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UFMG LRSS Soldagem Subaquática SOLDAGEM SUBAQUÁTICA Prof. Alexandre Queiroz Bracarense Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Engenharia Mecânica Laboratório de Robótica Soldagem e Simulação

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SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

Prof. Alexandre Queiroz BracarenseUniversidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Engenharia MecânicaLaboratório de Robótica Soldagem e Simulação

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UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

DEMEC – Departamento de Engenharia Mecânica

LRSS – Laboratório de Robótica Soldagem e Simulação

MG – BH – UFMG

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Estudar fenômenos físicos, químicos, mecânicos e metalúrgicos para automatizar processos de

soldagem

Ajudar tecnicamente e cientificamente profissionais e empresas da área de automação

da soldagem a desenvolver e implementar novas tecnologias alem de realizar consultoria em

robótica, soldagem e simulação.

Filosofia

Proposta

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LRSS - Atuações

Processo de soldagem, metalurgia da soldagem, fisica da soldagem, ensaios não destrutivos, robótica e controle e

automação.

Ensino – Graduação e pós graduação

Soldagem subaquática molhada, soldagem robotizada e corrosão

Pesquisa

Soldagem robotizada, caracterização, análise, projeto de soldas, elementos finitos, etc.

Extensão - Serviço

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LRSS – Ensino Níveis

Formação de engenheiros mecânicos e metalúrgicos.

Formação de soldadores no CIPMOI.

Engenharia

Soldadores

Formação de mestres e doutores na especialização de soldagem e robótica com disciplinas teóricas e práticas sobre Processos de

Soldagem, Metalurgia da Soldagem, Ensaios e Robótica.

Mestrado e Doutorado (Pós-Graduação strito senso)

CTA- (ABS (Associação Brasileira de Soldagem) e IIW (International Institute of Welding)) – Formação de engenheiro de soldgem

Internacional

Especialista (Pós-Graduação lato senso)

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É único (soldagem e corte), por ser realizado emambiente submerso.

Os procedimentos de soldagem e corte subaquáticosexistem para praticamente qualquer tarefa requerida.Basicamente manutenção.

Tem crescido devido o crescente interesse naexploração, perfuração e recuperação de óleo e gásnatural no mar pela indústria do petróleo e porcompanhias energéticas para manutenção dehidroelétricas.

3 pontos

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

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Soldagem subaquática úmida para reparos em componentesde estruturas offshore.

Golfo do México

ALGUNS EXEMPLOS

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Trincas de fadiga

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Montagem de um braço horizontal

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Soldagem de abraçadeiras

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Estruturadanificada

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EstruturaRecuperada

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Reparo

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Principais problemas a serem resolvidos no caso de reparos:

– Corrosão; – Trinca por fadiga;– Trincas por impacto de navios;– Deformações causadas por tempestade;– Modificações estruturais;– Descargas elétricas.

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1)Soldagem subaquática seca, mais conhecida como soldagem hiperbárica, a qual é geralmente feita com o auxílio de câmaras das quais a água é removida. São 4 tipos:

Soldagem seca localizada Soldagem em caixa seca Soldagem em habitat ou câmara hiperbárica Soldagem em câmara

2)Soldagem subaquática molhada, já mostrada, na qual asoldagem é feita debaixo d’água diretamente exposta aoambiente aquoso. É a mais “interessante”!!

BASICAMENTE EXISTEM DOIS TIPOS DE SOLDAGEMSUBAQUÁTICA:

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CLASSES DE SOLDAAWS D3.6 e PETROBRAS N 2036b

CLASSE A – Qualidade estrutural. Atende requisitos de tenacidade.Normalmente alcançada com a seca.

CLASSE B – Qualidade estrutural limitada. Alcançável com a úmida.

CLASSE C – Fixação de elementos não estruturais a membros estruturais. Oprincipal objetivo é não provocar trincas no membro estrutural. Facilmentealcançável com a úmida.

CLASSE O – Regida por outro código ou norma.

CLASSE P – Exclusiva na N-2036 b - Fixação de elementos não estruturais amembros ou componentes não estruturais.

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Virtualmente todos os processos de soldagem tem sidoexperimentados submersos, em laboratório ou em condiçõesnaturais.

