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ISSN 1679-2645
Com uma equipe qualificada, SENAI destaca-se na oferta de serviços tecnológicos
SoluçõeS técnicaS
para a indúStria
� Bahia Indústria
Uma guerra fiscal que desequilibra a balançaO ano de 2011 fechou com um quadro pouco otimista para a in-
dústria de transformação nacional, e, em especial, a baiana, que
registrou o quarto pior resultado no ranking dos 13 estados que
participam da PIMPF-R, acima apenas do Ceará, Espírito San-
to e Santa Catarina. Na comparação com dezembro de 2010, a
produção física apresentou queda de 4,7%, maior que a média
nacional de -1,4%.
É neste cenário de desaceleração da produção que os repre-
sentantes da indústria nacional dão partida a uma mobilização
pelo fim da concessão de incentivos fiscais à importação, prática
que se revela perniciosa à economia brasileira, pois exporta em-
pregos e estimula a desindustrialização.
A despeito da sua inconstitucionalidade, a medida é adotada
de forma institucionalizada por dez estados da federação e en-
contra defensores no Congresso Nacional, onde, desde 2010, tra-
mita o Projeto de Resolução do Senado nº 72/2010, que pretende
por um fim à prática, sem grandes avanços.
Somando prejuízos e desequilíbrios à balança comercial dos
estados e do país, pelo estímulo artificial das importações, com
a retração na oferta de empregos, a conta acaba saindo extrema-
mente cara ao país. Estudo da Fiesp mostra que o Brasil deixou
de gerar cerca de 800 mil empregos nos últimos dez anos em ra-
zão da guerra dos portos e o Produto Interno Bruto que deixou
de ser gerado equivale ao da cidade de Camaçari, que abriga o
principal distrito industrial do estado.
Se a medida por si só gera distorções, pelo desequilíbrio nas
contas internas, seus efeitos podem ser ainda mais desastrosos
no longo prazo. Em um país onde a política cambial onera o setor
produtivo e os juros são os mais elevados do mundo, o favore-
cimento às importações de bens e produtos, vendidos a preços
mais baixos que o seu equivalente nacional, somente vem acen-
tuar ainda mais o desestímulo à atividade industrial.
O que se tem é um país dividido – com dez das suas unidades
federativas voltadas para os interesses individuais –, refém da
aprovação de uma medida que assegura isonomia fiscal no plano
nacional. Até quando o país vai fechar os olhos para esta guerra
que afeta o emprego do trabalhador e compromete o desenvolvi-
mento da indústria nacional? Com a resposta, o Congresso.
editorial
A despeito da sua inconstitucionalidade, a guerra dos portos é adotada de forma institucionalizada por dez estados da federação
Navio de carga na Baía
de Todos os Santos:
portos baianos não estão
entre os que concedem
benefícios à importação
joão A
lvArEz
� Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da
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ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria
da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-
caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
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to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e
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duSTrial Antônio Sérgio Alípio; coNSelho Para
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sistema fieb nas mídias sociais
SENAI oferece
1.760 vagas para
beneficiários de
programas
sociais
Pronatec inscreve
Implantação de estaleiro de grande
porte no Recôncavo estimula a formação
de nova cadeia de fornecedores e o
desenvolvimento da indústria metal-
-mecânica no estado
Grandes estaleiros inscrevem novo ciclo Para o setor naval
Teatro do SESI
comemora 15 anos
como espaço de
cultura alternativo
e descolado
cultura e arte
FIEB adere à mobilização nacional pelo
fim da concessão de incentivos à
importação, praticada por dez estados,
que está tirando empregos do país e
promovendo a desindustrialização
Guerra dos Portos: uma ameaça ao desenvolvimento
Reconhecido pelo
seu relevante
papel na
preparação de
mão de obra
especializada
para a indústria, o
SENAI também
atua oferecendo
serviços
qualificados e
soluções técnicas
serviços senai
Sumário fev/mAr 2012
23
FoTo
S jo
ão A
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Foto de joão alvarez
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joão AlvArEz
18
6 12
� Bahia Indústria
mobilização contra a guerra dos portosA CNI coordena mobilização nacional contra a concessão de incentivos às importações praticadas por dez estados
Por Patrícia Moreira Foto João alvarez
Nos últimos cinco anos, a
indústria brasileira per-
deu a capacidade de ge-
rar 771 mil empregos e o
Produto Interno Bruto (PIB) deixou
de crescer entre 0,5% e 0,7%, o que
corresponde a algo em torno de R$
18,7 bilhões, o equivalente ao PIB
de Camaçari e ao de estados como
Alagoas e Sergipe. As perdas são
atribuídas aos incentivos fiscais
à importação, concedidos por dez
estados brasileiros, prática que fi-
cou mais conhecida como guerra
dos portos e que está promovendo
a desindustrialização do país.
A medida, considerada incons-
titucional pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) e condenada pelo
Conselho Nacional de Política Fa-
zendária (Confaz), é alvo do Projeto
de Resolução do Senado nº 72/2010,
de autoria de Romero Jucá (PMDB-
RR), que tramita no Congresso. A
proposta de Jucá reduz e uniformi-
za a alíquota de Imposto sobre Cir-
culação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) nas operações interestadu-
ais com produtos importados, mas
enfrenta resistência da bancada
dos estados interessados na manu-
tenção da prática fiscal lesiva.
Caso a situação perdure, a ex-
pectativa para os próximos cinco
anos é que a indústria nacional
deixará de produzir, direta e indi-
retamente, o equivalente a R$ 61,8
bilhões e de gerar 859 mil empre-
gos. O cálculo dos prejuízos e as
projeções fazem parte de um estu-
do elaborado pela Federação das
Indústrias de Estado de São Paulo
(Fiesp), para o período entre 2001 e
2010, divulgado em março de 2011.
Ele serve de base para a mobiliza-
ção liderada pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI) para
sensibilizar o Senado para a urgên-
Bahia Indústria �
os portos
baianos não
aderiram à
concessão de
isenção às
importações,
considerada
lesiva ao país
cia de se dar um fim à guerra dos
portos. Uma destas ações foi a pu-
blicação, dia 1º de março, de um co-
municado, assinado por federações
de indústrias, incluindo a FIEB.
O estudo da Fiesp também reve-
lou que a política fiscal de impor-
tação praticada por dez estados
– Santa Catarina, Pernambuco,
Paraná, Goiás, Tocantins, Mato
Grosso do Sul, Maranhão, Sergipe,
Espírito Santo e Alagoas – também
gera desequilíbrios. Os estados
que adotaram uma tarifação dife-
renciada, importaram 411% a mais
entre 2001 e 2010, o que representa
um aumento de 9,8 pontos per-
centuais da participação destes
estados no total de importação de
industrializados no Brasil, contra
um aumento de 192% de volume
importado pelos estados que não
adotam a medida.
A tendência à desindustriali-
zação nacional, mostra o levan-
tamento, é agravada também por
outros fatores como a política
cambial, que mantém o dólar bai-
xo, a elevada carga tributária so-
bre os manufaturados, a alta taxa
de juros, que juntos desestimulam
a modernização e expansão in-
dustrial. Além disso, no mercado,
o produto industrial nacional per-
de espaço para o importado, que
chega ao consumidor com preços
mais baixos, provocando ainda
uma redução da arrecadação.
BahiaNa avaliação do coordenador
de acompanhamento conjuntural
da Superintendência de Estudos
Econômicos e Sociais (SEI), Luiz
Mário Vieira, a política predatória
afeta a economia baiana indireta-
mente. Segundo Luiz Mário, o se-
tor industrial mais atingido é o de
>PrejuízoS
r$18,7 BilhõeS
transformação de bens duráveis,
que é incipiente no estado: “O que
é mais prejudicial à Bahia são as
limitações ao desenvolvimento de
parque industrial de transforma-
ção. Produtos dessa natureza são
transportados à Bahia a preços
baixos, tornando pouco competiti-
va iniciativa de fortalecimento des-
te segmento industrial no estado”,
explica o coordenador da SEI. [bi]
É o valor estimado de quanto as isenções às importações deixaram de gerar em riqueza para o país
mecaNiSmo
Empresas chegam a pagar 3% de ICMS sobre o valor da operação na importação, em vez da alíquota base, que é de 18%. Esta mesma mercadoria, quando destinada a outro estado, como São Paulo, ela se credita de 12%. Assim, o produto importado paga apenas 3% de ICMS e é revendido com crédito de 12%, tornando-se mais barato que o
produto nacional concorrente.
� Bahia Indústria
“É preciso compreender a guerra dos portos como uma deformação ainda maior da própria guerra fiscal
como se explica a prática conhecida co-
mo guerra dos portos?
É preciso compreender a guerra dos por-
tos como uma deformação ainda maior
– dentro da chamada política de atração
de investimentos dos estados brasileiros
– da própria guerra fiscal.
e como esta disputa entre os estados
surgiu no Brasil?
Historicamente, a questão nasce com a
Constituição de 1988, que deu aos es-
tados a possibilidade de legislar sobre
suas receitas com maior autonomia do
que antes. E os estados, principalmente
aqueles que buscavam atrair investi-
mentos e que não tinham as condições
– digamos: a competitividade sistêmi-
ca, uma logística moderna, uma base
industrial mais ampla que por si atra-
ísse novos empreendimentos –, bus-
caram a atração de investimentos por
meio de renúncias fiscais. E chegou um
momento em que praticamente todos os
estados a praticaram.
Por que este conceito de guerra?
Porque era uma prática de conflito de in-
teresses em que os estados renunciavam
a futuras receitas o que, a meu ver, não
traz necessariamente benefícios à eco-
nomia nem ao país. E diria mais, isso
tudo justificou-se numa falácia de que o
investidor decide seu local de interesse
de investimento motivado por essas van-
tagens transitórias de natureza fiscal.
Isto é uma negação da lógica capitalista.
