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PORQUE CONHECER UMA CIDADE DE BICICLETA

ou

E por que não? Essa é a pergunta que todo rolê de bike parece percorrer. Pedalar é traçar rotas abertas que, embora quase sempre considerem um destino, também permitam surpresas, a sorte, o improviso.

A palavra inglesa serendipity - que se refere às descobertas afortunadas feitas, a princípio, por acaso – é conhecida dos ciclistas.

Quem anda de bike tem tempo para aceitar a sugestão de um cartaz, interagir com desconhecidos, entrar desavisadamente na rua errada, tomar uma café passado na hora, se perder por aí.

Nesse sentido, a bicicleta é um desvio: não só da lentidão do trânsito (e da sua pesadíssima energia), mas das relações pouco afetivas que esboçamos no espaço público. O pedal permite interações mais profundas e frequentes, e compreende a cidade como uma composição viva da qual faz parte. Afinal, a cidade também sente, pressente, respira.

De bike, as distâncias, histórias e deslocamentos de uma localidade podem ser mais facilmente percebidas. Ganhamos intimidade com a geografia – e, ao mesmo tempo, aprendemos que conhecer um lugar o suficiente é saber que jamais vamos conhecê-lo por inteiro.

Ainda bem.

Aproveite esse guia como uma alternativa para uma viagem mais acessível (seja a sua grana ou o seu tempo reduzidos). Ele foi organizado de acordo com as muitas turmas de bike que cruzam a cidade em batidas mais energéticas, calmas ou divertidas. A ideia aqui é cortar caminho: conhecer os principais pontos turísticos em um ou dois dias, e ganhar velocidade para descobrir o que vai fazer da sua trip de fato inesquecível.

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Floresta

Belo Horizonte

Pampulha

BH em 24hrs

Bike Feminismo

Bike Cultura

Escapes

Perfis e Roteiros

Rolê Gourmet

Mobilidade e Segurança

Anotações

Endereços

ÍNDICE

O Intuitivo

As Bicimanas

A Tranquila

A Cicloativista

Os Animados

Os Esportistas

O Curador de Muros

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ENTRE LADEIRAS E SURPRESAS ou

Mesmo sem traçar longas distâncias, ou percorrer de cima a baixo a cidade, fica fácil perceber que o relevo de Belo Horizonte não é dos mais amigáveis – pelo menos para o ciclista iniciante. Mas não se engane: foi com astral acolhedor (aquele da culinária afetiva e um jeitim de falar tão gostoso) que Beagá fez da bicicleta protagonista, seja do seu agito social, atividade física, manifestação política e até bloco de carnaval.

Pronto, de quietinho o pedal mineiro não tem nada.

Rodeada pela Serra do Curral, Belo Horizonte ensina que toda subida logo mais vira descida, guardando vistas de tirar o fôlego, como sugere o nome da cidade. Se faltar energia nas ladeiras mais puxadas, vale até pegar carona para, por exemplo, a Praça do Papa. Difícil só vai ser, lá de cima, não soltar um sonoro “nuuu!”.

Hoje, são 83km de ciclovia (18 deles só na região da Pampulha) com planos bastante otimistas de expansão. Se tudo correr como o esperado pelo PlanMob-BH, até 2020, a cidade terá em torno de 400km de rotas cicláveis. Uma grande conquista para os pedais que, de segunda à segunda, riscam Belo Horizonte à sua maneira (mais amiga e sustentável de ver a capital).

É claro que a gente não pode, nem deve, esquecer as muitas fronteiras invisíveis que separam a cidade. É possível que você se depare com insegurança pública, falta de infraestrutura e pouca organização no trânsito. Para isso, criamos uma sessão ao final desse guia especialmente dedicada às questões de mobilidade (saiba mais na página 136).

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Para percorrer a cidade com você, convidamos ciclistas experientes que, mineiros ou não, têm Beagá como casa e a bicicleta como prioridade.

Com a Laura, traçamos um roteiro tranquilo, para sentir a cidade e olhar, tanto pra dentro, quanto pra fora. Já com as bicimanas Lola, Cla e Lua, o rolê ganha energia – divertida, feminina e feminista. Siga adiante tendo o Bernardo “ao lado”, e descubra uma BH com aptidões artísticas e vida cultural fervilhante. Os animados Joca e Luiz vêm logo em seguida, mostrando que é isso mesmo: Belo Horizonte é uma cidade para curtir e contemplar.

Conheça o centro histórico com a cicloativista Amanda ou faça pequenas descobertas (e sinta-se local) com o Pablo. No final, só vai faltar se jogar uma partida de bike polo no time do Diego e da Raquel. E compartilhar tudo o que achou tagueando a sua viagem com a hashtag #melissabike.15

ENTRE LADEIRAS E SURPRESAS ou

Bar Juramento

Mercado Central

Liberdade

HOTSPOTS IMPERDÍVEIS

10:00

8:00

13:00

Acorde com café da manhã no tradicionalíssimo Mercado Central, no coração da cidade. São muitas as quitandas; só não se esqueça de provar alguns dos sucessos da cozinha mineira, como a empadinha e a broa de fubá recheada com queijo. Aliás, fica a dica: mineiro põe queijo em tudo.

Vá para a Praça da Liberdade, onde estão alguns dos edifícios históricos, centros culturais e secretarias mais importantes do Estado. A arquitetura é impressionante e recebe exposições que valem o check, tanto por dentro, quanto por fora. Se o dia estiver quente, refresque-se no chafariz em frente ao Memorial Minas Gerais com água potável geladinha.

Como pra baixo todo santo ajuda, pegue a ladeira em direção à Savassi, um dos bairros mais charmosos da cidade, para um almoço leve. A febre do momento são os pokes e saladas, mas as opções são muitas, e vão do stick de calabresa com manjericão do Pitza 1780 à carta de chás + bolinho do aconchegante Chá Comigo.


15:00

17:30

23:00Savassi

Pampulha

Sapucaí

Encontre a estação mais próxima do Move, serviço expresso que

liga o centro de Belo Horizonte à Pampulha. Não se preocupe: os

ônibus são equipados para carregar bicicletas. Desça próximo à orla da lagoa e percorra o roteiro de

pontos turísticos, passando pela Igrejinha de São Francisco de Assis,

a Casa do Baile e o Museu de Arte

da Pampulha. Sem falar no Mineirão, cuja esplanada é querida dos

ciclistas. Se ficar com fome, essa é a sua deixa para o clássico pão de

queijo (veja a pág. 19).

O entardecer é na Sapucaí, no Floresta. A rua é conhecida pela

mureta com vista para o centro da cidade, e ainda, imensos painéis

pintados recentemente nas laterais cegas de alguns prédios (e que

integram o Circuito Urbano de Arte ou @cura.art). Não deixe de passar

pela Benfeitoria para atividades artísticas, musicais e gastroafetivas.

Escolha um dos muitos bares de BH para uma noite divertida (veja

a pág. 127). A cerveja é mais gelada é no Edifício Maletta ou na

cervejaria Juramento. E os drinks mais gostosos, feitos a base de

gim, no Pajubar.


Poucas coisas são tão brasileiras quanto tomar uma, pedir um petisco e jogar conversa fora. Mas o bar enquanto paixão nacional, no entanto, é assunto ainda mais sério em BH. A capital mineira, famosa por ter “um bar a cada esquina”, tem a maior média de bares por habitantes do país – e a cerveja, junto da cachaça, na essência do seu fervo cultural.

Aqui, uma cervejaria para cada dia da semana: para tomar uma gelada artesanal e acompanhada de filés, compotas, sanduíches, embutidos. Tim tim.

2a: Protótipo Bar São mais de 200 rótulos de cervejas artesanais, com preços camaradas e prioridade para produtores locais. A casa não tem cardápio, mas você pode pedir a ajuda sócios, Angelo e Lucas, para pedir a sua. Rua Professor Galba Veloso 206, Santa Tereza.

