six seconds #12

58

Upload: six-seconds

Post on 16-Mar-2016

241 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

Six Seconds nr.12: Entrevistas com ESCAPE THE FATE, THE CREEPSHOW, GAIA, A LINE BEFORE THE OCEAN E MUITO MAIS!

TRANSCRIPT

Page 1: Six Seconds #12
Page 2: Six Seconds #12

Foto: Ashlea Wessel

Formado nos becos sujos e botecos de Toronto, Ontário, The Creepshow trouxe um gê-nero que desafia a mistura de country, rock n’ roll e psycho punk para mais de 25 paí-ses do mundo. Liderados pela impetuosa Sarah “Sin” Blackwood, The Creepshow é uma explosão de energia viva que é um deleite saboroso para os ouvintes. Com seu terceiro álbum intitulado “They All Fall Down” lançado, nós da Six Seconds conversamos com a vocalista Sarah ‘Sin‘ Blackwood sobre tudo que está rolando na banda e muito mais.

Confira!Olá. Pra começar você poderia nos contar um

pouco sobre The Creepshow?

Somos uma banda com base em Toronto, Ontário, Ca-nadá. Todos nós crescemos nessa área. Estamos jun-tos há 5 anos, talvez perto de 6 agora. Nós fazemos MUITAS turnês! Temos 3 albums, o mais recente foi lançado há apenas alguns meses. Gostamos MUITO de Tim Horton! Já estivemos em mais de 25 países nos úl-timos 3 anos. Somos contratados pela Stomp Records no Canadá, Hellcat Records nos EUA/Japão/Austrália e People Like You Records na Europa, e todas elas são gravadoras muito gentis e legais. Nós temos uma van azul chamada Betty Ford. Gostamos de dormir. Nós não baladamos muito, mas amamos fazer shows mais do que tudo no mundo. Música é nossa vida. Temos um baterista chamado Matt, um tecladista chamado Ginty, um baixista chamado Sean e eu toco guitarra e canto, meu nome é Sarah. As vezes Sean e Ginty can-

tam também. O Matt também canta de vez em quando, mas não no palco, apenas pra nós na van. Nós rimos e nos divertimos e isso é basicamente um resumo sobre

nós.

“They All Fall Down” soa mais maduro, jorran-do energia do começo ao fim. Você vê diferen-ças relevantes comparando ele aos albums an-

teriores?

Espero que sim, haha! Quero dizer, todos querem cres-cer e mudar, mesmo que seja um pouco.. como artistas, ao decorrer do tempo a experiência nos muda. As di-ferenças relevantes são bem visíveis nesse novo album. Nós desenvolvemos um som mais punk rock ao oposto de um som mais psychobilly. As músicas estão mais cur-tas (haha, isso fui eu, sou obcecada por canções curtas) mas elas são bem poderosas do começo ao fim. A maior diferença que eu notei é a qualidade do som no geral.

Nosso engenheiro tem vários equipamentos novos e ótimos, então foi mais divertido experimentar os sons. Nós também dedicamos muito mais tempo à mixagem desse disco. Você consegue notar uma grande diferença na atenção dada à mixagem. Eu acho que nós apenas crescemos e amadurecemos como pessoas e melhora-mos como músicos, então isso é refletido no nosso tra-balho. É sempre revigorante ter novas idéias e mudar as coisas, quando você é um artista ativo. Especialmente quando vocês está trabalhando nisso em tempo inte-

gral. Mudança é uma necessidade. É vital.

Como foi a reação dos fãs ao novo album?

Todos tem tido uma ótima reação, pra falar a verdade. Na maior parte todos tem se mostrado muito animados com ele! Você não pode agradar a todos. Isso é impossí-vel. Sempre haverá pessoas que te amam uma hora e te odeiam outra. Isso não nos incomoda. Estamos fazendo

Page 3: Six Seconds #12

Foto: Ashlea Wesselo que amamos, e é isso o que realmente importa. Não é pra impressionar as pessoas ou fazê-las te adorar o tempo todo. Como músicos nós podemos apenas fazer o que sentimos que é certo e bom, e isso se reproduz na música. As pessoas decidem se gostam ou não, de qual-

quer jeito, nós continuamos a tocar música.

Vocês saem muito em turnê. Por quê vocês passam tanto tempo assim na estrada?

Porquê amamos estar em turnê! Nós somos uma banda dedicada e acreditamos que para respeitosamente ter sucesso nessa indústria, por mais escrota que seja, você precisa trabalhar muito e ser o mais independente pos-sível. Quando não estamos em turnê ficamos juntando moedas pra comer. Nós trabalhamos com música o tem-po todo, então precisamos ficar na estrada pra sobrevi-ver, e também porquê temos a oportunidade! As ban-das que eu conheço sempre me perguntam como nós conseguimos viajar tanto ao redor do mundo. Quando uma oportunidade é oferecida a você, você tem que aceitar. Como ir à Rússia ou ao Japão, você simplesmen-te não pode recusar isso. Então viajamos o tempo todo.

Vocês acabam tendo histórias interessantes pra contar?

Absolutamente! Temos várias histórias! Um dia eu irei escrever um livro sobre minha experiência em uma ban-da que está na estrada o tempo todo. Meu amigo David da banda The Hypnophonics acha que eu devia tam-bém. Ele me liga as vezes pedindo conselhos sobre tur-nês e é legal poder oferecer respostas as pessoas e ter o conhecimento que eu tenho sobre a estrada. Somos or-gulhosos disso como banda. As pessoas nos perguntam sobre turnês e pedem conselhos o tempo todo. O que nós fazemos é incrivelmente raro e requer uma pessoa específica pra fazer/dar conta disso. Você tem que ser

um pouco louco ou muito louco, haha.

Eu li que vocês foram roubados na Espanha

uma vez. É verdade?

Sim, é verdade. Fomos “pegos” por uns falsos policiais. Eles nos roubaram cerca de 1200 Euros. Foi terrível. Mas foi uma experiência que abriu os nossos olhos. Quando coisas assim acontecem, o que importa não é ter perdi-do o dinheiro, e sim ganhar experiência e ficar esperto. É como se tivéssemos pago 1200 euros pra nós 4 apren-dermos uma lição sobre como NÃO cair na armação de falsos policiais. Nos fez ficar mais espertos e atentos, toda experiência faz isso. Isso é mais importante do que

dólares e centavos.

Como vocês acabaram entrando na trilha sono-ra do jogo Wet?

Bem, nossos agentes da Stomp Records se encarregaram disso. Eles nos perguntaram se estaríamos interessados em ter uma música em um video game. Nós falamos “SIM!”. E nossa música entrou e todos nós recebemos cópias do jogo, mas eu tenho um Nintendo original, en-tão eu ainda não o joguei. Eu também odeio jogar video games novos porquê eles são muito confusos e frustran-

tes. Sou uma garota esquerda-direita. Old school.

Quais são os futuros planos da banda além da turnê no Canadá e EUA em Fevereiro/Março?

Temos alguns shows locais em Abril, depois dessa tur-nê. E aí vamos viajar pelo Canadá no fim de Maio e co-meço de Junho. Depois vamos tocar no festival Ink And Iron na Califórnia em Junho. Vamos fazer alguns shows no caminho de volta pra casa de lá. Em Julho/Agosto va-mos tocar em um MONTE de festivais na Europa e tam-bém fazer alguns shows em clubes. Depois quem sabe? Queremos muito ir pra Austrália e Japão novamente, então vamos nos encarregar que isso aconteça. Basica-

mente viajar e viajar, como de costume, haha.

O que você acha desse revival do vinil que está acontecendo esses dias? (os discos de vinil nunca desapareceram, mas parece que ultima-mente as pessoas começaram a dar muito mais

atenção a eles)

Vinis são o máximo! Não só soa ótimo quando toca, o visual é legal pra caramba. Eu sou totalmente a favor das pessoas o re-descobrirem. Discos com fotos são le-gais pra caramba. Nós teremos o novo album em um disco com foto na próxima turnê, vai ser foda. Fica bem

na parede também, haha.

Quais albums você tem ouvido ultimamente?

Qualquer coisa de: Bon Iver (EUA) / Mumford and Sons (UK) / Rihanna / The Hypnophonics (CAN) / Sweet Thing (CAN) / The Artist Life (CAN) / One Man Army (EUA), um pouco disso, um pouco daquilo. Eu gosto de muita, MUITA música. Eu também esqueço de muita coisa boa que eu ouço quando me fazem essa pergunta. Preciso

prestar mais atenção.

Que album você gostaria de estraçalhar?

Hum.. não sei. Bom, eu sei, mas causaria confusão se eu dissesse. E também, se é tão ruim a ponto de ter von-tade de estraçalhar, eu geralmente não lembro dele. Só

jogo pela janela e esqueço pra sempre.

Últimas palavras?

Obrigada a todos pelo apoio e dedicação! É sempre muito importante pra nós agradecer aos fãs e as pesso-as que apóiam nossa música, pois sem vocês, nós não estaríamos onde estamos. E obrigada pela entrevista!

Tatus são os mais legais! LIVIA RAMIRES

» www.myspace.com/thecreepshow «

Page 4: Six Seconds #12

Direto da cena post-hardcore italiana, A Line Before The Ocean vem se destacando não só no seu pais de origem, mas em muitos outros da Europa. Recentemente em turnê com Upon This Dawning, a banda tem o intuito de espalhar seu som por toda a Europa. A Six Seconds conversou com o vocalista Federico Mondell e o baixista Marco Ver-

done sobre a trajetória da banda, seu novo video e planos para o futuro. Confira!

O som de vocês lembra muito Broadway.. so quê, bem melhor! Eles tiveram alguma influência so-

bre vocês?

Bem, nos gostamos muito de Broadway, mas sin-ceramente, eu acho que a única coisa que com-partilhamos com eles são o uso frequentes de vo-cais limpos e refrões cativantes, isso é tudo. Há várias outras bandas que nos influênciaram bem mais que Broadway, e eu não estou só falando de bandas de screamo/post-hardcore. Cada um de nós temos um gosto diferente, do rock clássico para o metal para o pop e isso é definitivamente

uma coisa que nos fortalece.

Como é a reação do público italiano para o seu tipo de música?

É simplesmente ótima.. e nós estamos muito feli-zes em saber que nós temos fans bastantes diver-sificados (e o quê é realmente estranho, já que na Italia a grande maioria das pessoas são fechadas, musicalmente falando). Nós sentimos que nossa música alcança diferentes pessoas, independente do seu gosto musicais e isso com certeza é uma

coisa incrível.

No seu myspace constam quatro músicas. Vocês

estão planejando lançar um EP?Três das quatro músicas são do nosso velho EP (nós já lançamos um em 2009, intutlado ‘The Sun Has Turned To Gray’). De qualquer forma, sim, nós es-tamos planejando lançar um segundo EP, mais no

nosso estilo atual.

Aparentemente, vocês ainda não lançaram nenhum EP ou Full Length. No entanto, vocês lançaram um video maravilhoso. COmo foi a gravação do video

‘The Shore Dried Up TheSky’?

Como eu disse, nós lançamos um EP uns anos atrás. E por falar nisso, a gravação de ‘The Shore Dried Up The Sky’ foi divertida, mas extremamente cansati-va, já que nosso tempo e recursos são bem limi-tados e também porquê nós temos bastantes pro-blemas. Nós fizemos a filmagem em algumas horas, mas trabalhamos o dia inteiro para ajustar as luzes e etc. No final, nós realmente gostando do resulta-

do do nosso trabalho duro.O diretor do video de vocês, não é ninguem mais que Andrea Larosa (Ready, Set, Fall) e Davide Va-lentino. Como foi trabalhar com eles? Vocês já se

conheciam?

Sim, na verdade nós conhecemos Andrea quando ele ainda tocava no WEI (RIP), nós já tocamos jun-tos algumas vezes. Ele é amigo nosso, então traba-lhar com ele foi algo bem natural. Davide Valentino foi apresentado a nós por Andrea. Trabalhar com eles foi simplesmente maravilhoso, eles são muito

habilidosos e pacientes.

Vocês planejam convidar alguem para participar em músicas futuras? Se sim, quem?

Nós temos pensado nisso ultimamente. Existem vá-rios caras legais que nos conhecemos que se inte-ressariam em participar, mas por enquanto nós não

queremos revelar nada. Espere e veja..

Foto: Andrea Larosa

Page 5: Six Seconds #12

Direto da cena post-hardcore italiana, A Line Before The Ocean vem se destacando não só no seu pais de origem, mas em muitos outros da Europa. Recentemente em turnê com Upon This Dawning, a banda tem o intuito de espalhar seu som por toda a Europa. A Six Seconds conversou com o vocalista Federico Mondell e o baixista Marco Ver-

done sobre a trajetória da banda, seu novo video e planos para o futuro. Confira!do do nosso trabalho duro.

O diretor do video de vocês, não é ninguem mais que Andrea Larosa (Ready, Set, Fall) e Davide Va-lentino. Como foi trabalhar com eles? Vocês já se

conheciam?

Sim, na verdade nós conhecemos Andrea quando ele ainda tocava no WEI (RIP), nós já tocamos jun-tos algumas vezes. Ele é amigo nosso, então traba-lhar com ele foi algo bem natural. Davide Valentino foi apresentado a nós por Andrea. Trabalhar com eles foi simplesmente maravilhoso, eles são muito

habilidosos e pacientes.

Vocês planejam convidar alguem para participar em músicas futuras? Se sim, quem?

Nós temos pensado nisso ultimamente. Existem vá-rios caras legais que nos conhecemos que se inte-ressariam em participar, mas por enquanto nós não

queremos revelar nada. Espere e veja..

Vocês dividiram o palco com essa banda incrível chamada, Bleed From Within..

Sim, foi absolutamente incrível. Eles foram umas das bandas mais habilidosas que dividimos o palco e eles são abolutamente foda. O melhor de tudo é que fora do palco eles são super tranquilos, su-per amigaveis e tudo mais. Dividir o palco e passar um tempo com eles no backstage foi simplesmente

perfeito.

E, A Line Before The Ocean estava no Kerrang! Ra-dio no show do Alex Baker. Demais ein?

Sim, foi uma grande surpresa para nós quando recebemos essa noticia da Kerrang!.. nós sempre amamos a revista e ter nossa música divulgado foi

simplesmente uma honra para nós.

Eu vi no seu myspace que vocês estão fazendo uma

turnê na Italia e um pequeno show na França. E a Europa?

Nós estamos interessados em algumas datas na Alemanha e Bélgica, mas isso ainda está sendo pla-nejado, nós temos muitos shows na Italia para fazer

e temos que organizar as coisas.

Como vocês acabaram saindo em turnê com Upon This Dawning?

