six seconds #10

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Decima Edição da Six Seconds com DEVIL SOLD HIS SOUL, MISS MAY I, SHERWOOD, ANCHOR E MUITO MAIS, CONFIRA!

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  • 05 DEVIL SOLD HIS SOUL (entrevista)

    09 MISS MAY I (entrevista)11 SHERWOOD (entrevista)

    14 ALBUM DA VEZ

    15 THE RESSURECTION SORROW (entrevista)17 ANCHOR (entrevista)19 ALL THAT REMAINS (entrevista)

    21 DAN MUMFORD (arte das trevas/entrevista)

    23 MAKE THEM SUFFER (entrevista)25 MUGO (entrevista)

    27 Erled Hjelvik (KVELERTAK) (top 10 albuns)28 STAY BRUTAL29 Vitor Pazin (SHARKS AT ABYSS) (top 10 albuns)

    31 SWU FESTIVAL (ao vivo)35 RESENHAS DE ALBUNS

  • EDITORIALA dcima edio da Six Seconds tem sua capa, uma das revelaes britnicas, Devil Sold His Soul. O sexteto lanou o seu segundo lbum intitulado Blessed & Cursed, a banda que vem se destacando ao longo dos anos, mostra um lbum muito mais promissor do que seu antigo trabalho A Fragile Hope. Em entrevista exclusiva, o guitarrista Rick fala sobre o tempo de estdio da banda, os processos de gra-vao e produo e tudo que envolveu o novo trabalho.

    Alm desta grandiosa entrevista, a Six Seconds conversou com vrios outros artistas incluindo Levi Ben-ton, vocalista do Miss May I, que deu mais detalhes sobre o novo lbum da banda Monument e tam-bm sobre os futuros planos da banda. Tambm batemos um papo com o ilustrador e designer Dam Mumford, responsvel por artes de vrias bandas, entre elas Parkway Drive, Miss May I, Evil Nine e A Day To Remember, o ilustrador conta tudo sobre sua vida artistica e vrias outras coisas interessantes. Trouxemos para vocs no Album da Vez desta edio, o significado do lbum Ylem da banda de black metal alem, Dark Fortress. Como voc pode ver, a Six Seconds continua brutal como sempre e conti-nua imperdivvel nesta edio. Confira.

    Ian K. Menezes

    COLAboradoreswww.myspace.com/sixsecs

    Editor Chefe: Ian K. Menezes

    Design e Paginao:Ian K. Menezes

    Fotos:Anna TluczykontTom BarnesChiaki NozuSeldon HuntJustin Borucki

    Colaboradores nesta Edio: Livia RamiresBruno ThompisRodolfo AlmeidaPedro OliveiraGabriel da CostaClown

    Contato:[email protected]

    SIX SECONDS #10 | P. 04

  • pico e Progressivo, essas duas palavras definem melhor o novo trabalho do Devil Sold His Soul. Aps de uma longa turn do seu antigo lbum A Fragile Hope, os britnicos finalmente decidiram trabalhar em um novo lbum e Blessed & Cursed o resultado de tanto tempo de espera. A Six Seconds bateu um papo com o guitarrista Richard Cha-

    pple que nos contou tudo sobre este todo esperado lbum.

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  • Ol! Voc poderia nos contar um pouco do Devil Sold His Soul at agora?

    A banda se formou em 2004, aps da nossa banda anterior, Mahumodo terminou, na qual eu, Johnny e Paul estavamos envolvidos. Ns decidimos em continuar a compor nossas prpias msicas sem seguir nenhuma tendncia. Ns fize-mos uns testes e encontramos Ed e Lain, logo em seguida lanamos nos mesmos nossa primeiro EP, Darkness Prevails em 2005. Dois anos dpeois, ns lanamos nosso primeiro l-bum A Fragile Hope e depois de quase 2 anos fazendo turn desse lbum, na qual Leks Wood se tornou nosso baterista permanente, ns assinamos contrato com a Century Media Records, na qual lanamos o nosso segundo lbum, Blessed & Cursed.

    Seus fs esperaram pacientemente trs anos para o segun-do lbum Blessed & Cursed. Por qu demorou tanto?

    Uma combinao de motivos, na verdade. A turn do ltimo lbum demorou no minimo dois anos. A recepo foi incrvel e ns realmente nos divertimos tocar para tantas pessoas o quanto podiamos. Ns comeamos a compor Blessed & Cursed a um ano e meio atrs. Ns tambm estavamos ocu-pados se juntando a Century Media Records. No era pra levar trs anos para lanar o nosso segundo lbum, mas foi assim que tudo acabou acontecendo.

    Vocs foram para o estdio com algum idia particular de como o lbum deveria soar?

    Sim, ns queriamos que ficasse maior e melhor do que nosso ltimo lbum. No entanto, ns no queriamos perder nosso som - ainda teria que ser o som do DSHS. Ns gravamos no mesmo estdio que gravamos A Fragile Hope (Bandit Estu-dio, England) com Jonny Renshaw (guitarra). Ns estavamos bem mais concentrados desta vez. Ns sabamos exatamen-te o que ns iriamos gravar quando fomos ao estdio e esta-vamos bem mais confiantes. Depois que o lbum foi grava-do, ele foi mandado para os Estados Unidos para ser mixado por Steve Evetts (The Dillinger Escape Plan, Every Time I Die). Ele acrescentou seu prpio toque no lbum e ns achamos que ficou muito bom.

    A Fragile Hope teve muitos elogios. Que efeito isso teve na composio de Blessed & Cursed? Houve alguma pres-so ou tentao ao compor ou isso afastou vocs do som

    do lbum inicial?

    Sempre houve uma presso fazer um lbum melhor.De-pois, que nosso primeiro lbum foi recebido de forma to boa, sempre seria difcil. Mas ns no queriamos fazer uma segunda verso de A Fragile Hope. Ns realmente quera-mos expandir nosso campo musical. Ns usamos muito mais

    SIX SECONDS #10 | P. 06

  • grande gravadora e compomos msica, da qual esta-mos orgulhosos e tudo que encontramos no caminho, apenas nos deixou mais fortes como uma banda. Ns estamos extremamente orgulhosos deste lbum.

    As resenhas do lbum tem sido timas at agora. Como vocs se sentem em receber uma recepo to boa, para um lbum que vocs se dedicaram tanto?

    muito bom. Voc nunca se sabe como sua msica ser recebida e receber boas resenhas simplesmen-te incrvel. Ns realmente queremos fazer uma turn ampla para que todos possam apreciar nossa msi-ca. Tambm pensamos que muitas pessoas que no pensam em ouvir, iro gostar. Ns queremos espa-lhar DSHS para o mundo.

    Lanar um novo lbum sempre h o risco de ser va-zado e baixado. Isto tem sido um receio para vocs? Como vocs se sentem sobre a situao atual na in-dstria da msica?

    Sempre foi um receio e infelizmente aconteceu. Isso realmente afeta uma banda do nosso tamanho. Ns agradecemos muitas pessoas que baixem msicas antes de comprarem, mas ao mesmo tempo, muitas pessoas no compram, mesmo elas gostando. Ns apenas queramos que as pessoas que baixaram e gostaram, fossem l e comprassem o CD ou as MP3s, isso realmente iria nos ajudar. Ns temos uma arte maravilhosa e uma edio limitada do CD, a qual tima.

    A Fragile Hope foi lanada a 3 anos atrs. Des-de ento vocs mudaram da Eyesofsound / Black Willow para Century Media. Como isso foi aconte-cer?

    instrumentao e tentamos deixar as coisas mais picas que antes. Ns usamos os mesmos amplifica-dores e as mesmas guitarras no ltimo lbum, ento a nica mudana foi a composio e a produo. Ns acreditamos que criamos um lbum muito bonito e pesado.

    Vocs mesmos produziram e lanaram o seu pri-meiro lbum. Vocs ainda esto envolvidos nesse

    processo de Behind the Scenes?

    Sim, mas agora ns temos uma gravadora bem co-nhecida para nos ajudar, o que timo. Ns ainda trabalhamos duro e nos certificamos que tudo fique da forma mais padronizada possvel. Se existe algu-ma coisa que ns estamos trabalhando duro pode ser complancente, ns temos que nos se esforar ao m-ximo a cada oportunidade que surge. Ns queremos fazer uma grande turn com este lbum e isso signifi-ca que ns temos que dar o mximo de nos mesmos.Como voc compararia este lbum em relao ao antigo?

    Mais pico. Pense neste lbum como uma trilha so-nora do seu filme favorito de guerra misturado com rugidos e guitarras. Ns realmente estamos queren-do levar este lbum para o prximo level. H mais variedade e mais profundidade.

    H alguma histria por trs de Blessed & Cursed?

    H definitivamente uma reflexo das nossas experi-ncias ao longo dos ltimos trs anos. Estando em uma banda, faz voc experimentar coisa incrveis e ao mesmo voc tenque sacrificar muito do seu tem-po, afim de seguir este sonho. Ns tambm tivemos nossa mar de azar nos ltimos anos e este lbum um sinal que todo nosso esforo valeu a pena, que valeu a pena chegar at aqui. Ns estamos em uma

    A partir do momento que a bateria e o baixo se junta-ram ao ambiente no inicio da faixa de abertura Tides, ficou bvio que Blessed & Cursed seria um lbum muito especial. Em seguida, os grunidos dos vocais de Ed Gibbs penetraram nos ouvidos dous ouvintes e a esperana de que este lbum seria muito mais bri-lhante, se solidificou ainda mais. A confiana e a cren-a dos britnicos do Devil Sold His Soul, levou eles a produzir um dos melhores lbuns de metal do sculos 21. Este lbum o resultado de uma banda de seis membros, em uma coeso musical, produzindo um l-bum o mais absoluto possvel. Tal como acontece com o primeiro trabalho dos britnicos, as influncias am-bientais ainda esto do lado brilhante.Eles no tem o foco primordial de assinaturas como Meshuggah ou o desempenho virtuoso de Dream Theater e voc certamente no iria encontrar solos de guitarra vin-dos de Jonny Renshaw e Chapple Richard. No entan-to, est lbum to progressivo como a maioria das bandas de metal l fora classificadas do gnero. Por isso sempre raro para um lbum de metal, alcanar tal grandeza nos domnios de tanta beleza imaculada e ferocidade diablica. O vocalista Ed chegou imensa-mente desde os primrdios da banda com vocais lim-pos, sendo misturado com grunidos de grande efeito at o grande mrito de composio. Oua Drowning/Sinking, na qual muda a partir do coral vocal gutu-ral se passa por An Ocean of Lights, na qual parece ter vocais meldicos juntamente com a demonstra-o meldica de Paul Kitney. De fato, as influncias de ambiente da banda ainda so evidentes, levando o lbum a um nvel que no importa o quo forte seja, mas ainda mantm uma aura de conteno como a paz oesquestral pontua nos riffs. Este um trabalho verdadeiramente especial e, embora ele certamente no seja do agrado de todos, Devil Sold His Soul mere-ce um grande parabns.. IAN K. MENEZES

    Devil Sold His SoulBlessed & CursedCentury Media

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  • Ns apenas estavamos na Eyesofsound / Black Willow por causa do A Fragile Hope. A meta sempre foi obter o apoio de uma maior gravadora, para que pudssemos ter a nossa msica a um alcance muito mais vasto de pessoas. A transio foi muito fcil e ns estamos muito felizes por fazer parte da fam-lia da Century Media. Ns estamos muito contentes que eles gostem do que fazemos como uma banda e queiram nos apoiar.

    Como voc acha que essa mudana irar afetar o fu-turo da banda?

    Esperemos que nos permita fazer uma turn pelo mundo e nossa msica seja ouvida por mais e mais pessoas. Queremos que as pessoas ouam DSHS e ns faremos tudo que pudermos para que isso acon-tea. Ns temos agora o apoio bom e esperamos mais oportunidades surjam, tais como grandes tur-ns e mais exposio. O futuro brilhante.

    Hoje em dia, vrias bandas so rotuladas. Isso j aconteceu com vocs?