O investimento decorre da expectativa
“falta uma política de desenvolvimento regional”Coordenador do Comitê de Portos do Sistema FIEB acredita que a regulamentação de uma política regional poderá sanar estas distorções
de lucro, que é assegurada pela competitividade, que por sua
vez, decorre da capacidade de gestão, inovação e de condições
infraestruturais favoráveis.
os alegados benefícios desta política não se confirmaram?
Há uma simplificação quando se diz que o estado não perdeu
nada porque renunciou ao que não tinha. Do ponto de vista
da lógica dos estados, das obrigações, este raciocínio é sim-
plório porque, quando as estruturas produtivas se instalam,
elas requerem mais estrutura, mais educação, saúde, enfim,
os estados precisam de receitas. E eu diria que a guerra fiscal
existe porque inexiste a política nacional de desenvolvimento
regional, que ordene o processo de desenvolvimento do país.
como o senhor classifica esta anomalia?
É uma anomalia cruel, porque a guerra fiscal tradicional, de al-
guma forma, preserva a produção e o emprego do país e esta cha-
mada guerra dos portos, que é um estímulo à importação, cria
um adicional fator de inibição da competitividade da empresa
brasileira, que já enfrenta juros elevados, câmbio sobrevalori-
zado e infraestrutura insuficiente. Quando os estados oferecem
os produtos importados – e aí são produtos de toda a cadeia pro-
dutiva: matérias-primas, bens intermediários e produtos finais
– esta guerra fiscal traz um fator adicional, que é a desoneração
fiscal do produto importado, dando a este uma condição que
não é concedida aos bens produzidos no nosso país. Com isto,
inibe-se a inovação, o investimento, porque em uma competição
desigual, um bem produzido aqui com a mesma eficiência, pro-
dutividade e performance, tem uma tributação interna que hoje
é superior ao desses importados nestas áreas e nestes estados
que criaram mecanismos de apoio à importação.
quais os efeitos práticos da guerra dos portos para o país?
No fundo, o que ocorre é que se está estimulando a preserva-
ção do emprego e da produção nos outros países, através de
uma desoneração, não isonômica, em relação ao produto na-
cional, em prejuízo da indústria nacional e do emprego para
a sociedade. [bi]
entreviSta Reinaldo Sampaio
circuito
Bahia Indústria �
concorrência deslealA guerra fiscal dos portos traz
más notícias para a economia
baiana. A Paranapanema,
indústria de cobre baseada em
Dias D’Ávila, está enxugando o
quadro de funcionários para se
adaptar à competição desleal do
produto importado, que chega
pagando menos ICMS. Enquanto
ela recolhe 12% de imposto, no
cobre que chega por portos de
estados como Espírito Santo,
Santa Catarina e Pernambuco
incide apenas 1,2% de ICMS.
exportações crescem 35% Apesar da crise financeira na
Europa, das restrições impostas
às importações na Argentina e da
volatilidade do câmbio, as
exportações baianas cresceram
35,3% e atingiram US$ 813,5
milhões, em janeiro. Os
segmentos de derivados de
petróleo (127,2%), produtos
metalúrgicos (109,4%), metais
preciosos (198%) e algodão
(145%) foram os que registraram
maior volume embarcado,
respondendo por 50% do
total das receitas de exportação
do mês. As importações
também cresceram 19,5%,
ante janeiro de 2011.
déficit no segmento químicoInfraestrutura precária, juros altos
e carga tributária elevada
continuam a fazer estragos na área
química/petroquímica. O déficit
na balança comercial de produtos
químicos atingiu US$ 26,5 bilhões
em 2011. É o maior já registrado na
história do segmento e 28% maior
que o verificado em 2010. Segundo
a Abiquim, nos últimos anos, a
demanda interna por produtos
químicos aumentou, mas é
atendida por importações que
chegam ao país com preços
competitivos.
inovação para mais produtividadeO Instituto Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) divulgou o estudo
Produtividade no Brasil nos anos
2000-2009: análise das Contas
Nacionais, no início do mês, que
revela um dado preocupante. A
falta de inovação tecnológica foi
considerada a grande responsável
por frear a produtividade da
economia brasileira, que ficou
estabilizada em 0,9% ao ano,
entre 2000 e 2009. E as
perspectivas no longo prazo não
são nada animadoras, diante do
cenário de desaceleração da
economia mundial. Os setores que
puxaram a melhoria da
produtividade foram
agropecuária (4,3%) e indústria
extrativa (1,8%). A indústria de
transformação registrou resultado
negativo, com queda de 0,9%
anual no período analisado. Mas
apesar da queda de produtividade
da indústria, não houve
desindustrialização, do ponto de
vista do número de empregados
na atividade.
“UM ESPECUlADor é AlGUéM qUE CorrE rISCoS DoS qUAIS ElE ESTá CIENTE E UM INvESTIDor é AlGUéM qUE CorrE rISCoS DoS qUAIS ElE Não ESTá CIENTE.”
john maynard Keynes, economista britânico (1883-1946) cujas ideias serviram de base para a macroeconomia moderna. Defendeu um Estado capaz de adotar medidas fiscais e monetárias para controlar os ciclos econômicos
excesso de feriados afeta produtividade
Em 2012, a economia brasileira pode deixar de produzir até 4,4% do seu PIB industrial por
causa do excesso de feriados em dias úteis, em especial às terças e quintas-feiras,
originando pontos facultativos ou “enforcamentos”, conforme a nota técnica O Custo
Econômico dos Feriados, divulgada pela FIRJAN. Os prejuízos correspondem a R$ 44,9
bilhões, valor 21% maior do que o estimado para 2011. A solução apontada pelo estudo
para reduzir os custos da paralisação é adiantar para as segundas-feiras os feriados que
caírem nos demais dias da semana, conforme o projeto de Lei Federal nº 2.257 de 2011.
Para a Bahia a projeção é um prejuízo de R$ 1,8 bilhão.
Por cleber borGes e Patrícia moreira
10 Bahia Indústria
sindicatos
DIvUlGAção
Fundado há 60 anos, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia
(Sinduscon-BA) vai marcar a data, em abril, com uma grande comemoração e o início
da construção de uma nova sede. Com os projetos concluídos e os alvarás de construção
em mãos, a expectativa é que em março seja liberado o financiamento da Caixa
Econômica Federal. O novo prédio seguirá os conceitos de sustentabilidade com a
escolha integrada dos processos e materiais construtivos e o uso de sistemas de redução
de resíduos. Além disso, a relação harmônica do edifício com o seu entorno será
respeitada. “A nova sede do Sindicato servirá de exemplo para todo Brasil, já que vai
refletir o engajamento do segmento com o crescimento sustentável”, afirma o presidente
da entidade, Carlos Alberto Vieira Lima. O ano de 2012 também será de desafios, em
particular no que diz respeito à melhoria da competitividade das empresas com o
aperfeiçoamento da gestão e a adoção de técnicas e materiais pelo critério da
sustentabilidade. Também há a expectativa de que o governo invista mais em qualificação
e também nas políticas de fomento por meio de programas como o Minha Casa Minha
Vida. O ano começa com a apreensão do cenário da economia internacional, que é
sombrio, e dificilmente repetirá o crescimento obtido até 2010, da ordem de 12%. Se
repetir os 6% registrados em 2011, o setor estará bem, avalia a direção do Sinduscon.
Sinduscon-BA construirá nova sede
Perspectiva
do prédio,
concebido
a partir de
parâmetros de
sustentabilidade
curso para arquitetos e engenheirosO Sinduscon-BA promove
entre 27 e 30 de março o curso
Planejamento de Obras e
Controle da Produção, que vai
tratar dos principais conceitos
e aplicações das mais novas
técnicas de planejamento e
controle de obras, com uma
abordagem prática e de fácil
aplicação. A ideia é
possibilitar o uso das técnicas
sem a necessidade de
softwares específicos. O curso
destina-se a engenheiros e
arquitetos, empresários da
construção civil, além de
estudantes. O custo é de R$
600 para associados e de R$
900, para não-associados. As
inscrições devem ser feitas,
após comprovação do
pagamento, pelo e-mail
ou fax (71) 3616-6001.
Sindvest oferece cursos de especializaçãoCom o objetivo de incrementar
a oferta de cursos de
capacitação visando ao
desenvolvimento da cadeia
produtiva da indústria do
vestuário da Bahia, o Sindicato
da Indústria do Vestuário
(Sindvest), em convênio com o
SENAI-BA e o SENAI CETIQT do
Rio de Janeiro, está oferecendo
aos seus associados e aos
interessados em geral, o curso
a distância de Design de Moda
e o MBA em Gestão Estratégica
de Vendas para os mercados de
moda e têxtil. Para obter mais
informações, basta acessar o
site www.cetiqt.senai.br.
Bahia Indústria 11
vAlTEr PoNTES
Simagran marca presença na Feira revestir
Um grupo de dez empresas associadas ao Simagran participaram de
missão empresarial para conhecer as novidades apresentadas durante
a Feira Revestir, que aconteceu de 6 a 9 março, no Expocenter
Transamérica, em São Paulo. A Revestir é a maior feira de revestimento
do país, uma oportunidade de conhecer as novas tendências no
segmento de revestimento, incluindo mármores, granitos e similares.
