sociedade em rede_manuel_castells

700
A SOCIE Manuel Caste Prefac10 de Fernando Henri PAZ E TERRA

Upload: sandra-melro

Post on 30-Jul-2015

245 views

Category:

Documents


13 download

TRANSCRIPT

  • A SOCIEDADE

    Manuel CastellsPrefac10 de Fernando Henrique Cardoso

    ???

    PAZ E TERRA

  • rieac &busca csclarecer a di

    narnlca cconollnlca c soclal da nova era da

    1; na c EuroPa,procura formular uma tcoa quc,onta dOS efeitos indamentalstCnO10gia da infOm"nO mundoCOnlempor6.A econmia global se caracterizahOiC PfluxO e tFO,a quaSC instannos dc infOrm,o,capltal c cOmunica,Cultural.Esses nuxos rcram e con_diciOnam a um sl tempo o consumo c aprodu9.As Propnas rcdes reetem cam Culmas dislnt.TantO elquantO SC

    "9St0,em gra,dc parte,

    ra daSregulamen,6es naciontts.NossidcPen(ncia cmlrela9aOs novosmodoS de nuxo informacional di umenormo Poder de c6ntrOle sobrc n6saqucles ePosi9de contro14-los.lanud Castcns descreve o ritmo ca

    da vett mais aceleradO de dcscObrtas esuaS apa,Oes.Examina os processosde g10baliz,O quc marglnalizavam cagOra am,a,aFn tOrnar insigniflcantespses c PovoS inteirOs cxcls das redesde infO.111.MOa quc,nasonomi,vm9adas,a produo Se cOncentrahttc ett uma Pl:11,Struidad,popula9 06m idadentrc 250 40 anoitas ec66mitt POdem abii ttaO dcVtt ter9o 6u ttaiS de sua populttao.Slgere qic o rcsultado desta tcttdenciaprOgrc6siva po4nSCr o d,,,,P,goem masta ml,sim a flexiba9extre::l n"tt,nta.O autOr cOnclui examinands efei

    |l t impliCa,611 da transfOrha,tecl

  • Manuel Castells

    A SOCIEDADE EM REDEVolume I

    6a edi9ao totalmente revista e ampliada

    "ff Roneide Venancio Mtter

    com a colabora91o de Klauss Brandini Gerhardt

    AJjzfr 6 jgf Jussara Siln6es

    PAZ E TERRA

  • Manucl CastcllsTraduzidO do origina1 7

    CIPBrasil.CatalogagttO na FOntc

    (Sindicato Nacional dos Editorcs dc Lros,RJ,BraSil)Castells,Manucl,1942-

    A sOcicdade cm rede/ManucI Castells tradu91o:Roncidc Vcmncio MCatualizagttO para 6ediclo:JuSSara Sim6cs

    lA era da infOrm0:eCOnomia,sociedadc c cultural v.1)Slo Paulo:Paz c Tcrra,1999.ISBN 85-219-0329-4

    Indui bibliOgrafla

    C344s

    l.Tccno10gia da infOrma910-Aspcctos sociaiS.2.Tccn010gia da infOrma910__AsPcctOS CCOn6nlicos.3.Socicdadc da inforinaclo.4.Rcdcs dc infOrinaglo

    5Tccn010gia c civiliZa910

    99-0358 CDD-303.483CDU-316.422.44

    EDITORA PAZ E TERRA S/ARua do TriunfO,177

    Santa EFlgenia,slo Pau10,SPCEP:01212-010Tcl.:(011)3337-8399

    Rua Gcncral Vcnancio Flores, 305,sala 904RIo dc JancirO,RJCEP:22441-090

    Tel.:(021)2512-8744

    EmaiL vendas@PazetcrraocomobrHOmc Page:

    Pazeterraocomobr

    2002 ImprcssO no Brasi1/1Br

  • Para Enllna KiselyovaCastells,cuJo amor,trabalho e apoio foram decisivospara a existencia deste livro

  • Slllnrio

    Ilustra95es. 13Tabelas. ... 17Agradecilnentos 2000 . 21

    Agradecimentos 1996... 31

    Preittcio... 35

    Pr61ogo:A Redc e o Ser. " " "

    Tecnologia,sociedade e transfolllla9aO hist6ca... ..

    Infollllacionalismo,industrialismo,capitalismo,estatismo:modos dedesenvolvimento e modos de produ9a

    O infollllacionalisino c arasa capitalista.....

    O Ser na sociedade inforlllacional...

    Algumas palavras sobre o lr16todo .

    Notas. .

    1. A Revolu9ao da Tecnlogia da lnforrna9ao. " 67

    Que reV01u95o?. 67

    Li95cs da Revolu9,o lndustrial.. 71

    A sequencia hist6rica da revolu9ao da tecno10gia da inforllla9aO .. ..- 75

    MaCrOIFllldan9as da llllicroengenharia:eletrOnica c infolllla9'o 76

    A cria9ao da lntemet .... 82

    Tecnologias de rede c a dimsao da computa91o .. 89

    C)divisor tecno16gico dos anos 70. .. 91

    Tecnologias da vida 92

    C)contexto social e a dinamica da transforlna95o tecno16gica.... 96

    ??

    ?

    ??

    5054576062

  • Sumano

    Modelos,atores e locais da revolu9ao da tecnlogia da infolllla9ao... 99C)paradigma da tecnologia da info1la9ao .... 107Notas. 113

    2. A nova econolllia:infollllacionalismo,globaliza9ao,mcionamento ellll rede " "" "" 119

    Produtividade,competitividade c a ccononlia infoll.lacional

    C)enigma da produtividade.... A produtividade baseada enl conhecilnentos 6 especiflca da econolia info1lacional?.. Infollllacionalismo e capitalismo,produtividade e lucratividade...

    A cspeciflcidadc hist6rica do infolll.acionalismo A economia global:esttura,dinanlica c genese...

    Mercados flnanceiros globais. . .

    Globaliza9,o dos rnercados de bens e servi9os:crescimento e transfolllla91o do com6rcio internacional.

    Globaliza9,o"S regionaliza9ao.

    ..

    A intemacionaliza9ao da produ9o:grupos empresarlais rnultinacionais e redes intemacionais de produ9ao.....

    Produ9ao inf.11lacional e globaliza9ao seletiva da ciencia e datecnologiaMao de Obra global?." ..

    A geometria da economia global:settentos e redes A ccononliapolica da globaliza9ao:reestrutura95o capitalista,tecnologia da infolllla950 e politicas estatais.....

    A nova ccononlla. Notas....

    3. A empresa eln rede:a cultura,as institui95es e as organiza95es dacconolllia infoll.lacional. . " " "

    Trttet6as organizacionais na reestmtura9ao do capltalismo e na ttansi9aO dO industrialismo para o info111lacionalismo . 210

    Da produ9,o ellll inaSSa a produ9ao flexivel.. 211A empresa de pequeno porte c a crise da empresa de grande porte:mito e realidade. 212

    120

    122136140142143

    147152

    157

    165170173

    176189203

    209

  • Sllmdo

    Toyotismo":coopera9ao gerentestttrabalhadores,maodeobra rnul

    dhncional,controle de qualidade total e redu9de inceiezas.

    Folllla9aO de redes entre empresas.....

    Alian9as corporativas estrat6gicas

    A empresa hozontal e as redes globais de empresas.. .

    A crise do modelo de empresas verticais e o desenvolviinento dasredes de empresas..

    As redes de redes:o modelo Cisco.......

    A tecnologia da infolllla9aO e a cmpresa enrede.. "

    Cultura,institui95es e organiza9ao economica:redes de empresas do LesteAsittico.

    Tipologia das rcdes de empresas dO]Leste Asiitico. .

    JapaO.....

    Corela......

    China

    Cultura,organiza95es e institui95es:redes de empresas asiaticas eEstado desenvolvilnentista...

    Empresas muhinacionais,cmpresas transnacionais e redes mtemacionais

    C)espirito do infollllaCiOnalismo .

    Notas....

    :Ttt1:::iexivel.. .. " " " ""

    A evolu9ao hist6rica da estrutura oCupacional e do emprego nos paisescapitalistas avan9ados:oG-7,19202005...

    31Tlloilll1lTf1 Wi2A transfolll.a9da esmma do emprego,1920-1970o1970-1990 272

    A nova cstrutura ocupacional..... 2800 amadurecillllento da sociedade infollllacional:proJe9oes de emprego para o s6culo XXI . 286Resumo:a cvolu95o da estrutura do emprego e suas consequenciaspara uma anllise comparativa da sociedade infolllacional..... . 292

    214217220221

    223225229

    233234235236238

    239250254259

    265

    266

  • Sumallo

    Htt uma for9a de trabalho global? 297C)processo de lrabalho no paradigma info11lacional... .. 3040s efeitos da tecnologia da info.11la91o SObre o rnercado de lFabalho:rumoa uma sociedade senl empregos?..... 3160 trabalho e a divisao infO.11lacional:trabalhadores dejornada flexel329A tecnologia da info.11la9C a reestrutura9ao das rela95es capital-lrabalho:dualismo social ou sociedades fragmentadas?. 345Notas..... 351Apendice A:Tabelas de dados estatfsticos referentes ao capulo 4. 357Apendice]B:(bselva96es rnetodo16gicas e dados estatrsticos para anllisedo rnercado de trabalho e composi9aO das categoas profissionais nos pafses do G-7,1920-2005.. - 393Nota. 412

    5 A cultura da virtualidade real:a integra9o da comunica91o eletrOnica,o fim da audiencia de massa c o surgimento de redes interativas.... 413Da gal`xia de Gutenberg a gal`xia de McLuhan:o surgilnento da culturados lneios de comunica91o de massa. .. 415A nova nudia c a diverslflca9ao da audiencla de massa . 422Comunica9o lnediada por computadores,controle institucional,redes soclals e comunldades vrtuals... " 428

    A hist6ria do Minitel:J'ta`J'r." . 429

    A constela91o da lntemet . 431A sociedade interativa. 442

    A grandO fusaO:a multidia como ambiente simb61ico... 450A cultura da virtualidade real .. .. 459Notas... 462

    6 (D espa9o de fluxos... 467Selwi9os avan9ados,fluxos da info11lagao c a cidade global..... 469C)novo espa9o industrial. . 476C)cotidiano do donucnio eletrOnico:o fim das cidades?. 483

  • Sllmo

    A transfolllla9ao da f0111la urbana:a cidade infollllacional. 488

    Altiina fronteira suburbana dos Estados Unidos....... 488C)challllc eVanescente das cidades europ6ias..." 490

    Urbaniza9,o do terceiro lFlileni:rnegacidades.... 492

    A teoria social de espa9o c a teoria do espa9o de fluxos... 499

    A arquitetura do flm da hist6ria.... 507

    Espa9o de fluxos e espa9o de lugares..... 512

    Nota:.- 518

    7. 0 1ilniar do etemo:tempo intemporal... "" " 523

    Tempo,hist6ria e sociedade . 523

    Tempo como fonte de valor:o cassino global..... - 527

    A ncbilidade dajomada de trabalho c a cmpresa em rede. 5290 encolhimento e a altera9'o do tempo de servi9o. - 531

    A indetellllina95o dos lillllites do ciclo de vida:tendencia para a arrillniasocial?...... 538

    Nega9aO da mOrte..... 544

    Gucras instantaneas... 547

    Tempo viJual... ... 553Tempo,espa9o e sociedade:o limiar do etemo..... 555

    Notas.. 560

    Conclusao:a sOciedade elrl rede .. 565

    Nota... 574Bibliografla...... 577indicc remisso 639

  • 2.1.

    2.2.

    2.3.

    2.4.

    2.5

    2.6

    2.7.

    2.8.

    2.9.

    4.1.

    42.

    43.

    4.4.

    4.5.

    4.6

    4.7.

    Ilustra96es

    Cresciinento da produtividade nos Estados Inidos,1995-1999..

    Estimativa de evolu91o de produtividade nos Estados Unidos,1972-1999.. .

    Crescilnento do cottrcio e dos fluxos de capital,1970-1995 .

    Com6rcio intemacional de bens por nfvel de intensidade tecno16gica,1976/1996.

    Total de investimentos estrangeiros. ..

    Fus6es e aquisi95es intemacionais,1992-1997.. . "

    Participa91o nas exporta95eS . ...

    Parcela de ciescilnento do Setor de alta tecnologia nos IEstadosUnidos,1986-1998..

    Pagamentos de dividendos em declfnio .

    Percentagem de estrangeiros na popula91o dos EUA,1900-1994..Taxas totais de fertilidade para cidadaos dO pafs e estrangeiros,emparses selecionados da OCDE.lndice de crescilnento do emprego,por regiao,1973-1999..

    Trabalhadores elrl lneio expediente na for9a de trabalho empregada nos pafses da OCDE,1993-1998.

