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Terapia Cognitivo- Terapia Cognitivo- Comportamental das Comportamental das Perturbações da Perturbações da Personalidade Personalidade Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde FPCE-UC 2008/2009 FPCE-UC 2008/2009 Daniel Rijo Daniel Rijo

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Psicoterapia focada no

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Terapia Cognitivo-Comportamental dasTerapia Cognitivo-Comportamental das

Perturbações da PersonalidadePerturbações da Personalidade

Mestrado em Psicologia Clínica e da SaúdeMestrado em Psicologia Clínica e da Saúde

FPCE-UC 2008/2009FPCE-UC 2008/2009

Daniel RijoDaniel Rijo

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DSM IV DSM IV —— Classifica Classificaçção Multiaxial (5 eixos)ão Multiaxial (5 eixos)

Eixo 1 Eixo 1 —— Identifica Identificaçção dos São dos Sííndromas Clndromas ClíínicosnicosEixo 2 Eixo 2 —— Dist Distúúrbios de Personalidade e Atraso Mentalrbios de Personalidade e Atraso MentalEixo 3Eixo 3—— Perturba Perturbaçções ou Condiões ou Condiçções Fões FíísicassicasEixo 4Eixo 4—— Problemas Psicossociais ou do Meio Social do Problemas Psicossociais ou do Meio Social do PacientePacienteEixo 5Eixo 5—— Avalia Avaliaçção do Funcionamento Globalão do Funcionamento Global

(Para al(Para aléém do diagnm do diagnóóstico nos 5 eixos, acrescenta-se ainda o stico nos 5 eixos, acrescenta-se ainda o grau de gravidadegrau de gravidade do mesmo: fraco, do mesmo: fraco, moderado, grave, remissão parcial, remissão total).moderado, grave, remissão parcial, remissão total).

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DEFINIDEFINIÇÇÃO DE ÃO DE PERTURBAÇÃOPERTURBAÇÃO DE PERSONALIDADE DE PERSONALIDADE (DSM IV)(DSM IV)

CaracterCaracteríísticas da personalidade, são padrões duradouros de percepsticas da personalidade, são padrões duradouros de percepçção, ão,

relarelaçção, e pensamento acerca do ambiente e de si mesmo, e são exibidos ão, e pensamento acerca do ambiente e de si mesmo, e são exibidos

numa ampla faixa de contextos sociais e pessoais importantes. numa ampla faixa de contextos sociais e pessoais importantes. ÉÉ somente somente

quando as caracterquando as caracteríísticas de personalidade são inflexsticas de personalidade são inflexííveis e inadaptadas, veis e inadaptadas,

e causam, tanto comprometimento funcional significativo como e causam, tanto comprometimento funcional significativo como

sofrimento subjectivo, que elas constituem o sofrimento subjectivo, que elas constituem o DistDistúúrbio de Personalidade.rbio de Personalidade.

As As manifestamanifestaçções dos Distões dos Distúúrbios de Personalidaderbios de Personalidade são frequentemente são frequentemente

reconhecreconhecííveis na adolescência ou mais cedo, e continuam por quase toda a veis na adolescência ou mais cedo, e continuam por quase toda a

vida adulta, embora elas muitas vezes se tornem menos vida adulta, embora elas muitas vezes se tornem menos óóbvias nas faixas bvias nas faixas

mméédias ou extremas de idade (DSM IV, APA, 1994).dias ou extremas de idade (DSM IV, APA, 1994).

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PerturbaçãoPerturbação de Personalidadede PersonalidadeCritérios de Diagnóstico Critérios de Diagnóstico (APA, 1994)(APA, 1994)

A. Um padrão duradoiro de experiência interna e de comportamento que se desvia marcadamente do A. Um padrão duradoiro de experiência interna e de comportamento que se desvia marcadamente do esperado na cultura em que o indivíduo se insere. Este padrão é expresso em duas (ou mais) das esperado na cultura em que o indivíduo se insere. Este padrão é expresso em duas (ou mais) das seguintes áreas:seguintes áreas:

1. cognição (e.g., formas de percepção e interpretação de si próprio, dos outros e dos acontecimentos)1. cognição (e.g., formas de percepção e interpretação de si próprio, dos outros e dos acontecimentos)2. afectividade (e.g., variedade, intensidade, instabilidade e adequação da resposta emocional)2. afectividade (e.g., variedade, intensidade, instabilidade e adequação da resposta emocional)3. funcionamento interpessoal3. funcionamento interpessoal4. controlo de impulsos.4. controlo de impulsos.

B. O padrão duradoiro é inflexível e está presente ao longo de um vasto leque de situações pessoais e B. O padrão duradoiro é inflexível e está presente ao longo de um vasto leque de situações pessoais e sociais.sociais.

C. O padrão duradoiro conduz a dano ou sofrimento clinicamente significativo no funcionamento social, C. O padrão duradoiro conduz a dano ou sofrimento clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou noutras áreas de funcionamento.ocupacional ou noutras áreas de funcionamento.

D. O padrão é estável, de longa duração e o seu início remonta pelo menos à adolescência ou início da D. O padrão é estável, de longa duração e o seu início remonta pelo menos à adolescência ou início da idade adulta.idade adulta.

E. O padrão duradoiro não é melhor explicado por manifestação ou consequência de outro distúrbio mental.E. O padrão duradoiro não é melhor explicado por manifestação ou consequência de outro distúrbio mental.F. O padrão duradoiro não é devido a efeitos fisiológicos directos de uma substância (e.g., abuso de drogas, F. O padrão duradoiro não é devido a efeitos fisiológicos directos de uma substância (e.g., abuso de drogas,

medicação) ou a uma condição médica geral (e.g., traumatismo craneano).medicação) ou a uma condição médica geral (e.g., traumatismo craneano).

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Características Fundamentais por Grupos de Diagnóstico Características Fundamentais por Grupos de Diagnóstico

GRUPO A — ESTRANHOS, EXCÊNTRICOSGRUPO A — ESTRANHOS, EXCÊNTRICOS

Perturbação de Personalidade ParanóidePerturbação de Personalidade Paranóide Desconfiança, suspeita: os motivos dos outros são interpretados como Desconfiança, suspeita: os motivos dos outros são interpretados como

malévolosmalévolos

Perturbação de Personalidade EsquizóidePerturbação de Personalidade Esquizóide Indiferença face às relações sociais e restrição da expressão emocionalIndiferença face às relações sociais e restrição da expressão emocional

Perturbação de Personalidade EsquizotípicoPerturbação de Personalidade Esquizotípico Relações interpessoais íntimas nulas, distorções cognitivas e Relações interpessoais íntimas nulas, distorções cognitivas e

perceptivas, condutas excêntricasperceptivas, condutas excêntricas

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GRUPO B — TEATRAIS, EMOTIVOS, LÁBEISGRUPO B — TEATRAIS, EMOTIVOS, LÁBEIS

Perturbação de Personalidade Anti-socialPerturbação de Personalidade Anti-social

Perturbação de Personalidade BorderlinePerturbação de Personalidade Borderline Instabilidade nas relações interpessoais, na auto-imagem e nos afectos, com Instabilidade nas relações interpessoais, na auto-imagem e nos afectos, com

impulsividade marcadaimpulsividade marcada

Perturbação de Personalidade HistriónicoPerturbação de Personalidade Histriónico Emocionalidade exagerada e procura constante da atenção dos outrosEmocionalidade exagerada e procura constante da atenção dos outros

Perturbação de Personalidade NarcísicaPerturbação de Personalidade Narcísica Grandeza, necessidade de admiração, falta de empatiaGrandeza, necessidade de admiração, falta de empatia

Características Fundamentais por Grupos de Diagnóstico Características Fundamentais por Grupos de Diagnóstico

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GRUPO C — ANSIOSOS, TEMEROSOSGRUPO C — ANSIOSOS, TEMEROSOS

Perturbação de Personalidade de EvitamentoPerturbação de Personalidade de Evitamento Inibição social, hipersensibilidade à avaliação negativa dos outrosInibição social, hipersensibilidade à avaliação negativa dos outros

Perturbação de Personalidade DependentePerturbação de Personalidade Dependente Conduta dependente e submissa, incapacidade de tomar decisões, preocupação Conduta dependente e submissa, incapacidade de tomar decisões, preocupação

com o ser abandonadocom o ser abandonado

Perturbação de Personalidade Obsessivo-CompulsivoPerturbação de Personalidade Obsessivo-Compulsivo Preocupação com a ordem, perfecionismo e controloPreocupação com a ordem, perfecionismo e controlo

Características Fundamentais por Grupos de Diagnóstico Características Fundamentais por Grupos de Diagnóstico

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Características dos doentes com DPCaracterísticas dos doentes com DP

1. RIGIDEZ1. RIGIDEZ Segundo o DSM IV, uma das características mais marcantes é a presença de Segundo o DSM IV, uma das características mais marcantes é a presença de

traços rígidos, inflexíveis e duradoirostraços rígidos, inflexíveis e duradoiros Millon (1981): as várias estratégias que os indivíduos utilizam para se Millon (1981): as várias estratégias que os indivíduos utilizam para se

relacionarem com os outros, para atingirem objectivos e para lidar com o stress relacionarem com os outros, para atingirem objectivos e para lidar com o stress não só são poucas mas parecem ser utilizadas rigidamente.não só são poucas mas parecem ser utilizadas rigidamente.

Os traços de personalidade são egossintónicos => maior resistência à mudançaOs traços de personalidade são egossintónicos => maior resistência à mudança

2. EVITAMENTO2. EVITAMENTO

A clínica mostra que os doentes mais difíceis, crónicos, evitam claramente o A clínica mostra que os doentes mais difíceis, crónicos, evitam claramente o confronto com as cognições e emoções mais significativas.confronto com as cognições e emoções mais significativas.

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3. DIFICULDADES INTERPESSOAIS3. DIFICULDADES INTERPESSOAIS Doentes com DP tendem a estabelecer relações interpessoais disfuncionais — muitos dos Doentes com DP tendem a estabelecer relações interpessoais disfuncionais — muitos dos

critérios de diagnóstico do DSM IV manifestam esta característicacritérios de diagnóstico do DSM IV manifestam esta característica Estas dificuldades interpessoais fazem-se sentir também na relação terapêuticaEstas dificuldades interpessoais fazem-se sentir também na relação terapêutica Estas dificuldades não só constituem um obstáculo à terapia como são parte (se não a Estas dificuldades não só constituem um obstáculo à terapia como são parte (se não a

totalidade) do problema principal do doentetotalidade) do problema principal do doente

4. APRESENTAÇÃO DIFUSA DOS PROBLEMAS4. APRESENTAÇÃO DIFUSA DOS PROBLEMAS É habitual estes doentes não apresentarem problemas imediatamente identificáveis para É habitual estes doentes não apresentarem problemas imediatamente identificáveis para

foco de tratamentofoco de tratamento Apresentam queixas vagas, sem desencadeadores específicos e, no entanto, exibem Apresentam queixas vagas, sem desencadeadores específicos e, no entanto, exibem

níveis de perturbação significativos no seu ajustamento ao longo do temponíveis de perturbação significativos no seu ajustamento ao longo do tempo

Características dos doentes com DPCaracterísticas dos doentes com DP

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PrevalenciasPrevalenciasglobaisglobais Entrevista % Autor(ano)

DP na população geral

PAS 13 Casey & Tyrer (1986)

PDQ 11,1 Reich (1988)

SIPD/PDQ 10,34 Zimmerman & Coryell (1990)

SCID II/SADS 10,3 Maier (1992)

Assistência Primária

PAS 34 Casey & Tyrer (1986)

PAS — Personality Assessment Schedule

PDQ — Personality Diagnostic Questionnaire

SIPD — Structured Clinical Interview for DSM III Personality Disorders

SCID II — Structured Clinical Interview for DSM IV Axis II Personality Disorders

SADS — Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia

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O DSM III E OO DSM III E ONASCIMENTO DO EIXO IINASCIMENTO DO EIXO II

- DSM IDSM I (APA, 1952) (APA, 1952) —— quatro categorias de dist quatro categorias de distúúrbios psiquirbios psiquiáátricos: tricos: - 1-dist1-distúúrbios de padrãorbios de padrão- 2-dist2-distúúrbios de trarbios de traççosos- 3-dist3-distúúrbios de drive (necessidades), controlo e relacionamentorbios de drive (necessidades), controlo e relacionamento- 4-dist4-distúúrbios socioprbios sociopááticosticos

- DSM IIDSM II (APA, 1968), os disturbios de personalidade eram utilizados (APA, 1968), os disturbios de personalidade eram utilizados unicamente quando o doente não encaixava claramente noutras unicamente quando o doente não encaixava claramente noutras categorias.categorias.

- DSM IIIDSM III (APA, 1980) (APA, 1980) —— aqui aparecem pela primeira vez os dist aqui aparecem pela primeira vez os distúúrbios rbios de personalidade definidos num eixo separado, e que se de personalidade definidos num eixo separado, e que se diagnosticam quer esteja ou não presente um distdiagnosticam quer esteja ou não presente um distúúrbio sintomrbio sintomáático.tico.

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

Os modelos a desenvolver terão que ser Os modelos a desenvolver terão que ser testáveis e falsificáveistestáveis e falsificáveis

Os modelos terão que explicar a etiologia, Os modelos terão que explicar a etiologia, mecanismos e desenvolvimento da patologia mecanismos e desenvolvimento da patologia da personalidadeda personalidade

Estes conhecimentos permitirão tratamentos Estes conhecimentos permitirão tratamentos específicos e actuar ao nível da prevençãoespecíficos e actuar ao nível da prevenção

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

1. Personalidade normal e perturbação de 1. Personalidade normal e perturbação de personalidade: questões de continuidade e personalidade: questões de continuidade e estruturaestrutura

Natureza dimensional vs categorial da Natureza dimensional vs categorial da personalidadepersonalidade

Características da personalidae normal e da Características da personalidae normal e da personalidade patológicapersonalidade patológica

Natureza dos processos básicos e da estrutura Natureza dos processos básicos e da estrutura sublacente à personalidade normal e patológicasublacente à personalidade normal e patológica

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

2. Dicotomia traço-estado e sua relação com a 2. Dicotomia traço-estado e sua relação com a definição e diagnóstico das perturbações da definição e diagnóstico das perturbações da personalidadepersonalidade Influência entre estados agudos de patologia Influência entre estados agudos de patologia

(ansiedade/depressão) (ansiedade/depressão) na avaliação de traços e perturbações de na avaliação de traços e perturbações de

personalidadepersonalidade

na estabilidade de sintomas e traços de personalidadena estabilidade de sintomas e traços de personalidade

no desenvolvimento e manifestações da patologia da no desenvolvimento e manifestações da patologia da personalidadepersonalidade

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

3. Populações dos estudos e epidemiologia das 3. Populações dos estudos e epidemiologia das perturbações da personalidadeperturbações da personalidade Populações clínicas são as habitualmente utilizadasPopulações clínicas são as habitualmente utilizadas

Estas populações podem apresentar constelações de Estas populações podem apresentar constelações de critérios distintas dos indivíduos que não procuram ajudacritérios distintas dos indivíduos que não procuram ajuda

Estas populações apresentam frequentemente outro tipo Estas populações apresentam frequentemente outro tipo de queixas e outros quadrosde queixas e outros quadros

È necessário estudar amostras da população geral, o que È necessário estudar amostras da população geral, o que se torna extremamente difícil dadas as limitações dos se torna extremamente difícil dadas as limitações dos questionários de auto-resposta e o tempo que entrevistas questionários de auto-resposta e o tempo que entrevistas levariam a fazerlevariam a fazer

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

4. Curso/perspectiva desenvolvimental das 4. Curso/perspectiva desenvolvimental das perturbações de personalidadeperturbações de personalidade À excepção da perturbação anti-social, nada sabemos À excepção da perturbação anti-social, nada sabemos

acerca da estabilidade de outras perturbações de acerca da estabilidade de outras perturbações de personalidadepersonalidade

Admitindo o contínuo normal-patológico, podemos Admitindo o contínuo normal-patológico, podemos esperar que a estabilidade temporal que caracteriza dos esperar que a estabilidade temporal que caracteriza dos traços normais de personalidade também se verifique traços normais de personalidade também se verifique para as perturbações de personalidadepara as perturbações de personalidade

São necessários estudos longitudinais com três ou mais São necessários estudos longitudinais com três ou mais medidas com instrumentos diferentesmedidas com instrumentos diferentes

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

5. Bases genéticas e biológicas da patologia da 5. Bases genéticas e biológicas da patologia da personalidadepersonalidade A influência de factores genéticos na personalidade A influência de factores genéticos na personalidade

normal é um dado adquiridonormal é um dado adquirido

Nas perturbações de personalidade não é conhecido o Nas perturbações de personalidade não é conhecido o peso dos factores genéticos na sua etiologiapeso dos factores genéticos na sua etiologia

São necessários estudos sobre a hereditariedade e sobre São necessários estudos sobre a hereditariedade e sobre as bases biológicas das perturbações da personalidade as bases biológicas das perturbações da personalidade (neurotransmissores, circuitos neurocomportamentais)(neurotransmissores, circuitos neurocomportamentais)

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

6. Interface Eixo I / Eixo II – comorbilidade, 6. Interface Eixo I / Eixo II – comorbilidade, causalidade ou confusão?causalidade ou confusão? A comorbilidade de perturbações de personalidade com A comorbilidade de perturbações de personalidade com

queixas do eixo I é frequentequeixas do eixo I é frequente

Este facto coloca questões ao nível do diagnóstico e da Este facto coloca questões ao nível do diagnóstico e da etiologia (qual causa ou facilita qual? Podem ser etiologia (qual causa ou facilita qual? Podem ser variantes de um mesmo contínuo?)variantes de um mesmo contínuo?)