    Ns j fomos rotulados de vrias coisas, post-rock, post-metal, post-hardcore, progcore, metalcore, etc. Mas ns gostamos de pensar que somos uma agra-dvel mistura de metal, ambient, epic e msic pro-gressiva. Eu acho que ns somos dificis de ser rotu-lados, o qu uma coisa tanto boa quanto ruim. As vezes fica dificil para certas pessoas saberem em que

    tipo de turn nos botar - mas ns temos a tendncia de ter vrios fs diferentes. Ns j tocamos com ban-das de New Metal, Hardocore, Metal e Progressive Metal e todas foram timas, ento eu acredito que vrias pessoas podem se relacionar com a nossa m-sica.

    O que inspira vocs, quando esto compondo?

    Tudo - vida, filmes, livros, arte. A lista infinita e com seis pessoas na banda, voc pode imaginar que uma mistura bem insana. Ns tentamos compor sobre o que sabemos sobre a oposio fantasia, como ns sentimos que a mais poderosa forma de expresso.

    O que vocs esperam de 2011?

    Final de 2010 ns vamos comear a turn Europeia e comearemos 2011 com uma grande turn na UK. Depois planejamos ir o mais longe possvel. Se as pes-soas quiserem nos ver ao vivo, ns nos esforaremos o mximo para tocarmos para elas.

    ltimas palavras?

    Por favor, deem ua olhada no nosso novo lbum Blessed & Cursed, ns estamos extremamente or-gulhosos deles. Se voc gosotu, nos avise. Voc pode nos encontrar em rede sociais como Facebook (devil-soldhissoul) e Twitter (D_S_H_S). Conte a todos sobre Devil Sold His Soul. Ns iremos tocar a. IAN K. MENEZES

    RIchard RECOMENDA

    Deftones - Diamond Eyes

    Um excelente lbum de uma das minhas ban-das favoritas. Ns vimos eles no Download Festival esse ano e foi incrvel. Seria uma honra

    dividir o palco com eles.

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  • Aps lanar alguns EPs e Demos e implacar em 66 lugar na lista de lbuns independentes da Billboard de 2009 com seu debut, Apologies Are For The Weak, o quinteto de Troy, Ohio, Miss May I, nos entregou em 17 de Agosto de 2010, seu ltimo release, e a maior prova de sua evoluo musical: Monument. Ao apertar do Play na primeira msica, j somos confrontados com a destruio nas seis cordas - co-mandads por Bj Stead e Justin Aufdemkampe - de Our Kin-gs, faixa que, comparada com a inicial do release anterior, nos revela uma surpreendente evoluo em todos os senti-dos; ritmo e riffs bem posicionados, bateria implacvel, vo-cais rasgados de altssima qualidade, tcnica e vocais limpos bem aproveitados. Estes so elementos que permeiam todas as faixas, ininterruptamente. Masses Of A Dying Breed, ini-ciada lentamente por dedilhados e samples abafados, conta com a presena de Caleb Shomo, do Attack Attack! e, junto de sua conseguinte, Answers, mantm o alto nvel implac-vel, veloz e arrebatador das faixas, com destaque, novamen-te, s guitarras - que chegam, por momentos a nos remeter a riffs do nvel de August Burns Red - e a supreendente-mente rpida bateria, nos levando Relentless Chaos; fai-xa destaque que nos mostra toda a tcnica do MMI (Miss May I) e chega a nos mostrar uma faceta hardcore do rele-ase, contra-balanceada com os vocais limpos cativantes de Ryan Neff. A tcnica mantida nas sucessoras Creations, a introdutriamente lenta Gears, a violenta Colossal e a grudenta We Have Fallen, nos levando faixa mais dife-rente do release In Recognition; calma, quase instrumen-tal, nos mostrando a clareza dos vocais limpos, e ento, por fim, a que d nome ao lbum: Monument, outro destaque que nos mostra toda a tcnica dos guitarristas e da estonte-antemente veloz bateria de Jerod Boyd, bem como uma das nicas faixas em que o baixo se torna sobressalente. Pecan-do apenas na linearidade, repetio da frmula e na falta de presena das quatro cordas e implacando desta vez em 76 na lista de melhores lbuns da poca da Billboard, Monu-ment a maior prova da evoluo do Miss May I, esban-jando tcnica rara de se encontrar na cena atual, e letras, no mnimo, evasivas de clichs, se tornando, um dos marcos do metalcore de altssima qualidade e, com o perdo do troca-dilho: um lbum Monumental. RODOLFO ALMEIDA

    Miss May IMonumentRise Records

    E ai, como voc est?

    Tudo est indo timo. O novo album Monument, chegou a 7.500 vendas na primeira se-mana. Estamos espantados.

    Como voc descreveria o som de Miss May I, para aqueles que no conhecem ainda?

    Puro Metalcore. O metal clas-sic que todos cresceram com uma mistura modern e riffs constantes por ns mesmos.

    No novo album, vocs, amu-dereceram bastante, certo?

    Sim, ns finalmente tivemos a chance de compor um album! Nosso ltimo CD foi basica-mente uma banda vocal com vrias demos, tudo junto em um CD. Desta vez ns mon-tamos um lbum do inicio ao fim.

    Um de vocs ateu (at onde eu me lembro), e at onde eu sei, alguns de vocs

    so cristos e muitas pesso-as acham que Miss May I uma banda crista. Essa hist-ria toda me deixou bastante confuse. Vocs poderia nos esclarecer isso?

    Bem, alguns de ns somos cristos e outros no. Na ver-dade ns tocamos porqu gostamos e amamos a msi-ca. Ns tentamos no mistu-rar as nossas crenas. Para ns, s a experincia e a msica.

    Vocs so da nova era de bandas do metal. Que tipo de influncias vocs tiveram?

    Muitas influncias vindo de As I Lay Dying, All Shall Pe-rish, Killswitch, Darkest Hour, Unearth, In Flames e vrias outras. Cada membro ouve a bandas diferentes, o qu timo, porqu eles veem de lugares diferentes e mistura bastante.

    O gnero de metalcore um fenmeno relativamen-te recente, mas toneladas de bandas referem a si pr-prios como tal. O que sig-nifica esse termo significa para voc? Vocs esto em hardcore em tudo? Se sim, quais bandas? Alguma coisa

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  • Aps lanar alguns EPs e Demos e implacar em 66 lugar na lista de lbuns independentes da Billboard de 2009 com seu debut, Apologies Are For The Weak, o quinteto de Troy, Ohio, Miss May I, nos entregou em 17 de Agosto de 2010, seu ltimo release, e a maior prova de sua evoluo musical: Monument. Ao apertar do Play na primeira msica, j somos confrontados com a destruio nas seis cordas - co-mandads por Bj Stead e Justin Aufdemkampe - de Our Kin-gs, faixa que, comparada com a inicial do release anterior, nos revela uma surpreendente evoluo em todos os senti-dos; ritmo e riffs bem posicionados, bateria implacvel, vo-cais rasgados de altssima qualidade, tcnica e vocais limpos bem aproveitados. Estes so elementos que permeiam todas as faixas, ininterruptamente. Masses Of A Dying Breed, ini-ciada lentamente por dedilhados e samples abafados, conta com a presena de Caleb Shomo, do Attack Attack! e, junto de sua conseguinte, Answers, mantm o alto nvel implac-vel, veloz e arrebatador das faixas, com destaque, novamen-te, s guitarras - que chegam, por momentos a nos remeter a riffs do nvel de August Burns Red - e a supreendente-mente rpida bateria, nos levando Relentless Chaos; fai-xa destaque que nos mostra toda a tcnica do MMI (Miss May I) e chega a nos mostrar uma faceta hardcore do rele-ase, contra-balanceada com os vocais limpos cativantes de Ryan Neff. A tcnica mantida nas sucessoras Creations, a introdutriamente lenta Gears, a violenta Colossal e a grudenta We Have Fallen, nos levando faixa mais dife-rente do release In Recognition; calma, quase instrumen-tal, nos mostrando a clareza dos vocais limpos, e ento, por fim, a que d nome ao lbum: Monument, outro destaque que nos mostra toda a tcnica dos guitarristas e da estonte-antemente veloz bateria de Jerod Boyd, bem como uma das nicas faixas em que o baixo se torna sobressalente. Pecan-do apenas na linearidade, repetio da frmula e na falta de presena das quatro cordas e implacando desta vez em 76 na lista de melhores lbuns da poca da Billboard, Monu-ment a maior prova da evoluo do Miss May I, esban-jando tcnica rara de se encontrar na cena atual, e letras, no mnimo, evasivas de clichs, se tornando, um dos marcos do metalcore de altssima qualidade e, com o perdo do troca-dilho: um lbum Monumental. RODOLFO ALMEIDA

    Miss May IMonumentRise Records

    relacionada a 18 Visions, Ble-eding Through, Throwdown, e todos os outros da primei-ra gerao de bandas de me-talcore dos anos 90?

    Bem, eu lembro do meu pri-meiro lbum de metal, eu tinha uns 14 anos e era a coletanea HeadBangers Ball , incluindo Killswitch Enga-ge e Bleeding Through. Para ns, Metalcore apenas uma forma de misturar alguns breakdowns e deixar a raiva sair e acho que o nosso som um Metalcore meldico, porqu ns temos algumas partes leves. Voc decide. Sobre Hardcore, ns estamos

    ligados com algumas bandas sim. Ns aprendemos com a msica a cada vez mais. Mas para o ncleo de metal dos anos 90 a maioria de ns es-tavam sob ou em torno de 10 anos de idade, de modo que ainda estamos aprendendo as razes.

    Ns fale um pouco sobre Monument em comparao ao Apologies Are For The Weak.

    Bem, Monument com cer-teza um lbum mais estrutu-rado e trabalho do qu Apo-logies Are For The Weak. Ele possui todos os elementos

    que amamos e que deseja-mos por no lbum anterior, claro, com algumas idias no-vas. Ns passamos por muita coisa. Por exemplo, a faixa Answers perfeitamente todas as perguntas do come-o ao fim. No uma frase completa ou uma declarao. Era uma tarefa, mas algo que estamos orgulhosos, no de-correr do lbum.

    A arte do lbum foi muito bem elaborada, existe algum significado por trs dela?

    Bem, ns estamos tentamos por o tema Lees ao longo dos nosso lbuns. O rei da sel-

    va, o Deus. E em Monument isso serve como uma estatua. Que na verdade, esse era o nosso monument, dentro da nossa msica. E j que um monumento uma estatua, por qu no ter um leo para representar o lbum?

    Vocs tem planos para vim para o Brasil?

    Ainda no, esperamos que tenhamos logo.

    Existe algo que voc queira adicionar?

    Por favor, comprem o Monu-ment, vocs no iro se de-cepcionar. IAN K. MENEZES

    Dentro da nova era de bandas de Metal. Miss May I, juntamente com a Rise Records lanaram o segundo lbum da banda, Monument. Ns conversamos com o vocalista Levi Benton, que nos falou tudo sobre o novo lbum e os fu-

    turos planos a da banda,

    SIX SECONDS #10 | P. 10

  • Sherwood uma banda muito carismtica de rock alternativo da California. A Six Se-conds conversou com o baterista Joe Greenetz que contou um pouco sobre a histria,

    o novo disco e os prximos planos da banda.

    Ol. E a?

    Nada demais. E voc?

    Bom, vocs vo sair em turn no final deste ms (Agosto). Vocs tem alguma expectati-va?

    Na verdade no. Essa a nossa segunda turn esse ano, e a ltima foi meio louca em algu-mas noites. Ns vamos tocar uma ou duas m-sicas novas, mas mais do que tudo dar aos fs a chance de se conectar com a banda e cantar suas msicas preferidas.

    E vocs tem algum plano pra depois dessa tur-n?

    Ns vamos trabalhar em algumas msicas no-vas. Somos agentes livres agora, ento pode-mos fazer o que quisermos e no nosso ritmo. bem legal.

    Sherwood conhecida por ser o esconderijo de Robin Hood em histrias. Porque vocs es-

    colheram esse nome?