    Trabalhadores autOnomos na fotta de trabalho cmpregada nos pafses da OCDE,1983-1993.

    Trabalhadorestemporanos na for9a de trabalho empregada nos pafses da OCDE,1983-1997.

    Fo11aS dC emprego fora do padrao na fOr9a de trabalho empregadanos pses da OCDE,1983-1994.

    133

    135148

    149158159174

    190198298

    299317

    331

    332

    333

    333

  • Sumano

    4.8. EInprego no ramo da rnaode_Obra temporttna nos Estados Unidos,1982-1997...." " 335

    49 Percentagem de califomianos colrl idade para trabalhar contratados enl empregos``tradicionais",1999 336

    4.10 E)istribui95o dos califomianos com idade para(Fabalhar por situa

    9o de emprego``tradicional''e pe11lanencia no emprego,1999_ 3374.11. O IIlercado de trabalho japones no penodo p6sgucra.. 3434.12. Crescilnento anual da produtividade,do emprego e das remunera

    96eS nOS pafses da(DCI)E,1984-1998... 34951. Vendas de mfdia dos principais gmpos en1998..." 4275.2. Alian9as esiagicas entre grupos de collllllllCagaO na Europa,1999. 428

    53. Hospedeiros dc lntemet,19892006... 4325.4 Nomes de donnios CC)NE c conl c6digos dos pafses na lntemet

    por cidade,no lnundo inteiro,Julho de 1999..... 4355.5 Nomes de domfnio CC)NE e conl c6digos de pafses na lntemet por

    cidade,na Am6rica do Norte,julho de 1999. 4365.6. Nomes de donfnio CC)NE c colrl c6digos de pases na lntemet por

    cidade,na Europa,julho de 1999... " 43757. Nomes de donfnio CC)NE e conc6digos de pafses na lntemet por

    cidade,na Asia,JulhO de 1999.... 43861 Maior crescilnento absoluto dos fluxos da infom"ao,1982e1990.. 47162 Exporta95o da info11la91o dos IEUA para os pncipais centros e

    regi5es do lnundo. 47263. Sistema de rela95es entre as caractersticas da ind`stria de tecnolo

    gia da info11la91o o o modelo espacial do setor..... 4796.4. As maiores aglomera95es urbanas do mundo(>10 milh6es dc ha

    bitantes em 1992)".. 49465 Representagao enl diagrama dos pncipais n6s e elos na regiao ur_

    bana dc Pcarl River I)elta... 4966.6 Centro de Kaoshiung .. 5096.7. Saguao do aerOpOrto de lBarcelona. " 51068 Sala dc espera da lDo E.Shaw&Company .. 5116.9. Bellevillc,1999... . " 513

  • Sumarlo

    610 Las Ramblas,Barcelona,1999... 514611. Barcelona:Paseo dc Gracia. " - 515

    612. LRrine,Calif6mia:complexo empresanal....... 516

    7.1. Taxa de participa91o da for9a de trabalho(7b)para hOlrlens de 55-64 anos de idade,cm oito pses,1970-1998.. 537

    7.2 lndice dOs 6bitos oconndos em hospitais enl rela91o ao total de6bitos(%),pOr anO,1947-1987,JapaO.. .. 546

    7.3.6bitOs resultantes de gueras em rela91o)pOpulagao mundial,pord6cada,17202000 .. " 550

  • Tabelas

    2.1. Taxa de produtividade:taxas de crescilnento de produ91o por tra

    balhador..... " 122

    2.2. Produtividade no setor de neg6cios. - 124

    2.3. Evolu91o da produtividade dos setores de neg6cios. .. 128

    2.4. Evolu9ao da produtividade crrl setores nao abertos ao livrc lrlercado.. 129

    2.5 Evolu91o da produtividade dos EUA por setores industriais eperfodos... 135

    2.6. Transa96es intemacionais em obriga95es e a95eS,1970-1996. 143

    2.7 Ativos e passivos estrangeiros como percentual do total de ativos epassivos dos bancos colrlerCials enl pases selecionados,1960-1997.. 144

    2.8. E)ire91o das exporta95es lnundiais,1965-1995 . 150

    2.9 Sedes de gmpos empresarlais e filiais estrangeiras por`ea e pafs. 160

    2.10 Valorizagtto de a95es,1995-1999. 199

    41. Estados Inidos:distribui9aO dO emprego(%)por SetOr produtivo crespectivos subsetores,1920-1991. .. 358

    42. JapaO:distnbui91o do emprego(%)pOr setor produtivo e respectivos subsetores,1920-1990.. 360

    4.3. Alemanha:distribui9o do emprego(%)pOr SetOr produto e respectivos subsetores,1925-1987... 362

    4.4. Franga:distribui92o do emprego(%)pOr setor produtivo e respectivos subsetores,1921-1989. .. . 364

    4.5 Itllia:distribuigao dO emprego(9;)por SetOr produtivo e respectivos subsetores,1921-1990.. .. 366

    4.6 Reino Unido:distribui91o do emprego(%)pOr sctor produtivo erespectivos subsetores,1921-1992. 368

  • Sumarlo

    4.7. Canad`: distribuigao dO emprego(%)por SetOr produtivo e respectivos subsetores,1921-1992. 370

    4.8 Estados Unidos:estatfsticas de'cmprego por setor produtivo,1920-1991.".. " 372

    4.9 Japao:estatrsticas de emprego por setor produtivo,1920-1990. 3734.10 Alemanha:esmFsticas de emprego por setor produtivo,1925-1987._ 3744.11. Franga:estatfsticas de emprego por setor produtivo,1921-1989... 3754.12. It`lia:estaFsticas de emprego por setor produtivo,1921-1990 . 3764.13 Reino lnido:esmFsticas de emprego por setor produtivo,1921-1990 377

    4.14 Canad`:estarsticas de emprego por setor produtivo,1921-1992. 3784.15Composi95o das categorias proissionais em pattes selecionados(%) 379

    416 Estados lnidos:distribui91o do emprego por categoda profissional,1960-1991(%).... 380

    417. JapaO:distribui9ao dO emprego por categoa profissional, 1955-1990(%) 381

    4.18. Alemanha:distribui9ao dO emprego por categonaproflssional,1976-1989(%) 382

    419 Fran9a:distnbui9ao do emprego por categoa profissional,1982-1989(%).- 382

    4.20 GraBretanha:distribui91o do emprego por categoria profissional,1961-1990(%) 383

    4.21. Canad:distribui9aO dO emprego por categoa profissional,1950-1992(%). 383

    4.22. Popula91o de ogem estrangeira residente na lEuropa Ocidental,1950-1990(em milhares dc habitantes,%em rela91o a popula9total).. .. - 384

    423. EInprego na ind`stria por pafses e regi5es pncipais,1970-1997(milhares) 385

    4.24. Fatias de emprego por ramo/ocupagao e gmpo 6tlllco/sexo de todosos trabalhadores dos Estados lnidos,1960-1998(percentual).. _ 386

    4.25. Gastos com tecnologia da info.11la910 por trabalhador(19871994),aumento do mdice de emprego(1987-1994),c mdice de desemprego(1995)por pafS. 387

  • Sumarlo

    Linhas telefOnicas principais por empregado(1986e1993)c hospedeiros de lntemet por l.000 habitantes GaneirO de 1996)por pS

    Indices de empregos de homens e mulheres,15-64 anos de idade,1973-1998(percentual)

    Percentagem de trabalhadores do sistema Cj KO das empre

    SaS Japonesas . "

    Concentra9aO de prOpriedade de a95es por nfvel de renda nos Estados Unidos,1995(percentual)

    Horas anuais trabalhadas por indivfduo,1870-1979... ..."

    Horas potencials de trabalho,1950-1985...

    Dura9e redu91o do tempo de selwi9o,1970-1987..

    Pncipais caractesticas demogr[icas por principais regi5es domundo,1970-1995 .. `Total das taxas de fertilidade de alguns pses industrializados,1901-1985 .

    Prirneiros nascidos vivos por inil mulheres,EUA,por faixa ctdada lnac(30-49 anos)e por ra9a,1960e1990... .. . "

    Compara95es de taxas de mortalidade infantil,pafses selecionados,cstilnativas de 1990-1995.....

    426.

    427.

    428

    4.29.

    71.

    7.2.

    7.3.

    7.4.

    7.5

    7.6.

    7.7.

    388

    389

    390

    391532532534

    540

    541

    542

    557

  • Agradecilnentos 2000

    C)volume quc o leitor tenl elll rnaos 6 uma edi91o substanciallnente revistadeste livro,publicado pela prirneira vez enl novembro de 1996A versaO atual foi

    elaborada c escrita no segundo semestre de 1999Pretende integrar acontecilnen

    tos tecno16gicos,econOmicos e sociais quc aconteceram em fins da d6cada de1990,quc em geral confi11lam os diagn6sticos e progn6sticos apresentados naprilncira edi91oo Nao rnodifiquci os principais elementos da anllise geral,principallnente,porquc acredito quc a argumentagao central ainda se mant6nl conforme apresentada,Inas tamb6m porquc todos os livros pertencem a sua 6poca,cprecisanl ser superados pelo desenvolvilnento e pela retifica91o das id6ias quecontenl,quando o ambiente social e as pesquisas acrescentam infolllla95eS e conhecilnentos novoso A16m disso,ao atualizar algumas das info11la95es,conngi

    alguns eHos e tentei esclarecer,bem como fortalecet a argumenta91o,sempreque possfvel.

    Ao faze_1,aproveitei rnuitos coment`ios,crticas e contnbui95es do rnun

    do inteiro,cm geral expressos de maneira construtiva e cooperativao Ntto possofazerjusd9a)riqueza do debate quc este livro engendrou,para grande surpresaminhao S6 quero expressar lFunha gratidao sincera aos leitores,aos resenhadorese aos crfticos,quc empenharam seu tempo pensando nas quest5es analisadas nestas piginas.Ntto posso afimar que tomei cOnhecilnento de todos os cOmentanose de todas as discuss6es,em diversos pafses e em lfnguas que nao entendOo Por61,ao agradecer as institui95es e aos indivfduos quc,cOnl Seus comentanos ccom os debates quc organizaram,me audaram a compreender melhor as quest6es de que tratei neste livro,tamb6m quero agradecer a todos os leitores,ccolrlentadores,onde quer quc estaam e quclm quer que seJalll.

    IIn prilneiro lugar,cu gostaa de expressar minha gratidao a in`merOsresenhadores caS id6ias foram fundamentais para minha pr6pria compreentto epelaretifica9ao de alguns elementos da lrllnha pesquisao Entre eles estao:AnthonyGiddens,Alain Touraine,Anthony Smith,Pcter Hall,Bcttamin Barbet RogerPol Droit,Chris Freeman,Ittdshan Kumar,Stephen Jones,Frank Webster,Sophic

  • Agradecilnentos

    Watson,Stephen Cisler,Felix Stalder,David Lyon,Craig CalhOun,JeffreyHenderson,Zyg]munt Baulrlan,Jay Ogilvy,Cliff Bamey,Mark Willialms,AlbertoMelucci,Anthony Omnl,Tilrl Jordan,Rowan lreland,Janet Abu]Lughod,CharlesTilly,Mary Kaldor,Anne Maric Guillemard,Bernard Benhamou,JOse E.Rodriguez lbanez,Ralrlon Ralnos,Jose Felix Tezanos,SvenEc Liedman,MarkkuWillennius,Andres Ortega,Alberto Catena c Emilio dc lpola.QuerO agradecer

    gas que organizaram as pIneiras apresenta95eS desteem especial aos ttes colelivro,inaugurando,assiln,o debate:Michael Burawoy em Berkeley,Bob Catterallem Oxford c lda Susser em Nova York

    Tamb6m sou grato)s in`meras institui95es academicas que me cOnvidaranl,entre 1996 e 2000,para submeter a pesquisa apresentada neste livro a crdcaacadenlica c,pncipallnente a todas as pessoas que compareceram as IIlinhaspalestras e semindos,e contnbufranl conl seus coment:ios pertinentes.

    O livro foi apresentado e debatido,cm ordem crono16gica,nas seguintesuniversidades:University of CalifbJmia em Berkeley;Oxford University;CityUniversity de Nova York,Graduate Center;ConsaO supeor de lnvestigacionesCientficas,Barcelona;Universidad de Sevilla;Universidad de Oviedo;1niversitatAutonoma de Barcelona;Institute of Econonucs,Russian Academy of Sciences,Novosibirsk;rhe Netherlands IDesign lnstitute, Amsterdanl; CambridgeUniversity;University College,Londres;SITRAHelsinki;Stanford University;Hanrdlniversity;Cit6 des Sciences et de l'Industrie,Pans;Tate Gallery,Londres;1niversidad de Buenos Aires;Universidad de San Simon,Cochabamba;Universidad de San Andres,]La Paz; Centre Europ6en des Recoversions etMutations,Luxembourg;University of Califomia cm Davis;Universidade Federal do Rio de Janeiro;Universidade de Sao Pau10;Programa de Naciones Unidaspara el lDesarro1lo,Santiago do Chile;1niversity of Califomia em San E)iego;Higher School of Econonlics,Moscou;e lDuke lniverSity.Tamb6m quero agradecer as muitas outras institui95es que me convidaram para compartilhar meutrabalho conl elas nesses quatro anos,cmbora cu nao tenha podido coHespondera sua gentileza.