São necessáros estudos com amostras maiores e da São necessáros estudos com amostras maiores e da população normalpopulação normal

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Questões relevantes no estudo da Questões relevantes no estudo da psicopatologia do Eixo IIpsicopatologia do Eixo II

7. Validade da patologia da personalidade7. Validade da patologia da personalidade Informação fundamenta a validade dos diagnósticos de Informação fundamenta a validade dos diagnósticos de

perturbação e personalidade anti-social, borderline e perturbação e personalidade anti-social, borderline e esquizotípica.esquizotípica.

Não há critérios com os quais estabelecer a validade – Não há critérios com os quais estabelecer a validade – todos os métodos têm limitaçõestodos os métodos têm limitações

A alternativa é fazer estudos longitudinais, com peritos A alternativa é fazer estudos longitudinais, com peritos avaliadores e o máximo de métodos de diagnóstico avaliadores e o máximo de métodos de diagnóstico possível, o que implica muito tempo e muito dinheiropossível, o que implica muito tempo e muito dinheiro

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Perturbações de PersonalidadePerturbações de PersonalidadeCID 10 CID 10 VS.VS. DSM IV DSM IV

PARANÓIDEPARANÓIDE

ESQUIZÓIDEESQUIZÓIDE

ANTI-SOCIALANTI-SOCIAL

DE INSTABILIDADE EMOCIONALDE INSTABILIDADE EMOCIONAL TIPO IMPULSIVOTIPO IMPULSIVO TIPO LIMITETIPO LIMITE

HISTRIÓNICOHISTRIÓNICO

ANSIOSO (COM CONDUTA EVITATIVA)ANSIOSO (COM CONDUTA EVITATIVA)

DEPENDENTEDEPENDENTE

ANANCÁSTICOANANCÁSTICO

OUTROS DISTÚRBIOS ESPECÍFICOS DE OUTROS DISTÚRBIOS ESPECÍFICOS DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

PARANÓIDEPARANÓIDE

ESQUIZÓIDEESQUIZÓIDE

ESQUIZOTÍPICOESQUIZOTÍPICO

ANTI-SOCIALANTI-SOCIAL

BORDERLINEBORDERLINE

HISTRIÓNICOHISTRIÓNICONARCISICONARCISICO

DE EVITAMENTODE EVITAMENTO

DEPENDENTEDEPENDENTE

OBSESSIVO-COMPULSIVOOBSESSIVO-COMPULSIVO

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE NÃO DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE NÃO ESPECIFICADOESPECIFICADO

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DP Pop. Geral Pop. ClínicaPrevalência (%) Prevalência (%)

Paranóide 0.5 - 2.5 15 - 30Esquizóide 0.5 - 7 1.4 - 16Esquizotípico 3 - 5 2 - 20

Borderline 2 - 3 11 - 63Anti-social 2 - 3 8 - 20Histeriónico 2 - 3 2 - 3Narcísico 1 2 - 16

Obsessivo-Compulsivo 1 1 - 2Dependente 15 2 - 22Evitamento 0.5 - 1 10

Depressivo — —Passivo-Agressivo 1 - 3 2 - 8

Arroyo & Bennasar (1998)

PrevalenciasPrevalenciasespecificasespecificas

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EPIDEMIOLOGIA DAS PERTURBAÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA DAS PERTURBAÇÕES DE PERSONALIDADE - CONCLUSÕESPERSONALIDADE - CONCLUSÕES

Prevalência na população geral: 10 - 13%Prevalência na população geral: 10 - 13% Diferenças entre sexos pouco significativasDiferenças entre sexos pouco significativas Prevalência ligeiramente superior em populações urbanas e em grupos Prevalência ligeiramente superior em populações urbanas e em grupos

economicamente desfavorecidoseconomicamente desfavorecidos Menor prevalência em idososMenor prevalência em idosos P. Borderline é a mais frequentemente associada a outras PP (Preval./Sexo: 3 P. Borderline é a mais frequentemente associada a outras PP (Preval./Sexo: 3

mulheres para 1 homem)mulheres para 1 homem) Estudos na população geral podem estar contaminados de falsos negativosEstudos na população geral podem estar contaminados de falsos negativos Estudos em populações clínicas podem estar contaminados de falsos positivos devido à Estudos em populações clínicas podem estar contaminados de falsos positivos devido à

sobreposição de critérios com eixo I ou com distúrbios em vias de definiçãosobreposição de critérios com eixo I ou com distúrbios em vias de definição P Dependente é a mais frequente na pop. GeralP Dependente é a mais frequente na pop. Geral P Esquizotípica é a segunda mais frequente na pop. GeralP Esquizotípica é a segunda mais frequente na pop. Geral P Anti-social, Esquizotípica, Esquizóide e Narcísica mais frequentes nos homensP Anti-social, Esquizotípica, Esquizóide e Narcísica mais frequentes nos homens P Borderline e Dependente mais frequentes em mulheresP Borderline e Dependente mais frequentes em mulheres

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PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Desconfiança e suspeição persistentes em relação aos Desconfiança e suspeição persistentes em relação aos outros, de forma que os motivos destes são interpretados outros, de forma que os motivos destes são interpretados como malévolos, começando no início da idade adulta e como malévolos, começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos tal como estando presente numa variedade de contextos tal como indicam quatro ou mais das seguintes características:indicam quatro ou mais das seguintes características:

(1) suspeita, sem bases suficientes, de que os outros se (1) suspeita, sem bases suficientes, de que os outros se aproveitam deles, os prejudicam ou enganamaproveitam deles, os prejudicam ou enganam

(2) preocupação com dúvidas injustificadas acerca da lealdade (2) preocupação com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou confiança de amigos ou colegasou confiança de amigos ou colegas

(3) relutância em confiar nos outros por medo injustificado de (3) relutância em confiar nos outros por medo injustificado de que a informação seja maliciosamente usada contra sique a informação seja maliciosamente usada contra si

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PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(4) interpreta como segundas intenções ou ameaças, (4) interpreta como segundas intenções ou ameaças, acontecimentos e relatos benignos.acontecimentos e relatos benignos.

(5) persistência em guardar ressentimentos (isto é, (5) persistência em guardar ressentimentos (isto é, incapacidade de esquecer ofensas, injúrias ou incapacidade de esquecer ofensas, injúrias ou indelicadezas)indelicadezas)

(6) percepção de ataques ao seu carácter e (6) percepção de ataques ao seu carácter e reputação, não aparentes para os outros, aos quais reputação, não aparentes para os outros, aos quais reage rapidamente com raiva ou contra-atacando.reage rapidamente com raiva ou contra-atacando.

(7) suspeição recorrente, sem justificação, em relação (7) suspeição recorrente, sem justificação, em relação à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.

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PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e Perturbações AssociadasCaracterísticas e Perturbações Associadas Dificuldades interpessoaisDificuldades interpessoais Argumentativos, aparência hostil (embora calados)Argumentativos, aparência hostil (embora calados) Parecem “frios” e desprovidos de afectuosidadeParecem “frios” e desprovidos de afectuosidade Expressões hostis ou sarcásticasExpressões hostis ou sarcásticas Excessiva necessidade de serem auto-suficientes e autónomosExcessiva necessidade de serem auto-suficientes e autónomos Grande controlo sobre os outrosGrande controlo sobre os outros Culpam os outros pelos seus errosCulpam os outros pelos seus erros Frequentemente envolvidos em disputas legaisFrequentemente envolvidos em disputas legais Envolvidos em grupos que partilham o mesmo tipo de sistema de crençasEnvolvidos em grupos que partilham o mesmo tipo de sistema de crenças Episódios psicóticos brevesEpisódios psicóticos breves Depressão Major, agorafobia, perturbação obsessivo-compulsiva, Depressão Major, agorafobia, perturbação obsessivo-compulsiva,

abuso/dependência de álcool ou de outras substânciasabuso/dependência de álcool ou de outras substâncias Perturbação Esquizotípica, Esquizóide, Narcísica, Evitante ou Borderline de Perturbação Esquizotípica, Esquizóide, Narcísica, Evitante ou Borderline de

Personalidade Personalidade

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PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERTURBAÇÃO PARANÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Perturbações caracterizadas por episódios psicóticosPerturbações caracterizadas por episódios psicóticos Mudanças de personalidade causadas por condições Mudanças de personalidade causadas por condições

médicasmédicas Sintomas de abuso de substânciasSintomas de abuso de substâncias Traços paranóides associados ao desenvolvimento de Traços paranóides associados ao desenvolvimento de

deficiências físicasdeficiências físicas Perturbação Esquizotípica de PersonalidadePerturbação Esquizotípica de Personalidade Perturbação Esquizóide de PersonalidadePerturbação Esquizóide de Personalidade Perturbação Borderline ou Histriónica de PersonalidadePerturbação Borderline ou Histriónica de Personalidade Perturbação Evitante de PersonalidadePerturbação Evitante de Personalidade Perturbação Anti-social de PersonalidadePerturbação Anti-social de Personalidade Perturbação Narcísica de PersonalidadePerturbação Narcísica de Personalidade

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PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Um padrão persistente de défices sociais e interpessoais marcados Um padrão persistente de défices sociais e interpessoais marcados por desconforto agudo nas, e reduzida capacidade para, relações de por desconforto agudo nas, e reduzida capacidade para, relações de proximidade, bem como distorções perceptivas e cognitivas e proximidade, bem como distorções perceptivas e cognitivas e excentricidades do comportamento, começando no início da idade excentricidades do comportamento, começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos, como adulta e estando presente numa variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:

(1) ideias de referência (excluindo delírios de referência)(1) ideias de referência (excluindo delírios de referência)

(2) crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o (2) crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais (por comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais (por exemplo, superstições, crenças de clarividência, telepatia ou "sexto exemplo, superstições, crenças de clarividência, telepatia ou "sexto sentido"; em crianças ou adolescente, preocupações ou fantasias sentido"; em crianças ou adolescente, preocupações ou fantasias bizarras).bizarras).

(3) experiências perceptivas invulgares, incluindo ilusões corporais(3) experiências perceptivas invulgares, incluindo ilusões corporais..

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PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(4) pensamento e discurso bizarros (por exemplo, vago, metafórico, (4) pensamento e discurso bizarros (por exemplo, vago, metafórico, circunstancial, demasiado elaborado ou estereotipado).circunstancial, demasiado elaborado ou estereotipado).

(5) desconfiança ou ideação paranóide(5) desconfiança ou ideação paranóide

(6) inadequação ou restrição afectivas.(6) inadequação ou restrição afectivas.

(7) comportamento e aparência bizarra, excêntrica ou peculiar.(7) comportamento e aparência bizarra, excêntrica ou peculiar.

(8) ausência de amigos íntimos ou confidentes para além de familiares (8) ausência de amigos íntimos ou confidentes para além de familiares em primeiro grau. em primeiro grau.

(9) ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e (9) ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar associada a receios paranóides e não a juízos tende a estar associada a receios paranóides e não a juízos negativos acerca de si próprio.negativos acerca de si próprio.

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PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e Perturbações AssociadasCaracterísticas e Perturbações Associadas Sintomas de ansiedade e depressãoSintomas de ansiedade e depressão Episódios psicóticos brevesEpisódios psicóticos breves Perturbação Depressiva MajorPerturbação Depressiva Major Perturbação Esquizóide, Paranóide, Evitante ou Perturbação Esquizóide, Paranóide, Evitante ou

Borderline de Personalidade Borderline de Personalidade

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PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERTURBAÇÃO ESQUIZOTÍPICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Perturbações caracterizadas por episódios psicóticosPerturbações caracterizadas por episódios psicóticos Perturbação Autística / Pertubação de Asperger / Perturbação Autística / Pertubação de Asperger /

Perturbações da Comunicação (perturbação da Perturbações da Comunicação (perturbação da linguagem expressiva ou receptivo-expressiva)linguagem expressiva ou receptivo-expressiva)

Mudanças de personalidade causadas por condições Mudanças de personalidade causadas por condições médicasmédicas

Sintomas de abuso de substânciasSintomas de abuso de substâncias Perturbação Esquizóide de PersonalidadePerturbação Esquizóide de Personalidade Perturbação Evitante de PersonalidadePerturbação Evitante de Personalidade Perturbação Narcísica de PersonalidadePerturbação Narcísica de Personalidade Perturbação Borderline de PersonalidadePerturbação Borderline de Personalidade Características esquizotípicas durante a adolescênciaCaracterísticas esquizotípicas durante a adolescência

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PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Um padrão persistente de afastamento das relações sociais Um padrão persistente de afastamento das relações sociais e restrição da expressão emocional em situações e restrição da expressão emocional em situações interpessoais, começando no início da idade adulta e interpessoais, começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos como estando presente numa variedade de contextos como indicado em quatro (ou mais) dos seguintes:indicado em quatro (ou mais) dos seguintes:

(1) nem desejo nem prazer nas relações íntimas, incluindo (1) nem desejo nem prazer nas relações íntimas, incluindo relações familiares.relações familiares.

(2) escolha, quase sempre, de actividades solitárias.(2) escolha, quase sempre, de actividades solitárias.

(3) pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais (3) pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa.com outra pessoa.

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PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(4) prazer em poucas, se alguma, actividades.[Nota: A ausência de (4) prazer em poucas, se alguma, actividades.[Nota: A ausência de prazer aplica-se especialmente a experiências sensoriais, prazer aplica-se especialmente a experiências sensoriais, corporais e interpessoais]corporais e interpessoais]

(5) ausência de amigos íntimos ou confidentes, para além dos (5) ausência de amigos íntimos ou confidentes, para além dos familiares em primeiro grau.familiares em primeiro grau.

(6) aparenta indiferença ao elogio ou crítica dos outros.(6) aparenta indiferença ao elogio ou crítica dos outros.

(7) mostra frieza emocional, desprendimento relacional ou (7) mostra frieza emocional, desprendimento relacional ou embotamento afectivo.embotamento afectivo.

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PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Dificuldade em expressar sentimentos de raiva, mesmo Dificuldade em expressar sentimentos de raiva, mesmo

quando provocados directamentequando provocados directamente Parecem não ter objectivos de vida e “andarem perdidos”Parecem não ter objectivos de vida e “andarem perdidos” Têm poucos amigos, poucos encontros amorosos e Têm poucos amigos, poucos encontros amorosos e

quase nunca casamquase nunca casam Interferência no funcionamento ocupacional, Interferência no funcionamento ocupacional,

principalmente se envolver contactos interpessoaisprincipalmente se envolver contactos interpessoais Episódios psicóticos muito brevesEpisódios psicóticos muito breves Depressão Major, Depressão Major, Perturbação esquizotípica, paranóide ou evitante de Perturbação esquizotípica, paranóide ou evitante de

personalidade personalidade

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PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERTURBAÇÃO ESQUIZÓIDE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Perturbações caracterizadas por episódios psicóticosPerturbações caracterizadas por episódios psicóticos Perturbação Autística / Pertubação de AspergerPerturbação Autística / Pertubação de Asperger Mudanças de personalidade causadas por condições Mudanças de personalidade causadas por condições

médicasmédicas Sintomas de abuso de substânciasSintomas de abuso de substâncias Perturbação Esquizotípica de PersonalidadePerturbação Esquizotípica de Personalidade Perturbação Paranóide de PersonalidadePerturbação Paranóide de Personalidade Perturbação Evitante de PersonalidadePerturbação Evitante de Personalidade Perturbação Obsessivo-Compulsiva de PersonalidadePerturbação Obsessivo-Compulsiva de Personalidade

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PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

A. Um padrão persistente de desrespeito e violação dos direitos dos A. Um padrão persistente de desrespeito e violação dos direitos dos outros, ocorrendo desde os 15 anos de idade, como indicado por três (ou outros, ocorrendo desde os 15 anos de idade, como indicado por três (ou mais) dos seguintes:mais) dos seguintes:

(1) incapacidade para se conformar a normas sociais, no que diz respeito a (1) incapacidade para se conformar a normas sociais, no que diz respeito a comportamentos legais, como é demonstrado pelos actos repetidos que comportamentos legais, como é demonstrado pelos actos repetidos que são motivo de detenção.são motivo de detenção.

(2) comportamento fraudulento, como é demonstrado pelo recurso frequente (2) comportamento fraudulento, como é demonstrado pelo recurso frequente a mentiras e alibis, falsas identificações, ou "vigarices" para obter lucro ou a mentiras e alibis, falsas identificações, ou "vigarices" para obter lucro ou prazer.prazer.

(3) impulsividade ou incapacidade para antecipar consequências.(3) impulsividade ou incapacidade para antecipar consequências.