A maior parte dos desenvolvimentos consistem de modificaçõesnos procedimentos conhecidos que auxiliam a isolar o processode soldagem da água circundante.

• Soldagem submersa em ambiente seco – em “habitat” oucâmara - GMAW, GTAW, PAW e SMAW.

• Soldagem em ambiente seco – caixa seca ou localizada –SMAW, GMAW e FCAW.

• Soldagem úmida ou MOLHADA – SMAW e recentementeFCAW e FW.

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SOLDAGEM A SECOO volume contendo o arco e a região aser soldada, no todo ou em parte, éseparado da água por meio de umenvoltório cheio de gás a pressãoambiente, com aberturas parapermitir o acesso.Soldas de maior qualidade -Geralmente Classe A

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Soldagem Seca Localizada

Esta câmara proporciona uma região protegida entre a peça de trabalho e oambiente úmido e possui espaço suficiente para o eletrodo ou a tocha desoldagem.

Para soldagem SMAW o tamanho do envoltório é umponto crítico, e deve ser dimensionado de acordocom o volume de gás a ser gerado no arco. Muito gástrará uma tendência do abrigo se desprender dapeça de trabalho, enquanto que uma pequenaquantidade de gás pode ser ineficiente para removera água do abrigo.

Para o processo GMAW pode-se usar aindauma pequena câmara móvel a qual contéma tocha e que move, junto com omergulhador ao longo do cordão de soldaque se deseje fazer. A tocha é manipuladacomo se faz na soldagem na superfície.

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Soldagem em Caixa SecaA soldagem é realizada em uma câmara, preenchida com um gás, grande obastante para acomodar a área de trabalho e a cabeça e parte superior docorpo do soldador/mergulhador, vestido em um traje de mergulho completo.Esta montagem remove a água de uma região bem maior que no casoanterior.A água é removida por uma mistura de gases pressurizados, porém ohidrogênio não é completamente removido por causa da alta umidade quefica dentro das câmaras.A alta temperatura e alta umidade presente na câmara fazem com que ascondições de trabalho sejam péssimas. Porém, o problema de visibilidade eestabilidade posicional são resolvidos.Este processo é mais caro que o anterior, mas justificável em alguns casos.

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Soldagem em Habitat ou câmara hiperbáricaA água é deslocada de uma grande câmara, por meio da injeção de um gásem seu interior.A área de solda é completamente isolada da água, mas se encontra napressão do local correspondente a altura da coluna de água.Os soldadores não utilizam trajes de mergulho nesta câmara e existeespaço suficiente para a realização dos preparativos para a soldagem eposicionamento de equipamentos.

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Soldagem em câmaraA soldagem é realizada em uma câmara, a pressão de 1 atm, que é montadaao redor do local onde devem ser realizados os trabalhos. Nestas condições asoldagem praticamente não é afetada pelas propriedades da água ou pelosefeitos da profundidade.

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SOLDAGEM MOLHADA

Como o próprio nome diz é asoldagem feita debaixo d’água. Asdificuldades geradas pelo ambienteaquoso tem sido verificadas desde oinício do século passado.soldas de menor qualidade -Geralmente Classe B ou C

Além da própria dificuldade operacionaldo processo, as soldas subaquáticasMOLHADAS sofrem um efeito do rápidoresfriamento devido à água que circundao ambiente, causando uma maiorsusceptibilidade a trincas por hidrogênioe reduzindo drasticamente o limite deresistência e a dutilidade, comparando-se com soldas feitas na superfície.

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Desde muito tempo, a soldagem subaquática MOLHADA, e mesmo a SECA,tem sido evitada, exceto em situações especialmente favoráveis, ou emreparos temporários;

Recentemente, a soldagem subaquática MOLHADA é utilizada apenas paratrabalhos de reparos temporários e em ambientes desfavoráveis;

Em breve porém, não será possível pré-fabricar na superfície todas asestruturas necessárias, devido ao crescente aumento e complexidade doscomponentes subaquáticos;

Devido a este fato, o interesse na soldagem subaquática e as pesquisas nestecampo vêm crescendo em todo o mundo.