    O Robin Hood da Disney era o filme prefe-rido do nosso guitarrista, Dan, quando ele era criana.

    Bons discos so como velhos ami-gos com os quais eu adoro passar

    o tempo. - Joe Greenetz

    Voc pode nos contar um pouco sobre a histria da banda?

    Ns nos conhecemos na faculdade, em San Luis Obispo na Califrnia em meados de 2002. Ns comeamos a fazer alguns shows l, nos empenhamos muito nisso, e eventualmente acabamos fazendo turns pelo pas e largando a faculdade.

    Porque o disco novo se chama QU?

    Ns geralmente nomeamos nossos albums com uma especfica msica ou letra daque-le album, mas queramos que QU tivesse um nome sem um outro significado ou conexo com qualquer coisa - quando voc ouve a pa-lavra QU, voc pensa no nosso disco e isso.

    Voc v diferenas relevantes comparando o novo disco com os anteriores?

    QU um pouco mais downtempo* do que A different Light. Ns passamos muito mais tem-po compondo e gravando esse album em com-parao com A Different Light. Ns passamos por 80 ou 90 msicas at chegar nas 12 que voc ouve em QU.

    Como foi a reao dos fs ao disco novo? E como foi a seguinte turn?

    As pessoas realmente gostam de QU. Tem um monte de gente que gosta mais do A Different Light, mas voc no pode agradar a todos o tempo todo. Ns temos fs leais, e eles nos acompanham por albums que eles podem no

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  • gostar tanto. A turn seguinte ao lanamento de QU foi diferente da nossa turn do A Diffe-rent Light por vrias razes: nossa gravadora estava prestes a fechar e no fez tanta propa-ganda, a economia tinha afundado, ns leva-mos bandas diferentes na turn. A turn do QU no teve tanto pblico, mas esse parece ser um resultado da indstria de turns assim como as circunstncias cercando nossa banda.

    O clipe de Song in my Head foi dirigido por Nate Henry. Vocs tomaram/tomam parte na criao dos outros roteiros dos seus clipes?

    Ns fizemos vrios outros clipes, mas nem to-dos foram lanados. Ns queremos nos certifi-car de que tudo o que lanamos exatamente to bom quanto tinhamos imaginado.

    Vocs ficaram bem conhecidos atravs do myspace, ento eu creio que a internet foi uma ferramenta importante pra fazer a ban-da ganhar fama. Vocs se esforaram pra pro-mover a banda na internet ou s colocaram as msicas no ar?

    Ns eramos marqueteiros sem vergonha no comeo da nossa banda. Ns usavamos sites como o Myspace e o PureVolume pra fazer pro-paganda. O mundo da msica to inundado com novas bandas/artistas que voc no pode simplesmente colocar msicas no seu perfil e esperar o mundo aparecer na sua porta.

    Vocs fazem videos pra internet regularmen-te, mas eles no so podcasts, video blogs,

    etc. Como vocs comearam com isso?

    Como voc disse, nosso vocalista Nate um diretor de video. Ele um visionrio quando se trata de fazer videos, ambos srios e engra-ados. The Sherwood Show apenas um ou-tro modo dos fs se conectarem conosco e dar uma espiada no nosso dia a dia e em outro canto das nossas mentes criativas.

    Voc acha que esses videos fizeram pessoas que no conheciam a banda conhecer as m-sicas depois de assisti-los?

    Possivelmente. Alguns dos videos criaram uma vida prpria e extenderam-se alm do pblico normal do Sherwood. Se isso resultou em pes-soas conhecerem nossa msica impossvel dizer.

    O que voc acha desse revival do vinil que est acontecendo esses dias?(os discos de vi-nil nunca desapareceram, mas parece que ul-timamente as pessoas comearam a dar mui-to mais ateno a eles)

    O nosso guitarrista, Dan, um vido coleciona-dor de vinil. Eu acho isso bem legal. Como vivi apenas de uma mala nos ltimos 7 anos, eu acho que colecionar discos no nada prtico. Mas timo ter uma representao fsica dos

    seus albums preferidos. Bons discos so como velhos amigos com os quais eu adoro passar o tempo.

    Qual foi a coisa mais assustadora que j acon-teceu com voc em uma turn?

    Ns estouramos muitos pneus, mas nunca so-fremos um acidente. Ns conhecemos muitas bandas que capotaram suas vans e foram pa-rar no hospital. Ns somos abenoados por isso nunca ter acontecido conosco.

    Qual o melhor show em que voc j foi?

    Radiohead na turn In Rainbows. Eu vi eles no San Franciscos Outside Lands Festival em 2008. Incrvel!

    Quais os albums que voc tem ouvido ulti-mamente?

    Estive ouvindo muita coisa antiga - Eagles, Cre-edence Clearwater Revival, Jackson Browne. msica confortante. Eu adoro.

    Que album voc gostaria de estraalhar?

    Brokencyde. Aquele som horrvel. LIVIA RAMIRES

    Major Oak, Floresta Sherwood SIX SECONDS #10 | P. 12

  • O estilo em geral reflete o vazio, a morte (ou falta de vida), a dessecao que resulta quando a mor-te de tudo que existe invocada. Como isso se ex-tende do plano fsico ao espiritual e apresentado como um ato consciente de desejo, era importante para mim que este (na falta de uma palavra melhor) componente mstico fosse tambm apresentado no encarte; isto o que parte da frente do encarte descreve. V-se uma verso estilizada do ritual em Redivider, mas cada um bem-vindo a fazer suas pr-prias associaes com a arte, a msica e as letras. Eu particularmente gosto que a arte crie uma vibrao morbida e sem esperana sem recorrer aos clichs comuns do black metal como cemitrios ou florestas sob uma lua cheia. Nada contra isso, mas para se sobresair voc precisa de algo mais original nos dias de hoje. - Morean (Vocais)

    SIX SECONDS #10 | P. 14

  • SIX SECONDS #10 | P. 15

    Voc poderia nos contar um pouco da histria da banda?

    Nossa cara, uma longa histria! Haha! Era Outono de 2007 eu esta-va no Limbo com meu antigo projeto. Eu dei tudo de mim, mas teve muitas mudanas na formao, tumulto e isso se tornou cansativo. Eu decidi que queria comear uma banda com um grupo de indivduos que compartilhavam da mesma idelogia sobre msica. Foi quando eu chamei Alex Coelho, um amigo msico (baixista), que eu tenho admi-rado por muitos anos na cena pesada de NYC. Seu projeto tambm tinha acabado e ns dois estvamos procurando por algo novo. Len-tamente mas seguramente, os riffs comearam a verter para fora de ns e aps alguns meses tnhamos material suficiente pra procurar um baterista. O nico baterista que queramos era Loie Gasparro, um veterano de NYC que j tocou com grandes bandas (Murphys Law, Su-pervillian, Blitzspeer). Ns ensaiamos por quase um ano, Alex Coelho na guitarra, Lou na bateria e eu berrando nos vocais. De l pra c, ns continuamos at que o projeto assumiu uma nova vida. Aps um ano, ns oficialmente comeamos a nos chamar The Resurrection Sor-row. Comeamos a montar o lbum em Janeiro de 2009 com um en-genheiro pesos pesados, Joe Hogan. Alex Coelho estava fazendo tanto o baixo quanto a guitarra, pelo fato de ns no termos um guitarrista oficial ainda. As faixas foram gravadas em trs estdios diferentes em um periodo de trs meses. Nesse ponto, Zak Grpss entrou no re-banho como solista convidado. Ns ensaiamos com ele e ele disse que queria ficar por perto, como membro permanente, o que foi timo, porqu Alex foi capaz de voltar a tocar somente baixo. O entusiamos de Zak deu ao projeto um novo sentido de vida. Ele amou as msicas e tocou elas como se j viesse tocando a anos. Aps cerca de dois anos depois do Outono de 2007 e inicio do de 2009, ns tinhamos nosso primeiro lbum. Ns nunca tinhamos tocado ao vivo! Nosso objetivo era sair crescendo com um histrico slido representando quem ra-mos como um todo. Louie nos deixou em 2010, mas ele ainda parte da familia. A turn tornou-se demasiado para os seus compromissos pessoais em casa. Alm de que, houve bastante turn, bebidas, e hea-dbangs, mas isso bvio.

    Quando vocs comearam a banda? 2008, 2009 e j tem um contra-to com Midnight Dreams Productions, certo? Como isso aconteceu?

    MDP a minha gravadora e na verdade um servio completo de pro-duo e entretedimento. Quando eu no estou em turn com TRS, eu sou um cineasta e fotgrafo. Eu produzo todo o meu trabalho.

    Por favor, fale um pouco sobre o recente lbum, Hour of the Wolf.

    Seria obra de Doctor Danger Skulls, Seldon Hunt. Ele o artista mais talentoso na cena independente de arte/msica do mundo. Tanto di-gital, quanto orgnico, quando o assunto design, ele o melhor. Ns fizemos uma grande pesquisa sobre os artistas e pra ser sincero, ele foi simptico, menos pretensiosos de todos eles. Ele tambm estava muito animado em trabalhar conosco. Eu no imagino trabalhar com outro artista para prximos lbuns e trabalhos de design.

    Houve (ou h) algum interesse em se expandir entre outras grava-doras?Por enquanto ns estamos expandindo apenas nesta e no prximo l-bum talvez expandiremos entre outras gravadoras, vamos ver quais opes nos temos. No entanto, se no houver muitas vendas, ns ire-mos continuar expandindo e o prximo lbum sair apenas pela MPD. Estamos em uma situao melhor do que a maioriadas bandas que assinaram contrato com gravadoras independentes, porqu ns con-

    trolamos tudo, ou pelo menos eu acho que controlamos! Tudo o que queremos um acordo de distribuio boa para colocar a msica l fora. Por agora, podemos fazer o resto de ns mesmos.

    Quando vocs vo ao estdio, vocs vo com alguma idia particular de como o lbum deveria soar?

    Quando vamos ao estdio, nos contamos com a ajuda do veterano de NYC, Joe Hogan. Ele a nica pesoa na regio que poderia por nosso som no lugar. Foi incrvel ver ele fazer a mixagem do lbum e ve-lo ou-vir ao invs de ficar olhando para a tela do monitor. Joe nos manteve na linha e temos certeza que no exageramos na produo do lbum. Tambm trabalhamos com Patrick Billard, na maioria dos vocais, ele tambm um profissional talentoso. Ambos so caras talentoso e por causa deles HOUR OF THE WOLF mais pesado do qu as bolas do Capeta.

    Existe lguma histria por trs do lbum?

    No facil ser uma banda em dias atuais e havia uma grande dose de sacrifcio vindo de ns. Minha principal fonte de inspirao lrica e pessoal veio do filme A Hora do Lobo, de Ingmar Bergman, seu nico filme de Terror. No entanto, mais um estudo de caso de um artista danificado que perde sua mente em seu trabalho. Como dizem, Com grande luta, vem grande arte. Foi uma luta conseguir este lbum e tomou uma grande dose de sacrifcio pessoal, mas no final tudo valeu a pena.

    Lanar um lbum sempre existe o medo de vazar e cair na internet, vocs temem que isso acontea e como vocs se sentem sobre a atu-al situao da industria da msica?

    uma droga! Voc se esfora para fazer o melhor e vem um esperta-lho e pega. Ns somos novos neste negcio, ns no sabemos como as coisas deveriam ser. O potencial de se vender um CD em 1980 e 1990 se foi. Ns apenas temos que nos unir e fazer o qu deve ser fei-to. Ns acreditamos que trabalho duro, integridade e crena no que voc fazer vale a pena no final. O que nos reserva, ns no sabemos e no nos importamos. Ns so queremos trabalhar como uma banda e ter sucesso nisso.

    De onde sua principal fonte de inspirao?

    Como eu disse mais acima, minha principal fonte de inspirao vem de Hour of the Wolf por Ingmar Bergman. No mais, difcil para mim se aprofundar e discutir as minhas letras sem soar pretensioso. O que eu posso dizer que, todos ns temos olhos diferentes e interpretaes diferentes do que vemos e experimentamos na vida. Essas experin-cias nos formam e nos moldam nas pessoas que nos tornamos. Ento eu acho que minhas letras so uma manifestao da minha prpria experincia e interpretao da vida e do mundo em geral.

