slides - micro med (c-b)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROFACULDADE DE FARMÁCIAMICROBIOLOGIA MÉDICA
Clostridiums e Bacteroides
Alunas:Alana Borges de OliveiraCarolina Mattos de Araújo Sant’AnnaIsabela Viol ValleLarissa Abrahão da CruzMariana Vieira do N. CostaThayssa Carneiro Campista
BASTONETES GRAM-POSITIVAS ANAERÓBIOS
Gênero Clostridium: o conjunto de todos os bastonetes gram-positivos anaeróbios capazes de formar endosporos
(1) Presença de endosporos, (2) metabolismo anaeróbio estrito,(3) incapacidade de reduzir sulfato a sulfito, (4) gram-positivo
Alguns membros do gênero podem ser classificados erroneamente
Exemplos: esporos só são demonstrados em algumas espécies (Clostridium perfringens); gram-negativos (Clostridium ramosum)
Utilização da organização convencional destas bactérias no gênero Clostridium
Métodos diagnósticos definiram 117 espécies
Poucas espécies isoladas clinicamente (Tabela 1)
Tabela 1:
Espécie Doença humana Frequência
C. difficile Diarreia associada a antibióticos, colite pseudomembranosa
Comum
C. perfringens Infecções de tecidos moles, intoxicação alimentar, enterite necrosante, sepse
Comum
C. septicum Gangrena gasosa e sepse Incomum
C. botulinum Botulismo Incomum
C. tetani Tétano Incomum
C. tertium Infecções oportunistas Incomum
C. baratti Botulismo Incomum
C. butyricum Botulismo Rara
C. clostridioforme Infecções oportunistas Rara
C. histolyticum Gangrena gasosa Rara
C. innocuum Infecções oportunistas Rara
C. novyi Gangrena gasosa Rara
C. sordellii Gangrena gasosa Rara
C. sporogenes Infecções oportunistas Rara
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS - Fisiologia e estrutura Bastonete gram-positivo Esporos são raramente observados Imóveis: rápido crescimento e
disseminação em meio de cultura Hemolítico Subdivisão em cinco tipos de acordo
com a toxina letal que é produzida: Alfa, beta, epsilon e iota (Tabela 2)
Tabela 2:
Toxinas Letais
Tipo Alfa Beta Epsilon Iota
A + - - -
B + + + -
C + + - -
D + - + -
E + - - +
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
- Patogênese e imunidade
Pode estar associado a colonizações simples (gastrointerite autolimitante) ou causar doenças com risco de vida (mionecrose)
Potencial patológico atribuído a produção de toxinas (pelo menos 12) e enzimas (tabela 3)
Toxina alfa mais importante; única produzida por todos os 5 tipos; lecitinase (fosfolipase C) que lisa eritrócitos, plaquetas, leucócitos e células epiteliais
Enterotoxina: inserção da membrana intestinal (íleo e jejuno) leva à alteração da permeabilidade e à perda de líquidos e íons; superantígenos
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
Tabela 3:
Fatores de Virulência
Atividade Biológica
Toxina α Toxina letal; fosfolipase C (lecitinase); aumenta a permeabilidade vascular; hemolisina; produz atividade necrosante, como na mionecrose
Toxina β Toxina letal; atividade necrosante
Toxina ε Toxina letal; permease
Toxina ι Toxina letal binária, atividade necrosante; ribosilação de ADP
Toxina δ Hemolisina
Toxina θ Hemolisina termolábil e sensível ao oxigênio; citolítica
Toxina κ Cologenase; gelatinase; atividade necrosante
Toxina λ Protease
Toxina μ Hialuronidase
Toxina ν Desoxirribonuclease; hemolisina; atividade necrosante
Enterotoxina Altera a permeabilidade da membrane no íleo(citotóxica, enterotóxica); superantígeno
Neuraminidase Altera receptores de gangliosídeos de superfície; promove a trombose capilar
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
- Epidemiologia De modo geral, habitam o trato intestinal de humanos e animais Amplamente distribuídos na natureza: ubiquitários
- Doenças clínicas Pele e feridas podem ser colonizadas por Clostridiums sem consequências clínicas Infecção de tecidos moles: • Celulite: Formação de gases nos tecidos moles; pode evoluir para miosite
supurativa • Fasciite ou miosite supurativa: acúmulo de pus nos tecidos musculares; não
há necrose muscular e sintomas sistêmicos• Mionecrose ou gangrena gasosa: Extensa necrose muscular, choque,
insuficiência renal podendo levar a morte; hemólise extensa e hemorragia; outras espécies de Clostridiums podem causar esta doença (Ex: C. septicum)