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PROCESSOS DE SOLDAGEM MOLHADA

SOLDAGEM MOLHADA COM ELETRODOS REVESTIDOSLargamente aplicada em águas rasas. Ainda em estágio de desenvolvimento buscando atingir qualidadeestrutural.SOLDAGEM MOLHADA COM ARAME TUBULARAinda em estágio de desenvolvimento buscando atingir qualidade estrutural. Poucas aplicações de campo sãoconhecidas, todas em águas rasas.PROCESSO MIG/MAGTestado apenas em laboratório. Nenhuma aplicação de campo é conhecida em virtude da pouca estabilidadedo processo.SOLDAGEM COM CORTINA GASOSAUtiliza os processos MIG/MAG ou arame tubular. Embora seja possível obter qualidade estrutural, não sãoconhecidas aplicações de campo por dificuldades operacionais. A maior limitação é a pouca visibilidadedecorrente da intensa evolução de bolhas do gás de proteção.SOLDAGEM POR ATRITOEmpregado na soldagem de estojos em estruturas para fixação de diversos dispositivos temporários oupermanentes. Existem equipamentos e consumíveis comercialmente disponíveis. O processo é pouco sensívelao aumento da pressão e passível de automação. É, portanto, muito promissor.SOLDAGEM POR EXPLOSÃOO processo é pouco sensível ao aumento da pressão. Embora não seja aplicado no campo, apresenta potencialpara reparo em águas profundas considerando a possibilidade de automação.SOLDAGEM ALUMINOTÉRMICATestado para soldagem de contato elétrico de anodos com bons resultados. Não tem sido empregado nocampo.

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SOLDAGEM MOLHADA COM ELETRODOS REVESTIDOS

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SOLDAGEM MOLHADA COM ARAME TUBULAR

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POSIÇÕES

DE

SOLDAGEM

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Nas flutuantesA maioria dos danos ocorrem aprofundidades de apenas 20m;As plataformas flutuantes são classificadascomo “navios”;Devido a condição, as soldas serão quaseiguais as soldas da construção do navio;Docagem é muito cara!!

Por que soldagem subaquática molhada é interessante para o Brasil?

81 plataformas fixas.14 unidades semi-submersíveis flutuantes.44 unidades flutuantes (FPSO’s – Floating, Prodution, Storage and Offloading).

Plataformas na costa Brasileira – Maio de 2018

- IBP

Fixas Flutuantes

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Dificuldades operacionais

O processo de soldagem requer uma boa visibilidade e um tempoconsiderável. Ambos requerimentos são difíceis em ambientessubaquáticos;

A falta de visibilidade causa problemas, não apenas durante asoldagem propriamente dita, atrapalhando o bomposicionamento e controle do cordão de solda, mas também geraum grande obstáculo para o mergulhador posicionar e manipularo equipamento;

Esta desorientação faz de cada movimento um movimento lentoe complicado;

Estas péssimas condições requerem procedimentos de segurançamais elaborados e, consequentemente, mais demorados.

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Devido à série de demandas impostas ao mergulhador em relação aoprocedimento de descompressão, o tempo em que ele permanece no fundo élimitado e muito caro;

Novas técnicas de mergulho estão sendo utilizadas mais regularmente emconjunto com operações de soldagem subaquática. Problemas de suporte àsobrevivência do mergulhador estão sendo resolvidos através de misturaspara respiração mais sofisticadas, equipamentos, procedimentos operacionaise equipamentos de monitoramento;

A soldagem da junta propriamente dita se torna apenas uma pequena partede uma operação bem sucedida de soldagem subaquática;

Nenhum eletrodo revestido tinha sido, até pouco tempo, especialmentedesenvolvido para a soldagem subaquática. Os eletrodos em uso foramselecionados dentre aqueles que são utilizados fora d’água e adaptados paraas aplicações debaixo d’água. O tipo de eletrodo mais utilizado na soldagemsubaquática é o rutílico (Exx13) e o material mais utilizado para fazer aproteção a prova d’água é o verniz tipo vinílico ou a parafina.

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Em operação, o revestimento queima mais devagar do que a alma parapropiciar um comprimento de arco adequado, simplificando a operação desoldagem. Nestas condições, o arco opera na cavidade, parcialmente protegidoda água que circunda o ambiente – soldagem por arraste.