(4) irritabilidade e agressividade, como é demonstrado pelas repetidas lutas (4) irritabilidade e agressividade, como é demonstrado pelas repetidas lutas ou agressões físicas.ou agressões físicas.

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PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(5) descuido e irresponsabilidade no que diz respeito à sua segurança (5) descuido e irresponsabilidade no que diz respeito à sua segurança e à dos outros.e à dos outros.

(6) irresponsabilidade permanente, como é demonstrado pela (6) irresponsabilidade permanente, como é demonstrado pela incapacidade repetida para manter um emprego regular, ou honrar incapacidade repetida para manter um emprego regular, ou honrar obrigações financeiras.obrigações financeiras.

(7) ausência de remorso, como é demonstrado pela racionalização e (7) ausência de remorso, como é demonstrado pela racionalização e indiferença com que reage após ter magoado, maltratado ou indiferença com que reage após ter magoado, maltratado ou roubado alguém.roubado alguém.

B. O indivíduo tem pelo menos 18 anos de idade.B. O indivíduo tem pelo menos 18 anos de idade.

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PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

C. Há evidência de Distúrbio de Conduta com início anterior aos 15 anos de C. Há evidência de Distúrbio de Conduta com início anterior aos 15 anos de idade [como evidenciado por, pelo menos, dois dos seguintes:]idade [como evidenciado por, pelo menos, dois dos seguintes:]

(1) (Antes dos 15 anos) brigava, ameaçava ou intimidava as outras pessoas com (1) (Antes dos 15 anos) brigava, ameaçava ou intimidava as outras pessoas com frequência.frequência.

(2) (Antes dos 15 anos) iniciava, com frequência, lutas físicas.(2) (Antes dos 15 anos) iniciava, com frequência, lutas físicas.

(3) (Antes dos 15 anos) utilizou uma arma que podia causar grave graves danos (3) (Antes dos 15 anos) utilizou uma arma que podia causar grave graves danos físicos aos outros (ex., um pau, um tijolo, uma garrafa partida, uma navalha físicos aos outros (ex., um pau, um tijolo, uma garrafa partida, uma navalha ou uma pistola) .ou uma pistola) .

(4) (Antes dos 15 anos) manifestou crueldade física para com as pessoas.(4) (Antes dos 15 anos) manifestou crueldade física para com as pessoas.

(5) (Antes dos 15 anos) manifestou crueldade física para com os animais.(5) (Antes dos 15 anos) manifestou crueldade física para com os animais.

(6) (Antes dos 15 anos) roubou confrontando-se com a vítima (por exemplo, (6) (Antes dos 15 anos) roubou confrontando-se com a vítima (por exemplo, assalto, roubo de carteiras, extorsão, assalto à mão armada).assalto, roubo de carteiras, extorsão, assalto à mão armada).

(7) (Antes dos 15 anos) forçou alguém a ter relações sexuais.(7) (Antes dos 15 anos) forçou alguém a ter relações sexuais.

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PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE(8) (Antes dos 15 anos) lançou deliberadamente fogo com a intenção de causar (8) (Antes dos 15 anos) lançou deliberadamente fogo com a intenção de causar

prejuízos graves.prejuízos graves.

(9) (Antes dos 15 anos) destruiu deliberadamente propriedade alheia (sem ser por (9) (Antes dos 15 anos) destruiu deliberadamente propriedade alheia (sem ser por provocar incêndio).provocar incêndio).

(10) (Antes dos 15 anos) arrombou a casa, a propriedade ou o automóvel de (10) (Antes dos 15 anos) arrombou a casa, a propriedade ou o automóvel de outra pessoa.outra pessoa.

(11) (Antes dos 15 anos) mentiu para obter ganhos ou favores ou para evitar (11) (Antes dos 15 anos) mentiu para obter ganhos ou favores ou para evitar obrigações (por exemplo, "vigarizar" os outros).obrigações (por exemplo, "vigarizar" os outros).

(12) (Antes dos 15 anos) roubou objectos de certo valor, sem confrontação com a (12) (Antes dos 15 anos) roubou objectos de certo valor, sem confrontação com a vítima (por exemplo, roubo em lojas mas sem partir ou forçar a entrada, vítima (por exemplo, roubo em lojas mas sem partir ou forçar a entrada, falsificações).falsificações).

(13) (Antes dos 15 anos) fugiu de casa e esteve fora a noite inteira, pelo menos (13) (Antes dos 15 anos) fugiu de casa e esteve fora a noite inteira, pelo menos duas vezes, enquanto vivia na casa dos pais ou tutores (ou uma vez, estando duas vezes, enquanto vivia na casa dos pais ou tutores (ou uma vez, estando ausente por um período de tempo prolongado).ausente por um período de tempo prolongado).

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PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Falta de empatiaFalta de empatia Cínicos, indiferentes aos direitos, sentimentos e sofrimento dos outrosCínicos, indiferentes aos direitos, sentimentos e sofrimento dos outros Demasiado convencidos da sua própria importância, arrogantes,Demasiado convencidos da sua própria importância, arrogantes, Sedutores e de discurso fácilSedutores e de discurso fácil Irresponsáveis e abusivos nas relações sexuaisIrresponsáveis e abusivos nas relações sexuais Pais irresponsáveisPais irresponsáveis Podem não se conseguir auto-sustentarPodem não se conseguir auto-sustentar Têm maior probabilidade de morrer prematuramente e por meios violentosTêm maior probabilidade de morrer prematuramente e por meios violentos Disforia, humor deprimido, intolerância ao aborrecimentoDisforia, humor deprimido, intolerância ao aborrecimento Perturbações ansiosas, perturbação depressiva, abuso de substâncias, jogo Perturbações ansiosas, perturbação depressiva, abuso de substâncias, jogo

patológicopatológico Perturbações Borderline, Histriónica ou Narcísica de Personalidade Perturbações Borderline, Histriónica ou Narcísica de Personalidade

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PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERTURBAÇÃO ANTI-SOCIAL DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Perturbações relacionada com abuso de substânciasPerturbações relacionada com abuso de substâncias Esquizofrenia ou episódios maníacosEsquizofrenia ou episódios maníacos Perturbação Narcísica de PersonalidadePerturbação Narcísica de Personalidade Perturbação Histriónica de PersonalidadePerturbação Histriónica de Personalidade Perturbação Borderline de PersonalidadePerturbação Borderline de Personalidade Comportamento anti-social (outras condições que Comportamento anti-social (outras condições que

podem ser foco de atenção clínica)podem ser foco de atenção clínica)

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PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-LIMITE DE PERSONALIDADELIMITE DE PERSONALIDADE

Um padrão persistente de instabilidade no relacionamento interpessoal, na Um padrão persistente de instabilidade no relacionamento interpessoal, na auto-imagem e nos afectos, e impulsividade marcada, começando no início da auto-imagem e nos afectos, e impulsividade marcada, começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos como indicado idade adulta e estando presente numa variedade de contextos como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:por cinco (ou mais) dos seguintes:

(1) esforços desesperados para evitar o abandono real ou imaginado. Nota: Não (1) esforços desesperados para evitar o abandono real ou imaginado. Nota: Não incluir comportamento suicidário ou auto-mutilações, descritos no critério 5.incluir comportamento suicidário ou auto-mutilações, descritos no critério 5.

(2) padrão de relações interpessoais instáveis e intensas, caracterizado por (2) padrão de relações interpessoais instáveis e intensas, caracterizado por alternância entre extremos de idealização e de desvalorização.alternância entre extremos de idealização e de desvalorização.

(3) perturbação da identidade: instabilidade persistente e marcada da auto-(3) perturbação da identidade: instabilidade persistente e marcada da auto-imagem ou do seu sentido de identidade.[Nota: Não incluir a incerteza imagem ou do seu sentido de identidade.[Nota: Não incluir a incerteza normal da adolescência.]normal da adolescência.]

(4) impulsividade em, pelo menos, duas áreas que são potencialmente auto-(4) impulsividade em, pelo menos, duas áreas que são potencialmente auto-lesivas (por exemplo, gastos, sexo, abuso de substâncias, condução lesivas (por exemplo, gastos, sexo, abuso de substâncias, condução negligente, voracidade alimentar). Nota: Não incluir comportamento negligente, voracidade alimentar). Nota: Não incluir comportamento suicidário ou auto-mutilações, descritos no critério 5suicidário ou auto-mutilações, descritos no critério 5

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PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-LIMITE DE PERSONALIDADELIMITE DE PERSONALIDADE

(5) comportamentos, gestos ou ameaças recorrentes de suicídio, ou (5) comportamentos, gestos ou ameaças recorrentes de suicídio, ou comportamento auto-mutilante.comportamento auto-mutilante.

(6) instabilidade afectiva devida a acentuada reactividade do humor (por (6) instabilidade afectiva devida a acentuada reactividade do humor (por exemplo, episódios intensos de disforia, irritabilidade ou ansiedade, exemplo, episódios intensos de disforia, irritabilidade ou ansiedade, habitualmente durando poucas horas e, só raramente, mais do que alguns habitualmente durando poucas horas e, só raramente, mais do que alguns dias).dias).

(7) sentimentos crónicos de vazio.(7) sentimentos crónicos de vazio.

(8) raiva intensa e inapropriada ou dificuldades em controlá-la (por (8) raiva intensa e inapropriada ou dificuldades em controlá-la (por exemplo, episódios frequentes de destempero, sentimentos constantes de exemplo, episódios frequentes de destempero, sentimentos constantes de raiva, brigas recorrentes).raiva, brigas recorrentes).

(9) ideação paranóide transitória reactiva ao (9) ideação paranóide transitória reactiva ao stressstress ou sintomas ou sintomas dissociativos gravesdissociativos graves

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PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-LIMITE DE PERSONALIDADELIMITE DE PERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Padrão de “sabotagem” a si próprios quando estão prestes a atingir algum Padrão de “sabotagem” a si próprios quando estão prestes a atingir algum

objectivo importanteobjectivo importante Sintomas psicóticos (psychotic-like simptoms) em alturas de grande stressSintomas psicóticos (psychotic-like simptoms) em alturas de grande stress Sentem-se mais seguros com objectos transitivos (animal de estimação ou Sentem-se mais seguros com objectos transitivos (animal de estimação ou

objecto) do que em relações interpessoaisobjecto) do que em relações interpessoais Deficiências físicas devido a auto-mutilações ou tentativas de suicídio Deficiências físicas devido a auto-mutilações ou tentativas de suicídio

falhadasfalhadas Frequente perda de emprego ou de relaçõesFrequente perda de emprego ou de relações Perturbações do Humor, abuso de substâncias, Perturbações Alimentares Perturbações do Humor, abuso de substâncias, Perturbações Alimentares

(nomeadamente, Bulimia), Perturbação de Pós Stress Traumático, (nomeadamente, Bulimia), Perturbação de Pós Stress Traumático, Perturbação de Défice de Attenção/HiperactividadePerturbação de Défice de Attenção/Hiperactividade

Outras Perturbações de PersonalidadeOutras Perturbações de Personalidade

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PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-PERTURBAÇÃO BORDERLINE/ESTADO-LIMITE DE PERSONALIDADELIMITE DE PERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Perturbações do HumorPerturbações do Humor Perturbação Histriónica de PersonalidadePerturbação Histriónica de Personalidade Perturbação Esquizotípica de PersonalidadePerturbação Esquizotípica de Personalidade Perturbação Paranóide ou Narcísica de PersonalidadePerturbação Paranóide ou Narcísica de Personalidade Perturbação Anti-social de PersonalidadePerturbação Anti-social de Personalidade Perturbação Dependente de PersonalidadePerturbação Dependente de Personalidade Mudança de Personalidade devido a uma condição Mudança de Personalidade devido a uma condição

médica geralmédica geral Sintomas associados ao abuso de substânciasSintomas associados ao abuso de substâncias

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PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Um padrão persistente de excessiva emocionalidade e procura de Um padrão persistente de excessiva emocionalidade e procura de atenção, começando no início da idade adulta e estando presente atenção, começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) numa variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:dos seguintes:

(1) desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções.(1) desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções.

(2) interacção com os outros frequentemente caracterizada por (2) interacção com os outros frequentemente caracterizada por sedução sexual inapropriada ou comportamento provocador.sedução sexual inapropriada ou comportamento provocador.

(3) alterações rápidas e superficialidade da expressão emocional.(3) alterações rápidas e superficialidade da expressão emocional.

(4) uso consistente da aparência física para atrair a si as atenções.(4) uso consistente da aparência física para atrair a si as atenções.

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PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(5) discurso excessivamente impressionístico e com pouco pormenor.(5) discurso excessivamente impressionístico e com pouco pormenor.

(6) mostra auto-dramatização, teatralidade e exagero na expressão (6) mostra auto-dramatização, teatralidade e exagero na expressão emocional.emocional.

(7) sugestionabilidade (isto é, é facilmente influenciável pelos outros (7) sugestionabilidade (isto é, é facilmente influenciável pelos outros ou pelas circunstâncias).ou pelas circunstâncias).

(8) considera como muito íntimas relações que, na realidade, não o (8) considera como muito íntimas relações que, na realidade, não o são.são.

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PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Dificuldades em relações amorosasDificuldades em relações amorosas Dificuldades em relações de amizade Dificuldades em relações de amizade Facilmente frustrados em situações que exigem adiamento da gratificaçãoFacilmente frustrados em situações que exigem adiamento da gratificação Iniciam frequentemente um trabalho com grande entusiasmo e depois Iniciam frequentemente um trabalho com grande entusiasmo e depois

perdem o interesse rapidamenteperdem o interesse rapidamente Negligenciam relações duradouras para darem lugar a relações novas e Negligenciam relações duradouras para darem lugar a relações novas e

excitantesexcitantes Risco aumentado de gestos suicidas para pbterem atenção e cuidadosRisco aumentado de gestos suicidas para pbterem atenção e cuidados Perturbações de Somatização, Perturbações Conversivas, Perturbação Perturbações de Somatização, Perturbações Conversivas, Perturbação

Depressiva MajorDepressiva Major Perturbação Borderline, Narcísica, Anti-Social, ou Dependente de Perturbação Borderline, Narcísica, Anti-Social, ou Dependente de

PersonalidadePersonalidade

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PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERTURBAÇÃO HISTRIÓNICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Perturbação Borderline de PersonalidadePerturbação Borderline de Personalidade Perturbação Anti-Social de PersonalidadePerturbação Anti-Social de Personalidade Perturbação Narcísica de PersonalidadePerturbação Narcísica de Personalidade Perturbação Dependente de PersonalidadePerturbação Dependente de Personalidade Mudança de Personalidade devido a uma Mudança de Personalidade devido a uma

condição médica geralcondição médica geral Sintomas associados ao abuso de substânciasSintomas associados ao abuso de substâncias

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PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Um padrão persistente de grandiosidade (em fantasia ou Um padrão persistente de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade de admiração e ausência de empatia, comportamento), necessidade de admiração e ausência de empatia, começando no início da idade adulta e estando presente numa começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes.seguintes.

(1) sentimento grandioso de importância pessoal (por exemplo, exagera (1) sentimento grandioso de importância pessoal (por exemplo, exagera talentos e realizações; espera ser reconhecido como superior, sem ter talentos e realizações; espera ser reconhecido como superior, sem ter realizações proporcionais).realizações proporcionais).

2) preocupação com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilhantismo, 2) preocupação com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilhantismo, beleza ou o amor ideal.beleza ou o amor ideal.

(3) crenças de que é "especial" e único e que só pode ser compreendido (3) crenças de que é "especial" e único e que só pode ser compreendido por, ou deveria estar associado a, outras pessoas (ou instituições) por, ou deveria estar associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com elevado especiais ou com elevado statusstatus..

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PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(4) requer admiração excessiva.(4) requer admiração excessiva.

(5) sentido de grandiosidade (isto é, tem expectativas irrazoáveis de (5) sentido de grandiosidade (isto é, tem expectativas irrazoáveis de tratamento especialmente favorável ou de adesão automática às tratamento especialmente favorável ou de adesão automática às suas expectativas).suas expectativas).

(6) tirar partido dos outros (isto é, utiliza os outros para atingir os (6) tirar partido dos outros (isto é, utiliza os outros para atingir os seus próprios fins).seus próprios fins).

(7) ausência de empatia: incapacidade para reconhecer ou identificar-(7) ausência de empatia: incapacidade para reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e necessidades dos outros.se com os sentimentos e necessidades dos outros.

(8) tem, frequentemente, inveja dos outros ou acredita que os outros (8) tem, frequentemente, inveja dos outros ou acredita que os outros têm inveja de si.têm inveja de si.

(9) demonstrações de arrogância, comportamentos ou atitudes altivas.(9) demonstrações de arrogância, comportamentos ou atitudes altivas.