    Dedico rnen9o especial ao rneu amigo e colega Martin Cttoy da StanfordUniversity por considerar nossa contfnua intera91o intelectual importantfssilnapara o desenvolvilnento e a retifica9ao de lrlinhas id6iaso Sua contnbui9ao narevisao do capttulo 4(sobre trabalho e emprego)do VOlume l foi essencialo Tamb6m os meus amigos e cOlegas de Barcelona,Marina Subirats e Jordi Botta,foranl,assinl comO durante a maior parte da lFlinha vida,fontes de inspira9oede crfticas construtivas

    Tamb6m quero agradecer a nlinha fadia,principal fbnte da nlinha fotta

  • Agradecimentos

    El prirneiro lugar,a lrunha esposa,EIIma Kiselyova,pelo apoio,pelo amore pela inteligencia,e paciencia,cmmeioaoperodomaisjttuoparan6slois,pOrsua detellllina91o em me rnanter concentrado no assunto,e nao na fama.A nlinhalha,Nua,quc,durante esses anos,conseguiu dar apoio ao pai a diStancia,enquanto produzia uma tese de doutorado e gerava unl segundo filhoo A nlinhai11la,Irene,que nunca deixou de ser nunha consciencia crticao A minha filha

    adotiva,Lena,quc enriqucceu nlinha vida conl cttnnho e sensibilidade.Ao meugenro,Jose del Rocio Millan,c ao meu cunhado,Josc IBailo,com quem passeimuitas horas conversando sobre nosso lrabalho e nossa vidao E,por`ltimo,Inasdecerto nao lnenOs importante,a fonte de alega da rninha vida,rncus netos Cla

    ra,Gabel e SashaTamb6m agradecer a minha resora,Sue Ashton,ctta COntribui91o foi es

    sencial para dar ordenl e clareza ao livro,tanto na prneira quanto na segundaedi91o.Tamb6m quero agradecer ao pessoal de produ91o,promo92o C editoalda minha editora,Blackwell,c especiallnente a lLouise Spencely,Loma lBcrett,Sarah Falkus,Jill Landeryou,Karen Gibson,Nicola Boulton,Joanna Pyke e seuscolegaso Seus empenhos pessoais neste livro ullrapassaranl lnuito as no11las do

    profissionalismo no lnundo editoal.

    QuantO aOs lrleus II16dicos,personagens pncipais dos agradeciinentos daminha trilogia,derancontinuidade a seu trabalho excepcional,Inantendolrle em

    pleno curso durante esses anos tao impOrtantes.Gostana de reiterar minha gratidaO aOs doutores Peter Coll e James Davis, ambos do Medical Center daUniversity of Califomia cm San Francisco

    Por finl,quero expressar minha profunda c genufna surpresa conl o interesse gerado no mundo inteiro por este livro tao acadelrllc,nao s6 nos cfrculosuniversitos,rnas tamb6l na imprensa,c entre o p`blico enl geralo Sei quc issonaO tem tanta relagtto conl a qualidade do livro quanto conl a importancia fundamental das quest6es que tentei analisar:estamos vivendo nunl mundo novo,cprecisamos de novo entendilnentoo Poder contnbu,com toda mod6stia,no processo de constru910 de tal entendilrlento 6 nunha`nica ambi9o,c a verdadeira

    motivagao para prosseguir no trabalho de que ine enctteguci,enquanto minhasfor9as o pe

    ntirem

    Jaj2BrJJ

  • Agradecilnentos

    C)autor e os editores agradecem a pen[ussao das seguintes editoras para areprodu9ao de inateal protegido por direitos autorais:

    The Association of AInecan Geographers:Fig61``Maior crescilnento absoluto dos fluxos da info11la91o,1982e1990'',Irg`sbsJgJjtjf982f99,"Dados da Federal Express,elaborada por Ro L MichelsoneJ.0Wheeler,``Theow ofinfo11lation in a global economy:the role of theAmerican urban systern in 1990,"AJs(`

    Assjj 6A

    `rj

    Gg,84:1Copyright1994 The Association ofAlnecan Geographers,Washington DC.

    The Association of Amecan Geographers:Fig.62`rttf jrfs E1/A,srjttjS CS

    gjs

    ",dados da Federal

    Express,1990,elaborada por by Ro Lo Michelson e J.0Wheeler,``The flow ofinfo11lation in a global economy:the role ofthe AInecan urban system in 1990,''AJs 9

    `AssJjAtt G`gr`,84:1.Copyright1994

    The Association of Amecan Geographers,Washington DC

    Business Weck:Tabela 2.10``lttJrJzf f`s, f995-f999:s f`S2

    Js s Jrrts`gSn ( Pr 5''Bloomberg FinancialMarkets,compilada por Bsjss

    `Copyright1999 McGraw Hill,Nova

    York.

    University of Califomia Fig4.9P`"g`

    JjS C

    J

    rbJr rdOgs `JjJs', f999" Copyright(0 1999

    University of Califonlia c The Field lnstitute,San Francisco.

    University of Califomia:Fig4.10DjsrjbjS CJj

    j

    rbJrr sjf`

    g `rjjJ'` 4j

    g,f999"Copyght)1999 University of Califonlia c The Field lnstitute,SanFranclsco.

    University of Califomia Library:Fig4.11 bJ

    rsgrr", Yuko Aoyama, ``Locational strategies of Japanesemultinational corporations in electronics,''Tese de doutorado da University ofCalifomia,elaborada com info.11la95eS daAgenenciadc PlanttamentO EconOmico do Japao,(3jj

    d sj j,,1989,p.99,fig41.

  • Agradecilnentos

    CEPII-OFCE:Tabela 2.3EJf jjJJ`s sl7S

    `gjs

    (%Ztt2jjO J'',base de dados do modelo MIMO

    SA.Copyght O CEPII-OFCE.

    CEPII-OFCE:Tabela 2.4Jf jjJ`sSO b`r"s

    Jj(%jj`` scj`"

    J",base de dados do

    lrlodelo MIMOSA.Copyght O CEPII-OFCE.

    The Chinese University Press:Fig65Rsfjgrjsrj4j

    MIrttiHOng Kong.

    Tabda4.29 extrttldeLawrenccMiShel,JaredBerllstein eJohn Schitt,cEconorrllc

    Iu m 1 R1999Cmd

    Defence Research EstablishIIlent Ottawa:Fig7.3bj,snsJsgr

    f :. =

    'Z'

    LLsC7jf72f985,Reportto National Defense,Canadao Copynght

    1985 0perational Research and Analysis Establishment,Ottawa

    W F :Bemstein e John Schmitt dos dados do Bureau of Labor Statisdcs,b SUgArj f998-99COpyright(D Cornell University Press/EconolrlicPolicy lnstitute,Ithaca c Londres.

    com pe11lisslo da editora.

    F}li':':

    Londres(20 de novembro)Reimpressa colm perlmsstto da editora.

  • Agradecilnentos

    The Econolllllst Fig.51bszjsS gr,`

    f998",relattos das empresas:Veronis,Suhler and Associates;Zenith Media;WarburgDillonRcad;elaboradapor ZttE

    1,p.62.Copynght 1999LcEcollolrllSt,

    Londres(1l de dezembro).Reimpressa com pessda editora

    The Economist Fig.52`Jjgas sgjS grs( jE

    f999'',Warburg I)illon Rcad,elaborada por 7`Ec,1,p62.Copyright

    1999 The Economist,Londres(1l de dezembro)Reimpressa com pemissaoda editora.

    Halvard University Press:Fig4.3j scj` g,r

    gjO,f973-f999'';foi publicada uma versao anteor desta figura enl SsjbJFJjbjJj,OCDE/GD(97)48;elaborada por Martin Camoy in Ssttjjg Ec

    brF

    jJy C

    jj"

    jAg,Cambdge,Mass:Harvard University Press,Copyright)2000 de Russell Sage Foundation.

    Halward University Press:Fig44bJs`jO`

    j4`rbJ gstts CDE:f993-f998",foi publicada uma

    versaO anteor desta figura em Ssttj4bJ`FJjbjJj,OCDE/GD(97)48;elaborada por Martin Carlloy in SsttjJg`N

    E:1

    'r,FjJyl

    C

    jJ tt L"tjOAg`,Cambdge,Mass.:Halvard University Press,

    Copyright()2000 de Russell Sage Foundation.

    Havard University Press:Fig4.54bJs0sb

    `gs

    `s CDtt f983f995'',foi publicada ulma versaO an

    teor desta figura em SsttjbJ`FJjbjJj,OCDE/GD(97)48;elaborada porMartin Coyin Ssjjg NE

    rbr,F

    JJy C

    jj

    ,rjAg`,Cambdge,Mass.:Harvard University Press,Copyght2000 de Russell Sage Foundation.

    Harvard University Press:Fig4.6obJs ttS4

    bJ gs`s CDE,f983-f997'',foi publicada uma verso

    anteor desta figura cm SsttjbJ FJjbjJj,OCDE/GD(97)48;elaborada porMartin Coy in Ssttjjg

    `NE

    br,F

    jC

    jj

    0j Ag`,Cambdge,Mass.:Httard University Press,Copyright 2000 de Russell Sage Foundation.

  • Agradecilnentos

    Halward University Press:Fig.47Ftts 'g ra~`bJ`

    gStts (9CDE,f983-f99",foi publicada umaversaO anteor desta figura em SsjbJ FJjbjJj,OCDE/GD(97)48;elaborada por Martin Camoy in Ssjg` N E

    yr lr,FjJy

    C

    jj tt L"j Ag,Cambridge,Mass.:Httard University Press,

    Copyright C)2000 de Russell Sage Foundation.

    Halvard University Press:Fig4.12 C`s

    j'4J

    jjd,

    g`S

    JfS S`S

    CDE,f98998'',dadosda OECD,compilados e elaborador por Martin Cttoy in Ssjjg Ne"Ec

    yr

    Wr,FjC

    jj`L

    ZjAg`,Cambdge,Mass.:HalwardUniversity Press,Copyght C)2000 de Russell Sage Foundation

    Halward University Press:Fig7.1brjf 4`bJ(%,2

    s

    `556sj,

    j` s,f97

    f998'',A.M.Guillemard,Travailleurs vieillissants et rnarch6 du travail en]Europe,''}jJ

    j,setembro de 1993,c Martin Carnoy in Ssjjg Ne",Ectyf

    EjJy C

    jjL

    "CjAg,Cambdge,Mass.:Halward

    University Press,Copyright)2000 de Russell Sage Foundation.

    Haward Unersity Press:Tabela 4.23Eg j4srjrtts

    gjsrjjS,970-f997(jJS''',Intemational Labor Office,SjsjJrb,1986,1988,1994,1995,1996,1997;()ECD,ab

    r F SjsjS,

    f977-f997(PariS:OECD,1998);OECD,Maj EjjrliS"cJ

    Sljsjs,f962-f99f(PariS:OECD,1993),colmpilada c elaborada por MartinCttoy in Ssttjjg tt A E lr,F

    jC

    j j

    ,rjAg,Cambridge,Mass.:Halvard University Press,Copyright 2000de Russell Sage Foundation

    Halward University Press:Tabela 4.24Fjs`` g

    r rag`

    gr jCa/g s sbJss Essjs,f96f998(%",US Department of Corrmerce,Bureau of the Census,I PS4J,SP9

    Jj Ccs"s,f96,f9,compilada por Martin Cttoy in Ssjjg

    `` E

    y br,F

    jC

    j j `Or

    jAg,Cambdge,Mass.:Halward University Press,Copyght2000 de Russell SageFoundation.

    Httard University Press:Tabela 425Gstts Jglia j73g

    rbJrff987-f99,

    "

    O ttJli`?g ff987f99,`Jli`

  • Agradecilentos

    sg(f995,r",ounda de OECD,77j

    '

    Jgyf995(PariS:OECD,1996,fig2.1);crescimento do emprego de OECD,

    Lbr Fr

    `Sjsjs, f9799;fndices de desemprego da OECD,

    J9`

    J(July 1996),compilada c elaborada por Martin Cttnoy in

    Ssttjjg tt iE

    rbrF

    jC

    JJ`

    jO

    Ag,Cambdge,Mass.:Httard University Press,Copyght()2000 de RussellSage Foundation.