As empresas também vão em busca de realização de negócios no médio
prazo e já têm encontros agendados com compradores de grandes
redes. “A expectativa é que o volume de negócios gere em torno dos R$
600 mil”, explica o presidente do Simagran, Marcos Régis, que
anunciou o planejamento de uma outra missão comercial do setor para
participar da Feira Marmomacc, em Verona, na Itália, no mês de
outubro. “Estamos tentando subsídio para levar pelo menos 15
empresários para o evento, observa Régis.
marcos régis
também
trabalha
para levar 15
empresários
baianos para
Verona
Sindicato inicia programa de interiorizaçãoA nova diretoria do Simagran, liderada pelo presidente Marcos Régis
Andrade, realizou, em 29 de fevereiro, na cidade de Ourolândia,
também conhecida como a capital do granito Bege Bahia, a primeira
reunião itinerante do sindicato no interior do estado. A expansão das
ações do sindicato para o interior alinha-se com a visão do Sistema
FIEB quanto ao projeto de interiorização e fortalecimento das
indústrias nos municípios mais distantes da Região Metropolitana do
Salvador. A reunião aconteceu na sede da Assobege e bateu recorde de
presenças, conforme observou o presidente da associação Múcio
Azevedo. Nesta reunião, foi firmado um convênio que possibilitou a
captação de mais de 40 novas empresas associadas. O Simagran agora
prepara novo roteiro para o dia 11 de abril com o objetivo de estabelecer
novas parcerias, desta vez, com as indústrias do extremo-sul baiano.
oficina dá instrumentos para uma boa negociação Oferecer ao líder empresarial
sindical condições de
aperfeiçoamento da capacidade de
negociação. Este foi o objetivo da
Oficina Negociação Sindical,
realizada pela FIEB em parceria
com a CNI, no dia 14 de março, no
âmbito do Programa de
Desenvolvimento Associativo
(PDA). Conduzida pela advogada
trabalhista especialista em gestão
empresarial, Maria Inez Medeiros,
a oficina teve como focos os
princípios e estratégias de uma
boa negociação, além da
apresentação de informações
técnicas, a exemplo de
instrumentos normativos que
expressam as vontades pactuadas
entre as partes (capital e trabalho).
“Erros elementares cometidos por
falta de conhecimento podem
comprometer os resultados de um
processo de negociação, por isso é
fundamental que os líderes se
preparem para esta atuação”,
afirmou Maria Inez. Interessados
podem entrar em contato pelo e-
mail [email protected].
a advogada
trabalhista
maria inez
medeiros
ressaltou
importância de
conhecimento
técnico
joão AlvArEz
1� Bahia Indústria
Quinze anos de cultura e
Teatro do SESI chega ao 15º aniversário com trajetória de encher os olhosPor larissa cortizo Fotos João alvarez
É com a benção de Iemanjá,
que “mora” ao lado, e com
uma trajetória marcada
pela divulgação de talen-
tos, exibição de espetáculos locais
consagrados, e promoção da cul-
tura baiana, que o Teatro SESI Rio
Vermelho comemora 15 anos, em
6 de março. Para marcar a data,
foi elaborada uma programação
especial para todo o mês de mar-
ço, com a realização de semanas
temáticas e que conta com ofici-
nas, mesas redondas, espetáculos
e mais. Atualmente, o teatro faz
parte do Centro Cultural SESI Rio
Vermelho, que engloba, ainda, a
Varanda do SESI e coordena ações
culturais voltadas para os traba-
lhadores da indústria baiana.
Aconchegante e intimista, com
capacidade para cem pessoas, o
O Teatro do SeSI é uma pérola pequena de frente para o
mar. foi tão importante para mim fazer Abismo de rosas ali. eu chegava cedo e ficava olhando o mar, pedindo axé a Iemanjá. Nós o inauguramos com Abismo e toda vez que eu passo ali com alguém que não sabe, eu digo isso com o maior orgulho. É um teatro pequeno, só 100 lugares, um tamanho especial para espetáculos especiais, gostoso, acolhedor, no meio da boemia do rio vermelho e que já se tornou uma referência para o teatro da Bahia. Que o tenhamos por muitos anos, com a benção de Iemanjá.”
Wagner Moura, ator
Teatro SESI possui infraestrutura
para receber diferentes tipos de
espetáculos. Acontecem em mé-
dia 357 apresentações por ano,
acolhendo um público de cerca
de 40 mil espectadores. Por lá,
já passaram artistas como Beth
Goulart, com o espetáculo Pierrot
Marie, além de Wagner Moura,
Marcos Machado, Vladimir Bri-
chta e João Miguel, entre outros.
O local ganhou destaque por abri-
gar apresentações locais como
Abismo de Rosas, Acho que te
Amava, Clarices, Os Saltimban-
cos e Bispo.
Nos bastidores, está uma equi-
pe composta por técnicos de ilu-
minação e sonorização, produtores
culturais, gestores e profissionais
de apoio. Rosa Vilas Boas, geren-
te do teatro desde a sua fundação,
ArTe
Bahia Indústria 13
Sede do centro
cultural, uma
casa para as
artes em meio
ao charme
boêmio do rio
Vermelho
comenta que a inauguração teve
grande impacto no desenvolvi-
mento da cultura local. “O Teatro
SESI inaugurou a criação de teatros
nos bairros, fora do centro cultural
Campo Grande/Vitória. Hoje é uma
referência para o SESI Nacional,
com seu modelo de gestão divul-
gado para todos os departamentos
regionais em que o órgão está pre-
sente”. Para o futuro, ela revela que
o objetivo é ampliar a participação
do trabalhador da indústria.
A gerente do Centro Cultural
SESI Rio Vermelho, Angélica Ri-
beiro, ressalta a versatilidade do
local. “Somos referência nacional
em otimização do uso das instala-
ções, pois funcionamos todos os
dias da semana com uma progra-
mação intensa de mais de um es-
petáculo por dia”. Para o diretor
teatral Fernando Guerreiro, o tea-
tro possui um porte interessante,
intimista, além de ser tecnica-
mente bem cuidado e equipado.
“Surgiu como um alento, num
momento em que precisávamos
de mais espaços”, observa.
históricoFoi em uma época muito pro-
dutiva para a cena cultural baia-
na e, ao mesmo tempo, permeada
pela falta de espaços para dar
visibilidade a estes talentos que
o Teatro SESI Rio Vermelho abriu
suas portas pela primeira vez. A
inauguração devolveu ao boêmio
e cultural bairro do Rio Vermelho
um teatro, depois de, quatro anos
antes, o Teatro Maria Bethânia ter
sido transformado em um bingo.
Fazia parte do que se chamava,
MANU DIAS/DIvUlGAção
cena de abismo de rosas,
peça de Fernando guerreiro
com Wagner moura no
elenco (d); oficina de
Bonecos, uma das atividades
oferecidas pela unidade;
aroldo macêdo se apresenta
na Varanda do SeSi, espaço
alternativo do rio Vermelho
1� Bahia Indústria
anos atrás, de teatro de bolso, por
ser pequeno, mas ao mesmo tem-
po aconchegante.
O show de inauguração foi O
Canto das Sereias, protagonizado
por Marilda Santana, Guida Moira,
Mariela Santiago e Ana Paula Bar-
reiro. Mesmo contando com pro-
blemas técnicos, as “sereias” en-
cheram o ambiente de harmonia.
Já a programação teatral foi inau-
gurada pelo espetáculo Abismo
de Rosas, trama policial dirigida
por Guerreiro, com texto de Cláu-
dio Simões, com Wagner Moura no
elenco. Ele que, no ano seguinte,
ganhou o prêmio Braskem de ator
revelação. O espetáculo ficou em
cartaz por três meses.
No casarão tombado, do século
XIX, funcionavam, desde 1982, as
oficinas de artesanato do SESI. A
obra de construção do teatro, or-
çada em R$ 200 mil, demorou um
ano e meio. Hoje, o equipamento
é reconhecido pela programação,
que agrega artistas renomados e
novos, valorizando a diversidade
cultural baiana.
“os anos 1990 foram muito
produtivos para o teatro
baiano. tivemos a sorte de
encontrar o teatro sesi nessa
mesma época, local que serviu
de palco para muitos
espetáculos importantes. tem
a característica de ser um local
muito democrático, acessível.
os espetáculos que acontecem
lá hoje demonstram que essa
característica permanece
como diferencial da casa.
além do que, está localizado
no coração do rio vermelho,
local privilegiado e que
facilita o acesso do público e
enche os nossos olhos com a
beleza do lugar”.
Paulo heNrique alcâNTara, dramaturgo
“lembro do primeiro dia em
que entrei no teatro. eu e
maria marighella
encenávamos juntas e
chegamos ao local
carregando uma estrutura
pesadíssima para ser
montada no palco. bastaram
alguns segundos para que
funcionários do teatro
aparecessem de todos os
cantos para nos ajudar. todos
com vontade de ver aquele
lugar crescer. Gosto muito de
estar em cartaz ali. considero
o local como uma extensão
da minha casa”.
deBorah moreira, atriz e dramaturga
“a chegada do teatro sesi foi
um alento, uma luz, um novo
local vindo em um momento de
muita produção teatral e sem
espaço para exibir tantos
talentos. um momento
marcante foi um espetáculo
especial que fizemos para
industriários e idosos. era um
espetáculo que precisava de
troca entre público e atores e a
estrutura intimista do teatro
possibilitou que esse encontro
fosse possível, verdadeiro.
desejamos que continue por
outros 15 anos e mais,
contribuindo para o movimento
cultural dessa cidade e
revelação de talentos”.
george maScareNhaS, ator e diretor teatral
Considero Abismo de rosas, que
inaugurou a programação do teatro, como um dos melhores que dirigi até hoje. Só aconteceu como aconteceu, porque foi no Teatro SeSI. foi um acerto na minha carreira. No ano seguinte, Wagner moura, um dos atores da peça, ganhou o prêmio Braskem de ator revelação.”
Fernando Guerreiro, diretor de teatro
CEntro CUltUral SESI rIo VErmElho - No ano de 1998, o casarão ganhou dois novos espaços – Varanda e Café Teatro – e passou a ser o Centro Cultural SESI Rio Vermelho. Além da gestão dos espaços, o Centro Cultural tem entre suas finalidades, desenvolver projetos de formação de plateia, cursos, oficinas e estimular o acesso à cultura entre os trabalhadores da indústria baiana. Projetos consagrados, desenvolvidos pelo Centro são o festival SESI Música e o concurso SESI Poesia, que premiam trabalhadores e funcionam como oportunidades para despertar e formar talentos musicais dentro da indústria. A Varanda do SESI é conhecida por apoiar a música independente, promover novos artistas e divulgar a música autoral. Abriga por ano cerca de 40 produções independentes da música baiana. Com programação de segunda a sábado, possui capacidade para receber 120 pessoas e funciona na área externa do teatro. As segundas-feiras são conhecidas por serem o Dia de Chorinho, um dos mais procurados da casa, que fica sempre lotada. [bi]
Bahia Indústria 15
Há 11 anos à frente da Dika Móveis, Valdir Sil-
va tocava a empresa sem ver o negócio pros-
perar, até que decidiu investir em mudanças
na administração. Sistematizou a contabilidade e
melhorou as condições de trabalho de seus 24 fun-
cionários. O resultado veio em forma de crescimento
e o empresário de Eunápolis já comemora a abertura
de uma nova loja no centro da cidade. “Abandonei
vícios de gestão e hoje tenho uma nova visão do ne-
gócio”, conta.