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PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Ofendem-se facilmente, sentindo-se humilhados ou “vazios”,Ofendem-se facilmente, sentindo-se humilhados ou “vazios”, Podem reagir com desdenho, raiva ou contra-ataquesPodem reagir com desdenho, raiva ou contra-ataques Dificuldades nas relações interpessoais devido à excessiva necessidade de Dificuldades nas relações interpessoais devido à excessiva necessidade de

admiração e indiferença pelos sentimentos dos outrosadmiração e indiferença pelos sentimentos dos outros Embora a sua confiança e ambição os possa levar a ter um desempenho Embora a sua confiança e ambição os possa levar a ter um desempenho

elevado, muitas vezes este é diminuido pela intolerância ao criticismo ou por elevado, muitas vezes este é diminuido pela intolerância ao criticismo ou por não quererem correr riscos em situações em que podem ser mal-sucedidosnão quererem correr riscos em situações em que podem ser mal-sucedidos

Isolamento social, humor depressivo, distimia, perturbação depressiva major Isolamento social, humor depressivo, distimia, perturbação depressiva major ou humor hipomaníacoou humor hipomaníaco

Anorexia nervosa ou abuso de substânciasAnorexia nervosa ou abuso de substâncias Perturbação histriónica, borderline, anti-social ou paranóide de Perturbação histriónica, borderline, anti-social ou paranóide de

personalidade personalidade

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PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERTURBAÇÃO NARCÍSICA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Perturbação Histriónica de PersonalidadePerturbação Histriónica de Personalidade Perturbação Borderline de PersonalidadePerturbação Borderline de Personalidade Perturbação Anti-Social de PersonalidadePerturbação Anti-Social de Personalidade Perturbação Obsessivo-Compulsiva de PersonalidadePerturbação Obsessivo-Compulsiva de Personalidade Perturbação Esquizotípica ou Paranóide de Perturbação Esquizotípica ou Paranóide de

PersonalidadePersonalidade Episódios Maníacos ou HipomaníacosEpisódios Maníacos ou Hipomaníacos

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PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Padrão persistente de inibição social, sentimentos de inadequação e Padrão persistente de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersemsibilidade à avaliação negativa, começando no início da idade hipersemsibilidade à avaliação negativa, começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos, como indicado por adulta e estando presente numa variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:quatro (ou mais) dos seguintes:

(1)(1) evitamento de actividades ocupacionais que envolvam contactos evitamento de actividades ocupacionais que envolvam contactos interpessoais por medo de críticas, desaprovação ou rejeição.interpessoais por medo de críticas, desaprovação ou rejeição.

(2)(2) (2) pouca determinação no envolvimento com pessoas, a não ser que tenha (2) pouca determinação no envolvimento com pessoas, a não ser que tenha a certeza de ser apreciado.a certeza de ser apreciado.

(3)(3) (3) reserva nas relações próximas por medo do ridículo ou de ser (3) reserva nas relações próximas por medo do ridículo ou de ser envergonhado.envergonhado.

(4)(4) (4) preocupações em ser criticado ou rejeitado em situações sociais.(4) preocupações em ser criticado ou rejeitado em situações sociais.

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PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(5) inibição em situações interpessoais novas devido a sentimentos de (5) inibição em situações interpessoais novas devido a sentimentos de ineficácia.ineficácia.

(6) auto-análise como socialmente inepto, sem encanto pessoal ou (6) auto-análise como socialmente inepto, sem encanto pessoal ou inferior aos outros.inferior aos outros.

(7) relutância em assumir riscos pessoais ou a envolver-se em novas (7) relutância em assumir riscos pessoais ou a envolver-se em novas actividades por estas poderem vir a ser embaraçosas.actividades por estas poderem vir a ser embaraçosas.

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PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Hipervigilantes às expressões dos outros com quem contactamHipervigilantes às expressões dos outros com quem contactam Grande invalidação ao nível do funcionamento escolar e Grande invalidação ao nível do funcionamento escolar e

ocupacionalocupacional Grande isolamento social => sem rede social de suporteGrande isolamento social => sem rede social de suporte Grande desejo de afecto e aceitação e possibilidade de Grande desejo de afecto e aceitação e possibilidade de

fantasiarem acerca de relações ideaisfantasiarem acerca de relações ideais Perturbações de ansiedadePerturbações de ansiedade Perturbações do humorPerturbações do humor Perturbação Dependente, Borderline, outras perturbações do Perturbação Dependente, Borderline, outras perturbações do

grupo Agrupo A

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PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERTURBAÇÃO EVITANTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial Fobia social generalizadaFobia social generalizada Perturbação de Pânico com AgorafobiaPerturbação de Pânico com Agorafobia Perturbação Dependente de PersonalidadePerturbação Dependente de Personalidade Perturbação Esquizotípica e Esquizóide de PersonalidadePerturbação Esquizotípica e Esquizóide de Personalidade Perturbação Paranóide de PersonalidadePerturbação Paranóide de Personalidade Mudança de Personalidade devido a uma condição médica Mudança de Personalidade devido a uma condição médica

geralgeral Sintomas associados ao abuso de substânciasSintomas associados ao abuso de substâncias

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PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Uma necessidade persistente e excessiva de cuidados que leva a Uma necessidade persistente e excessiva de cuidados que leva a submissão, viscosidade e angústia de separação, com começo no início da submissão, viscosidade e angústia de separação, com começo no início da idade adulta e está presente numa variedade de contextos, como indicado idade adulta e está presente numa variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:por cinco (ou mais) dos seguintes:

(1)(1) dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia, sem uma quantidade dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia, sem uma quantidade excessiva de suporte e tranquilização por parte dos outros.excessiva de suporte e tranquilização por parte dos outros.

(2) necessidade que os outros assumam responsabilidades nas maior parte (2) necessidade que os outros assumam responsabilidades nas maior parte das áreas importantes da sua vida.[Nota: Não incluir a simples obtenção das áreas importantes da sua vida.[Nota: Não incluir a simples obtenção de aconselhamento dos outros ou comportamento culturalmente de aconselhamento dos outros ou comportamento culturalmente adequado.]adequado.]

(3) dificuldade em discordar dos outros, por medo de perder suporte ou (3) dificuldade em discordar dos outros, por medo de perder suporte ou aprovação. [Nota: Não incluir receios realistas de retaliação.]aprovação. [Nota: Não incluir receios realistas de retaliação.]

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PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

(4) dificuldade em iniciar projectos ou fazer coisas por sua conta (pela (4) dificuldade em iniciar projectos ou fazer coisas por sua conta (pela ausência de confiança nas suas capacidades e não por ausência de ausência de confiança nas suas capacidades e não por ausência de motivação ou de energia).motivação ou de energia).

(5) a sua necessidade de suporte e de cuidados por parte dos outros vai ao (5) a sua necessidade de suporte e de cuidados por parte dos outros vai ao ponto de se oferecer como voluntário para tarefas desagradáveis.[Nota: ponto de se oferecer como voluntário para tarefas desagradáveis.[Nota: Não incluir comporta-mentos destinados a alcançar objectivos para além Não incluir comporta-mentos destinados a alcançar objectivos para além de agradar aos outros, como por exemplo uma promoção no trabalho.]de agradar aos outros, como por exemplo uma promoção no trabalho.]

(6) sentimentos de desconforto e desamparo quando sozinho, devido a (6) sentimentos de desconforto e desamparo quando sozinho, devido a medos exagerados de ser incapaz de cuidar de si próprio.medos exagerados de ser incapaz de cuidar de si próprio.

(7) procura urgente de outras relações como fonte de suporte e de cuidados, (7) procura urgente de outras relações como fonte de suporte e de cuidados, quando alguma relação próxima termina.quando alguma relação próxima termina.

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PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Pessimismo e dúvidas constantesPessimismo e dúvidas constantes Tendência para diminuirem as suas capacidadesTendência para diminuirem as suas capacidades Procura de sobreprotecção e dominânciaProcura de sobreprotecção e dominância Interferência a nível profissional por evitarem posições de Interferência a nível profissional por evitarem posições de

responsabilidade e decisãoresponsabilidade e decisão Relações sociais limitadasRelações sociais limitadas Perturbações de ansiedadePerturbações de ansiedade Perturbações do humorPerturbações do humor Perturbações de ajustamentoPerturbações de ajustamento Perturbação Borderline, Evitante ou Histriónica de PersonalidadePerturbação Borderline, Evitante ou Histriónica de Personalidade

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PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERTURBAÇÃO DEPENDENTE DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial

Dependência derivada de outra perturbação ou condiçãoDependência derivada de outra perturbação ou condição Perturbação Borderline de PersonalidadePerturbação Borderline de Personalidade Perturbação Histriónica de PersonalidadePerturbação Histriónica de Personalidade Perturbação Evitante de PersonalidadePerturbação Evitante de Personalidade Mudança de Personalidade devido a uma condição médica geralMudança de Personalidade devido a uma condição médica geral Sintomas associados ao abuso de substânciasSintomas associados ao abuso de substâncias

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PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-COMPULSIVA DE PERSONALIDADECOMPULSIVA DE PERSONALIDADE

Um padrão persistente de preocupação com a ordem, perfeccionismo e Um padrão persistente de preocupação com a ordem, perfeccionismo e controlo mental e interpessoal, em detrimento de flexibilidade, abertura e controlo mental e interpessoal, em detrimento de flexibilidade, abertura e eficiência, começando no início da idade adulta e estando presente numa eficiência, começando no início da idade adulta e estando presente numa variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes. seguintes.

(1)(1) preocupações com pormenores, regras, listas, ordem, organização ou preocupações com pormenores, regras, listas, ordem, organização ou horários, ao ponto de se perder a finalidade da actividade.horários, ao ponto de se perder a finalidade da actividade.

(2) perfeccionismo que interfere com a capacidade de finalizar tarefas (por (2) perfeccionismo que interfere com a capacidade de finalizar tarefas (por exemplo, é incapaz de terminar um projecto por este não estar atingir os exemplo, é incapaz de terminar um projecto por este não estar atingir os seus padrões elevados de exigência).seus padrões elevados de exigência).

(3) devoção excessiva ao trabalho e à produtividade até à exclusão dos (3) devoção excessiva ao trabalho e à produtividade até à exclusão dos amigos e activida-des de lazer (excepto por razões óbvias de necessidade amigos e activida-des de lazer (excepto por razões óbvias de necessidade económica) [Nota: Não justificado por exigências temporárias económica) [Nota: Não justificado por exigências temporárias relacionadas com o emprego.]relacionadas com o emprego.]

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PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-COMPULSIVA DE PERSONALIDADECOMPULSIVA DE PERSONALIDADE

(4) hiperconscienciosidade, escrupulosidade e inflexibilidade acerca (4) hiperconscienciosidade, escrupulosidade e inflexibilidade acerca da moral, ética ou valores (excepto por razões de identificação da moral, ética ou valores (excepto por razões de identificação cultural ou religiosa)cultural ou religiosa)

(5) incapacidade para se libertar de objectos inúteis mesmo que (5) incapacidade para se libertar de objectos inúteis mesmo que desprovidos de valor sentimental.desprovidos de valor sentimental.

(6) relutância em delegar funções ou trabalho nos outros, a menos (6) relutância em delegar funções ou trabalho nos outros, a menos que respeitem exacta-mente o seu modo de proceder.que respeitem exacta-mente o seu modo de proceder.

(7) adopção de um estilo miserabilista para consigo ou para com os (7) adopção de um estilo miserabilista para consigo ou para com os outros; o dinheiro é visto como algo a reter para catástrofes outros; o dinheiro é visto como algo a reter para catástrofes futuras.(8) rigidez e obstinação.futuras.(8) rigidez e obstinação.

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PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-COMPULSIVA DE PERSONALIDADECOMPULSIVA DE PERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Enorme quantidade de tempo (e grande sofrimento) em processos de Enorme quantidade de tempo (e grande sofrimento) em processos de

decisãodecisão Grande irritação em situações em que não conseguem manter o Grande irritação em situações em que não conseguem manter o

controlo, tipicamente não expressa de uma forma directa, ou controlo, tipicamente não expressa de uma forma directa, ou demonstrando grande indignação perante pequenos errosdemonstrando grande indignação perante pequenos erros

Grande deferência para com figuras de autoridade que respeitem e Grande deferência para com figuras de autoridade que respeitem e excessiva resistência perante figuras de autoridade que não respeitemexcessiva resistência perante figuras de autoridade que não respeitem

Expressão dos afectos altamente controlada, grande desconforto Expressão dos afectos altamente controlada, grande desconforto perante alguém emocionalmente expressivo; raramente elogiamperante alguém emocionalmente expressivo; raramente elogiam

Dificuldades a nível profissionalDificuldades a nível profissional Perturbações ansiosas ou do humorPerturbações ansiosas ou do humor

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PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-COMPULSIVA DE PERSONALIDADECOMPULSIVA DE PERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial

Perturbação Obsessivo-CompulsivaPerturbação Obsessivo-Compulsiva Perturbação Narcísica de PersonalidadePerturbação Narcísica de Personalidade Perturbação Anti-Social de PersonalidadePerturbação Anti-Social de Personalidade Perturbação Esquizóide de PersonalidadePerturbação Esquizóide de Personalidade Mudança de Personalidade devido a uma condição médica Mudança de Personalidade devido a uma condição médica

geralgeral Sintomas associados ao abuso de substânciasSintomas associados ao abuso de substâncias

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PERTURBAÇÃO DE PERSONALIDADE PERTURBAÇÃO DE PERSONALIDADE SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃOSEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO

Esta categoria serve para as perturbações da personalidade que não Esta categoria serve para as perturbações da personalidade que não preenchem critérios para nenhum Distúrbio de Personalidade específico. preenchem critérios para nenhum Distúrbio de Personalidade específico. Um exemplo, é a presença de características de mais do que um Um exemplo, é a presença de características de mais do que um Distúrbio de Personalidade Específico ("personalidade mista"), que não Distúrbio de Personalidade Específico ("personalidade mista"), que não preenchem a totalidade dos critérios necessários para qualquer um dos preenchem a totalidade dos critérios necessários para qualquer um dos Distúrbios de Personalidade; no entanto, o conjunto dessas Distúrbios de Personalidade; no entanto, o conjunto dessas características causa desconforto ou invalidação clinicamente características causa desconforto ou invalidação clinicamente significativos numa ou mais áreas do funcionamento (por exemplo, ao significativos numa ou mais áreas do funcionamento (por exemplo, ao nível social ou ocupacional). Esta categoria pode também ser utilizada nível social ou ocupacional). Esta categoria pode também ser utilizada quando o clínico julgar adequado estabelecer um diagóstico de um quando o clínico julgar adequado estabelecer um diagóstico de um Distúrbio de Personalidade específico (por exemplo, perturbação Distúrbio de Personalidade específico (por exemplo, perturbação depressiva de personalidade) que não esteja incluído na classificação. depressiva de personalidade) que não esteja incluído na classificação.

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CONJUNTOS DE CRITÉRIOS E EIXOS CONJUNTOS DE CRITÉRIOS E EIXOS PARA MAIOR ESTUDOPARA MAIOR ESTUDO

PERTURBAÇÕES DE PERSONALIDADE PERTURBAÇÕES DE PERSONALIDADE

NÃO ESPECIFICADAS NÃO ESPECIFICADAS

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PERTURBAÇÃO DEPRESSIVA DE PERTURBAÇÃO DEPRESSIVA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Um padrão persistente de cognições e comportamentos depressivos, Um padrão persistente de cognições e comportamentos depressivos, começando no início da idade adulta e estando presente numa grande começando no início da idade adulta e estando presente numa grande variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:

(1)(1) o humor habitual é dominado por sentimentos de abatimento, tristeza, o humor habitual é dominado por sentimentos de abatimento, tristeza, desânimo, desilusão ou infelicidadedesânimo, desilusão ou infelicidade

(2)(2) (2) o auto-conceito centra-se em redor de crenças de inadequação, menos (2) o auto-conceito centra-se em redor de crenças de inadequação, menos valia e baixa auto-estimavalia e baixa auto-estima

(3)(3) (3) critica-se, culpa-se e desvaloriza-se.(3) critica-se, culpa-se e desvaloriza-se.

(4)(4) (4) é meditabundo e excessivamente preocupado com tudo.(4) é meditabundo e excessivamente preocupado com tudo.

(5)(5) (5) contradiz, critica e julga os outros.(5) contradiz, critica e julga os outros.

(6)(6) (6) mostra-se pessimista.(6) mostra-se pessimista.

(7)(7) (7) tende a sentir-se culpado ou com remorsos.(7) tende a sentir-se culpado ou com remorsos.

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PERTURBAÇÃO DEPRESSIVA DE PERTURBAÇÃO DEPRESSIVA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas

Calados, introvertidos, passivos, pouco assertivosCalados, introvertidos, passivos, pouco assertivos Mais predispostos a desenvolver uma Perturbação Distímica e Mais predispostos a desenvolver uma Perturbação Distímica e

uma Perturbação Depressiva Majoruma Perturbação Depressiva Major

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PERTURBAÇÃO DEPRESSIVA DE PERTURBAÇÃO DEPRESSIVA DE PERSONALIDADEPERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial

Perturbação DistímicaPerturbação Distímica Episódios Depressivos MajorEpisódios Depressivos Major

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PERTURBAÇÃO PASSIVO-AGRESSIVA PERTURBAÇÃO PASSIVO-AGRESSIVA DE PERSONALIDADEDE PERSONALIDADE

Um padrão persistente de atitudes de oposição e resistência passiva Um padrão persistente de atitudes de oposição e resistência passiva perante exigências de um desempenho adequado, começando no início da perante exigências de um desempenho adequado, começando no início da idade adulta e estando presente numa grande variedade de contextos, idade adulta e estando presente numa grande variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:

(1)(1) resistência passiva a cumprir a rotina social e tarefas laborais.resistência passiva a cumprir a rotina social e tarefas laborais.