Por causa da pequena visibilidade, frequentemente observada na soldagemsubaquática, é mais desejável que se solde com uma guia para o eletrodo.Por esta razão, juntas em T e sobrepostas são as preferidas. Juntas de toposão muito difíceis de soldar manualmente com eletrodo revestido em geral.

Juntas mais utilizadas em soldagem subaquática molhada:

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Fontes de soldagem de pelo menos 300A DC;

Cabo de soldagem extra-flexível com o tamanho mínimo de 2/0 e cabos terra;

Interruptor de duplo pólo;

Porta-eletrodo totalmente isolado;

Roupa de mergulhador equipada com comunicadores;

Proteção para olhos;

Luvas de borracha;

Escova, Picadeira e Lixadeira.

Equipamento para a soldagem subaquática com eletrodo revestido:

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a) A pressão hiperbárica acentua a instabilidade do arco pela constrição do arco e aumento na densidade de energia;

b) A possibilidade do sopro magnético é aumentada;

c) A dissociação da água promove a absorção de hidrogênio pelo metal de solda;

d) O ambiente, ou seja, o grande volume de água ao redor da região de solda promove uma elevada taxa de resfriamento no material.

e) O aumento na pressão provoca perda de manganês e silício e um aumento nas quantidades de carbono e oxigênio no metal de solda de aço.

VARIÁVEIS ESSENCIAIS

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Alta taxa de resfriamento

Alta dureza da ZTA

Trinca na ZTA

Poros

Mn e Si (inclusões)

H no metalH2O

O no metal

H2O

C no metal CO

Redução da Tenacidade e Resistência

Falta de Fusão Apr. de escóriaInstabilidade do Arco

EFEITOS DA ÁGUA NA QUALIDADE DAS JUNTASSUBAQUATICAS MOLHADAS

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PRINCIPAL PROBLEMA - POROS

O gás contido nos poros é constituído principalmente de hidrogênio, seguido de vapor de água, CO2 e O2.

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A porosidade no metal de solda aumenta com o aumento da profundidade de soldagem

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INFLUÊNCIA DA POROSIDADE NA RESISTÊNCIA AO IMPACTO

o aumento da quantidade de poros reduz a resistência ao impacto do metal de solda

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Abso

rvid

a C

harp

y-V

a 0

°C (J

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Porosidade no Corpo-de-Prova (% vol.)

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ABSORÇÃO DE GASES - AUMENTO DO TEOR DE OXIGÊNIOE PERDA DE ELEMENTOS DE LIGA DESOXIDANTES

(Ibarra, Grubbs e Olson, 1987)

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Absorção de Gases

Aumento do Teor de Oxigênio

e Formação de inclusões

Óxidos de Al, Si, Mn, Fe, Ti

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OUTRO PROBLEMA: FISSURAÇÃO INDUZIDA POR HIDROGÊNIO

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TEOR DE HIDROGÊNIO EM SOLDAS MOLHADAS

• O teor de hidrogênio das soldas molhadas varia com o tipo de revestimento do eletrodo;

• Eletrodos oxidantes depositam soldas com o mais baixo teor de hidrogênio difusível.

(Gooch, 1983)

Eletrodos rutílicos – melhores em aspectos operacionais: remoção de

escória, aspecto do cordão, estabilidade do arco – São os comerciais

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bsor

vida

@ 0o C

(J)

Teor de Níquel no Metal de Solda (Peso)

Baixo Teor de Hidrogênio,

Propriedades Mecânicas,

Porosidade, Operabilidade.

Adição de Ni ao Revestimento.

[O]=2200 ppm

(Pope e Liu, 1995)

(Medeiros e Liu 1998)

Eletrodo oxidante – pesquisa de brasileiros

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Em geral, a tensão necessária na soldagem subaquática é maior do que na soldagem na superfície. Isto é devido aos seguintes fatos:

Por outro lado para manter o mesmo aporte de calor durante a soldagem a tensão deve aumentar.

• Devido ao rápido resfriamento, uma maior quantidade de calor se dissipa para a água e um maior aporte de calor é necessário. Com isso, uma tensão maior é necessária.

• O alto hidrogênio presente na região do arco aumenta a resistência elétrica da região o que ocasiona uma maior tensão.

• Com o aumento da profundidade (pressão),o diâmetro da coluna do arco diminui ecomo mais corrente estará disponível(densidade de corrente aumenta), a tensãotende a diminuir.