A transformação operada na empresa de Silva
aconteceu depois que ele conheceu o projeto Gestão
da Inovação na Indústria, iniciativa da CNI que, na
Bahia, é realizada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL),
em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia
(Secti), Fapesb e Sebrae nacional e regional. O objeti-
vo é fomentar a implantação de planos de gestão da
inovação por meio de ações de capacitação e assesso-
ria, de forma a promover o aumento da competitivi-
dade nas micro e pequenas empresas industriais.
A primeira etapa do projeto, a de sensibilização
dos empresários, vem sendo realizada desde novem-
bro do ano passado, por meio de workshops. “Nestes
encontros, apresentamos os conceitos de inovação e
casos de sucesso. Em seguida, abrimos espaço para
perguntas e respostas”, explica o analista de inova-
ção do IEL, Litelton Pires.
Pires afirma que este tipo de contato é fundamen-
tal para desconstruir a ideia de que inovação está as-
sociada somente a empresas com grande capital para
investir em tecnologia. “Por falta de conhecimento, a
maioria dos empreendedores de pequeno porte acre-
dita que inovar não é para eles”, diz.
No mês de fevereiro, os workshops foram reali-
zados em Eunápolis, Teixeira de Freitas e Vitória da
Conquista. O gerente administrativo da TTR Serviços
Inovação para todosWorkshops do IEl mostram que investir em novos processos é viável para micro e pequenos empresários
DIvUlGAção
Agro Florestais, Igor Carpegianni, que participou do
evento em Teixeira de Freitas, elogia a iniciativa. “É
uma ação muito importante, pois mostra que inova-
ção não é só a compra de novos equipamentos, é in-
vestir em soluções que aumentam a rentabilidade e
até o porte do negócio”, diz.
Carpegianni, que falou de práticas bem sucedidas
no workshop, conta que a empresa baiana de corte e
entrega de eucaliptos em que trabalha executou mu-
danças metodológicas na escala dos empregados e,
sem precisar contratar novos funcionários ou adqui-
rir novas máquinas, fez uma economia de R$ 800 mil
em um ano. De acordo com o gerente administrativo,
a TTR também investiu em novos produtos, como o
extintor de incêndio com um novo modelo de bico,
que evitaram perdas patrimoniais. [bi]
Workshop
realizado em
eunápolis
durante o mês
de fevereiro
joão AlvArEz
litelton Pires
explica que a
primeira etapa
do projeto
começou em
novembro do
ano passado
1� Bahia Indústria
em março, o SESI-BA iniciou as atividades do
Programa de Desenvolvimento de Fornece-
dores da Engenharia da Petrobras, que tem
como meta melhorar a gestão e os sistemas
de prevenção em saúde, meio ambiente e segurança
(SMS) das empresas, além de aumentar a competitivi-
dade nas licitações da estatal. Por meio de cursos de
capacitação, 185 empresas que integram o cadastro
corporativo da petrolífera poderão se qualificar para
atender às normas exigidas nas concorrências reali-
zadas pela transnacional.
De acordo com o técnico de gestão da Engenharia
da Petrobras, André Luiz Wandemberg, as empresas
identificadas têm, muitas vezes, alta pontuação téc-
nica – referente à capacidade de construir dutos, pon-
tes, caldeiras, por exemplo –, mas possuem pontos
insuficientes na avaliação das práticas de sustentabi-
lidade ambiental e segurança ocupacional. “Como a
Petrobras quer ser referência em SMS, precisa traba-
lhar com uma cadeia de fornecedoras que atendam às
exigências nesta área”, explica o técnico.
A capacitação também irá “oxigenar” as licitações
realizadas pela transnacional, permitindo que outras
empresas participem das concorrências. “As maiores
e mais bem estruturadas acabam vencendo, quere-
mos que outras fornecedoras façam parte do proces-
so”, diz Wandemberg.
A proposta da qualificação, baseada principal-
mente nas práticas de gestão de SMS, foi a que mais
se adaptou às necessidades da Petrobras, entre as
oferecidas à estatal. “Idealizamos uma capacitação
experTISeSESI-BA coordena capacitação de empresas fornecedoras da Engenharia da Petrobras
Por carolina MendonçaFoto João alvarez
que sensibilize e provoque atitude,
pois o que queremos é efetividade,
mudança de comportamento”,
afirmou a especialista da gerência
de Qualidade de Vida do SESI, Ka-
tyana Aragão Menescal.
Com duração de nove meses
(360 horas), em 2012, os cursos se-
rão oferecidos em São Paulo, Mi-
nas Gerais e Rio de Janeiro, além
da Bahia, onde a primeira turma
do programa já está formada. No
estado, 20 empresas apresentam
potencial técnico para participar
da qualificação, de acordo com
a Petrobras. Empresas de outros
estados e que estejam no cadastro
também poderão participar.
“Idealizamos uma capacitação que sensibilize e provoque atitude. Queremos efetividade, mudança de comportamento
Katyana Menescal, especialista em Qualidade de Vida do SESI
O acompanhamento da capaci-
tação ficará a cargo de represen-
tantes do Programa de Mobilização
da Indústria Nacional de Petróleo
e Gás Natural (Prominp), coorde-
nado pelo Ministério de Minas e
Energia. “Uma das nossas funções
é identificar demandas e, princi-
palmente, depois das descobertas
do pré-sal, a Petrobras mostrou
que precisará ampliar a cartela de
fornecedores”, diz o consultor do
Prominp, Marco Ferreira.
Além das aulas e atividades,
estão previstas visitas de técnicos
do SESI e da Petrobras às empre-
sas participantes da capacitação,
a fim de se verificar se o conteúdo
Bahia Indústria 1�
dos cursos está sendo posto em
prática. “São as chamadas tutorias
presenciais, uma forma de atestar a
participação e o envolvimento das
empresas com a gestão de SMS”,
afirma Katyana Aragão Menescal.
A avaliação deste envolvimen-
to e efetividade das práticas é fun-
damental para que as empresas
possam fazer parte da cartela de
fornecedores da Petrobras, já que
o não cumprimento das normas
pode ter consequências graves
para a petrolífera. “Contratar uma
empresa que não cuida do SMS faz
com que a Petrobras possa vir a ser
co-partícipe de acidentes de traba-
lho”, enfatiza o técnico de gestão
da Engenharia da transnacional,
André Luiz Wandemberg.
O investimento para cada alu-
no é de R$ 10.476,00, sendo que
metade deste valor é pago pelo
Prominp. A outra metade será pa-
ga pelas empresas interessadas
em qualificar um ou dois funcio-
nários, número máximo de par-
ticipantes por organização. No
entanto, os empregadores têm que
custear os gastos com a logística e
o transporte dos técnicos das tuto-
rias presenciais.
EXPEriÊNciaPioneiro em consultoria em
Sistema de Gestão Integrada (SGI)
em SMS, o SESI Bahia tem expe-
riência em capacitação na área
desde 2004. No ano passado, fi-
cou pronto o Manual SESI para
SGI em Saúde, Meio Ambiente e
Saúde Ocupacional, utilizado por
mais de 200 empresas baianas.
“Nossa missão é contribuir pa-
ra que as empresas alcancem os
níveis de segurança e saúde no
trabalho dos melhores padrões
mundiais”, garante Katyana Ara-
gão Menescal.
Informações sobre o Programa
de Desenvolvimento de Fornece-
dores da Engenharia da Petrobras
podem ser obtidas pelo e-mail pro-
[email protected]. [bi]
Programa de
desenvolvimento
de Fornecedores
da engenharia
da Petrobras
tem como meta
aumentar a
competitividade
nas licitações da
estatal
1� Bahia Indústria
Por carolina MendonçaFotos João alvarez
SENAI oferece soluções de alta qualidade para atender às demandas da indústria
Serviços tecnológicos para o mercado
om quase 70 anos de experiência em educação para a in-
dústria, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
da Bahia é uma referência nesta área, consolidada no mer-
cado e junto à sociedade. O que muita gente ainda desco-
nhece é um eixo de atuação do SENAI tão importante para
o setor industrial quanto o da formação e da qualificação
profissional: a oferta de Serviços Técnicos e Tecnológicos
(STT). Oferecidos pela instituição desde a segunda metade
dos anos 1990, atualmente são cerca de 400 serviços disponibilizados pelo
SENAI para a Bahia e outros estados brasileiros, divididos principalmen-
te entre operacionais; consultorias em processo produtivo e de meio am-
biente; serviços metrológicos: ensaios, calibração, ensaios de proficiência
e materiais de referência; certificação de processos e produtos; inovação de
produto e de processo; certificados conforme a norma ISO 9001:2008. No
caso dos laboratórios, estes são certificados pela norma ISO 17.025.
Bahia Indústria 1�
Profissional executa processo de calibragem gráfica, uma
das especialidades dos Serviços Técnicos e Tecnológicos
�0 Bahia Indústria
“O objetivo é oferecer conhecimento e ferramen-
tas para aumentar a produtividade da indústria em
todos os segmentos, beneficiando as empresas com
diferentes níveis de soluções. Dessa forma, o SENAI
não só transfere tecnologia, mas garante qualidade
em diversos processos e incentiva a inovação”, expli-
ca o diretor regional do SENAI, Leone Peter.
Em 2011, mais de 700 empresas foram atendidas
com estes serviços, coordenados pelos Centros Tec-
nológicos das unidades Cetind, Cimatec e Dendezei-
ros, em Salvador. O número de ensaios realizados,
por exemplo, chegou a 110 mil. Como resultado de
projetos desenvolvidos para atender demandas da
indústria, foram registrados 16 pedidos de patentes e
sete de licenciamento de tecnologia.
