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11 | Março | 2011 S S S ociedade ociedade ociedade ociedade ociedade 6 É com balanço positivo que termina o Carnaval das Caldas da Rainha, que terá atraído à principal avenida da cidade cerca de 70 mil pessoas em duas tardes de corso. Os números são apontados pelo vereador Hugo Oliveira, que garante que as tardes de domin- go e terça-feira foram “garantidamente tardes de folia, com o “garantidamente tardes de folia, com o “garantidamente tardes de folia, com o “garantidamente tardes de folia, com o “garantidamente tardes de folia, com o Carnaval das Caldas no seu melhor” Carnaval das Caldas no seu melhor” Carnaval das Caldas no seu melhor” Carnaval das Caldas no seu melhor” Carnaval das Caldas no seu melhor”. Sócrates foi uma das caras mais reproduzidas nos vários carros alegóricos, ou não fosse a folia na cidade marcada pela sátira política e social. A sair de um caixão e comparado a Salazar, sen- tado à mesa com um governante chinês, degolado numa guilhotina por ter arruinado Portugal, como o marionetista que manipula o Presidente da República, Cavaco Silva, ou como um dos bandidos da Banda Desenhada, os “irmãos metralha”, o primeiro-ministro foi um dos principais alvos da crítica dos foliões. Quem também não podia faltar à festa era o presidente da autarquia caldense Fernando Costa, desta feita transformado em Cerca de 70 mil pessoas terão assistido ao corso das Caldas abelha que já não tem o que comer nas Caldas e, prestes a despe- dir-se da liderança da autarquia que ocupa há mais de 25 anos, vai “procurar outro tacho” “procurar outro tacho” “procurar outro tacho” “procurar outro tacho” “procurar outro tacho”. O elevado preço dos combustíveis, a falta de médicos nas unidades de cuidados primários de saúde e o Centro Hospitalar Oeste Norte e o recuo na promessa de constru- ção de uma nova unidade hospitalar foram outros temas da actu- alidade que deram o mote à folia dos caldenses. O tempo ajudou à festa e as nuvens negras acabaram por não deitar mais que alguns pingos, o que permitiu aos foliões mostra- rem o seu trabalho e à rainha – a concorrente do reality show “Casa dos Segredos” Joana Janeiro – desfilar com um fato bastan- te reduzido. A acompanhá-la estava Hugo M., também conhecido do concurso da TVI. Um casal mediático que reinou nas Caldas graças ao patrocínio da empresa A. Braz Heleno, que pagou o cachet cujo valor não foi divulgado. Hugo Oliveira salientou o papel dos patrocinadores no Carnaval caldense, num ano em que a autarquia se vê obrigada a cortes na despesa, que garantiram a vinda de “figuras mediáticas que “figuras mediáticas que “figuras mediáticas que “figuras mediáticas que “figuras mediáticas que atraem sempre mais gente de fora” atraem sempre mais gente de fora” atraem sempre mais gente de fora” atraem sempre mais gente de fora” atraem sempre mais gente de fora”, o que diz ter confirmado durante os desfiles. E garante que “estes dois reis foram prova- “estes dois reis foram prova- “estes dois reis foram prova- “estes dois reis foram prova- “estes dois reis foram prova- velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor- velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor- velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor- velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor- velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor- so das Caldas, envolvendo-se com o público” so das Caldas, envolvendo-se com o público” so das Caldas, envolvendo-se com o público” so das Caldas, envolvendo-se com o público” so das Caldas, envolvendo-se com o público”. O vereador responsável pelo pelouro do Turismo e não quis deixar de enalte- cer o trabalho das colectividades que participam no desfile, que diz ser “muito importante” “muito importante” “muito importante” “muito importante” “muito importante”. De associações recreativas a grupos etnográficos, passando por escolas e grupos de amigos, o corso das Caldas contou com cerca de duas dezenas de carros alegóricos e sete centenas de figurantes, que prometem voltar à Avenida 1º de Maio e à Praça 25 de Abril para o ano. Joana Fialho Joana Fialho Joana Fialho Joana Fialho Joana Fialho [email protected]