Upon This Dawning são nossos velhos amigos, nós sempre ajudamos um ao outro e nós dividimos o palco várias vezes nos ultimos anos. Além do mais nós somos da mesma agencia, então tocar juntos

em turnê é apenas uma consequencia.

Algo que você gostaria de dizer? Por favor..

Bem, nós realmente esperamos que esse anos tra-ga alguma satisfação para nós... nós estamos tra-balhando muito no nosso novo material e mal po-demos esperar até lançar nossas novas músicas. Muito obrigado a todos que estão nos ajudando de todas as formas e obrigado por esta entrevista. NATHA-NIEL H. MORGAN

» www.myspace.com/alinebeforetheocean «

Page 6: Six Seconds #12

Foto: Tim Harmon

Com seu teceiro álbum lançado e intitulado “Escape The Fate” e depois de ter dado uma baita festa de lançamento em um clube de Lingerie, a banda de Las Vegas, Nevada, Es-cape The Fate saiu em turnê com Bullet For My Valentine e Black Tide. A Six Seconds bateu um papo com o frontman Craig Mabbit sobre o novo álbum e sobre várias outras

coisas. Confira!

Por quê deixar o novo álbum com o nome da banda?

Decidimos deixa-lo com este titulo, porquê é como se ele fosse o primeiro álbum que nós lançamos. O álbum inteiro foi feito antes mesmo nós termos fa-lado sobre a gravação, então nós meio que senti-mos que era o nosso álbum. O último álbum “This War Is Ours” de 2008, eu mal tive participação nele, eu tinha acabado de entrar na banda. Nós apenas fomos no estúdio com o produtor John Feldmann (Goldfinger, Hillary Duff, The Used) e pronto. Esse foi mais o “nosso” sabe? E também estando com a Interscope Records, em uma nova gravadora, acha-mos que seria a hora perfieta para ter um álbum

com este titulo.

Por quê a mudança da Epitaph para Inters-

cope Records?Ouvimos por ai de uma grande gravadora estar inte-ressado em nós e, definitivamente, nós estávamos in-teressados, porque é uma oportunidade maior para colocar a nossa música lá fora. A única coisa que nós estávamos preocupados era que nós tínhamos ouvido muitas histórias de bandas indo para grandes grava-doras e em seguida, perdendo o controle sobre mú-sica. Mas Interscope de um dia só estava interessa-do em o que queríamos eo que queríamos fazer. Nós éramos como, “Por que não fazer isso? Esta é a coisa perfeita para a nossa banda “, assim o fizemos. Mas desde do primeiro dia, Interscope estava interessado em nós e o quê nós faziamos. E então nós pensamos, “Por quê não? Isso é pefeito para nós”. E então nós

assinamos contrato com eles.

Vocês notaram uma diferença maior na pro-dução, agora que vocês estão em uma grava-

dora maior?

Bem, surpreendentemente, a maioria da produção do álbum foi feita por Bryan, nosso guitarrista. Ele senta-va em seu quarto por horas e trabalhava com bandas de garagem com e ouvia esse sons esquisitos. Quando estavamos no estúdio nosso produtor Don Gilmore, literalmente pegou os arquivos e os colocou no Pro-Tool. Esta foi a produção lá. Fizemos uma produção extra em “World Around Me”. Don é um produtor fe-

nomenal, nós tinhamos uma grande equipe.

Vocês tiveram uma colaboração de Mick Mars (Mötley Crüe). Como foi esta experiência?

Nós fomos a sua casa e conversamos; Monte estava tocando com ele e pensando em uma música. Nós ainda temos essa música, mas por alguma razão, nós

Page 7: Six Seconds #12

achamos melhor não bota-la no álbum. Nós tinha-mos vinte e cinco músicas, foi realmente dificil de

escolher qual era as favoritas para o álbum.

Além do Mick, vocês também trabalharam com Josh Todd do Buckcherry. Nos conte, como foi montar o video para “10 Miles

Wide” e como foi trabalhar com ele.

Trabalhar com Todd foi bem fácil para falar a verda-de. Nosso manager conhece através de patrocínios ou algo parecido, e sua filha é fã, e ele realmente gostou de nós. Foi tipo: “Vamos ver o que podemos fazer, vamos trabalhar juntos”, ele apareceu na casa de John Feldmann, que produziu o nosso último dis-co e essa música. Ele apareceu lá, nós mostramos-lhe algumas faixas e ele estaba tipo: “Eu realmente gostei desta aqui.” Ele deu uma ouvida nos headpho-nes foi lá pra dentro e depois de uns 45 minutos ele voltou e nos mostrou o quê tinha feito, depois disso nós fomos pro estúdio. Eu fiz a minha parte e ele cantava as partes que ele fez, então o vídeo. Ele é

muito descontraído, um cara muito legal.

O seu produtor Don Gilmore trabalhou tan-to com Bullet For My Valentine quanto com vocês. Foi por isso que vocês decidiram sair

em turnê juntos?

Eu acho que não. Eu ouvi sobre essa coisa com BFMV antes de nós termos começado a gravar. Foi tipo: “Olha, no outono nós podemos sair em turnê

com BFMV.” Depois nós descobrimos que Don traba-lhou com eles, então nós ouvimos o novo CD deles antes de começarmos a trabalhar com Don, só para ver como o álbum saiu, para saber como foi a produ-ção e acabou sendo, que ela ofi ótimo. Quando nós trabalhamos com John Feldmann, eu estava muito ex-citado, porquê produziu todos os álbuns do The Used

(tirando o recente).

A banda teve que enfrentar algumas mudan-ças na formação ao longo dos anos e, obvia-mente, você está aí para substituir o vocalista anterior. Muitas de bandas não pode passar esse tipo de mudança - muitas vezes quan-do você substitui um vocalista, você perde os fãs. Mas vocês têm sido muito bem sucedido em termos de mudanças de formação. O que

você atribui a isso?

Na verdade, nossas atitudes e positividade. Definiti-vamente foi difícil quando aconteceu pela primeira vez, eu definitivamente não queria ficar calado, por-quê o outro também não estava. Essa banda e minha banda antiga (Blessthefall) tinham feito uma turnê juntos, e eu era o principal apoio. Assim, a platéia (do

Escape the Fate) era minha platéia que vinham para os shows.

Por quê vocês decidiram em fazer a festa de lançamento do CD em um clube de Lingerie?

Eu não sei. Eu vou ser sincero com você. Eu não vou nem inventar uma razão, porque não há nenhuma. A honestidade é sempre a melhor coisa. Eu odeio essas merdas e a banda também. Trabalhamos uma sema-na inteira para o lançamento do material. Eu adoro tocar em shows para nossos fãs que estão esperando um show foda. Estamos lá, porquê queremos fazer um show. Parece como se fosse tão extravagante para mim. É tocar lá foi um lugar onde ninguém lá é seu fã neces-sariamente. Eles podem gostar de você e acrediar em você, mas ninguém vai chorar por causa da música e nem vai realmente sentir-la. Optamos por isso porquê era como se fosse uma homenagem ao Mötley Crüe e

que é parte de algo que nós amamos.

Eu adorei o video para a música “Issues”. Fi-cou ótimo!

Sim, ficou ótimo, porquê o mundo está começando a ser introduzido. Eu tive problemas com o estrelato, an-tes mesmo de eu me tornar uma estrela e agora estou começando a perceber que há um mundo lá fora, que nem sabe quem eu sou. Este é o nosso quarto vídeo. Fizemos um vídeo para “10 Miles Wide” em um avião no último álbum. “Issues” foi o primeiro para este ál-

bum. AMANDA VIEIRA SANTOS

» www.myspace.com/escapethefate «

Page 8: Six Seconds #12

Dying Is Your Latest Fashion (2006)

This War Is Ours (2008)

Escape The Fate (2010)

DISCOGRAFIA

Escape The FateEscape The FateDGC, Interscope

Antes do lançamento deste álbum, a banda criou uma baita de uma campanha publicitária para si próprios. O baixista Max Green afirmou que a banda era uma forma de “esquecer o passado e reescrever o rock como o conhe-cemos.” Ele também afirmou que este novo álbum seria “a cura para a epidemia da música moderna.” Este álbum não é uma “cura”, é parte de uma infecção que mantém esta cena na era da mesmice, na qual está presa atual-mente. Do lado da musicalidade, tudo está ótimo. O baixo é audível na maioria das faixas (mais evidente na faixa ‘Issues’), e Bryan traz alguns riffs interessantes e lidera em muitas faixas. O único problema que tenho com Bryan, é que ele parece um truque barato nesta banda. Ele parece estar muito acima de toda a banda, e a banda parece usa-lo em proveito própio. Eu fico me perguntando, quando tempo eles vão continuar usando seus riffs, antes de per-ceber que sem isso, eles não são grande coisa. Craig Mab-bit nunca foi um bom compositor e este álbum não é uma excepção. Algumas linhas dele são realmente ridiculas: em “City of Sin” por exemplo, onde ele fala para “sacudir sua máquina de dinheiro (shake your money maker)”. E ele está reescrevendo o rock? Eu acho que não. Esta banda tem algum “bad boy” invisível e músicas como esta pare-cem super forçadas. Em “Lost in Darkness”, ele canta que não pode encontrar sua inspiração e eu não tenho outra alternativa a não ser concordar com ele. Craig no entan-to, merece reconhecimento em um aspecto neste álbum, que é o seu vocal. Seu vocal neste álbum está melhor, do quê qualquer coisa que eu já ouvi dele antes. Isso pode ser em parte devido ao produtor Don Gilmore, que fez um belo trabalho com a produção deste álbum. Tudo soa ní-tido e claro e nunca demonstra uma produção excessiva. Finalmente parece que Craig está confiante em seu papel como o vocalista e seu desempenho é muito melhor do que em “This War Is Ours, onde a sua voz soou um pouco estranha. Escape the Fate conseguiu fazer um álbum legal e eu os parabenizo por isso, mas se você faz promessas de reescrever o rock, é melhor cumprir. NATHANIEL H. MORGAN

Page 9: Six Seconds #12
Page 10: Six Seconds #12

Simplesmente não tem como fa-larmos de Heavy Metal e não citarmos essa obra prima. Com musicas épicas, refrões melódicos e duetos de guitarras perfeitos fizeram com que este album se tornasse um dos maiores albuns da história. Destaque para “The Loneliness Of The Long Distance Runner” uma das mais perfeitas musicas que eu já ouvi.

iron maidensomewhere in time

1

O que mais me admira neste al-bum são os arranjos de guitarra e principalmente os solos do Slash. Sem dúvida alguma ele é um dosmaiores guitarristas de todos os tempos.E neste album ele dá uma aula de guitarra, com riffs marcantes e solos memoráveis.Destaque para o solo final da “Ni-ghtrain”.

guns n rosesAppetite for Destruction

2

Este é o melhor album da carrei-ra solo do Bruce Dickinson. Não existe uma música ruim neste CD. Você pode ouvir do começo ao fim que ficará impressionado com as ótimas composições. Des-taque para “The Alchemist” que tem um refrão de arrepiar.

Bruce Dickinsonchemical wedding

3

Não tem como falarmos de Thrash Metal e não falarmos do Pantera.Nesse album a banda inteira dá uma aula do que é musica pesada e principalmente o Dimebag Dar-rell com seus riffs matadores. Pra mim esse Cd é o mais completo da carreira deles. Simplesmente é um soco na cara.

panteraVulgar Display of Power

4

Foi díficil decidir, mas hoje eu digo que este é o maior album de thrash metal da história. A aber-tura do album com a musica “Bat-tery” já mostra tudo o que está por vir. Sem dúvidas é um album que marcou os anos 80 e ja mos-trava o quanto o Metallica esta-va à frente das outras bandas da época. Destaque para “Disposa-ble Heroes” que para mim é uma das melhores musicas da banda.

metallicamaster of puppets

5

Page 11: Six Seconds #12
Page 12: Six Seconds #12

Nos conte um pouco da trajetória da band até agora!

A banda foi formada por Andrea Larosa e Gio-vanni Santolla em 2010, logo depois de An-drea e Frank terem decidido deixar suas ban-das por um novo projeto. O produtor Andrea Fusini (Ms White, Rise Records, Melody Fall - Universal) gostou da banda e decidiu virar o

produtor da mesma.

Qual a origem do nome Ready, Set, Fall!?

Nos levou quatro meses para decidir o nome e nós estavamos com pressa porquê o promo-tor tinha que preparar o flyer para o nosso pri-meiro show. Nosso nome é baseado em um poema de um escritor italiano chamado Leo-pardi, no qual descreve que a espera de um evento é bem melhor do que o própio. É tam-bém uma forma de animar quem quer que es-teja tentando alcançar um objetivo, afim de dizer que depois da caída (fall), sempre é pre-

ciso estar pronto (ready).Nos conte um pouco sobre o seu gosto musi-cal. Que tipo de música vocês tem ouvido ulti-

mamente?

Nós escutamos várias coisas. Fra e Giovanni são influênciados principalmente por bandas de Black/Death Metal, Frank e Andrea gostam mais de Post-Hardcore e Chris gosta das bandas que tocam nos ritmos e tempos mais impossi-

veis.

Você acha que a popularidade da banda inspi-ra outras bandas italianas e vice-versa?

Nós achamos que sim. Se uma banda italiana consegue um feedback alto, toda cena italiana ganha atenção. Duas italianas bandas que estão

se dando bem são Ms White e Helia.

Que tipo de problemas a banda enfrenta ou tem enfrentado ultimamente?

O fato de ter apenas um ano de existência.Qual foi o momento mais engraçado que já

aconteceu entre vocês?

Toda vez que encontramos nosso produtor em Turin nós rimos muito e nos divertimos :). Nós deviamos fazer umas filmagens com ele no nos-

so proximo video diário.

Como foi o processo de gravação do video Skyscapers? Quem foram os responsaveis?

Skyscapers foi escrito com Andrea Fusini e a música se encaixou perfeitamente com o quê nos queriamos fazer. Na verdade, nós estamos gravando outras músicas para o nosso EP/Al-bum (nós ainda não sabemos se será um EP ou um álbum) e cada música é realmente muito di-ferente. Nós estamos tentando produzir um ál-bum rico em influências, mas sem sair do nosso

estilo.

Direto da Itália, Ready, Set, Fall! fez seu caminho até a cena de hardcore/metal com um som que é ao mesmo tempo pesado e cru, cativante e melódico. Tendo algumas influ-ências pop, afim de criar um contraste diferente, a banda recebeu vários elogios. Nós da Six Seconds, não perdemos a chance e batemos um papo com o baterista Andrea Larosa sobre o mais recente video da banda, Skyscrapers e sobre vários outros assun-

tos. Confira!

Foto: Andrea Larosa

Page 13: Six Seconds #12

Que tipo de conceito ou estória está por trás deste video?