3a: Querida Jacinta Bar dançante com chopes e cervejas artesanais, cafés especiais e restaurante. Peça a carne de panela ou joelho de porco com molho de bacon e jabuticaba. Rua Grão Pará 185, Santa Efigênia.

4a: Cervejaria Sátira Prova que para tomar cerveja artesanal ninguém precisa ser rico.

Encha a sua caneca ou garrafa na growler station da casa e seja feliz. Av. Nossa Senhora do Carmo 899, Sion.

5a: Juramento Bar de esquina (além de armazém e cervejaria) com poucas mesas – e tudo bem, afinal, mineiro gosta mesmo é de beber na rua. No balcão, dá pra saber a quantos km a sua cerveja foi produzida. No som, só vinil. Rua Juramento 202, Pompéia.

6a: Café Viena Beer Embora ofereça rótulos do mundo todo, a cerveja especial da casa ainda é o grande sucesso do Café Viena, já eleita a melhor cervejaria de BH. Peça a sua e, para acompanhar, divirta-se no buffet de pratos austríacos. Av. do Contorno 3968, Funcionários.

Sábado: Agosto Butiquim Cervejinha deliciosa para tomar com tira gosto e, em algumas noites, música ao vivo. Peça a “Dona Berinjela e Seus Dois Quitutes” com bolinhos de angu e iscas de carne, ou o quiabo feito na manteiga com polenta frita e torresmo. Rua Esmeralda 298, Prado.

Domingo: Templo Cervejeiro Todas as clássicas da Bakcer estão lá: Pilsen, Weiss, Capitão Senra e Pale Ale. Fora o filé mignon com molho de queijo canastra e pães artesanais cervejeiros. Para devorar. Rua Santa Rita 220, Olhos D’Água.


Da lanchonete qualquer ao posto de comidinha gourmet, confira o pão de

queijo tratado com o respeito que merece – e escolha o seu favorito.

Matula Pão de Queijaria Cardápio sem margem de erro, todo feito com queijo artesanal. Os pães de queijo

recheados com carne seca e catupiry ou pernil com barbecue valem por um

almoço. Rua Goiás 14, Centro.

Braga Pão de Queijo A casa oferece até pizza de pão de queijo,

ideal para quem é celíaco ou intolerante ao glutén. Rua Pernambuco 1115,

Savassi e Av. Antônio Abrahão Caram 1001, Esplanada do Mineirão.

Roça Capital Receita com o (mais suave) queijo do cerrado e massa com batata baroa na

composição. Alguns dos sabores, como ‘bacon artesanal’ e ‘requeijão de rapa’, dão água na boca só de falar o nome.

Av dos Bandeirantes 1725, Mangabeiras.

A Pão de Queijaria Lanchonete veterana com queijos das

serras da Canastra, Salitre e Mantiqueira nas receitas imperdíveis. Peça a manteiga de café ou o creme de queijos homemade

para acompanhar. Rua Antônio de Albuquerque 856, Savassi.

Verdemar Um pouco supermercado, um pouco

padaria, o Verdemar oferece um dos pães de queijo mais famosos da cidade em

fornadas fresquinhas, durante todo o dia, nas várias lojas espalhadas por BH.

Amanda Corradi

Raquel Feu

Lola Campos

PERFIL

Luiz Valente

Bernardo Biagioni

PERFIL

Diego Garavinni

Joca Corsino

Lua Magalhães

Cla Lacerda

Laura Niuni

PERFIL

Dois dedinhos de prosa para o Pablo (@pablocaldeira) te convencer

a adotar a bike na vida. Bom para a agenda, pro corpo, pro bolso

e pra mente.

Pablo Caldeira

PERFIL

Sair sem destino, com o GPS ligado (o do celular, bem como o intuitivo), hoje é o rolê preferido do fotógrafo e publicitário Pablo Caldeira. Fervido que só ele, o Pablo faz de bicicleta todos os trajetos possíveis, influenciando alguns amigos a fazerem o mesmo.

Para ele, a bike só trouxe benefícios. Dar uma volta no meio da noite, quando as ruas estão vazias de carros, só para pensar

na vida, acabou se tornando um jeito preferido de espairecer. E o tempo para incluir novas vontades na rotina, uma outra coisa boa, que o permite ver mais amigos ou descobrir detalhes da cidade, nos quais ainda não havia prestado atenção. Pensando nesses momentos, com ele o roteiro é bucólico e traz trechos da zona leste para fazer você se perguntar se o tempo não parou.

PERFILPablo Caldera PERFIL Pablo Caldera

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ROTEIROPablo Caldera

Guarde este roteiro para a hora do almoço, partindo do (1) Café Palhares, onde o prato feito foi rebatizado de “kaol”. A receita, que leva couve, linguiça, farofa, arroz e ovo faz o maior sucesso. De lá, pegue e Av. Afonso Pena e dê um olhada no edifício que um dia foi o Instituto Moreira Salles – e hoje abriga o (2) Câmera Sete ou Casa da Fotografia

de Minas Gerais. Vale dar um check no calendário de exposições.

Já a dois quarteirões de distância, fica o (3) Edifício Acaiaca,

um dos mais altos de Beagá. Suba de elevador até o último andar (a vista é linda) e tente encontrar a sua próxima parada: um drink no (4) Mi Corazón. Apesar de se dizer pub, o espaço é bem latino e tem até noite de forró. De volta a bike, siga pela (5) Rua Silva Jardim, dando uma volta pelas casas antigas, cheias de detalhes, que ainda resistem à especulação imobiliária. Depois, vá da Av. do Contorno à Rua Ipiranga e conheça o espaço (7) Casa de Vestir, onde moram os brechós Camaleoa e Alma Vintage.

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A seguir, peça uma sobremesa na (8) Confeitaria Momo, com tortas e musses irresistíveis. Ou vá direto para a (9) Praça Comendador Negrão Lima, gostosa de pedalar, especialmente em época de florescimento dos ipês. Se bater a fome, procure pelo indiano (12) Buffet Bhagwan. E se bater a sede, pela bica na equina da (11) Rua Abílio

Machado com a Petrolina.

Subindo pela Capitão Bragança você dá de cara com a (12)

Bitaca Leste, um misto de bar e vendinha daquelas bem de interior. Um clássico, assim como o (13) Bar do Orlando, há 90 anos na Rua Conselheiro Rocha. Para se perder na decoração original, na estufa, cheia de petiscos, e no torresminho.

Mas a cervejaria obrigatória, pelo menos de quase todo ciclista, é a (14) Juramento, no bairro Pompéia. Nem queijos curados, nem embutidos. Ali, a grande atração é o banheiro ao ar livre, com vista pro céu e jardim.

ROTEIRO Pablo Caldera

Tucum, da Luiza Lian, fala dos direitos que a Lola (@kdlolakd) espera para todas mulheres e dá

o ritmo do seu pedal.

Para a Cla (@claricelacerda), É o Poder, da Karol Conka, é o ponto alto da sua playlist

para pedalar.

A faixa Marielle Franco, da carioca Mc Carol dá forças para a Lua (@lua_mag) ocupar as ruas

como mulher ciclista.

PERFIL

Clarice, Lola e Lua

PERFIL

Apesar dos diplomas em arquitetura e urbanismo, e dos rolês muito parecidos pela capital, foi só depois da bike que a Laura Campos (Lola), a Luiza Magalhães (Lua) e a Clarice Lacerda se tornaram grandes amigas. Dessa proximidade, surgiu o Bicimanas, pedal coletivo só para mulheres com vontade de resignificar a sua relação (muitas vezes de medo) com a cidade.

O grupo autogerido, sem lideranças e sem compromisso, foi idealizado por Clarice e é

aberto a todas. Facilita percursos noturnos, inclusive, pautados no empoderamento feminino através da bike (saiba mais na página 128). Depois, vieram as playlists – e o Bicimanas Sounds, com festas dançantes ao som de tracks feitas, também, por mulheres.

Com elas, pensamos em um roteiro de pontos preferidos e que ficasse ainda melhor se feito entre amigas. Com algumas horas sobre o selim, dá pra pôr todo o papo em dia.