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Page 1: Sociedade Cerca de 70 mil pessoas terão assistido ao corso ...foi “Um Bocadinho de Inverno”. As crianças que frequentam a Infancoop também decidiram fazer um desfile exterior

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SSSSSociedadeociedadeociedadeociedadeociedade6

É com balanço positivo que termina o Carnaval das Caldas daRainha, que terá atraído à principal avenida da cidade cerca de 70mil pessoas em duas tardes de corso. Os números são apontadospelo vereador Hugo Oliveira, que garante que as tardes de domin-go e terça-feira foram “garantidamente tardes de folia, com o“garantidamente tardes de folia, com o“garantidamente tardes de folia, com o“garantidamente tardes de folia, com o“garantidamente tardes de folia, com oCarnaval das Caldas no seu melhor”Carnaval das Caldas no seu melhor”Carnaval das Caldas no seu melhor”Carnaval das Caldas no seu melhor”Carnaval das Caldas no seu melhor”.

Sócrates foi uma das caras mais reproduzidas nos vários carrosalegóricos, ou não fosse a folia na cidade marcada pela sátirapolítica e social. A sair de um caixão e comparado a Salazar, sen-tado à mesa com um governante chinês, degolado numa guilhotinapor ter arruinado Portugal, como o marionetista que manipula oPresidente da República, Cavaco Silva, ou como um dos bandidosda Banda Desenhada, os “irmãos metralha”, o primeiro-ministrofoi um dos principais alvos da crítica dos foliões.

Quem também não podia faltar à festa era o presidente daautarquia caldense Fernando Costa, desta feita transformado em

Cerca de 70 mil pessoas terão assistido ao corsodas Caldas

abelha que já não tem o que comer nas Caldas e, prestes a despe-dir-se da liderança da autarquia que ocupa há mais de 25 anos, vai“procurar outro tacho”“procurar outro tacho”“procurar outro tacho”“procurar outro tacho”“procurar outro tacho”. O elevado preço dos combustíveis, afalta de médicos nas unidades de cuidados primários de saúde e oCentro Hospitalar Oeste Norte e o recuo na promessa de constru-ção de uma nova unidade hospitalar foram outros temas da actu-alidade que deram o mote à folia dos caldenses.

O tempo ajudou à festa e as nuvens negras acabaram por nãodeitar mais que alguns pingos, o que permitiu aos foliões mostra-rem o seu trabalho e à rainha – a concorrente do reality show“Casa dos Segredos” Joana Janeiro – desfilar com um fato bastan-te reduzido. A acompanhá-la estava Hugo M., também conhecidodo concurso da TVI. Um casal mediático que reinou nas Caldasgraças ao patrocínio da empresa A. Braz Heleno, que pagou ocachet cujo valor não foi divulgado.

Hugo Oliveira salientou o papel dos patrocinadores no Carnaval

caldense, num ano em que a autarquia se vê obrigada a cortes nadespesa, que garantiram a vinda de “figuras mediáticas que“figuras mediáticas que“figuras mediáticas que“figuras mediáticas que“figuras mediáticas queatraem sempre mais gente de fora”atraem sempre mais gente de fora”atraem sempre mais gente de fora”atraem sempre mais gente de fora”atraem sempre mais gente de fora”, o que diz ter confirmadodurante os desfiles. E garante que “estes dois reis foram prova-“estes dois reis foram prova-“estes dois reis foram prova-“estes dois reis foram prova-“estes dois reis foram prova-velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor-velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor-velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor-velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor-velmente os mais simpáticos e divertidos de sempre no cor-so das Caldas, envolvendo-se com o público”so das Caldas, envolvendo-se com o público”so das Caldas, envolvendo-se com o público”so das Caldas, envolvendo-se com o público”so das Caldas, envolvendo-se com o público”. O vereadorresponsável pelo pelouro do Turismo e não quis deixar de enalte-cer o trabalho das colectividades que participam no desfile, quediz ser “muito importante”“muito importante”“muito importante”“muito importante”“muito importante”. De associações recreativas a gruposetnográficos, passando por escolas e grupos de amigos, o corsodas Caldas contou com cerca de duas dezenas de carros alegóricose sete centenas de figurantes, que prometem voltar à Avenida 1ºde Maio e à Praça 25 de Abril para o ano.