Intoxicação alimentar: causada pela ingestão de carnes contaminadas com C. perfringes tipo A contendo enterotoxinas; cólicas abdominais, diarréia
Enterite necrosante: causada pela toxina beta produzida por C. perfringens do tipo C; processo necrosante do jejuno causando dor abdominal, diarréia, ulceração do intestino e perfuração da parede intestinal levando a peritonite e choque
-Diagnóstico LaboratorialMorfologia característica: detecção de bastonetes gram-positivos em amostras clínicasFácil cultivo em meios simplesIsolamento de mais de 105 organismos por grama de comida ou 106 bactérias por grama de fezes coletadasImunoensaio para detecção de enterotoxina em amostras fecais
-Tratamento e prevenção Tratamento com antibióticos: penicilina Terapia antibiótica contra intoxicação alimentar é desnecessária: doença autolimitante Prevenção: cuidados apropriados com feridas
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
CLOSTRIDIUM TETANI
- Fisiologia e estrutura Grande bastonete Móvel Esporulado; esporos terminais
redondos – aparência: raquete Bactérias proteolíticas, incapazes de
fermentar carboidratos Sensível a toxidade do oxigênio –
difícil de cultivar Meio de ágar – película sobre a
superfície
CLOSTRIDIUM TETANI
- Patogênese e Imunidade C. tetani produz duas toxinas:• Hemolisina sensível ao oxigênio (tetanolisina)• Neurotoxina termolábil codificada por plasmídeo (tetanospasmina) Cepa atóxica não pode se converter a cepa toxigênica – plasmídeo não-
conjugativo Produzida durante a fase estacionária de crescimento Liberada na lise celular
Tetanolisina: Significado clínico da enzima é desconhecido Enzima inibida pelo colesterol plasmático e pelo oxigênio
CLOSTRIDIUM TETANI
Tetanospasmina Responsável pelas manifestações clínicas do tétano Toxina A-B clivada em uma subunidade leve (cadeia A) e uma
pesada (cadeia B) por uma protease endógena quando a célula libera a neuro-toxina: Cadeia pesada: porção carboxiterminal – liga-se a receptores
de ácido siálico e glicoproteínas Cadeia leve: endopeptidase de zinco – cliva proteínas centrais
envolvidas no trasporte e liberação neurotransmissores Inativa proteínas que regulam a liberação de neurotransmissores
glicina e GABA Resulta em paralisia espástica Ligação da toxina é irreversível
CLOSTRIDIUM TETANI- Epidemiologia C. tetani é ubiquitário
Encontrado em solo fértil e coloniza o trato gastrointestinal de animais
- Doenças clínicas O período de incubação (dias até semanas) está
relacionada à distância da infecção primária em relação ao sistema nervoso central
Tétano generalizado (mais comum): envolvimento dos músculos do masseter (trismo). Sinais: riso sardônico, sialorréia, sudorese, irritabilidade, espasmos dorsais (opistótono)
Tétano localizado – confinada à musculatura no local da infecção primária, como por exemplo, o tétano cefálico
Tétano neonatal – infecção inicial no coto umbilical
CLOSTRIDIUM TETANI
- Diagnóstico Laboratorial diagnóstico feito com base na apresentação
clínica a detecção microscópica de C. Tetani ou seu
isolamento em cultura são úteis, porém falhos
os resultados da cultura são positivos em 30% dos pacientes com tétano
toxina e anticorpos não são detectáveis no paciente – toxina se liga e é internalizada por neurônios motores
- Tratamento, prevenção e controle Imunização passiva com imunoglobulina
tetânica humana Vacinação com toxóide tetânico Debridamento da ferida primária Uso de metronidazol
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
- Fisiologia e Estrutura É o agente etiológico do botulismo que compõe um grupo heterogêneo de
bastonetes anaeróbios e esporulados A doença humana está associada às toxinas do tipo A, B, E e F
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
- Patogênese e Imunidade A toxina C. botulinum é uma protoxina de 150.000 Da que contém uma
cadeia leve e uma pesada O quadro clínico resultante do botulismo consiste em uma paralisia flácida,
pois a acetilcolina necessária para a excitação muscular não é liberada devido á inativação das proteínas que regulam sua liberação
A recuperação da função após o botulismo requer a regeneração das terminações nervosas