PERFILClariceLola Lua

PERFIL ClariceLola Lua

PERFILBrunaLaís Mari


PERFILPERFIL ClariceLola Lua

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Comece do alto, no (1) Mirante do Colibri. A subida é puxadíssima, mas vale a melhor vista do Belvedere. Quando recobrar o fôlego, desça pela Rua Patagônia com pausa na (2) Praça JK, ponto de encontro para os ciclistas da capital. A sua próxima parada será (3) a Praça do Papa ou o (4) Parque das Mangabeiras – um sonho antigo dos ciclistas, reaberto recentemente. Aos pés da serra, o Mangabeiras é também uma saída fácil para natureza, com trilhas bem sinalizadas, animais, árvores nativas, ar puro e espaços para piqueniques.

A seguir, encare a (5) descida pela Av. Afonso Pena e corte caminho para a (6) Ocupação Carolina Maria de Jesus, palco para marchas feministas e os ensaios de alguns blocos de carnaval, como o Bruta Flor. E então, siga pelo (7) Parque

Municipal, “atalho” para a (8) Av. dos Andradas, onde a ciclovia é ótima, especialmente para os ciclistas iniciantes, com trechos planos e bem tranquilos.

Quando a fome bater, siga na direção da boêmia Santa Tereza, até acessar a (9) Praça Joaquim Ferreira da Luz. É lá que fica o Birosca S2, bistrô cheio dos garimpos, louças diferentes e comidinhas de soltar suspiros. Reza a lenda que, lá no início, quando a casa abriu, um dos garçons tocava piano nas horas vagas. Mas, infelizmente, hoje o Birosca vive lotado e é raro chegar sem precisar enfrentar fila. Nesse caso, peça uma cidra (vai te ajudar a esperar).

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Pós almoço, dê uma volta pelas tranquilas Pouso Alegre, Itajubá e Av. Francisco Sales. Depois, passe pela (10)

Canuto Cycle, oficina para pequenos reparos e um novo ponto de encontro (caso o grupo tenha se desfeito pelo caminho). Daí é seguir para a (11) Rua Sapucaí, com vista para o centro da cidade e o mural mais alto da América Latina. Estenda o rolê nas artes fazendo uma visita ao (12)

Instituto Amado, galeria de arte e ateliê em um casarão dos anos 40. Ou a (13) Benfeitoria, espaço viabilizado por financiamento coletivo que é também um pouco de tudo: cinema, casa de show, feirinha, oficina.

O ideal é que, nesse ponto do roteiro, seja início de noite e você possa seguir, sem passar calor, pelo leito do Rio Arrudas até a (14) Avenida Teresa Cristina, onde a graça é pedalar em alta velocidade e treinar para corridas. Mas se ainda for dia, não tem problema: estique o rolê percorrendo as avenidas Tito Fulgêncio e Olinto Meireles e só pare no (15) Parque das Águas, com direito a banho de cachoeira e, mais tarde, cervejinha estalando no bike friendly (16) Bar

da Nina.


PERFIL

Com aptidão para a curadoria, o jornalista Bernardo (@bernardobiagioni) saiu das galerias para criar o circuito Pedalando Pelos Muros, no qual bike e arte urbana

são protagonistas.

Bernardo Biagioni

PERFIL

Pedalar como exercício contemplativo, mesmo que das dinâmicas da cidade, está, há muitos anos, na rotina do curador e jornalista Bernardo Biagioni. Com o tempo, no entanto, percebeu que a prática tinha ainda mais graça em grupo. E assim nasceu o projeto Pedalando Pelos Muros: 14km de pedal criativo, com vista para os painéis, murais e grafites mais marcantes de Beagá.

Apesar de turístico, o projeto tem em foco os próprios moradores

da cidade e sempre começa com um piquenique para que os participantes se conheçam (e possam, mais tarde, combinar novos rolês). Se conhecer uma localidade de bike é, na verdade, jamais conhecê-la por inteiro, imagine o que não é uma turma, compartilhando as suas percepções e sensibilidade para diferentes detalhes em grupo.

Com ele, riscamos a capital mineira nos seus highlights de arte urbana e elaboramos um roteiro que, apesar de cheio, pede tempo para a subjetividade, bom humor e contemplação.

PERFILBernardo PERFIL Bernardo

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Parta da Av. Churchill, onde está o (1) mural do italiano

Agostino Iacurci, na fachada do Hospital Mário Penna. A seguir, pegue a Av. dos Andradas e retorne pela (2) Rua

Niquelina, com obras de alguns dos principais artistas locais, como Priscila Amoni e Thiago Mazza. Ainda em Santa Efigênia fica a (3) Praça Floriano Peixoto, perfeita para um “bicnic” – de preferência, com as delícias da cozinha itinerante do Café Mina (@ocafemina).

Da Rua Niquelina, suba a Manaus até encontrar o (4) Espaço

Comum Luiz Estrela: um antigo hospital psiquiátrico infantil que, depois de muitos anos abandonado, acabou ocupado por artistas e ativistas de BH. Mais adiante, você pega a (5) Rua Grão Pará, com murais de Thiago Alvim, Magrela e Baba Jung, entre outros criativos. Na mesma rua, no número 553, fica a (6) Inventiva, com sorvetes artesanais e sabores inusitados (experimente o de canjica).

Então siga pela Avenida do Contorno até a Serra, um dos pontos mais altos da cidade. Atrás do Hospital Life Center você confere a (7) Américo Scott, que está para BH, como o Beco do Batman está para SP. Lá, as obras são assinadas por Criola, Ramar, Iron, Clara Valente, Bolinho e muito mais.

ROTEIROBernardo

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Outro must-see da Serra é o (8) Bar do Salomão, onde os torcedores do Galo (o clube Atlético Mineiro) se reúnem, com chorinho às segundas e quintas-feiras. A calçada fica lotada, e dentro do bar, só mesmo os músicos ou a galera amontoada, disputando pedidos no balcão.

Depois de tirar muitas fotos, siga pela Rua Cláudio Manuel e prenda a bike na Savassi para visitar a galeria e armazém (9) Quartoamado, um dos projetos mais interessantes da cidade. O almoço é no (10) Morada Mexicana, logo em frente à galeria, ou no (11) Sítio Sírio, com cozinha comandada por refugiados deste país. Outro clássico é pedir uma pizza no (12) Pomodori, inteira ou em fatias.

Mas, se ainda estiver com fome, siga pela Av. Getúlio Vargas, passando pela Av. Afonso Pena, até descer o (13)

Viaduto Santa Tereza, conhecido pelos seus arcos com quase um século de história. Vire na (14) Rua Sapucaí e não perca o jantar no Pecatore, com frutos do mar, ou na Salumeria, onde a especialidade são os queijos e salames. Confia, o balcão de frios é demais.

ROTEIRO Bernardo

Para Laura (@laurapintocoelho), meditação é sinônimo de presença. Não à toa, as suas

práticas preferidas para alcançar novos lugares da mente são: pedal, travessias

e sessões de ashtanga yoga.

PERFIL

Laura Niuni

PERFIL

Há três anos, a artista plástica Laura Niuni (@niuni.art) tem na bike um sinônimo de liberdade. Não só da desordem dos centros urbanos – que agora encara, corajosamente, do alto da sua bicicleta –, mas dos seus próprios limites, físicos e mentais. Para isso, é adepta de um moutain bike sem perrengues, com tempo de sobra para respirar e se conectar com a natureza, mesmo nas trilhas mais longas.

Para deixar seus trajetos ainda mais prazerosos, Laura escolhe poucos e bons parceiros, contornando o hábito de se pedalar em grupo, com muitas pessoas, como é comum no mountain bike. Para ela, nível de trilha é detalhe. E o imperdível: ventinho no rosto, visuais bonitos, banhos de cachoeiras, trocas leves e divertidas. Com ela, traçamos uma rota sossegada, para curtir com calma e perceber o impactos positivos de um pedal mais zen.