Joana FialhoJoana FialhoJoana FialhoJoana FialhoJoana [email protected]

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Histórias do imaginário colec-tivo, como o Ali Babá e os 40Ladrões, Asterix, ou a saga OPadrinho, bandas de música,juntamente com super heróis eprincesas das histórias de en-cantar, foram a tónica do Car-naval em Óbidos, protagoniza-do pelas crianças e jovens do

Crianças de Óbidos desfilaram junto aosrespectivos complexos

Enquanto os mais pequenos se mascararam de mouros, alunos do 2º ciclo fizeram uma banda de rock Enquanto os mais pequenos se mascararam de mouros, alunos do 2º ciclo fizeram uma banda de rock Enquanto os mais pequenos se mascararam de mouros, alunos do 2º ciclo fizeram uma banda de rock Enquanto os mais pequenos se mascararam de mouros, alunos do 2º ciclo fizeram uma banda de rock Enquanto os mais pequenos se mascararam de mouros, alunos do 2º ciclo fizeram uma banda de rock

concelho. Nele não faltaram ca-beçudos, ou mesmo um carroalegórico para completar a fes-ta.

Este ano apenas três jardins-de-infância (Arelho, Olho Mari-nho e Vau) desfilaram pelas ruasda vila, na tarde de quinta-fei-ra, com os petizes mascarados

de mouros e a lembrar que “Cáno castelo somos muitos”.

No dia seguinte, a festa es-tendeu-se aos vários cantos doconcelho, com os jardins-de-in-fância a juntar-se aos comple-xos dos Arcos, Furadouro e Alvi-to, respectivamente, e junto dacomunidade local festejarem o

Entrudo. Os jovens que frequen-tam a Josefa de Óbidos deramlargas à imaginação e folia numbaile que decorreu no salão doPinhal.

Ao fim do dia decorreu tam-bém um baile de máscaras, noComplexo do Alvito, que con-templou a actuação de Brayn

Adams e sua banda (compostapor alunos e um professor) e daTuna do Alvito.

Fernando Jorge, director doagrupamento de escola Josefade Óbidos, destaca que este foium carnaval que correspondeuà nova filosofia educativa doscomplexos escolares. “Foi um“Foi um“Foi um“Foi um“Foi um

carnaval diferente e comcarnaval diferente e comcarnaval diferente e comcarnaval diferente e comcarnaval diferente e comuma organização mais jun-uma organização mais jun-uma organização mais jun-uma organização mais jun-uma organização mais jun-to da população”to da população”to da população”to da população”to da população”, referiu oresponsável, dando nota dagrande participação dos pais ecomunidade local em cada umdos desfiles.

F.F.F.F.F.F.F.F.F.F.

Os idosos do concelho dasCaldas foram os primeiros acelebrar a folia, com um bailede máscaras, na Expoeste, natarde de quinta-feira. Esteano foram menos os partici-pantes, cerca de 700, que mar-caram presença no evento or-ganizado anualmente pelaautarquia e grupo concelhiode apoio à pessoa idosa.

Desfilaram 11 grupos, ondenão faltaram as sevilhanas,saloias, palhaços, índios emosqueteiros.