EFEITOS DA ÁGUA NAS VARIÁVEIS OPERACIONAIS

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A densidade de corrente nas soldas subaquáticas chega a ser de 5 a 10 vezes maior do que as densidades de corrente das soldas feitas na superfície.

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Vaso para soldagem subaquática molhada. Resiste à pressões internas

equivalentes à 200 metros de profundidade

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA ÚMIDA – LRSS – UFMG - 1996Aquário para soldagem subaquática molhada.

Vista dentro do tanque

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Dispositivos para soldagem porgravidade – Soldagem porarraste

PLANO

VERTICAL DESCENDENTE

SOBRE CABEÇA

ABERTURA DO ARCO

Boia

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Alguns resultados

Foi estudado a combinação de 3 eletrodos (E7018 (básico),

E6013 (rutílico) e E7024 (rutílico com pó de ferro)), 3 aços (A36, A572 e API 5L –

X50) e 3 profundidades (50, 100 e 150m).

PRIMEIRO PROJETO

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E6013 - 50 metros

E6013 - 100 metros

50m

100m

E6013 E7018 E7024

290A

290A

CORDÕES SOBRE CHAPA

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E6013 - 50 metros

E6013 - 100 metros

SOLDAGEM EM CHANFRO

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Porosidade

Geometria do Cordão

Localização dos Poros

Micro/Macrografias

DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS

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Eletrodo E6013 a 50 metros, Aço A-36

Amostra APorosidade

2,9% Amostra BPorosidade

1,1% Amostra CPorosidade

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UM DOS ESTUDOS

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Amostra APorosidade

11,3% Amostra BPorosidade

4,4% Amostra CPorosidade

2,1%

Eletrodo E7024 a 50 metros, Aço A-572

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A-36 50 m

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A B CAmostra

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)E6013(+)E6013(+)E6013(-)E7018(+)E7018(+)E7018(-)E7024(+)E7024(+)E7024(-)

A-36 100 m

05

10152025303540

A B CAmostra

Poro

sida

de (%

)E6013(+)E6013(+)E6013(-)E7018(+)E7018(+)E7018(-)E7024(+)E7024(+)E7024(-)

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E6013agua260(+)

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20 30 40 50 60 70 80Tempo (s)

Tem

pera

tura

(ºC

)

ASSOCIOU-SE ESTA DIMINUIÇÃO DE POROSIDADE NO FINAL DO CORDÃOAO AQUECIMENTO DO ELETRODO

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PROJETO CSMjaneiro 2007 a dezembro 2018

• Aumentar o conhecimento sobre os fenômenos dasoldagem subaquática molhada;

• Desenvolver um eletrodo com o mais baixo teor dehidrogênio difusível possível (eletrodo oxidante) mantendoa operacionabilidade aceitável (eletrodo rutílico);

• Avaliar técnicas que permitam qualificar o procedimentodentro da qualificação CLASSE A (qualidade estrutural).

Objetivos

Desenvolvimento de um eletrodo oxi-rutilico

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• FASE 1 - Avaliação de 5 eletrodos comerciais (4 rutílicos e 1 oxidante) para soldagem molhada em pequena lâmina d’água (0,5m);

• FASE 2 - Fabricação e avaliação de corridas de eletrodos experimentais do tipo oxi-rutílico;

• FASE 3 - Fabricação e avaliação de novas corridas (F1 a F4) de eletrodos experimentais a partir dos melhores Resultados da fase 2 -TESTE DE CAMPO (MAR);

• FASE 4 – Soldagem de juntas a 10m e 20m com eletrodos comerciais e experimentais selecionados – EM LABORATÓRIO E EM CAMPO (MAR);

FASES

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Fase 1 – Avaliação dos Eletrodos comerciaisNautica (N) (USA) – R$ 70,00 / kg - rutílico

Hydroweld (W) (USA) – R$ 195,10 / kg - rutílico

Broco - Soft touch (S) (USA) – R$ 145,70 / kg - rutílico

Broco – Easy touch (T) (USA) – R$ 121,40 /kg - rutílico

OK 4140 – ESAB (A) (Brasileiro) - -------------- - oxidante

Corte longitudinal. Mag 50X

Todos os eletrodos rutilicos comerciais se comportaram bem durante a soldagem.