“Os números atestam que existe a demanda da in-
dústria baiana por todo o portfólio de serviços oferta-
dos pelo SENAI, mas ainda há falta de conhecimento
por parte do setor, o que, por vezes, leva as indústrias
a buscarem soluções fora do Estado, trazendo como
consequência o aumento dos seus custos, perda na
agilidade da solução, além de não permitir o desen-
volvimento de fornecedores locais”, afirma o gerente
do Cimatec e do centro tecnológico da unidade, Da-
niel Motta.
hidroElétrica
Por outro lado, as empresas que buscam soluções
junto às equipes técnicas do SENAI vêm aprovando
a qualidade dos serviços realizados. Um dos casos
de sucesso é o Programa de Monitoramento de Pro-
cessos Erosivos na Pequena Central Hidroelétrica
(PCH) Sítio Grande, no município de São Desidério,
na região Oeste da Bahia. Para atender a uma condi-
cionante ambiental da licença de instalação do em-
preendimento, a empresa responsável pelo projeto, a
Bahia PCH, do Grupo Neoenergia, apostou na experi-
ência dos profissionais da Área de Meio Ambiente do
Cetind, que levantaram informações sobre as condi-
ções do terreno e traçaram um plano de controle dos
focos de erosão. “Realizamos o mapeamento digital
da área e projetamos as etapas de acompanhamen-
to, o que minimizou os danos ambientais e, conse-
quentemente, vai aumentar o tempo útil de vida da
hidrelétrica”, explica o analista de meio ambiente do
Cetind, Renato Reis.
O monitoramento iniciado em 2009 e as ações de
mitigação, como o plantio de vegetação, têm garanti-
do o equilíbrio do solo. Até o fim do contrato de cinco
Patrícia
evangelista e
daniel motta
apontam que
há demanda
pelos serviços
ofertados e
uma equipe
qualificada
para atendê-los
anos, serão realizadas campanhas anuais “para iden-
tificar as intervenções necessárias à manutenção e ou
recuperação das áreas utilizadas”, de acordo com a
especialista em meio ambiente do Grupo Neoenergia,
Valéria Ladeira.
Outra experiência bem sucedida é a da Cerealista
Polisul, que cultiva e beneficia arroz no Rio Grande
do Sul, estado de maior produção do grão no país.
Interessada em dar um destino aos milhões de to-
neladas da casca do cereal, que representa o maior
volume (22%) entre os subprodutos obtidos a partir
do beneficiamento do arroz, a empresa gaúcha pro-
curou o Cimatec. “Por indicação de um dos nossos
fornecedores, fomos conhecer a equipe e as instala-
ções em Salvador e pudemos ver de perto o alto nível
técnico do centro. A parceria resultou na produção
da madeira plástica com utilização da fibra da cas-
ca do arroz”, conta o diretor-técnico da Polisul, Luiz
Angelo Cunha.
O produto, de alto valor agregado, comercializado
Bahia Indústria �1
há um ano e meio, é utilizado em decks e móveis pa-
ra jardins e piscinas, mas há um amplo potencial de
aplicação na construção civil, em brinquedos, tacos e
assoalhos. A engenheira de materiais Zora Ionara dos
Santos, que coordena o projeto no Cimatec, explica
que a madeira plástica resiste a cupim e não racha,
apresentando alta resistência. Além disso, utiliza
na composição 65% de um produto que seria jogado
fora, fazendo o custo final cair drasticamente. “Ago-
ra, estamos realizando ensaios preliminares sobre a
aplicação de aditivos protetores, para aumentar a du-
rabilidade frente à ação do sol”, conta Zora.
PatENtEsA área de alimentos e bebidas do SENAI Dendezei-
ros, por exemplo, vem desenvolvendo produtos que já
resultaram em pedidos de proteção junto ao Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a exemplo
do Soro de Leite de Cabra em Pó –, que pode ser usado
na fabricação de bebidas lácteas, sorvetes e produtos
panificáveis –, e da Bebida Energética à Base de Pró-
polis, cuja patente já foi requerida.
Com tecnologia inovadora e de alta qualidade, o
produto é fruto de mais uma parceria entre a equipe
do SENAI Dendezeiros e a empresa Apis Jordans, que
comercializa mel, geleia real, cera, pólen e própolis.
A bebida ainda aguarda uma nova pesquisa de mer-
cado para ser lançada, mas o seu desenvolvimento
apresentou incrementos ao negócio de Luiz Jordans,
localizado em Barra do Choça, a cerca de 540 quilô-
metros de Salvador. “A análise dos ingredientes e o
estudo do aproveitamento dos subprodutos feitos
pela instituição já nos trouxe ganhos de qualidade”,
elogia Jordans, que contratou também outros SST do
SENAI, como a Análise de Perigo de Controle Crítico
(APCC) e a implantação do Sistema de Qualidade de
Boas Práticas de Fabrico, os quais gabaritam o apiá-
rio para exportar seus produtos.
“Temos como ponto forte o intercâmbio entre o
conhecimento aprofundado de nossos especialistas e
a vivência prática na indústria. Após diversos aten-
dimentos de sucesso realizados temos um balanço
muito positivo, com retorno extremamente satisfa-
tório por parte dos empresários atendidos”, reitera a
gerente do SENAI Dendezeiros, Patrícia Evangelista.
Um dos STT oferecidos pela instituição, os servi-
ços metrológicos – medições para os diversos setores
produtivos –, são executados em laboratórios pró-
prios de ensaios e de calibração, que contam com ins-
as unidades
dendezeiros, cimatec
e cetind oferecem
soluções e serviços
nas mais diversas
especialidades:
metrologia,
segurança, construção
civil, alimentos,
dentre outros
�� Bahia Indústria
talações e equipamentos de última
geração. Parte desses laboratórios
integra a Rede Brasileira de Labo-
ratórios de Ensaio (RBLE) e a Rede
Brasileira de Calibração (RBC). Já
as medições são acreditadas jun-
to ao Inmetro, segundo a Norma
ABNT NBR ISO/IEC 17025.
Jicarla Rebouças, gerente da
área de Metrologia Química e Vo-
lumétrica do Cetind, que abrange
dez laboratórios, conta que os re-
sultados das pesquisas de satis-
fação dos clientes são excelentes.
Em 2011, a área que ela coordena,
Serviços de
metrologia
e precisão
fazem parte
das atividades
oferecidas ao
público externo
pelas unidades
do SeNai
cumpram exigências legais e so-
ciais. “No mundo atual, onde o
ambiente externo às organizações
muda a toda hora, seja em razão
das necessidades dos clientes, do
lançamento de produtos substi-
tutos, do aparecimento de novos
concorrentes, do surgimento de
tecnologias ou da maior conscien-
tização da sociedade para exigir
os seus direitos, os centros tecno-
lógicos têm um papel fundamen-
tal para aumentar a competitivi-
dade das empresas”, opina.
ParcErias A participação em programas
e redes de cooperação com ins-
tituições de ensino, pesquisa e
desenvolvimento é fundamental
para garantir a qualidade dos ser-
viços Por esta razão, as equipes
técnicas do SENAI-BA participam
periodicamente de encontros com
parceiros nacionais e internacio-
nais, apresentando resultados e
buscando a reciclagem de conhe-
cimentos e experiências.
Alguns dos parceiros mais im-
portantes são o Serviço Brasileiro
de Apoio as Micro e Pequenas Em-
presas (SEBRAE), o Instituto Eu-
valdo Lodi (IEL) e as instituições
realizadoras de testes Pearson
Vue, Prometric e Poli-Design.
Para a realização de pesquisa,
desenvolvimento e inovação, o
SENAI mantém cooperação com
as universidades de São Paulo
(USP), Federal de Santa Catarina
(UFSC), Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS) e Federal de Campina
Grande (UFCG), além do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA),
o Institute für Bildsame Formge-
bung da Universidade Técnica da
Renânica Vestfálica (RHTW/Aa-
chen) e Institutos Fraunhofer: ICT
Química e IML, da Alemanha. [bi]
por exemplo, ficou com média
de avaliação positiva de 93,4%.
“Hoje, a indústria tem no SENAI
Bahia um grande parceiro nos
processos de controle de qualida-
de”, afirma.
Para João Fonseca, gerente
do centro tecnológico do Cetind,
unidade com expertise nas áreas
de meio ambiente, tecnologia da
informação, processos produtivos
e petróleo e gás, além dos ensaios
laboratoriais químicos e bioló-
gicos, os STT oferecem soluções
eficientes para que as indústrias
Bahia Indústria �3
josé mascarenhas, reinaldo Sampaio e o engenheiro Fernando lapa em visita à área do enseada do Paraguaçu
recôncavo atrai indústria navalA implantação de novo estaleiro em Maragojipe deverá funcionar como polo de atração de uma nova cadeia de fornecedores ligada à indústriametal-mecânica
Por Patrícia MoreiraFotos João alvarez
A Petrobras anunciou a contratação das empre-
sas Sete Brasil e Ocean Rig para a construção
e operação de 26 sondas de perfuração para
exploração do pré-sal, das quais seis deverão
ser construídas na Bahia, no município de Maragojipe.
O serviço ficará a cargo do Estaleiro Enseada do Para-
guaçu (EEP), que já deu início às obras de construção
civil. O equipamento, ao lado do Estaleiro São Roque
do Paraguaçu, vai inscrever um novo capítulo na his-
tória da indústria naval da Bahia.
Otimista com a consolidação de um polo naval de
alta complexidade no Recôncavo, e a consequente
atração de uma cadeia de fornecedores no entorno
destas plantas, o presidente da Fe-
deração das Indústrias do Estado
da Bahia (FIEB), José de Freitas
Mascarenhas, foi conhecer as ins-
talações do Estaleiro São Roque e
a área onde será construído o En-
seada do Paraguaçu.