O facto de não se ter reali-zado o desfile das crianças eos idosos pensarem que tam-bém não haveria o baile esta-

Baile de máscaras voltou a juntar idosos naExpoeste

Dos 700 idosos, a maioria estava mascarada. Participaram entidades de praticamente todo o concelho Dos 700 idosos, a maioria estava mascarada. Participaram entidades de praticamente todo o concelho Dos 700 idosos, a maioria estava mascarada. Participaram entidades de praticamente todo o concelho Dos 700 idosos, a maioria estava mascarada. Participaram entidades de praticamente todo o concelho Dos 700 idosos, a maioria estava mascarada. Participaram entidades de praticamente todo o concelho

rá na causa, segundo a verea-dora Maria da Conceição Pe-reira, deste decréscimo departicipantes. Mas a autar-quia faz questão de manter oevento, que considera impor-tante para esta faixa etária,tanto em termos de convívioproporcionado, como de mo-bilidade. “Não quero queNão quero queNão quero queNão quero queNão quero queninguém fique em casa aninguém fique em casa aninguém fique em casa aninguém fique em casa aninguém fique em casa aver televisão”ver televisão”ver televisão”ver televisão”ver televisão”, apelou a ve-readora, convidando a popu-lação sénior a participar nasactividades que lhes são di-reccionadas.

O evento não chega a cus-tar 2.000 euros e, de modo acortar os custos, a organiza-

ção contratou um organistaem vez do tradicional conjun-to que costumava animar atarde. A Câmara continua agarantir o transporte dos par-ticipantes e dar-lhes um pre-sente, que este ano foram li-vros para as bibliotecas dasvárias instituições presentes.

Maria da Conceição Perei-ra disse ainda que as temáti-cas relacionadas com os ido-sos estão muito na ordem dodia, mas lembrou que nesteconcelho há muito que se pre-ocupam com esta faixa popu-lacional. “Nas Caldas te-“Nas Caldas te-“Nas Caldas te-“Nas Caldas te-“Nas Caldas te-mos, mesmo fora da cida-mos, mesmo fora da cida-mos, mesmo fora da cida-mos, mesmo fora da cida-mos, mesmo fora da cida-de, uma instituição por fre-de, uma instituição por fre-de, uma instituição por fre-de, uma instituição por fre-de, uma instituição por fre-

guesia, o que não é muitoguesia, o que não é muitoguesia, o que não é muitoguesia, o que não é muitoguesia, o que não é muitonormal acontecer no restonormal acontecer no restonormal acontecer no restonormal acontecer no restonormal acontecer no restodo país”do país”do país”do país”do país”, disse, destacandoque tal permite uma maiorproximidade aos idosos e tra-balhar em rede com várias en-tidades.

Para a vereadora com o pe-louro da acção social, tem sidofeita no país uma política deinstitucionalização, muito ba-seada nos equipamentos, masdeixando de lado outras res-postas como o aumento doapoio domiciliário.

“Vamos continuar a aju-“Vamos continuar a aju-“Vamos continuar a aju-“Vamos continuar a aju-“Vamos continuar a aju-d a r a n o s s a p o p u l a ç ã od a r a n o s s a p o p u l a ç ã od a r a n o s s a p o p u l a ç ã od a r a n o s s a p o p u l a ç ã od a r a n o s s a p o p u l a ç ã omais velha com equipamen-mais velha com equipamen-mais velha com equipamen-mais velha com equipamen-mais velha com equipamen-tos, mas também com ou-tos, mas também com ou-tos, mas também com ou-tos, mas também com ou-tos, mas também com ou-

tras propostas, principal-tras propostas, principal-tras propostas, principal-tras propostas, principal-tras propostas, principal-mente privilegiando o tra-mente privilegiando o tra-mente privilegiando o tra-mente privilegiando o tra-mente privilegiando o tra-balho em rede”balho em rede”balho em rede”balho em rede”balho em rede”, disse a au-tarca, acrescentando que es-tão a trabalhar no fomento dovoluntariado sénior e júnior.

