solo - pedogênese
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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Gestão Ambiental – 2014
Aula 12
Prof. Biól. Leandro A. Machado de Moura [email protected]
Solo • É um meio complexo e heterogêneo, produto de alteração do remanejamento
e da organização do material original (rocha, sedimento ou outro solo), sob a ação da vida, da atmosfera e das trocas de energia que aí se manifestam. É consItuído por quanIdades variáveis de minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos, incluindo plantas, bactérias, fungos, protozoários, invertebrados e outros animais.
Principais funções: • Sustentação da vida e do habitat • Manutenção do ciclo da água e dos nutrientes; • Proteção da água subterrânea; • Manutenção do patrimônio histórico, natural e cultural; • Conservação das reservas minerais e de matérias primas, • Produção de alimentos; • Meio para manutenção da aIvidade sócio-‐econômica.
SOLOS
(Fonte: CETESB, 2014)
Pedogênese • É o processo químico e Usico de alteração (adição, remoção, transporte e
modificação) que atua sobre um material litológico, originando um solo.
• Solos estão constantemente em desenvolvimento, nunca estando estáIcos, por mais curto que seja o tempo considerado.
• Um solo é o produto de uma ação combinada e concomitante de diversos fatores. A maior ou menor intensidade de algum fator pode ser determinante na criação de um ou outro solo. São comumente ditos como fatores da formação de solo 2 : clima, material de origem, organismos, tempo e relevo.
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Morfologia – classificação A úlIma versão do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) é dividida em 13 ordens de solo: 1. Argissolo, 2. Cambissolo, 3. Chernossolo, 4. Espodossolo, 5. Gleissolo, 6. Latossolo, 7. Luvissolo, 8. Neossolo, 9. Nitossolo, 10. Organossolo, 11. Planossolo, 12. Plintossolo e 13. VerIssolo.
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Morfologia – Classificação Taxonômica Ex.: Argilosolo São solos consItuídos por material mineral, caracterizado pela argila, apresentando horizonte B textural imediatamente abaixo do A ou E, com argila de aIvidade baixa ou com argila de aIvidade alta conjugada com saturação por bases baixa e/ou caráter alíIco na maior parte do horizonte B. REFERÊNCIA PARA A CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS: EMBRAPA -‐ CNPS. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa-‐SPI; Rio de Janeiro: Embrapa-‐Solos, 2006.
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Morfologia – Horizontes e Perfis
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Um solo possuí camadas horizontais de morfologia diferente entre si. Essas camadas são chamadas de horizontes. Essas camadas, apesar de todos as normas e técnicas, dependem para sua delimitação em campo estritamente dos senIdos do pedólogo. A soma destas camadas define o perfil do solo. Com a ação pedogenéIca, tal como perturbação de seres vivos, infiltração de água, entre outros, é variável ao perfil. Diz-‐se que quanto mais distante da rocha mãe, mais intensa e/ou anIga foi a ação pedogenéIca.
Pedogênese
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Pedogênese
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Morfologia – Classificação Granulométrica Solos arenosos São aqueles que tem grande parte de suas parkculas classificadas na fração areia,formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários. Solos siltosos São aqueles que tem grande parte de suas parkculas classificadas na fração silte, de tamanho entre 0,05 e 0,002mm, geralmente são muito erosíveis. O silte não se agrega como as argilas e ao mesmo tempo suas parkculas são muito pequenas e leves. São geralmente finos. Solos argilosos São aqueles que tem grande parte de suas parkculas classificadas na fração argila, de tamanho menor que 0,002mm. Não são tão arejados, mas armazenam mais água quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora alguns solos brasileiros muito argilosos apresentam grande permeabilidade -‐ graças aos poros de origem biológica. Formam pequenos grãos que lembram a sensação tácIl de pó-‐de-‐café e isso lhes dá certas caraterísIcas similares ao arenoso.
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Morfologia – Classificação Granulométrica
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Morfologia – Classificação Granulométrica
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Morfologia – Classificação Granulométrica Solos humosos ou orgânicos Composto de materiais orgânicos (restos de organismos mortos e em decomposição), além da areia e da argila. O húmus é o resíduo ou composto solúvel originado pela biodegradação da matéria orgânica, que o torna disponível para as plantas nutrientes minerais e gasosos como o nitrogênio (N).
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Morfologia – Classificação Granulométrica Latossolos Geralmente são solos muito profundos (maior que 2 m), bem desenvolvidos, localizados em terrenos planos ou pouco ondulados, tem textura granular e coloração amarela a vermelha escura. São solos kpicos de regiões de clima tropical úmido e semi-‐úmido, como Brasil e a África central. Sua coloração pode ser avermelhada, alaranjada ou amarelada. Isso evidencia concentração de óxidos de Fe e Al em tais solos. Solos lixiviados São aqueles que a grande quanIdade de chuva carrega seus nutrientes, tornando o solo pobre (pobre em potássio e nitrogênio). Solos Áridos São aqueles que pela ausência de chuva não desenvolvem seu solo. Solos de Montanhas São solos é jovens, pouco inteperizados.
