em burgers e embutidos artesanais.

Joy Máximo

Há cinco anos, o Joca chegou na vida da Bruna (@brunaaragao) mudando todos os

seus trajetos - para programas dog friendly e, de preferência, ao ar livre. Fora o Rio,

na lista de lugares que já conheceram juntos estão Mauá, Bahia e o litoral paulista.

PERFIL

Bruna Aragão

PERFIL

Quando decidiu sair da casa da mãe a alguns anos atrás, a designer Bruna Aragão sabia quais seriam as suas prioridades em um novo apartamento: rua tranquila, comércio de bairro, feira livre, verde em volta, uma janela que desse pra ver o céu. Resultado: foi morar na rua ao lado, em um desses pedaços muito especiais do Jardim Botânico.

O crush pelo bairro é antigo, muito embora Bruna tenha nascido na

Bélgica, onde é natural que o seu meio de transporte oficial seja a bicicleta. No Rio, faz trajetos mais curtos que outras turmas, dando a sorte de pegar alguns dos trechos mais bonitos da cidade.

Com ela, pensamos um roteiro tranquilo, low profile, para fazer sem pressa, de olho na natureza; tomar café da manhã mais de uma vez e, se quiser, levar o seu cachorro com você.

Bruna Aragão

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ROTEIRO

Hoje, o seu ponto de partida é no (1) Coco Bigode, tomando uma água de coco com o seu Raimundo, a melhor da Lagoa, na altura do Parque dos Pedalinhos. Outra boa opção é guardar a sede para mais tarde e, só mais adiante, pegar o seu coco na altura do píer do Vasco, com vista para a estátua do Curumim.

Siga pela ciclovia até o Parque Natural Municipal da Catacumba, prenda a bike, vá subindo pela trilha – são só 20 minutinhos – até o (2) Mirante do Sacopã (e sinta a paz que é ver a galera remando de manhã). De volta à ciclovia, contorne a Lagoa até chegar na Rua Jardim Botânico; ou, se precisar de sombra, vá por dentro, pedalando pela (3)

Fonte da Saudade, umas dessas ruas que muitos cariocas gostariam de morar. Então é só seguir para o (4) Parque Lage: pegar sol na grama, fazer piquenique ou tomar café com vista para a piscina, dentro da Escola de Artes Visuais. Na saída do Parque, vale se perder pelas ruas de trás do bairro, onde é possível perceber a delicada relação entre cidade e floresta. Suba pela (5) Nina Rodrigues, passe pela Abade Ramos, Benjamin Batista, até encontrar a pequena escadaria para a (6) Praça Pio XI – um bom lugar para descansar, decidir onde almoçar e deixar o seu cachorro livre. Se estiver com energia, suba de volta para a Benjamin Batista, pedale até a Rua Faro e desça para a Rua Jardim Botânico, seguindo até encontrar a (7) Lopes Quintas, cheia de restaurantes e lojinhas delícia.

No Prana, você escolhe entre os dois pratos do dia, veganos ou vegetarianos, e ainda conhece o terraço do espaço, ocupado, muitas vezes, com feirinhas e sessões de meditação. Logo ao lado fica o Gabinete Duilio Sartori, com uma seleção toda especial de objetos de arte, decoração e uso pessoal. E um pouco mais acima, o armazém Casa Carandaí que, além das comidinhas para levar, abriga um bistrô nos fundos. Outra opção é só parar no (8) Bastarda, bike café conhecido por nove a cada dez ciclistas. Peça a tartine de pesto com ovo & cold mandarin, mais café com doce de leite para um pedal gourmet.

ROTEIRO A NATURALBruna Aragão

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E como a Rua Pacheco Leão já é quase (9) Horto, aproveite para conhecer a parte mais gostosa do bairro, pedalando pela lateral do Jardim Botânico, o parque. Há uma Vila de Artistas na Rua Engenheiro Pena Chaves – por onde passa um riacho, com banquinhos e tudo mais - e ainda, as cerâmicas do Atelier Alice Felzenszwalb algumas quadras acima. É bom ligar para combinar uma visita.

O Horto é também entrada para o Parque Nacional da Floresta da Tijuca, onde está, por exemplo, a (10) Cachoeira

do Horto. A trilha é de dificuldade média por conter trechos que demandam maior atenção, mas leva em torno de 20 minutos.

A seguir, volte à principal e pedale até a Praça Santos Dumont, na Gávea, casa para o circuito itinerante (11)

Junta Local: uma feirinha de pequenos produtores com drinks e comidinhas artesanais, mais os vinis da Supernut MaraRecords. Dá até pra dançar.