Este ano participaram nodesfile o Centro de Desen-volvimento Cultural e Paroqui-al de A-dos-Francos, Centro de Apoio Social do Nadadou-ro, Centro Social e Paroquialdas Caldas da Rainha, Associ-ação de Solidariedade Socialda Foz do Arelho, Centro So-cial Paroquial de Santa Cata-rina, Associação de Solidarie-dade e Educação de Salir deMatos, Associação de Desen-

volvimento Social da Fregue-sia de Alvorninha, Centro So-cial Paroquial da FreguesiaNossa Senhora das Mercês –Carvalhal Benfeito, AssociaçãoSocial e Cultural Paradense,Fonte Santa – Centro Social daSerra do Bouro e Clube Sénior.

O evento contou, uma vezmais, com a colaboração daEscola Técnica e Empresarialdo Oeste (ETEO, com os alu-nos da turma de Animação Só-cio Cultural a interagir com osidosos e a tornar a tarde ain-da mais divertida.

Fátima FerreiraFátima FerreiraFátima FerreiraFátima FerreiraFátima [email protected]

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Por causa da crise, a Câmaradas Caldas decidiu que não fa-ria o desfile das crianças, pre-ferindo pagar cachets a estre-las televisivas instantâneas da-das a conhecer à opinião públi-ca através dos reality shows.

A verdade é que alguns esta-belecimentos escolares até nemsão muito fãs do desfile pelaAvenida, sobretudo os que têmalunos mais novos pois é difícilpara os pequenitos subir e des-cer a Avenida 1º de Maio. E porisso este ano cada escola fez afesta à sua maneira. Algumas

Escolas e infantários do concelho divertiram-semesmo sem desfile na Avenida

preferiram ficar nas suas insta-lações, enquanto que outrasdesfilaram nas suas localidades,ou zonas da cidade. Outras ain-da decidiram participar em bai-les abertos às suas comunida-des. Tudo isto na sexta-feira, 4de Março.

Os alunos da EB1 de Coto, porexemplo, receberam os meninosdo Jardim de Infância do Cotopara, em conjunto, brincar aoCarnaval. Os mais novos desfi-laram mascarados até à escola,ao passo que aqueles que fre-quentam o primeiro ciclo mas-

cararam-se de forma livre. Hou-ve, pois, princesas, espanholas,ginastas, bombeiros, super ho-mens, bruxas, dráculas e anjosque se divertiram num baile edepois participaram num lancheque foi oferecido pelos encar-regados de educação.

A Escola Básica do 1º ciclo dosCasais da Serra e Jardim de In-fância fizeram o seu desfile deCarnaval pelas ruas da locali-dade, terminando com um bailede máscaras na associação re-creativa, cujo salão que foi aber-to à comunidade.

O tema do desfile foram “AsCerejas” e os alunos do jardimforam mascarados daquele fru-to e os alunos do 1º ciclo foramde árvores e flores da cerejeira.

Também no Agrupamento deSto. Onofre os alunos da escolado primeiro ciclo juntaram-se aopré-escolar, excepto na escolasede onde os estudantes do pri-meiro ciclo fizeram a festa entreeles. No Centro Escolar de Sto.Onofre a temática do Carnavalfoi “Um Bocadinho de Inverno”.

As crianças que frequentama Infancoop também decidiram

fazer um desfile exterior e eraver passar pelo Bairro dos Ar-neiros cowboys, índios, chine-sas, flores, palhaços, bruxinhase os bombeiros.

Os alunos da EBII/JI de Tor-nada trabalharam o tema daFloresta para fazer as suas más-caras e parte delas estão atéem exposição no centro comer-cial Vivaci até ao dia 14 de Mar-ço. Os alunos daquele estabele-cimento escolar mantiveram aa tradição de sair desfilandopelas ruas de Tornada, cantan-do e dançando, em articulação

com o Jardim de Infância. E nes-ta floresta da amizade haviaanimais e plantas de várias es-pécies como tigres, leões, coe-lhos, borboletas, joaninhas, as-sim como lenhadores e guardasflorestais, sem esquecer os pe-quenos cogumelos.