    Voc gostaria de adicionar algo?

    The Ressurection Sorrow tem tocado por menos de um ano e neste tempo ns fizemos uma grande turn (quase 50 shows neste ano), en-quanto temos nossos trabalhos. Ns trabalhamos duro e planejamos continuar nisto por muito tempo, expandindo nosso som e espalhando nossa msica por todo o mundo. Todos os odiadores sero amaldio-ados, ns viemos para ficar. IAN K. MENEZES

  • SIX SECONDS #10 | P. 16

    Esperar o momento certo para atacar, exige diciplina. O tanque de Heavy Metal, conhe-cido como The Ressurection Sorrow estava em marcha lenta durante algum tempo. A hora final chegou e o grupo americano lanou seu primeiro lbum Hour of the Wolf. A Six Seconds bateu um papo com o vocalista Alex Dementia, que nos deu mais detalhe

    sobre a historia da banda e do seu primeiro lbum.

  • Opa! Para comear, nos fale um pouco da histria do Anchor.O Anchor comeou no incio de 2009, em Foz do Iguau no Paran, nos juntamos por termos gostos e sonhos em comum, todos da banda j vieram com bagagem de projetos anteriores que no se concretizaram, a proposta era se divertir fazendo um som, sem presso alguma, as coisas foram rolando e tomando outras propores, comeamos a compor msicas prprias e vimos que estava se tornando algo mais, a partir da comeamos a nos focar mais no projeto que acabou se tornando tudo isso.

    Como vocs iniciaram na carreira musical?Comeamos por amar a msica, por necessidade de sempre estarmos envolvidos com qualquer atividade que envolva ela, seja em em cima de um palco, na platia, nenhum de ns conseguiria viver sem estar nesse meio.

    O som de vocs realmente bom, com fortes influncias de bandas consagradas do metal atual. Sendo assim, o que vocs almejam para o futuro?Muito obrigado! planejamos bastante o futuro, as vezes at demais, queremos primeiramente terminar de gravar nosso CD, nos superar em nossas expectativas e tentar cada vez mais nos pro-fissionalizar, queremos que o CD abra portas e esperamos conseguir cada vez mais fazer amigos, agendar shows, viajar, abrir shows de bandas gringas aqui no Brasil, e futuramente tocar l pra fora, que o sonho de cada um aqui dentro.

    Como funciona as composies entre vocs, desde dos riffs at a parte lrica?Geralmente no ensaio algum vem com alguma parte ou idia de msica pra servir de guia, geral-mente a msica comea nos riffs das guitarras e vai crescendo a partir disso, rolam alguns jams e ento todo mundo vai aperfeioando, e em pouco tempo j sabemos definir a idia de como pra sair tal msica, nos reunimos, gravamos algumas partes no computador, e encaixamos os vocais, que quase sempre vem por ltimo, mas no necessariamente.

    Qual o motivo principal de vocs cantarem em ingls? Vocs acham que conseguiram um desta-que maior na cena underground ou talvez at no pais afora?A princpio, compomos em ingls por funcionar mais rpido pra gente, crescemos ouvindo musicas em ingls e isto j se tornou normal pra ns. Aqui no brasil precisa rolar muita gua para rolar um reconhecimento digno as bandas mais pesadas, acontecem alguns festivais e eventos, mas em geral independente, no h apoio. Tanto a nossa banda quanto tantas outras aqui do Brasil esto muito mais dentro de um contexto musical que est rolando l fora, e as vezes de l mesmo que vem todo esse estmulo.

    Qual a proposta lrica no som de vocs? Quais temas vocs abordam?As letras abordam vrias coisas, boas e ruins, mas positivas, conflitos pessoais que um ser humano pode ter, vingana, amor, dio, raiva, problemas internos ou com o mundo que o envolve. A inten-o sempre passar uma idia positiva.

    Como est sendo a recepo da nova msica Vindicated?Vindicated foi muito bem recebida! Foi um alvio poder soltar ela, achamos ela o melhor engate pra esta nova etapa, pro pessoal conseguir ter uma prvia do que ainda vir.

    Hoje em dia a cena musical est cheia de rotlos. Muita gente vem rotulando vocs como Me-talcore, o que vocs acham dos rotlos que envolve a msica hoje em dia?Bom, nossas msicas tem forte influncia de Metalcore, no h dvidas, mas acreditamos que depois de um tempo compondo conseguimos dar uma roupagem nova a cada som que fazemos, sempre mesclando o melhor que puder, costumamos dizer que esses rtulos so apenas guias, e no deveriam gerar tantas divergncias, no ligando tanto pra capa mais sim para o contedo.

    Vocs j tem algo planejado para um possivel lbum? Pode nos adiantar algo?Sim, estamos gravando nosso primeiro CD, nos dedicando 100% na produo dele, pra depois fo-carmos mais nos lances externos da banda, como shows, merch, e tudo o que envolve.

    Com a medida que vocs vo tocando juntos a experincia da banda vai aumentando. O que vocs acham da evoluo que a banda fez at agora? A evoluo da banda foi tima at agora, sempre olhamos atrs e vemos como comeamos, sem perspectiva alguma, com pouco equipo e espao, ver o que fizemos com o pouco que ns comea-mos algo que nos motiva muito.

    Pra finalizar, tem algo que vocs queiram dizer?Queramos agradecer principalmente a voc, Ian, e a todo o pessoal da Six Seconds por nos dar essa excelente oportunidade de sair na revista, muito obrigado mesmo, aos leitores, ao pblico que vem nos acompanhando nessa jornada, todos os irmos que j vieram trocar idia nos picos nos dizendo palavras motivadoras, bandas amigas, rols.. etc. isso que tem que continuar rolando, vamos acompanhar e prestigiar as bandas nacionais pessoal, vamos ser mais humildes e procurar sempre ter atitudes pra somar nessa cena, tem muita banda boa acabando por falta de incentivo, pra todas essas, fora! tendo isso dito, at a prxima e muito obrigado mais uma vez! IAN K. MENEZES

    HTTP://www.myspace.com/anchorbrasil

    SIX SECONDS #10 | P. 17

  • Dentro da cena do Metalcore nacional, Anchor vem se destacando das bandas under-grounds do Sul. Aps do lanamento do EP Test of Time, os rapazes do Anchor entra-ram em estdio e gravaram a nova msica Vindicated, que mostram a grande evoluo da banda. A Six Seconds bateu um papo com o guitarrista Guilherme Barreto sobre a

    banda e seus futuros planos.

    SIX SECONDS #10 | P. 18

  • ...For We Are Many o quinto lbum da banda de metalcore americana de Springfield (MA), All That Remains. Este o terceiro lbum produzido por Adam Dutkiewicz (Killswitch Engage). A baixista Jeanne Sagan bateu um papo com a Six Seconds e nos contou tudo

    sobre esse novo trabalho. Confira!

    Vocs foram para o estdio com alguma idia parti-cular de como o lbum deveria soar?

    Esse o terceiro lbum que eu gravo, ento o est-dio ainda um lugar mgico para mim. No h nada como a sensao de voc ouvir uma msica completa tocada por voc. Eu no fui ao estdio com nenhuma idia particular. Eu sabia do qu Adam e essa banda era capaz.

    Vocs j pensaram em mudar de produtor ou tem algo especial em Adam?

    Ns trabalhamos com Adam nos lbuns anteriores e conhecemos seus trabalhos. Ento ns estavamos con-fiantes em saber o que esperar e o qu ns iramos obter.

    Qual efeito o lbum Overcome teve em ...For We Are Many? Houve alguma presso ao compor este novo lbum?

    Tendo sucesso nas rdios comerciais definitvamente botou uma certa presso. As vezes pensar duas vezes ou discutir bastante as partes pra ter certeza que esta-mos fazendo a msica, da qual todos ns podemos nos orgulhar.

    H algum significado ou histria por trs do lbum?

    No. Ns no somos o tipo de banda que montam his-trias ou temas nos lbuns. Apesar que este foi o pri-meiro lbum que o ttulo saiu antes de comearmos a compor.

    Qual a principal diferena entre esse lbum e o Over-come?

    Eu acho que vou teque dizer a produo. Ns tentamos novos angulos e sons, pelo fato disto ser parte da evo-luo da banda. Ns no queriamos fazer o Overcome Parte 2.

    Agora que o CD est completo, como voc se sente? Est satisfeita com o resultado?

    Eu me sinto tima. Eu acho esse lbum tem uma boa mistura entre o peso e a melodia.

    Como foi o processo de composio deste CD? Vocs trabalharam todos juntos? Quanto tempo levou?

    O processo total levou alguns meses. Quando estava-mos compondo Overcome, algumas pessoas partici-param das sesses, mas isso no era nescessrio. Ns tivemos um espao para novas prticas e uma boa quantidade de msicas que compomos e recompomos at que ficasse do jeito que queramos. Foi muitas ve-zes uma experincia frustrante e entediante, mas tudo deu certo no final.

    O qu os fs podem esperar quando comprarem o CD?

    Um novo lote de msicas verstis do ATR.

    Alm do lanamento de ... For We Are Many, o qu vocs tem planejado para 2010?

    Uma turn implacvel, haha. Voltar para a turn do EUA/Canada. Ficar em casa algumas semanas e de-pois seguir para UK/Europa antes do natal.

    Hoje em dia cada vez mais comum ver uma mulher se envolver em bandas de metal. Como voc se jun-tou a este mundo?

    Eu simplesmente amo msica. Eu comecei trocando trompete na sexta srie e a banda era bem nerd no co-lgio. Eu sempre quis experimentar como era tocar em uma banda de rock, eu cresci assistindo MTV. Quando meus amigos me chamara para se divertir eu peguei um baixo emprestado e comecei a tocar. Eu nunca ima-ginei que 11 anos depois eu estaria em uma banda, fazendo turn pelo mundo.

    Como voc se sente, sendo a nica mulher no grupo?

    Eu no penso muito sobre isso. Eu preferia no ser tra-tada de forma diferente. Eu vejo minha banda, como

    SIX SECONDS #10 | P. 19

  • minha familia e ns definitivamente tratamos uns aos outros como irmos, pelo fato de ns passarmos muito tempo juntos, haha.

    Hoje em dia as bandas so rotuladas bastantes. Vocs j foram rotulados? O que vocs acham disso?

    Claro que sim. As pessoas rotulam qualquer coisa que elas quei-ram. Relaes, roupas, msicas, etc. Eles podem nos rotular como quiserem. Pelo menos eles esto falando de ns.

    O que voc acha da atual cena do metal?

    Eu acho que ela est vivo e esta boa. Existem bandas como Aven-ged Sevenfold e Disturbed que esto no topo da US BillBoard na primeira semana. mbora essas bandas so percebidas como comercial, elas podem ganhar o interesse de algum atravs do rdio e de uma mente aberta. E eu acredito que isso pode servir como porto para outros gnero de msica pesada. As primei-ras bandas de metal que eu ouvi foram Iron Maiden e Metallica, mas eu gosto de thrash, doom, black metal e hardcore tambm.

    Vocs pretendem fazer uma turn na America do Sul?

    Sem planos, mas eu adoraria ir.

    Palavras finais?

    Fiquem ligados, ...For We Are Many logo estar nas lojas e no iTunes. Ns acabamos de gravar o video para Hold On, ento, fiquem de olho. IAN K. MENEZES

    CONHECAA UM POUCO JEANNE SAGAN

    UMA bandA The CureUM ALBUM SIXUM IDOLO BILLYUM ALBUM SIXUM IDOLO BILLYUM IDIOTA SCROOGEUMA VITORIA realizacaoum vicio cafeinauma paixao musica UMA VITORIA realizacaoum vicio cafeinaum arrependimento mordida de lingua

    UMA INSPIRACAO ARTE

    UM LUGAR EM CASA

    UM PROGRAMA LOST

    UM FILME MACHETE

    UM LIVRO dUNE

    UM OBJETIVO EVOLUCAO

    UMA FRASE TO EACH THEIR OWN

    ,

    SIX SECONDS #10 | P. 20

    DISCOGRAFIA

  • Nos fale sobre voc.