Para estender o rolê nas artes plásticas, suba a Rua Marquês de São Vicente até o (12) Instituto Moreira Salles – um pequeno museu dedicado à fotografia, com mostras de cinema e arquitetura modernista. Já do outro lado da rua, fica a (13) Casa Voa, onde estão reunidos os trabalhos de jovens artistas como Antonio Bokel, Joana Cesar e Mateu Velasco. Na descida, estacione a bike na (14) Casa da Tata e tome o seu segundo (ou terceiro) café da manhã para fechar o dia.

E tem mais: Se o roteiro durar até tarde, escolha um restaurante aconchegante para jantar. O (15) Jojö, no Horto, faz o mood romântico com mesinhas na calçada e carta de vinhos. O (16) Baixo Gávea é para ir (ou fazer) amigos, seja no Sushimar ou no Braseiro – com chope e churrasco bem carioca. E se o plano for boteco, vá de (17) Bar Rebouças; para os íntimos Jorginho, graças ao garçom mais simpático do Rio.

Segundo o Jow (@jowhitaker), subir a Mesa do Imperador de bicicleta é o novo “andar de skate na orla”. Para não ficar de fora, é

preciso preparo físico – no caso dele, treinos diários a partir das seis da manhã.

PERFIL

Jow Whitaker

PERFIL

Quando subiu o Alto (da Boa Vista) pela primeira vez, a alguns anos atrás, o designer Jow Whitaker se viu frustrado com o próprio condicionamento físico. O pai, com muitos anos a mais, tinha começado a treinar há pouco, mas já parecia bem menos exausto.

O rolê acabou virando uma coisa de pai e filho, a saúde do Jow melhorou e a bike virou hobby (mas hobby mesmo, desses que fazem a gente acordar cedo). Os treinos são diários, mas variam: percorrem dos Alpes Cariocas (veja a página 112) à Guaratiba, tendo à vista

toda a orla do Rio. Na verdade, de todas as coisas que fazem o Jow acreditar no potencial ciclável da cidade – fora o ventinho batendo no bigode – a melhor é, justamente, não ter nada entre o corpo e a paisagem.

Com ele, preparamos um roteiro que leva, em média, de duas a quatro horas para ser feito, mas que pode ser “cortado” em diferentes pedaços e feito em muito mais que um dia. Para o lado da Barra, as praias vão ficando cada vez mais selvagens – o suficiente para poder imaginar o Rio antes da cidade.

PERFIL PERFILJow Whitaker Jow Whitaker

PERFIL PERFILJow Whitaker Jow Whitaker

PERFIL PERFILJow Whitaker Jow Whitaker

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Jow Whitaker ROTEIRO

Lembra do (1) Mirante do Leblon, onde começava o primeiro pedal desse guia? Bom, voltamos a ele, só que, dessa vez, seguindo pela direção contrária. Aos sábados bem cedinho, aliás, o lugar fica lotado de ciclistas. Pegue a Av. Niemeyer até o final, pedalando com um olho na direção e o outro na vista. Você vai passar pela entrada do Vidigal, até chegar a (2) Praia de São Conrado, geralmente, ocupada por quem voa de asa-delta (e precisa pousar). Siga pelo (3) Elevado das Bandeiras – um trecho que a cada instante fica mais bonito – até a entrada para o Itanhangá, e tome um bom café da manhã no (4) Espaço Pura Vida. Aos fins de semana, também saem de lá remadas de stand up paddle para as Ilhas Tijucas. Nesse caso, é bom agendar.

Outra opção é pegar, ainda em São Conrado, a estrada do Joá, com parada no (5) Mirante para olhar a vista (e os azulejos da MUDA). Aí é só seguir as placas em direção à (6) Joatinga, uma das praias mais extraordinárias do Rio.

Se faltar faixa de areia, coisa que acontece em dia de maré alta, você também pode encontrar o Pura Vida descendo a estrada do Joá – ou só parar na (7) Padaria em frente ao Bar do Oswaldo - conhecido como “a melhor batida” - ou seguir em frente, percorrendo todo o canal da Barra até conseguir atravessar de volta para a orla. Para descansar das curvas, subidas e descidas, estacione no (8) K7, escola e clube de kite, e veja a galera surfar.