PERFILLaura PERFIL Laura

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PERFILLaura

Dê início ao seu percurso na fervilhante (1) Praça da Estação; ponto de encontro para manifestações culturais de todos os tamanhos, entre shows, paradas LGBTs e blocos de carnaval. Siga pela (2) Av. dos Andradas, rumo ao (3) Parque

Municipal, tendo à vista os diversos (4) murais de arte urbana

que aparecem pelo caminho. Vá pela sombra dos pedaços mais arborizados e corte caminho até a Av. João Pinheiro, onde uma fatia de torta da premiada (5) Confeitaria Mole

Antonelliana te espera como recompensa.

Aproveite o açúcar e suba para a (6) Praça da Liberdade, onde a dica é reabastecer a garrafinha no chafariz de água potável. Escolha um banquinho para sentar, sinta o perfume das árvores. E faça uma visita ao (7) CCBB: o edifício histórico já foi secretaria importante e tem projeto arquitetônico de 1926. Para refrescar, peça um suco no bistrô literário (8) Café com Letras.

A seguir, desça pela Av. Getúlio Vargas até encontrar com a Av. Afonso Pena e prepare-se para a subida. Se precisar de stops estratégicos para relaxar, escolha o (9) Guaja,

com coworking e café no mesmo espaço, na (10) Praça da

Bandeira – onde também é gostoso de praticar yoga (ao livre e sem constrangimentos). Outra boa opção é parar para almoçar no (11) Néctar da Serra, com comidinhas leves e açaí pedida-certa.

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Descansou? Então suba pela Av. Agulhas Negras até a (12)

Praça do Papa – e se precisar, peça carona. Na volta, vire na Rua Adolfo Radice e pegue a Rua Ascânio Burlamarque até a (13) Escola Guignard, obra do arquiteto Gustavo Penna junto à natureza. Você também pode seguir direito da Praça do Papa para o (14) Parque da Serra do Curral, prender a bike, tomar uma água de coco ou dar uma caminhada. Na descida, não deixe de passar pela Rua do Ouro, pra depois virar na (15) Américo Scott, uma espécie de galeria de arte urbana a céu aberto.

Com sede, encha a garrafinha no subsolo do (16) Palácio

das Artes e, em seguida, pedale pelo (17) Viaduto Santa

Tereza. Depois da Av. Francisco Salles fica a (18) Amadoria, um dos melhores segredos de Beagá, com festas, workshops de autoconhecimento, cardápio vegetariano (às segundas) e jazz no quintal (toda última quinta-feira do mês).

PERFIL Laura

PERFIL

Das conquistas feitas pela Amanda (@amandacorradi1) nesses anos todos de bike ativismo, a mais importante ainda é a rede de amigos (engajados

em promover mudanças de mobilidade, clima e acesso à cidade).

PERFIL

Amanda CorradiQuando a arquiteta Amanda Corradi ganhou a sua primeira bicicleta — presente de um ex-namorado, a alguns anos atrás -, pra falar a verdade, ela mal sabia pedalar. Mesmo assim, acabou mergulhando na prática. E tão fundo, que hoje é secretária executiva da Associação de Ciclistas de Belo Horizonte (ou @bhemciclo).

O trabalho de formiga, ao lado de outros ativistas, cria diálogo entre as diferentes turmas de bike que percorrem BH; e a partir dessas

conversas, exige avanços para quem, por exemplo, faz longas distâncias todos os dias ou combina a bicicleta com ônibus e metrô.

Entre uma reunião e outra, Amanda pedala (e muito), em rolês despretensiosos de dia ou de madrugada, voltando de algum lugar. Entre tantos destinos, escolhemos passar com ela pelo centro, em um roteiro cultural, de edifícios históricos e hits da culinária local.

PERFILAmanda PERFIL Amanda

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Hoje, a sua primeira parada é no (1) Parque Municipal,

construído no coração de Beagá, em 1894, e o sonho ambicioso de ser o maior e mais bonito parque da América Latina. Em seguida, ainda na Av. Afonso Pena, dê uma olhada no tradicionalíssimo (2) Café Nice, ponto de encontro entre político em épocas de eleição. A combinação pode parecer inusitada, mas o creme com ameixa e o chá mate da casa são os itens mais queridos do cardápio.

Siga pela Av. Amazonas e, se estiver calor, refresque-se nas fontes ligadas da (3) Praça da Estação. Não por acaso, a praça é casa para o divertido Praia da Estação, quando ir para a rua com roupa de banho é normal. Aproveitando o gancho, é de lá que também saem os trens Belo Horizonte x Vitória, com trechos bonitos que valem a viagem de um dia.

A seguir, pegue a (4) ciclovia na Av. Santos Dumont (sem se deixar intimidar pelos ônibus que passam velozes pela faixa exclusiva). Pegue a Av. Paraná e caia no (5) Mercado Central, um dos pontos comerciais mais concorridos da cidade. Compre os queijos mais fresquinhos na Loja do Itamar; uma empadinha (ou duas, ou três) no Ponto da Empada; e não saia sem provar a broa de milho do Comercial Sabiá ou a porção de fígado com jiló do Bar Fortaleza.

ROTEIROAmanda

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Volte pedalando até a (6) Praça Raul Soares, onde está o Edifício JK, arranha-céu importante com projeto de Oscar Niemeyer. Já seguindo pela Av. Augusto de Lima, você encontra o (7) Sesc Palladium, antigo cinema hoje teatro e centro cultural. Logo adiante fica o (8) Edifício Maletta, com bares, sebos, lojinhas e toda sorte de boemia para ativistas, músicos, escritores, políticos e artistas. De volta à avenida, procure pela Afonso Pena e faça uma visita ao (9)

Palácio das Artes, onde a programação é variada e vai das orquestras sinfônicas às mostras cult de cinema.

Pela Av. João Pinheiro, siga para a (10) Praça da Liberdade

até o Espaço do Conhecimento UFMG, que conta, inclusive, com planetário. Feche o dia com vinho mais pizza de inspiração argentina no Pizza Sur, na (11) Rua Bahia. E não perca o Cinema Belas Artes, logo em frente, com circuito alternativo, café e livraria.

ROTEIRO Amanda

PERFIL

Como bom carioca, o Joca (@jocacorsino) coorganiza um dos

agitos mais concorridos do carnaval de Beagá, o Bloco da Bicicletinha.

Suco e café fresquinho, passados pedalados na hora, é o que

oferece a BiciRangos, engenhoca criada pelo Luiz

(@autosoundsystem).

Joca & Luiz

PERFIL

Bike e música, eis o que o produtor Luiz Valente e o designer Joca Corsino têm em comum.

O primeiro, que também atua como DJ, dá vida ao projeto – sonoro e mambembe – Auto Sound System. A carretinha fritação, como o Luiz carinhosamente a chama em seu Instagram, leva música para diferentes partes da cidade e faz sucesso. Tanto que em 2015, surgiu com o seu segundo bike empreendimento: o BiciRangos

(@bicirangos). Com duas bicicletas adaptadas e um liquidificador acoplado à garupa, Luiz faz sucos batidos e café moído na hora, com descontos especiais para quem topa subir na engenhoca pra gerar energia.

Já o Joca é carioca e comanda, ao lado de outros agitadores culturais, o Bloco da Bicicletinha – que não só fomenta o revival do carnaval de rua mineiro, como a crescente bicicultura em BH. Hoje, a história do bloco é cheia dos momentos marcantes; entre eles, quando tocaram Rocket Man no Minhocão de São Paulo, ou quando encontraram o Sopra que Sara durante o último carnaval.

Com eles, pensamos um roteiro de bares (bem) mineiros e ponto turísticos. De forma que até o mais marrento dos cariocas volte pra casa comendo sílabas e falando juntim.