A música fala sobre as dificuldades sociais e pensamos em representá-la com a monotonia da própria vida e do emprego. Nós estávamos com pressa em lançar o vídeo o fizemos como podíamos. Alguns criticaram o final do vídeo: cortamos a parte final para que os ouvintes/ob-

servadores pudessem sonhar com isso.

Vocês estão com a agenda bastante cheia, fa-zendo shows na Italia, Bélgica e UK. Como está

sendo esta experiência?

A experiência está sendo incrível. Tocar no pal-co é sempre excitante, melhor ainda se você

toca longe do seu pais.

Vocês misturam o Metal com o Hardcore. Essa moda do Metalcore tem alguma influência so-

bre vocês?

Cada membro é inspirado por muitas, muitas bandas, nós não poderíamos listar todas. Até onde nos lemos nos comentários do nosso vi-deo, havia algumas criticas na palavra “Metal-core”. Para Metalcore, nós simplesmente mis-turamos o metal com o hardcore. Skyscapers foi reconhecido como Swedish Metal, mas nós não poderíamos definir um gênero, pois nossas mú-

sicas são todas diferentes das outras!

Que tipo de abordagem vocês tem nas letras? Como é o trabalho na banda?

Chris (quem escreve as letras) prefere a escrever letras sobre as lutas normais em um ponto de vista poético, nós fomos marcados como uma banda cristã, mas o Chris e os outros membros da banda deixaram claro que não são religiosos musicalmente falando. Chris prefere escrever sobre a natureza, humanos, devaneios ou ini-

migos :).

O video Skyscapers está sendo um grande su-cesso no Brasil e várias pessoas já comenta-ram que vocês possuem apenas duas músicas lançadas. Então, quando vocês irão lançar um

álbum?

Na verdade, nós estamos pensando em lançar na primavera, depende mais nos interesses da gravadora. É realmente dificil fazer tudo sozi-nho, tendo uma gravadora iria ajudar a banda bastante na divulgação e no lançamento do ál-

bum.

Beleza, Andrea. Obrigado pela entrevista, há algo que você gostaria de adicionar?

Sim! :). Em Skyscapers, Chris não usa lentes de contato, o efeito nos seus olhos foi feito com luzes do estúdio... E, nós achamos a gata de ca-belo verde gostosa também! Ela é nossa amiga,

aha :). NATHANIEL H. MORGAN

» www.myspace.com/readysetfallmusic «

Andrea Larosabate bola

Sherlock Holmes ou James Bond? Sherlock HolmesCerveja ou Vinho? Cerveja (rios de cerveja)Mc Donald’s ou Burger King? Burger King

MAC ou PC? MAC ftw (for the win)

Slayer ou Metallica? SlayerFilmes ou Livros? Filmes

Foto: Andrea Larosa

Page 14: Six Seconds #12

Foto: Gabriel Pazin

Vindo do ABC paulista, Gaia mistura vários elementos do Metal e do Hardcore. Com seu último lançamento “Um Novo Amanhecer”, a banda já está nos estúdios gravando o seu segundo álbum. A Six Seconds bateu um papo com o baixista Marcus Vinicius, que nos

deu mais detalhes sobre o novo álbum e também sobre a banda. Confira!

Opa Tudo certo?

Opa, tudo tranquilo! Olá, leitores da Six Se-conds!

Primeiro nos conte um pouco sobre o traje-tória da banda até agora..

A banda começou em março de 2008, com o Rodrigo (Vocal), Gustavo (Guitarra), Ivan (Ba-teria) e o José (Baixo), após alguns shows o Cássio foi chamado para fazer a outra guitar-ra, e no final de 2008 o José saiu da banda e o Marcus foi chamado pra assumir o baixo. A banda tem dois EPs lançados, um em 2009 chamado “Enquanto há esperança, há vida” e

“Um novo amanhecer” lançado em 2010.

De onde veio o nome Gaia?Bom, existem várias colocações para o nome Gaia. Gaia é a deusa da terra na mitologia gre-ga, e também existe a teoria de Gaia, que diz que a terra é viva e tem “vontade própria”, são

dois pontos interessantes, mas o principal para nós na escolha do nome, foi por ser um nome

universal, em qualquer lingua, Gaia é Gaia.

Como você avalia a cena underground atual?

Como tudo, tem seu lado ruim e seu lado bom. Temos muitos problemas de estrutura, nem to-dos os shows são em casas boas, com equipa-mentos bons ou no mínimo aceitáveis. Alguns problemas com organizadores, que visam so-mente o lucro próprio e não se preocupam com o trabalho das bandas e com o conforto do pú-blico. É complicado, mas hoje conhecemos pes-soas que buscam uma melhora desse cenário através do esforço em conjunto das próprias bandas. A parte boa, é que temos sempre um público junto com as bandas, que apóia, curte o som de verdade, e está sempre comparecendo,

sem eles não seriamos nada!

O quê você acha da evolução da banda até os dias atuais?

Acho que somos um banda que sempre passa por novas reformulações internas. Desde o iní-cio até agora dá para notar que nosso som mu-dou e continua mudando conforme a evolução dos integrantes. Mais acho que chegamos em um momento em que nossas composições tem a mesma “cara” criando uma identidade para a

banda.

Que tipo de temas vocês abordam em suas le-tras?

Falamos sobre coisas simples do cotidiano. Va-lorizamos a amizade, respeito e união. Tenta-mos passar uma mensagem positiva, acima de qualquer ideologia, estilo de vida ou escolha

pessoal.

Nos conte um pouco sobre as composições en-tre vocês.

Nosso processo de composição é bem compli-

Page 15: Six Seconds #12

cado, cada um trás influências diferentes de coisas que está ouvindo no momento. É difícil acabar unindo tudo em uma música. Discu-timos e argumentamos muito mas consegui-mos chegar a um censo comum e montar uma música que agrade a todos nós. Pensamos sempre em algo que gostaríamos de ouvir e

no que é legal de ouvir em um show

Vocês pretendem lançar algo novo logo? Se sim, fale um pouco sobre.

Estamos compondo músicas para nosso pri-meiro CD, ainda não tem data de lançamento. Vai demorar um pouco por estarmos em pro-cesso de composição, mais já temos músicas antigas que entrarão no CD. A espera vai valer

a pena, garanto.

Qual a maior dificuldade que vocês enfren-tam como uma banda independente?

Acho que é a falta de dinheiro pra fazer as coi-sas que a gente planeja. É tudo muito caro, instrumentos, ensaios, equipamentos, grava-ções, fora grana para investir em Merch e etc. Nós temos emprego fixo e nosso salário vai grande parte para a banda, mas ainda assim não é o suficiente. Quem tem banda sabe do que estamos falando, são muitas as dificulda-

des.

As artes da banda (incluindo o logo) são mui-to bem feitas, houve alguma inspiração para

isso?

Nós todos nos preocupamos bastante com essa parte, uma arte legal e um bom logo sempre chama a atenção pra banda daqueles que nun-ca ouviram o som. Toda banda tem que priori-zar o som, claro, mas esse lado visual sempre tem que caminhar lado a lado com a música. A identidade visual de uma banda se torna quase

tão importante quanto sua música.

Como anda a agenda de vocês ultimamente?

Nossa agenda está cada vez melhor, só temos a agradecer aos organizadores que sempre lem-bram do nosso nome e nos convidam para os eventos. Estamos diminuindo um pouco a carga de shows para que se inicie o processo de com-posição das novas músicas, mais nos eventos já marcados e mais importantes vamos tocar com

certeza.

Quais são suas principais fontes de inspira-ções?

No lado musical nos inspiramos em bandas que mesclam hardcore com metal, como The Ghost Inside, For The Fallen Dreams, Bury Your Dead, Legend, bandas de hardcore como Terror, Co-

meback Kid, Deez Nuts e Your Demise e metal-core como Heaven Shall Burn, Bleeding Though, Caliban e etc. Pelo lado das letras, e ideologias, tentamos sempre passar uma mensagem posi-tiva para as pessoas, como respeitar ao seu pró-ximo, respeitar as diferenças de crenças, estilos de vida e etc. e fazer o bem as pessoas que vi-

vem ao seu redor!

Algo que vocês do Gaia gostariam de alcançar, que ainda não alcançaram?

No momento acho que abrir um show para uma banda gringa, seria uma grande honra, e a realização de um sonho pra nós. Mas o prin-cipal é gravar nosso CD de estréia, afinal vai ser um passo importante para a banda e depois a gravação de um clipe, quem sabe? Idéias não

faltam.

Obrigado pela entrevista. Algo que vocês gos-tariam de dizer?

Gostaríamos de agradecer a todos da equipe Six Seconds primeiramente, aos leitores e a ga-lera que cola sempre com a gente nos shows. Nos vemos nos shows por ai. “Seja forte, lute

sempre”. NATHANIEL H. MORGAN

» www.myspace.com/gaiaabc «

Page 16: Six Seconds #12

Olá a todos. Aqui reside a lista épica de vocalista do metal que vai agredir sua sensibilidade nesta edição. Como todos nós aprendemos na escola, um artigo não é digno até incluir um aviso. Então aqui vamos nós.

Então, essa é uma lista que eu tenho certeza que muitos podem não concordar. Como a natureza de todas as listas certamen-te vão haver questionamentos, mas está tudo bem. Fizemos algumas decisões ao formar essa lista. Decidimos que iríamos focar vocalistas de metal, porquê senão vai se tornar muito di-fícil de julgar.

Ao elaborar esta lista os fatores que foram considerados foram: escala, qualidade da versatili-dade da voz e singularidade. Exclusividade realmente desempenha um fator muito grande em algumas das escolhas, talvez pudesse ver isto como uma advertência ou uma coisa boa... Fi-nalmente decidimos que esta lista deve ser considerada como uma lista principalmente do sexo masculino. Enfim, sem mais delongas, aqui começa a lista: para cada entrada haverá um retrato do vocalista, juntamente com uma sinopse. Nesta edição, vocês verão 25 melhores vocalistas, que terá sequencia na próxima edição.

50. Marcus Bischoff (Heaven Shall Burn)

Ele não é o vocalista da melhor banda do mundo, mas porra, ele tem um berro e uma energia única. Seus vocais são grossos e funcionam dentro de sua cena, e ainda é disinto o suficiente para se destacar. Seus vocais também funcionam

perfeitamente ao vivo, então, de fato não é um truque de estúdio. Na sua cena, onde vários jovens fazem um som parecido, Marcus recebe vários elogios.

49. Buzz Osbourne (The Melvins)

Buzz esta aí cerca de 25 anos e agora o cara é, no meu ponto de vista, o epítome de “não tô nem aí”, mas o cara merece crédito por seus vocais. Ele pode não ser o mais bem dotados tecnicamente, mas sua voz é tão versátil como as músicas

do Melvins.

48. Tomas Lindberg (At The Gates, Nightrage)

Uma das coisas que mantém At The Gates no alto de seus clones, para mim, são os vocais de Tomas, o cara é instantaneamente reconhecível e fornece um de-

sempenho poderoso em qualquer disco que ele participa.

Page 17: Six Seconds #12

47. Cedric Bixler Zavala (At The Drive In, The Mars Volta)

Embora eu não ache tão impressionante, ninguém pode negar o carácter distinto e a grandiosidade dos vocais de Cedric na grande banda de post-hardcore, At The Drive-In.

Depois de apenas três álbuns, é uma pena que a banda tenha que se aposentar.

46. Daniel Gildenlöw (pain of salvation)

Daniel é tão desvalorizado, puts, Pain of Salvation é tão desvalorizado, esse cara é pro-vavelmente um dos vocalistas mais talentosos do metal progressivo, que é um gênero

que já vem embalado com grandes vocalistas. Daniel produz alguns dos mais espetácu-los emotivos que uma pessoa normal pode produzir, mesmo quando se trata de algumas

letras explícitas.

45. Jonas Renkse (katatonia)

Os vocais discretos de Jonas Renkse são perfeitos para abordagem melódica de Katato-nia, eles tendem a flutuar no ar. Não um dos mais poderosos, mas esse não é o ponto,

ele realmente chama atenção do ouvinte e mantem entretido todo o tempo.

44. robb flynn (machine head)Bem, esse com certeza não precisa se apresentar né? Amando ou odiando ele, o cara tem

talento. O problema que tenho com um monte de vocalistas de groove (além do fato de que eu particularmente não gostar deles) é que eles têm a tendência a soar muito familiar. Apesar de seus sentimentos com Robb Flynn não há argumentando que o homem do Machine Head

é reconhecido na multidão. Ele tem um vocal firme e berros ótimos, que se diferencia dos demais vocalistas, mas ele também tem um alcance e uma voz muito triste, quase como um

vocalista mais áspero. Ele é o complemento perfeito para sua música.

43. phil anselmo (down, pantera)

Phil Anselmo impressiona demais as pessoas. Ou ele é um Deus ou ele é um otário. Mas porra, ele tem um vocal distinto, perito em quase qualquer gênero, a lista dos projetos que ele já esteve é provavelmente maior que meu braço. Cheio de alma e idiotice, mui-

tos tentam imitar, mas nunca dificilmente conseguem.

42. Pete Stahl (goatsnake, scream)

Pete Stahl é a marca registra e é o quê faz Goatsnake um pouco mais especial. O seu esti-lo é exatamente como todo vocalista doom metal quer ser.

Page 18: Six Seconds #12

41. Tim Ripper Owens (Iced Earth, Judas Priest, Winter’s Bane)

Só estou familiarizado com o desempenho de Tim Ripper Owens no Iced Earth, mas ouvi dizer que ele fez coisas boas em Charred Walls of the Damned ano pas-sado, que performance, seu desempenho ao vivo com certeze merece lugar nesta

lista. O cara é incrível.

40. Loïc Rossetti (the ocean)

Loïc é o ultimo vocalista do The Ocean e na minha opinião, o melhor. Ele é um jovem sui-ço, que tem uma grande variedade e um berro poderoso. Para um cara que, quando se juntou à banda, não sabia inglês, ele dominou sua enunciação sobre um monte de pala-

vras e ele mostra ter um desempenho bastante emotivo. Ao vivo, ele soa impecável, acer-tando todas as suas notas perfeitamente. Pessoalmente, adoro o seu vocal limpo, acho que ele é um ótimo vocalista e que ele continue com The Ocean por um bom tempo.

39. dani filth (cradle of filth)

Em primeiro lugar, estou ciente que essa foto define exatamente o oposto do quê Cradle of Filth é, é por isso mesmo que eu escolhi ela. Eu concordo apesar de eu não estar inte-ressada na música que Cradle of Filth faz e em até mesmo Dani Filth, não se pode ignorar que ele tem uma voz única. Se você disocorda, eu quero que você me mostre um voca-lista que tem a voz mais fina que ele. Ele é especial e por isso ele irá ficar com este lugar

neste top.