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Jow WhitakerROTEIRO

Daqui pra frente é linha reta, via ciclovia, até a (9) Praia da

Reserva, onde muita gente gosta de cair. Se estiver com fome, mude a rota quando chegar no Recreio até o (10) Bar

399 - que além da cozinha, tem dentro um bowl de skate e uma loja da Homegrown. Quando passar da (11) Pedra do Pontal, siga pela (12) Praia

da Macumba e faça uma pausa no (13) Mirante do Roncador antes de descer para a (14) Prainha. Olhe para trás e veja a Pedra da Gávea, já bem longe, em uma espécie de cartão postal (sem turistas). Também rola seguir pela Estrada do Pontal para provar a casa vegana (15) Caminho do Mar, ou repetir a comoção com a vista e descer a ladeira para (16)

Grumari com as Ilhas Pecas bem pertinho.

E tem mais: Para ir ainda mais longe, vá em direção à (17) Guaratiba, subindo pelo Morro dos Cabritos, onde há outros mirantes e o (18) Sítio do Burle Marx – mas atenção, é preciso agendar visita. Ou contorne o bairro pela praia até encontrar o (19)

Bar do Bira, com peixe feito na panela de barro e frutos do mar.

ROTEIRO

Para uma batida ainda mais esportiva, vale subir o Alto da Boa Vista em meio ao Parque Nacional da Tijuca. Uma saída fácil para a floresta, com trechos bem bonitos de Mata Atlântica, bichos, vistas panorâmicas e estradas vazias – pelo menos de carros. Vale lembrar que para pedalar pelos Alpes Cariocas é preciso ter preparo físico e equipamento adequado, afinal, a região tem distâncias mais demoradas e subidas de alta intensidade.

Outra opção é prender a bike nos bairros de entrada e saída (como Jardim Botânico, Cosme Velho e Laranjeiras) e subir a montanha de outra forma. Confira agora alguns dos pontos mais concorridos, e que podem ser feitos de forma interligada ou não.

(1) Parque Nacional da Tijuca É o coração da cidade, com várias opções de trilhas, escaladas e cachoeiras. Para os menos aventureiros, há também lugares para fazer piquenique ou assistir a galera do voo livre.

(2) Vista Chinesa Um dos visuais mais famosos da cidade. A cem anos atrás, a Vista já ilustrava os cartões postais. Vale a subida, mas o mirante, quase sempre, fica lotado de turistas.

(3) Mesa do Imperador É o novo clássico carioca. Um pouco acima da Vista Chinesa, da Mesa se faz a melhor foto do Pão de Açúcar, Lagoa e Baía de Guanabara.

(4) Postinho do Alto Ponto de encontro para ciclistas (que fizeram subidas diferentes). Aproveite e encha a sua garrafa na bica pertinho do Colégio Santa Marcelina.

(5) Paineiras Vistas lindas e diversas saídas de água para encher a garrafa ou molhar a cabeça. No final, fica o restaurante Mirante Paineiras, recentemente reformado, com terraço para fazer um lanche contemplando a vista.

(6) Sumaré Pra fazer sem, às vezes, cruzar com sequer um carro. As curvas são lindas e o pico ainda é pouco conhecido.

(7) Estrada (para o Cristo) Redentor Para evitar os “trenzinhos” lotados. Mas prepare-se, porque a subida é íngreme.

(8) Mirante do Dona Marta Uma descida alternativa para ovpercurso das Paineiras, com visual deslumbrante do Corcovado e do bairro de Botafogo.

Se precisar de ajuda: Procure a galera do Cyclin Rio (@cyclinrio). A empresa organiza subidas excursionadas com intensidades adequadas ao seu rolê.

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Há quem chame de BotaSoho esse bairro que, por muitos anos, foi só de passagem. A cada dia com mais opções de bares e restaurantes, Botafogo tem o seu charme hype, embora não se pareça tanto assim com Nova York. De todo jeito, é quase sempre uma boa alternativa para beber e dançar - sem precisar subir no salto ou sair da zona sul.

Você pode começar tomando uma cerveja na (1) House

of Food, na Void Botafogo. A cozinha é aberta e recebe, todos os dias, um chef diferente com pratos que costumam variar entre R$15 e R$35. Do outro lado da rua fica o (2)

Marchezinho, com jeito francês e tacinhas de vinho.

De barriga cheia ou não, siga para o (3) Colab, faça o seu pedido e depois sente nas mesinhas (ou cadeiras de praia) que ficam na calçada. Lá, a programação também é variada, e vai da comida indiana ao jazz, com trilha sonora garantida pela Radio Colab.

Outra opção é pedalar pela Voluntários da Pátria até a (4)

Rua Sorocaba, onde fica a Comuna. Os hambúrgueres ali são um clássico e fazem jus a qualquer drink do cardápio. Na dúvida, peça a gin tônica do dragão, com gengibre. Na mesma rua também fica a vintage shop O Grito Bazar, com acervo de brechó ou de novos estilistas. E a algumas quadras de distância, a (5) House of Ink, um estúdio de tatuagem colaborativo onde tem sempre alguém novo na agulha.