    Meu nome Dan Mumford e eu sou um ilustrador freelancer.

    Nos informe a sua localizao.

    Eu trabalho em um estdio no centro de Londres.

    Como seria o seu dia a dia?

    Geralmente comea as 9 horas quando eu olho na internet por vrios blogs e comeo a trabalhar e normalmente eu tra-balho at as 19h.

    Por qu voc um artista?

    Porqu algo que me interessa e um jeito para me expres-sar, creio eu, algo que eu sempre me interessei, desde quan-do eu era criana.

    Quais seriam os outros interesses que voc tem (alm da arte)?

    Msica, Comics e principalmente Filmes. Estes interesses so todos figurados nas minhas artes, do ponto de vista narrativo das pessoas com quem trabalho.

    O que voc quer que seus fs saibam?

    Quero que saibam que eu irei continuar a me esforar a criar as melhores artes possveis.

    Se voc pudesse ir em apenas um restaurante nos prximos cinco anos, qual seria?

    Eu no acho que isso seja uma pergunta, a qual eu possa responder. Eu gosto do jantar em Londres, um jantar tpi-co americano, apenas em Londres..comida padronizada, mas muito bem feita.

    Nos fale da sua comida favorita.

    Responsvel por vrias artworks de bandas honorveis, como Parkway Drive, A Day To Remember, Miss May I e The Devil Weas Prada, Dan Mumford espalha sua arte pelo mundo e vem causando uma tima impresso. Em entrevista exclusiva a Six Seconds, ele contou tudo sobre sua vida artstica e vrias outras

    coisas. Confira!

    Aneis de cebola se tornou uma comida firme nos ltimos anos.

    O que inspira voc?

    Tudo e nada, minhas influncias vem bastante de filmes, eu espero trabalhar em algo bem grande e pico, tipo filmes um dia.

    Como o processo das suas artes, do inicio ao fim.

    Geralmente comea conversando com o cliente sobre o que ele preci-sa, ento eu fao um esboo, geralmente leva 2 a 3 dias.

    Nos fale a mudana da sua carreira nos ltimos dois anos?

    Se tornou um pouco melhor, eu acho. Eu tenho grandes clientes, mas ao mesmo tempo, mais sobre tentar fazer novas coisas e me deixar interessado. Eu tambm tenho minha prpia loja de roupas, a qual est se tornando uma grande parte do meu dia a dia.

    Voc se v em alguma direo ou tem alguma esperana nos prxi-mos anos?

    Eu espero que a Mumford Clothing se torne algo muito maior ano que vem, com mais linhas e outras coisas do tipo, ns estamos j pensan-do em tudo por agora. Eu espero tambm fazer outras artes e por a venda.

    O qu voc gosta de fazer para se divertir?

    Sair com os amigos, ir para shows, jogar video-games, coisas assim..

    Que tipo de habilidades voc acha que alguem deve ter para ser um bom desginer?

    Voc deve saber como usar a mensagem na arte, voc tambm pre-cisa ter uma boa compreenso da hierarquia visual e de como fazer uma boa imagem, que esteticamente agradvel.

    MAC ou PC?

    MAC com certeza.

    Recomende um produto.

    Tipo Kidrobot? hahaha..no sei!

    Algo que voc gostaria de acrescentar?

    Apenas que todas as pessoas com quem trabalho e todos os desig-ners, continuem fazendo um timo trabalho e todos que me do apoio atravs do meu trabalho, todos que apoiam a Mumford Clo-

    No se preocupe em achar o estilo, apenas se divirta no processo de aprendizado que voc est usando para fazer sua arte. - Dam Mumford

    SIX SECONDS #10 | P. 21

  • Parkway Drive - Deep Blue

    Miss May I - Apologies Are For The Weak

    Evil Nine - They Live!

    Responsvel por vrias artworks de bandas honorveis, como Parkway Drive, A Day To Remember, Miss May I e The Devil Weas Prada, Dan Mumford espalha sua arte pelo mundo e vem causando uma tima impresso. Em entrevista exclusiva a Six Seconds, ele contou tudo sobre sua vida artstica e vrias outras

    coisas. Confira!

    O qu voc gosta de fazer para se divertir?

    Sair com os amigos, ir para shows, jogar video-games, coisas assim..

    Que tipo de habilidades voc acha que alguem deve ter para ser um bom desginer?

    Voc deve saber como usar a mensagem na arte, voc tambm pre-cisa ter uma boa compreenso da hierarquia visual e de como fazer uma boa imagem, que esteticamente agradvel.

    MAC ou PC?

    MAC com certeza.

    Recomende um produto.

    Tipo Kidrobot? hahaha..no sei!

    Algo que voc gostaria de acrescentar?

    Apenas que todas as pessoas com quem trabalho e todos os desig-ners, continuem fazendo um timo trabalho e todos que me do apoio atravs do meu trabalho, todos que apoiam a Mumford Clo-

    No se preocupe em achar o estilo, apenas se divirta no processo de aprendizado que voc est usando para fazer sua arte. - Dam Mumford

    thing! Obrigado! IAN K. MENEZES

    SIX SECONDS #10 | P. 22

  • Make Them Suffer um quinteto de Perth, Australia formado em Outubro 2008. Desde do inicio, a banda vem abalando a cena australiana ao mximo, misturando Death, Bla-ck Metal com o Deathcore. Esse fuso levou eles a gravar o primeiro EP, intitulado Lord of Woe. A Six Seconds conversou com o vocalista Sean Harmanis e o baixista Chris

    Arias-Real sobre seu novo EP e muito mais. Confira!.

    Nos conte um pouco sobre Make Them Suffer.

    Chris: Ns somos um quinteto que toca Death Metal Sinfonico, formado em Julho de 2008 de Perth, oeste da Australia.

    Apesar de vocs serem novos, voc mostram muita confiana e tem bastante contedo, como um myspace bem desenvolvido e um som maturo. Vocs obteram algum tipo de ajuda ou vocs esto sozinhos nessa?

    Sean: Ns no tivemos muita ajuda de gente fora da banda. A maior parte do gerenciamento da banda e as composies so feitas pelo Chris. Alm disso, o fato de que todos ns vivemos juntos ajuda muito musicalmente e tambm na organizao da banda.

    Vocs j dividiram o palco com vrias bandas conheci-das, como Unearth, The Black Dahlia Murder, Winds

    of Plague and Between the Buried and Me. Como isso aconteceu?

    Chris: Ns tivemos sorte de ter essa ajuda de vrios pro-motores no nosso estado e tambm do Leste. Esses sho-ws foram incrveis e ns estamos mais do que gratos por ter a oportunidade de tocar com bandas deste calibre.

    Quais so as melhores faixas no EP e por qu?

    Sean: dificil escolher as melhores faixas no EP, espe-cialmente porqu eu gosto de pensar como um pacote e no como uma diviso entre faixas. Eu acho que as fai-xas Summoning Storms e Weeping Wastelands (1 e 5) so as que mais se destacam. Mas eu gosto de todas as msicas do EP, especialmente Lord of Woe.

    Existe algum histria por trs do EP?

    Sean: No existe uma histria real, o EP foi feito com mui-to trabalho e ns tivemos vrias mudanas na formo e MUITO estresse. Outra razo porqu ns amamos que as pessoas dessem uma olhada, justamente pelo fato de ns termos trabalhado demais nele.

    Vocs tiveram mudanas na formao certo? Por qu?

    Chris: Ns tivemos trs na verdade. As duas mudanas de tecladistas foram principalmente porqu ns queria-mos algo mais elaborado em relao ao teclado/piano e para fazer isso, ns precisriamos de pessoas que tives-sem estas habilidades. No foi nada pessoal e acabou sendo uma separao mtoa em ambas ocasies. A ter-ceira e a mais recente, nosso antigo guitarrista teve uma razo pessoal vindo da parte dele. Seus compromissos de trabalho tornou-se prioridade ele simplesmente no teve tempo de se comprometer com a banda em tempo integral.

    SIX SECONDS #10 | P. 23

  • Por qu o nome Lord Of Woe?

    Chris: O EP foi intitulado Lord Of Woe por causa das letras. O personagem Lord Of Woe (Senhor da Desgraa) representa os defeitos e as falhas de um ser humano, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Summoning Stor-ms visa um olhar mais introspectivo no fun-cionamento interno e nos padres de algum, que sofre de doena mental. A faixa Weeping Wastelands se concentra mais na humanida-de e quanto ns somos afetados por alguma forma de doena mental e porqu ela afeta o comportamento humano.

    A Artwork do lbum muito bem feita, vocs tiveram esta idia sozinhos? Nos conte um pouco.

    Sean: Basicamente, ns tinhamos um conceito lrico sobre o personagem chamado Lord of Woe (Senhor da Desgraa) e ento ns nos se-tamos e discutimos as idias da arte e de como o personagem deveria ser e depois entramos em contato com Rainsong Design (Whitecha-pel, Viatrophy, Impending Doom) e falamos sobre o conceito e ele foi de grande ajuda e bastante fcil de trabalhar.

    Hoje em dia cada vez mais comum ver uma mulher se envolver em bandas de metal. Como voc se juntou a este mundo?

    Sean: Bem, basicamente eu e Heather somos amigos a bastante tempo e a nossa antiga tecladista Nicole, ti-nha sado da banda por vrias diferenas musicais. He-ather decidiu assumir o lugar e disse que tocava piano a 8 anos. Ento, iria parecer estpido no aceitar como nova tecladista.

    Como ela se sente, sendo a nica mulher na banda?

    Chris: Bem, o resto da banda vive junto, exceto Heather que vive sozinha, ns respeitamos seu espao. No que ela precise disso, ela uma parceira para ns acima de tudo.

    Hoje em dia as bandas so rotuladas bastantes. Vocs j foram rotulados? O que vocs acham disso?

    Sean: Isso verdade. Rotular uma banda pode ser til, mas eu ouvi por ai vrios rotulos engraados, o novo que apareceu bastante Symphonic Deathcore ou Bla-ckened Symphonic Deathcore. Algumas pessoas consi-deram bandas como The Breathing Process e Winds of Plague parte deste gnero, o qu exatamente o por-qu de eu no concordar com esses gneros em especi-fico. Pessoalmente, eu acho que o nosso som original e nos representa. Ns temos influncias de vrios gneros alm do Deathcore e do Black Metal. Muitas das nossas composies vem de bandas como Placebo, Deftones e Kings of Leon e o qu errado restringir as bandas a um gnero especifico. Quando ns vamos compor, ns no dizemos Certo, vamos fazer um deathcore sinfonico, ns apenas fazemos a msica do nosso jeito, a qual ns evoluimos depois de muito tempo juntos.

    Como a cena do metal, a do outro lado do mundo?

    Sean: Aqui na Australia, a cena mais forte para o Hardcore, extremamente dificil voc fazer nome aqui, tendo uma banda de metal. Ainda h uma cena razoa-velmente grande de bandas de metal, no entanto ex-tremamente competitiva entre eles. Eu acho, que nosso principal objetivo ns proximos anos fazer nome FORA da Australia, assim como existem muitas bandas boas de metal fazendo isso, pelo fato da cena Hardcore domi-nar por aqui.

    Seu som me faz lembrar dos antigos trabalho do Abi-gail Williams (exceto pelos breakdowns). Eu sei que vocs provavelmente ouvem isso muito, mas poderia nos dizer suas influncias?

    Chris: Ns temos influncias bastante amplas como Dimmu Borgir, Whitechapel, Abigail Williams, Viatrophy e Bleeding Through.

    Vamos falar sobre o EP. Vocs foram ao estdio com alguma idia de como o lbum deveria soar?