(2)(2) (2) queixas de incompreensão e de ser desprezado pelos outros.(2) queixas de incompreensão e de ser desprezado pelos outros.

(3)(3) (3) hostilidade e facilidade para discutir.(3) hostilidade e facilidade para discutir.

(4)(4) (4) crítica e desprezo irrazoáveis pela autoridade.(4) crítica e desprezo irrazoáveis pela autoridade.

(5)(5) (5) mostra inveja e ressentimento para com as pessoas aparentemente (5) mostra inveja e ressentimento para com as pessoas aparentemente mais afortunadas.mais afortunadas.

(6)(6) (6) queixa-se aberta e exageradamente pela sua má sorte.(6) queixa-se aberta e exageradamente pela sua má sorte.

(7)(7) (7) alternância entre ameaças hostis e arrependimento.(7) alternância entre ameaças hostis e arrependimento.

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PERTURBAÇÃO PASSIVO-AGRESSIVA PERTURBAÇÃO PASSIVO-AGRESSIVA DE PERSONALIDADEDE PERSONALIDADE

Características e perturbações associadasCaracterísticas e perturbações associadas Grande ambivalência e indecisão, sempre a mudar de atitude, o que Grande ambivalência e indecisão, sempre a mudar de atitude, o que

causa atritos com os outros e desapontamento relativamente a si causa atritos com os outros e desapontamento relativamente a si própriospróprios

Intenso conflito entre depender dos outros e o desejo de auto-afirmaçãoIntenso conflito entre depender dos outros e o desejo de auto-afirmação Baixa auto-confiança (camuflada) Baixa auto-confiança (camuflada) Antecipam o pior resultado possível perante qualquer situação, mesmo Antecipam o pior resultado possível perante qualquer situação, mesmo

que as coisas estejam a correr bemque as coisas estejam a correr bem Padrão de comportamento que ocorre em indivíduos com Perturbação Padrão de comportamento que ocorre em indivíduos com Perturbação

Borderline, Histriónica, Paranóide, Dependente, Anti-Social e Evitante Borderline, Histriónica, Paranóide, Dependente, Anti-Social e Evitante de Personalidadede Personalidade

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PERTURBAÇÃO PASSIVO-AGRESSIVA PERTURBAÇÃO PASSIVO-AGRESSIVA DE PERSONALIDADEDE PERSONALIDADE

Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial

Perturbação de Oposição e DesafioPerturbação de Oposição e Desafio Perturbação DistímicaPerturbação Distímica Episódios Depressivos MajorEpisódios Depressivos Major

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Pistas clínicas para detectar Pistas clínicas para detectar perturbações de personalidadeperturbações de personalidade

(Freeman, 1998)(Freeman, 1998)

1.1. O doente ou outro significativo referem que o padrão O doente ou outro significativo referem que o padrão de comportamento é crónicode comportamento é crónico

2.2. Inúmeros contactos terapêuticos préviosInúmeros contactos terapêuticos prévios

3.3. Ausência de um ponto de referência interno adaptativoAusência de um ponto de referência interno adaptativo

4.4. Pobre auto-monitorizaçãoPobre auto-monitorização

5.5. Auto-monitorização dos outros também pobre ou Auto-monitorização dos outros também pobre ou distorcidadistorcida

6.6. A terapia é uma série de crisesA terapia é uma série de crises

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Pistas clínicas para detectar Pistas clínicas para detectar perturbações de personalidadeperturbações de personalidade

(Freeman, 1998)(Freeman, 1998)

7.7. A terapia parece ter chegado a um súbito e inexplicável A terapia parece ter chegado a um súbito e inexplicável impasseimpasse

8.8. O comportamento é ego-sintónicoO comportamento é ego-sintónico

9.9. Resistência à terapiaResistência à terapia

10.10. Comportamento rígido e compulsivoComportamento rígido e compulsivo

11.11. ““Muita garganta” quanto ao valor da terapia na ausência Muita garganta” quanto ao valor da terapia na ausência de mudança observávelde mudança observável

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Modelo Cognitivo-ComportamentalModelo Cognitivo-Comportamental

Pressupostos básicosPressupostos básicos

Aparelho cognitivo e seu funcionamentoAparelho cognitivo e seu funcionamento

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva de Perturbação Obsessivo-Compulsiva de PersonalidadePersonalidade

ConceptualizaçãoConceptualização Tema central: tenho que evitar os erros a todo o custoTema central: tenho que evitar os erros a todo o custo Crenças: Crenças:

Existem comportamentos, decisões e emoções certos e erradosExistem comportamentos, decisões e emoções certos e errados Para ter valor tenho que evitar os errosPara ter valor tenho que evitar os erros Errar é falhar e falhar é intolerávelErrar é falhar e falhar é intolerável Errar é merecer críticasErrar é merecer críticas Tenho de ter o controlo de mim e de tudo à minha volta; a perda do Tenho de ter o controlo de mim e de tudo à minha volta; a perda do

controlo é perigosa e intolerávelcontrolo é perigosa e intolerável Se algo for ou puder ser perigoso tenho que me preocupar muito com Se algo for ou puder ser perigoso tenho que me preocupar muito com

issoisso Tem-se o poder de prevenir a ocorrência de uma catástrofeTem-se o poder de prevenir a ocorrência de uma catástrofe Se o que se deve fazer não for claro, é melhor não fazer nadaSe o que se deve fazer não for claro, é melhor não fazer nada Sem as minhas regras e rituais é o caosSem as minhas regras e rituais é o caos

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva de Perturbação Obsessivo-Compulsiva de PersonalidadePersonalidade

Distorções cognitivas mais comunsDistorções cognitivas mais comuns Pensamento dicotómicoPensamento dicotómico CatastrofizaçãoCatastrofização Maximização/MinimizaçãoMaximização/Minimização

PAN mais comunsPAN mais comuns Tenho que fazer isto na perfeiçãoTenho que fazer isto na perfeição Se não for eu a fazer isto não fica bemSe não for eu a fazer isto não fica bem Devia estar a fazer algo de produtivo e não a perder tempoDevia estar a fazer algo de produtivo e não a perder tempo E se me esqueci de alguma coisa?E se me esqueci de alguma coisa? É melhor fazer isto outra vez para ter a certeza de que está bemÉ melhor fazer isto outra vez para ter a certeza de que está bem É melhor não deitar isto fora; posso vir a precisarÉ melhor não deitar isto fora; posso vir a precisar Devia-me apetecer/eu devia querer fazer istoDevia-me apetecer/eu devia querer fazer isto Devia-me estar a divertir nesta festaDevia-me estar a divertir nesta festa

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva de Perturbação Obsessivo-Compulsiva de PersonalidadePersonalidade

Visão de siVisão de siResponsáveis por si e pelos outros; por vezes vêem-se como ineptos ou Responsáveis por si e pelos outros; por vezes vêem-se como ineptos ou indefesos, caso em que a ênfase excessiva nas regras é uma compensaçãoindefesos, caso em que a ênfase excessiva nas regras é uma compensação

Visão dos outrosVisão dos outrosIrresponsáveis, indulgentes, incompetentesIrresponsáveis, indulgentes, incompetentes

Crenças NuclearesCrenças Nucleares““Sou desorganizado/desorientado”, “Posso ser ‘esmagado’ pelos Sou desorganizado/desorientado”, “Posso ser ‘esmagado’ pelos acontecimentos”, “Preciso de ordem, sistemas e regras para sobreviver”acontecimentos”, “Preciso de ordem, sistemas e regras para sobreviver”

Crenças CondicionaisCrenças Condicionais““Se não tiver regras é o caos”, “Qualquer pequena falha pode ter grandes Se não tiver regras é o caos”, “Qualquer pequena falha pode ter grandes consequências”, “Se não funcionar de acordo com padrões elevados vou consequências”, “Se não funcionar de acordo com padrões elevados vou falhar”, “Se falhar nisto, sou um sou falhado como pessoa”falhar”, “Se falhar nisto, sou um sou falhado como pessoa”

RegrasRegras““Tenho que ter o controlo”, “Tenho que fazer tudo bem”, “Eu é que sei o que é Tenho que ter o controlo”, “Tenho que fazer tudo bem”, “Eu é que sei o que é melhor”, “As pessoas deviam sempre esforçar-se por fazer melhor”, “As melhor”, “As pessoas deviam sempre esforçar-se por fazer melhor”, “As pessoas deviam ser criticadas para evitar erros futuros”.pessoas deviam ser criticadas para evitar erros futuros”.

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva de Perturbação Obsessivo-Compulsiva de PersonalidadePersonalidade

AmeaçaAmeaça Falhas, erros, desorganização, imperfeiçõesFalhas, erros, desorganização, imperfeições

EstratégiasEstratégias Ter regras, sistemas, ordem, padrões elevados de Ter regras, sistemas, ordem, padrões elevados de

desempenho, ter tudo controlado, criticardesempenho, ter tudo controlado, criticar

AfectoAfecto Ressentimento, desapontamento, ansiedade, depressãoRessentimento, desapontamento, ansiedade, depressão

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva de Perturbação Obsessivo-Compulsiva de PersonalidadePersonalidade

TratamentoTratamento Difícil estabelecer relaçãoDifícil estabelecer relação Difícil estabelecer objectivos terapêuticosDifícil estabelecer objectivos terapêuticos Estratégias terapêuticasEstratégias terapêuticas

RacionalRacional Estratégias de relaxamentoEstratégias de relaxamento Estratégias para pararem as ruminaçõesEstratégias para pararem as ruminações Tarefas graduaisTarefas graduais Registos de PAN Registos de PAN Debate do pensamento dicotómicoDebate do pensamento dicotómico Explicitar e debater preocupação com errarExplicitar e debater preocupação com errar FlashcardsFlashcards Avaliar vantagens e desvantagens de manter a crença ou a estratégiaAvaliar vantagens e desvantagens de manter a crença ou a estratégia Analisar evidências e contra-evidênciasAnalisar evidências e contra-evidências Planear experiências comportamentaisPlanear experiências comportamentais Prevenção de recaídaPrevenção de recaída

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7 pressupostos na 7 pressupostos na terapia cognitiva breveterapia cognitiva breve

Com algum treino consegue-se, facilmente, identificar as Com algum treino consegue-se, facilmente, identificar as emoçõesemoções

Com algum treino tem-se acesso a pensamentos e imagens Com algum treino tem-se acesso a pensamentos e imagens automáticasautomáticas

Apresenta problemas facilmente identificáveisApresenta problemas facilmente identificáveis

Os doentes têm motivação para realizar TPCOs doentes têm motivação para realizar TPC

Facilmente se desenvolve uma relação colaborativaFacilmente se desenvolve uma relação colaborativa

Dificuldades na relação terapêutica não são o problema Dificuldades na relação terapêutica não são o problema principalprincipal

Cognições, emoções e comportamentos podem ser modificados Cognições, emoções e comportamentos podem ser modificados através da análise empírica, discurso lógico e prática gradualatravés da análise empírica, discurso lógico e prática gradual

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NOVOS DESENVOLVIMENTOS NOVOS DESENVOLVIMENTOS

EM TERAPIAS COGNITIVASEM TERAPIAS COGNITIVAS

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

4 constructos teóricos fundamentais4 constructos teóricos fundamentais

Esquemas maladaptativos precocesEsquemas maladaptativos precoces Processos de manutenção dos esquemasProcessos de manutenção dos esquemas Processos de evitamento dos esquemasProcessos de evitamento dos esquemas Processos de compensação dos esquemasProcessos de compensação dos esquemas

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

Esquemas Mal-adaptativos PrecocesEsquemas Mal-adaptativos Precoces

Características Características

1.1. A maior parte dos EMP são crenças incondicionais acerca do A maior parte dos EMP são crenças incondicionais acerca do próprio em relação com o ambiente (com os outros).próprio em relação com o ambiente (com os outros).

Os EMP são verdades Os EMP são verdades a prioria priori, implícitas e tomadas como certas., implícitas e tomadas como certas.

““Para nós enquanto indivíduos, o nosso auto-conhecimento tácito é uma parte Para nós enquanto indivíduos, o nosso auto-conhecimento tácito é uma parte constitutiva de nós mesmos; sem alternativas reais” (Guidano & Liotti, 1983, p. constitutiva de nós mesmos; sem alternativas reais” (Guidano & Liotti, 1983, p. 67).67).

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

2. Os EMP são auto-perpectuadores e, assim, bastante resistentes à 2. Os EMP são auto-perpectuadores e, assim, bastante resistentes à mudançamudança..

Desenvolveram-se cedo na vidaDesenvolveram-se cedo na vida

Formam o núcleo do auto-conceito do indivíduoFormam o núcleo do auto-conceito do indivíduo

São familiares e confortáveisSão familiares e confortáveis

Se desafiados, a informação será distorcida para manter a validade do esquemaSe desafiados, a informação será distorcida para manter a validade do esquema

A ameaça da mudança esquemática é demasiado disruptiva para a organização A ameaça da mudança esquemática é demasiado disruptiva para a organização

cognitiva nuclearcognitiva nuclear

Por isso os indivíduos desenvolvem Por isso os indivíduos desenvolvem processosprocessos para manterem os seus esquemas para manterem os seus esquemas

nucleares intactosnucleares intactos

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

3. Os EMP são, por definição, disfuncionais de forma significativa e 3. Os EMP são, por definição, disfuncionais de forma significativa e recorrente.recorrente.

4. Os EMP são activados por eventos relevantes para o esquema 4. Os EMP são activados por eventos relevantes para o esquema particular.particular.

5. Os EMP estão ligados a níveis elevados de afecto disruptivo.5. Os EMP estão ligados a níveis elevados de afecto disruptivo.

A sua activação acarreta a experienciação de elevados níveis de afecto A sua activação acarreta a experienciação de elevados níveis de afecto negativo.negativo.

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

6. Os EMP resultam de experiências disfuncionais com os pais, 6. Os EMP resultam de experiências disfuncionais com os pais, familiares e pares durante os primeiros anos de vida do indivíduo.familiares e pares durante os primeiros anos de vida do indivíduo.

Mais do que o resultado de um acontecimento traumático, eles parecem ser Mais do que o resultado de um acontecimento traumático, eles parecem ser causados por padrões contínuos de experiências nocivas do quotidiano que, causados por padrões contínuos de experiências nocivas do quotidiano que, comulativamente, fortalecem o esquema.comulativamente, fortalecem o esquema.

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

18 EMPs incluidos em 5 domínios18 EMPs incluidos em 5 domínios

DomíniosDomínios Distanciamento e RejeiçãoDistanciamento e Rejeição Autonomia e Desempenho DeterioradosAutonomia e Desempenho Deteriorados Limites DeterioradosLimites Deteriorados Influência dos OutrosInfluência dos Outros Sobrevigilância e InibiçãoSobrevigilância e Inibição

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

EMPsEMPs Abandono/InstabilidadeAbandono/Instabilidade Desconfiança/AbusoDesconfiança/Abuso Privação EmocionalPrivação Emocional Defeito/VergonhaDefeito/Vergonha Isolamento Social/AlienaçãoIsolamento Social/Alienação Dependência/IncompetênciaDependência/Incompetência Vulnerabilidade ao Mal e à DoençaVulnerabilidade ao Mal e à Doença Emaranhamento/Eu Sub-DesenvolvidoEmaranhamento/Eu Sub-Desenvolvido FracassoFracasso

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

EMPsEMPs Auto-Disciplina e Auto-Controlo InsuficientesAuto-Disciplina e Auto-Controlo Insuficientes SubjugaçãoSubjugação Auto-Sacrifício e Procura de Aprovação/ReconhecimentoAuto-Sacrifício e Procura de Aprovação/Reconhecimento Negativismo/Vulnerabilidade ao ErroNegativismo/Vulnerabilidade ao Erro Controlo Excessivo/Inibição EmocionalControlo Excessivo/Inibição Emocional Padrões Excessivos, HipercriticismoPadrões Excessivos, Hipercriticismo Limites Indefinidos/Grandiosidade Limites Indefinidos/Grandiosidade PuniçãoPunição

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

Distanciamento e RejeiçãoDistanciamento e Rejeição

Expectativas de que as necessidades de segurança, estabilidade, apoio, Expectativas de que as necessidades de segurança, estabilidade, apoio, cuidados, empatia, partilha de sentimentos, aceitação e respeito não cuidados, empatia, partilha de sentimentos, aceitação e respeito não serão satisfeitas de maneira previsível. Habitualmente, a família de serão satisfeitas de maneira previsível. Habitualmente, a família de origem foi emocionalmente distante, fria, rejeitante, não expressa origem foi emocionalmente distante, fria, rejeitante, não expressa sentimentos, isolada, explosiva, imprevisível ou abusadorasentimentos, isolada, explosiva, imprevisível ou abusadora

Inclui os esquemas de Abandono/Instabilidade, Desconfiança/Abuso, Inclui os esquemas de Abandono/Instabilidade, Desconfiança/Abuso, Privação Emocional, Defeito/Vergonha e Isolamento Social/AlienaçãoPrivação Emocional, Defeito/Vergonha e Isolamento Social/Alienação

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

Autonomia e Desempenho DeterioradosAutonomia e Desempenho Deteriorados

Expectativas acerca de si próprio e do ambiente que interferem com a Expectativas acerca de si próprio e do ambiente que interferem com a percepção das próprias aptidões para se separar, sobreviver, funcionar percepção das próprias aptidões para se separar, sobreviver, funcionar independentemente e actuar com sucesso. A família de origem foi independentemente e actuar com sucesso. A família de origem foi emaranhada, destruidora da confiança da criança , sobreprotectora, emaranhada, destruidora da confiança da criança , sobreprotectora, falhando no reforço da actuação competente da criança fora da famíliafalhando no reforço da actuação competente da criança fora da família

Inclui os esquemas de Dependência/Incompetência, Vulnerabilidade Inclui os esquemas de Dependência/Incompetência, Vulnerabilidade ao Mal e à Doença, Emaranhamento/Eu Sub-Desenvolvido e Fracassoao Mal e à Doença, Emaranhamento/Eu Sub-Desenvolvido e Fracasso

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

Limites DeterioradosLimites Deteriorados Deficiência nos limites internos, responsabilidades para com os outros Deficiência nos limites internos, responsabilidades para com os outros

ou orientação/objectivos a longo prazo. Conduz a dificuldades em ou orientação/objectivos a longo prazo. Conduz a dificuldades em respeitar os direitos dos outros, cooperação com os outros, o assumir de respeitar os direitos dos outros, cooperação com os outros, o assumir de compromissos ou o estabelecimento e o alcance de objectivos pessoais compromissos ou o estabelecimento e o alcance de objectivos pessoais realistas. A família de origem foi mais caracterizada pela realistas. A família de origem foi mais caracterizada pela permissividade, sobre-indulgência, falta de orientação ou sentido de permissividade, sobre-indulgência, falta de orientação ou sentido de superioridade do que pela confrontação apropriada, disciplina e limites superioridade do que pela confrontação apropriada, disciplina e limites em relação à tomada de responsabilidade, cooperação de uma maneira em relação à tomada de responsabilidade, cooperação de uma maneira recíproca e estabelecimento de objectivos. Em alguns casos, a criança recíproca e estabelecimento de objectivos. Em alguns casos, a criança pode não ter sido levada a tolerar níveis normais de desconforto ou pode pode não ter sido levada a tolerar níveis normais de desconforto ou pode não lhe ter sido dada supervisão, direcção ou orientação adequadas.não lhe ter sido dada supervisão, direcção ou orientação adequadas.