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De todas as coisas que fazem a gente se apaixonar pelo Rio, fugir da urbe sem sair da cidade está entre as mais importantes. Senão pela natureza, talvez menos óbvia que em outros trechos da zona sul, pedalar pela Urca é um pouco como voltar no tempo.

Logo na entrada do bairro, fica o (1) Ateliê da Imagem, provavelmente a maior escola de fotografia da cidade. A casa, por outro lado, é bem aconchegante e mantém trabalhos expostos no segundo andar. Para encontrar o (2)

Pão de Açúcar, siga em frente pela Av. Pasteur, passando pela Praia Vermelha, de encontro aos bondinhos.

“Fure a fila”, subindo o Morro da Urca pela (3) Pista Claudio

Coutinho. Se o cansaço for maior, siga a pista até o final, sem entrar na trilha. O visual é lindo. De volta ao Ateliê, siga pela Rua Ramon Franco até passar por baixo do (4) Istituto Europeo di Design – o prédio é um ex-cassino dos anos 30 -, e continue pela beira da praia até encontrar o (5) Bar Urca. Tome uma cerveja de garrafa na mureta, com vista para os veleiros e barquinhos que aportam na baía, e coma um pastel de queijo (difícil mesmo é comer só um). Outra opção é sentar na “pobreta”, na altura do Urca Grill, onde a cerveja é mais barata e, dizem por aí, a vista ainda mais bonita.

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ROTEIRO

Ah, Santa Teresa, a Montmartre carioca. É claro que ela não ficaria de fora desse guia. No entanto, são tantas as ruas estreitas, paralelepípedos, subidas e descidas, que, muitas vezes, a melhor opção é deixar a bike na Glória, Lapa, Cosme Velho ou Laranjeiras – e subir a pé, pelas escadarias. Você também pode, por exemplo, pegar um moto taxi na Rua Cândido Mendes até o (1) Parque das Ruínas. Se o dia estiver bonito, melhor ainda. Vale checar a programação do centro cultural, que vira e mexe recebe orquestras, peças de teatro e oficinas. Siga pela Rua Almirante de Barros até virar Almirante Alexandrino e prenda a bike no (2) Largo dos

Guimarães, com muitas opções nas noites de sexta, sábado e domingo. Por ali pela (3) Rua Paschoal Carlos Magno, quase tudo vale a visita. Para cervejas e petiscos, vá de Bar do Mineiro ou Armazém São Thiago. Para açaí e pão de queijo vá de Cultivar Brasil. E ainda tem a Tucum, na garagem do número 100: Uma loja de design indígena para ninguém precisar de souvenir.

Ainda da Almirante Alexandrino, dá para percorrer todo o Alto Santa, passando pela mata e por pequenas cascatas, até o (4) Silvestre, já mais perto do Cosme Velho. Ou ainda, fazer uma visita à (5) Casa Amarelo – e se não puder passar a noite, chegar de dia e tomar café da manhã na beira da piscina.

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Há apenas duas ou três horas de viagem do Rio, você encontra alguns dos escapes mais bonitos do Estado, como a Ilha Grande, Búzios ou Lumiar. Mas, se você não estiver com tempo ou disposição para tanto, faça uma day trip com a sua bicicleta para Itacoatiara ou Paquetá. O ponto de partida será o Terminal das Barcas, na Praça XV, aberto diariamente das 06:00 às 23:30.

É, provavelmente, a praia mais conhecida e preservada de Niterói. Com faixas largas de areia e pouquíssimos ambulantes durante a semana, Itacoá é bem tranquila de ficar e chegar. Pegue o caminho mais curto para a praia ou estenda a sua rota passando por outros pontos turísticos da cidade, como a Fortaleza de Santa Cruz, em Jurujuba, ou o Museu de Arte Contemporânea, no Gragoatá. Se bater a fome, tente o sanduíche natural da praia ou almoce no Seu Antônio, na vizinha Piratininga.

Outra voltinha no tempo, com ruas sem carros, por onde só passam pedestres, bicicletas e charretes. Pedale por toda a orla, passe por entre as casas e descanse junto ao coreto, onde muita gente se reúne para pular o bloco de carnaval ou festa junina Pérola da Guanabara. Ah, e aproveite o clima para fazer um piquenique, pois nem sempre é fácil encontrar boas opções para almoçar por lá.