    Sean: Ns discutimos alguns lbuns que ns concorda-mos que tiveram uma grande qualidade de produo/gravao, entre eles ficaram: This is Exile - Whitecha-pel e In Sorte Diaboli - Dimmu Borgir. Mas ns no tinhamos idia do que esperar.

    Que efeito teve a demo neste lbum?

    Sean: Eu acho que a demo teve exatamente o efeito que esperavamos, que seria os fans que adquirimos antes de lanarmos o EP. No tempo que lanamos a demo, todos ns estavamos muito orgulhoso dela, mas vendo agora, realmente no da pra comparar com o EP.

    Qual a principal diferena entre a demo e o EP, Lord of Woe?

    Sean: H muitas coisas! A qualidade da gravao, o som se tornou mais maturo, o uso mais intensivo de piano e sintetizador e a gravao ao vivo da bateria, obviamen-te. Eu acho que ns evoluimos em termos de composi-o.

    Como foi o processo de composio do EP? Vocs com-puseram todso juntos? Quanto tempo levou?

    Chris: Bem, ns usamos duas msicas do ano passado (The Eternal Cold e Affliction Of The Dead) e renovamos o EP. As outras faixas provavelmente levou 2 a 3 me-ses, devido forma minha exigente de trabalhar. Ba-sicamente, tudo comea comigo, trazendo um esboo na guitarra ou baixo e ento comea a survir algumas idias na bateria. Eu comeo tocando as msicas com Tim, Cody e Heather trabalham juntos no piano antes que a msica seja passada para Sean, que cuida das le-tras e dos padres vocais.

    O que os fans podem esperar quando comprarem o CD?

    Sean: Um som sombrio, triste, brutal e pico.

    Quais so seus planos para o futuro?

    Chris: Ns estamos planejando uma turn na Australia e tambm estamos vendo uma turn para a UK/Europa, esperamos que isso d certo em Junho/Julho do ano que vem.

    Vocs gostariam de adicionar algo?

    Chris: Obrigado por ler esta entrevista! Por favor oua o nosso som em: http://www.myspace.com/makethem-sufferau ou http://www.facebook.com/makethemsuffe-rau. Ns tambm estamos no Last FM e se voc quiser comprar nosso EP na nossa loja (Bigcartel), ns ficaria-mos muito agradecidos. IAN K. MENEZES

    SIX SECONDS #10 | P. 24

  • Direto de Goinia Rock City Pedro Cipriano, vocalista da banda Mugo, conversou com a Six Seconds sobre os projetos da banda, a cena independente brasileira e como fa-

    zer parte de uma das cenas rock mais ativas do pas.

    Bom, vamos do incio, como surgiu o Mugo?

    Tudo comeou em 2006, esse ano foi bastante pro-dutivo e muito importante para o introsamento e para fase de composio das musicas, todos os in-tegrantes do MUGO tocavam em outras bandas e ja eram figuras conhecidas pela cena musical da cidade, ns nos conhecemos dessa forma, um sa-cava o trabalho do outro por shows, ensaios e pela internet tambm, esse ano foi interessante porque todos ns tnhamos sado dos projetos que estva-mos, encontramos algumas vezes nos rocks da vida e falavamos que um dia fariamos um som juntos e foi dessas conversas que surgiu a oportunidade de juntarmos pra fazer um som eu - Pedro Cipriano (Vocal) Lo Alcnfor (Guitarrra), Gil Vieria (Baixo) e Andr Splinter (Bateria) no esquecendo claro do nosso produtor Antnio Guerino que desde o primeiro ensaio j fazia parte da banda tambm, de forma natural no primeiro ensaio ja tinhamos o formato perfeito e funcionou muito bem, desde ento estamos quebrando tdo juntos, com uma pequena mudana na formao.

    Vocs esto com uma nova formao, certo? Como ocorreu essa mudana?

    Sim, o que ocorreu foi que o Lo (guitarra) mudou de cidade por motivos de trabalho e motivos pes-

    soais, pra ele estava bem complicado ter que via-jar pra Goinia para ensaiar e para fazer shows, o MUGO ta sempre na correria e somos uma banda muito ativa, ele percebeu que estava nos freiando demais e pediu pra sair, ns somos muito amigos e conversamos a respeito e chegamos a concluso que seria para o melhor da banda, rapidamente comeamos testes com outros guitarristas e fomos surpreendidos por dois grandes msicos da cidade que no primeiro teste ja chegaram fazendo a di-ferena tocando todas as msicas muito bem exe-cutadas e super interessados em trabalhar com a gente, ento a mudana foi nas cordas, antes era uma guitarra e agora so duas, o que mudou bas-tante o nosso som, ficou bem mais pesado e elabo-rado, saiu Lo e entraram Lucas Henrique e Augus-to Scartezini

    Goinia conhecida por ser um grande centro da cultura de festas de peo e msica sertaneja, mas pra compensar, tambm conhecida como Goi-nia Rock City pela fora da cena rock indepen-

    dente. Como voc descreveria esse contraste?

    Eu descreveria como a salvao dessa cidade e dos milhares de rockeiros que vivem aqui, h muitos anos a cidade est mobilizada pela causa rock, pro-dutores, bandas e pblico esto diariamente lutan-do para melhorar a estrutura e a qualidade da cena

    musical, essa histria de que Goinia a capital da msica sertaneja no cola mais, isso passado re-moto, no aceitamos esse rtulo e lutamos muito pra fazer diferente, temos sim uma das cenas mais ativas e explosivas da amrica do sul, em qualquer lugar do Brasil que voc for hoje e perguntar sobre Goinia para qualquer banda que j tenha tocado aqui ou ao menos ouvido falar vai poder te confir-mar isso, o pblico consome e ferve nos shows a energia que rola aqui diferente. Fico muito feliz de fazer parte desse movimento que cresce diaria-mente de forma enlouquecedora, a cena ta pegan-do fogo, todos os festivais esto sempre lotados e o que no falta so bandas fudidas pra tocar, esta-mos fortalecendo e expandindo cada vez mais nos-so networking mandando os sons pra fora do pas tambm. Convido a todos que esto lendo essa en-trevista para conhecerem nossa Goinia Rock City, garanto que no vo se arrepender!

    O primeiro CD da banda, Go the the Next Floor, foi lanado em 2009 depois de vocs terem venci-do o festival TacabocanoCD. Como foi o processo

    de gravao do disco?

    Foi muito legal, ns gravamos o disco no estdio RockLab com os produtores Gustavo Vasquez e Luis Maldonalle, a experincia toda foi bem loca, da pr produo at a mixagem foi muito interes-

    SIX SECONDS #10 | P. 25

  • sante, o Gustavo (Mestre) uma pessoa muito ba-cana de trabalhar junto, tem idias timas e uma aparelhagem de deixar qualquer colhecionador de boca aberta, esperimentamos vrios timbres e processos diferentes durante a gravao, tomando muito caf e cerveja (rsrs) finalizamos o disco em 2009. A nica coisa que no fizemos em Goinia foi a masterizao que ficou por conta de Allan Dou-ches do estdio West West Side Music que fica em New York, conseguimos entrar em contato com o cara e fechamos negcio com ele, putz, ficou muito foda, o cara j trabalhou com uma galera da pesa-da, como Lamb of God, Hatebreed, Sepultura entre outros.

    O CD de vocs foi lanado pela Fsforo Cultural, mas vocs ainda so uma banda independente, certo? Eu gostaria de saber, na sua opinio, qual o lado bom e o lado ruim de ser uma banda inde-

    pendente.

    Sim, lanamos pela Fsforo Cultural e o cd distri-buido pela Alvo que um brao da Monstro Discos e pelo selo Siksigma Music and Sports nos Estados Unidos, ns somos sim uma banda independente e como tudo na vida isso tem o lado bom e o ruim, o lado bom que voc sempre livre pra tomar suas prprias decises e assim poder dar o rumo que julgar melhor para o seu projeto, o lado ruim que se torna cada vez mais difcil alcanar as mas-sas que querendo ou no a forma mais direta pra se estabilizar como artista, normalmente os shows grandes que se consegue so os festivais indepen-dentes, no sei se ainda cabe ser colocado dessa forma, o mercado da msica mudou, hoje no se vende mais discos como antigamente e no exis-te um suporte to grande vindo das gravadoras e dos contratos porque esses j no tem o mesmo poder e influncia devida a queda desse mercado, o presente a internet e as redes sociais, acontece que ta tudo muito fcil de ter acesso, as pessoas j no se relacionam mais com a msica, hoje voc ouve falar de uma banda e em exatos quinze minu-tos voc acha tudo que existe da banda na internet isso fica muito fcil e pode se tornar meio superfi-cial, antes voc tinha que esperar o cd ser lanado e juntar o dinheiro pra ir na loja e comprar, rolava uma puta ansiedade e curisosidade, ento os par-metros mudaram e j fica bem mais distante essa relao de independente e mainstream, as bandas comeam a se tornar um tanto quanto descart-veis.

    Continuando no assunto da pergunta anterior, o nmero de bandas independentes no Brasil muito maior do que o de bandas contratadas e de um tempo pra c foram criados vrios festivais pra tais bandas terem uma maior divulgao do que teriam sozinhas e etc, meio que criando uma contracultura. Voc concorda? E o que voc acha

    da cena underground brasileira?

    No s concordo como fao parte desse movimen-to, a realidade essa, se voc no faz parte de uma gravadora voc tem que correr atrs do seu, e as-sim como as bandas esto correndo atrs do po de cada dia, da mesma forma esto os produtores e agentes de shows, os festivais e as agncias como a Fora do Eixo so a salvao da msica do presen-te, so os festivais que viabilizam as oportunidades para as bandas circularem pelo pas de forma mais barata e expecfica, normalmente em um festival voc conhece uma galera do meio e fortalece o seu networking, e a chance de voc tocar para um p-blico alvo e carente de novos sons bem maior do que voc meter as caras e marcar um show s da sua banda antes de ter circulado e feito um certo pblico pra sua banda. Em Goinia e pelo Brasil inteiro existem festivais super respeitados e mui-to legais que oferecem estrutura e espao para as bandas independentes conseguirem executar seu trabalho. A cena underground fuderosa e no para de crescer, vou citar alguns festivais que j re-presentam o que estou falando muito bem, em Goi-nia tem o Goinia Noise, Vaca Amarela, Banana-da, Trash Core Fast, em Cuiab tem O Calango, em Porto Velho tem o Casaro, em Natal tem O DoSol, em Uberlndia tem o Jambolada, em Braslia tem o Poro do Rock, em Recife tem o Abril Pro Rock, em Londrina tem o DemoSul, em Joo Pessoa tem o aumenta que rock, tem So Paulo tambm que querendo ou no o bero do networking, l qual-quer banda tem que ir, o MUGO est devendo uma ida l tem tempo j. Ento pelo brasil todo existem festivais de nvel altssimo e prontos pra receber bandas e pblico para se relacionarem de forma interativa. Esse movimento no para de crescer.

    Vocs gravaram um clipe pra msica Screams. Como foi essa experincia? E porque escolheram

    essa msica?

    Foi muito boa, ficamos 24 horas rodando no Centro Cultural Oscar Niemyer ( o grande Elefante Bran-co) em Goinia, chamamos todos os nossos amigos e fs pra participarem com a gente, fizemos uma roda e colocamos pra fuder com tdo at conse-guirmos o material suficiente pra edio, o video-clipe foi dirigido pelo nosso produtor Antnio Gue-rino e ns decidimos usar a msica Screams porque ela a nossa musica de trabalho e representa bem as caractersticas do nosso primeiro disco.

    Quais os momentos do Mugo voc destacaria como os mais importantes at agora?

    Cada momento tem sua particularidade e sua im-portncia, ns ficamos muito felizes de poder par-ticipar de festivais grandes como Poro do Rock onde tocamos depois do Sepultura e antes do Angra bandas j consegradas, Goinia Noise com Helmet,

    Claustrofobia, Korzus e Sepultura, entre outras coi-sas, estar em uma banda uma sentimento muito foda, cada dia uma nova situao, a mais nova felicidade que tivemos foi a de lanar o cd nos Esta-dos Unidos pelo selo Siksigma Music.