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
- Epidemiologia C. botulinum é comumentemente isolado em amostras de solo e água
em todo o mundo (solos úmidos, neutros, alcalinos e orgânicos) Foram identificadas as seguintes formas de botulismo:
BOTULISMO ALIMENTAR:
1. Está associada, em sua maioria, ao consumo de alimentos enlatados em casa e, ocasionalmente, ao consumo de peixes em conserva
2. Os alimentos podem apresentar boa aparência, porém mesmo uma pequena quantidade é suficiente para provocar a doença
3. Os sintomas iniciais são: fraqueza e tonteiras, visão borrada, boca seca e dores abdominais
4. Pacientes com a doença progressiva apresentam paralisia flácida e podem vir a óbito por paralisia respiratória
5. A recuperação completa é demorada, pois exige a regeneração das terminações nervosas
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
BOTULISMO INFANTIL:
1. É a forma mais comum e está associada ao consumo de alimentos (particularmente mel) contaminados com esporos botulínicos
2. A doença é causada por neurotoxinas produzidas in vivo por C. botulinum que coloniza o trato gastrointestinal de crianças. Embora, adultos estejam expostos ao organismo em sua dieta, C. botulinum não é capaz de proliferar em seus intestinos
3. Os sintomas são inicialmente inespecíficos (constipação, choro fraco e comprometimento no desenvolvimento). A doença progressiva pode apresentar a paralisia flácida e a parada respiratória, porém os índices de mortalidade, neste caso, são muito baixos
BOTULISMO DE LESÃO:
1. Desenvolve-se a partir da produção de toxinas por C. botulinum em lesões contaminadas
2. Os sintomas são idênticos aos da doença alimentar, porém o período de incubação é mais longo e os sintomas gastrintestinais são menos proeminentes
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
- Diagnóstico Laboratorial O diagnóstico clínico de botulismo é confirmado se o organismo for isolado ou
se for demonstrada a atividade da toxina. A toxina é mais facilmente encontrada nos estágios iniciais da doença.
C. botulinum deve ser cultivado a partir de fezes de pacientes com doença alimentar ou infantil. A amostra deve ser aquecida a 80ºC por 10 minutos para garantir a destruição de todas as bactérias que não são clostrídios e a germinação dos esporos de C. botulinum (resistentes ao calor)
A demonstração de produção da toxina deve ser realizada com um bioensaio em camundongos
- Tratamento Suporte ventilatório adequado Eliminação do organismo do trato gastrintestinal (lavagem gástrica e terapia
com penicilina por exemplo) Uso de antitoxina botulínica trivalente contra as toxinas A, B e E para
neutralizar toxinas circulantes na corrente sanguínea
CLOSTRIDIUM BOTULINUM
- Prevenção Destruição dos esporos nos alimentos; praticamente impossível por
motivos práticos Impedir a germinação dos esporos; mantendo os alimentos em pH ácido
ou estocado a 4º C ou menos No caso do botulismo infantil, crianças com menos de 1 ano de idade
não devem comer mel; pois podem conter esporos de C. botulinum
CLOSTRIDIUM DIFFICILE Até metade da década de 1970, a importância clínica era desconhecida Estudos sistemáticos comprovam claramente que C. difficile produtor de toxinas
é responsável por doenças gastrointestinais associadas a antibióticos (desde diarréias benéficas e autolimitante até colite pseudomembranosa grave)
Produz duas toxinas:• Enterotoxina (Toxina A): quimiotáxica para neutrófilos, estimulando a infiltração
destes no ílio, com a liberação de citocinas. Também possui um efeito citopático, resultando na destruição das junções oclusivas, aumentando a permeabilidade da parede intestinal e diarréia subseqüente
• Citotoxina (Toxina B): provoca despolimerização da actina, levando a destruição do citoesqueleto celular
CLOSTRIDIUM DIFFICILE Possuir altos níveis de toxinas não
parece ser determinante para o desenvolvimento da doença. “Proteínas da camada superficial” (SLPs) bacterianas são importantes para a ligação do microorganismo ao epitélio intestinal, levando a produção localizada de toxinas e subseqüente dano tecidual
Por que essa doença está relacionada a antibióticos?