PERFILJoca & Luiz PERFIL Joca & Luiz

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ROTEIRO

O seu ponto de partida é na (1) Praça da Liberdade, de onde sai, por exemplo, o Pedal Mais Urbano, nas noites de quarta-feira. Mas, em uma tarde de sábado, aproveite para conhecer a novíssima (2) Growleria de Arte, espaço multicultural com bar de cervejas artesanais. A seguir, vá pedalando pela Av. João Pinheiro, e pela Afonso Pena, até chegar na (3)

Praça Sete, a mais movimentada da cidade. Siga pela Av. Amazonas e estacione na já conhecida (4) Praça da Estação. Prepare um lanche na (5) Bagueteria Francesa, na Av. Santos Dumont e, mais adiante, suba o (6) viaduto Francisco Sales.

De lá, procure pela (7) Praça Floriano Peixoto e reabasteça as energias no Chopp da Fábrica. O mexidão e o feijão tropeiro são, no mínimo, emocionantes. E a melhor larica da madrugada. Outra opção é seguir em frente até dar de cara com a Rua Capitão Bragança, onde fica o (8) Bar do Bolão. Com suco famoso e vista para a Praça Duque de Caxias, o bar acabou virando ponto de encontro para os músicos que vivem pelo bairro, como as turmas do Clube da Esquina ou do Sepultura.

Quase na esquina com a Av. Silviano Brandão, também fica o (9) Zona Last, aquele barzinho surrado pelo qual todo mundo se apega, com a cerveja mais em conta. O auge rola às sextas-feiras, por volta das 22:00, quando passa o caminhão de lixo, interagindo com quem estiver bebendo ali na calçada. Renovada a sua juventude, siga pela Rua Pitangui para conhecer o (10) Galpão Cine Horto, do Grupo Galpão. Os espetáculos – com origem no teatro de rua e influências do circo e da música – estão sempre lotados, já que o grupo é um dos mais relevantes do Brasil.

Joca & Luiz

107

De volta à Silviano Brandão, pegue a ciclovia na Av. dos Andradas e suba pela Rua Begônia até o (11) Sílvio’s Bar, no Esplanada. Não faça cara feia e peça o jiló frito. A experiência só é completa se você sentar no balcão meio old school, em formato de U.

Outra opção é seguir para o bairro da Lagoinha, para acessar a (12) orla da Lagoa da Pampulha. As paradas obrigatórias são muitas, e vão dos cartões-postais projetados por Niemeyer ao (13) Estádio do Mineirão. Ah, e uma dica: na volta para casa escolha passar pelo (14) Campus da UFMG como uma opção mais tranquila.

Joca & LuizROTEIRO

PERFIL

Quando conheceu a modalidade, em 2013, o Diego (@digaravinni) achou o bike polo coisa de gente doida. Hoje em dia, é um dos seus

articuladores mais assíduos.

A Feu (@raquelfeu_) improvisa bicicletas comunitárias afim de deixar o bike polo cada vez mais acessível.

Para praticar é só colar com disposição (@bhbikepolo).

Raquel & Diego

PERFIL

Quem vê a delicadeza da DJ e publicitária Raquel Feu, mal pode imaginar o seu amor pelas partidas de bike polo. O esporte, ainda muito pouco difundido no Brasil, tem no lugar dos cavalos, bicicletas. E ao invés dos gramados, quadras de cimento. São seis pessoas de cada lado, sem distinção de gênero. De resto é tudo bem parecido: uma galera disputando a bolinha, tentando marcar um gol no adversário de taco na mão.

Do polo pra rua foi um pulo. Hoje, a Feu vai de bicicleta até

beber com os amigos. Diferente do Diego Garavinni que, quando conheceu o esporte, já fazia todos os seus deslocamentos de bike. Atualmente, os dois integram a equipe Bike Polo BH e, não só tiram de letra a arte de se equilibrar sobre duas rodas, cheios de coordenação, como praticamente militam pelo esporte – percorrendo praças por toda a cidade, chamando a atenção dos moradores para a prática, ou improvisando bikes comunitárias para que ninguém precise ficar de fora.

Vamos lá?

PERFILFeu & Diego PERFIL Feu & Diego

118

ROTEIROFeu & Diego

Vá para a Av. dos Bandeirantes e inicie o seu passeio no

(1) Parque Julien Rien. Ar fresco e natureza bem pertinho vão te dar a energia necessária para seguir pelo rolê. A próxima parada é no (2) Mirante da Caixa d’Água, no Mangabeiras. E saiba que se a subida não te tirar o fôlego, a vista com certeza vai.

Volte para a Bandeirantes e pedale em direção à (3) Praça

JK, onde o seu maior luxo será uma água de coco bem gelada. Ali, boa parte da turma do polo se reúne e, se bobear, você consegue assistir – e por que não jogar – uma partida. Em seguida, desça a Av. Uruguai até chegar na (4) Praça Nova York. Ou Pegue a Nossa Senhora do Carmo para encontrar a Savassi.

Quando chegar na Rua Paraíba, prenda a bike na (5) Butic

Bardot, com peças feitas de forma responsável por duas empreendedoras. Depois, siga pela Av. Getúlio Vargas e encontre a (6) Escola Barão do Rio Branco, uma das arquiteturas preferidas da cidade. Sem falar que tudo fica ainda melhor na antiguinha (7) São Domingos com sorvete artesanal de pistache.

ROTEIRO Feu & Diego

Seguindo pela ciclovia da Rua Professor Moraes, você cai na (8) Feira de flores, bem no encontro das avenidas Bernardo Monteiro, Brasil e Carandaí. Pegue a última para conferir o edifício do (9) Instituto de Educação, ou siga pela Av. Álvares Cabral para chegar na recém-reformada (10)

Praça da Assembleia. Ali do lado, na Rua Rodrigues Caldas, também fica a entrada para o (11) Parque Rosinha Cadar, um dos melhores segredos da região.

Agora é perna pra que te quero. Desça da Av. Amazonas à Av. Tereza Cristina, passando pela Rua Monte Branco, para conhecer a (12) Praça Oswaldo Zuccherate, outra quadra importante para o bike polo de Beagá. Ou vá direto para a (13) Praça Leonardo Gutierrez, onde vários food trucks costumam estacionar.

A sua próxima parada será o bairro Buritis, onde a melhor cerveja gelada (com carne assada) fica no (14) Boi Zé. Ou, se precisar relaxar um pouquinho mais, siga pela Rua Mário Werneck até o (15) Parque Municipal Aggeo Pio

Sobrinho, com lago, nascentes e muito verde. 121

Apesar do jeito de cidade grande, Belo Horizonte ainda guarda, de muitas formas, o ar da roça. Sabe rua tranquila, bonita no fim de tarde, com cheirinho de café coado na hora? Esse é o mood que, muitas vezes, faz a gente se apaixonar por Beagá – presente, ainda mais, em pedaços como o Floresta.

Não deixe de dar uma volta pelo bairro, começando pela (1) Funarte, onde rolam exposições de arte, espetáculos de teatro, circo e música. A seguir, passe pelo (2) Viaduto da

Floresta, uma espécie de “túnel do tempo” direto para os anos 40, quando foi construído. Ao sair do elevado, vire a esquerda para encontrar a (3) Rua Sapucaí, uma mescla de meca culinária e hotspot, com bares, restaurantes e festas de rua. Prenda a bike para um rolê com calma, apreciando a vista.

No número 153 da Sapucaí fica o (4) Benfeitoria, espaço cultural colaborativo com sessões de cinema, oficinas, feiras, shows e o que mais a programação permitir. E do lado de fora, os famosos balaústres onde a boa é encostar a bicicleta para tomar uma cerveja observando o movimento. Se estiver no pique, desça a Av. do Contorno até o clube underground (5) Deputamadre, com música eletrônica até o amanhecer.