Problemas detectados: baixa dutilidade com baixa elongação e alto teor de hidrogênio o que

leva a trincas de hidrogênio.O eletrodo oxidante era muito

ruim!

Trincas

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E2 – 18,8

E3 – 30,8

E1 – 27,8

E4 – 21,63

E5 – 17,51

E6 – 35,08

E7 – 13,43

E8 – 19,03

A1 – 20,43

SiO2 em peso

TiO2

27,818,8

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17,5

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Medeiros Fe2O3 – SiO2 – CaCO3

31

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Pope Fe2O3 – SiO2 – TiO2

SiO2Fe2O3

Fase 2 - Formulações

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Fabricação e avaliação de novas corridas de eletrodosexperimentais e testes de campo.

Fase 3 - Formulações

FASE 4 – Soldagem de juntas a 10m e 20m

Eletrodos comerciais: W, S e AEletrodos experimentais: F2 e F4

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Soldagem no campo

Na cidade de CAMPOS no SENAI

No PIER no porto de SALVADOR

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TESTES REALIZADOS

• Determinação do teor de hidrogênio difusível;

• Análise macrográfica e caracterização microestrutural por microscopia ótica;

• Determinação da composição química do metal de solda (com exceção dooxigênio) por espectrometria de emissão ótica;

• Determinação do teor de oxigênio do metal de solda com equipamentoLECO;

• Quantificação e análise química das inclusões por microscopia eletrônica devarredura;

• Medição de dureza Vickers com carga de 1kg e 5kg;

• Ensaios de tração transversal e de tração do metal de solda;

• Ensaios Charpy V a 0ºC

• Avaliação da soldabilidade operatória por indicadores de aspecto, degeometria de cordão e de estabilidade do arco elétrico.

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Hidrogênio difusível - Todos os eletrodos

Hidrogênio difusível (profundidade = 0,5m)

0

20

40

60

80

100

120

W1 N1 T1 S1 A1 E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8

Eletrodo

Hdif

(ml/1

00g)

Comerciais rutílicos

Comercial oxidante

Experimentais Oxi-rutílicos

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

ica

Comparação entre macrografias de múltiplos passes de soldas depositados com 2 eletrodos comerciais e 1 experimental em duas profundidades.

ESAB - Wetweld 70

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

ica

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

ica

AS PESQUISAS CONTINUAM NO LRSS – UFMGDESENVOLVIMENTO DO ARAME TUBULAR

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

ica

Desenvolvimento da tocha para soldagem

A tocha desenvolvida possui

um sistema de vedação na saída do

arameque impede a

entrada de água na região do bico de

contato.

Sem o sistema

de vedação

Com osistema

de vedação

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

ica

Desenvolvimento de estudo de Fadiga subaquática

Flexo rotação para poder usar no tanque.

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

ica

Os resultadosmostraram que a vida a fadigadiminui com a

pressão da água.

Pressurizados – 5 atm

Refrigerados

Lamina d´água

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

ica

CP normalizado

Fadiga subaquatica com corpo de prova de CTOD

Trinca

UFMG

LRSS

Sold

agem

Suba

quát

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Nestes últimos 21 anos foram desenvolvidos no LRSS – UFMGna área de soldagem subaquática

3 produtos (eletrodo WETWELD70, massa para abrir arco e dispositivo desoldagem)

10 dissertações (Marcelo Teodoro Assunção(2018), Andrés Mauricio MorenoUribe (2018), Marcelo Teodoro Assunção (2017), Aline Gonçalvez deSouza(2016), Luis Edmundo Ramírez Luna (2013), Ariel Rodriguez Arias (2012),Weslley Carlos Dias da Silva (2012), Frederico Oliveira Rosa (2012), LucianoGeraldo Damasceno Andrade (2010), Ezequiel Caires Pereira Pessoa (2003))

5 teses (Ariel Rodrigues Arias (2017), Claudio Turani (2009), Carlos AlbertoCarvalho Castro (2007), Ezequiel Caires Pereira Pessoa (2007)e Roberto DiLorenzo (2005))

~20 trabalhos de graduação

~100 publicações (nacionais e internacionais)

UFMG

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Sold

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SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

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