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soluções estratégicas em economia

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soluções estratégicas em economia

os desafios do Brasil frente aos acordos de comércio internacionaldezembro 2007

roteiro1. pano de fundo: evolução recente do

comércio exterior brasileiro

2. mapa das negociações comerciais• regionais• inter-regionais• multilaterais

3. desafios

evolução do comércio exterior brasileiro

evolução recente do comércio exterior brasileiro

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1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

PIB e Comércio Exterior(1991 = 100)

Fonte: IBGE. Elaboração: LCA

•O peso do comércio exterior no PIB vem crescendo muito•Acordos comerciais têm papel secundário no processo

PIB

M

X

evolução recente do comércio exterior brasileiro

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89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07*

NAFTA+UE ALADI (excl. México)

Ásia (excl. Oriente Médio) Outros

Destino das exportações brasileiras (bens) (% do total)

*Acumulado em 12 meses até outubroFonte dados primários: FUNCEX. Elaboração: LCA

•Também cresce a diversificação do destino das exportações•Mercosul/Aladi é o único acordo comercial relevante para tanto

evolução recente do comércio exterior brasileiro

5

15

25

35

45

55

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07*

NAFTA+UE ALADI (excl. México)

Ásia (excl. Oriente Médio) Outros

Origem das importações brasileiras (bens) (% do total)

*Acumulado em 12 meses até outubroFonte dados primários: FUNCEX. Elaboração: LCA

evolução recente do comércio exterior brasileiro

-10

-5

0

5

10

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20

25

NAFTA + UE ALADI (excl. México) Ásia (excl. OrienteMédio)

Outros

98 07(a)

(a) Acumulado em 12 meses até outubro. Fonte dados primários: FUNCEX. Elaboração: LCA

Saldo comercial por regiões (US$ bilhões)

•Superávit comercial se concentra na relação com PDs e com Aladi

(US$ mi)

Básicos Semimanufaturados Manufaturados Total (a)

UE + EUA + Canadá 15.384 7.683 -2.103 20.964

ALADI -2.289 -593 17.704 14.822

ASIA (excl Oriente Médio) 11.421 4.400 -17.968 -2.147

Outros -1.455 3.721 7.188 9.453

Total 23.062 15.211 4.820 43.093

(a)exclui operações especiais. Fonte: M DIC.

Saldo comercial por fator agregado e destino, em 2006

evolução recente do comércio exterior brasileiro

Prioridades nas negociações comerciais•ofensiva: ampliar exportações agrícolas aos PDs•defensiva: preservar o mercado latino-americano de manufaturados

mapa das negociações comerciais

mapa das negociações comerciais

forças centrífugas

•assédio dos EUA e da UE por acordos comerciais bilaterais

•frustração dos sócios de menor porte do Mercosul

•redução da convergência doutrinária

integração da América do Sul

governos desenvolvimentistas/nacionalistasvs

viés liberalizante dos anos 90

integração da América do Sul

•redução da instabilidade macroeconômica

•retomada do crescimento•fortalecimento das contas externas•alívio da crise fiscal/ financeira do Estado

•iniciativa de integração de infra-estrutura

•crescimento do IDE intra-regional

forças centrípetas

comércio reduzido, tema secundário

•agenda do Brasil tem viés defensivo

(barreiras a trigo, vinho, arroz, frutas)

agricultura

negociações comerciaisregionais

afora exceções pontuais, tarifas são bastante baixas (Aladi, excluindo México, é quase área de livre comércio)

•mercado importante para a indústria brasileira (sobretudo para bens de maior valor agregado), ameaçado por asiáticos/ reduções tarifárias

•obstáculos não-tarifários ao comércio regional ainda são relevantes

indústria

negociações comerciaisregionais

agendas pouco trabalhadas, mas cuja

importância deverá ser crescente

serviços e novos temas

negociações comerciaisregionais

agricultura

questão central é acesso a mercados

•Brasil pleiteia redução de:

•barreiras tarifárias e não-tarifárias•subsídios domésticos•subsídios/créditos à exportação

negociações comerciaisinter-regionais/ ALCA e Mercosul x UE

é o núcleo duro do protecionismo dos PDs: questão remetida à OMC

Tarifa Consolidada Tarifa Aplicada

Brasil 0 0

UE 41 40

EUA 50 50Fonte: OMC.