    Harvard University Press:Tabela 4.26LjsJjSprJJsr 7g(f986`f993, ,ajs2Or fo ttbjs jf99r'',ITSJsJJ tt]tt f995,pp.270-5;Sam Paltridge,Howcompetition helps thc lntemet'',ECttD bs`

    `r,nQ 201(agOSet)1996,p.201;

    OECD,,rajJgy

    J,1995,fig3.5,compilada c elaborada por Martin Coy in SsJjg

    ` Ecyf lttr,F

    jJy C

    J j ttzj Ag(no

    pre10),Cambdge,Mass.:Httard University Press,Copyght 0 2000 de RussellSage Foundation

    Halward University Press:Table 4.27js gs`s`

    J

    f5-6 j`,f973-f998(%",OECD,EJ

    JGulho

    de 1996,tabela A);OECD,JJcunhO de 1999,tabela B),com

    pllada por Martin Coy ln Ss"jg tt NEfbr,F

    JJy

    C

    jjjAg`,Cambridge,Mass.:Halward University Press,Copyght C)2000 de Russell Sage Foundation.

    HumboldtUniversitat zu Berlin:Tabela 7.2``HOttjS`rbJtt,f95

    f985",Ko Schuldt, ``Soziale und konolrlische Gestaltung der Elemente derLebensarbeitzeit der Werktatigen,''tese nao publicada,p.43.Copyght(D1990HumboldtUniversitat zu Berlin,Berlin.

    Iwananli Shoten Publishers:Tabela 4.28``Percentagenl de trabalhadores do sistema Chuki Koyo das empresas japonesas'',Masami Nomura,

    sj .

    Copyght()1994 1wanalrli Shoten,T6quio.

    Intemational Labour Organization:Fig4.2hasJs rjJj jdas``s

    gj`S S

    JJs CDE'',SOPEM1/OECD,elaborada por R Stalke

    `I S

    gS

    jJ Lab

    r

    MigrjCopyght(D1994 1ntemational Labour Organization,Genebra.

  • Agradecilnentos

    Kobe College:Fig7.2``jsbj"s rrjOs`jttjs Jf

    J`

    bjs(%,,r ,f97-f987",Koichiri Kuroda,``Medicalization ofdeath:changes in site of death in Japan after World War Two'',trabalho de pesquisa nao publicado,1990,I)epartrnent of lntercultural Studies,Kobe College,Hyogo.

    MIT Press:Fig611``B`JPs` Gttj'',Allan Jacobs,GS

    `

    Copyjght()1993 MIT Press,Cambridge,MA.

    MIT Press:Fig6.12Ij,CJjr

    J`J",Allan Jacobs,

    GS`COpyright 1993 MIT Press,Cambridge,MA.

    Notisum AB:Tabela 7.3Drf f n,jf,f9f987",

    L.0Pettersson,Arbetstider i tolv Lander'',Ss6Jjgjgar,53.

    Copyght()1989 Notisulll AB,Frlunda.

    OECDo Tabela 2.2Pjj%s`rgjs"in ECO

    j

    JO,

    junhoo Copyght1995 0ECD,Paris.

    Polity Press:Tabela 2.6}sfsr4jjS bgfs`f`S,19

    f996",IMF 1997, rJEtj(9`JO

    GJbJjzjr(gJJ`g`s

    OrjjS,Washington,DC,p.60,colrlpilada por David Held,Anthony

    McGrew,Dad Goldblatt e Jonathan Pcraton,GJbJ,rzjs,p.224.Copyright1999 Polity/Stanford University Press,Calmbridge.Reimpressa corrlpe11lissaO da editora.

    Polity Press:Tabela 2.7 `js`jS Jrgjs 0

    `J dO

    Jjs pssjS dOS bs jjS

    tts sJ`jds, f96

    f997",oundadeIMEjOJ FlijJ SjsjS krb(vttOS anOs),claborada por David Hcld,Anthony McGrew,David Goldblatt e Jonathan Pcraton,GJbJJbrjs,p227.Copyght1999 Polity/Stanford UniversityPress,Cambdgeo Reimpressa com perussaO da editora.

    Polity Press:Tabela 2.8Dj]g s crgsjjs,f965-f995 o

    "gJ

    jJ",Oriunda deIME DJj dS"jsjs tttt

    (V:10S anOs),clabOrada por David Hcld,Anthony McGrew,David Goldblatt eJonathan Pcraton,GJbJ4Jrajs,p.172.Copyght1999 Polity/Stanford University Press,Cambdgeo Reimpressa com pe

    ussaO da editora.

  • Agradecimentos

    Polity Press:Table 29M grs 7sttJs`Jjj Sgjsr',UNCTAD,1997(rJS72`R`rrsjJC4

    js,frSr

    C,jjPJj(),1998,compilada por

    David Held,AnthOny McGrew,David Goldblatt e Jonathan PeFatOn,GJbJa4Jbjs,p.245Copyght)1999 Polity/Stanford University Press,Cambdgeo Reimpressa com pengussaO da editora

    Population Council:Tabela 4.22PJf`

    gsg`jr,sj

    E jf9599'',H.Fassmann e Ro Minz,``Pattems and trends ofintemational nugration in Westem Europe,"Pc

    j DJq

    R`j,

    18:3.Copyght()1992 Population Council,Nova York

    Routledge:Fig2.8 PaJ sJ dos`r J`Jgj s Es

    `

    dos iids,f986-f998",US Conunerce Department,claborada por MichaelJ.Mandel em seu artigoMceting the challenge ofthe new economy",cm)J

    `rj,

    Wintet edi9oJj`

    Copyght(D1999 Routledge,Londres.

    Statistics Bureau and Statistics Center:Tabela 417JsbJg

    gr grj,sSjf955-99"SJsjJtt6 .Copyght1991 Statistics Bureau and Statistics Center9 Tokyoo Reilnpressocom pe[ussao da editOra.

    Fizemos o possfvel para localizar os propnetdos dos direitos autoraiso Casohtta nOtifica92o,os editores teraO prazer em retificar quaisquer erros ou omiss6es da lista aciina na prneira oportunidade

  • Agradecilnentos 1996

    A elabora91o deste livro levou 12 anos,pois lrlinha pesquisa e redagaotentavam alcangar um otteto de estudo que se expandia mais rapldamente qucminha capacidade de trabalhoo C)fato de cu ter conseguido chegar a alguma forma de conclusao,apesar de conJetural,resulta da coopera9ao,aJuda c apoio devmas pessoas e institui95es.

    Minha prilneira c mais profunda cxpressaO de gratido vai para EmmaKiselyova,que colaborou de fo11la decisiva na obten92o de info.11la95es paravanos capftulos e quc ttudOu na elabora91o do livro,assegurando o acesso alfnguas que nao conhe90,comentando,avaliando e aconselhando durante o dcsenvolvilnento de todo o manuscrito.

    Tamb6m qucro agradecer aos organizadores destes quatro f6uns excepcio

    nais em quc as principais id6ias do livro foram discutidas em profundidade,cdevidamente retificadas,enl 19945,no estigio final de sua elabora9ao:a sessao

    =l :

    logia,cm Berkeley,organizado por]Loic Wacquant;o seminHo intemacionalsobre as novas tendencias lnundiais organizado em Braslqia por ocasiaO da pOssede Femando Henrique Cardoso como presidente do]Brasil;e a s6e de scIIlln`rios sobre o livro,na Universidade Hitotsubashi em T6quio,organizadaporShttiroYazawa.

    Vos colegas de diversos pafses fizeranl uma leitura cuidadosa dos rascunhos de todo o livro ou de capftulos especfficos e gastaralrl tempo considerivelenl comentarlos que levaranl a revis5es extensas e substancials do texto.Os erosque restaram no livro saO tOtallnente meus.Muitas contnbui95es positivas saodeles,QuerO agradecer o esfor9o dos colegas Stephen So Cohen,Martin Caoy,

    Alain Touraine,Anthony Giddens,Daniel Bell,Jesus Lcal,Shiro Yazawa,PcterHall,ChuoC HSia,Youden Hsing,Fran9ois Btt Michael Bttms,Harley Shaiken,Claude Fischer,Nicole WoolseyBiggart,Bennett Harrison,Anne Maric

  • Agradecilnentos

    Guillemard,Richard Nelson,Loic Wacquant,Ida Susser, Femando Calderon,Roberto Lasema,AlandrO Foxley,John UHy,Guy Benveniste,Katherine Burlen,Vincente NavaFo,Dieter Ernst,Padmanabha Gopinath,Franz Lciner,JuliaTrilling,Robert Benson,David Lyon c Melvin]anzberg.

    Durante os`ltimos doze anos,diversas institui95es serviram de base paraeste trabalho.Ern pilneiro lugar,linha residencia intelectual,alniversidade daCalif6mia cm Berkeley e,mais especificamente,as unidades academicas ondetrabalhei:Departamento dc PlaneJamento Reglonal e Urbano,IDepartamento deSociologia,Centro de Estudos sobre a Europa Ocidental,Instituto de Desenvolvilnento lrbano e Regional,Mesa Redonda de Berkeley sobre a Econonlia lnternacional.Todos lne aJudaranl e contnbufranl para a pesquisa conl apoio lnatedale institucional e proporcionando o ambiente adequado parapensar,imaginar,ousar,investigar,discutir e escreveUma parte fundamental deste ambiente e,portanto,de lFlinha compreensaO dO mundo 6 a inteligencia c abertura de ineus alunos dep6sgradua91o conl quenltive a felicidade de interagiAlguns deles foram muitoprestativos como auxlliares de pesquisa cuJa cOntnbu19ao para esta obra tamb6mdeve ser reconhecida: Youtien Hsing,Roberto Lasema,Yuko Aoyama,ChrisBenner e Sandra Moogo Gostttna,ainda,de agradecer a valiosa assisCncia depesquisa recebida de Kekuci Hasegawa da Universidade Hitotsubashi.

    Outras institui95es de vos pafses tamb6m deram grande apOiO a condu_910 da pesquisa apresentada neste livroo Ao mencionl-las,estendo llunha gratidaO a seus diretores,benl como a rnuitos colegas dessas insitui95es que lne passaraln ensinalnentos sobre o quc escrevi nesta obrao Sao elas:Instituto de Sociologfade Nuevas Tecnologfas,Universidad Aut6noma de Madrid;Instituto lntemacional de Estudos sobre o Trabalho,Organiza91o lntemacional do rrrabalhO,Genebra;Associagao SOci016gica Sovi6tica(pOSterio11lente Russa);Instituto de Economia c]Engenhana lndustrlal;Sucursal Sibeana da Academia de Ciencias daURSS(poSte011lente da R`ssia);UniVersidad Mayor de San Sinlon,Cochabamba,IBolfvia;Instituto de lnvestigaci6nes Sociales,Universidad NacionalAut6noma dc Mexico;Centro de Estudos Irbanos,Universidade de Hong Kong;Centro de Estudos Avan9ados,Universidade Nacional de Cingapura;Instituto deTecnologia c IEcononua lntemacional,o Conselho de Estado,Pequinl;1niversidade Nacional de Taiwan,Taipei;o lnstituto Coreano dc Pesquisa sobre Assentamento Humano,Scul;e Faculdade de Estudos Sociais,Universidade Hitotsubashi,T6quio.

    Reservo um agradecimento especial para John Davey,diretor editoal daBlackwell,cuJa intera9ao intelectual e crftica constmtiva tenl representado umacontrlbui95o preciosa para o desenvolvilnento de meu lrabalho h`mais de vinte

  • Agradecimentos

    anos,udandOme em situa95es aparentemente sem safda c sempre merelembrando que livros sao feitOs para comunicar id6ias,e nao para impirnirpalavras.

    Por`ltimo,Inas nao menOs importante,quero agradecer a meus ln6dicos,DLawrence Werboff e lDJames IDavis,ambos dalniversidade da Calif6miae do Hospital Mount Zion em So Francisco,ctta aSSiStencia e profissionalismome deram tempo c energia para te11linar este c talvez outros trabalhos.

    Marf f9963ttJO CJj

  • PreJMclo

    Fer4O Hcrj9`CaOs

    Para os quc,como cu,j`conhecem e admiram de longa data o trabalho deManuel Castells,nao hi nenhuma surpresa na abrangencia de visao ou no volumede infolllla95eS apresentado nesta sua nova obra,que ser`,senl d6vida,um marconos esfor9os intelectuais para a compreensao de nOssa 6poca e seus desafios.Encontramos,aqui,a mesmaqucza de an`lise,a mesma precisao conceitual,ancorada cm uma utiliza9ao inteligente de dados empflcos e de desc9,o deprocessos hist6cos.