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Em uma história recente das sociedades ocidentais, o lugar da mulher nunca foi a rua. Pelo contrário: gurias direitas e garotas de família deveriam sair acompanhadas – senão dos seus pais, dos seus maridos – de forma que, por muitas gerações, a mobilidade feminina esteve circunscrita a limites claros de tempo e espaço. Depois de tal hora ou a partir de tal lugar, uma mulher está em risco só pelo fato de ser mulher. E isso permanece até os dias de hoje.

Seguindo por essa via (onde a mobilidade feminina está em evidência) entendemos que a relação de medo que se estabelece entre mulher x cidade não é só um questão de segurança pública – mas de desigualdade de gênero. E é nesse momento que a bicicleta aparece como uma possibilidade de autonomia e ocupação dos espaços, nos lembrando que pedalar é, muitas vezes, resistir.

Liberdade x Vulnerabilidade

Para usufruir de toda a liberdade que a bicicleta pode somar ao seu ir-e-vir, é preciso se cuidar. Se ser mulher é, por si só, estar vulnerável, imagine ser mulher ciclista e compartilhar as vias com outros veículos muito maiores e agressivos. Esteja preparada, alinhada e fit; alimente-se de forma equilibrada e funcional; ponha o sono em dia e não force uma barra quando se sentir cansada. Isso significa não sair (ou optar por outros meios de transporte) quando houver energia para ir, mas não para voltar.

OU UMA MINA NA DIREÇÃO (DA PRÓPRIA VIDA)

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Feminilidade De bicicleta, desviamos, também, dos padrões de beleza, pois essa é uma cultura aberta às muitas formas de auto expressão. A cientista social, antropóloga e ciclista Vivian Garelli (@vivangarelli) lembra que a bike foi protagonista na briga por uma moda que não machucasse ou limitasse o descolamento da mulher – livre de espartilhos, sapatos apertados e camadas de roupa superpesadas. “As calças, por exemplo, simbolizaram uma conquista de espaço e uma ampliação de direitos. Amelia Bloomer foi a grande popularizadora das calças bloomer, que assim como os spencers (uma adaptação do casaco masculino usado à época), facilitavam a locomoção das mulheres na bicicleta e no dia a dia”.

Sororidade O lema é: Uma mina cuida da outra para que todas possam estar nas ruas. Saem e voltam para casa juntas, deixando sempre na porta aquela que, por algum motivo, precisa se sentir mais protegida. Os pedais coletivos só para meninas funcionam como espaços de acolhimento não-tradicionais que, embora não promovam rodas de conversa, facilitam rolês tranquilos, onde a mulher pode ser, por algumas horas, só ciclista.

OU UMA MINA NA DIREÇÃO (DA PRÓPRIA VIDA)

Empatia É preciso olhar para a cidade como um espaço amigável para todas: pedestres, motociclistas, motoristas. Afinal, se para muitas mulheres a bike é possível, para muitas outras ela ainda é um privilégio. “Uma cidade pensada em investir nas relações entre pessoas é garantir um espaço cada vez mais democrático para todos, bicicletas, carros, entre outros veículos, de modo a desconstruir a obrigatoriedade ou uma normatividade atrelada a debates de gênero ou classe, de modo a construir também uma democracia do corpo e de representações” explica Vivian.

Comunidade A bike é uma turma em qualquer lugar do mundo. É um pouco como fazer parte de uma “sociedade secreta” ou um movimento ativista – como, por exemplo, o veganismo. Pode estar relacionada com outras atividades, como o interesse por café, design e arquitetura, política, fotografia, sustentabilidade, arte. E combina pessoas diferentes em pares ou grupos. O trânsito, tido como inimigo, fica favorável ao flerte: para dar match é preciso pedalar. Bike também é assunto, sinal de compatibilidade e pretexto para um primeiro date (sem climão). Ou a possibilidade de cair fora, rapidamente, se a coisa não vingar.

OU UMA MINA NA DIREÇÃO (DA PRÓPRIA VIDA)

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Para entender que a bicicleta não é uma via alternativa – mas uma outra via.

Pedal das Minas @minasnapixxta Como já diz o nome, um pedal feminino (possível para todos os tipos de bicicleta). Em geral, o ponto de encontro é na Praça do Ciclista e os trajetos são definidos na hora ou via enquete.

Pedal Maravilha @pedal_maravilha Segundo a última pesquisa do Perfil do Ciclista Brasileiro (2015), Niterói é a cidade com mais ciclistas mulheres no Brasil. Não à toa, tem seu próprio pedal coletivo com saídas até para o Rio.

Night Rides goo.gl/jnHdwW Pedais noturnos, semanais, que percorrem do Leblon a Marechal Hermes, com trajetos em torno de 20km. As primeiras terças de cada mês são ideais para quem vai pela primeira vez.