Após algum tempo de cami-nhada, os pequenos foliões di-vertiram-se no Largo do Chafa-riz. Quando regressaram à es-cola havia lanche no refeitório.

Natacha NarcisoNatacha NarcisoNatacha NarcisoNatacha NarcisoNatacha [email protected]

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A crise, o aumento do défice,a eventual entrada do FMI nopaís, a falta de transportes paradoentes. Tudo serviu para a sá-tira popular nas Gaeiras, cujocorso desfilou domingo e terça-feira pelas ruas da vila.

Em comum os carros alegóri-cos e foliões apeados tinhamuma faixa preta, em protestopelo que se passa no país, ounão fosse este um Carnaval or-ganizado pelo Jovens Voluntá-rios e Jovens Viciados em Tra-balho Gaeirenses. Esta foi tam-bém a forma que encontrarampara, a brincar, chamarem aatenção para o “futuro negro”futuro negro”futuro negro”futuro negro”futuro negro”que os espera.

O frio e alguns pingos de chu-va que teimaram em cair, nãodesarmaram os foliões que, ruaacima e abaixo, por diversasvezes mostraram a sua alegria.

A desfilar estiveram tambémcarros alegóricos de A-dos-Ne-

Sátira local e nacional no Carnaval das Gaeirasgros e da Usseira, acompanha-dos por dezenas de figurantes,onde ironizavam com a falta de“patrocínios” para o Entrudo edestacavam o convívio que sevive nas Gaeiras.

No final do desfile o “rei” su-biu ao coreto situado no meiodo largo e disse algumas verda-des ao povo que ali se reuniapara o ouvir.

Este ano o elenco autárquicolocal foi comparado à hierarquiada Igreja. Sobre Telmo Faria,comparado ao Papa, disse queeste tem “dom e sabe falar, e“dom e sabe falar, e“dom e sabe falar, e“dom e sabe falar, e“dom e sabe falar, etem é uma grande lata paratem é uma grande lata paratem é uma grande lata paratem é uma grande lata paratem é uma grande lata paravos saber levar”vos saber levar”vos saber levar”vos saber levar”vos saber levar”.

O monarca do Entrudo falouainda dos atrasos no Plaza Oes-te, do festival de chocolate ecriticou a falta de apoio à reali-zação do Carnaval.

O vereador Pedro Félix rece-beu o epíteto de bispo, a quemfoi criticada a falta de apoio na

construção da nova igreja. Ascontas da festa de Setembroque ainda não foram apresen-tadas também não foram es-quecidas.

O único a sair bem na foto-grafia “real” foi o presidente daJunta, Eduardo Silva, a quem orei apelidou de bom presidente.

Este ano, e devido ao factode não haver, até há poucas se-manas, comissão organizadorado Carnaval, muitos dos carrosforam aproveitados do ano an-terior, tendo os voluntários ape-nas procedido a algumas modi-ficações.

O público afluiu ao desfile,mas sobretudo, o da região. Nosmesmos dias e à mesma hora,os desfiles multiplicaram-se umpouco por todo o lado.

Fátima FerreiraFátima FerreiraFátima FerreiraFátima FerreiraFátima [email protected]

Os foliões de A-dos-Negros marcaram mais uma vez presença no corso Os foliões de A-dos-Negros marcaram mais uma vez presença no corso Os foliões de A-dos-Negros marcaram mais uma vez presença no corso Os foliões de A-dos-Negros marcaram mais uma vez presença no corso Os foliões de A-dos-Negros marcaram mais uma vez presença no corso

A “monarquia” da Usseira também deu um ar da sua graça A “monarquia” da Usseira também deu um ar da sua graça A “monarquia” da Usseira também deu um ar da sua graça A “monarquia” da Usseira também deu um ar da sua graça A “monarquia” da Usseira também deu um ar da sua graça Alguns dos elementos mais jovens do corso gaeirense Alguns dos elementos mais jovens do corso gaeirense Alguns dos elementos mais jovens do corso gaeirense Alguns dos elementos mais jovens do corso gaeirense Alguns dos elementos mais jovens do corso gaeirense

Na Nazaré, a marginal voltoua acolher milhares de pessoasque não quiseram perder os ha-bituais desfiles de Carnaval,este ano dedicado ao mote“X’Ándar, X’Ósir, X‘Ós’ tar”.