Inclui os esquemas de Limites Indefinidos/Grandiosidade e Auto-Inclui os esquemas de Limites Indefinidos/Grandiosidade e Auto-Disciplina e Auto-Controlo InsuficientesDisciplina e Auto-Controlo Insuficientes

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

Influência dos OutrosInfluência dos Outros Focus excessivo nos desejos, sentimentos e respostas dos outros, Focus excessivo nos desejos, sentimentos e respostas dos outros,

comprometendo as suas próprias necessidades, de forma a ganhar amor comprometendo as suas próprias necessidades, de forma a ganhar amor e aprovação, manter o sentido de ligação ou evitar retaliações. e aprovação, manter o sentido de ligação ou evitar retaliações. Envolve, muitas vezes, a dificuldade em reconhecer a sua própria Envolve, muitas vezes, a dificuldade em reconhecer a sua própria irritação e inclinações naturais. A família de origem foi caracterizada irritação e inclinações naturais. A família de origem foi caracterizada por manter uma aceitação condicional: as crianças têm que suprimir por manter uma aceitação condicional: as crianças têm que suprimir aspectos importantes de si próprios de forma a obterem amor, atenção aspectos importantes de si próprios de forma a obterem amor, atenção e aprovação. Em muitas dessas famílias, as necessidades e desejos e aprovação. Em muitas dessas famílias, as necessidades e desejos emocionais dos pais – ou aceitação social e status – são mais emocionais dos pais – ou aceitação social e status – são mais valorizados do que os sentimentos e necessidades únicos de cada valorizados do que os sentimentos e necessidades únicos de cada criança.criança.

Inclui os esquemas de Subjugação, Auto-Sacrifício e Procura de Inclui os esquemas de Subjugação, Auto-Sacrifício e Procura de Aprovação/Reconhecimento Aprovação/Reconhecimento

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

Sobrevigilância e InibiçãoSobrevigilância e Inibição Ênfase excessiva no controlo dos seus sentimentos espontâneos, impulsos Ênfase excessiva no controlo dos seus sentimentos espontâneos, impulsos

e escolhas, de modo a evitar cometer erros ou ênfase excessiva no e escolhas, de modo a evitar cometer erros ou ênfase excessiva no cumprimento de regras e expectativas rígidas e interiorizadas acerca do cumprimento de regras e expectativas rígidas e interiorizadas acerca do desempenho e do comportamento ético – muitas vezes comprometendo a desempenho e do comportamento ético – muitas vezes comprometendo a felicidade, auto-expressão, relaxamento, relações próximas ou saúde. A felicidade, auto-expressão, relaxamento, relações próximas ou saúde. A família de origem foi “cinzenta” (e por vezes punitiva): desempenho, família de origem foi “cinzenta” (e por vezes punitiva): desempenho, dever, perfeccionismo, obediência a regras e evitamento de erros dever, perfeccionismo, obediência a regras e evitamento de erros predominam sobre o prazer, a alegria e o relaxamento. Havia, predominam sobre o prazer, a alegria e o relaxamento. Havia, habitualmente uma corrente de pessimismo e preocupação de que as habitualmente uma corrente de pessimismo e preocupação de que as coisas poderiam desabar a qualquer altura se se falhasse na vigilância e coisas poderiam desabar a qualquer altura se se falhasse na vigilância e nos cuidadosnos cuidados

Inclui os esquemas de Negativismo/Vulnerabilidade ao Erro, Controlo Inclui os esquemas de Negativismo/Vulnerabilidade ao Erro, Controlo Excessivo/Inibição Emocional, Padrões Excessivos, Hipercriticismo e Excessivo/Inibição Emocional, Padrões Excessivos, Hipercriticismo e PuniçãoPunição

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

Processos de manutenção dos esquemasProcessos de manutenção dos esquemas Processos pelos quais os esquemas são reforçados e Processos pelos quais os esquemas são reforçados e

rigidificados (erros cognitivos e padrões comportamentais rigidificados (erros cognitivos e padrões comportamentais disfuncionais)disfuncionais)

Processos de evitamento dos esquemasProcessos de evitamento dos esquemas Processos através dos quais o indivíduo evita a activação do Processos através dos quais o indivíduo evita a activação do

esquema, uma vez que isso o levaria a experienciar elevados esquema, uma vez que isso o levaria a experienciar elevados níveis de emoções desagradáveis (evitamento cognitivo, níveis de emoções desagradáveis (evitamento cognitivo, emocional e comportamental)emocional e comportamental)

Processos de compensação dos esquemasProcessos de compensação dos esquemas Em que os indivíduos optam por estilos comportamentais ou Em que os indivíduos optam por estilos comportamentais ou

cognitivos que parecem o oposto do que seria de esperar a cognitivos que parecem o oposto do que seria de esperar a partir do conhecimento dos seus esquemas disfuncionaispartir do conhecimento dos seus esquemas disfuncionais

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

PROCESSOS DE MANUTENÇÃO DOS ESQUEMASPROCESSOS DE MANUTENÇÃO DOS ESQUEMAS

Processos pelos quais os EMP são reforçados e se mantêm.Processos pelos quais os EMP são reforçados e se mantêm. Inclem as Inclem as distorções cognitivasdistorções cognitivas e e padrões comportamentais mal-adaptativospadrões comportamentais mal-adaptativos.. Explicam a Explicam a rigidezrigidez característica dos doentes com DP. característica dos doentes com DP. Quando o terapeuta começa a desafiar a veracidade dos EMP do doente, depara-se Quando o terapeuta começa a desafiar a veracidade dos EMP do doente, depara-se

com uma enorme com uma enorme resistência à mudançaresistência à mudança.. Os doentes, frequentemente, insistem em mostrar ao terapeuta que o seu esquema é Os doentes, frequentemente, insistem em mostrar ao terapeuta que o seu esquema é

verdadeiro.verdadeiro. A nível comportamental, a A nível comportamental, a selecção mal-adaptativa de um parceiroselecção mal-adaptativa de um parceiro é um dos é um dos

processos de manutenção mais comuns.processos de manutenção mais comuns. Os processos de manutenção do esquema fazem com que o doente possa sentir-se Os processos de manutenção do esquema fazem com que o doente possa sentir-se

desanimado quanto à possível mudançadesanimado quanto à possível mudança dos seus EMP, mesmo depois de os ter dos seus EMP, mesmo depois de os ter aprendido a reconhecer e monitorizar.aprendido a reconhecer e monitorizar.

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

• PROCESSOS DE EVITAMENTO DOS ESQUEMAS

Uma vez que a activação dos EMP é acompanhada por níveis elevados de afecto Uma vez que a activação dos EMP é acompanhada por níveis elevados de afecto negativo (cólera, ansiedade, tristeza ou culpa), os pacientes tendem a desenvolver negativo (cólera, ansiedade, tristeza ou culpa), os pacientes tendem a desenvolver processos volitivos e automáticosprocessos volitivos e automáticos para evitar a activação esquemática. para evitar a activação esquemática.

O evitamento pode incluir O evitamento pode incluir evitamento cognitivo, afectivo e comportamentalevitamento cognitivo, afectivo e comportamental .. Pode ser explicado por macanismos de condicionamento ou pela componente emocional Pode ser explicado por macanismos de condicionamento ou pela componente emocional

do esquema.do esquema.

EVITAMENTO COGNITIVOEVITAMENTO COGNITIVO

Sobrepõe-se à noção analítica de mecanismos de defesa.Sobrepõe-se à noção analítica de mecanismos de defesa. Despersonalização — sair psicologicamente da situação.Despersonalização — sair psicologicamente da situação. Comportamento compulsivo como distractorComportamento compulsivo como distractor

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

• PROCESSOS DE EVITAMENTO DOS ESQUEMAS

EVITAMENTO AFECTIVOEVITAMENTO AFECTIVO

Não sentem raiva, tristeza, etc., mesmo quando seria normal sentir.Não sentem raiva, tristeza, etc., mesmo quando seria normal sentir. Pode ocorrer mesmo quando não há evitamento cognitivo.Pode ocorrer mesmo quando não há evitamento cognitivo. Em consequência, experienciam Em consequência, experienciam emoções mais crónicas, difisas e emoções mais crónicas, difisas e

generalizadasgeneralizadas e maior número de e maior número de sintomas psicossomáticossintomas psicossomáticos..

EVITAMENTO COMPORTAMENTALEVITAMENTO COMPORTAMENTAL

Isolamento social, agorafobia, desistências de carreira ou casamento, etc.Isolamento social, agorafobia, desistências de carreira ou casamento, etc.

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

PROCESSOS DE COMPENSAÇÃO DOS ESQUEMASPROCESSOS DE COMPENSAÇÃO DOS ESQUEMAS

Muitos doentes adoptam Muitos doentes adoptam estilos cognitivos ou comportamentais que parecem ser o estilos cognitivos ou comportamentais que parecem ser o opostooposto do que poderia predizer-se a partir do conhecimento dos seus EMP. do que poderia predizer-se a partir do conhecimento dos seus EMP.

Tais estilos sobre-compensam os esquemas subjacentes.Tais estilos sobre-compensam os esquemas subjacentes. São São tentativas parcialmente bem sucedidas para desafiar os esquemas nuclearestentativas parcialmente bem sucedidas para desafiar os esquemas nucleares e e

conseguir que as suas necessidades sejam satisfeitas.conseguir que as suas necessidades sejam satisfeitas. Como, envolve habitualmente o “falhanço” no reconhecimento da sua vulnerabilidade Como, envolve habitualmente o “falhanço” no reconhecimento da sua vulnerabilidade

subjacente, não deixa o doente preparado para a dor que é evocada quando a subjacente, não deixa o doente preparado para a dor que é evocada quando a compensação falha.compensação falha.

Quando falha a estratégia compensatória, é activado o esquema subjacente.Quando falha a estratégia compensatória, é activado o esquema subjacente. Frequentemente, a compensação do esquema ignora os direitos dos outros, acarretando Frequentemente, a compensação do esquema ignora os direitos dos outros, acarretando

graves consequências para o doente.graves consequências para o doente. A compensação ocorre habitualmente através do A compensação ocorre habitualmente através do desenvolvimento de um esquema desenvolvimento de um esquema

oposto ao esquema primáriooposto ao esquema primário..

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas(J. Young)(J. Young)

• COMPORTAMENTOS DERIVADOS DE PROCESSOS ESQUEMÁTICOS DISFUNCIONAISCOMPORTAMENTOS DERIVADOS DE PROCESSOS ESQUEMÁTICOS DISFUNCIONAIS

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemasAvaliaçãoAvaliação

1.1. IDENTIFICAR SINTOMAS E PROBLEMAS ACTUAISIDENTIFICAR SINTOMAS E PROBLEMAS ACTUAIS

Decorre nas primeiras sessõesDecorre nas primeiras sessões Procurar Procurar ligações entre emoções específicas, sintomas, problemas de vida e ligações entre emoções específicas, sintomas, problemas de vida e

EMPEMP Desenvolver hipóteses acerca de possíveis temas: Desenvolver hipóteses acerca de possíveis temas: redundâncias => EMPredundâncias => EMP Explorar áreas como: autonomia, ligação aos outros, valor pessoal, Explorar áreas como: autonomia, ligação aos outros, valor pessoal,

expectativas razoáveis e limites realistas.expectativas razoáveis e limites realistas. Avaliar a Avaliar a relação que o doenterelação que o doente estabelece (sinais não verbais) estabelece (sinais não verbais) Nesta primeira fase: Nesta primeira fase: aceitação incondicionalaceitação incondicional por parte do terapeuta por parte do terapeuta A entrevista e a construção da história de vida mantém-se ao longo de toda a A entrevista e a construção da história de vida mantém-se ao longo de toda a

terapiaterapia

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

2. INFORMAÇÃO ATRAVÉS DE QUESTIONÁRIOS2. INFORMAÇÃO ATRAVÉS DE QUESTIONÁRIOS

Multimodal Life History QuestionnaireMultimodal Life History Questionnaire (Lazarus) (Lazarus) Questionários específicosQuestionários específicos

Questionário de EsquemasQuestionário de Esquemas Questionário de Estilos ParentaisQuestionário de Estilos Parentais Questionário de EvitamentoQuestionário de Evitamento Questionário de CompensaçãoQuestionário de Compensação

Outras escalas necessárias: BDI, Zung, Questionário de Esquemas Interpessoais de Outras escalas necessárias: BDI, Zung, Questionário de Esquemas Interpessoais de Safran, etc.Safran, etc.

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

3. EDUCAR O DOENTE ACERCA DOS ESQUEMAS3. EDUCAR O DOENTE ACERCA DOS ESQUEMAS

Racional dos EMP:Racional dos EMP:

O esquema é uma crença extremamente forte acerca de nós mesmos, que O esquema é uma crença extremamente forte acerca de nós mesmos, que aprendemos muito cedo na vida a partir das relações com os outros e de aprendemos muito cedo na vida a partir das relações com os outros e de experiências de vida e que, uma vez adquirida, assumimos como verdadeira experiências de vida e que, uma vez adquirida, assumimos como verdadeira sem a pôrmos em causa. O esquema é diferente da maneira habitual de sem a pôrmos em causa. O esquema é diferente da maneira habitual de pensar, por causa da enorme força emocional que lhe está associada.pensar, por causa da enorme força emocional que lhe está associada.Os esquemas lutam pela sobrevivência.Os esquemas lutam pela sobrevivência.