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Análise do solo Textura Depende da proporção de areia, do silte ou argila na sua composição. As porcentagens de argila, silte e areia mudam bastante ao longo da extensão de um terreno. A maneira em que esses diferentes Ipos de grãos se distribuem é de extrema importância na disseminação da água no solo. A textura modifica o movimento da água. Cor Como a cor é algo bastante subjeIvo, geralmente em todo o mundo se uIliza uma tabela de cor padrão, chamada de Münsell. Esta tabela consiste em aproximadamente 170 cores arranjadas de formas diversas. A cor implica diversas considerações imediatas sobre o solo. Geralmente, quanto mais escura, maior será o conteúdo de matéria orgânica. Já a presença de óxidos de ferro dão tons avermelhados para o solos. A cor preto-‐azulado pode determinar magnésios.
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Análise do solo Estrutura As parkculas da textura podem se encontrar agregadas (porém não como rochas). A estrutura é então referente ao tamanho, forma e aspecto destes agregados. Consistência Os agregados, por sua vez, têm diversos graus de adesão, podendo ser mais friáveis (macios) ou mais brandos (duros). A resistência desses agregados é conhecida como consistência, e, como depende da textura, porosidade e outros fatores, é também testada em amostras Porosidade Poros são os ”espaços" dentro do solo. O maior fator de criação de tais poros é o bioma compostos pela fauna edáfica, em especial minhocas, vermes e insetos. Os poros ajudam a penetração de água e sua permeabilidade, que, por sua vez, transporta material para dentro do solo, dos horizontes mais superficiais para os mais profundos.
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Análise do solo Feralidade e erosão O solo funciona como alicerce da vida terrestre. Os micro e macro nutrientes, assim como boa porção da água que plantas necessitam, estão nos solos. Para essa vida exisIr, o equilíbrio dentro solo -‐ que age desta forma como um corpo mediator entre litosfera, hidrosfera, biosfera e atmosfera -‐ deve estar preservado e adequado. Quando isto ocorre, diz se que o solos está férIl. Se um dos elementos necessários à vida não esIver presente, ou esIver em número insuficiente para aquele bioma, o solo está inférIl e deve ser arIficialmente corrigido. Muitas vezes, é o próprio homem que torna seu solo inférIl, através da erosão ou exploração acelerada.
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Erosão • É um processo de deslocamento de terra ou de rochas de uma superUcie. • Pode ocorrer por ação de fenômenos naturais ou antrópicos. Ações Antrópicas Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo: • os desmatamentos desprotegem os solos das chuvas. • o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provocam a
erosão acelerada devido ao declive do terreno. • as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações
extensivas para dar lugar a áreas plantadas. • a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o
seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
• aIvidades de mineração, de forma desordenada, onde os solos próximos podem perder sua estrutura de sustentação.
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Ações Naturais Geológica: consiste no movimento de rochas e sedimentos montanha abaixo principalmente devido à força da gravidade. • Glacial: as geleiras (glaciares) deslocam-‐se lentamente, no senIdo
descendente e o longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.
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Ações Naturais Eólica: ocorre quando o vento transporta parkculas diminutas que se chocam contra rochas e se dividem em mais parkculas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos desertos na forma de dunas e de montanhas retangulares ou também em zonas relaIvamente secas.
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Ações Naturais Hídrica: Pode ser: • Fluvial: é o desgaste do leito e das margens dos rios pelas suas águas. Este
processo pode levar a alterações no curso do rio. • Marinha: processo de atrito da água do mar com as rochas que acabam
cedendo transformando-‐se em grãos.
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Erosão Hídrica Pluvial: provocada pela reIrada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva. -‐ Laminar: lavagem superficial ou entre sulcos -‐ remoção uniforme de uma
camada superior de todo o terreno. -‐ Em sulcos: resulta de irregularidades na superUcie do solo devido à
concentração da enxurrada em determinados locais. -‐ Voçorocas: (Ravinas): vales de erosão onde a remoção é rápida a ponto
de não permiIr o desenvolvimento da vegetação.
FATORES ASSOCIADOS • Clima: chuvas, ventos, sol -‐ distribuição, quanIdade e intensidade • Topografia: declividade do terrenos • Cobertura vegetal • Composição do solo (textura, permeabilidade e profundidade)
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Erosão Laminar
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Erosão em Sulcos
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Voçoroca
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Ações Antropogênicas • Compactação do solo (pecuária e urbanização), • Desmatamento, • Queimadas, • Monocultura, • Uso incorreto de correIvos de solo, ferIlizantes...
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