Neste que é um dos mais ca-racterísticos Entrudos do país,

Nazaré cumpriu tradição e atraiu milhares àmarginal

Tal como já acontece com a passagem de ano, a Nazaré tem vindo a afirmar-se também pelo seu Carnaval Tal como já acontece com a passagem de ano, a Nazaré tem vindo a afirmar-se também pelo seu Carnaval Tal como já acontece com a passagem de ano, a Nazaré tem vindo a afirmar-se também pelo seu Carnaval Tal como já acontece com a passagem de ano, a Nazaré tem vindo a afirmar-se também pelo seu Carnaval Tal como já acontece com a passagem de ano, a Nazaré tem vindo a afirmar-se também pelo seu Carnaval

os foliões voltaram a juntar asnoites com os dias e andaramnum verdadeiro vaivém com osbailes à noite e as saídas à ruados vários grupos de mascara-dos, que escolhem como bandasonora as marchas compostastodos os anos para a época de

folia e se deixam levar pela ale-gria dos ranchos de fantasia eriem das cegadas que são apre-sentadas nas várias salas davila.

Logo na manhã de domingo,dia 6 de Março, a vila piscatóriaacordou ao som das bandas in-

fernais, munidas de pandeire-tas e instrumentos musicais, al-guns dos quais improvisados comobjectos ruidosos. Ao final damanhã, os grupos foram prestarvassalagem aos reis – Luís “Xiri”Mendes e Odete Robalo – quepercorreram a vila, Sítio e Pe-

derneira até à hora dos desfiles.Pela tarde, e com o tempo a

ajudar, a marginal encheu-se decor, num desfile que se repetiuna tarde de terça-feira. Reinter-pretações modernas dos típicostrajes nazarenos, a sátira dostemas locais e nacionais e te-

mas históricos, foram algunsdos disfarces escolhidos paraeste ano, numa festa que jun-tou cerca de oito centenas defoliões, de 20 grupos e 15 carrosalegóricos.

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Ao contrário do que tinhaacontecido no ano passado, SãoPedro ajudou à festa e o bomtempo permitiu aos foliões be-neditenses que a festa na noitede segunda-feira continuassenas ruas pela noite dentro. Maisuma vez, o Carnaval foi assina-lado na vila com um corso noc-turno que trouxe ao centro davila milhares de pessoas.

Numa iniciativa organizadapela Associação Beneditense deCultura e Desporto - em que não

Já na manhã da passada sex-ta-feira, dia 4 de Março, foramas crianças das escolas locais aanimarem as ruas da Benedita,num desfile onde o mote foi o“Carnaval Trapalhão”, recor-dando os disfarces de tempospassados.

De roupas velhas, gravatas

Crianças relembraram Carnaval de outros tempos

fora de moda, xailes às costas,lenços à cabeça e roupa viradado avesso, os alunos do Agru-pamento de Escolas da Benedi-ta vestiram-se tal como faziamos seus pais e avós há muitosanos, para “jogar o Carnaval”.Uma opção seguida pela maio-ria das escolas, que este ano

recordam como se vivia antiga-mente no seu projecto educati-vo.

O objectivo de envolver ospais e avós dos alunos foi cum-prido. Muitos deles vestiram àscrianças as roupas que eles pró-prios usavam em pequenos egarantem ter andado num ver-

dadeiro rodopio à procura depeças desses tempos. Naquelamanhã, era notória a satisfaçãoque isso lhes deu.