ROTEIRO

122

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ROTEIRO

O grande cartão postal de Belo Horizonte é, também, um dos rolês mais tradicionais entre as turmas de bike. Com curvas gostosas, 18km de ciclovias, e o melhor da comfort food mineira, quero ver encontrar uma boa desculpa para não pedalar até lá. Comece pela região do (1) Mineirão, percorrendo toda a esplanada que contorna o maior estádio da capital. Siga em direção à lagoa e faça a sua primeira pausa na (2) Casa

do Baile, onde a vista é das mais lindas. Se o seu interesse for por arquitetura e design, faça, inclusive, uma visita ao monumento e saiba mais sobre a construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Se precisar descansar, solte-se na grama e peça uma água de coco nos carrinhos ambulantes que sempre passam por lá.

Em seguida, vá para (3) Casa Kubitschek, com projeto original de Oscar Niemeyer. Você também não pode deixar de conhecer a (4) Igrejinha da Pampulha, mesmo que essa esteja fechada – os painéis azuis e brancos, assinados por Cândido Portinari, fazem da fachada uma atração a parte. E, finalmente, chegue ao fim deste roteiro comendo aquele frango com quiabo, bem mineirinho, no restaurante (5) Xapuri.

ROTEIRO

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Há apenas duas ou três horas de viagem de Belo Horizonte, estão alguns dos escapes mais bacanas do Estado como, por exemplo, o Instituto Inhotim ou o Parque Nacional da Serra do Cipó. Mas, se você não estiver com tempo ou disposição para tanto, faça uma day trip com a sua bicicleta para as pequenas Serra da Moeda e São Sebastião das Águas Claras.

São Sebastião das Águas Claras, ou “Macacos”, como foi carinhosamente apelidada, fica só há meia horinha da capital – embora pareça a muitos quilômetros de distância. Quando chegar, faça de bike o circuito gastronômico, passando pelos vários restaurantes espalhados no aconchego de São Sebastião, como o Digníssimo ou o Pimenta Malagueta. Outra opção é pegar uma das muitas trilhas que o lugar oferece, com relevo montanhoso favorito das turmas de mountain bike. A “Perdidas” é conhecida dos ciclistas experientes, enquanto a “Tapete Branco”, dos mais café-com-leite.

O lugar abriga uma das trilhas mais lindas da região, beirando os pés da Serra, em 49km de percurso (8km em asfalto, e 41km em estrada de terra). No caminho, túneis, riachos, cachoeiras e ferrovias, que podem ser feitas em grupos de todos os tamanhos, sem grandes complicações. Vá com tempo (e a mochila abastecida) para aproveitar cada pedacinho do trajeto. Uma vez na trilha, você não terá restaurantes por perto.

Não adianta, a comidinha mineira é uma atração à parte – até quando não vem de Minas. Passe pela Savassi, cheia de bares, restaurantes e lanchonetes, para um “abraço a cada prato”. Ou estique a sua trip gastronômica para outros bairros afins, como Centro e Funcionários.

Casa Amora O cardápio muda diariamente, com opções saudáveis e naturais. Mesmo assim, torça para pegar o purê de cenoura ou a salada de cevadinha. Rua Paraíba 941, Savassi.

Birosca S2 Os quitutes de inspiração francesa vem servidos na louça mais linda, perfeitamente descombinada, e podem ser degustados tanto do salão (com vista para a cozinha “aberta”) quanto da varandinha. Rua Silvianópolis 483, Santa Tereza.

Café com Letras Café literário, jazz club e restaurante, referência para alguns dos encontros culturais mais bacanas da cidade. Rua Antônio de Albuquerque 781, Savassi.

Samba Fresh Para se jogar no poketopus: que leva arroz, tentáculos de polvo fatiado e o inusitado torresminho de salmão. Parece estranho, mas vale a ousadia. Av. Bias Fortes 368, Lourdes.

Meetme Drinks, pratos e burgers bem carnívoros, cheios de mineiridade. É bom reservar. Rua 2578, Lourdes.

Guaja Spot para freelancers e start ups em reunião, o moderninho Guaja tem, inclusive, opções vegetarianas. Famoso mesmo, no entanto, é o hambúrguer. Tipo o melhor do mundo. Av. Afonso Pena 2881, Centro. 128

Poke Sim Fast-food miudinho, especializado em pokes, com cartela de acompanhamentos variada (tem até pipoca de arroz!). No comando da cozinha está Gabriela Harue, da família do Sushi Naka. Coisa boa. Rua Antônio de Albuquerque 629, Savassi.

Horta 31 No melhor esquema monte você mesmo (a sua salada). A folha de beterraba e o molho de queijo gorgonzola são imperdíveis. Rua Antônio de Albuquerque 684, Funcionários.

E tem mais:

Cachaça A Vale Verde, envelhecida em tonéis de carvalho, tem no currículo diversos prêmios como a melhor do Brasil. O preço faz jus ao título e uma garrafa chega a custar R$500. Por isso, peça opções mais em conta como (a tão maravilhosa quanto) Boazinha, produzida em Salinas, no Vale do Jequitinhonha. O sabor adocicado é perfeito para fazer caipirinha.

Goiabada A goiabada do município de Ponte Nova é a mais cremosa, ideal para comer de colher. A Goiabada da Zélia, por exemplo, fica entre os produtores mais famosos e é a mais antiga da cidade, criada nos anos 30 por três mulheres. Já no caso da goiabada de corte, vá de São Bartolomeu. Produzida em Ouro Preto, o doce já ganhou até selo de Patrimônio Imaterial.

Doce de Leite Se chegar em Beagá com vontade de doce de leite – muito embora essa não seja lá uma paixão de Belo Horizonte, e mais uma coisa do interior de Minas – vá para o Mercado Central. São muitas as marcas (Aviador, Boreal, Senador, etc), mas, segundo, o senso comum, a Viçosa ainda é a melhor.

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Em uma história recente das sociedades ocidentais, o lugar da mulher nunca foi a rua. Pelo contrário: gurias direitas e garotas de família deveriam sair acompanhadas – senão dos seus pais, dos seus maridos – de forma que, por muitas gerações, a mobilidade feminina esteve circunscrita a limites claros de tempo e espaço. Depois de tal hora ou a partir de tal lugar, uma mulher está em risco só pelo fato de ser mulher. E isso permanece até os dias de hoje.

Seguindo por essa via (onde a mobilidade feminina está em evidência) entendemos que a relação de medo que se estabelece entre mulher x cidade não é só um questão de segurança pública – mas de desigualdade de gênero. E é nesse momento que a bicicleta aparece como uma possibilidade de autonomia e ocupação dos espaços, nos lembrando que pedalar é, muitas vezes, resistir.

Liberdade x Vulnerabilidade

Para usufruir de toda a liberdade que a bicicleta pode somar ao seu ir-e-vir, é preciso se cuidar. Se ser mulher é, por si só, estar vulnerável, imagine ser mulher ciclista e compartilhar as vias com outros veículos muito maiores e agressivos. Esteja preparada, alinhada e fit; alimente-se de forma equilibrada e funcional; ponha o sono em dia e não force uma barra quando se sentir cansada. Isso significa não sair (ou optar por outros meios de transporte) quando houver energia para ir, mas não para voltar.

OU UMA MINA NA DIREÇÃO (DA PRÓPRIA VIDA)

Feminilidade De bicicleta, desviamos, também, dos padrões de beleza, pois essa é uma cultura aberta às muitas formas de auto expressão. A cientista social, antropóloga e ciclista Vivian Garelli (@vivangarelli) lembra que a bike foi protagonista na briga por uma moda que não machucasse ou limitasse o descolamento da mulher – livre de espartilhos, sapatos apertados e camadas de roupa superpesadas. “As calças, por exemplo, simbolizaram uma conquista de espaço e uma ampliação de direitos. Amelia Bloomer foi a grande popularizadora das calças bloomer, que assim como os spencers (uma adaptação do casaco masculino usado à época), facilitavam a locomoção das mulheres na bicicleta e no dia a dia”.

Sororidade O lema é: Uma mina cuida da outra para que todas possam estar nas ruas. Saem e voltam para casa juntas, deixando sempre na porta aquela que, por algum motivo, precisa se sentir mais protegida. Os pedais coletivos só para meninas funcionam como espaços de acolhimento não-tradicionais que, embora não promovam rodas de conversa, facilitam rolês tranquilos, onde a mulher pode ser, por algumas horas, só ciclista.