Esse microorganismo faz parte da microbiota intestinal em um pequeno número. A administração de antibióticos permite o desenvolvimento da doença pois altera a flora entérica normal, permitindo um supercrescimento destes organismos relativamente resistentes ou torna o paciente mais suscetível à aquisição exógena de C. difficile
Fator de Virulência
Atividade Biológica
Enterotoxina (toxina A)
Provoca quimiotaxia; induz a produção de citocinas com hipersecreção de líquidos; provoca necrose hemorrágica
Citotoxina (toxina B)
Induz a despolimerização de actina com perda do citoesqueleto celular
Fator adesina
Medeia a ligação a células humanas do cólon
Hialuronidase Provoca atividade hidrolítica
Formação de esporos
Permite a sobrevivência do organismo durante meses no ambiente hospitalar
Tabela 4
CLOSTRIDIUM DIFFICILE
- Diagnóstico Laboratorial Demonstração das toxinas nas fezes
do paciente com sintomas compatíveis
- Tratamento Geralmente a interrupção do
antibiótico relacionado é suficiente para aliviar a doença leve. Entretanto, terapia específica com metronidazol ou vancomicina é necessária para o tratamento para diarréia grave ou colite. É importante ressaltar que apenas as formas vegetativas são destruídas por antibióticos; os esporos são resistentes
BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS ANAERÓBIAS
- Fisiologia e Estrutura Bacteroides, Fusobacterium,
Porphyromonas, Prevotella (bastonetes) e Veillonella (cocos): tratos respiratório superior, gastrointestinal e genitourinário humanos
A diversidade de espécies anaeróbias é grande, mas poucas causam infecções
Bacteroides fragilis é o patógeno anaeróbio endógeno mais importante: é pleomórfico em tamanho e forma; Prevotella: bastonete muito pequeno; Fusobacterium: alongado
Bacteróides: parede celular Gram-negativa, podem ter cápsula de polissacarídeo
A camada de LPS dos bacteroides tem pouca ou nenhuma endotoxina, ao contrário de outros bastonetes Gram-negativos anaeróbios
Componente lipídio A do LPS não tem grupos fosfato nos resíduos glicosamina e número de ácidos graxos ligados aos aminoaçúcares é reduzido: influenciam na perda de atividade pirogênica
Cocos Gram-negativos anaeróbios são raramente isoladas em espécimes clínicas
- Patogênese e Imunidade Bacteroides distasonis e Bacteroides thetaiotaomicron: espécies
bacteroides predominantes do trato gastrointestinal Porém, B. fragilis que ocorre em menos quantidade na microbiota
gastrointestinal é o mais associado às infecções intraabdominais Fatores de maior virulência: aderência ao tecido do hospedeiro, proteção
da resposta imune e destruição tecidual B. fragilis e Prevotella melaninogenica aderem mais efetivamente às
superfícies peritoniais do que outros anaeróbios, pois tem cápsula polissacarídica
B. fragilis, outros bacteroides e Porphyromonas gingivalis aderem às células epiteliais por fímbrias
A cápsula polissacarídica é antifagocítica Ácidos graxos de cadeia curta (ex. ácido succínico) produzidos no
metabolismo anaeróbio inibem a fagocitose e a morte intracelular Algumas Porphyromonas e Prevotella produzem proteases que
degradam imunoglobulinas
Infecção Bactérias
Cabeça e pescoço
Bacteroides ureolyticusFusobacterium nucleatumFusobacterium necrophorumPorphyromonas asaccharolyticaProphyromonas gingivalisPrevotella intermediaPrevotella melaninogenicaVeillonella parvula
Intra-abdominal
Bacteroides fragilisBacteroides thetaiotaomicronPrevotella melaninogenica
Ginecológica
Bacteroides fragilisPrevotella biviaPrevotella disiens
Pele e tecido mole Bacteroides fragilis
Bacteremia
Bacteroides fragilisBacteroides thetaiotaomicronFusobacterium spp.