    Go to the Next Floor acabou de ser lanado nos Estados Unidos. Isso j era um plano de vocs ou

    foi algo que aconteceu eventualmente?

    Tnhamos a inteno de lanar o cd nos Estados Unidos desde o princpio, mas no tnhamos rece-bido nenhuma proposta ainda, s agora quase um ano depois do lanamento no Brasil conseguimos o contato certo nos Estados Unidos para podermos lanar l, o selo o Siksigma Music and Sports e o site www.siksigma.com.

    E agora quais so os planos de divulgao do CD e da banda l fora?

    Vamos continuar bombando na internet como sempre fizemos, pelas redes sociais e pelo Myspa-ce que estamos sempre atualizando e aumentando a quantidade de amigos adicionados, j estamos com 63.000 amigos adicionados por todos os qua-tro cantos do mundo e ultrapassamos 2 milhoes e quinhentos mil plays, a inteno conseguirmos armar uma tour pelos Estados Unidos e depois Eu-ropa, se surgir o convite e houver viabilidade va-mos pra qualquer lugar do mundo.

    Vocs tem a inteno de lanar o CD em outros lugares fora Brasil e EUA?

    Sim temos inteno de lanar o cd aonde for pos-svel, s precisamos do contatos e contratos certos para isso.

    Quais so os prximos planos da banda?

    2011 cd novo e video-clipe na rea, divulgao pe-sada e muitas tours.

    Que disco voc gostaria de estraalhar?

    Qualquer um dessa onda colorida e qualquer um sertanejo universitrio se que da pra considerar isso (rsrs).

    ltimas palavras?

    Valeu Lvia e toda a galera da Six Seconds, ns do MUGO gostariamos de agradecer a oportunidade e mandar um salve pra toda a galera que gosta de som pesado sangue nos olhos.VALEU!!!Blood and Soul. MUGO LIVIA RAMIRES

    Sevendust - Cold Day MemoryChimaira - The InfectionLamb Of God - Wrath Fear Factory - Mechanize

    OS DISCOS QUE PEDRO CIPRIANO TEM OUVIDO RECENTEMENTE

    SIX SECONDS #10 | P. 26

  • O primeiro l-bum do Black Sabbath que eu ouvi, lembro es-pecialmente de Am I Going In-sane (eu estava chapado).

    [1]

    [2]

    Meu lbum favorito de Doom de todos os tempos, um sonho se tornou reali-dade quando os vi no fes-tival Hole In The Sky em

    2009.

    Black Metal no fica mais frio do qu isso, War foi a primeiro (e quase a nica) msica que eu aprendi na

    guitarra!

    [3]

    Burzum - Burzum

    Black Sabbath - Sabotage

    Pentagram - Be Forewarned

    [4]

    Meu lbum favorito do Slayer, eu realmente gosto da produo e os vocais lim-pos deste lbum. A transi-o de Behind the crooked cross para Mandatory sui-cide, me da quase sempre

    arrepios.

    Slayer - South of Heaven

    Hoest um gnio. mui-to meldico e ao mesmo tempo muito cruel. VII uma das melhores msi-

    cas de Black Metal.

    [5]Taake - Hordaland Doedskvad

    [6]

    Hail to the King!

    Mercyful Fate - Melissa

    Tenho quase certeza que isso que o Diabo ouve, quando estava festejando.

    Quorthon R.I.P!

    [7]Bathory - Bathory

    [8]

    Rumores que esse lbum foi gravado na floresta! Pode at ter sido. Uma obra de

    arte totalmente crua.

    Ulver - Nattens madrigal

    Quando Darkthrone co-meou no punk, uma de nossas influnicas, quan-do comeamos Kvelertak.

    [9]Darkthrone - Sardonic Wrath

    [10]

    Mike Pike foda. O break acstico de Face of Obli-

    vion no tem preo.

    High on fire - Blessed Black Wings

    SIX SECONDS #10 | P. 27

  • SIX SECONDS #10 | P. 28

    J que a religio algo que se define pelas mais breves pesquisas como um conjunto de crenas relacionadas com aquilo que se diz ser sobrena-tural ou divino, por obrigao devemos pelo menos, dar a mnima ateno. Sendo assim, procurei observar com terceiros olhos como ela se ma-nifesta em um todo perante a humanidade, e eu no estou me referindo apenas ao deus metal. A Stay Brutal desta edio te levar para dentro dos mais abenoados santurios at as mais devastadas capelas satnicas.

    Comecemos obviamente ento, pelo ponto mais alto: absolutamente tudo nos dias atuais est diretamente ligado a religio e seus crentes. De-rivando do latim ou no, todas as pessoas precisam acreditar em algo superior, seja voc mesmo essa superioridade, seja algo dentro de voc, seja algo localizado no metafrico cu ou nas profundezas do inferno. Isso trs a sustentabilidade e o equilbrio pessoal at mesmo das outras raas. Alm de muita f e taas de vinho seguidas de hstias, a companheira e traidora religio uma das maiores rendas financeiras do mundo h anos. Porque ser, afinal? Ser to fcil brincar de deus, se sentar em um imaginrio trono e apenas mover os seus pees? Essa uma das nicas certezas que ns teremos at o fim de nossas vidas sem precisarmos ler nenhum versculo bblico, acreditem.

    Deixando o tema rentvel de lado, os contras, meu caro leitor, acabam sempre difamando os mais protegidos prs naturalmente. Existem boatos, que por muitos so mais verdicos que suas prprias crenas: a existncia do Necromancer, o to temido livro dos mortos, guardado a sete chaves no Vaticano, o Barack Obama ser um dos finais sinais do apocalipse, a maonaria ser a maior e mais poderosa organizao secreta do mundo e entre outras questes incertas, porm curiosas. Devemos nos guiar, no final, apenas por aquilo que nos completa. Devemos nos guiar? Devemos deixar algo supostamente superior e imaterial deixar de nos fazermos incrdulos e ineptos? Devemos? Dever.

    ele quem te livrar do lao do caador, e da peste perniciosa. Optamos por sermos a peste perniciosa. Alimentamos nossos demnios de outros demnios por opo: tudo indica tamanha necessidade ento. Para afastar os males, oramos, nos devotamos, nos entregamos de corpo e alma e nos tornamos maiores. Outros, no sentem a vontade de se alimentarem assim, ou oram de outras formas. A msica, por si prpria, no deixa de ser uma orao: os instrumentos pregam por nossa devoo e as canes so sempre novos salmos to subjetivos quanto os catlicos. Ele no se importa, interpretem como quiserem. Eu tambm no.

    A devoo da devoo As nossas igrejas, representadas por ns mesmos, nossos lares e at nossas casas de shows, supervalorizaram-se sozi-nhas, assim como as verdadeiras igrejas. Ao ajoelharmo-nos, percebemos at mesmo nos opondo que encontramos algo que no encontramos nas velas e nos crucifixos, levamos at a superfcie a nossa f independente dos preconceitos e reestruturamos cada santidade, cada beno e cada ponto final.

    Alguns at chegam a chamar de novo cristianismo a forma de simplesmente acreditar convictamente em Deus. Honradamente e claro, apoia-das por mim, muitas bandas mesmo hoje em dia fazem questo de se definirem como crists, fazendo os sub-gneros musicais carem por terra. Atitudes como essas podem ser interpretadas como uma bno, e aceitar o metal em companhia com algo verdadeiro como se mostra, um mi-lagre. Ainda assim, existem as crenas absolutamente extremas, de todos os lados, que no se contentam em apenas louvarem para si mesmos. Desde os que acham moralmente intrigante entregar o que chamado de alma para um anjo cado que se auto-rebaixou ou para um vendado falso profeta, devemos aceitar que todos so suportados por uma plataforma em seu eixo. Esse eixo agora, o nico eixo que importa. Quando me invocar, eu o atenderei; na tribulao estarei com ele. Hei de livr-lo e o cobrirei de glria.

    Com brilho nos olhos, senti e presenciei uma divindade presente recentemente em uma das ltimas casas de shows que trabalhei, da mesma for-ma que em muitas j senti um imenso e gordo encargo. O que ocasiona isso? As nossas prprias harmonias imperfeitas.

    Dentre dos maiores sacrifcios, aceitar a melodia que lhe faz se entregar, mais arrepiante do que ver o prprio demnio na sua frente. Chorar, mesmo secretamente, diante de uma letra musical que expressa o que voc precisa expressar, purificador. Balanar a cabea sabendo que a mi-zona no est representando apenas mais mortes e chacinas clichs, excitante. Ver os maiores metaleiros beijando os ps de invisibilidades, curioso. Tocar ento, apenas no s para voc e saber que algo muito maior, pelo menos para si, est lhe ouvindo, uma das maiores realizaes. Brutal mesmo saber profundamente que essa superioridade est aceitando sua oferenda, suas palavras e o seu ato de se curvar.

    Agradea-se por acreditar em algo maior.Que seja feita a tua vontade, amm.

  • Para mim esse lbum uma obra prima.

    AUGUST BURNS REDCONSTELLATIONS

    1

    Eu amo Parkway Drive. Achei esse CD timo demais, muita melodia, peso e breados, as msicas so muito boas, o cd bem equilibrado em relao a peso e a um som mais suave, como unrest e home is for the heartless

    PARKWAY DRIVEDEEP BLUE

    6

    esse um lbum marcante para mim, acho esse lbum sensacional, impossvel enjo-ar de ouvir.

    AS I LAY DYINGAN OCEAN BETWEEN US

    2

    Embora muitas pessoas critiquem esse lbum, eu curto demais, foi meio que uma experimentao, Nick usou muito o vocal meldico, mas as composies ficaram muito boas, as msicas so um bem grude, tima banda, timo lbum.

    IT DIES TODAYSIRENS

    7

    Achei esse o melhor lanamen-to de 2010, produo linda, composies sinistras, Whi-techapel uma banda que difcil vir algo ruim.

    WHITECHAPELA New Era Of Corruption

    3

    Eu sempre curti Sum 41, desde pequeno. Pra mim esse lbum deles arregaa demais e as msicas so muito bem elaboradas e tem um peso que deixa o CD diferente.

    SUM 41CHUCK

    8

    Esse lbum me deixou de quei-xo cado, eu ja curtia o ghosts among us, mas esse eles capri-charam demais, um cd que mui-to bom de se escutar, sons muitos equilibrados e muito criativos.

    OUR LAST NIGHTWe Will All Evolve

    4

    Peso, ignorncia, e mais peso.

    BLIND WITNESSNightmare On Providence Street

    9

    Nem preciso falar nada n.

    Despised Icon Day Of Mourning

    5

    Acho esse cd muito bom, a banda mudou um pouco em relao ao seu primeiro material Saints, mas mudar nunca demais, e eu curti muito esse cd.

    DESTROY THE RUNNERI LUCIFER

    10

    SIX SECONDS #10 | P. 29

  • O SWU um dos maiores eventos realizados no Brasil, e em sua primeira edio trouxe bandas de grande porte como Linkin Park, Incubus, Joss Stone, Queens Of The Stone Age, Pixies e o Rage Against The Machine, que tocou no primeiro dia.

    O SWU foi bastante divulgado nesse ultimo ms, alm de diversas promoes de ingressos, sua idia sus-tentvel, e a cobertura do canal Multishow, at a Rede Globo divulgou o evento. Portanto, j era esperado um nmero grande de pblico, e foi o que aconteceu.

    Para chegar at o Maeda, onde ocorreu o SWU, teve toda uma estrutura com guardas, sinalizao e trans-porte. Infelizmente, para volta, talvez pelo grande n-mero de pessoas, a organizao e o transporte deixou muito a desejar.

    Mas vamos falar do show.

    Chegando l, para adiantar, resolvi comprar algumas fichas de cerveja e comida, isso me fez perder uma hora na fila, e se tivesse com carto de crdito, pas-saria raiva, porque a probabilidade de conseguir faz-lo funcionar seria muito baixa. Os dois palcos princi-pais Agua e Ar foram bem estruturados, um ao lado do outro, e conseguiram atender o pblico de ambos, ento, foi por ali que fiquei a maioria do tempo. Cla-ro que dei alguns rolezinhos para saber o que estava acontecendo no evento, mas, depois que o pouco sol que tinha em Itu acabou, o vento cortava, e a melhor opo no era andar por a.