133

Empatia É preciso olhar para a cidade como um espaço amigável para todas: pedestres, motociclistas, motoristas. Afinal, se para muitas mulheres a bike é possível, para muitas outras ela ainda é um privilégio. “Uma cidade pensada em investir nas relações entre pessoas é garantir um espaço cada vez mais democrático para todos, bicicletas, carros, entre outros veículos, de modo a desconstruir a obrigatoriedade ou uma normatividade atrelada a debates de gênero ou classe, de modo a construir também uma democracia do corpo e de representações” explica Vivian.

Comunidade A bike é uma turma em qualquer lugar do mundo. É um pouco como fazer parte de uma “sociedade secreta” ou um movimento ativista – como, por exemplo, o veganismo. Pode estar relacionada com outras atividades, como o interesse por café, design e arquitetura, política, fotografia, sustentabilidade, arte. E combina pessoas diferentes em pares ou grupos. O trânsito, tido como inimigo, fica favorável ao flerte: para dar match é preciso pedalar. Bike também é assunto, sinal de compatibilidade e pretexto para um primeiro date (sem climão). Ou a possibilidade de cair fora, rapidamente, se a coisa não vingar.135


Para entender que a bicicleta não é uma via alternativa – mas uma outra via.

LOJAS & OFICINAS

LIVROS

Canuto Cycle Bicicletaria e bar, perfeita para consertos básicos, encontrar amigos e ouvir um som. Av. Francisco Sales 480, Santa Efigênia.

Ateliê Bicicine Espaço de convívio e troca de conhecimentos, com ateliê de restauração, manutenção e personalização de magrelas. Rua Leopoldo Gomes 1607, Pompéia.

Tripp Aventura Bikeshop com ampla variedade de itens e acessórios (de deixar qualquer ciclista enlouquecido). Av. do Contorno 7439, Lourdes. Intertrilhas Há 14 anos no mercado, a Intertrilhas é conhecida de cada 9 entre 10 ciclistas mineiros. Rua Tomé de Souza 587, Funcionários.

AT29 Loja e oficina comandada pelo atleta Magno Pierre, campeão brasileiro de corrida de aventura e especialista em mountain bike e trail run. Av. do Contorno 4019, Santa Efigênia.

Sportix Venda de equipamento para rolês mais esportivos. Av. dos Bandeirantes 20, Sion.

Ciclovia Lojão com mais de 40 anos de experiência e tudo-o-que-você-precisa para ser pedalar feliz. Av. Dom Pedro II 1207, Carlos Prates.

Apocalipse Motorizado, Nedd Lud Para entender o conceito de carrocracia, com textos de Ivan Illich e André Gorz, e ainda, ilustrações de Andy Singer. Diários de Bicicleta, David Byrne Registros de viagem do músico à frente da Talking Heads, que passou por diversas cidades como Buenos Aires, Berlim e Istambul, sempre de bicicleta.

Bikenomics, Elly Blue Uma reflexão para entender a bicicleta não só como uma alternativa mais barata de vida, mas como uma ferramenta de transformação capaz de fazer do mundo um lugar melhor.

Artigo “A Bicicleta como um veículo

feminista”, Vivian Garelli A partir de uma pesquisa sobre a relação entre o cicloativismo e o feminismo nas cidades de Niterói e Rio de Janeiro.

FESTIVAIS & PEDAIS COLETIVOS

PROJETOS

Bicimanas @bicimanas Manas pedalando juntas pela cidade, para perder o medo e fortalecer a amizade. As datas e pontos de concentração são divulgados na página do facebook.

Pedal de Salto Alto goo.gl/D5BWVZ Pedal feminino com saídas sempre aos sábados. Como o Bicimanas, a divulgação dos rolês é feita via facebook.

Tweed Ride BH @tweedridebh

Pedalada elegante, com ciclistas de gravatinha, boina e suspensório. A nostalgia parte da Savassi, também aos sábados.

Moutain Bike BH goo.gl/hXFAaf É o coletivo mais antigo da cidade, com fórum de informações e debates, além de trilhas guiadas aos fins de semana.

Zoobiker @zoobiker O grupo, que tem entre 40 e 80 participantes, se reúne semanalmente às segundas-feiras, às 20:00, em frente ao McDonald’s. Uma boa opção para quem está começando.

RUTs @goo.gl/wYQL4L Um “Rolê Urbano das Terças”, totalmente aberto, sem inscrição, custos ou uniformes. Mas com saídas sempre às terças-feiras, faça chuva ou faça sol.

Pedal Mais Urbano

@goo.gl/bk9Uim Pedal noturno de moutain bike com saídas às quartas-feiras, por volta das 20:00, na Praça da Liberdade.

BH Bike Polo @goo.gl/pG4siF Turma que se reúne para jogar polo sobre duas rodas, ocupando praças, entre outros espaços públicos. Em geral, as partidas acontecem nas noites de quarta e domingo.

BH em Ciclo @bhemciclo Instituição sem fins lucrativos formada por mineiros interessados na bike como um meio de transporte legítimo – como qualquer outro veículo.

Bike Anjo @bikeanjo Presente em mais de 600 cidades ao redor do mundo, o Bike Anjo te ajuda e ensina (seja lá qual for a sua idade) a pedalar.

Pedalando Pelos Muros

@institutoamado O projeto organiza saídas mensais que, em uma rota de 14km, percorrem mais de 50 painéis urbanos de artistas locais, brasileiros e gringos. Um oferecimento do Instituto Amado, iniciativa que (re)imagina cidades por meio de arte pública e da educação.

CUIDADOS

Contatos de emergência Ambulância 192 Bombeiros 193 Polícia 190

Informações turísticas www.belohorizonte.mg.gov.br

1. Alongamento Procure uma série de alongamentos adequada ao seu corpo. Com cinco minutinhos de prática antes e depois do pedal, você já vai começar a sentir a diferença.

2. Hidratação Nas pedaladas mais longas ou nos dias mais quentes, beba bastante água, água de coco ou bebidas isotônicas.

3. Capa de chuva Leve uma capa na bolsa para não ser surpreendido pelo clima nos trópicos, e deixe a bike em casa em dias de muita chuva.

3. Cuidados com a pele Use sempre filtro solar (para não acabar com a marca da mochila). E se por acaso se machucar, a dica é usar óleo natural de copaíba ou melaleuca para ajudar na cicatrização.

Porque pedalar só se torna um hábito saudável se você se cuidar.

4. Roupas Vista-se (sempre) como quiser, e se puder, dê preferência para roupas e acessórios mais práticos, que facilitem a sua mobilidade e não te deixem arrasada se acabarem sujos de graxa.

5. Calçados Como no item anterior, prefira calçados confortáveis para não escorregar.

DICAS

139

Confira algumas dicas para pedalar melhor e se manter em segurança, afinal, o ciclista inconsciente do seu próprio movimento é um perigo – para si mesmo e para a cidade.

Prefira a ciclovia, sempre. E lembre-se que, mesmo nela, as leis do trânsito prevalecem. Por isso, seja qual for a sua situação: não pare sobre a faixa de pedestres, não ande na contramão, não avance o sinal e use os braços para antecipar mudanças.

Nem tão rápido, nem tão devagar Quando precisar seguir pela rua, flua na velocidade dos carros e evite as vias cuja velocidade média seja superior à do seu rolê.

Evite a proximidade com os ônibus Ocupando a faixa da esquerda.

Use acessórios de segurança Capacete, a qualquer hora do dia, e ainda, faixas ou objetos luminosos durante a noite - para que outros possam te ver.

Nos casos de insegurança Não insista; e mesmo que precise dar uma volta maior, procure uma rota alternativa.

Não pedale olhando para baixo Se precisar checar aplicativos de localização com frequência, adquira um suporte para celular.