Metáforas: óculos, armadilhas do passado, programa de computador com vícios, Metáforas: óculos, armadilhas do passado, programa de computador com vícios, um velho sapato confortável que já não está na moda mas que é demasiado um velho sapato confortável que já não está na moda mas que é demasiado confortável para deitar fora…confortável para deitar fora…

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

3. EDUCAR O DOENTE ACERCA DOS ESQUEMAS3. EDUCAR O DOENTE ACERCA DOS ESQUEMAS

Antecipar que: o esquema distorce a informação de maneira a manter-se => uma Antecipar que: o esquema distorce a informação de maneira a manter-se => uma mudança lenta e gradualmudança lenta e gradual (guerra contra o esquema) (guerra contra o esquema)

Leituras de apoio: Leituras de apoio: guia do clienteguia do cliente, , Reinventing Your LifeReinventing Your Life Após o racional, pode rever-se o QE com o doente, clarificando dúvidas de Após o racional, pode rever-se o QE com o doente, clarificando dúvidas de

ambos, dando relevância e ambos, dando relevância e investigandoinvestigando os 5 e 6 (bem como os 1) os 5 e 6 (bem como os 1) Sempre que possível: estabelecer a Sempre que possível: estabelecer a ligação entre problemasligação entre problemas referidos pelo referidos pelo

doente (ou já identificados), os doente (ou já identificados), os EMPEMP pontuados no QE e as pontuados no QE e as origensorigens dos EMP dos EMP (Questionário de Estilos Parentais)(Questionário de Estilos Parentais)

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

4. ACTIVAR OS EMP DENTRO E FORA DA SESSÃO4. ACTIVAR OS EMP DENTRO E FORA DA SESSÃO

Até agora a identificação de EMP foi sobretudo cognitiva; trata-se agora de Até agora a identificação de EMP foi sobretudo cognitiva; trata-se agora de activá-los emocionalmente recorrendo a técnicas emocionais/experienciaisactivá-los emocionalmente recorrendo a técnicas emocionais/experienciais

A activação emocional de um EMP é a prova de que ele existeA activação emocional de um EMP é a prova de que ele existe Quanto maior o nível de afecto experienciado, mais primário e disfuncional é o Quanto maior o nível de afecto experienciado, mais primário e disfuncional é o

EMPEMP O terapeuta terá que lidar com processos de evitamento e compensaçãoO terapeuta terá que lidar com processos de evitamento e compensação

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

4. ACTIVAR OS EMP DENTRO E FORA DA SESSÃO4. ACTIVAR OS EMP DENTRO E FORA DA SESSÃO

ESTRATÉGIAS DE ACTIVAÇÃOESTRATÉGIAS DE ACTIVAÇÃO

A) IMAGERIEA) IMAGERIE Feche os olhos e relate as imagens que lhe vêem espontaneamente…Feche os olhos e relate as imagens que lhe vêem espontaneamente… ……e imagine esta situação (introduzir cena activadora do passado ou do e imagine esta situação (introduzir cena activadora do passado ou do

presente)presente)

B) ACONTECIMENTOS ACTUAISB) ACONTECIMENTOS ACTUAIS Debater acontecimentos perturbadores que estejam a decorrer na vida Debater acontecimentos perturbadores que estejam a decorrer na vida

do doente e inquirir sobre o significado que lhes atribuido doente e inquirir sobre o significado que lhes atribui Observar activação emocionalObservar activação emocional

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

C) MEMÓRIASC) MEMÓRIAS Recordar e debater memórias e experiências desagradáveis do passado (de Recordar e debater memórias e experiências desagradáveis do passado (de

situações relacionadas com a formação do esquema) e observar activação situações relacionadas com a formação do esquema) e observar activação emocionalemocional

Cartões dos anos de vida, em que regista as experiências negativas mais Cartões dos anos de vida, em que regista as experiências negativas mais marcantes (como terapia, listar depois as experiências positivas que marcantes (como terapia, listar depois as experiências positivas que contradizem o esquema)contradizem o esquema)

D) RELAÇÃO TERAPÊUTICAD) RELAÇÃO TERAPÊUTICA Debater acontecimentos na relação terapêutica, sobretudo os supostamente Debater acontecimentos na relação terapêutica, sobretudo os supostamente

activadores de EMP durante a sessãoactivadores de EMP durante a sessão Perante qualquer sinal de activação emocional, investigar possível EMPPerante qualquer sinal de activação emocional, investigar possível EMP

E) TERAPIA DE GRUPOE) TERAPIA DE GRUPO

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

F) LIVROS, FILMES E MÚSICASF) LIVROS, FILMES E MÚSICAS Como a maior parte dos EMP são interpessoais, tal como a relação terapêutica, o Como a maior parte dos EMP são interpessoais, tal como a relação terapêutica, o

grupo é um bom contexto activador (e terapêutico)grupo é um bom contexto activador (e terapêutico) Grupo terapêutico ou de qualquer outro géneroGrupo terapêutico ou de qualquer outro género

G) SONHOSG) SONHOS Recordá-los pode ser um bom veículo para activação Recordá-los pode ser um bom veículo para activação Permitem igualmente validar os EMP hipotetizadosPermitem igualmente validar os EMP hipotetizados

H) TRABALHOS DE CASAH) TRABALHOS DE CASA Pedir que escreva acerca de determinado tema (e.g., sinto-me só)Pedir que escreva acerca de determinado tema (e.g., sinto-me só) Listas de tipos de acontecimentos (e.g., abandonos)Listas de tipos de acontecimentos (e.g., abandonos) Diário de pensamentos e emoçõesDiário de pensamentos e emoções Registos de auto-monitorizaçãoRegistos de auto-monitorização

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

5. CONFRONTAR O EVITAMENTO E A COMPENSAÇÃO5. CONFRONTAR O EVITAMENTO E A COMPENSAÇÃO

Há que identificar se um Há que identificar se um sintoma ou emoção deriva do EMP ou se é antes um sintoma ou emoção deriva do EMP ou se é antes um evitamento ou sinal de um processo de evitamentoevitamento ou sinal de um processo de evitamento

Exemplos: ter sono muitas vezes, adiar trabalho sistematicamente; sintomas Exemplos: ter sono muitas vezes, adiar trabalho sistematicamente; sintomas conversivos e dissociativos; esquecimentos…conversivos e dissociativos; esquecimentos…

Duas características distintivas do evitamento:Duas características distintivas do evitamento:

quando o doente experiencia sintomas ou emoções mas quando o doente experiencia sintomas ou emoções mas não consegue não consegue identificar o conteúdoidentificar o conteúdo ligado às mesmas ligado às mesmas

quando estão presentes quando estão presentes sintomas somáticos vagossintomas somáticos vagos tais como o tais como o desfalecimento, tonturas, despersonalização…, desfalecimento, tonturas, despersonalização…, em vez de emoções primáriasem vez de emoções primárias (raiva, medo, culpa, tristeza)(raiva, medo, culpa, tristeza)

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

5. CONFRONTAR O EVITAMENTO E A COMPENSAÇÃO5. CONFRONTAR O EVITAMENTO E A COMPENSAÇÃO

Estas reacções Estas reacções começam a diminuir quando se corta com os começam a diminuir quando se corta com os evitamentosevitamentos

Ao identificar os temas evitados, avaliar os EMP relacionadosAo identificar os temas evitados, avaliar os EMP relacionados Identificados os evitamentos, conseguir o confronto (debater prós e contras)Identificados os evitamentos, conseguir o confronto (debater prós e contras)

COMPENSAÇÃOCOMPENSAÇÃO

Ao ultrapassar a compensação surge igualmente activação emocionalAo ultrapassar a compensação surge igualmente activação emocional Dar o racional da compensação e debater vantagens e desvantagens de Dar o racional da compensação e debater vantagens e desvantagens de

lutar contra elalutar contra ela

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

6. IDENTIFICAR COMPORTAMENTOS DERIVADOS DA MANUTENÇÃO, 6. IDENTIFICAR COMPORTAMENTOS DERIVADOS DA MANUTENÇÃO, EVITAMENTO E COMPENSAÇÃO DOS EMPEVITAMENTO E COMPENSAÇÃO DOS EMP

Uma das razões dos esquemas serem mal-adaptativos são os Uma das razões dos esquemas serem mal-adaptativos são os comportamentos comportamentos “auto-destrutivos” deles derivados e que os reforçam“auto-destrutivos” deles derivados e que os reforçam

Cada comportamento pode ser classificado como Cada comportamento pode ser classificado como manutenção, evitamento ou manutenção, evitamento ou compensação do esquemacompensação do esquema, consoante a função que desempenha, consoante a função que desempenha

Estes comportamentosEstes comportamentos Mantêm o esquema intactoMantêm o esquema intacto Permitem evitar a activação do esquemaPermitem evitar a activação do esquema Permitem ao doente Permitem ao doente funcionar com o mínimo de desconforto possívelfuncionar com o mínimo de desconforto possível Mantêm um equilíbrio difícilMantêm um equilíbrio difícil

Fazer ligações do tipo: área problemática — EMP — comportamento derivado do Fazer ligações do tipo: área problemática — EMP — comportamento derivado do esquema — área problemática …esquema — área problemática …

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

7. INTEGRAR A INFORMAÇÃO NUMA CONCEPTUALIZAÇÃO 7. INTEGRAR A INFORMAÇÃO NUMA CONCEPTUALIZAÇÃO COERENTECOERENTE

Utilizando toda a informação recolhida, demonstrar a ligação entre:Utilizando toda a informação recolhida, demonstrar a ligação entre:

Origens do EsquemaOrigens do Esquema

EMPEMP

Acontecimentos activadores actuaisAcontecimentos activadores actuais

EmoçõesEmoções

Processos de manutenção, evitamento e compensaçãoProcessos de manutenção, evitamento e compensação

Relação TerapêuticaRelação Terapêutica

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

8. DISTINGUIR ENTRE EMP PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS E 8. DISTINGUIR ENTRE EMP PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS E ASSOCIADOSASSOCIADOS

Identificar Identificar 1 ou 2 EMP nucleares por onde começar1 ou 2 EMP nucleares por onde começar o processo de mudança o processo de mudança

Os esquemas nucleares:Os esquemas nucleares:

desencadeiam níveis mais elevados de afectodesencadeiam níveis mais elevados de afecto subjazem aos problemas de vida mais sérios e duradourossubjazem aos problemas de vida mais sérios e duradouros estão ligados aos problemas desenvolvimentais mais sérios (com os pais, estão ligados aos problemas desenvolvimentais mais sérios (com os pais,

familiares, pares) durante os primeiros anos de vidafamiliares, pares) durante os primeiros anos de vida

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas AvaliaçãoAvaliação

Os esquemas associadosOs esquemas associados::

são melhor explicados por referência a um esquema nuclearsão melhor explicados por referência a um esquema nuclear

Os esquemas secundários:Os esquemas secundários:

são relativamente independentes dos esquemas nucleares e parecem são relativamente independentes dos esquemas nucleares e parecem ser menos prioritários e de menor saliênciaser menos prioritários e de menor saliência

se necessário, serão trabalhados numa fase posterior do tratamentose necessário, serão trabalhados numa fase posterior do tratamento

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

ObjectivoObjectivo Enfraquecer os esquemas e fortalecer a “parte saudável” do indivíduo, Enfraquecer os esquemas e fortalecer a “parte saudável” do indivíduo,

aliando-se o terapeuta a esta contra os primeirosaliando-se o terapeuta a esta contra os primeiros

4 tipos de técnicas4 tipos de técnicas Técnicas emocionaisTécnicas emocionais Técnicas interpessoaisTécnicas interpessoais Técnicas cognitivasTécnicas cognitivas Técnicas comportamentaisTécnicas comportamentais

Todos os tipos de técnicas são utilizadas em interdependência, Todos os tipos de técnicas são utilizadas em interdependência, obedecendo ao princípio da “confrontação empática”obedecendo ao princípio da “confrontação empática”

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas emocionaisTécnicas emocionais

Envolvem a activação de esquemas na sessão através de Envolvem a activação de esquemas na sessão através de imaginação, discussão de experiências perturbadoras do imaginação, discussão de experiências perturbadoras do passado ou do presente e questionamento do seu significadopassado ou do presente e questionamento do seu significado

São mais utilizadas no início do tratamento para facilitar a São mais utilizadas no início do tratamento para facilitar a identificação e activação dos EMP e torná-los mais identificação e activação dos EMP e torná-los mais acessíveis à mudançaacessíveis à mudança

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas emocionais/experienciaisTécnicas emocionais/experienciais

Diálogos imaginários com os paisDiálogos imaginários com os pais

Catarse emocional Catarse emocional

(pressuposto: trabalhar a expressão emocional relacionada (pressuposto: trabalhar a expressão emocional relacionada com experiências precoces de vida nas quais não com experiências precoces de vida nas quais não expressaram totalmente as emoções ou das quais não expressaram totalmente as emoções ou das quais não fizeram totalmente o luto)fizeram totalmente o luto)

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Diálogos imaginários com os paisDiálogos imaginários com os pais ““Feche os olhos e imagine o seu pai/mãe numa situação de…”Feche os olhos e imagine o seu pai/mãe numa situação de…”

Depois de o doente descrever brevemente o cenário, deve ser Depois de o doente descrever brevemente o cenário, deve ser conduzido a conduzido a estabelecer um diálogo com a figura parental em que o estabelecer um diálogo com a figura parental em que o doente deve expressar exactamente o que quer e sentedoente deve expressar exactamente o que quer e sente..

Variantes:Variantes: Na mesma técnica, o terapeuta desempenha o papel de pai/mãe ou doente Na mesma técnica, o terapeuta desempenha o papel de pai/mãe ou doente

e o doente o papel complementare o doente o papel complementar

Na mesma técnica, introduzir o doente, já adulto, a ajudar-se a si próprio Na mesma técnica, introduzir o doente, já adulto, a ajudar-se a si próprio quando criança a lidar com as situações mais dolorosasquando criança a lidar com as situações mais dolorosas

Cadeira vazia: eu saudável Cadeira vazia: eu saudável versus versus eu doenteeu doente

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Catarse emocionalCatarse emocional Trabalhar a expressão emocional através de:Trabalhar a expressão emocional através de:

ImagerieImagerie

Role-playingRole-playing

Encorajar o doente a expressar (ventilar) emoções associadas a Encorajar o doente a expressar (ventilar) emoções associadas a acontecimentos significativos (cartas, poemas…)acontecimentos significativos (cartas, poemas…)

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Consequências do uso de técnicas experienciaisConsequências do uso de técnicas experienciais

Trabalhar “a quente” (vs trabalhar “a frio”) potencia a acessibilidade Trabalhar “a quente” (vs trabalhar “a frio”) potencia a acessibilidade ao esquema e, consequentemente, a mudançaao esquema e, consequentemente, a mudança

Reatribuição de significado para experiências precoces Reatribuição de significado para experiências precoces (reenquadramento) - ao actuarem como gostariam de ter respondido (reenquadramento) - ao actuarem como gostariam de ter respondido aos pais (por ex.), os doentes começam, habitualmente, a modificar as aos pais (por ex.), os doentes começam, habitualmente, a modificar as suas crenças acerca de si própriossuas crenças acerca de si próprios

Síntese emocional - começa a tornar-se claro para os doentes o papel Síntese emocional - começa a tornar-se claro para os doentes o papel dos pais e figuras relevantes na formação e manutenção dos seus EMPdos pais e figuras relevantes na formação e manutenção dos seus EMP

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas interpessoaisTécnicas interpessoais Utilizam a relação terapêutica para activar e Utilizam a relação terapêutica para activar e

desconfirmar os esquemas do doente (relação desconfirmar os esquemas do doente (relação terapêutica como ingrediente activo de mudança)terapêutica como ingrediente activo de mudança)

São tanto mais utilizadas quanto mais os EMP são São tanto mais utilizadas quanto mais os EMP são activados na relação terapêuticaactivados na relação terapêutica

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas interpessoaisTécnicas interpessoais Reparentização – construir uma relação terapêutica Reparentização – construir uma relação terapêutica

desconfirmatória dos EMP (experiência do “novo”)desconfirmatória dos EMP (experiência do “novo”) ExemplosExemplos

– Privação Emocional: fornecer muito suporte, empatiaPrivação Emocional: fornecer muito suporte, empatia

– Defeito: aceitação incondicionalDefeito: aceitação incondicional

– Subjugação: menos directividade, deixar o doente a decidirSubjugação: menos directividade, deixar o doente a decidir

A reparentização é sempre limitada por questões éticas e A reparentização é sempre limitada por questões éticas e deontológicas — mas permite deontológicas — mas permite experimenciar o novoexperimenciar o novo

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas interpessoaisTécnicas interpessoais Activação esquemática na relação terapêuticaActivação esquemática na relação terapêutica

Sempre que um esquema for activado na relação serve como Sempre que um esquema for activado na relação serve como oportunidade de desconfirmaçãooportunidade de desconfirmação

Self-disclosureSelf-disclosure do terapeuta do terapeuta MetacomunicaçãoMetacomunicação — sempre que um esquema for activado — sempre que um esquema for activado

na relação; serve como oportunidade para testar a veracidade na relação; serve como oportunidade para testar a veracidade do EMPdo EMP

Resolução das rupturasResolução das rupturas na relação terapêutica como na relação terapêutica como experiência desconfirmatóriaexperiência desconfirmatória

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas interpessoaisTécnicas interpessoais Relações interpessoais (ex., ver em consulta os familiares mais Relações interpessoais (ex., ver em consulta os familiares mais

próximas).O terapeuta deve saber lidar com níveis elevados de próximas).O terapeuta deve saber lidar com níveis elevados de emocionalidade nestas sessõesemocionalidade nestas sessões

Ver em consulta os mais próximos do doente; podem estar a funcionar Ver em consulta os mais próximos do doente; podem estar a funcionar como manutenção do esquemacomo manutenção do esquema

Estas sessões permitem ao doente Estas sessões permitem ao doente comunicar aos outros os seus comunicar aos outros os seus pensamentos e sentimentos ainda não expressadospensamentos e sentimentos ainda não expressados

O terapeuta deve saber lidar com os O terapeuta deve saber lidar com os elevados níveis de emocionalidade elevados níveis de emocionalidade destas sessõesdestas sessões

Pode chegar-se à alternativa da Pode chegar-se à alternativa da separaçãoseparação perante a impossibilidade de perante a impossibilidade de mudança no parceiro ou a recusa total de mudançamudança no parceiro ou a recusa total de mudança

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas interpessoaisTécnicas interpessoais Terapias de grupo Terapias de grupo

Integrar o doente em terapias de grupo que possam Integrar o doente em terapias de grupo que possam funcionar como experiências desconfirmatórias dos funcionar como experiências desconfirmatórias dos esquemas interpessoais disfuncionais (grupos de aptidões esquemas interpessoais disfuncionais (grupos de aptidões sociais, etc.)sociais, etc.)