    Entre os maiores m6ritos de Castells est`o de nao fazer concess6es compartimentaliza9,o dO Saber.Aceita c encara de frente aquilo que 6 talvez odesafio maior de toda an`lise social:o de encontrar os conceitos que perIIlitamentender a maneira pela qual os diversos nfveis de expeencia humana,processos econOIFliCOS,tecno16gicos,culturais e policos interagenl para confo11lar,emum detellllinado momento hist6rico,uma cstrutura social especffica.H`ar umapreocupa91o de interdisciplinaridadc(talvez fosse mais apropriado falar de umapaixtto da interdisciplinadadc)que faz lembrar a facilidade com que Webertransitava,por exemplo,da hist6ria cconOmica para a sociologia das religi6es e viceversao Nao 6 por acaso que outros,como Anthony Giddens,j`compararam oesfor9o atual de Castells ao`

    r webeano no cllssico Eczj

    SJ. precisalllente por aceitar o desafio de uIIla anllise abrangente e

    multissetoal que o texto de Castells,a16m de ganhar em densidade academica,se toma especialmente relevante para os que develrl tomar decis6es praticas nacondu9ao de assuntos de govemo

    De fato,a decisao p01ica imp6c aos quc a tomanl um imperativo incontorn`vel de intersdisciplinaridadeo Nada 6 1nais alheio ao mundo da polica do quea unilateralidade,a vistto parcial,o universal abstrato.Os que sao respOns`veispor decis6es sabem quc o econolrlicismo 6 tao mau cOnselheiro quanto ov61untarlsmo polico ou qualquer outro vi6s reducionista da expedencia huma_na. indispens`vel um enfoque capaz de agregar as diversas dimens6es.

  • Precio

    nesse sentido que se constr6i o itinerdo da investiga91o de Castells neste livro.Encontra no paradigma tecno16glco baseado na informagao os pnnclplosorganizadores dc um novoInodo de desenvolvilnento",quc nao se substitui aomodo de produ91o capitalista,Inas lhe d`nova face e contrlbui de fo11la decisivapara definir os tra9os distintivos das sociedades do flnal do s6culo XXo A an41isese desdobra na identifica9o de uma nova cstrutura social,Irlarcada pela presen9ac o funcionamento de unsistema de redes interligadas

    Essa intui91o central,constllfda elrl torno da no92o doinfollllacionalismo'',di a Castells a chave para reinar(ectiCar)a tradi91o de pensamento sobreo``p6sindustrialismo"e para ilunlinar,enl novos angulos,alguns dos problemascentrais de nosso tempo,como a oposi91o entre homogeneiza91o soCial(COnsc_qiiencia da globaliza9ao dos padr6es de intera91o organizados elrl redes que desconhecem fronteiras e nacionalidades)e diVersidade cultural,as transfo11la95esestruturais do emprego c a sua conseqiiencia para a vulnerabilidade da maode_obra,as novas priticas empresariais ou a nova divisaO intemacional do trabalho,quc se revela ao mesmo tempo ulrlrnecanismo de inclusao e de exclusao social.

    A partir dessa base,Castells encontra unl novo veio para a reflexaO sObre otema da globaliza91o,a Situa91o dos Estados nacionais e a sua capacidade deatuar para a promo95o do desenvolvilnento.Os dois volumes seguintes(9 1P

    `ra Ij e

    Jj,ctta edi910 brasileirari em breve,ampliam

    o escopo da an`lise,trazendo a tona as conseqiiencias do novo paradigma econ6-nlicotecno16gico para as institui95es sociais e poltticas,assincomo para o devirhist6co nesse final de s6culo.

    Castells nos adverte,no fundo,de quc 6 preciso levar a s6o as lnudan9asintroduzidas em nosso padrao de sOciabilidade enl razao das transforma95estecno16gicas e econOnlicas que fazem com quc a rela9o dos indivfduos e dapr6pa sociedade com o processo de inova91o t6cnica tenha sofrido altera95esconslderavels.

    E cssas altera95es SaonOs mOstradas e explicadas com o talento de qucmsabe combinar a elabora9ao te6ca mais abstrata com a descri91o de Situa95es efatos especfficos quc ilustranl e dao o sentidO mais pleno da teoria.Essa combinagaO assegura a Castells uma sensibilidade para os aspectos lnenos 6bvios,rnasnaO pOrissO rnenos importantes,dos deslocamentos e lFanSfO11la95es da sociabilidade contemporanea.

    Isso 6 evidente,por exemplo,na sua anilise da maneira pela qual o novofo11lato de organiza9ao social__j`dadC

    dc,baseada no paradigma

    cconOlrlicotecno16gico da info11la9ao se lraduz,nao apenas em novas priticassociais,mas enl altera95es da pr6pria vivencia do espa9o e do tempo como para

  • Preficio

    metros da cxperiencia social. Apresentalrlse,af, as id6ias de ulllespa9o defluxos''e de um``tempo intemporal'',que dao a castells a moldura para umaagu9ada fenomenologia da vida social no final do s6culo XX,na qual adquiremnovo sentido realidades aparentemente ttto dfspares como a arquitetura p6smo

    derna,a telefonia m6vel ou as opera96eS elFl tempo real no mercado financeirointernacional.

    A an`lise de Castells desenha, assiln,os contornos de uma sociedadeglobalizada c centrada no uso e aplica91o da infoma9aO e na qual a divisaO dOtr)alho sc efetua,nao tantO segundo jurisdi95es tedtoais(embOra isso tamb6m continuc a ocorer),mas sObretudo segundo um padrao complexO de redesinterligadas.Ii nessa sociedade que vivemos c ela 6 a que devemos conhecer sequiselllloS que nossa agtto stta ao mesmO tempo relevante e respons`vel.

    Nao deixa de chamar a aten95o o fato de quc um livro dedicado a descrevere analisar uma morfologia social enraizada na centralidade da informa91o e doconhecimento saa,ele pr6po,taoco em informa95es e tao versitil em seuprocessamentoo Aprendese muito lendo os relatos de Castells sobre os processos que levaram)afirma91o daquilo quc ele identifica como um novo paradigmao C)volume 6 alentado porquc,insistiria o autor,a informa91o 6 central.Mas o seu cariter quase enciclop6dico nao exclui O prazer da leitura,refor9adopela organiza9,o Cristalina do argumento e alilnentado pela riqueza das desc

    95eS hiSt6cas.Este 6,senl d`vida,o ponto de partida de uma contnbui9ao notivel a cien_

    cia social de nosso tempoo Juntamente com os dois volumes que se seguiraO embreve,seiri como ponto de referencia obrigat6rio na discussao sObre as tendencias de transfolllla9aO sOcial no s6culo XXI e,nao menOs,no esfor9o de identifiCa910 de novas modalidades dc atua910 polica,inspiradas nas realidades denosso tempo e capazes de responder aos seus desafios.

  • Pr61ogo:a Rede e o Ser

    Z

    JJ,jsr"0

    "

    Coz rraz",Zig4g `INao "

    D`j4'',7JJC

    `

    J.``SJJ`

    OSgJ r %`."Sj Oj,C7

    `

    j*

    No filll do segundo IIIlilenio da Era Crista,vttnOs acontecilnentos de importancia hist6ca transfo11laram o cen`o social da vida humana.Uma revolu92otecno16gica concentrada nas tecnologias da informa91o come9ou a remodelar abase mateal da sociedade em ritmo aceleradoo Econonlias por todo o mundopassaram a manter interdependencia g10bal,apresentando uma nova fo11la derela9ao entre a cconomia,o Estado c a sociedade em unl sistema de geometriavanavel.C)colapso do estatismo sovi6tico e o subsequente fim dO movilnentocomunista intemacional enfraqueceranl,por enquanto,o desafio hist6co do capitalismo,salvaram as esquerdas policas(e a teOria marsta)da atra9o fatal domarxismoleninismo,decretaram o fim da Gucra Fria,reduziram o risco deholocausto nuclear e,fundamentallnente,alteraranl a geopolica global.C)pr6-po capitalislrlo passa por um processo de profunda reestlltura91o caractezadopor maiorexibilidade de gerenciamento;descentraliza9ao das empresas e suaorganiza91o em redes tanto internamente quanto em suas rela95es COm outrasempresas;consider`vel fortalecilnento do papel do capitaljsaJs o trabalho,com o declfnio concoIIlitante da influencia dos movilnentos de trabalhadores;individualiza91o e diversifica91o cada vez maior das rela95es de trabalho;incorpora9o maci9a das mulheres na for9a de trabalho remunerada,geralmente emcondi96es discrinlinat6rias;intelvengaO estatal para desregular os mercados defolllla seletiva e desfazer o estado do bemestar social com diferentes intensida

    Mencionado em Sima Qian(145.89a.C.),``COnfucius'',Hu Shi,7 D q&,gJJ tts,4A46J`Cj,(Xang:0ental Book Colnpany,1922),citadO em Qian(1985: 125).

  • Pr61ogo:a Rede e o Ser

    des e oenta95es,dependendo da natureza das for9as c institui95es policas decada sociedade;aumento da concoFenCia econolrllca global em unl contexto deprogressiva diferencia95o dos centtos geogrificos e culturais para a acumula9oc a gestao de capitalo EIn consequencia dessa revisaO geral,ainda enl curso,dosistema capitalista,testemunhamos a integra9o g10bal dos mercados financeiros;o desenvolvilnento da regitto do Pacffico asi`tico como o novo centro industnal global donlinante;a diffcil unifica91o econOlrlica da lEuropa;o surgilnentode uma econolrua regional na Am6rica do Norte;a diversifica95o,depois desintegra91o,do exTerceiro Mundo;a transfollllagao gradual da R`ssia e da antigaea de influencia sovi6tica nas economias de mercado;a incorpora9o de preciosos segmentos de econolrllas do rnundo inteiro enl um sistema interdependenteque funciona como uma unidade em tempo realo Devido a essas tendencias,hou_ve tamb6m a acentuagao de um desenvolvimento desigual,desta vez nao apenasentre o Norte e o Sul,Inas entre os segmentos e tennt6os dinalrlicOs das sociedades em todos oslugares e aqueles que coFen1 0sco de tomarse naO pertinentessob a perspectiva da 16gica do sistemao Na verdade,obselwamos a libera91o paralela de for9as produtivas consideriveis da revolu91o infomacional e a consolida

    91o de buracos negros de nlis6a humana na cconomia global,quer em BurkinaFaso,South Bronx,Kamagasaki,Chiapas,quer em La Courneuve

    Simultaneamnte,as atividades crilninosas e organiza95es ao estilo da rn`fiade todo o mundo tamb6nse tomaram globais e info11lacionais,propiciando osIIleios para o encorttalrlento de hiperatividade lrlental e desao proibido,juntamente com toda c qualquer fo11la de neg6cio ilfcito procurado por nossas sociedades,de ttnas sofisticadas a cttc humanao A16m disso,um novo sistema decomunica91o que fala cada vez mais uma lfngua universal digital tanto esti promovendo a integra9o global da produ9ao e distribui91o de palavras,sons e imagens de nossa cultura como personalizandoos ao gosto das identidades c humores dos indivfduoso As redes interativas de computadores estaO crescendoexponencialinente,criando novas fo11las e canais de comunica91o,InOldando avida c,ao lnesmo tempo,sendo moldadas por ela.