38. corey taylor (slipknot, stone sour)

Aí está. Corey Taylor foi o meu vocalista favorito. Se você ouvir os albuns antigos do Sli-pknot, a primeira coisa que irá se lembrar será dos mosh pits. Seus berros tinham uma

energia inigualavel e depois que ele ficou ‘rouco’, ele começou um novo projeto no Stone Sour, o quê mostrou um lado que muitos ainda não conheciam. Além de berrar maravi-

lhosamente, ele também tem um talento natural para cantar normalmente. Não há mais nada a ser dito.

37. anders friden (in flames)

In Flames é uma banda ícone, um dos pioneiros principais do muito criticado som de Go-temburgo. Apesar de o som ter sido estuprado em uma obliteração, o vocal de Anders ainda permanece original. Há algo em sua voz que é muito mais sutil do que um monte

de outros vocalistas nesta lista. Sua voz é diferenciada, com nada de particularmente es-telar ou sensacional, mas cada palavra que sai de sua boca, tem uma certa emoção. Seu

vocal é algo que realmente algo muito difícil de reproduzir ou imitar.

36. Tommy Giles Rogers Jr. (Between The Buried And Me, Giles, Thomas Giles)

Thomas Giles é um cara de grandes talento e um grande compositor. Mas vamos falar so-bre sua voz. Seus vocais em Between The Buried and Me não são muito fortes, mas com

certezas, se destacam bastante. Pessoalmente, onde Thomas se separa e faz seu trabalho solo (no álbum Pulse), realmente não tem o quê dizer; o álbum é maravilhoso, além do

fato dele fazer todos os instrumentos, sua voz dificilmente peca durante o álbum.

Page 19: Six Seconds #12

35. Peter Steele (Type O Negative)

Os vocais assombrados de Peter Steele é mais fundo que um tumulo, é o tipo de vocal que você quer que cante no seu funeral, sombrio, lento, poderoso, ele convoca as nuvens mais negras que podem estar no ceu. Ele era (e ainda é) a coisa mais definitiva no Type O

Negative.

34. Ihsahn (Emperor, Ihsahn)

Um dos melhores vocalistas de black metal. Ele tem uma maneira de criar a melodia e atmosfera simplesmente apavorante. O cara é certamente mais conhecido por sua ha-

bilidade na composição do que seu talento como vocalista, mas sério, seus vocais fazem parte de tudo isso. É como a cereja em cima do bolo. Seus vocais limpos são bastantes

sensuais e suave, eles se encaixam perfeitamente com a sua aspereza.

33. serj tankian (system of a down, serj tankian)

Aí está Serj Tankian! O vocalista infame dos herois do new metal, System of a Down. O cara tem ritmo de espadas com seu trava-línguas de louc. Junte isso com o seus berros

loucos e sua grande variedade vocais limpos, ele é uma combinação que vale a pena ser ouvida e definitivamente merece este lugar.

32. Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan)

O cara. A lenda. Bem, nem tanto, mas Greg ainda é bastante reconhecido entre os fãs de metal. Sua presença no palco é intimidante e cada berro desesperador ecoa nos ouvidos

da multidão. Você pode ver sua performance em outros albuns e com outras banda e francamente, você sempre sabe quando o cara está por perto. O cara canta muito.

31. Einar Solberg (Leprous, Ihsahn)Esta é uma lista onde sentimos que alguns dos vocalistas menos conhecido ainda podem apa-recer. Einer é jovem, especialmente nos padrões de vocalistas de metal. Leprous só tem dois álbuns, mas é um grande disco progressivo e atmosférico. Estou torcendo para que saia algo novo em 2011. Einar tem uma voz muito poderosa para uma pessao tão jovem e é responsá-vel por alguns dos mais sublimes vocais limpos no último disco do Ihsahn. Para um cara tão

normal, ele realmente atinge as notas épicas e ele é uma entidade impressionante, especial-mente ao vivo quando sua voz se eleva a alturas ainda maiores.

30. Trent Reznor (Nine Inch Nails, How To Destroy Angels)Trent Reznor é instantaneamente reconhecível. Seus vocais para mim são semelhantes aos

Ihsahn em termos de que eles não são surpreendentes, mas eles cria, ótimas musicas e suas vozes são perfeitamente equipadas para isso. Ele tem variação, groove e uma compreensão real do ritmo. Acho que o jeito que ele canta e se estende suas palavras é realmente muito

sexual, assim como sua música.

Page 20: Six Seconds #12

29. Neil Fallon (Clutch, The Company Band)Apesar de nada de especial olhando de cara, aqueles mais íntimos com Clutch estarão cientes de quanto versátil Fallon é. Capaz de soar como um búfalo berrando, um pregador persuasivo,

ele é o cara. Neil Fallon é o um Deus.

28. Matt Barlow (Pyramaze, Cauldron, iced earth)Um homem famoso por sua voz, é claro que ele merece estar em uma lista preenchida com

outros grandes vocalistas. O cara não iria estar nesta lista inicialmente, mas vi um espaço aberto e eu prestei atenção nele e ele é impressionante. Ele tem um alcance fantástico com

sua voz. Embora com toda a honestidade que eu sinto que algumas pessoas são mais originais e é isso o que estamos tentando dar crédito aqui.

27. Bill Robinson (Decrepit Birth)Puts. Esse é estranho ein? Mas eu gosto de barbas. As guitarras de Decrepit Birth não cantam com você, com a sua impressionante melodias? Você não se vê levitando, tentando toca-las? Mesmo não tendo ideia de como tocar guitarra? E que tal um gato chorando enquanto é tor-turado? O ponto é, as melodias são boas, mas o que as torna ainda maior é tê-las juntamente com com os berros de Bill Robinson. Esse cara berra muito. Seus berros ressoam em torno da complexidade das múltiplas vertentes que a música cria. Decrepit Birth é a música do apoca-

lipse.

26. Luke Kenny (The Berzerker)Falando em vocalistas feios da nova evolução.. lhes apresento Luke Kenny. Esse australiano, parece o irmão maligno de Serj Tankian e cara, ele é maligno. O cara deve ter sido agraciado com um ter-ço (talvez até um quarto) do pulmão, o que lhe permite atingir velocidades estupenda, sem pausa

para respirar. Quando um vocalista consegue manter e permanecer em um ritmo com um baterista super rápido e cantando letras que não possuem palavras pequenas, ele simplesmente tem um ta-lento. Em termos de som que ele não é o melhor, mas seu talento vocal, é simplesmente fenome-

nal. Esse cara é tão durão, às vezes ele simplesmente diz: “Foda-se o ar!” e continua.

25. rody walker (protest the hero)Protest The Hero é uma banda que é bem respeitada pelos metaleiros. Eu tenho certeza algumas das razões, é o fato deles terem um vocalista como Rody Walker. Sua voz é única, tanto os berros

quanto os vocais limpos. Tudo isso pode ser confirmado no clipe ‘Bloodmeat’, quê não deixa de ser uma ótima música.

24. Randy Blythe (lamb of god)Randy é uma lenda do groove metal. Seu estilo vocal consiste tanto de gritos em tons graves e agu-dos, e ultimamente voz de barítono. É dificil achar alguem que consegue alterar seu vocal da forma que Randy altera e sua performance não é apenas nos estúdios, ao vivo ele também não deixa de-

sejar.

Page 21: Six Seconds #12
Page 22: Six Seconds #12

Inspirado por fotografias e artes surreais, Wil Minetto é um dos importan-tes membros da Inbloodesign. Sendo tanto ilustrador como manipulador de fotografias, o seu portfolio é composto por diversas artes que surpre-endem a compreensão artistica. A Six Seconds teve uma conversa super

descontraída com este artista. Confira!

De onde você é?Olá, sou nascido no interior de São Paulo (Limeira) e atualmente moro em Natal-RN.

Nos fale um pouco das coisas favori-tas que você gosta de fazer.Adoro viver, andar por aí, sair com mi-nha noiva e amigos, observar o mundo. Ler, assistir filmes e peças, seriados, to-car, estudar, criar.

Como é o seu dia-dia?De muita luta. Agência, projetos para-lelos, criação, estudos, música, obser-vação, aprendizado, fé e gratidão.

Se você pudesse inventar qualquer coisa, o quê seria?Paz mundial (papo de concurso Miss Mundo).

Burger King ou Mc Donald’s?Burger Donald’s.

Sherlock Holmes ou James Bond?Sherlock Holmes.

MAC ou PC?MAC.

O quê é melhor: jogar, ler ou assistir filmes? Fale um pouco do seu favorito.Ler, pois a leitura alimenta e aguça a criatividade, fortalece o pensamento e a imaginação.

Se você pudesse ser um personagem em um livro, qual você seria e por quê?Dos últimos que li, seria Derfel Cadarn (“As Crônicas de Arthur” / Bernard Cor-nwell) pela honra, integridade, força de vontade, simplicidade e bravura.

Que tipo de tecnologia você pretende ver no futuro?Cura de doenças atualmente incurá-veis.

Livros e Filmes servem de inspiração para muitos artistas. Como é com você?Tudo que faço é inspirado no meu co-tidiano. Livros e filmes estão sempre presentes e todos colaboram de algu-ma forma para alguma linha de pensa-mento, comunicação.

Qual jogo classico você gostaria de ver uma atualização moderna?

Alex Kidd.

Nos conte sobre sua comida favorita.massa (mas-sa) s. f. / Mistura de um farináceo com água ou leite, formando pasta.

Se você tivesse uma maquina do tem-po. Qual era você visitaria?Essa é uma dádiva que vai além. A von-tade seria visitar tudo, o início de toda essa loucura que é a vida. No fim, nada melhor que seguir em frente sem alge-mas do passado ou sofrimento por vés-peras.

Você preferia ser excepcionalmente inteligente ou excepcionalmente cria-tivo?Excepcionalmente ou parcialmente ambos, pois se fortalecem e comple-mentam.

Se você tivesse que ir em apenas um restaurante em apenas 1 ano, qual você iria?Cozinha da “mama”.

Se você tivesse um milhão de reais, o quê você faria?

Page 23: Six Seconds #12

Investiria em conhecimento e um bocado de ações do Google.

Que conselho você daria para pessoas que es-tão iniciando nesta area de design?Jamais desista ou estagne. Aceite opiniões cons-trutivas, vá além, inspire, transpire, estude, use a alma, a perceptividade.

Como funciona o processo de criação, do inicio até o fim.Quando é algo pessoal, rola naturalmente. Às ve-zes esboço no papel, mas normalmente já sei pra onde ir e deixo o ‘feeling’ guiar o momento. Pro-fissionalmente busco me envolver inteiramente com o projeto, entender o que é e viver aquilo enquanto estiver criando. Levanto um breve brie-fing, pesquiso, faço alguns esboços (mentais ou rabiscos) e boto a mão na massa.

Qual seria seu projeto dos sonhos?Profissionalmente: um estúdio focado no meio artístico (música, cinema, literatura, teatro...).Pessoalmente: viver intensamente, envelhecer ao lado de todos que amo e colaborar positiva-mente nesse mundo louco.

Teve algum momento em especial em 2010 para você?Vários. Encontrar a família, o “sonho da casa pró-pria” ao lado da minha noiva, ter o privilégio de lidar e trabalhar com pessoas talentosas.

Existe algo, que você gostaria de falar?Só agradecer todos que colaboraram ou colabo-ram comigo, seja direta ou indiretamente. Em especial meus pais, meu irmão, minha noiva e parceira pra toda hora (www.myspace.com/hel-barros), meus grandes brothers da Inbloodesign e todos artistas, músicos, produtores que confiam em meu trabalho.

Obrigado pela entrevista, Wil.Eu que agradeço essa oportunidade, foi um pra-zer. Mu ito sucesso, fé e prosperidade pra todos! NATHANIEL H. MORGAN

» http://wilminetto.carbonmade.com/ « » http://singletree.deviantart.com/ «

Page 24: Six Seconds #12

Na décima segunda edição da Six Seconds, nós decidimos organizar uma lista das mu-lheres mais gatas do metal. Como a lista é enorme, eu acredito que possa haver até várias bandas desconhecidas, o quê vai ser muito bom para vocês conheceram novas

bandas também. Confiram!

Page 25: Six Seconds #12
Page 26: Six Seconds #12

Foto: ADDE

Page 27: Six Seconds #12

Foto: ADDE

Page 28: Six Seconds #12

Foto: Chris Denner

Page 29: Six Seconds #12

Foto: Gian Michailoff

Page 30: Six Seconds #12

Foto: Georgios Sousa

Page 31: Six Seconds #12

Foto: Filip Zolynski

Page 32: Six Seconds #12
Page 33: Six Seconds #12
Page 34: Six Seconds #12
Page 35: Six Seconds #12
Page 36: Six Seconds #12
Page 37: Six Seconds #12
Page 38: Six Seconds #12
Page 39: Six Seconds #12
Page 40: Six Seconds #12
Page 41: Six Seconds #12
Page 42: Six Seconds #12
Page 43: Six Seconds #12
Page 44: Six Seconds #12
Page 45: Six Seconds #12
Page 46: Six Seconds #12
Page 47: Six Seconds #12
Page 48: Six Seconds #12
Page 49: Six Seconds #12

Depois da pausa que a banda após a tour do “Raised On Radio”, a banda retorna com o excelente Trial By Fire! Aqui, temos a ban-da apostando no famoso AOR que tanto a consagrou, mas com uma roupagem mais pesada, di-vidindo bem o espaço com o Hard Rock mais tradicional e um pouco menos com o AOR mais saudosita da década de 80. Steve Perry dá um show nesse álbum e mostra porque era conhecido como “the voice”, já que sua voz não possuia mais o alcance de tempos como “Escape” e “Frontiers”, fazendo-o se reinventar na arte de cantar! Disco pra todos os gostos, com temas mais pesados, outros mais moderados e várias e belas bala-das!

JOURNEYTRIAL BY FIRE

1

Genialidade em forma de músi-ca!!! Prog, hard, metal, experi-mental, não importa!! Não tem como ouvir esse disco e passar in-diferente. Não temos uma música ruim e não tem nada a declarar de cada um dos músicos. Desta-que? Todos!!! Provavelmente te-nha sido o trabalho que fez o Jorn Lande explodir pro mundo e, con-venhamos, ele dá uma aula de como cantar do começo ao fim do trabalho! Típico álbum que, infe-lizmente, a banda acerta apenas uma vez durante toda a carreira!

ARKBurn The Sun

2

Na minha opinião, os caras conse-guiram se superar nesse álbum!! Dessa vez, eles não só continu-aram com sua mistura de Hea-vy Metal com Hard Rock, como deixaram o som um pouco mais comercial, resultando nessa obra prima! O track list também ajuda muito, e o que está cantando Ge-off Tate é brincadeira! A produ-ção de primeira linha também é outro atrativo pro álbum!