Tarifas non ad valorem

(% dos itens tarifários agrícolas atingidos)

agricultura

negociações comerciaisinter-regionais/ ALCA e Mercosul x UE

é o núcleo duro do protecionismo dos PDs: questão remetida à OMC

indústria

PDs demandam redução agressiva de tarifas

•é um dos maiores focos da agenda “defensiva” do Brasil

•pelo lado “ofensivo”, Embraer, aço, calçados e vestuário/têxteis são setores brasileiros que enfrentam obstáculos

negociações comerciaisinter-regionais/ ALCA e Mercosul x UE

indústria

negociações comerciaisinter-regionais/ ALCA e Mercosul x UE

Produtos não agrícolas

Tarifa Consolidada Tarifa Aplicada

Brasil 31 13

UE 4 4

EUA 3 3Fonte:

Tarifa média de importação (%)

•Distância entre tarifa consolidada e aplicada é ponderável

•Brasil resiste a reduzir para preservar margem de manobra

serviços

pressão do PDs por abertura é grande(focos de interesse: serviços financeiros, resseguros, transporte de cabotagem)

•resistência brasileira é grande

negociações comerciaisinter-regionais/ ALCA e Mercosul x UE

novos temas

negociações comerciaisinter-regionais/ ALCA e Mercosul x UE

PDs querem incluir nos acordos

•Brasil resiste bastante- preocupação de preservar espaço para políticas de desenvolvimento

negociações comerciaisinter-regionais com PEDs

•Índia•Sul da África (SACU)•Golfo Pérsico•Marrocos•Israel

parceiros com baixa complementariedade econômica;

perspectiva de ganhos limitados de novo acesso a mercados

agricultura

negociações comerciaismultilaterais / OMC

barreiras protecionistas dos PDs

indústria

•acesso a mercados: barreiras tarifárias e não-tarifárias (cotas, padrões, técnicos...)

•ações anti-dumping

Brasil lidera agenda defensiva dos PEDs, mas também tem interesses ofensivos (ex.: siderúrgicos, cotas para têxteis e calçados)

negociações comerciaismultilaterais / OMC

serviços

•Brasil é, em muitos casos, aberto (ex.: modo 3/IDE: bancos, seguradoras, telefonia), mas quer preservar espaço para fechar

•PDs exigem abertura maior e mais formalizada

negociações comerciaismultilaterais / OMC

novos temas

negociações comerciaismultilaterais / OMC

não são o foco desta rodada da OMC

desafios

desafios

liderar o esforço para abertura dos mercados agrícolas nos PDs

abrir-se à discussão de serviços e novos temas (sobretudo no âmbito regional)

- preocupação defensiva é legítima- mas há oportunidades ofensivas

(ex.: serviços TI, informatização bancária, engenharia, serviços empresariais)

desafios

explorar outros âmbitos de negociação (plurilaterais, setoriais, extra-diplomáticos)

ex.: Embraer/ OCDE;CEO Forum (Brasil x EUA)

desafios

aceitar os ônus de ser líder regional (concessões e apoio a parceiros menores)

liderar a integração regional com agenda “pós-tarifas”

•facilitação de comércio, normas técnicas...•integração de infra-estruturas

- mecanismos defensivos em mercado estratégico para a indústria

- oportunidades ofensivas em serviços (telecom, aviação, software, serviços financeiros)

- IDE brasileiro na região cria interesses na regulação

desafios

dosar energia gasta em iniciativas comerciais ditadas por prioridades de política externa

•dar maior prioridade a acordos comerciais que atendam a critérios comerciais

- tamanho do mercado

- oportunidades para expansão e diversificação de exportações

- níveis de proteção a produtos em que o Brasil é competitivo

Exs.: Canadá, Japão, China, México, Coréia, Rússia, Tailândia

desafios

reforçar a articulação da política comercial com outras políticas

- industrial ex.: TI é prioridade mas não figura na política comercial

- de crédito- de inovação

desafios

administrar o conflito entre a apreciação cambial e o atendimento às demandas de redução da proteção à indústria

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Taxa de câmbio efetiva real(a)(Média 95 a 98 = 100)

(a) Calculada com base nas exportações para os principais parceriros comerciais. Deflatores: IPCsFonte dados primários: FMI, BCB, IBGE, . Elaboração: LCA