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas cognitivasTécnicas cognitivas

Objectivo: pretendem sistematizar o processo de mudança (luta Objectivo: pretendem sistematizar o processo de mudança (luta contra o esquema). contra o esquema).

Rever as evidências que apoiam o esquemaRever as evidências que apoiam o esquema Recolher todas as evidências confirmatórias da história de vida, das Recolher todas as evidências confirmatórias da história de vida, das

memórias…memórias…

““Advogado do diabo” — para que o doente debite todos os Advogado do diabo” — para que o doente debite todos os argumentos a favor da veracidade do esquemaargumentos a favor da veracidade do esquema

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas cognitivasTécnicas cognitivas Examinar criticamente as evidênciasExaminar criticamente as evidências

Uma a uma, pôr em causa as evidências confirmatórias, encarando Uma a uma, pôr em causa as evidências confirmatórias, encarando esses acontecimentos ou argumentos de outro ponto de vista (um esses acontecimentos ou argumentos de outro ponto de vista (um novo significado, novas atribuições para os acontecimentos)novo significado, novas atribuições para os acontecimentos)

Técnicas específicas:Técnicas específicas:

– Empirismo colaborativo, descoberta guiada ou mesmo um confronto mais Empirismo colaborativo, descoberta guiada ou mesmo um confronto mais directo caso a manutenção seja muito fortedirecto caso a manutenção seja muito forte

– Reatribuição das intenções dos comportamentos dos paisReatribuição das intenções dos comportamentos dos pais

– ““Devido aos comportamentos derivados dos esquemas, você nunca deu ao Devido aos comportamentos derivados dos esquemas, você nunca deu ao esquema uma experiência justa para ser testada a sua veracidade”esquema uma experiência justa para ser testada a sua veracidade”

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas cognitivasTécnicas cognitivas Rever as evidências que contradizem o esquemaRever as evidências que contradizem o esquema

Recolher toda a informação “positiva” que contradiga o esquema (o Recolher toda a informação “positiva” que contradiga o esquema (o doente pode não a valorizar devido ao esquecimento selectivo — doente pode não a valorizar devido ao esquecimento selectivo — manutenção do esquema)manutenção do esquema)

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas cognitivasTécnicas cognitivas Identificar e alterar enviesamentos no processamento da Identificar e alterar enviesamentos no processamento da

informação pelo esquema - mostrar como o doente informação pelo esquema - mostrar como o doente desvaloriza evidências contraditóriasdesvaloriza evidências contraditórias

Educando o doente para identificar erros cognitivos (os mais usuais em si)Educando o doente para identificar erros cognitivos (os mais usuais em si)

Técnicas especificas (repetir em várias sessões, estabelecer como TPC):Técnicas especificas (repetir em várias sessões, estabelecer como TPC):

– Ponto — Contra-ponto/Advogado do diabo: o doente começa por Ponto — Contra-ponto/Advogado do diabo: o doente começa por defender o esquema e depois troca de papel com o terapeutadefender o esquema e depois troca de papel com o terapeuta

– Pôr o doente a irritar-se com o esquema e a recusar-se a agir de Pôr o doente a irritar-se com o esquema e a recusar-se a agir de acordo com eleacordo com ele

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas cognitivasTécnicas cognitivas Construir flashcardsConstruir flashcards

Construidos com o doente na terapia (ou posteriormente como Construidos com o doente na terapia (ou posteriormente como TPC) e são utilizados os mais adequados a cada situação activadoraTPC) e são utilizados os mais adequados a cada situação activadora

Desafiar o esquema sempre que ele é activado na sessão ou Desafiar o esquema sempre que ele é activado na sessão ou fora delafora dela

Pôr o doente a dar outro significado (mais funcional) para o Pôr o doente a dar outro significado (mais funcional) para o sucedido (treinar pontos de vista mais funcionais e razoáveis)sucedido (treinar pontos de vista mais funcionais e razoáveis)

Pode dar origem a mais Pode dar origem a mais flashcardsflashcards

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas comportamentaisTécnicas comportamentais São utilizadas São utilizadas para modificar padrões disfuncionais de evitamento, para modificar padrões disfuncionais de evitamento,

manutenção e compensação comportamentais e emanutenção e compensação comportamentais e envolvem a nvolvem a mudança de padrões comportamentais de longa duração (ex. padrões mudança de padrões comportamentais de longa duração (ex. padrões na escolha do parceiro, comportamento nas relações mais próximas; na escolha do parceiro, comportamento nas relações mais próximas; estratégias de evitamento ou de compensação)estratégias de evitamento ou de compensação)

São utilizadas com as restantes técnicas para São utilizadas com as restantes técnicas para incrementar o potencial incrementar o potencial de mudança terapêuticade mudança terapêutica

São a fase mais longa da terapiaSão a fase mais longa da terapia

Ex.: Técnicas operantes, treino de aptidões sociais, exposição…Ex.: Técnicas operantes, treino de aptidões sociais, exposição…

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas comportamentaisTécnicas comportamentais Primeiro, cognitivamente, trabalhar vantagens e Primeiro, cognitivamente, trabalhar vantagens e

desvantagens de manter um determinado padrãodesvantagens de manter um determinado padrão

Quebrar padrões comportamentaisQuebrar padrões comportamentais Encorajar o doente a parar com comportamentos reforçadores dos Encorajar o doente a parar com comportamentos reforçadores dos

esquemasesquemas

Listar e ensaiar alternativas comportamentais na sessãoListar e ensaiar alternativas comportamentais na sessão

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas comportamentaisTécnicas comportamentais Desenvolver novas alternativas comportamentaisDesenvolver novas alternativas comportamentais

Através de Através de exposição ao vivoexposição ao vivo (pode começar-se primeiro por (pode começar-se primeiro por exposição em imaginação ou role-play)exposição em imaginação ou role-play)

São, muitas vezes, necessários São, muitas vezes, necessários flashcardsflashcards para que o doente consiga para que o doente consiga implementar novos comportamentos implementar novos comportamentos in vivoin vivo

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Técnicas comportamentaisTécnicas comportamentais Implementar mudanças ambientais, se necessárioImplementar mudanças ambientais, se necessário

Exemplos:Exemplos: Afastar-se temporariamente de casaAfastar-se temporariamente de casa

Reduzir responsabilidades no trabalhoReduzir responsabilidades no trabalho

Tentar novos hobbies ou desportosTentar novos hobbies ou desportos

Iniciar novos relacionamentos e amizadesIniciar novos relacionamentos e amizades

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Características do TerapeutaCaracterísticas do Terapeuta Domínio do modelo conceptual (cognitivo, emocional,

comportamental, interpessoal)

Flexibilidade interpessoal

Coping com a frustração

Tolerância

Abertura pessoal — comunicação de sentimentos

Auto-conhecimento

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Terapia focada nos esquemasTerapia focada nos esquemas Implicações terapêuticasImplicações terapêuticas

Diferenças entre a Terapia Focada nos Esquemas e Diferenças entre a Terapia Focada nos Esquemas e a Terapia Cognitiva Brevea Terapia Cognitiva Breve Grande ênfase na relação terapêutica como veículo de mudançaGrande ênfase na relação terapêutica como veículo de mudança

Maior ênfase nas emoções e afectosMaior ênfase nas emoções e afectos

Maior duração da intervençãoMaior duração da intervenção

Maior discussão centrada nos primeiros anos de vidaMaior discussão centrada nos primeiros anos de vida

Confrontação mais activa das cognições e padrões comportamentaisConfrontação mais activa das cognições e padrões comportamentais

O terapeuta está bastante mais preocupado com a identificação e O terapeuta está bastante mais preocupado com a identificação e superação do evitamento cognitivo, emocional e comportamentalsuperação do evitamento cognitivo, emocional e comportamental

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

2 Constructos fundamentais2 Constructos fundamentais

Esquemas InterpessoaisEsquemas Interpessoais

Ciclos Cognitivos InterpessoaisCiclos Cognitivos Interpessoais

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

Esquemas interpessoaisEsquemas interpessoais Regras que permitem ou facilitam o relacionamento com os outros, construídas Regras que permitem ou facilitam o relacionamento com os outros, construídas

através de experiências de vinculação com outros significativosatravés de experiências de vinculação com outros significativos

São esquemas (representação da interacção) do “eu em relação com os outros”; São esquemas (representação da interacção) do “eu em relação com os outros”; são modelos internos de trabalho; programas para manter a ligação com planos, são modelos internos de trabalho; programas para manter a ligação com planos, estratégias e princípios específicos que foram aprendidos, abstraídos de estratégias e princípios específicos que foram aprendidos, abstraídos de experiências prévias com figuras de vinculação e que permite prever futuras experiências prévias com figuras de vinculação e que permite prever futuras interacçõesinteracções

Quando o padrão de relacionamento se mantém apesar de experiências repetidas Quando o padrão de relacionamento se mantém apesar de experiências repetidas de que este padrão não conduz ao atingir dos objectivos => esq. interpessoais de que este padrão não conduz ao atingir dos objectivos => esq. interpessoais disfuncionaisdisfuncionais

Existem níveis diferentes de abstração e generalização dos esquemas Existem níveis diferentes de abstração e generalização dos esquemas interpessoais, que funcionam hierarquicamenteinterpessoais, que funcionam hierarquicamente

Um esquema tem uma parte de reoresentação conceptual e outra emocional e Um esquema tem uma parte de reoresentação conceptual e outra emocional e expressivo-motora (felt-sense)expressivo-motora (felt-sense)

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

Esquemas interpessoaisEsquemas interpessoais

Mantêm-se por Mantêm-se por Erros cognitivosErros cognitivos

Ciclos cognitivos interpessoaisCiclos cognitivos interpessoais

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

Ciclos cognitivos interpessoaisCiclos cognitivos interpessoais

Através dos esquemas interpessoais tendemos a estabelecer com os Através dos esquemas interpessoais tendemos a estabelecer com os outros relações complementares que confirmam esses esquemasoutros relações complementares que confirmam esses esquemas

– TiposTipos Devido a expectativas disfuncionais acerca do comportamento Devido a expectativas disfuncionais acerca do comportamento

dos outrosdos outros Por operações de segurançaPor operações de segurança

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

O terapeuta como observador-participanteO terapeuta como observador-participante

O terapeuta deve ser capaz de identificar em si o tipo de O terapeuta deve ser capaz de identificar em si o tipo de emoções/respostas que o comportamento do doente lhe gera, servir-se emoções/respostas que o comportamento do doente lhe gera, servir-se disto para colocar hipóteses acerca dos esquemas interpessoais do disto para colocar hipóteses acerca dos esquemas interpessoais do doente e do tipo de respostas que ele tende a gerar nos outros, libertar-doente e do tipo de respostas que ele tende a gerar nos outros, libertar-se deste ciclo (para evitar perpetuá-lo, reforçá-lo) e utilizar a relação se deste ciclo (para evitar perpetuá-lo, reforçá-lo) e utilizar a relação terapêutica para desconfirmar estes esquemasterapêutica para desconfirmar estes esquemas

A relação terapêutica é uma parte intrínseca do processoA relação terapêutica é uma parte intrínseca do processo

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

Marcadores interpessoaisMarcadores interpessoais

Comportamentos abertosComportamentos abertos

Comunicação para-verbal e não-verbalComunicação para-verbal e não-verbal

posturapostura

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

A avaliação do terapeuta, daquilo que é saliente, em determinado A avaliação do terapeuta, daquilo que é saliente, em determinado momento, é determinado pela integração a um nível tácito de fontes de momento, é determinado pela integração a um nível tácito de fontes de informação variadas, incluindo o conteúdo verbal do paciente, informação variadas, incluindo o conteúdo verbal do paciente, comportamento não verbal e nível de envolvimento pessoal, os próprios comportamento não verbal e nível de envolvimento pessoal, os próprios sentimentos do terapeuta acerca de interacções prévias com o paciente, e sentimentos do terapeuta acerca de interacções prévias com o paciente, e as interacções do paciente com outras pessoas.as interacções do paciente com outras pessoas.

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

Princípios Básicos da TerapiaPrincípios Básicos da Terapia

1. Enfatiza a exploração fenomenológica mais do que a interpretação. É 1. Enfatiza a exploração fenomenológica mais do que a interpretação. É assumido que só os pacientes podem ser peritos na sua experiência e que assumido que só os pacientes podem ser peritos na sua experiência e que interpretar-lhes a sua experiência lhes retira a oportunidade importante de a interpretar-lhes a sua experiência lhes retira a oportunidade importante de a articularem para eles próprios.articularem para eles próprios.

2. Enfatiza a avaliação e modificação dos processos cognitivos, trabalhando 2. Enfatiza a avaliação e modificação dos processos cognitivos, trabalhando numa forma emocional uma vez que é assumido que os processos cognitivos numa forma emocional uma vez que é assumido que os processos cognitivos não representam a globalidade das experiências do indivíduo.não representam a globalidade das experiências do indivíduo.

3. Enfatiza o uso da relação terapêutica como um laboratório para exploração 3. Enfatiza o uso da relação terapêutica como um laboratório para exploração de processos cognitivos /afectivos e desafio dos esquemas interpessoais.de processos cognitivos /afectivos e desafio dos esquemas interpessoais.

4. Enfatiza a exploração em "profundidade" dos processos construcionais do 4. Enfatiza a exploração em "profundidade" dos processos construcionais do doente no contexto da interacção terapêutica, antes da identificação explícita doente no contexto da interacção terapêutica, antes da identificação explícita dos padrões interpessoais. dos padrões interpessoais.

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

Princípios Básicos da TerapiaPrincípios Básicos da Terapia

5. Defende a formulação de uma compreensão do esquema interpessoal do doente, 5. Defende a formulação de uma compreensão do esquema interpessoal do doente, mas uma compreensão continuamente revista.mas uma compreensão continuamente revista.

6. Defende o uso dos próprios sentimentos do terapeuta para gerar hipóteses acerca 6. Defende o uso dos próprios sentimentos do terapeuta para gerar hipóteses acerca dos padrões interpessoais característicos dos doentes e para ajudar a identificar dos padrões interpessoais característicos dos doentes e para ajudar a identificar marcadores interpessoais (que desempenham um papel importante nos ciclo marcadores interpessoais (que desempenham um papel importante nos ciclo cognitivo-interpessoais dos pacientes.cognitivo-interpessoais dos pacientes.

7. Enfatiza o uso dos marcadores interpessoais para exploração cognitiva/afectiva. 7. Enfatiza o uso dos marcadores interpessoais para exploração cognitiva/afectiva. 8. Enfatiza a promoção da generalização, quer através da exploração em profundidade 8. Enfatiza a promoção da generalização, quer através da exploração em profundidade

de acontecimentos exteriores às sessões, quer através da "marcação" de experiências de acontecimentos exteriores às sessões, quer através da "marcação" de experiências ("testes") entre as sessões. Crenças e expectativas são descobertas na relação ("testes") entre as sessões. Crenças e expectativas são descobertas na relação terapêutica e tornam-se tópicos para auto-monitorização e experimentação entre as terapêutica e tornam-se tópicos para auto-monitorização e experimentação entre as sessões.sessões.

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Modelo Cognitivo-Interpessoal de J. SafranModelo Cognitivo-Interpessoal de J. Safran

Princípios Básicos da TerapiaPrincípios Básicos da Terapia

9. Defende que o paciente deve ser um colaborador activo explorando e testando crenças e 9. Defende que o paciente deve ser um colaborador activo explorando e testando crenças e expectativas, quer na relação terapêutica quer fora da terapia. expectativas, quer na relação terapêutica quer fora da terapia.

10. Enfatiza a importância da detecção de rupturas na aliança terapêutica bem como do 10. Enfatiza a importância da detecção de rupturas na aliança terapêutica bem como do trabalho das mesmas. É hipotetizado que a resolução da ruptura da aliança é um evento trabalho das mesmas. É hipotetizado que a resolução da ruptura da aliança é um evento particularmente potente para a mudança.particularmente potente para a mudança.

11. Enfatiza o papel activo do terapeuta na exploração dos processos cognitivos/afectivos 11. Enfatiza o papel activo do terapeuta na exploração dos processos cognitivos/afectivos do doente e na concepção de experiências, mantendo-se sempre receptivo a eventos que do doente e na concepção de experiências, mantendo-se sempre receptivo a eventos que sinalizem uma mudança do focus da interacção do momento.sinalizem uma mudança do focus da interacção do momento.

12. Enfatiza a manutenção de um focus terapêutico, prestando atenção cuidada ao que é 12. Enfatiza a manutenção de um focus terapêutico, prestando atenção cuidada ao que é emocionalmente relevante para o doente e usando reflexão empática adequada para emocionalmente relevante para o doente e usando reflexão empática adequada para facilitar a "profundidade" da experiência, ajudando assim os pacientes a estabelecer facilitar a "profundidade" da experiência, ajudando assim os pacientes a estabelecer contacto com temas nucleares.contacto com temas nucleares.