QueensrycheeMPIRE

3

O que mais me impressiona nesse disco é a maneira como o Jeff está cantando, deixando um pouco de lado o vocal mais AOR que ele ex-perimentou no “Prism”, mas tam-bém não tão pesado como em seus trabalhos com o “Talisman”. Além disso, Jeff experimentou muitas coisas com mais groove e outras bem pesadas mesmo no instrumental, dando uma identi-dade nova ao hard rock.

Jeff Scott SotoLost In Translation

4

Comecei a ouvir Iron após escutar na rádio a faixa “Can I Play With Madness”, e me impressionei com o refrão dessa música. Após cole-cionar os discos do Maiden, e fi-nalmente chegar ao Seventh Son, fiquei de queixo caído com o ál-bum. Muita gente não curte pelo fato da banda ainda estar usando sintentizadores mas, nesse disco, eu me atrevo a dizer, que a ban-da não fez um refrão ruim sequer, isso para não falar do conceito do álbum que é maravilhoso!

iron maidenSeventh Son Of A Seventh Son

5

Foto: Ricardo Zuppa

Page 50: Six Seconds #12

Foto: Keaton Andrew

Oi. Pra começar, você pode nos contar um pou-co sobre a Woe, Is Me?

Bom, somos uma banda. Tocamos música, e estamos fazendo isso há cerca de um ano.

Vocês se juntaram ano passado e já assinaram um contrato com uma gravadora e lançaram um CD. Como você se sente por ter obtido esse sucesso tão rápido?

Tem sido insano. As coisas aconteceram muito rápido, fez as nossas cabeças girarem. Mas de-finitivamente está sendo muito divertido.

Eu li que vocês assinaram o contrato antes mesmo de fazer seu primeiro show. É verdade?

Com certeza. Nós assinamos o contrato no pri-meiro mês em que nos tornamos públicos e não fizemos nosso primeiro show até termos gravado nosso primeiro CD.Seu primeiro disco, Number[s], foi lançado em Agosto último. Como foi a recepção a ele?

A recepção tem sido incrível. Parece que muitas bandas não são muito bem aceitas no seu pri-meiro disco, mas nós só ouvimos coisas boas, o que tem sido ótimo.

Porque vocês usam colchetes no nome do CD?

Nosso CD é sobre os números que você ganha e perde na vida e cada música tem sua história atrás de nós. Eu acho que os colchetes somos nós tentando construir um exército de adeptos. Não somente pessoas nos apoiando, mas vice e versa.

Vocês tiveram alguma influência principal na hora de compor o disco?

A principal influência foram os amigos que ga-nhamos e perdemos enquanto escrevíamos o disco. Mas musicalmente nós sempre gostamos de bandas como Underoath e The Devil Wears Prada.

Woe, Is Me é uma banda americana de Post-Hardcore de Atlanta, Georgia. Formada em 2010 o grupo as-sinou contrato com a Rise Records antes mesmo de ter feito seu primeiro show. Em Augusto de 2010, eles lançaram seu primeiro álbum, intitulado Number[s] e o mesmo chegou no décimo sexto lugar do Billboard’s Top Heatseekers. A Six Seconds bateu um papo com o vocalista Tyler Carter sobre a banda, o álbum e o

seu primeiro video [&] Delinquents.

Page 51: Six Seconds #12

O que as pessoas podem esperar ao comprar seu CD?

Elas podem esperar baladas épicas de rock and roll.

Vocês estão em turnê, certo? Como está sen-do?

Sim. Estamos em turnê com We Came As Ro-mans e tem sido ótimo. Todos os shows foram lotados e a platéia tem sido louca.

Como você descreveria um show do Woe, Is Me?

Temos um show bem interativo. Queremos que a platéia se divirta. E se não estiverem nós os chamaremos. Eu gosto de+ pensar nisso como uma maneira de fazer o dinheiro deles valer a pena, haha.

Por quê vocês escolheram [&] Delinquents pra ser a primeira música a ter um clipe?

Era óbvio pra nós, porquê achamos que é a can-ção mais completa no nosso CD.

Há mais alguma música no CD que vocês gosta-riam de fazer um clipe?

Gostaríamos de fazer um clipe pra Mannequin Religion em breve. Acho que veremos se isso acontece ou não, haha.

Vocês planejam lançar o CD em outros lugares além dos EUA? Ou já lançaram?

Não lançamos, mas adoraríamos lançá-lo em outros países.

Últimas palavras?

Compre nosso album se ainda não comprou! Pare de se torturar, haha. LIVIA RAMIRES

» www.myspace.com/woeisme «

Woe, Is Me é uma banda americana de Post-Hardcore de Atlanta, Georgia. Formada em 2010 o grupo as-sinou contrato com a Rise Records antes mesmo de ter feito seu primeiro show. Em Augusto de 2010, eles lançaram seu primeiro álbum, intitulado Number[s] e o mesmo chegou no décimo sexto lugar do Billboard’s Top Heatseekers. A Six Seconds bateu um papo com o vocalista Tyler Carter sobre a banda, o álbum e o

seu primeiro video [&] Delinquents.

Page 52: Six Seconds #12

White LiesRitualFiction Records

hite Lies não é um nome de uma banda. Não tem nada de “branco” nisso: se Harry McVeigh (vocal e guitarra) conta uma mentira, é sobre como ele assasi-W

nou seu melhor amigo. Se ele conta uma história, é sobre como alguem o esfaqueou com um par de tesouras e deixou ele lá morrendo. Ele ainda não tem uma anedota ade-quada para festas e ele ainda não tem uma desculpa para faltar uma que não termine com o seu coração sendo trucidado em mil pedaços e é por isso que ele transmite tudo isso através da música. Ninguém iria parabeniza-lo por ter feito um monólogo sobre assassinatos, a menos que tenha orgãos de igreja e riffs de guitarra do Interpol para complementar. Foi exatamente desta forma que o álbum “To Lose My Life’ foi feito: Harry cantou tanto que é dificil saber onde uma mentira para e outra começa. A hipér-bole foi justificada por melodias sólidas de post-punk. ‘To Lose My Life’, nomeado em homenagem a sua obsessão com a morte e tristeza, não foi uma mentira superficial, foi a maior mentira que eu já ouvi em toda minha vida. E apesar de todo o trabalho des-tes bastardos mentirosos, eles são apenas uma banda de post-punk britânica, usando influências boas mas sem muitos recursos para ir tão longe como Joy Division ou Nick Cave foram. E por isso, ‘To Lose My Life’ é agora o maior problema da banda: o álbum não tem substância para ser clássico, muito menos letras, sua natureza bombástica e sua imensidão enjaulou eles. E com seu novo lançamento ‘Ritual’, dois anos depois, eles parecem se sentir facilmente eclipsados. E não deveriam se sentir, em alguns aspectos. Com a inspeção suficiente, ‘Ritual’ é o trabalho de uma banda mudada. “Bigger Than Us” foi um single bastante inesperado, borbulhando com o tipo de guitarra e sintetiza-dor de um novo “Personal Jesus”. “Turn The Bells” tem uma percussão tribal que dimi-nui o glamour de uma banda de post-punk, mesmo que seja por apenas um instante. E temos a faixa sinfônica, “Strangers”, que dá uma sensação emocionalmente leve. E aqui está o problema: esses novos recursos são usados transitoriamente e Harry parece não ter intenção alguma em centraliza-los. No departamento de composição do White Lies, a única coisa que parece ter importância para ele e sua band,a é o clímax. White Lies, com dois álbuns agora, têm demonstrado o seu interesse em contar um certo tipo de história, aquela que começa, musicalmente diferente, com os mesmos meios estrutu-rais e usando a mesma técnica durante o álbum inteiro. E esse é o problema com ‘Ri-tual’: para cada nova idéia, há aquele velho White Lies. Em geral, ‘Ritual’ é muito igual: “Streetlights” e “Holy Ghost”, as faixas que se centram o álbum, são idênticas na estru-tura e eles parecem ter ignorado este fato. É muito difícil para a banda fazer algo pare-cer alucinante, quando todas as músicas compartilham da “mesma” estrutura. Quando chegamos no ponto alto de ‘Ritual’, é quando o baixo não está batendo na nossa cara. E esta é a faixa que não lembra ao velho White Lies: “Come Down”, o lançamento perfeito de todos os trovões e relâmpagos, onde a banda essencialmente compoem o post-punk de Phil Collins. É tão doce e suave, como o álbum poderia ser, e o melhor, a faixa reco-nhece as novas bugigangas da banda em apenas cinco minutos. No último momento, ela perturba a velha fórmula do White Lies, o quê acaba sendo uma coisa boa. É bom ver que uma banda pode fazer outra coisa, é bom saber que eu posso esperar dois anos com uma pequena esperança. NATHANIEL H. MORGAN

Page 53: Six Seconds #12

DeadlockBizarro WorldLifeforce Records

Muitas vezes ridicularizado por seu uso xarope de vocais femininos ao invés DO vocal padrão melódico usado no metalcore, os alemães do Deadlock parecem ter tudo sob controle no seu quinto álbum ‘Bizarro World’. Não se con-funda, a banda é um sucesso e tanto, espe-cialmente quando os vocais limpos de Sabine Weniger invadem a música, ainda assim, Dea-dlock ainda não conseguiu reunir pelo menos uma dúzia de músicas memoráveis neste ál-bum.. algo que não poderia ser dito no seu úl-timo álbum ‘Manifesto’ lançado em 2008. As onze faixas que cercam este álbum possuem um padrão semelhante, que é o uso do vocal de Johannes nos versos e os vocais femininos de Sabine nos refrões. Obviamente, este mo-delo foi usado até a morte, embora algumas faixas não sigam este ligamento, tais como “Virus Jones” e “Falling Skywards.” Sabine é a principal benfeitora aqui, os seus momentos nos refrões são tão doces, melodicos e humil-des como alguem jamais ouviu no death me-tal melódico. Seu crescimento como vocalista é ainda mais evidente na faixa destaque do álbum, “State of Decay”, que seria a escolha óbvia para ser uma single, já que ela canta so-zinha na música toda. Vários riffs e idéias me-lódicas se mostram ser do metalcore melódico alemão (Heaven Shall Burn, Maroon, Caliban, etc), embora os teclados suaves mostrados na faixa “You Left Me Dead” mostram uma erup-ção de versatilidade que algumas das bandas não iram seguir. A banda ainda tem esse in-teresse estranho e desnecessário por techno, algo que é mostrado claramente na faixa “Re-negade”, que seria uma música sólida, se não fosse pelos bits de techno no refrão. Por causa do bônus que é a Sabine, Deadlock parece es-tar pronto para evitar as armadilhas de seus contemporâneos alemães. Bizarro World mos-tra ser uma jogada ousada e também mostra que a banda não tem medo de arriscar. NATHANIEL H. MORGAN

WoeQuietly, UndramaticallyCandlelight Records

Se eu pudesse quebrar a regra de revisão e fa-lar em primeira pessoa, Woe seria uma banda difícil para me resenhar. O álbum mantém os elementos mais reconhecíveis do gênero (pro-dução crua, riffs tremolo, blast beats), mas não passa disso. E devido à pequena quanti-dade do conhecimento sobre Black Metal que eu tenho, eu não saberia encaixar Woe em um sub-gênero determinado.No entanto, o elemento mais marcante deste álbum é como eles vão direto ao ponto quando o assunto é estética. A sua música é clichê e salienta, sua dependência do lado mais teatral do gêne-ro, que obviamente respeita suas influências. Woe não perde tempo com supérfluo, eles mantem o ouvinte centrado constantemente com ataques de riffs e uma bateria explêndi-

da, deixando as faixas apertadas e energiza-das. O brilho sutil do seu novo LP se desenrola de uma forma semelhante à natureza progres-siva da banda, construindo através das seções um certo clímax, algo não muito diferente de uma banda de post-rock. Faixas como “The Road from Recovery” ilustram essa dinâmica, com riffs de metal e percussão em ritmo ace-lerado na resolução catártica, enquanto que faixas como “Treatise on Control” peca várias vezes. Até o momento central do álbum de “Full Circle” entrar em cena, “Quietly, Undra-matically” transcende de um álbum de Black Metal a sua própria entidade, um monstro emotivo com gritos frenéticos, musicalidade febril, apenas para morrer com um canto fú-nebre acústico. GLAUBER DIAS

BelphegorBlood Magick NecromanceNuclear Blast

Para aqueles que já derramaram sangue de um crânio humano no glorioso nome de Satanás, “Blood Magick Necromance” do Belphegor é ideal para vocês. Para aqueles (pessoas normais), que estão totalmente enojados com isso, não se preocupem, este não é o tema central do álbum. Liricamen-te, “Blood Magick Necromance” soa como um lançamento padrão de black metal, lida com o Satanismo, o quê está onipresente no Black Metal clássico. Suas letras falam prin-cipalmente do reverenciamento ao Satanás, matando cristãos e outras coisas divertidas que um devoto satanista gosta de fazer nos seus tempos livres. Tudo isso é trazido a você, com ótimos rosnados e harmonias vo-cais que se encaixam perfeitamente com os temas das letras. Claro que, Belphegor não é uma banda comum de Black Metal. Na ver-dade, eles utilizam um estilo musical que é chamado de Blackened Death Metal, e com o blackened eu me refiro ao lirismo e à velo-cidade na qual os músicos tocam. No entan-to, ao lado dos rosnados de Death Metal, as músicas soam muito técnicas, uma caracte-rística que Belphegor pegou do Death Metal tradicional. Há muitas habilidades musicais aqui, com um baterista que toca como se sua vida dependesse disso, e os guitarristas que tocam de modo fantástico, rápido e ver-dadeiramente com riffs de Death Metal que mantém o álbum interessante e variado. Isso também dá às canções um tom muito pesado, que, quando combinado com o vo-cal pesado, cria um ambiente muito som-brio e maléfico. Os riffs são incomparaveis com outros álbuns de Black Metal e isso faz com que Belphegor se destaque muito mais entre as outras bandas do gênero. A princi-pal diferença entre outras bandas de Black Metal e Belphegor são as influências en-contradas principalmente nos vocais e nos riffs, que são um outro toque de variedade que é adicionado a uma fórmula bastante generica no Black Metal. Os elementos me-lódicos, como as harmonias vocais que são empregados em algumas músicas do álbum também dão um toque bastante original, como se estivesse participando de um ritual satânico. Partindo da base do Black Metal, o “Blood Magick Necromance” consegue empregar uma variedade suficiente para se destacar da multidão e ainda mantém o ou-vinte entretido durante toda a experiência. NATHANIEL H. MORGAN