    As lnudan9as SOCiais sao taO dr`sticas quanto os processos de transfollla

    910 teCno16gica c econOmica.Apesar de todas as dificuldades do processo detransfo11lagao da cOndi9o felllinina,o patrlarcalismo foi atacado e enfraquecidoenl vttnas sociedades.Desse modo,os relacionamentos entre os sexos tomaramse,na rnaior parte do mundo,um domfnio de disputas,enl vez de uma esfera dereprodu9ao cultural.Houve uma redefini91o fundamental de rela95es entre mulheres,homens,can9as e,consequentemente,dafadia,sexualidadc e personalidadeo A consciencia ambiental pe11leou as institui95es da sociedade,e scus

  • Pr61ogo:a Rede e o Ser

    valores ganharam apelo polico a pre9o de serenl refutados e manipulados napr`tica dittda das empresas e burocracias.Os sistemas policos estao mergulhados enluma cse estrutural de legitilrndade,peodicamente arrasados por escandalos,com dependencia total de cobertura da mfdia e de lideran9a personalizadae cada vez mais isolados dos cidadaos.os movimentos sociais tendenl a ser fragmentados,locais,com ottet0 6nico c ettmeros,encolhidos em seus mundosinteriores ou brilhando por apenas um instante em unsfmbolo da mfdiao Nessemundo de mudan9as COnfusas e incontroladas,as pessoas tendenl a reagmparseentorno de identidades pInmas:religiosas,6tnicas,tenntoais,nacionais.0fundamentalismo religiosocrisaO,islamico,judeu,hindu c at6 budista(o qucparece uma contradi9de te11los)prOvavelmente 6 a mor fotta de seguran

    9a peSSOal e mobilizagaO c01etiva nestes tempos conturbados.E}rn um mundo defluxos globais de riqucza,poder e imagens,a busca da identidade,coletiva ouindividual,atlbuFda ou construfda,tornasc a fonte b`sica de significado socialEssa tendencia n6 nova,uma vez quc a identidade c,enespecial,a identidadereligiosa c 6tnica tensido a base do significado desde os prirn6rdios da sociedade humanao No entanto,a identidade esti se tornando a principal e,as vezes,inica fonte de significado em um perodo hist6rico caractezado pela ampladesestrutura91o das organiza95es,deslegitima91o das institui95es,enfraquccimento de importantes rnovimentos socials e cxpress6es culturais efemeraso Cadavez mais,as pessoas organizanl seu significado nao ellltOrno do que fazenl,masconl base no quc elas sao Ou acreditam que saoo Enquanto isso,as redes globaisde intercambios instllrnentals conectanl e desconectam indivfduos,gmpos,regi6es e at6 pafses,de acordo com sua pertinencia na realiza91o dos ottetiVOSprocessados na rede,cm um fluxo contfnuo de decis6es estrat6gicas.Segucseuma divisao fundamental entre o instrumentalismo universal abstrato e as identidades particulanstas historicamente enraizadas.Nosss SOj`dS s daZjS S

    s`

    9Sjf bJr`

    R

    ``S`

    Nessa condi91o de esquizofrenia estrutural entre a fun9o e O Significado,

    os padr6es de comunica91o social ficansob tensao crescente.E quando a comunicagao se rOmpe,quando j`naO este comunica91o nem mesmo de formaconflituosa(comO Seria o caso de lutas sOciais ou oposi91o polica),surge umaaliena9,o entre os gmpos sociais c indivfduos que passam a considerar o outrounl estranho,finalmente uma amea9ao Nesse processo,a fragmenta9aO sOcial sepropaga,a rnedida quc as identidades se tornanInais especfficas e cada vez maisdilceis de compartilharo A sociedade info11lacional,enl sua manifesta9o g10-

    bal,6 tamb6m o mundo de Aum Shinrikyo(seita verdade Suprema),da MilfCiaNorteamecana,das ambi95es teocriticas islanlicas/cstas e dO genOcfdio recfproco de

    sc

    "s's.

    41

  • Pr61ogo:a Rede e o Ser

    Perplexos ante a dimensao c a abrangencia da transfolllla9O hiSt6rica,a

    cultura c o pensamento de nossos tempos freqiientemente adotam um novomilenansmoo Profetas da tecnologia preganl a nova era,cxtrapolando para a organiza91o c as tendencias sociais a mal compreendida 16gica dos computadorese do E)NA.A teoria e a cultura p6smodemas celebram o fim da hist6ria c,decerta folllla,o fim da razao,renunciando a nossa capacidade de entender e encontrar sentido at6 no quc nao tensentidoo A suposi91o implfcita 6 a aceita91oda total individualiza91o do comportamento e da impotencia da sOciedadc anteseu destino.

    C)proJeto insplrador deste livro nada contra corentes de destru19ao e COntesta vdas fo11las de nlismo intelectual,ccticismo social e descren9a p01iCa.

    Acredito na racionalidade e na possibilidade de recoHer a razao sem id01atrar suadeusa.Acredito nas oportunidades de a91o sOCial significativa e de polica trans

    fo11ladora,sem necessariamente dedvar para as coledeiras fatais de utopias absolutas.Acredito no poder libertador da identidade sem aceitar a necessidade desua individualiza9o ou de sua captura pelo fuhdamentalismo.E proponho a hip6tese de que todas as rnaiores tendencias de mudan9as enl nosso mundo novo cconfuso sao afins e que podemos entender seu interrelacionamento.E acredito,sim,apesar de uma longa tradi91o de alguns eventuais eros intelectuais tr`gicos,quc obselwar,analisar e teorizar 6 unl modo de aJudar a constllir unl mundodiferente e rnelhoro Nao oferecendo as respostaselas serao especfficas de cadasociedade e descobertas pelos pr6pos agentes sociaismas suscitando algumas perguntas pertinentes.Este livro gostana de ser uma contrlbui9o modestaao necessmo esfor9o analiCO coledvo,j`em curso em muitos horizontes,com oOttetiVO de compreender nosso novo mundo,colrl base nos dados disponfveis eelll teoria cxplorat6a.

    Para dar os primeiros passos nessa dire91o,devemos levar a tecnologia as6o,utilizandoa como ponto de partida desta investigago;precisamos locali

    zar o processo de lransfolllla9aO tecn016gica revolucion`ria no contexto socialelrl quc ele ocore e pelo qual esti sendo moldado;e devemos noslembrar de quea busca da identidade 6 tao poderosa quanto a transforma91o econOmica e tecno16gicanoregistro danovahist6riao Depois pmiremos nanossajomadaintelectualpor um itinero quc noslevari a in`meros domfnios e transpori vttdas culturase contextos institucionais,visto que o entendilnento de uma transfo11la920 glo

    bal requer a perspectiva rnais global possfvel,dentro dos linlites 6bvios da expeencia e conhecimentos do autor.

  • Pr61ogo:a Redc e o Ser

    Tecnologia,sociedade e transfollna9ao hist6ca

    Devido a sua penetrabilidade entodas as esferas da atividadc humana,arevolu91o da tecnologia da infolllla9ao ser`meu ponto inicial para analisar acomplexidade da nova economia,sociedade e cultura enl fo11lago.Essa op91ometodo16gica nao sugere que novas follllas e processos sOClals surgenelrl conseqiiencia de lransfo11la9,o tecno16gica.E clarO quc a tecnologia nao detellllina asociedade.l Nenl a sociedade escreve o curso da transfolllla91o teCno16gica,umavez que muitos fatores,inclusive catividade e iniciativa empreendedora,intervem no processo de descoberta cientffica,inovagao tecn016gica c aplicag6es sociais,de folllla quc o resultado final depende de uncomplexo padrao interativo2

    Na verdade,o dilema do dete11linismo tecno16gico 6,provavelmente,um problema infundado,3 dadO quc a tecnologiaa sociedade,c a sociedade nao pOde serentendida ou representada selrl suas feFamentas tecno16gicas.4 Assinl,quando nad6cada de 1970 unl novo paradigma tecno16gico,organizado conl base na tecnologia da infollllagaO,veiO a ser constiturdo,principalinente nos Estados Unidos

    (Ver Capttulo l),fOi um segmento especco da sociedade norteamericana,cmintera91o cOm a econonlia global e a geopolica mundial,quc concretizou umnovo estilo de produ91o,comunica92o,gerenciamento e vida.Iprovivel que ofato de a constitui9o desse paradigma ter ocottndo nos ElA c,cncerta lnedida,na Calif6mia e nos anos 70,tenha tido grandes consequencias para as fo11las e aevolu95o das novas tecnologias da info.11la9aO.POr exemplo,apesar do papeldecisivo do financiamento nlilitar e dos inercados nos prirneiros estigios da indista eletrOnica,da d6cada de 1940)de 1960,o grande progresso tecno16gicoque se deu no infcio dos anos 70 pode,de certa foma,ser relacionado a culturada liberdade,inova91o individual e iniciativa cmpreendedora ounda da culturados j norteamecanos da d6cada de 1960Nao tantO enl te11los de suapolica,visto quc o Vale do Silfcio sempre foi um fi11le baluarte do voto conservadot e a maior parte dos inovadores era inetapolica,cxceto no que dizia respeito a afastarse dos valores sociais representados por padr5es convencionais decomportamento na sociedadc em geral e no mundo dos neg6cioso A enfase nosdispositivos personalizados,na interatividade,na fo11la9aO de redes e na buscaincansivel de novas descobertas tecno16gicas,Inesmo quando naO faziam muitosentido comercial,nao cOmbinava com a lradi91o,de certa fo11la Cautelosa,domundo corporativo./1cio inconscientemente,5 a reV01ugao da tecnologia da info11la9ao difundiu pela cultura mais significativa de nossas sociedades o espflitolibertdo dos moviinentos dos anos 60No entanto,logo quc se propagaram eforanl apropadas por diferentes pafses,vmas culturas,organiza95es diversas e

    43

  • 44 Pr61ogo:a Rede c o Ser

    diferentes ottetOS,as novas tecnologias da infolllla9aO explodiram em todos ostipos de aplica96es c usos que,por sua vez,produziraninova91o tecno16gica,acelerando a velocidade e ampliando o escopo das transfo11la95es tecno16gicas,bem como dersificando suas fontes.6 um eXemplo nos ttudari a entender aimportancia das consequencias sociais involuntttrias da tecnologia7

    Como se sabe,a lntemet oginouse de unesquema ousado,1lnaginado nad6cada de 1960 pelos gucreiros tecno16gicos da Agencia dc ProJetoS de Pesquisa Avangada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos(a mttiCa DARPA)para impedir a tomada ou destrui9ao dO sistema norteamericano de comunica

    95es pelos sovi6ticos,clrlcaso de guera nuclealDe certa foma,foi o equivalente eletrOnico das t`ticas maofstas de dispersaO das for9as de gucnlha,por umvasto tennt6rio,para enfrentar o poder de unn inillllgo versitil e conhecedor dotereno.O resultado foi uma arquitetura de rede que,como qucam scusinventores,nao pode ser controlada a partir de nenhuncentro e 6 composta por rnilharesde redes de computadores autOnomos com in`meras lnaneiras de conexo,contomando barreiras eletrOnicaso Em`ltima an`lise,a ARPANErede eStabelecida pelo Departamento de Defesa dos EUA,tomousc a base de uma rede decomunica91o horizontal global composta de nlilhares de redes de computadores(CttO n`IIlero de usumos superou os trezentos IIlilh5es no ano 2000,comparadosaos menos dente milh6es em 1996,c em expansao ve10z)Essa rede foi apropada por indivfduos e glpos no mundo inteiro c colm todos os tipos de ottetivos,bem diferentes das preocupa95es de uma extinta GueHa Fria.Na verdade,foi pela lntemet quc o subcomandante Marcos,lfder dos zapatistas de Chiapas,comunicouse conl o mundo e conl a nudia,do inteor da floresta Lacandono E alntemetteve papelinstrumental no crescilnento da seita chinesa Falun Gong,qucdesafiou o partido comunista da China en1999,benl como na organizagaO e nadifusao do prOtesto contra a(Drganizagao Mundial do Com6rcio em Seattle,emdezembro de 1999

    Entretanto,embora nao dete.11line a tecnologia,a sociedade pode sufocarseu desenvolvilnento principalinente por intelll16dio do]Estadoo Ou entao,tamb6mpncipallnente pela intelvengao estatal,a sociedade pode entrar num processo acelerado de modemiza91o tecno16gica capaz dc lnudar o destino das econonlias,do poder Fnilitar e do bemestar social enl poucos anoso Sem d6vida,ahabilidade ou inabilidade de as sociedades dominarenl a tecnologia c,enl especial,aquelas tecnologias que sao estrategicamente decisivas em cada perodohist6co,tra9a seu destino a ponto de pode11los dizer que,cmbora nao dete.11line a evolu91o hist6ca c a lransfo11la91o social,a tecnologia(ou Sua falta)in_corpora a capacidade de transfo11lagao das sOciedades,benlcomo os usos quc as

  • Pr61ogo:a Rede e o Ser

    sociedades,sempre em um processo conflituoso,decidem dar ao seu potencialtecno16gico.8

    Assim,por volta de 1400,quando o renascilnento europeu estava plantando as sementes intelectuais da transfo11la91o tecno16gica que dominana o planeta tres s6culos depois,a China era a civiliza91o mais avan9ada clrltecnologia nomundo,segundo Mokyr9 1nventos importantes haviam ocottndO na China s6culos antes,at6 unl nlilenio e meio antes daquela 6poca,como o caso dos altosfomos que pellllitiam a fundi91o de feo,no ano 200 aoC.Tamb6nl,Su Sungintroduziu a clepsidra em 1086 d.C,superando a precisao da rnedida dos re16giosmecanicos europeus da rnesma 6poca.O arado de feo surgiu no s6culo VI e foiadaptado ao cultivo deoz enl campos rnolhados dois s6culos depoiso No setortextil,a roca apareceu simultaneamente ao(Dcidente,no s6culo XIII,mas progrediu com mais rapidez na China devido a uma antiga tradi91o de equipamentos detecelagelrl sofisticados:teares de esticar foranl usados nos tempos dos Han para atecelagem de seda.A ado91o da energia hfdrica foi paralela)da Europa: nos6culo VIII os chineses usavam martelos hidr`ulicos automiticos;en1280 houve uma grande difusao da rOda d'`gua.Os navios chineses puderanfazer viagenscolrlrnais facilidade antes quc os europeus:os chineses inventaranl a b`ssola porvolta do ano 960 d.C,c seus velhos navios eranl os lnais avangados do rnundo nofinal do s6culo XIv possibilitando longas viagens maftimaso No setor militar,a16nl de inventarenl a p61vora,os chineses desenvolveranl uma ind`stria quFnlicacapaz de fornecer poderosos explosivos. Tamb6m a besta c uma esp6cie decatapulta foram usadas pelos ex6rcitos chineses antes dos europeus.EIn medicina,t6cnicas como a acupuntura davalll resultados extraordindos quc apenas recentemente foram reconhecidos em todo o rnundo.E,claro,apirneira revolu9aono processamento da info.1lla910 foi chinesa:o papel e a imprensa foram inventados na China.C)papel foiintroduzido nesse pafs lnil anos antes quc no(Dcidente,c a imprensa provavellrlente come9ou nO flnal do s6culo VIIo Nas palavras deJones:``A China csteve a ponto de se industrializar no final do s6culo XIV''10