À festa juntaram-se tambémas creches particulares e as cri-anças utentes das InstituiçõesParticulares de SolidariedadeSocial locais, que evocaram per-

sonagens do imaginário infan-til, dos livros de contos para cri-anças, e apelaram à compreen-são e ao amor, vestindo-se decorações ou do famoso “smi-ley”.

O envolvimento dos pais eencarregados de educação nãose ficou pelos disfarces das cri-

anças. Aqui, e à falta de apoios,foram os próprios pais a garan-tirem o transporte das criançaspara o centro da vila, permitin-do que o corso infantil saia àrua ano após ano.

J.F.J.F.J.F.J.F.J.F.

Benedita vibrou com mais um corso nocturno

Os “Popeye” arrebataram o Cabé de Ouro e foram distinguidos como o melhor grupo Os “Popeye” arrebataram o Cabé de Ouro e foram distinguidos como o melhor grupo Os “Popeye” arrebataram o Cabé de Ouro e foram distinguidos como o melhor grupo Os “Popeye” arrebataram o Cabé de Ouro e foram distinguidos como o melhor grupo Os “Popeye” arrebataram o Cabé de Ouro e foram distinguidos como o melhor grupodo 10º corso nocturno da Beneditado 10º corso nocturno da Beneditado 10º corso nocturno da Beneditado 10º corso nocturno da Beneditado 10º corso nocturno da Benedita

A aposta num corso nocturno é o elemento diferenciador do Carnaval da Benedita A aposta num corso nocturno é o elemento diferenciador do Carnaval da Benedita A aposta num corso nocturno é o elemento diferenciador do Carnaval da Benedita A aposta num corso nocturno é o elemento diferenciador do Carnaval da Benedita A aposta num corso nocturno é o elemento diferenciador do Carnaval da Benedita

há qualquer apoio monetáriopara a elaboração dos carros oudos disfarces -, voltou a ser oesforço e a imaginação dos foli-ões a ditar a festa. E tal comotem acontecido noutras edi-ções, o Carnaval da Beneditavoltou a provar que há muitoforam ultrapassadas as frontei-ras da freguesia e que a festanocturna, que se realiza há vá-rios anos, atrai muita gente defora, seja como espectadores,seja como foliões.

Freiria (Rio Maior), Louções eFrazões (Turquel) e Casal do Reie Rostos (Caldas da Rainha) fo-ram algumas das localidades,mais ou menos vizinhas, a mar-carem presença na festa.

Dos Simpson, aos Flinstonese à Civilização Romana, passan-do pelo filme Mary Poppins, pe-los habituais disfarces de ani-mais, como as abelhas, ou osporcos, ou pelas tribos índias,houve fantasias para todos osgostos na Benedita, protagoni-

zadas por cerca de duas deze-nas de grupos.

A sátira também deu um arda sua graça, com os participan-tes do Casal do Rei (Vidais) atrazerem para a festa os sériosproblemas de que padece asaúde e os constrangimentos noCentro Hospitalar Oeste Nortee os foliões da localidade deRostos (A-dos-Francos) com ocarro Prisão Fiscal (dois gruposque também participaram nocorso caldense).

Mais uma vez a organizaçãodistinguiu os grupos que se des-tacaram com mais participan-tes, melhor coreografia, entreoutros aspectos. Os já tradicio-nais prémios Cabé também fo-ram entregues e o Cabé de Ouro,equivalente a primeiro lugar, foiatribuído ao grupo local Popeye.

Depois de cerca de duas ho-ras de desfile, a festa prolon-gou-se nas ruas e nos bares davila. Uma tradição que, de res-to, esteve na origem deste cor-

so nocturno. E a aposta confir-ma-se mais uma vez ganha, nes-ta que foi a 10ª edição do corsonocturno, que até teve direito areportagem da TVI. Uma ediçãocom menos participantes que asde alguns anos anteriores, masonde se confirmou que as gen-tes da Benedita estão empenha-das em fazer do corso ao luaruma tradição da freguesia.

Joana FialhoJoana FialhoJoana FialhoJoana FialhoJoana [email protected]