Escape The FateEscape The FateDGC, Interscope

Antes do lançamento deste álbum, a banda criou uma baita de uma campanha publici-tária para si próprios. O baixista Max Green afirmou que a banda era uma forma de “es-quecer o passado e reescrever o rock como o conhecemos.” Ele também afirmou que este novo álbum seria “a cura para a epidemia da música moderna.” Este álbum não é uma “cura”, é parte de uma infecção que mantém esta cena na era da mesmice, na qual está presa atualmente. Do lado da musicalidade, tudo está ótimo. O baixo é audível na maioria das faixas (mais evidente na faixa ‘Issues’), e Bryan traz alguns riffs interessantes e lidera em muitas faixas. O único problema que te-nho com Bryan, é que ele parece um truque barato nesta banda. Ele parece estar muito acima de toda a banda, e a banda parece usa-lo em proveito própio. Eu fico me perguntan-do, quando tempo eles vão continuar usando seus riffs, antes de perceber que sem isso, eles não são grande coisa. Craig Mabbit nunca foi um bom compositor e este álbum não é uma excepção. Algumas linhas dele são realmente ridiculas: em “City of Sin” por exemplo, onde ele fala para “sacudir sua máquina de dinhei-ro (shake your money maker)”. E ele está rees-crevendo o rock? Eu acho que não. Esta banda tem algum “bad boy” invisível e músicas como esta parecem super forçadas. Em “Lost in Da-rkness”, ele canta que não pode encontrar sua inspiração e eu não tenho outra alternativa a não ser concordar com ele. Craig no entanto, merece reconhecimento em um aspecto neste álbum, que é o seu vocal. Seu vocal neste ál-bum está melhor, do quê qualquer coisa que eu já ouvi dele antes. Isso pode ser em parte devido ao produtor Don Gilmore, que fez um belo trabalho com a produção deste álbum. Tudo soa nítido e claro e nunca demonstra uma produção excessiva. Finalmente parece que Craig está confiante em seu papel como o vocalista e seu desempenho é muito melhor do que em “This War Is Ours, onde a sua voz soou um pouco estranha. Escape the Fate con-seguiu fazer um álbum legal e eu os parabe-nizo por isso, mas se você faz promessas de reescrever o rock, é melhor cumprir. NATHANIEL H. MORGAN

Kings Of LeonCome Around SundownRCA

Parece que Kings Of Leon criaram o seu me-lhor álbum desde, bem... haha, ‘Come Around Sundown’. Kings Of Leon sempre foram músi-cos bastante competentes. Cinco álbuns em sua carreira e é evidente que Kings Of Leon encontraram seu som, seu groove; enquanto ‘Because Of The Times’ teve algumas faixas de rock real e que penetrou nas mentes de pessoas em todo o mundo, ele também tinha uma serie de faixas que impulsionou o ál-bum para baixo, se tornando assim um gram-

po na arena da última década mainstream. Além disso, o seu álbum mais bem sucedido comercialmente ‘Only By The Night’ teve um número de músicas que dominaram a rádio de 2008 e 2009, como a faixa emocionante e sensual, “Use Somebody” e “Sex On Fire”. E isso nos deixa com ‘Come Around Sundown’, que é essencialmente ‘Only By The Night’ com mais confiança. É indubitavelmente mais di-nâmico, alternando turnos com poucos sons, soando como um piano distante, terminando a maravilhosa faixa “The End”, que inicia o álbum. Caleb Followhill sempre tem um jeito de cantar com notas altas com um sotaque do sul que era contagiante e calmante, mas em ‘Only By The Night’, ele nunca se mostrou ser convincente. Mesmo que suas letras sejam raramente mágicas ou memoraveis, a voz de Caleb é forte o suficiente para impulsionar as suas palavras, mas em ‘Only By The Night’ soou um tanto plano, desprovido de coragem, até mesmo hesitante. Em ‘Come Around Sun-down’ no entanto, Caleb permite que sua voz acompanhe a música, ao invés de tentar do-minar o álbum e que, por sua vez, soa mais corajoso e apaixonado do que nunca. Ao uti-lizar mais de contenção e foco no seu canto, permitindo a música florescer com ele, Kings Of Leon soa mais como uma força imparável do que nunca. NATHANIEL H. MORGAN

MogwaiHardcore Will Never Die, But You WillRock Action Records / Sub Pop

A inspiração é uma coisa incrível. Ela pode aparecer em uma infinita variedade e de vá-rias formas, através do inconsciente e com a realidade espiritual e corporal. Pode ser tra-zida por aves em voo ou mendigos nas ruas, pelo frio do inverno ou pelo calor do verão, pelo primeiro amor ou pelo último adeus. Pode ser involuntariamente compartilhada por autores, músicos, atores e artistas. Pode ser levada a sair da sua estagnação através de um passeio na floresta ou de uma passea-da a meia-noite ao redor dos altos prédios da cidade ou pode aparecer de repente, sem avi-so prévio e às vezes até inconvenientemente. É em horas que você está totalmente aprofun-dado em seu trabalho e de repente, por um pequeno espaço de tempo, inumeras idéias surgem na sua mente, mas você sabe que não tem tempo. Isso pode te manter acordado a noite e te tirar da cama pela manhã. A ins-piração não tem limites ou preconceitos, ela está nos momentos mais felizes e mais tristes, nos mais ricos e nos mais pobres. As vezes, ela irá aparecer da violência, raiva ou desespero. Esse último ponto deve ressoar fortemente os escoceses do Mogwai. É certamente a razão de seu status como uma das bandas mais fa-mosas de post-rock, umas que estão no topo do gênero. Seu primeiro álbum, ‘Young Team’, o álbum que ainda recebe montes e montes de elogios, atenção e novos fãs, este álbum nasceu do fogo do desprezo e do ódio. Mas isso não é novidade. A própria banda afirma ser o seu pior álbum, criado entre meios tur-bulentos e com argumentos violentos entre os membros da banda que ameaçava o relacio-namento entre si. Mas e se no meio dessa vio-lência a inspiração tenha surgido? E se essas faíscas de criatividade e originalidade fos-sem responsáveis pelo atrito intenso, quase destrutivo entre os membros da banda? Foi um calor que certamente não tinha sido visto antes, e se alojou em silêncio a cada álbum seguinte. Com isso, com cinco álbuns, entre

Page 54: Six Seconds #12

‘Young Team’ e ‘Hardcore Will Never Die’, você pode ser perdoado por prever um caso agradável que preenche todos os requisitos do post-rock, ainda assim soando um pouco desencantado e mole. E ainda assim ninguém prevê isso. Bem, pelo menos nunca quiseram. Incluindo a mim. Nós esperamos por um res-surgimento de catarse e carisma, de imersão e intensidade. E o quê recebemos? uma nova frustração. ‘Hardcore Will Never Die’ é dificil de apreciar, mesmo em um nível básico, pois parece que Mogwai estão tocando por trás de uma parede de vidro. A falta de vocais é um desafio e uma oportunidade para bandas de post-rock; é difícil projetar uma personalida-de em uma música sem a franqueza e sem a identidade de uma voz humana e as suas pa-lavras, mas grandes bandas de post-rock po-dem transcender essa confiança nos vocais, se eles traçarem a sua inspiração e seu humanis-mo para a música. Este som, profundamente pessoal, serve como refúgio e conforto quan-do a voz humana torna-se um som irritante. ‘Hardcore Will Never Die, But You Will’ em grande parte, parece que foi gravado por ho-mens que pensam o quê por no seu carrinho de compras. O quê é exposto não é o doloroso núcleo da individualidade, é apenas a fina pe-lícula da distração. NATHANIEL H. MORGAN

RedUntil We Have FacesSony Music Entertainment

‘Until We Have Faces’ é o álbum que eles, e com eles eu quis dizer a industria da música, queria que Red fizesse, mas nós não. Mais ou menos comercialmente seguro, com um pouco do álbum ‘Innocence and Instinct’, essas qua-lidades fazem do Red uma banda alternativa, a ponto de ser comparada cm Breaking Benja-min ou Three Fays Grace, mas é claro não sen-do tanto dessa laia. Este ano, Red encontou seu rosto, e essencialmente, se centralizaram neste novo álbum e, claro, tem umas faixas fodas para serem ouvidas ao longo do álbum. No mais, nós temos o resultado de uma banda que mudou por causa do novo álbum, como a maioria das bandas de rock dos radios. Isso é uma tristeza, porquê assim como Chevelle, Red é uma das últimas esperanças do rock atual. Tool vai demorar para lançar outro ál-bum, não tente fazer um testamento, tentan-do me dizer que eles irão. O mesmo poderia se dizer de A Perfect Circle. Então, ficamos com as bandinhas de rock dos radios. Valeu Red. E mesmo dizendo tudo isso, ‘Until We Have Fa-ces’ não é um álbum ruim, mesmo que os fãs achem isso, dada a qualidade dos primeiros álbuns da banda. O que você vê no álbum é uma espécie de reciclagem, de uma aqui pa-rece com a melodia lá: primeiro single, “Fa-celess” é parente próximo de “Shadows” do álbum ‘Innocence and Instinct’, e “Let It Burn” tem sua própria identidade apaixonamente emocional, mas lembra muito “Let Go” do ál-bum ‘End of Silence’, chegando a quase ser um plagio. Resumindo, ‘Until We Have Faces’ é uma cópia dos álbuns ‘Innocence and Instinct’, lançado em 2009 e ‘End of Silence’, lançado de 2006, já que a banda, mediante do quê foi visto, não consegue juntar ingredientes para um novo álbum, meio que o álbum uma sen-sação de déjà vu. O álbum é um álbum de rock mainstream que mantem Red vivo financeira-mente, mas que irá afetar os fãs e criticos em uma extensão bem grande. A banda está se reciclando, não apenas nos elementos do seu

som, que é bem vindo e esperado, mas tam-bém na area de sua composição. Metade das faixas de ‘Until We Have Faces’ soam cansati-vas e genericas, uma coisa que os fãs não es-tão acostumados quando se trata de álbuns da banda. E mesmo que o número de faixas aqui mostradas valiam a pena conferir e até mesmo de ir em shows, parece que Red come-çou a chegar nos limites de sua criatividade. NATHANIEL H. MORGAN

My Dad vs. YoursLittle SymphoniesMDVY

Eu sou um pouco suspeito para resenhar este álbum. Eu venho sendo um fã de My Dad Vs. Yours desde que eles lançaram ‘After Winter Must Come Spring’ a quatro anos atrás. Eles têm trabalhado muito no seu álbum seguint-te, ‘Little Symphonies’ e quando eu vi que o álbum tinha saído, eu sabia que iria gostar. Eu sei que algumas pessoas fingem não escutar bandas, porquê elas sairam de época e sim-plesmente escondem elas debaixo do traves-seiro, mas sério, vocês precisam parar de fa-zer isso. Esse tipo de comportamento é o único motivo de eu pensar de quão criminalmente e negligentes, My Dad Vs. Yours é. Eu boto ‘Lit-tle Symphonies’ para tocar e quando acaba, eu de fato me sinto mais calmo, true story. O álbum se trata tons legais de guitarra, ótimos arranjos de percussão e uma forma perfeita dinâmica de se tocar, ‘Little Symphonies’ com certeza será um álbum que você irá escutar mais de uma vez. A primeira faixa do álbum, “En Plein Soleil” você pode tanto dançar ou ficar lá parado de braços cruzados, sacudin-do sua cabeça e curtindo, mas você definiti-vamente reconhece o seu potencial. No resto do álbum você obterá relativamente músicas lentas, mas com muita influências de kraut e post-rock. Uma arte grande inspira uma arte maior ainda e este álbum é simplesmente re-pleto de inspiração. Tudo neste álbum é tão metódico, não é nenhuma surpresa que levou três longos anos para ser feito; não tem ne-nhum exagero, é bem gravado, bem tocado e a capa também é excelente. NATHANIEL H. MORGAN

ElvenkingRed Silent TidesAFM Records

Os três primeiros lançamentos dos italianos do Elvenking são excelentes. Percebi, no en-tanto, percebi uma tendência a acessibilidade na fase de lançamento do álbum “The Winter Wake”, de manter mais o power metal e se fo-car nas melodicas certas apesar de continuar o gênero pesado. Apesar de ter sido um pouco mais simples que “Wyrd”, eu senti que o ál-bum foi um sucesso e fiquei empolgado para escutar o próximo. O que parece ter aconte-cido, foi uma escolha de seguir um caminho muito parecido como o da banda de folk metal britânica Skyclad e tentar copiar os elemen-tos menos interessante do Children of Bodom (também uma coisa popular entre bandas de

power metal europeu, na época). O resultado foi um aglomerado de sombras, temas obs-curos e o álbum “The Scythe”. A partir deste dia, eu tenho um pequeno interesse neste ál-bum em comparação ao seus outros. Também é dificil estar no humor de temas obscuros sobre suicidios. Em geral, as bandas que op-taram por imitar Children of Bodom fizeram um excelente trabalho de pegando influência das músicas dos três primeiros álbuns clás-sicos simultaneamente. O quê eu não gostei do Elvenking, foram as perdas da maioria dos elementos do folk metal atual. Depois de “The Scythe” eles foram gravar um álbum acústi-co que parece ter caído no conceito de muita gente, intitulado “Two Tragedy Poets ...And a Caravan of Weird Figures”, ainda assim, eu fiquei ansioso para ouvir. Eu esperava então, que eles retornassem as suas inspirações ori-ginais e fizessem um álbum tão bom quanto “Heathenreel” ou “Wyrd”, mas eu estava mui-to decepcionado com o quê veio. O seu novo álbum “Red Silent Tides” é um exemplo de como as coisas podem ficar confusas. O ál-bum não é horrivel. A banda fez um excelente trabalho nas faixas e executou elas com pai-xão e habilidade, eles simplesmente fizeram um álbum que me irrita. A marca registrada em “Red Silent Tides” é que uma música pode ser ótima e irritante ao mesmo tempo. ‘Dawn-melting’ abre o álbum com a força promissora que se dissolve rapidamente. ‘Red Silent Tides’ tem momentos impressionantes. Não é um ál-bum excepcional, mas é definitivamente um álbum bom de se ouvir. AMANDA VIEIRA SANTOS