O EEP, que integra o consórcio
formado pela Sete Brasil, contou
com a colaboração do Sistema
FIEB, por meio do Instituto Euval-
do Lodi (IEL Bahia), na elaboração
de estudos técnicos e de licencia-
mento ambiental da área onde es-
tá sendo implantado. A parceria é
uma das ações do Projeto Aliança,
que o IEL desenvolve com a Pe-
trobras, e prevê a qualificação de
fornecedores na região, incluindo,
além do Recôncavo, a região de
Feira de Santana.
“No âmbito do Projeto Aliança,
�� Bahia Indústria
elaboramos o documento Política
Industrial da Bahia: Estratégias
e Proposições, que aponta ações
para a indústria naval, entre elas,
a necessidade de adensamento
da cadeia a partir de um progra-
ma de qualificação, formação e
atração dos fornecedores locais”,
explica o superintendente do IEL,
Armando Neto.
O presidente da FIEB aposta no
estudo da cadeia de fornecedores
para subsidiar a atração de novos
empreendimentos e com isso con-
formar uma indústria mecânica
de maior porte na Bahia. “Temos
o principal, que é a capacidade
instalada de engenharia e poten-
cial intelectual para tirar proveito
dessa indústria naval de grande
porte, que é algo novo no esta-
do”, afirma o presidente da FIEB,
acrescentando que o IEL deverá
contribuir para melhorar a matriz
da cadeia metal-mecânica.
Mascarenhas ressalta, no en-
tanto, que, para atender à necessi-
dade da Petrobras de contratar um
grande volume de embarcações-
sondas e plataformas para o pré-
sal, a Bahia precisa estar prepara-
da. “A Bahia tem que se capacitar
mais, pois, à medida que o estado
mostrar seu potencial de realiza-
ção, a Petrobras entenderá que
tem um centro de apoio ao progra-
ma dela e isso irá atrair novos con-
tratos”, explica.
Durante a visita, o presidente
da FIEB foi recebido pelos gesto-
res do Estaleiro São Roque, reati-
vado em 2005 para a construção
da plataforma PRA-1. Lá, estão
sendo montadas, desde setembro
de 2008, ao custo individual de R$
370 milhões, as plataformas auto-
elevatórias P-59 e P-60 para a Pe-
trobras. O canteiro reúne cerca de
1.700 trabalhadores e a obra está a
cargo do Consórcio Rio Paragua-
çu, formado pela Odebrecht, Quei-
roz Galvão e UTC Engenharia.
Durante a visita, o presidente
da FIEB foi recebido pelo diretor
do Consórcio, José Luís Coutinho
de Faria, e pelo engenheiro Anto-
nio Cesar de Oliveira Pinheiro, da
Petrobras, que fez uma explanação
sobre as soluções de engenharia e
de tecnologia implementadas para
viabilizar a construção das plata-
formas; entre elas, um novo méto-
do de lançamento de plataformas
ao mar, que está sendo patenteado
pelo seu ineditismo.
oBrasJosé Mascarenhas também visi-
tou o canteiro do Estaleiro Ensea-
da do Paraguaçu, que representa-
rá investimentos de R$ 2 bilhões,
realizados pelo consórcio que
reúne Odebrecht Participações e
Investimentos, OAS Investimen-
tos e UTC Participações. Também
voltado para atender às demandas
da Petrobras, o EEP foi projetado
com capacidade para construir
seis sondas do tipo Floating Pro-
duction Storage and Offloading
– FPSO, na sigla em inglês. Mas
também estará habilitado para
produzir jack-ups, plataformas de
produção de petróleo, embarca-
ções de apoio de alta complexida-
de, embarcações militares, navios
graneleiros e porta-conteineres.
O EEP ocupará uma área de 1,6
milhão de metros quadrados, sen-
do 1,3 milhão de área construída e
o restante destinado a reserva am-
biental. O estaleiro corresponde a
quatro vezes o tamanho do cantei-
ro São Roque. Quando estiver em
operação, poderá para empregar
7 mil trabalhadores, sendo que
durante as obras serão contrata-
dos entre 2.000 a 2.500 operários.
a equipe
da FieB no
estaleiro
São roque,
que constrói
plataformas
petrolíferas
Bahia Indústria �5
A previsão é que comece a operar após 18 meses do
início das obras, conforme informou o engenheiro
Fernando Lapa, gerente de produção da obra.
iNFraEstrUtUraDurante a visita, veio à tona a urgência de medidas
para modernização dos portos baianos. “Considera-
mos o porto inimigo número 1 da Bahia. No momento,
estamos querendo uma mudança simples: um porto
de padrão internacional, já que isso está prejudican-
do o desenvolvimento do estado”, alertou o presiden-
te da FIEB, José Mascarenhas.
“O desenvolvimento de uma indústria naval de
grande envergadura é indutora da atração de novos
investimentos e esta possibilidade de desenvolvimen-
to industrial tem na questão portuária um obstáculo,
porque há uma indiscutível carência de estrutura”,
acrescenta o vice-presidente da FIEB e coordenador
do Comitê de Portos, Reinaldo Sampaio.
A logística para a implantação do EEP em São Ro-
que é outra questão de suma importância para viabi-
lizar o investimento. Para isto, o estado se compro-
meteu, por intermédio do Derba, a construir estradas
que assegurem o acesso de caminhões de carga até as
áreas de implantação do equipamento.
Ricardo Vieira, diretor de Desenvolvimento da Se-
cretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM),
que também integrou a comitiva da visita, explica que
os canteiros São Roque e Enseada do Paraguaçu re-
presentam a retomada da indústria naval no estado.
“A Bahia agora parte para outra escala para aten-
der à demanda por grandes embarcações pelo maior
orçamento do país que é o da Petrobras”, reforça Viei-
ra, observando, ainda, que a expectativa é a atração
de novos investimentos para o estado com a vinda
de novas indústrias e de maior geração de emprego e
renda para a região. [bi]
“Temos o principal, que é a capacidade instalada de engenharia e potencial intelectual para tirar proveito dessa indústria naval de grande porte, que é algo novo no estado
José de Freitas Mascarenhas, presidente do Sistema FIEB
�� Bahia Indústria
indicadoreS Números da Indústria
Indústria baiana fecha 2011 em desaceleração
em dezembro, a taxa anua-
lizada da produção física
da indústria de transfor-
mação da Bahia alcançou
-4,5%, mantendo a trajetória des-
cendente iniciada no último tri-
mestre do ano passado, fechando
o ano de 2011 com o quarto pior
resultado no ranking dos treze es-
tados que participam da PIMPF-R,
acima do Ceará, Espírito Santo e
Santa Catarina.
A queda (que contrasta com a
alta de 0,2% da média nacional)
reflete principalmente a interrup-
ção do fornecimento de energia
elétrica que atingiu o Nordeste
no início de fevereiro, com maior
impacto sobre o Polo Industrial de
Camaçari.
Tal resultado pode ser atribuí-
do à retração de cinco dos oito seg-
mentos pesquisados: Metalurgia
Básica (-10,7%), Refino de Petróleo
e Prod. de Álcool (-9,6%), Produtos
Na comparação com dezembro de 2010, a produção física da indústria de transformação apresentou queda de 4,7%, maior que a média nacional de -1,4%
Bahia Indústria ��
Químicos/Petroquímicos (-7,5%),
Veículos Automotores (-6,9%) e
Celulose e Papel (-1,1%). Por outro
lado, os segmentos de Alimentos
e Bebidas (7,7%), Minerais não-
metálicos (5,1%) e Borracha e
Plástico (4,6%) apresentaram re-
sultados positivos.
Na comparação de dezembro
de 2011 com igual mês do ano
anterior, a produção física da in-
dústria de transformação baiana
apresentou queda de 4,7% (con-
tra uma queda de 1,4% da média
nacional).
Apenas três dos oito segmen-
tos da Indústria de Transforma-
ção registraram queda da ativi-
dade, como segue: Refino de Pe-
tróleo e Prod. de Álcool (-24,1%,
influenciado em grande parte pe-
la paralisação técnica parcial em
unidade produtiva do setor, com
impactos sobre a produção de
óleo diesel, gasolina automotiva,
nafta petroquímica e gás lique-
feito de petróleo, GLP), Veículos
Automotores (-15,3%, redução da
produção de automóveis) e Pro-
dutos Químicos/Petroquímicos
(-0,3%, influenciado pela menor
produção de sulfato de amônia,
polietileno de alta densidade, e
adubos e fertilizantes).
MElhorEs dEsEMPENhosPor outro lado, cinco segmentos
registraram crescimento: Alimen-
tos e Bebidas (9,8%, em função
da maior produção de cervejas,
chope e refrigerantes), Borracha e
Plástico (6,9%), Metalurgia Básica
(1,7%), Celulose e Papel (1,3%), e
Minerais não-metálicos (0,4%).
A queda na produção de pe-
troquímicos, em virtude prin-
cipalmente da interrupção do
fornecimento de energia elétrica
verificada em fevereiro, foi o prin-
cipal fator responsável pelo de-
sempenho negativo da indústria
de transformação baiana em 2011.
As quedas nos segmentos de
Metalurgia Básica e Veículos
Automotores também foram de-
terminantes para a retração da
produção industrial do Estado.