100Gurias100Medo

@100gurias100medo O primeiro encontro nacional para mulheres ciclistas de vários estados, usando o espaço compartilhado para repensar a cidade de forma mais acolhedora, igualitária e sustentável.

Bicicultura @biciculturabr Um encontro brasileiro de mobilidade por bicicleta e cicloativismo, para promover o uso da bike em todas as suas vertentes: cultural, social, política, artística, econômica e ambiental.

XXFG @xxfgrj Equipe feminina de fixed gear que organiza, entre outros rolês, oficinas para mulheres aprenderem a mexer nas suas próprias bikes.

Bike Anjo @bikeanjo Presente em mais de 600 cidades ao redor do mundo, o Bike Anjo te ajuda e ensina (seja lá qual for a sua idade) a pedalar.

Bike myself @bikemyself

Viagens de bicicleta pelo mundo tendo em vista os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Blitz Modelos práticos, confortáveis (e lindos) para ninguém passar vontade de pedalar. Rua Aníbal de Mendonça 108, Loja B, Ipanema.

Cycloponto Venda, aluguel, conserto e manutenção de bikes desde 1992. Rua Von Martius 325, Loja J, Jardim Botânico.

IBS – Intense Bike Shop Oficina especializada em bikes de competição, já no caminho para a Vista Chinesa. Rua Marquês de Sabará 10, Loja A, Horto. Borracharia do Gilson Para resolver qualquer b.o. com o seu pneu e, de quebra, tomar uma cerveja. Rua da Lapa 254, Centro.

Speed Bikes Reparação de bicicletas e serviços de chaveiro para peças e acessórios. Rua Visconde da Graça 18, Loja E, Jardim Botânico.

Biketech Uma das primeiras bikeshops do Rio, atualmente tem até loja online. Av. Bartolomeu Mitre 455, Leblon.

Academia da AHLMA Acessórios para bike e uma bombinha esperta na varanda para quando precisar encher o pneu. Rua Carlos Góis 208, Leblon.

Apocalipse Motorizado, Nedd Lud Para entender o conceito de carrocracia, com textos de Ivan Illich e André Gorz, e ainda, ilustrações de Andy Singer. Diários de Bicicleta, David Byrne Registros de viagem do músico à frente da Talking Heads, que passou por diversas cidades como Buenos Aires, Berlim e Istambul, sempre de bicicleta.

Bikenomics, Elly Blue Uma reflexão para entender a bicicleta não só como uma alternativa mais barata de vida, mas como uma ferramenta de transformação capaz de fazer do mundo um lugar melhor.

Artigo “A Bicicleta como um veículo

feminista”, Vivian Garelli A partir de uma pesquisa sobre a relação entre o cicloativismo e o feminismo nas cidades de Niterói e Rio de Janeiro.

FESTIVAIS & PEDAIS COLETIVOSLOJAS & OFICINAS

LIVROS

PROJETOS

DICAS

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CUIDADOS

Confira algumas dicas para pedalar melhor e se manter em segurança, afinal, o ciclista inconsciente do seu próprio movimento é um perigo – para si mesmo e para a cidade.

Prefira a ciclovia, sempre. E lembre-se que, mesmo nela, as leis do trânsito prevalecem. Por isso, seja qual for a sua situação: não pare sobre a faixa de pedestres, não ande na contramão, não avance o sinal e use os braços para antecipar mudanças.

Contatos de emergência Ambulância 192 Bombeiros 193 Polícia 190

Informações turísticas Riotur – www.rioguiaoficial.com.br

1. Alongamento Procure uma série de alongamentos adequada ao seu corpo. Com cinco minutinhos de prática antes e depois do pedal, você já vai começar a sentir a diferença.

2. Hidratação Nas pedaladas mais longas ou nos dias mais quentes, beba bastante água, água de coco ou bebidas isotônicas.

3. Capa de chuva Leve uma capa na bolsa para não ser surpreendido pelo clima nos trópicos, e deixe a bike em casa em dias de muita chuva.

3. Cuidados com a pele Use sempre filtro solar (para não acabar com a marca da mochila). E se por acaso se machucar, a dica é usar óleo natural de copaíba ou melaleuca para ajudar na cicatrização.

Nem tão rápido, nem tão devagar Quando precisar seguir pela rua, flua na velocidade dos carros e evite as vias cuja velocidade média seja superior à do seu rolê.

Porque pedalar só se torna um hábito saudável se você se cuidar.

4. Roupas Vista-se (sempre) como quiser, e se puder, dê preferência para roupas e acessórios mais práticos, que facilitem a sua mobilidade e não te deixem arrasada se acabarem sujos de graxa.