EarthAngels of Darkness, Demons Of Light Vol. 1Southern Lord

Na minha experiência, um dos melhores trata-mentos para o stress, é música. E nenhum tipo de música alivia mais, do quê, uma música calma. Músicas calmas servem para desligar a mente da maior parte do mundo exterior e enviar os sentidos direto para um mar de tran-quilidade. E honestamente: o quê poderia ser mais calmo do quê o último álbum do Earth? Combinando riffs minimalistas de drone com influências ocidentais, é dificil imaginar que esses pioneiros do drone foram servir de ins-piração para bandas tão sombrias, como Sun O))). “Angels of Darkness, Demons of Light” começa com a faixa ‘Old Black’ e o resto do ál-bum não se afasta muito desta fórmula apre-sentada nesta abertura épica de quase nove minutos. O álbum tem uma hora de duração, com um som totalmente viajado, riffs distorci-dos e uma batida simples, a maioria do tempo com um violoncelo tocando no fundo. O vio-loncelo torna-se um tema comum durante o álbum e faz parte do humor da música e este humor é melhor descrito através da definição: imagine um dia sufocante nos vastos, áridos desertos da Africa. O grito de uma águia soli-tária ressoa em todo cenário e uma cascavel é vista deslizando sob uma rocha para encon-trar um pouco de sombra. Um arbusto solitá-rio voa por este vasto panorama, quando uma figura distorcida caloroza de Clint Eastwood emerge lentamente à vista.. no entanto, você começa a perceber algumas anomalias na imagem, ou seja, Clint Eastwood parece es-tar tomando uma bongada e seu cavalo é na verdade, um unicórnio. É exatamente isso que Earth transmite. É simplista da melhor manei-ra humanamente possível, é estéril e calmo ao mesmo tempo, e deixa a pessoa repetidamen-

te em transe. Em uma época onde a música é tão julgada pela coragem técnica dos mem-bros da banda, é indescritivelmente refrescan-te ouvir a uma música que tem um efeito tão profundo sobre o ouvinte, fazendo tão pouco. A melhor coisa, é que mesmo com tão pouco, este álbum não se torna uma coisa chata para o ouvinte. Não há sinos ou assobios. É ape-nas uma hora de guitarras, baixo, bateria e um violoncelo solitário. Não há vocais, não há efeitos ambientais, riffs técnicos ou uma es-trutura complicada. Isto poderia ser um pro-blema para alguns, especialmente devido à extensão de algumas faixas. No entanto, a du-ração excessiva das faixas não atrapalha, as faixas são tão prazerosas de se ouvir, que você nem lembra que durou tanto. Se você quiser realmente prestar atenção neste álbum, você terá que esvaziar sua mente completamente de todos pensamentos estranhos, se concen-trar e deixar o álbum te levar para os deser-tos mais áridos da Africa. Uma coisa é certa: o mais novo álbum dos americanos do Earth, “Angels of Darkness, Demons Of Light Vol. 1”, definitivamente lhe acalmará. NATHANIEL H. MORGAN

Thomas GilesPulseMetal Blade

Thomas Giles Rogers, vocalista da banda Be-tween the Buried and Me deve se sentir muitas vezes como o homenzinho, já que ele é visto como a pessoa mais fraca da tropa progres-siva. No entanto, sempre foi notado que Tho-mas tem consistentemente desempenhado um papel importante no grupo, acrescentan-do não só a sua voz e teclado, mas também suas habilidades em compor. Bom, chegou a hora de Thommy se estabelecer por conta própia e derrubar os pressupostos que ele é apenas um mero vocalista. Se tem algo visível no seu disco solo de estréia “Pulse”, é que ele é claramente talentoso e criativo. Na verdade, o termo ‘solo’ nunca foi mais apto, já que Ro-gers é, literalmente, responsável por 100% do album, ele toma conta dos vocais, bateria e de todos instrumentos, inclusive a composição e produção que está sendo feito exclusivamente por si própio. No entanto, o álbum não está limitado a uma ladainha de faixas de metalco-re, nem um bando de melodias com tons dife-rentes, mas sim, uma riqueza de canções im-plausivelmente diversas e variadas. Há tantas idéias a neste álbum, que é difícil não encon-trar algo remotamente agradável no tempo de execução do álbum. Apesar da amplitude deste trabalho ser surpreendente, a profun-didade simplesmente não existe. É aí onde as coisas ficam bastante decepcionantes, pois o álbum promete tanto e tem tantas idéias ma-ravilhosa, que despenca desta forma. É quase como se existem muitas ideias, brutas e de-sorganizadas, como se Thommy precisasse de um novo par de olhos para ajuda-lo a juntar as peças um pouco melhor. E isso é o que me fez vir à estranha conclusão de que o trabalho solo de Thomas Giles precisava de um pouco menos de Thomas Giles Rogers. Claro, exis-te a ambição de fazer tudo o que é amável, mas “Pulse” só precisava de algo mais, algo para torná-lo um pouco mais coeso. Bem, o álbum é bom, eu acho, é uma coleção de can-ções agradáveis, com comprimento modera-do e com um valor decente. “Pulse” também transmite algo que não faço idéia o quê seja. Há uma mistura de eletrônica, metal, alterna-tivo, progressivo e tudo que veio na cabeça de

Page 55: Six Seconds #12

CrowbarSever The Wicked HandE1 Music

Seis anos se passaram desde o último lança-mento dos pioneiros do sludge metal, Crowbar. A banda produziu albuns com uma qualidade suprema, mas a grande questão agora é; o seu mais recente álbum “Sever The Wicked Hand” está a altura dos seus antecessores? A respos-ta para isso é sim e não. Instrumentalmente a banda, quando é dada a oportunidade de mostrar suas habilidades, são realmente mui-to bons. ‘I Only Deal In Truth’ apresenta uma bateria impressionante durante toda a músi-ca, juntamente com uma guitarra harmônica perfeitamente executada. O inicio de ‘Cleanse Me, Heal Me’ tem uma batida sincopada por trás da melodia obscura, o quê é tipico des-te álbum. Não há escassez de bons riffs nesse álbum, com a faixa-título e ‘Symbiosis’, sendo um par de exemplos. O baixo fica no fundo na grande maioria do álbum e a produção é baixa e lamacenta, o quê funciona muito bem para este estilo de música. O problema com “Sever The Wicked Hand” é que ele pode ser muito monótono para ouvir as vezes. Todas as faixas são relativamente semelhantes; uma bateria mid-tempo, riffs de guitarras pareci-dos e vocais com berros. Eu entendo que, a re-petição é uma coisa padrão no sludge metal, mas muitas partes do álbum são exageradas. O breakdown de ‘The Cemetery Angels’ é um exemplo drástico, tendo até o último minuto e quarenta segundos. São seções como estas que fazem o álbum ser uma tarefa dificil de se ouvir. Este álbum provavelmente irá agra-dar fãs antigos da banda, pelo fato deles não terem feito nada drasticamente diferente. A produção melhorou, mas a composição con-tinua a mesma. Resumindo, com este lança-mento, Crowbar não irá ganhar fãs novos, mas definitivamente irá apaziguar os antigos. NATHANIEL H. MORGAN

Thomas. A mistura de estilos e sons são o que tornam o álbum distinto e interessante. Bom, uma coisa eu posso dizer, pelo bem ou pelo mal é definitivamente um álbum que você de-veria ouvir. IAN K. MENEZES

ArchitectsThe Here And NowCentury Media

Mudar pode ser bom. No caso do metalcore, bandas que estão implementando mudan-ças no seu gênero são recomendadas e bem vindas; afinal, quem quer fazer parte de um gênero ‘morto’? Mas fora da mediocridade geral e atitude que decorre de ser uma parte do gênero referido, metalcore ainda encontra maneiras de respirar ar fresco nos seus pul-mões enferrujados. A banda de metalcore do UK, Architects, está muito familiarizada com as muitas mudanças que o gênero pode tra-zer em uma banda. A partir de suas origens humildes, embora intensas, como uma banda caótica, eles tiveram duas mudanças na for-mação e também mudanças em seu som glo-

bal. Em termos de níveis de publicidade, isso fez a banda ter bastante sucesso no seu país origem, aproveitando a onda de popularidade junto com seus amigos, Bring Me The Horizon sendo um dos líderes da comunidade do me-tal moderno. Assim como elitistas e liberais não gostam de admitir, a banda provou que a mudança pode ser uma coisa boa. Quem pensou que eles poderiam ter alcançado o nível de popularidade que eles tem agora, se tivessem mantido suas raízes de mathcore, está certamente enganado. Agora, quase no seu sétimo ano como uma banda, Architects voltaram aos trilhos e apresentaram o seu quarto álbum, “The Here and Now”. Torna-se claro desde o segundo da abertura de “Day In, Day Out” que a banda ainda está tentan-do encontrar o seu som, que neste momento seria de fato trágico e que infelizmente ain-da possuem ramificações negativas. Desde a saída do vocalista original Matt Johnson, que foi substituido por Sam Cartar, a banda foi ra-cionalizando seu som, o quê coincide com a tendência que a maioria das banda do gênero está tomando. Enquanto Bring Me the Horizon e The Dillinger Escape Plan parecem ter final-mente encontrado seu nicho em seus respec-tivos lugares, “The Here and Now” prova que Architects ainda estão tentando encontrar o seu canto. O maior choque que o álbum apre-senta é a drástica mudança que a banda têm feito com o seu som. Como se as diferenças sonoras entre seu segundo álbum, “Ruin” e álbum seguinte, “Hollow Crown”, não fossem suficientes, a banda achou necessário refinar o som de “The Here and Now”, e agora o vê-mos oscilando do hard rock ao post-hardcore. Embora não haja nada intrinsecamente ruim ou repugnante, o problema reside em que a banda não fez declaração alguma sobre esta mudança drástica no som. Quase todas as músicas em “The Here and Now” tem seu qui-nhão de riffs cativantes, refrões para cantar junto e breakdowns bastante respeitáveis para bater a cabeça, mas ele falha em criar algo duradouro para prender sua atenção. ‘Learn To Live’ abre com competência suficiente, com um riff estilo hard rock super cativante, mas rapidamente se torna algo chato e genérico sem nem ter um minuto de duração. A mes-ma coisa acontece no resto do álbum, com al-gumas exceções, como em ‘Delete/Rewind’ e ‘Open Letter to Myself’, que tendem a ser os destaques do álbum com todas as misturas de riffs infecciosos. Quando você finalmente ouve a faixa ‘Year In Year Out/Up And Away’ com a participação de Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan), o ouvinte já está cansado e o álbum se torna algo sem criatividade e repe-titivo. Em um gênero que está constantemen-te a mudar, “The Here and Now” prova que o metalcore é drasticamente diferente de seu início. NATHANIEL H. MORGAN

RadioheadThe King Of LimbsTicker Tape, XL, Hostess Entertainment

Pela onda de surpresa e emoção que saudou o anúncio repentino da semana passada do lan-çamento deste álbum, teria sido fácil de per-der a alegria que veio de dentro de mim. Os cínicos tinham razão por um lado, será que o álbum do Radiohead é o suficiente para faze-rem um anuncio desses, apenas para chamar atenção? E ainda, talvez o elemento surpresa sirva para um propósito. Talvez o objetivo do Radiohead fosse cortar o período de especula-ção sobre o som do própio, ao invés de obrigar

as pessoas checarem o ele, sem ter a minimo idéia do quê esperar. Se for esse o caso, então não é apenas um sucesso, mas também uma forma importante para, “The King Of Limbs” ter o tempo necessário para deixar a sua mar-ca. E assim como quando e como, o lançamen-to de “The King Of Limbs” mostra a tentação imediata de fazer uma comparação com “In Rainbows”. No entanto, mesmo depois de ou-vir uma vez, torna-se óbvio que os dois álbuns do Radiohead mais se assemelham a esse são: “Amnesiac” e “Hail to the Thief”: os seus álbuns mais maduros que não desfrutram da espécie de aclamação universal, que os outros álbuns da banda tendem a ter. O álbum também compartilha um pouco do álbum “The Eraser” (o álbum solo do Thom Yorke), que divide os fãs da banda. Preocupado? Claro! De cara, parece que “The King Of Limbs” não oferece nem consolidação ou inovação, e além disso, elevolta um pouco para o período menos ins-pirado da banda. Você pode pensar que esta retirada é o resultado do Radiohead perder seu jeito, e voltar para as coisas que eles tem conhecimento, achando que, é a coisa mais certa a se fazer. No entanto, a cada vez que você ouve este álbum, mais parece que a ban-da fizeram isso deliberadamente, porquê eles querem provar algo. “The King Of Limbs”, ao meu ponto de ver, é uma tentativa de ajustar o som da banda sobre esses três álbuns, para provar que eles não eram apenas experiências que falharam. Ahhh, então eles estão andan-do pra trás? Não.. apenas estão corrigindo os antigos erros. Assim como ‘Bloom’ chega per-to da atmosfera do “Amnesiac” e ‘Feral’ soa como se ele pudesse pertencer ao “Hail To The Thief”. É dificil imaginar, eles serem tão bons, como estão neste álbum. A conversão também pode ser vista de forma reversa. É difícil ima-ginar uma versão de “The King Of Limbs” com a música ‘I Will’ (Radiohead) e ser tão medío-cre, simplesmente porquê o controle de quali-dade deste álbum é ridiculamente apertado. Além disso, Radiohead são, como sempre fo-ram, o tipo de banda que sempre se importou mais, com o tipo de música que os excita. Há uma influência forte e evidente do primeiro álbum do Burial em ‘Feral’. É uma combina-ção hipnótica entre a serenidade e a energia nervosa que se realiza em ‘Lotus Flower’, que é certamente a música que merece estar en-tre os clássicos da banda. ‘Give Up The Ghost’ parece ser uma referência da banda da R&B, How To Dess Well. Talvez por essa variedade, “The King Of Limbs” não pareça ser um “gran-de” álbum. Na verdade, parece exatamente o oposto. Este álbum parece e soa como o tra-balho de uma banda com apenas milhares de ouvintes e eu não posso fazer nada, a não ser pensar que isso seja deliberado. É algo que o Radiohead nunca tinha feito antes. Todos os outros álbuns tem pelo menos duas ou três músicas que foram incluídas, principalmente para chamar a atenção do ouvinte, e este não tem nenhuma. E para finalizar, na última faixa ‘Separator’, algo se repete no refrão: “se você acha que acabou, você está errado.” Será que virá mais coisa? NATHANIEL H. MORGAN

Darkest HourThe Human RomanceE1 Music

Eu não sei você, mas eu esperei muito, mas muito tempo por este álbum. Eu comecei a gostar de Darkest Hour no começo do ano passado, eu ouvi “Undoing Ruin” e honesta-mente, não me atraiu muito. Então, eu escutei