Por outro lado, os segmentos pro-
dutores de bens de consumo per-
maneceram aquecidos, refletindo
o aumento do poder de compra da
população. [bi]
eSTadoS vArIAção (%)
dez11/dez10 jaN11-dez11/ jaN10-dez10
Indústria de
transformação (1) -4,7 -4,5
refino de Petróleo e
Produção de Álcool -24,1 -9,6
Produtos Químicos/
Petroquímicos -0,3 -7,5
veículos automotores -15,3 -6,9
alimentos e bebidas 9,8 7,7
celulose e Papel 1,3 -1,1
metalurgia básica 1,7 -10,7
borracha e Plástico 6,9 4,6
minerais não-metálicos 0,4 5,1
Extrativa mineral (2) -8,7 -2,3
São Paulo -3,2 0,2
minas Gerais -2,4 0,0
rio de Janeiro -0,4 2,6
Paraná 23,5 7,0
rio Grande do sul 3,2 1,9
Bahia -4,7 -4,5
santa catarina -10,9 -5,1
amazonas 3,7 4,1
espírito santo -6,5 -5,2
Pará 1,4 -1,6
Goiás 6,3 6,6
Pernambuco 3,8 0,0
ceará -7,4 -11,7
Brasil -1,4 0,2
Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI
eSTadoS vArIAção (%)
dez11/dez10 jaN11-dez11/ jaN10-dez10
produção física por estados: indústria de transformação
bahia: pim-pf de dezembro 2011JA
N
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
130
135
140
125
120
115
110
105
100
95
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2009 - 2011)
2009
2011
2010
�� Bahia Indústria
o público-alvo da iniciativa são os beneficiários de programas sociais
SeNAI oferece 1.760 vagas do pronatecPor carolina Mendonça Fotos João alvarez
O Serviço Nacional de
Aprendizagem Indus-
trial (SENAI-BA) iniciou
em março cursos do
Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pro-
natec) em Salvador e Camaçari.
Na capital baiana, foram ofereci-
das mil vagas, distribuídas em 22
turmas. Já no município da RMS,
foram disponibilizadas 760 vagas
em 19 turmas. O público-alvo são
os beneficiários de programas de
transferência de renda com idades
entre 18 e 59 anos.
“Nossa expectativa é grande
em contribuir com este programa,
que vai qualificar profissionais
para o mercado de trabalho e con-
tribuir para a geração de renda
atendendo, principalmente, as
demandas da indústria baiana”,
disse a coordenadora do Pronatec
no SENAI, Rosângela Costa.
Em Salvador, além do SENAI, o
Instituto Federal de Educação, Ci-
ência e Tecnologia da Bahia (IFBA)
e o Serviço Nacional de Aprendi-
zagem Comercial (Senac) também
vão realizar ações de qualificação
profissional. As atividades foram
apresentadas no fim de janeiro pe-
lo secretário municipal do Traba-
lho, Assistência Social e Direitos
do Cidadão (Setad), Oscimar Tor-
res, durante coletiva de imprensa.
“O objetivo da prefeitura é in-
cluir nos cursos parte dos 147 mil
moradores de Salvador que têm
renda abaixo de R$ 70, de acordo
com dados do IBGE”, afirmou Tor-
res. O titular da Setad garantiu que
todos os alunos do Pronatec da ca-
pital serão cadastrados no Serviço
Municipal de Intermediação de
alunos em
aula do curso
de montador
de veículos
no laboratório
automotivo
Bahia Indústria ��
Mão de Obra (Simm), aumentando
as chances de empregabilidade.
Para o secretário de Cidadania
e Inclusão de Camaçari, Carlos
Silveira, esta é uma oportunidade
de inserção social para as famí-
lias beneficiárias dos programas
de transferência de renda. “São
cursos de alto nível, ministrados
por instituições reconhecidas, que
vão qualificar estas pessoas para
o trabalho. Dessa forma, não se dá
somente o peixe, se ensina a pes-
car”, defende.
coMBatE à EvasãoEm Salvador, os cursos do SE-
NAI serão oferecidos nas unidades
Dendezeiros, na Cidade Baixa, e
Cimatec, em Piatã. Já em Camaçari,
as aulas serão ministradas no anti-
go Laboratório Técnico Automotivo
(LTA). Além disso, outros locais fo-
ram identificados e disponibiliza-
dos, nos dois municípios, para que
os alunos matriculados consigam
manter a frequência às aulas.
“Foram feitas parcerias para
garantir espaços mais próximos
da população-perfil, como colé-
gios da rede pública, centros so-
ciais e associações de bairros”,
disse o gerente do SENAI Cetind,
Alex Santiago, que afirmou ainda
que a instituição investiu também
na contratação de profissionais e
adquiriu novos equipamentos pa-
ra atender às turmas do Pronatec.
“O acesso às aulas é fundamen-
tal para manter a presença dos
alunos nos cursos e evitar a eva-
são”, explica a gerente da Escola
Técnica do CIMATEC, Greta Mo-
reira. Por isso, está prevista pelo
programa assistência estudantil
para contribuir com as despesas
de transporte e lanche. O valor vai
depender da quantidade de horas
e da frequência dos participantes.
De acordo com a prefeitura de Salvador, parcerias
serão firmadas para dar um incentivo a mais aos par-
ticipantes: os alunos vão receber assistência em acui-
dade visual e ter acesso a atendimento odontológico.
“Esses apoios serão importantes porque boa parte
desta população já deixou a escola há algum tempo e
precisa de estímulos para voltar a estudar. Para mui-
tos, é preciso mais do que a possibilidade de incre-
mentar a renda, seja como empregado ou prestador
de serviços”, pontua o secretário Oscimar Torres.
Os interessados nestes cursos de qualificação do
Pronatec, que terão outras vagas abertas na capital
e outros municípios, devem ter o perfil (de idade e
condição social-econômica) determinado pelo pro-
grama. Além disso, é exigido o Ensino Fundamental
incompleto para todas as turmas, e outros graus de
escolaridade, a depender da área de conhecimento de
cada curso. [bi]
atividades complementares
Salvador
>Ajustador mecânico>Caldeireiro>Mecânico de manutenção de refrigeração e climatização doméstica>Eletricista instalador predial de baixa tensão>Mecânico de manutenção em Máquinas Industriais>Auxiliar de operações logísticas>Costureiro industrial do vestuário>Pedreiro de alvenaria>Operador de editoração eletrônica>Modelista>Auxiliar de transporte, movimentação e distribuição de cargas>Carpinteiro de obras>Marceneiro
Camaçari
>Almoxarife>Auxiliar de operações logísticas>Montador de andaimes>Padeiro>Pedreiro de alvenaria>Eletricista instalador predial de baixa tensão>Montagem e manutenção de computadores>Operador de processos químicos industrial>Eletricista industrial, caldeireiro>Costureiro industrial do vestuário>Modelista e mecânico de manutenção em transmissão manual automotiva
Informações pelo telefone (71) 3534-8090
alunos no laboratório de computação gráfica
curSoS oFerecidoS Na região meTroPoliTaNa
30 Bahia Indústria
Proposta é aproveitar o resíduo da extração da fibra de sisal para criar novos produtos
AlBErTo CoUTINHo/SECoM
Sisal pode ser usado como fungicida e xampuO sisal pode ter aproveitamento de maior valor agregado, com a incorporação de novos usos.
Por exemplo, como xampu anticaspa, remédio para doenças de pele e acaricidas. A Secretaria
de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) desenvolve um projeto em parceria com instituições,
como o SENAI Cimatec e Embrapa, para reestruturar a cadeia produtiva do sisal. Na Bahia, o
produto é encontrado em 75 municípios, que concentram 95% da produção nacional. A fibra
crua de sisal é obtida por desfibramento. O resíduo da operação contém suco, mucilagem e
bucha. A fibra acabada de sisal representa somente 4% do peso da folha desfibrada. Portanto,
mais de 95% do peso geralmente é descartado. Para aproveitar o resíduo, a Secti encomendou
estudo que comprovou a eficácia de novos usos de produtos de sisal em aplicações diversas. A
pesquisa indicou o uso potencial do suco do sisal como fungicida, inseticida, carrapaticida e
antioxidante para alimentos e cosméticos.
jovens aprendizes participam de ambientação
No início de março, 24 jovens com idades entre 12 e 14 anos participaram do evento de
ambientação de contratação no programa Jovens Aprendizes, realizado no auditório do SESI
Retiro. Os novos contratados são oriundos do projeto Vira Vida do SESI, que busca promover a
elevação da autoestima e da escolaridade dos participantes. A partir de agora, além da escola
regular, eles farão o Curso de Aprendizagem Básica para Auxiliar de Rotinas Administrativas
Industriais, ministrado pelo SENAI. No entanto, o processo de formação dos jovens
compreende ainda aulas práticas e teóricas sobre empreendedorismo, cooperativismo,
qualidade de vida, além de atendimento psicossocial. A previsão é que o grupo se forme em
dezembro de 2013. Com a iniciativa, o Sistema FIEB cumpre a Lei 10.097/00, regulamentada
pelo Decreto n° 5.598, que determina que as empresas devem contratar jovens aprendizes
atendendo a uma cota mínima de 5% e máxima de 15% calculada sobre o total de empregados
cujas funções demandem formação profissional. A formação técnico-profissional deve ser
compatível com o desenvolvimento físico, moral, psicológico e social do jovem.
painel
Palestra naPolitécnicaO presidente da FIEB, José
Mascarenhas, ressaltou a
importância do engenheiro
para o desenvolvimento das
economias industrializadas
ao proferir palestra, no dia
14 de março, como parte das
comemorações pelos 115
anos da Escola Politécnica
da Ufba. Mascarenhas
pontuou que a engenharia
moderna converge para a
aplicação generalizada de
conhecimentos científicos
para a solução de problemas
da indústria e da sociedade.
“O engenheiro é o portador
das chaves para o
planejamento industrial,
novos investimentos,
produtividade e inovação”,
disse o presidente, que é
engenheiro civil. Ele
lembrou que há uma
crescente demanda por
estes profissionais no Brasil
e disse que a Federação
está empenhada em
contribuir para a superação
do déficit.
FieB congratulaSebraeA Feira do Empreendedor
2011, realizada pelo Sebrae
da Bahia, foi eleita pela 3ª
vez consecutiva a melhor do
circuito nacional. A FIEB,
que teve uma maior
participação no evento do
ano passado, parabeniza a
iniciativa voltada para
micro e pequenos
empresários e comemora o
estreitamento da parceria
com o Sebrae.