5. Calçados Como no item anterior, prefira calçados confortáveis para não escorregar.

Evite a proximidade com os ônibus Ocupando a faixa da esquerda.

Use acessórios de segurança Capacete, a qualquer hora do dia, e ainda, faixas ou objetos luminosos durante a noite - para que outros possam te ver.

Nos casos de insegurança Não insista; e mesmo que precise dar uma volta maior, procure uma rota alternativa.

Não pedale olhando para baixo Se precisar checar aplicativos de localização com frequência, adquira um suporte para celular.

Prenda a bike sempre que estacionar Com corrente ou cadeado e, de preferência, perto de você.

A noite, evite pedalar sozinho Prefira a companhia de um amigo ou informe-se sobre os pedais coletivos.

Tenha bom senso E cuidado com a bebida.

Evite usar fones de ouvido Quando estiver fora da ciclovia, para ouvir o movimento, sirenes e buzinas.

Evite sair nos horários de pico Quando as ruas estão mais cheias, e os motoristas, menos pacientes.

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Academia da AHLMA Carlos Góis 208, Leblon.

Aeroporto Santos DumontPraça Senador Salgado Filho s/n, Centro.

Armazém São ThiagoRua Áurea 26, Santa Teresa.

Ateliê da ImagemAv. Pasteur 453, Urca.

Ateliê Oriente Rua do Russel 300 - apto 401, Glória.

Atelier Alice Felzenszwalb Agende uma visita pelo telefone (21) 2512 5034.

Baile Charme do Viaduto de MadureiraRua Carvalho de Souza s/n, Madureira.

Bar 399 Rua Fernando Bujones 66, Recreio.

Bar da CachaçaAv. Mem de Sá 110, Centro.

Bar do BiraEstrada da Vendinha 68, Barra de Guaratiba.

Bar do MineiroRua Paschoal Carlos Magno 99, Santa Teresa.

Bar do NanamRua Imperatriz Leopoldina 55, Centro.

Bar do OswaldoEstrada do Joá 3896, Joá.

Bar do ZéRua Barão de Guaratiba 49, Glória.

Bar RebouçasRua Jardim Botânico 197 – Loja 2, Lagoa.

Bar Urca (ou Mureta da Urca)Rua Cândido Gafree 205, Urca.

Barraca do Marquinhos e FabianoEm frente ao Edifício Cap Ferrat (Av. Vieira Souto 564, Ipanema).

BastardaRua Von Martius 325 Loja F/G, Jardim Botânico.

Batata de MarechalRua João Vicente 1543, Marechal Hermes.

BOCAPraça Tiradentes 85, Centro.

Braseiro da GáveaPraça Santos Dumont 116, Gávea.

Cachoeira do GrajaúEntrada pela Rua Marianópolis, Grajaú.

Cachoeira do HortoEstrada da Vista Chinesa s/n, Alto da Boa Vista.

CADEGRua Capitão Félix 110, Benfica.

Café SecretoRua Gago Coutinho 6Casa 8, Catete.

Caminho do MarEstrada do Pontal 3091, Recreio.

Canastra BarRua Jangadeiros 42 Loja G, Ipanema.

CardamomoRua General Glicério 445Loja B, Laranjeiras. CardosãoRua Cardoso Júnior 312,Laranjeiras.

Casa AmareloRua Joaquim Murtinho 569, Santa Teresa.

Casa CarandaíRua Lopes Quintas 165, Jardim Botânico.

Casa da TataRua Professor Manuel Ferreira Lojas N e O, Gávea.

Casa França BrasilRua Visconde de Itaboraí 78, Centro.

Casa VoaRua Marquês de São Vicente 458, Gávea.

Centro Cultural Banco do BrasilRua Primeiro de Março 66, Centro.

Centro de Arte Maria TeresaRua da Carioca 85, Centro.

Charutaria LolloAv. Nossa Senhora de Copacabana 683, Copacabana.

Cine OdeonPraça Floriano 7, Centro.

Circo VoadorArcos da Lapa s/n, Centro. Clube RenascençaRua Barão de São Francisco 54, Andaraí.

ColabRua Fernandes Guimarães 66, Botafogo. ComunaRua Sorocaba 585, Botafogo.

CRABPraça Tiradentes 69 – 71, Centro.

Cultivar BrasilRua Paschoal Carlos Magno 124, Santa Teresa.

Curto CaféRua São José 35 – Sobreloja LQ47, Centro.

DespinaRua do Senado 271, Centro.

Espaço Pura VidaRua Maria Luíza Pitanga 163, Barra da Tijuca.