“Deliver Us” e comecei a me interessar mais. Depois dessa pequena apresentação, eu fiquei viciado e ouvi eles desde então. Mas vamos ao que interessa. “The Human Romance”, dois esqueletos abraçados em uma sepultura de terra.. não faz o estilo de Darkest Hour não é? Mas não desanime, porquê esses heróis do death metal melódico não perderam seu to-que, na verdade, eles estão melhores do quê nunca. Primeiro, eu gostaria de dizer que os vocais de John Henry se tornaram destaque pela primeira vez. Em 2005, em “Undoing Ruin” os vocais dele eram bem monotonos, certo? Eles pareciam um tipo de zumbido, em 2007 quando “Deliver Us” saiu, eles se torna-ram um pouco mais metalcore. Em 2009, no lançamento de “The Eternal Return”, o berro saiu como nunca tinha saido. Que evolução ein? Aqueles que não gostaram do desempe-nho que ele tebe sobre o último álbum, não se decepcionará aqui, seu berro está renova-do e agora com uma frequência maior. A fai-xa ‘Love As A Weapon’ é para mim, a música que melhor define seu vocal neste álbum. A introdução da música é suave e melodiosa, logo em seguida vem um riff lento, juntamen-te seguidos de ritmos mais técnicos, acom-panhados pelos berros de Henry que puxam a música com força total. Depois de alguns versos, o refrão é acompanhado com o vocal limpo e eu devo dizer, isso me deixou bastante impressionado. Os vocais limpos foram utili-zados de forma bem mais eficientes do quê em “Deliver Us”. Em contraste do desempe-nho monotono de “Undoing Ruin”, os vocais aqui apresentados são recheados de emoção e poder. O seu alcance é muito mais eficiente. Agora, sobre as músicas. Elas são boas, são muito boas. As guitarras soam mais maturas e acredito que isso tenha a ver com a evolução da banda. As músicas são maciçamente textu-rizadas e significantes, e cada música me faz sentir felicidade e satisfação. É dificil apontar uma música ruim neste álbum. “The Human Romance” é um sucesso e monumentalmente agradável. Talvez agora, Darkest Hour possa obter a fama que merece! NATHANIEL H. MORGAN

SireniaThe Enigma Of LifeNuclear Blast Records

No antigo álbum do Sirenia, “13th Floor”, a banda optou por um apelo mais moderno, ado-tando elementos pop e até mesmo adicionan-do uma vocalista meio pop para sua formula de Gothic Metal. Basicamente, eles fizeram a mesma coisa que Nightwish fez antes de lan-çar “Dark Passion Play”. Por muitos, Sirenia foi chamado de uma banda de gothic metal, mas com quase nenhuma substância para apoiar essas palavras. Eles simplesmente não eram convencentes. Com dois anos gravando “The Enigma Of Life”, pensei que a banda gastaria um tempo improvisando sua formula ou até mesmo reformulando um pouquinho as coi-sas, mas absolutamente nada mudou. “The Enigma Of Life” infelizmente é uma continu-ação flagrante de conceitos mostrados no seu álbum antigo, é basicamente uma segunda parte para “13th Floor”. É também muito pior. Se você for comparar, o último álbum com o primeiro da banda, realmente não tem com-paração, a banda realmente fez uma grande cagada. Embora se possa fazer um argumen-to de coerência e afirmar que Sirenia encon-trou seu som verdadeiro, é também certo em dizer que seu novo som é totalmente fraco e inesperado. Não parece possível, mas a ban-

Page 56: Six Seconds #12

da afundou tanto neste buraco mainstream, ao ponto onde o álbum está quase sequer digno de ser chamado de um álbum de metal. As guitarras, na grande maioria estão pate-ticamente fracas e os berros, que costumava ser uma parte fundamental do seu som, estão quase sempre mal empregados. As guitarras as vezes até saem dos trilhos e a vocalista ten-ta as vezes preencher o espaço com uma voz apaixonada, mas falha. O fracasso é sempre iminente para uma vocalista do sexo femini-no, que nunca pode reunir energia suficiente para soar interessante no que ela canta no momento. Pode-se afirmar que ela se adequa ao estilo gótico bem, mas então novamente essas pessoas provavelmente nunca focaram seus ouvidos no metal depressivo, sombrio e gótico. Este álbum é para crianças. A queda no álbum da banda foi muito previsivel e pre-visivelmente, acima de tudo isso, é a compo-sição, que também deixa a desejar. O álbum inteiro é esquecível, fraco e sem inspiração. NA-THANIEL H. MORGAN

DeicideTo Hell With GodCentury Media

Após o lançamento um pouco repetitivo “Till Death Do Us Part”, Deicide volta com outra emocionante viagem pelo death metal, fazendo o que eles fazem melhor: Odiar a Deus. Neste álbum, longe estão as letras de como a ex-mulher de Glen Benton era uma sangue-suga, agora, elas foram substituidas pelas velhas letras do Deicide que nós conhecemos e amamos. Eu estou feliz em dizer, que Deicide está em ótima forma. Eles estão francamente e tecnica-mente inspirados neste álbum. Os proble-mas com “Till Death Do Us Part” foram re-solvidos. A produção desta vez esta clara e nítida, deixando todos os instrumentos, até mesmo o baixo de Benton a serem ou-vidos com clareza. Mas, isso não quer di-zer que “To Hell With God” soa como um álbum do Whitechapel. A produção limpa só fez a habilidade técnica, especialmente desumana bateria de Steve Asheim brilhar com força total. As faixas estão em torno de 3 a 3,5 minutos, e tem variações sufi-cientes para manter o ouvinte interessado e batendo cabeça a música inteira. Ex-gui-tarrista do Cannibal Corpse, Jack Owen e Ralph Santolla (que também é um mem-bro atual do Obituary) desempenham um papel muito mais proeminente do que em “Till Death Do Us Part”, e a qualidade mu-sical aumenta. Apesar de Owen não fazer absolutamente nenhum solo de guitarra, ele tem em mãos, a elaboração de duas músicas do disco, e também compôs outras duas. Suas contribuições são pesadas, um pouco mais lentas (para os padrões de Dei-cide) e possuem uma abundância de mo-mentos cativantes. O seu jeito de compor está emforma, não só para Deicide, mas também para o Death Metal em geral. A melhor de experimentar isso, é ouvindo-a. Dá a impressão que você está ouvindo a um ótimo álbum de Death Metal e sem dúvida você terá vontade de ouvir denovo. “To Hell With God” definitivamente mos-tra que 2011 será um ano de excelentes lançamentos, estamos ainda em Fevereiro, vamos ver o quê virá por aí. NATHANIEL H. MORGAN

Banda do SolTempoIndependente

“Quero te encontrar a caminho de uma es-trela, cantando aquelas canções...”, com uma guitarra solada cheia de feeling, voz calma e firme, com uma bateria de compasso sim-ples e um baixo tão bonito que faz inveja. É assim que começa o disco Tempo, da Banda do Sol. Não espere nenhuma música com mais pegada que técnica, não é aqui que você vai encontrar. E, da mesma forma, não espere nenhuma música beirando o “ambient”, pois também, não é aqui que encontrarás. Aqui você irá encontrar quase uma perfeição nos “domadores” de instrumentos, vai encontrar como fazer música progressiva agradabilíssi-ma, usar suavidade nas linhas de vocal e ser conciso na proposta. Moldado com base na tranqüilidade e reflexão das culturas orien-tais, o disco Tempo acerta em cheio um soco na cara dos infelizes que dizem que “é muito difícil termos uma banda de rock progressivo competente no Brasil”. Som do sol, abre o dis-co com a descrição que dei nas primeiras li-nhas desta resenha e o que me veio à cabeça quando a primeira faixa terminou foi: “se con-tinuar desse jeito, esse disco vai tomar o posto de melhor disco escutado esse ano (eu sei que o ano mal começou, mas isso é motivo de or-gulho, hein)”. E, pasme, o disco continua nessa mesma levada. Muita habilidade, muita inte-ligência, tanto na parte instrumental como na lírica e uma perfeição de tempos e compassos que assusta. Até parece que a banda é antiga. E é. A banda é da década de 80, amigos. E, com algumas reformulações tanto de line-up quanto de sonoridade, se tornou essa mãe ge-nerosa que nos agraciou com esse filho lindís-simo chamado “Tempo”. Prefiro não citar des-taque algum, prefiro que todos os que lêem e levam minhas indicações a sério, levem mais essa (de preferência, bem mais a sério que as outras) e passem adiante. Tudo é muito bem encaixado e rende diversos momentos de apreciação sonora. A mim, a faixa “Quem eu sou?”, já rendeu até momentos mais românti-cos junto a minha namorada. BRUNO THOMPIS

AndragoniaSecrets In The MirrorIndependente

Progressivo e poderoso. São os dois adjetivos que norteiam o disco Secrets in the Mirror dos paulistas do Andragonia. Não sou muito fã da pegada mesclada de progressivo com power metal que os paulistas incluem no disco, mas devo confessar que é tudo muito bem feito. Onde é pra ser cadenciado, os espaços são preenchidos. Onde é pra ser pancadaria, tudo é inteligível. Não será surpresa se o Andrago-nia galgar caminhos e acelerar passos mais rápido do que a cena unerground propicia. A produção, assinada pelos integrantes Thia-go Larentes (guitarra), Yuri Boyadjian (bai-xo) e Daniel de Sá (bateria), é um dos pontos

de maior destaque no disco, junto com todo o trabalho de divulgação feito pela gravado-ra. Aliado a essas duas poderosas armas da indústria fonográfica, a banda consegue ser mais competente que a proposta inicial de um prog mesclado ao rock e circula caminhos até diferentes dos habituais. Chego à mesma conclusão que chego todas as vezes que ter-mino de escutar uma banda da nova geração do metal brasileiro, que ainda não tem a sua New wave of a brazilian heavy metal, isso é verdade, mas tem diversidade suficiente pra satisfazer a todas as tribos. Meus caros nós somos mais do que éramos há poucos anos atrás, sintam-se lisonjeados por isso. Abracem a causa, abracem o Andragonia, eles mere-cem e vocês ainda irão ouvir falar muito bem desses rapazes. Longa vida aos que querem fazer do metal brasileiro um metal de ótimo nível. BRUNO THOMPIS

(hed)P.E.Truth RisingSuburban Noize Records

Eu nunca ostei de (hed)P.E.. Pra mim, eles sempre soaram como uma combinação ruim de outros gêneros. É como se eles não tentassem fazer algo original ou descente. Seu novo álbum “Truth Rising” passou bem abaixo do radar de músicas para evitar a es-cutar. Bem, eu tentei ouvir ele, de repente né? Talvez eles pudessem ter melhorado um pouco. Infelizmente, este não é o caso. Eles ainda imitam descaradamente outras ban-das, e a gravadora não faz sua parte devido a falta de promoção. Portanto, aqui temos um álbum extremamente forçado, cheio de riffs copiados de outras bandas e de outros músicos, não chega nem a ser engraçado. Eles até tem umas coisas que podem ser consideradas “certas”, o quê me surpreen-deu um pouco. O vocalista, Jared Gomes não é muito bom. Suas tentativas de cantar algo melódico não são muito boas, ele meio que se perde nas notas e muitas vezes berra onde na verdade seria melhor um vocal mais limpo. Seus berrinhos punks são muitos re-miniscentes do Black Flag e seu rap é uma triste imitação do Evan Seinfeld (Biohazard). Seus berros são muito irritantes. Ele de fato faz imitações de bons artistas. Se essa ban-da fizesse algo original, seria um pouco mais divertido de se ouvir. A instrumentação não é muito boa, antes tivesse tido uma produção melhor, misturando o new metal com riffs de punk, como foi um sucesso no ano 2000. Infelizmente, os riffs são genéricos e o baixo e bateria não trazem nada de especial. Nes-ta era da música, onde existe muita música genérica, é essencial que você traga algo original para os ouvintes. Estranhamente, (hed)P.E. não fazem nada para se tornarem únicos, ao invés disso, recorrem a uma fór-mula que era popular no final dos anos 90. No entanto, eu os respeito suficiente para deixa-los fazerem sua música e terem suas própias idéias políticas. Ainda que eu odeie elas. Os temas presenciados nas suas músi-cas são uma forma totalmente destruída de um pseudo-anarquismo, que soa realmente estúpido. Cheio de péssimos clichés musicais e uma enorme falta de originalidade, “Truth Rising” não será visto como um bom álbum, mas fãs dedicados da banda, provavelmen-te irão gostar. NATHANIEL H. MORGAN

MoonsorrowVarjoina Kuljemme Kuolleiden MaassaSpinefarm Records

Moonsorrow sempre foi uma banda consis-tente, mesmo fora do âmbito restrito de es-tagnação do folk metal. É dificil o bastante criar um álbum de folk metal que não inca-pacite o ouvinte logo nas primeiras faixas; é ainda mais difícil criar um, que tenha algum sentido de valor de repetição, além do valor original. Então, Moonsorrow possui uma discografia impressionante, se não digna de álbuns, o quê é algo bem incomum. Não deveria ser nenhuma surpresa, o mais re-cente álbum da banda “Varjoina Kuljemme Kuolleiden Maassa” está da mesma forma; um álbum de folk metal sólido que cautelo-samente pisa fora dos limites estritos que Moonsorrow têm conquistado para si. Mas, novamente, sua capacidade de compor um material atraente, porém simples, é um ta-lento que eles exercem ao máximo do seu potencial; a única coisa que faz “Varjoina Kuljemme Kuolleiden Maassa” tão especial como ele realmente é. Isso não quer dizer que o álbum é um poço de chatice, que de alguma forma, quando junta todas as fai-xas e as partes indiviuais vira um monte de bosta, não.. É um conceito que segue as li-nhas de “V: Hävitetty” (2007), focando em um cenário de um mundo pós-apocalíptico que comprova a saída vikings das raízes do Moonsorrow. Naturalmente, o álbum se-gue este conceito com um foco sonoro, dei-xando as quatro “faixas reais” do álbum, serem uma série de interlúdios que servem para continuar a história, levando ao ápi-ce final na penúltima faixa ‘Kuolleille’ e sua subsequente ‘Kuolleiden Maa’, uma faixa que é facilmente a parte mais fluida e épica no álbum inteiro. O repertório deste álbum está composto de riffs que estão constan-temente em colapso na sequência do ou-tro, crescendo cada vez mais e mais, para criar a sensação épica incessante, que é tão crucial para a atmosfera deste trabalho. É uma sensação épica, porém diferente, do tipo encontrada em “V: Hävitetty”. O álbum parece mais uma trilha sonora, composta para complementar a sua história subja-cente, uma característica que pode parecer desanimadora para os ouvintes que pouco se importam com a história do álbum em si, e simplesmente estão ouvindo apenas a música. A produção absolutamente mara-vilhosa do álbum não deixa nada para trás, ela mantém os instrumentos e os vocais em cheque, não os deixando, muitas vezes ins-trumentos problemáticos como o teclado, de repente estrangular o ouvinte. O equi-líbrio das coisas permite com que o álbum flua bem. Em geral, o álbum segue seu cur-so sem muito barulho, não fazendo nada de errado em qualquer sentido, mas tam-bém não demonstra ao ouvinte, ser algo completamente inesperado. O solo de gui-tarra durante ‘Kuolleiden Maa’ se destaca como um elemento aventureiro e técnico em todo álbum. A falta de variedade e re-latividade não impede “Varjoina Kuljemme Kuolleiden Maassa” de ser um complemen-to, que vale a pena estar na discografia do Moonsorrow. NATHANIEL H. MORGAN

Page 57: Six Seconds #12
Page 58: Six Seconds #12