    Mas,como isso nao OcOreu,houve uma mudan9a na hiSt6ria mundial.QuandO,cm 1842,as Gucras do 6piO mOtaram asimposi96es coloniais da GBretanha,a China percebeu,tarde demals,que o isolamento nao cOnseguia proteger o lmp6o do Meio das conseqiiencias lna16ficas resultantes da infeoridade tecno16-gica.Desde entao,a china levou mais de ullll s6culo para come9ar a recuperarse

    desse desvio catasflco de sua trttet6ria hist6ca.As explica95es desse curso hist6co taO surpreendente sao numerOsas e

    controversas.Neste pr61ogo nao hi espa90 para um debate tao cOmplexoo Mas,com base nas pesquisas c anllises de historiadores como Needham,Qian,JOnes,

  • Pr61ogo:a Rede c o Ser

    c Mokyr,H podese sugerir uma interpreta9o que talvez,em te11los gerais,udeno entendilnento da interttaO entre sociedade,hist6ria c tecnologiao Na verdade,como destaca Mokyr,a maioa das hip6teses referentes a diferen9aS Culturais(meSmO aquelas sem laivos de racismo implfcito)nao cOnseguc explicar a diferen9a,nlo entre a China c a Europa,rnas entre a China de 1300 c a de 1800Porquc uma cultura c unl reino que lideraram o mundo por nlilhares de anos,derepente,telrl sua tecnologia estagnada cxatamente no momento em quc a Europaembarca na cra das descobertas e,enseguida,da Revolu92o lndustrial?

    Segundo Needhanl,encompara910 aos valores ocidentais,a cultura chinesa tendia rnais para uma rela91o hnoniosa entre o homem e a natureza,algo quepodea ser amea9ado por r`pidas inova95es tecno16gicas.Ademais,Needhamcontesta o crit6rio ocidental utilizado para rnedir o desenvolvilnento tecno16gico.Contudo,essa enfase cultural numa abordagenl holfstica do desenvolvilnento naodificultou a inova91o teCno16gica por milenios nelrl impediu a deteriora91o CCO16gica resultante das obras de innga910 no sul da China,quando a consea91o danatureza ficou subordinada a produ91o mral para alilnentar uma popula91o emcrescimento.De fato,Wenyuan Qian,em seu 6timo livro,contesta o entusiasmoulrl tanto excessivo de Needham pelas realiza95es da tecnologia tradicional chinesa,apesar de Qian tamb6m admirar o monumental trabalho desenvoldo poressc histoador ao longo de sua vida.Qian busca uma conexlo analftica maispr6xllna entre o desenvolvilnento da ciencia na china c as caractesticas da civi

    liza9ao chinesa dominada pela dinalrlica estatal.Mokyrtamb6l considera o lEstado o fator cmcial na explicagao do atraso tecno16gico chines nOs tempos modemoso Essa explica9ao pode ser proposta com base em tres fatOres:a inovagaotecno16gica ficou fundamentallnente nas lnaos dO Estado durante s6culos;ap6s1400,o Estado chines, sob as dinastias Ming e Qing,perdeu o interesse pelainova91o teCno16gica;e,em parte,pelo fato de estarenempenhados cIII servir ao

    Estado,as elites culturais e sociais enfocavam as artes, as humanidades e aautopromo910 perante a burocracia impeal.Desse modo,o que parece ser rnaisimportante 6 o papel do Estado c a rnudan9a de orienta91o da polica estatalo Por

    quc um Estado que fora o maior engenheiro hidr`ulico da hist6ria e estabeleceraulrl sistema de extensa0 1ural para a rnelhoa de sua produtividade desde o perfo

    do Han,repentinamente inibiria suas inovag6es tecno16gicas,chegando a proibira cxploragaO geOgr`fica c a abandonar a constru91o de grandes navios enl 1430?A resposta 6bvia 6 quc ntto era o lnesmo Estado,nao apenas porquc eram dinastias diferentes, mas porquc a classc burocritica ficou mais profundamenteellraizada na administra91o,gra9as a unl perodo rnaislongo quc o usual de donlina910 incontestada.

  • Pr61ogo:a Rede c o Ser

    De acordo com Mokyr,parece quc o fator deteminante do conservadosmotecno16gico eram os temores dos govemantes pelos impactos potenciallnentedestrutivos da transfolllla91o teCno16gica sobre a estabilidade social.In`merasfor9as eram contranas)difusao da tecn01ogia na China,como enl outras sociedades,particul`Inente as guildas urbanas.Os burocratas satisfeitos com o s

    s

    preocupavamse com a possibilidade de desencadcamento de conflitos so

    ciais,que podeanl unirse a outras fontes latentes de oposi91o enl uma sociedade rnantida sob controle por rnuitos s6culos.At6 os dois d6spotas lnanchus esclarecidos do s6culo XVIII,K'ang Chie Ch'ien]Lung,centraranl seus esfor9os napacificagaO e na Ordenl,cm vez de promover novo desenvolvimentoo Ao contr`rio,a cxplora91o dO COrcio e os contatos conl estrangeiros,a16m do com6rciocontrolado c a aquisi91o de allllas,eranconsideradosna rnelhor das hip6tesesdesnecessttnos ena pioramea9adores,elrl raztto da incerteza envolvida.Um Estado burocr`tico,sem incento extemo e com desencorttamentOs internos a modemiza91o tecno16gica,optou pela mais pudente neutralidade,consequentemente interompendo a traJet6ria tecno16glca quc a China seguira h`s6culos,talvez milenios,exatamente sob a orienta91o estatal.Sem d`vida,a discussaodos fatores que fundamentaram a dinanuca do lEstado chines sob as dinastiasMing e Qing naO fazem parte do escopo deste livroo C)quc importa a nossa pesquisa sao dois ensinamentos dessa expeencia fundamental da intemp91o dodesenvolvilrlento tecno16gico:de ulll lado,o Estado pode ser,e sempre foi aolongo da hist6a,na China c em outros pafses,a principal for9a de inova91otecno16gica;de outro,cxatamente por isso,quando o Estado afasta totallnenteseus interesses do desenvolvilnento tecno16gico ou se toma incapaz de promovelo sob novas condi96es,ulFl inOdelo estatista dc inova9ao leva)estagna91o porcausa da esterilizagao da energia inovadora autOnoma da sociedade para ciar eaplicar tecnologia.O fato de quc,ap6s s6culos,o Estado chines pOde constllir deoutro modo uma base avan9ada elrl tecnologia nuclear,Irlfsseis,lan9amento desat61ites c eletrOnica12 rnaiS uma vez demonstra o vazio da interpreta950 predominantemente cultural de desenvolvilnento e atraso tecno16gico:a mesma culturapode induzir traJet6as tecno16gicas lnuito diferentes,dependendo do padrao derelacionamentos entre o Estado c a sociedadeo Contudo,a dependencia cxclusivado Estado tem um pre9o,C O pre9o para a China foi atraso,fome,epidemias,donlina91o colonial e gucra civil at6,pelo lnenos,rneados do s6culo XX.

    UIna hist6a contemporanea semelhante pode ser contada,c o sera nestelivro(no volume III),sObre a inabilidade do estatismo sovi6tico para donlinar arevolu91o da tecnologia da informa91o,desta rnaneira inteFompendo sua capacidade produtiva c enfraquecendo seu poder rnilitaro No entanto,nao devemOs sal

    47

  • Pr61ogo:a Rede e o Ser

    tar para a conclusao ideO16gica de que toda inteen9o estata1 6 contraproducente ao desenvolvilnento tecno16gico,cultivando uma reverencia aist6ca pela livre iniciativa empreendedora individual.O Japao 6,obviamente,o contraexemplo,tanto)experiencia hist6rica chinesa quanto)inabilidade do Estado sovi6tico para adaptarse a revlu91o na tecnologia da info11lagao iniciada pelos norteamencanos

    C)Japao passou por um peodo de isolamento hist6co at6 1nais profundoquc o da China,sob o domfnio do xogunato Tokugawa(estabelecido enl 1603),entre 1636 e 1853,precisamente durante o peodo decisivo da fo.11lagao de umsistema industrial no henlis15]o ocidentalo Portanto,cmbora na virada do s6culoXV os comerciantesjaponeses estessem comercializando em todo o Leste eSudeste asiitico conl embarca95es lnodemas de at6 700 toneladas,a constru91ode navios conl mais de 50 toneladas foi proibida em 1635,c todos os portosjaponeses,exceto Nagasaki,foram fechados a estrangeiros,cnquanto o com6rciose restnngia a China,cSia c Holanda13 0 islamento tecno16gico nao foi totaldurante esses dois s6culos,c a inova95o end6gena pellllitiu quc o Japao prOssc_guisse colll lnudan9as incrementais em ttitmo mais r`pido quc a China14 No en

    tanto,como o nfvel tecno16gicojapones era inferior ao da China,em meados dos6culo XIX,o comodoro Pery com seus

    b(naViOS pretos)conseguiu

    impor rela95es comercials e diplomiticas a um paFs de tecnologia substancialmente infeor)do Ocidenteo Mas,assim quc aj Mj(Restauragao MeJi)cou as condi95es policas para uma decisiva modemiza9ao liderada pelo lEstad,15 a teCnologia avan9adajaponesa progrediu a passos largos nunl curto espa9ode telrlpo16 Apenas como ilustra91o significativa,por causa de sua atualimpor

    tancia estrat6gica,recordemos brevemente o extraordindo desenvolvilnento daengenhttna e16trica e das aplica95es da comunica9ao nO Japao no`ltimO quarteldo s6culo XIX.17 1De fato,o prilneiro departamento independente de engenharlae16trica do rnundo foi constitufdo elr1 1873 na rec6mfundada Faculdade lmpealde Engenhana de T6quio,sob a lideran9a de seu lDiretott Henry Dyer,engenheiromecanico escoceso Entre 1887 e 1892,ulrlimportante academico em engenharlae16trica,o professor btanico william Ayrton,foi condado para lecionar naFaculdade,sendo fundamental na dissenuna91o de COnhecilrlentos a nova gera_9aO de engenheiros japoneses,de foma quc,no final do s6culo,a Agencia deTe16grafos conseguiu substituir os estrangeiros de todos os seus departamentost6cnicos.Buscouse a transfencia da tecnologia ocidental rnediante vttios lnecanismoso Ern 1873,a se9de mttquinas da Agencia de Te16grafos enviou umfabcante de re16gio japones,Tanaka Seisuke,)exposi9aoM`quinas lntemacionais'',cm Viena,para obterinfoma95es sobre as ln`quinas.Cerca de dez anos

  • P,61ogo:a Rede e o Ser

    depois,todos os aparelhos da Agencia eranfabricados no Japaoo COnl base nessa

    tecnologia,Tanaka I)aikichi fundou,clr1 1882,uma fibca de produtos e16tricos,a Shibaura Works quc,ap6s sua aquisi91o pela Mitsui,passou a chalnarse Toshiba.