    Perdi o show do Brothers of Brazil e Black Drawing Chalks. No conheo a ltima, e a banda do Supla e seu Irmo no fez falta. Macaco Bong foi bacana, pena que passou um pouco despercebida pelo pblico.

    Infectious Grooves fez um show legal, levou uma ga-lera da rea vip para o palco e Mike Muir se aproveitou da popularidade do Suicidal Tendencies para animar o pblico, mas no foi nada de extraordinrio.

    Mutantes fez toda a macumba que deveria fazer, e tal-vez pelo fato de no se firmarem com uma vocalista desde Rita Lee, a banda no parece ter muita sintonia com o pblico, e passou despercebido no festival. J Los Hermanos surpreendeu.

    Agitou a galera, ou melhor, a galera que conhecia a banda, porque eu no tenho muita afinidade com Mar-celo Camelo e cia, ento senti uma grande bad tripe fui dar uma volta. Mas o pblico estava bem ativo e participativo.

    O Mars Volta tambm no fez feio e mandou super bem na sua apresentao. Um som experimental e psicodlico, que deixou o pblico mais louco ainda pela apresentao principal, Rage Against The Machi-ne.

    Antes do show do RATM, a organizao fez umas pro-moes furadas e claro, foram vaiados pelo pblico.

    A sirene de Testify anunciou que o Rage Against The Machine estava chegando. E no precisou de muito para que Zack De La Rocha se identificasse com a pla-teia. Foi uma energia muito boa. Parecia que a banda toda se sentiu em casa. E o pblico tambm.

    J na quarta msica, a galera comeou a enlouquecer, e quando percebi, estava quase na area vip. Bastou

    Estrutura Estrutura

    EstruturaEstrutura

    Los Hermanos The Mars Volta

    Infectious Grooves

    SIX SECONDS #10 | P. 31

  • um deslize e j estava l, assistindo de frente para o palco.

    O pessoal comeou a invadir e empurrar a area vip, o que fez a organizao parar por um tempo o show at que o tumulto acalmasse.

    Rage Against The Machine fez uma apre-sentao excepcional. No diria impec-vel porque a banda tocou uns 3 minutos somente com as caixas de retorno liga-das, e s ns privilegiados da rea vip conseguimos escutar.

    No mais, a banda fez um show digno de primeira vez no Brasil, cheio de energia e sintonizaram com as terras tupiniquins.

    Uma sacada boa da organizao foi colo-car o Dj Marky na tenda eletrnica logo aps o show do RATM. E foi pra l que eu fui. At as 2h estava bombando a pista eletrnica.

    No sei a hora que acabou, mas depois das 2h fui embora sabendo que tinha presenciado uma apresentao nica do Rage Against The Machine, que mandou super bem tocando no Brasil.

    E bacana foi ver que eles tambm gosta-ram do show.

    Para voltar, os nibus que levariam o p-blico para os bolses do estacionamento simplesmente sumiram.

    A organizao se preocupou muito com o marketing, com a sustentabilidade e es-queceu de dar um suporte efecinte para o pblico.

    Havia muita gente reclamando, e o SWU se escondeu atrs das timas atraes presentes no evento.

    Ano que vem promete outro.

    Espero que o nvel das atraes seja o mesmo, mas a organizao tem muito que melhorar. MICAEL DELGADO

    Rage Against The Machine

    Rage Against The Machine

    Cavalera Conspiricy Avenged Sevenfold

    Autoramas Crashdiet

    SIX SECONDS #10 | P. 32

  • Avenged Sevenfold Avenged Sevenfold

    Tendo feito uma brilhante apresentao em terras brasileiras em maio de 2008, com direito a comentrios do tipo: Brasil o pas mais energtico do mundo para se tocar. Ns voltaremos, os californianos do Avenged Sevenfold enlouqueceram os fs na noite de 11 de outubro de 2010, no polmico e debutante SWU Music & Arts Festival. O festival, vtima de torrentes de reclamaes quanto organizao e, por outro lado, considerado por alguns o Woodstock brasileiro, tornou-se objeto de estudo quanto ao futuro dos festivais de grande porte no pas, que, com o SWU, prometem tornar-se cada vez mais fre-quentes. No entrando no mrito, aqui, a discusso da organizao de todos os outros shows do festival, vamos apre-

    sentao do Avenged.

    A banda, uma das mais esperadas da noi-te e de nome carregado nas camisetas da maior parte dos presentes, iniciou o show pontualmente no horrio esperado, j sob a claridade da lua. A iluminao azul es-cura, acompanhada da projeo da capa de seu ltimo release, Nightmare, no fundo do palco, dava a atmosfera que se completava com os pianos macabros do incio da msica de mesmo nome, Night-mare, suficiente para que os fs ensan-decidos gritassem com todas as foras. Entrando ento no palco os integrantes, e levando a platia ao total descontrole, os gritos gerais de Its your fucking ni-ghtmare! embalavam o incio da apre-

    sentao, que se seguiu com a poltica-mente engajada Critical Acclaim que, por ter um refro cantado pelo falecido baterista do grupo James Rev Sullivan, veio acompanhada da projeo de uma homenagem ao membro, alm do refro gravado em sua voz original, em vez de uma reposio.

    A energia exalava de todas as partes. O peso, a tcnica e preciso na execuo dos riffs, bem como a energia do front-man Matt Shadows (com certeza nascido para o que faz) e a excelente performan-ce do ex-Dream Theater, Mike Portnoy, que, sem dvida, capaz de segurar o tranco do falecimento de seu anteces-sor, inserindo viradas inteligentes e de-

    talhes interessantes s canes, eram onipresentes. Com a per-gunta do frontman Matt Shado-ws: Quantos aqui vieram para seu primeiro show do Avenged? Bom, bem vindos famlia, a banda iniciava Welcome To The Family, outra faixa, com certe-za, considerada um hit do ltimo relase, cantada energticamen-te por todos, e seguida de uma das msicas mais esperadas, de releases anteriores, Beast And The Harlot, impressionante na fidedignidade verso estdio e na preciso da execuo im-pecvel. A platia ento, ain-

    da demonstrando um furor sem igual, acompanhava a msica seguinte Buried Alive, com os gritos And it seem Ive been bu-ried alive!, e mantinha a mes-ma energia no hit seguinte Af-terlife, cujo refro grudento era cantado em coro unssono por todos os presentes, dos mais prximos aos mais distantes. Com a rpida God Hates Us, a platia de mais de 50 mil pesso-as, amontoada proxima grade, pingava de suor uma tempe-ratura de 12C e se preparava para o peso da seguinte e len-dria Unholy Confessions, em

    Avenged Sevenfold

    verso estendida, com repetio de alguns riffs e algumas brin-cadeiras em coro entre a platia e a banda. Um dos momentos mais pesados da noite. O setlist ainda que curto - extrema-mente bem balanceado entre os clssicos de releases anteriores e os prximos hits do ltimo CD, fechava-se ento com os refres recorrentes de Almost Easy, acompanhados da promessa do frontman Matt Shadows: Vol-taremos ano que vem para uma turn de verdade, se referindo, possvelmente, relativamente curta durao de sua apresenta-o no festival. Para alguns, a or-

    ganizao se fez impecvel; se-gurana bem instalada; horrios cumpridos corretamente; udio perfeito, enquanto que para ou-tros, a noite acabou sendo dife-rente; complicaes; gente pas-sando mal; segurana precrica. Seja l qual seja o veredito fi-nal de cada indivduo, o indubi-tvel que a apresentao do Avenged Sevenfold no SWU foi, com certeza, uma das melhores do ano, e mostrou que a banda no se abalou pela morte de seu integrante e continua com for-as para continuar trilhando um grande caminho. Esperamos por 2011. RODOLFO ALMEIDA

    Avenged Sevenfold

    SIX SECONDS #10 | P. 33

  • Cavalera ConspiricyCavalera Conspiricy

    O dia 11/10/10, terceiro dia do SWU Music & Arts Festival, foi e ser sempre conhecido como o dia de peso do Festival. Tendo con-tado com bandas e gneros de toda sorte, de Regina Spektor Rahzel, passando por Yo La Tengo e Avenged Sevenfold, o festival pde trazer o melhor de diversos mundos para aqueles interessados nas apresenta-es, com apresentaes mais leves em al-guns dias e pesadas em outros. O terceiro dia, indubitavalmente, foi o que reuniu a maior massa de simpatizantes da msica pesada dentre os trs dias de festival, coor-denando apresentaes de bandas de peso em algum sentido, seja em seus passados ou presentes; Avenged Sevenfold; Linkin Park; Gloria; Crashdiet; e a, com certeza, mais pesada do dia, Cavalera Conspiracy.

    Todos os que, em dado momento, acom-panham ou j acompanharam a histria da banda Sepultura e dos irmos Max e Igor Cavalera, com certeza, se no esta-vam presentes, estavam na expectativa pela repercusso da apresentao do Ca-valera Conspiracy (formado pelos ditos ir-mos Cavalera). Terminado o show do Yo La Tengo, o peso que transpiraria do suor de todos os presentes, se prenunciava na entrada dos lendrios membros no palco. Igor cmicamente trajando uma camisa do Palmeiras (o que faria com que Max mais tarde se referisse ele por esse palmei-rense filho da puta, aqui), e Max, empu-nhando sua patritica guitarra estampada com a bandeira nacional, iniciavam logo de incio um dos maiores hinos de seu nico

    release, Inflikted, cantado plenos pul-mes por todos aqueles que conheciam a banda (que, curiosamente, eram poucos em relao aos que esperavam pelo Aven-ged Sevenfold, por exemplo. Vai entender..) e em unssono: Inflikted! Show no mercy, motherfuckin wicked!. Seguindo ento a ordem do CD, Inflikted, vinham ento a rpidaSanctuary, pregando mensagens violentas por meio de um peso incompar-vel e uma de minhas favoritas, Terrorize, poderosa em todos os aspectos e levando a mensagem que melhor descreve o Cava-lera Conspiracy: I am abomination/I am desecration/I am the ritual killing/I am the voodoo rising.

    incrvel a capacidade de reproduo pre-

    cisa dos instrumentais e a moral de Max, com uma performance vocal incrvel, guitarras implacveis e ainda agitando a platia nives m-ximos. O show seguiu ento com um cover (esperado) do Sepultura, Refuse/Resist, cantado em coro estrondoso por todos os presentes e seguido das rpidas e furiosas The Doom Of All Fires e Hex, aqui a performance de Igor Cavalera nas baterias simplesmente avassa-ladora, reproduzindo com uma fidelidade sem igual s faixas estdio e levando todos os apreciadores do peso loucura. Segue ento um, menos conhecido, cover de Nailbomb, Wasting Away, gerador da fria e de algumas rodas que se faziam no meio das mais de 30 mil pessoas ali presentes, junto de Hearts Of Darkness, onde podia-se ouvir o coro da platia where madness is endless/where hate is end-less/where hope is endless. Veio ento, mais um cover de Sepultura. Dessa vez, a rpida Attitude, cujos riffs eram executados com preci-so asssustadora.

    O entrosamento dos integrantes era transparente e incrvel, bem como a capacidade de mantar o alto nvel tcnico, enquanto agitava o pblico desvairado. Veio ento a ltimas do release Inflikted, Ultra-Violent, seguida, por um anncio de Max de que tocariam uma msica nova, que estaria contida no prximo release, em processo de gravao, chamada Warlord.

    O nvel do peso e da tcnica continuam presentes nesta faixa, nos anunciando que o prximo release do Cavalera com certeza deixar uma marca na histria dos irmos. As faixas seguintes foram um re-torno s origens e um presente aos saudosistas. Covers de Sepultura, Troops Of Doom e a lendria e que no poderia faltar Roots Bloody Roots, colocaram o lugar abaixo e