Fábrica da BheringRua Orestes 28, Santo Cristo.

Feira de Tradições NordestinasCampo de São Cristóvão, São Cristóvão.

Feira do Rio AntigoPor toda a Rua do Lavradio, Centro.

Ferro e FarinhaRua Andrade Pertence 42, Catete.

Frango DiplomataRua Gonçalves Lédo 7, Centro.

A—C C—G

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Gabinete Duilio SartoriRua Lopes Quintas 87, Jardim Botânico. Gaia Art & CaféRua Gustavo Sampaio 323 Loja A, Leme.

Galeto Sat’sRua Barata Ribeiro 7 – Loja D, Copacabana.

Galpão Ladeiras das ArtesRua Conselheiro Lampreia 225, Cosme Velho.

A Gentil CariocaRua Gonçalves Lédo 17, Centro.

GlicerinaRua General Glicério 445 – Loja C, Laranjeiras.

House of FoodRua Voluntários da Pátria 31, Botafogo.

House of InkRua Mena Barreto 22, Botafogo.

IED – Istituto Europeo di DesignAv. João Luiz Alves 13, Urca.

Instituto Cultural RuínasPraça Tiradentes 75, Centro.

Instituto Moreira SallesRua Marquês de São Vicente 476, Gávea.

JojöRua Pacheco Leão 812, Jardim Botânico.

Junta LocalConfira a programação pelo insta @ajuntalocal.

K7 – KitePoint RioAv. do Pepê, em frente ao 930, Barra da Tijuca.

La Carioca CevicheriaRua Garcia D’Ávila 173, Ipanema. Largo do BoticárioBeco do Boticário s/n, Cosme Velho.

MaracanãAv. Prestes Castelo Branco – Portão 3, Maracanã.

MarchezinhoRua Voluntários da Pátria 46, Botafogo.

Maya CaféRua Professor Ortiz Monteiro 15 – Loja B, Laranjeiras.

Mirante do JoáEstrada do Joá 2360, Joá.

Mirante do SacopãRua Tabatinguera 404, Lagoa.

Museu de Arte do RioPraça Mauá 5, Centro.

Museu de Arte ModernaAv. Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo.

Museu de Belas ArtesAv. Rio Branco 199, Centro.

Museu do AmanhãPraça Mauá 1, Centro.

Nova CapelaAv. Mem de Sá 96, Centro.

O Grito BazarRua Sorocaba 526, Botafogo.

Paço ImperialPraça XV 48, Centro.Pagode da Tia DocaRua João Vicente 219, Madureira.

Parque das RuínasRua Murtinho Nobre 169, Santa Teresa.

Parque GuinleRua Paulo Cesar de Andrade s/n, Laranjeiras.

Parque LageRua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico.

Parque MadureiraRua Parque Madureira s/n, Madureira.

Pedra do SalRua Argemiro Bulcão, Saúde.

Prana VegetarianoRua Lopes Quintas 37, Jardim Botânico.

Quadra da MangueiraRua Visconde de Niterói 1072, Mangueira.

Quinta da Boa VistaAv. Pedro II s/n, São Cristóvão.

RivalzinhoRua Álvaro Alvim 33 – 37, Centro.

Rotisseria Sírio-LibanesaLargo do Machado 29 – Loja 32, Catete.

Sítio do Burle MarxEstrada Roberto Burle Marx 2019, Barra de Guaratiba. Solar dos AbacaxisRua Cosme Velho 857, Cosme Velho.

SushimarRua dos Oitis 6 – Lojas C, D e E, Gávea.

Tacacá do NorteRua Barão do Flamengo 35 – Loja R, Flamengo.

TapíAv. Ataulfo de Paiva 470, Leblon.

Teatro MunicipalPraça Floriano s/n, Centro.

TevaAv. Henrique Dumont 110 – Loja B, Ipanema.

The MazeRua Tavares Bastos 414 – Casa 66, Catete.

Trilha do Morro Dois IrmãosEntrada pela Av. Presidente João Goulart 948, Vidigal.

TucumRua Paschoal Carlos Magno 100, Santa Teresa.

Void MaduRua Carvalho de Souza 182, Madureira.

WursteriaRua Uruguai 397 – Loja B, Tijuca.

G—P P—Z

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Concepção: Bá RosalinskiProdução: Bá Rosalinski e Mayra Pereira

Fotografia: Demian JacobDesign Gráfico: Bettina Birmarcker Direção de Arte: Raphael TepedinoTexto: Fernanda Cintra

Este guia foi produzido em Abril de 2018 para o lançamento oficial da bicicleta Melissa Bike em parceiria com a Blitz.

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