Prenda a bike sempre que estacionar Com corrente ou cadeado e, de preferência, perto de você.

A noite, evite pedalar sozinho Prefira a companhia de um amigo ou informe-se sobre os pedais coletivos.

Tenha bom senso E cuidado com a bebida.

Evite usar fones de ouvido Quando estiver fora da ciclovia, para ouvir o movimento, sirenes e buzinas.

Evite sair nos horários de pico Quando as ruas estão mais cheias, e os motoristas, menos pacientes.

140 141

142 143

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A—C

AmadoriaR. Mucuri 325, Floresta.

Bagueteria FrancesaAv. Santos Dumont 201, Centro.

Bar do BolãoPraça Duque de Caxias 288, Santa Tereza.

Bar do OrlandoRua Alvinópolis 460, Santa Tereza.

Bar do SalomãoRua do Ouro 895, Serra.

Bar FortalezaAv. Augusto de Lima (Mercado Central), Centro.

BenfeitoriaR. Sapucaí 153, Floresta.

Birosca s2Rua Silvianópolis 483, Santa Tereza.

Bitaca da LesteR. Salinas 2421, Floresta.

Boi ZéAv. Eng. Carlos Goulart 167, Buritis, Belo Horizonte.

Braga Pão de QueijoEstádio Governador Magalhães Pinto, na Avenida Antônio Abrahão Caram 1001, São José.

Buffet BhagwanR. Conselheiro Lafaiete 771, Sagrada Família.

Butic BardotR. Paraíba 1352, Funcionários.

Café com LetrasR. Antônio de Albuquerque 781, Savassi.

Café NiceCafé Nice, Av. Afonso Pena 727, Centro.

Café PalharesRua dos Tupinambás 638, Centro.

Câmera Sete - Casa da Fotografia de Minas GeraisAv. Afonso Pena 737, Centro.

Campus Pampulha da UFMGAv. Antônio Carlos 6627, São Luiz.

Canuto CycleAv. Francisco Sales 480, Floresta.

Casa do BaileAv. Otacílio Negrão de Lima 751, Pampulha.

Casa KubitschekAv. Otacílio Negrão de Lima 4188, Bandeirantes (Pampulha).

CCBBPraça da Liberdade 450, Funcionários.

Chá ComigoRua Leopoldina 634, Santo Antônio.

Chopp da FábricaAv. do Contorno 2736, Santa Efigênia.

Cinema Belas ArtesR. Gonçalves Dias 1581, Lourdes, Belo Horizonte.

148

C—M

Comercial SabiáAv. Augusto de Lima 744, Centro.

Confeitaria Mole AntonellianaAv. João Pinheiro 156, Centro.

Confeitaria MomoR. Pouso Alegre 1000, Floresta.

DeputamadreAv. do Contorno 2028, Floresta.

Edifício AcaiacaAv. Afonso Pena 867, Centro.

Edifício JKRua dos Timbiras 2500, Santo Agostinho.

Edifício MalettaR. da Bahia 1148, Centro.

Escola Barão do Rio BrancoAv. Getúlio Vargas 1059, Funcionários.

Escola GuignardRua Ascânio Burlamarque 540, Mangabeiras.

Espaço Comum Luiz EstrelaR. Manaus 348, São Lucas.

Espaço do Conhecimento UFMGPraça da Liberdade 700, Funcionários.

Feira de FloresAv. Carandaí 563-631, Funcionários.

FunarteRua Januária 68, Centro.

Galpão Cine HortoR. Pitangui 3613, Horto.

Growleria de ArteRua Sergipe 629, Savassi.

GuajaAv. Afonso Pena 2881, Centro.

Igrejinha de São Francisco de AssisAvenida Otacílio Negrão de Lima 3000, Pampulha.

Instituto AmadoR. Antônio de Albuquerque 384, Savassi.

Instituto de EducaçãoR. Pernambuco 47, Funcionários.

InventivaR. Grão Pará 553, Santa Efigênia.

Juramento 202R. Juramento 202, Pompéia.

Lagoa da PampulhaAv. Otacílio Negrão de Lima, s/n, São Luiz.

Memorial Minas GeraisPraça da Liberdade 640, Savassi.

Mercado CentralAv. Augusto de Lima 744, Centro.

Mi Corazón BarR. Sapucaí 511, Floresta.

MineirãoAv. Antônio Abrahão Caran 1001, São José.

149

M—P

150

Mirante da Caixa d’ÁguaR. Min. Vilas Bôas 2, Mangabeiras.

Mirante do ColibriAv. Celso Porfírio Machado 1802-1900, Belvedere.

Morada MexicanaR. Antônio de Albuquerque 369, Savassi.

Museu de Arte da PampulhaAv. Otacílio Negrão de Lima 16585, Pampulha.

Néctar da SerraAv. dos Bandeirantes 1839, Cruzeiro.

Ocupação Carolina Maria de JesusAv. Afonso Pena 2.300, Funcionários.

PajubarAv. Santos Dumont 360, Centro.

Palácio das ArtesAv. Afonso Pena 1537, Centro.

Parque da Serra do CurralAv. José do Patrocínio Pontes 1951, Mangabeiras.

Parque das ÁguasAv. Ximango 809, Serra do Curral.

Parque das MangabeirasAv. José do Patrocínio Pontes 580, Mangabeiras.

Parque Julien RienAv. dos Bandeirantes 911, Mangabeiras.

Parque Municipal Américo Renné GiannettiAv. Afonso Pena 1377, Centro.

Parque Municipal Pio SobrinhoAv. Afonso Pena 1377, Centro.

Parque Rosinha CadarR. Matias Cardoso 126, Santo Agostinho.

PecatoreR. Sapucaí 535, Floresta.

Pimenta Malagueta Restaurante BarR. Dona Maria da Gloria 529, São Sebastiao das Águas Claras, Nova Lima.

Pitza 1780R. Antônio de Albuquerque 749, Funcionários.

Pizza SurR. da Bahia 1764, Lourdes.

PomodoriRua Paraíba 1356, Savassi.

Ponto da EmpadaAv. Augusto de Lima, Centro.

Praça da Assembleia Praça Carlos Chagas s/n, Santo Agostinho.

Praça da BandeiraPraça da Bandeira, São Lucas.

Praça da EstaçãoAv. dos Andradas, Centro.

P—Z

151

Praça da LiberdadePraça da Liberdade s/n, Funcionários.

Praça do PapaAv. Agulhas Negras s/n, Mangabeiras.

Praça Floriano PeixotoAv. do Contorno 11144, Santa Efigênia.

Praça JKAv. dos Bandeirantes 240, Sion.

Praça Joaquim Ferreira da LuzPraça Joaquim Ferreira da Luz, Santa Tereza.

Praça Leonardo GutierrezPraça Leonardo Gutierrez, Gutierrez.

Praça Nova YorkPraça Nova York, Sion.

Praça Oswaldo ZuccherateAv. Tereza Cristina 245/247, Nova Suíssa.

Praça Sete de SetembroPraça Sete de Setembro s/n, Centro.

QuartoamadoR. Antônio de Albuquerque 384, Savassi.

Sala de VestirR. Ipiranga 127, Floresta.

SalumeriaR. Sapucaí 527, Floresta.

São DomingosAv. Getúlio Vargas 800, Funcionários.

Silvio’s BarR. Begônia 199, Esplanada.

Sítio SírioR. Paraíba 1378, Funcionários.

Viaduto FlorestaViaduto Floresta, Centro.

Viaduto Santa TerezaAv. Assis Chateaubriand 619, Centro.

Xapuri Rua Mandacarú 260, Pampulha.

Zona LastR. Pouso Alegre 2952, Horto.

Concepção: Bá RosalinskiProdução: Bingo

Fotografia: Eliza GuerraDesign Gráfico: Bettina Birmarcker Direção de Arte: Raphael TepedinoTexto: Fernanda Cintra

Este guia foi produzido em abril de 2018 para o lançamento oficial da bicicleta Melissa Bike em parceiria com a Blitz.

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