Normalmente os anaeróbios causadores de doença toleram exposição ao oxigênio. Catalase e superóxido dismutase estão presentes em muitas amostras patogênicas
Muitas enzimas citotóxicas são associadas a anaeróbios Gram-negativos, virulentos ou não, e podem causar destruição tecidual
As amostras de B. fragilis enterotoxigênica que causam doença diarreica produzem uma toxina termolábil metaloprotease dependente de zinco (toxina BFT);
BFT altera a morfologia do epitélio intestinal por rearranjo da F-actina, aumentando a secreção de cloretos e perda de líquido
Tabela 5
- Doenças Clínicas Infecções do Trato Respiratório (raramente associados ao trato respiratório
inferior):• Geralmente causas por misturas de anaeróbios Gram-negativos . Sendo mais
comumente isolados : Prevotella, Porphyromonas,Fusobacterium e Bacteróides “ não flagillis”
Abscesso Cerebral:• Tipicamente associadas a uma história de sinusite ou otite crônica.• Infecções polimicrobianas que envolvem geralmente as seguintes epécies
anaeróbias : Prevotella, Porphyromonas,Fusobacterium Infecções Intra-Abdominais:• Variada população de bactérias colonizam o TGI, porém poucas estão envolvidas
em infecções intra-abdominais• Vários anaeróbios são isolados nessas infecções, sendo B. fagilis o
microorganismo mais comum Infecções Ginecológicas:• Causadas freqüentemente por misturas de anaeróbios• Embora demais anaeróbios possam ser isolados nessas infecções, Prevotella
bivia e Prevotella disiens são os mais importantes• Exemplos de infecções : doença inflamatória pélvica , abscessos,
endometrite,infecção de ferida cirúrgica
Infecções de pele e tecidos Moles:• Bactérias Gram- negativas não fazem parte da microbiota da pele• Introduzidas por mordidas ou contaminação pós trauma em qualquer parte da
superfície do corpo• Essas bactérias podem apenas colonizar uma ferida como progredir para uma
doença que pode levar a óbito , como mionecrose• B. fagilis é um microorganismo importante nessas infecções
Bacteremia:• A baixa incidência de bacteremia não está completamente compreendida, mas
provavelmente pode ser atribuída ao uso amplamente difundido de antibióticos de largo espectro
Gastroenterite:• B. fagilis produtoras de enterotoxinas que podem gerar uma diarréia aquosa
autolimitante• Observadas em maior incidência em crianças com menos de 5 anos de idade
- Diagnóstico Laboratorial Microscopia: informação preliminar útil Cultura:• Amostras coletadas e transportadas em sistema livre de oxigênio• Inoculadas em meios específicos para isolamento de anaeróbios• Incumbas em ambiente anaeróbio• Não haver contaminação com a micro biota normal• Mantidas em ambiente úmido (viabilidade bacteriana)• Crescimento num tempo médio de 2 dias• Uso de meios seletivos favorece o isolamento dos anaeróbios mais importantes• Exemplo : meios enriquecidos com sangue lisado estimulam a produção de um
pigmento em muitos microorganismos como Porphyromonas e Prevotella
Identificação Bioquímica: Identificação preliminar grupo B. fagilis : Coloração de Gram e morfologia das colônias Resistência â Kanamicina, vancomicina e celistina Crescimento estimulado por 20% de bile
A identificação definitiva (deste grupo e outros anaeróbios Gram-negativos ): uso de sistemas bioquímicos comercialmente preparados que medem a atividade de enzimas pré-formadas.
- Tratamento, Prevenção e Controle Infecções microbianas anaeróbias severas: terapia antimicrobiana + intervenção
cirúrgica Geralmente esses microorganismo não produzem b-lactamase , não sendo
resistentes a penicilina e muitas cefalosporinas Antibióticos contra bastonetes anaeróbios Gram-negativos:
metronidazol,carbapenema e b-lactâmicos inibidores da b-lactamase (quando produzem a enzima)
Como Bacterioides spp fazem parte da micro biota normal e a infecção por esses microorganismos é resultante de sua disseminação endógena e é praticamente impossível ser controlada. Porém cuidados durante intervenções cirúrgicas pode evitar essa disseminação para locais estéreis do organismo
Obrigada!