    Foram enviados engenheiros a Europa c aos Estados Unidos.E a Westem Electricobteve pellllistto para produzir e comercializar no Japao,cm 1899,em umaj

    `COm industriais japoneses:o nome da empresa era NECo Com essa base

    tecno16gica,o JapaO acelerou sua cntrada na cra da eletncidadc e das comunica

    95es para antes de 1914:ell1 1914 a produ9o tOtal de energia alcan9ara l.555.000kw/hora,e lres IInl centrais telefOnicas retranslrutiam um bilhao de mensagenspor ano.Foi,send`vida,siinb61ico que o presente do comodoro Pctt aO XOgunl,em 1857,fossc umjogo de te16grafos norteamecanos,at6 entao nuncastos noJapaO:a prirneira linha telegrifica foi estabelecida elr1 1869,c,dez anos depois,oJapaO estava conectado conl o rnundo inteiro atrav6s de uma rede transcontinentalde info11la95eS,Via Sib6ria,operada pela Great Northem Telegraph Co,dilngidaCOttuntalrlente por engenheiros ocidentais ejaponeses e transmitindo em ingles e

    JapOnes.Em nossa discussao,admitiremos quetodosj`conhe9am a hist6a decomo,

    sob oenta9ao estrat6gica cstatal,o Japao tornOu_se grande participante internacional nas ind`strias de tecnologia da infoma91o,no 61timo quartel do s6culoxx18 pertinente,para as id6ias aqui apresentadas,destacar quc isso ocoreu aomesmo tempo enl quc uma superpotencia industrial e ciengfica,alniao sOvi6ti

    ca,fracassou nessa importante transi910 tecno16gicao Como as observa95eS anteores indicam,66bo quc o desenvolmento tecno16gicojones desde a d6-cada de 1960 nao ocOFeu em um v`Cuo hist6co,Inas estava ellraizado numatradi91o de d6cadas de excelencia cm engenhariao Mas o quc interessa para oOttetO desta anllise 6 enfatizar os resultados totalmente diferentes obtidos pelainterven9estatal(e pOr sua falta)nos CasOs da China e da Uniao sOvi6tica emcompar"o aO JapaO,tantonopenodoMelicOmOnOperodop6sSegunda GueraMundial.As caracterfsticas do Estado japones nas rafzes dos processos de modemiza91o e de desenvolvilnento saO bastante conhecidas,tanto no caso da lsj

    MCj,19 quanto do Estado desenvolvilnentista contemporane,20 e a16m disso suaapresenta910 nos afastana rnuito do enfoque destas reflex5es prelilrlinareso C)qucdeve ser guardado para o entendilnento da rela92o entre a tecnologia c a sociedade 6 quc o papel do Estado,stta inteompendo,stta prolr10vendo,stta liderandoa inova91o tecno16gica,6 um fator decisivo no processo geral,a medida queexpressa c organiza as for9as SOCiais dominantes em um espa9o e uma 6pocadeterlrllnadoso Ern grande parte,a tecnologia cxpressa a habilidade dc uma socicdade para impulsionar seu domfnio tecno16gico por inten6dio das institui95es

  • 50 Pr61ogo:a Rede e o Ser

    sociais,inclusive o Estadoo C)processo hist6co enl quc esse desenvolvilnento defottas produtivas ocore assinala as caracteJsticas da tecnologia c seus entrela9amentOS COm as rela95es sociais.

    Nao 6 diferente no caso da revolu9o teCno16gica atual.Ila oginouse cdifundiuse,nao pOr acaso,enl um perodo hist6rico da reestrutura91o g10bal docapitalismo,para o qual foi uma felTamenta b`sica.Portanto,a nova sociedadeemergente desse processo de transfo11la9a0 6 capitalista c tamb6m infollllacional,cmbora apresente varia91o hist6ca consider`vel nos diferentes pafses,conforme sua hist6a,cultura,institui96es e rela91o especfiLca com o capitalisIIlo global e a tecnologia info11lacional

    Info11lacionalismo,industnalismo,capitalismo,estatismo:modos de desenvolvilnento e modos de produ9ao

    A revolu9o da tecnologia da info.11lagao fOi essencial para a implementa

    91o de ulrl importante processo de reestnltura91o do sistema capitalista a partirda d6cada de 1980No processo,o desenvolvimento e as manifesta95eS dessarevolu9,o teCno16gica foranrnoldados pelas 16gicas e interesses do capitalismoaVan9ado,sense lilrlitarem as express6es desses interesses.C)sistema alternativo de organiza9,o social presente em nosso penodo hist6co,o estatismo,tamb6m tentou redefinir os meios de consecu910 de seus ottetoS estruturais,embora preseArasse a cssencia desses ottetivOS:Ou stta,O espinto da reestruturago(Ou`

    Sray,na R`ssia).ContudO,a tentativa do estatisIIlo soVi6tico fracassou a ponto de haver o colapso de todo o sistema,cm grande parte,enrazaO daincapacidade do estatismo para assimilar e usar os princiOS dO info11lacionalismo embutidos nas novas tecnologias da info11la920,COmo discutirei neste livro(V01ume I)COm base em anllise empmcao Aparentemente,o estatismo chinesfoi bemsucedido ao transfollllarse num capitalismo liderado pelo Estado e aointegrarse nas redes econOlrllcas globais,aproxilnandosc lnaiS do modelo estatal desenvolvilnentista do capitalismo do Leste Asi`tico que dosocialismo comcaractesticas chinesas''da ideologia oficial,21 comO tamb61rl tentarei debater novolumc IIIo Entretanto,6 muito provivel quc o processo de transfomagao estl1-tural da China passar`por importantes conflitos policos c lnudan9as institucionais nos pr6xilllos anos.O colapso do estatismo(colrl raras exce96es,por exemplo,Vietna,cOr6ia do Norte,Cuba quc,no entanto,cstao em processo de conexaO cOm O capitalismo global)eStabeleceu uma rela92o estreita entre o novo sistema capitalista global,moldado por sua

    s ka relativamente bemsucedi

  • Pr61ogo:a Rede c o Ser

    da,c a cmergencia do infomacionalismo como a nova base material,tecno16gica,da atividade econOmica e da organiza9ao socialo Mas ambos os processos(reeStrutura91o Capitalista,desenvolvimento do infollllacionalisIIlo)SaO distin_tos,e sua intera910 S6 poderi ser entendida se os separttnos para an`liseo Nesteponto de lrunha apresenta91o introdut6ria das principais id6ias do livro,parecenecessirio propor algumas distin95es e defini95es te6ricas do capitalismo,estatismo,industalismo e infomacionalismo

    J`6 tradi91o em teorias do p6sindustrlalismo e info11laCiOnalismo,come

    9ando com os trabalhos clissicos de Alain Touraine22 c Danicl]Bell,23 situar adistin91o entre pr6-industnalismo,industrialismo c infollllaCiOnalismo(ou p6sindustrialismo)num eixo diferente daquele em que se op6em capitalismo eestatisino(ou coletivislno,segundo Bell)Embora as sociedades possalrl ser caracterizadas ao longo de dois eixos(de fo111la quc tenhamos estatismo industrial,capitalismo industal e assim por diante),6 esSencial para oentendimento dadinamica social,manter a distancia analttica c a interrela91o empfrica entre osmodos de produ91o(capitalismo,estatismo)e oS mOdOs de desenvolmento(induStalismo,infomacionalismo)Para fundamentar essas distin95es em umabase te6ca,quc esclarecer`as anllises especfficas apresentadas neste livro,6inevitivel levar o leitor,por alguns parigrafos,aos domfnios um tanto arcanos dateoria socio16gica.

    Este livro estuda o surgilnento de uma nova estrutura social,manifestadasob varias fo11laS COnfollllc a diversidade de culturas e institui95es elrl todo oplanetao Essa nova estrutura social esti associada ao surgiinento de unnovo lnodode desenvolvillllento,o infomacionalismo,historicamente moldado pela reestl1-

    tura91o do modo capitalista de produ91o,nO final do s6culo XXA perspectiva te6ca que fundamenta cssa abordagem postula quc as so

    ciedades sa0 0rganizadas em processos estruturados por rela95es histocamentedete11linadas de

    f,Crjj e P

    6 a a9ao da humanida

    de sobre a maa(natureza)para aproparse dela c transfo1111-la em seu beneicio,obtendo unl produto,conSunundo(de f0111la iregular)parte dele c acumulando o excedente para invesumento conforme os vttios ottetOS Socialmentedeterminadoso Ettrjj 6 a a91o dos stteitOS humanos sobre si mesmos,detenglinada pela intera9ao entre as identidades bio16gicas e culturais desses sttcitos em rela9ao a scus ambientes sociais e naturaiso E construfda pela ctema buscade satisfa9ao das necessidades e deseJos humanos.Pr 6 aquela rela9ao entreOS StteitOs humanos que,conl base na produ91o e na experiencia,imp5c a vontade de alguns sobre os outros pelo emprego potencial ou real de violencia ffsica ousimb61ica.As institui95es sociais sao constitufdas para impor o cumprirnento das

  • Pr61ogo:a Rede e o Ser

    rela95es de poder existentes enl cada perodo hist6co,inclusive os cOntroles,limites e contratos socialS Conseguidos nas lutas pelo pode

    A produ9o6organizada cnl rela95es de classes que definem O processopelo qual alguns stteitOS humanos,conl basc elrl sua posi91o no processo produtivo,decidenl a divisaO e Os empregos do produto enl rela9'o ao consumo e aoinvestimento.A expeencia 6 estruturada pelo sexo/rela95es entre os sexos,histocamente organizada cm tomo da famia c,at6 agora,caractezada pelo donnio dos homens sObre as mulhereso As rela95eS fanliliares e a sexualidadeestruturam a personalidade e moldam a intera9Simb61ica.

    O poder tem como base o Estado e seu monop61io institucionalizado daviolencia,embora o quc Foucault chama de lYlicroffsica do podet incorporadanas institui95es e organiza95es, difundase enl toda a sociedade, de locais detrabalho a hospitais,encerando os stteitOS numa estmtura rigorosa de deveresformals e agressoes lnfo11lalS.

    A comunica91o siinb61ica entre os seres humanos e o relacionamento entreesses e a natureza,conl base na produ9ao(e scu complemento,o consumo),expe_encia e pOdet cstalizamse ao longo da hist6ria elll teJnt6os especfficos,cassil geram

    J

    s idCjddes cJjs

    A produ91o 6 um processo social complexo,porque cada um de seus elementos 6 diferenciado intemamenteo Assinl,a humanidade como produtora coletiva inclui tanto o trabalho como os organizadores da produ9ao,c O trabalho 6muito diferenciado e estratificado dc acordo conl o papel de cada trabalhador noprocesso produtivoo A Inat6a abrange a natureza,a natureza modificada pelohomenl,a natureza produzida pelo homenl e a pr6pa natureza humana,pois odescllrolar da hist6a nos for9a a afastarnos da distin9ao cllssica entre humanidade e natureza,visto quc a a910 humana de mileniosj`incorporou o meio ambiente natural na sociedade,tomandonos,de fo11la COnCreta c simb61ica,parteinseparivel desse meio ambienteo A rela91o entre a maO_de_obra c a mat6a noprocesso de trabalho envolve o uso de rneios de produ91o para agir sobre a rnat6-a com base em energia,conhecimentos e info11la9oo A tecnologia 6 a fo.11laespecffica dessa rela91o

    C)produto do processo produtivo 6 usado pela sociedade de duas fo11las:consumo c excedente.As estruturas sociais interagenl conl os processos produtivos dete11linando as regras para a apropriagaO,distnbui91o c uSO dO excedente.Essas regras constituem modos de produ91o,c esses rnodos definenl as rela95essociais de produ9ao,dete.11linando a existencia de classes sociais,constitufdascomo tais mediante sua prttica hist6ca.OpnciO estrutural dc apropa91o econtrole do excedente caracteza unmodo de produ9o.No s6culo XX temos,

  • Pr61ogo:a Rede c o Ser

    essenciallrlente,dois modos predolllinantes de produ91o: o Capitalismo e oestatismoo No capitalismo,a separa91o entre os produtores e seus lneios de produ91o,a transfolllla920 dO trabalho enzOje a poSSe privada dos lnelos deprodu9ao, cOm base no controle do capital(excedente transformado emO

    j),determinaram o pncio b`SiCo da apropa91o e distribui91o do

    excedente peloS Capitalistaso Entretanto,saber quem 6(sao)a(s)classc(s)capitalista(s)COnstitui um tema para a investiga91o social em cada contexto hist6

    co,e nao uma categoria abstratao No estatismo,o controle do excedente 6 externoh esfera cconOnlica:fica nas lnaos dOs detentores do poder estatal;vamoschamllos de crj,ou Jjgdao C)capitalismo visa a maxilrliza91o de lucros,ouStta,O aulrlento do excedente apropado pelo capital com base no controle pva

    do sobre os meiOS de produ91o e Circula91oo C)estatismo visa(visaVa?)amamizagao dO poder,ou saa,o aumento da capacidade militar e ideo16gica doaparato polico para lmpor seus ottetiVOs sobre um n`mero maior de suJeitOS enOs nfveis lnais profundos de seu consciente.

    As rela95es sOCiais de produ9aO e,pOrtanto,o modo de produ91o detellllinanl a apropa91o o os usos do excedente.Uina questao)parte,embora fundamental,6 o nfvel desse excedente detellllinado pela produtividade de um processo produtivo especffico,ou sla,pe10 fndice do valor de cada unidade de produ910 enrela91o ao Valor de cada unidade de insumos.Os pr6pos nfveis de pro

    dutividade dependem da rela9ao entre a rnaode_Obra c a rnat6ria,como umafun

    91o do uso dos meios de produ91o pela aplica91o de energia c conhecimentosEsse processo 6 caracterizado pelas rela95es t6cnicas de produ91o,que definemmodos de desenvolviln