Bahia Indústria 31
vAlTEr PoNTES
atletas participaram de corrida na abertura do festival, que reuniu o SESI Simões Filho e Federação Baiana de atletismo
Festival de atletismo reúne competidores Foi realizado no dia 11 de fevereiro o festival de Abertura FBA 2012, promovido pela Federação Bahiana de Atletismo, em
parceria com o SESI Simões Filho. Cerca de 30 atletas participaram de provas como salto em distância, salto em altura e corrida
(100, 400 e 1.500 metros rasos) masculinos e femininos. Serão realizadas 11 competições em 2012. O SESI Simões Filho é hoje o
palco principal das competições do calendário oficial do atletismo baiano. A pista da unidade, inaugurada em maio do ano
passado, integra o seleto grupo das 11 pistas do Brasil certificadas pela IAAF, associação internacional que congrega federações
da modalidade. As competições são um aquecimento para os Jogos do SESI 2012, que serão iniciados em março. A primeira
fase, municipal, é o passo inicial para quem deseja chegar ao nacional ou mesmo se credenciar para etapas internacionais.
Como novidade, o SESI vai organizar oficinas e treinamentos, visando a uma melhor preparação dos trabalhadores-atletas. Este
ano, os jogos serão classificatórios para os Jogos Nacionais do SESI de 2013, que acontecerão no Rio de Janeiro.
eja vai além da sala de aula Visitas a museus, exposições, cinema e pontos turísticos
fazem parte da programação escolar dos trabalhadores-alunos
das turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Serviço
Social da Indústria – SESI. Os alunos, que cursam a
alfabetização, o ensino fundamental e o médio, têm ainda a
oportunidade de sair da sala de aula e complementar seus
estudos com conhecimento cultural e artístico. A programação
é desenvolvida por meio do projeto de Enriquecimento do
Capital Cultural do SESI, que tem o propósito de despertar o
interesse dos trabalhadores e seus dependentes pelas
linguagens artísticas. São oferecidos ingressos, lanche e
transporte aos locais visitados. Além disso, os alunos
trabalham nas disciplinas os conteúdos abordados no passeio.
Para levar o programa para a sua empresa, entre em contato
com a unidade do SESI mais próxima. Trabalhadores-alunos do EJA da Cyrella foram ao cinema
DIvUlGAção
3� Bahia Indústria
O que já é referência hoje,
tem um futuro ainda me-
lhor”, anunciou o presi-
dente da Federação das Indústrias
do Estado da Bahia (FIEB), José
Mascarenhas, durante a assina-
tura de contrato com a GPO-GMEC
Projetos e Obras para a construção
dos Cimatec 3 e 4. Os novos pré-
dios do Centro Integrado de Manu-
fatura e Tecnologia do SENAI-BA,
onde funcionarão um núcleo de
modelagem computacional e dois
centros nacionais de tecnologia,
um de logística e outro de confor-
mação mecânica, serão espaços
de pesquisa e formação profissio-
nal, voltados para as demandas da
indústria brasileira.
Orçada em R$ 78 milhões, a
ampliação do Cimatec vai expan-
dir a capacidade de atendimento
ao setor. “Em relação à capaci-
tação profissional, por exemplo,
o número de alunos dos cursos
presenciais, que atualmente está
em oito mil, vai dobrar, podendo
chegar a cerca de 20 mil ao ano. Is-
so sem contar com a atuação edu-
cacional nas empresas”, explicou
o superintendente do SENAI-BA,
Leone Peter.
O Cimatec 3 terá um núcleo de
Modelagem Computacional e Re-
alidade Virtual, que vai possibi-
litar o aumento da produtividade
com menos custos e riscos para
as empresas. Já no Cimatec 4 vão
Cimatec ganharánovas unidadesUnidades 3 e 4 do Cimatec vão abrigar centros nacionais de logística e conformação mecânica
josé
mascarenhas e
josé Bonifácio
Pinto jr., da
gPo-gmec
Projetos e
obras, assinam
contrato
joão AlvArEz
funcionar um centro de referência
em logística, onde serão realiza-
das pesquisas em desenvolvimen-
to e gestão de produtos, além do
centro de conformação mecânica
e fundição, em que serão produ-
zidas peças de metal robustas
(como equipamentos para navios)
e também peças de acabamentos
mais fino, feitas pelo processo de
estampagem, a exemplo das car-
rocerias de automóveis.
A concepção do projeto e a ca-
pacitação das equipes são fruto
de parcerias firmadas com a Uni-
versidade de Aachen e o Instituto
Fraunhofer IML, da Alemanha,
instituições de referência interna-
cional em tecnologia nas áreas-
foco das novas unidades do Cima-
tec. “Os centros serão os primeiros
do Brasil e os maiores da América
Latina. Nossos esforços e investi-
mentos têm como objetivo apoiar
a indústria mecânica na Bahia”,
afirmou o presidente da FIEB, José
Mascarenhas.
As obras de edificação das no-
vas unidades, que devem durar
14 meses, foram iniciadas um mês
antes de o Cimatec completar uma
década de vida. Inaugurado em 20
de março de 2002, o Centro Inte-
grado de Manufatura e Tecnologia
do SENAI-BA oferece, atualmente,
formação profissional e serviços
tecnológicos em diversas áreas de
competência, como automação e
produção industrial, energia e mi-
croeletrônica. Para o mês comemo-
rativo, estão previstos eventos com
a presença de autoridades. [bi]
Bahia Indústria 33
ideiaS
Por reinaldo saMPaio
No Brasil, as populações metropo-
litanas estão se tornando, involun-
tariamente, menos produtivas e
mais infelizes, por conta da deses-
truturação física das cidades e da
imobilidade do tráfego urbano. O
excesso de tempo dispendido para
locomover-se é um crime contra a
produtividade e o desenvolvimen-
to, por consumir de modo inútil o
tempo de trabalho e de realização
dos indivíduos e é também um cri-
me contra as pessoas, por acabar
com o seu tempo de existência.
Esse “mal-estar metropolitano”
decorre de decisões políticas que
preterem o planejamento de lon-
go prazo em favor do atendimento
de questões tópicas; fragmentos
de uma totalidade não percebida.
Salvador, infelizmente, faz parte
dessa realidade.
O planejamento da metrópole
deve estar subordinado a uma for-
ma de análise sistêmica da reali-
dade global; isto é, a uma compre-
ensão das realidades presentes,
de que modo refletem o período
histórico atual e suas repercus-
sões sobre a sociedade e o espaço
territorial.
Como afirmava Milton Santos “a
questão urbana é uma totalidade
menor, dentro de uma totalidade
maior; a lógica nacional e global”.
Planejar Salvador exige saber co-
mo lidar com antigas tendências
que parecem incompreendidas por
sucessivos gestores: a mais óbvia é
a macrourbanização; a metrópole
não é uma unidade, mas um con-
junto de municípios que interagem
social e economicamente, tendo
O mal-estar metropolitano
a própria metrópole como núcleo;
outro desafio, da Bahia e do Nor-
deste em geral, é a concentração da
população e da pobreza na Região
Metropolitana.
Tal fenômeno decorre da rare-
fação da população rural, liberada
pelo avanço técnico-científico das
atividades rurais e que, na ausên-
cia de cidades médias dotadas de
infraestruturas adequadas, seu
destino é a Capital, onde grande
parte dessa população não é ab-
sorvida pelas atividades modernas
e tende à exclusão ou a reproduzir
formas econômicas atrasadas, per-
petuadoras das desigualdades.
Nas economias avançadas, ob-
serva-se o fenômeno da “desme-
tropolização”; a redução do papel
relativo da metrópole, através da
reprodução nas cidades médias,
das chamadas hegemonias metro-
politanas, permitindo absorver e
requalificar a força de trabalho li-
berada do campo. No nosso caso,
o que observamos é a “involução
metropolitana”, a desestruturação
física da cidade, a imobilidade im-
produtiva e o aumento da pobreza.
Lembremos os ensinamentos
do Mestre Milton Santos sobre
a questão urbana: de que não é
possível compreendê-la isolada-
mente nem subordiná-la a um pla-
nejamento limitado e restritivo. A
antevisão do futuro é que permite
planejar a modernização dos siste-
mas de engenharia e dos sistemas
sociais transformadores da reali-
dade, cujos respectivos níveis de
complexidade, tecnicidade e ca-
pitalização definem em que medi-
da o território e a sociedade estão
aptos para incorporar e reproduzir
reinaldo Sampaio é vice-presidente da FiEB e coordena o comitê de Portos e o conselho de comércio Exterior da FiEB
O mal-estar metropolitano decorre de decisões políticas que preterem o planejamento de longo prazo, em favor do atendimento de questões tópicas
“as formas contemporâneas de de-
senvolvimento.
O que caracteriza a atual civili-
zação, nos seus últimos 40 anos, é
o incessante desenvolvimento e di-
fusão da ciência e da técnica, que
intensifica a divisão social do tra-
balho, através da crescente espe-
cialização das pessoas, das empre-
sas e dos territórios. O processo de
desenvolvimento, somente é possí-
vel ocorrer, nos espaços territoriais
nos quais a sociedade e os atores
econômicos dispõem da produção
e da fluidez da tecnologia, da edu-
cação, da informação, das finanças
e da mobilidade dos fatores produ-
tivos e das pessoas, em condições
eficientes e competitivas.
Atender a esses imperativos é
pré-condição para o desenvolvi-
mento. No caso de Salvador, a ci-
dade social e a cidade econômica
precisam conduzir a sua relação
dialética em favor de mútuos inte-
resses; uma Cidade Global, atrati-
va aos externos e acolhedora e hu-
mana com os seus, precisa dispor
das condições fundamentais pro-
motoras do desenvolvimento.
Essa é a questão política funda-
mental que deveria nortear o diá-
logo da sociedade com os preten-
dentes a gestor da Metrópole. [bi]
livros
leitura&entretenimento
Bahia Indústria 3�
o x da questãoO “x” presente no nome de cada uma das
empresas de Eike Batista, ícone do sucesso
no mundo dos negócios, é símbolo da
multiplicação de riqueza, ousadia,
criatividade e capacidade de execução. Em
O X da Questão, o maior empreendedor
brasileiro narra suas aventuras de
desbravador, desde os maiores sucessos
até as experiências que não deram certo e
os erros cometidos. Eike Batista expõe
ainda o arsenal teórico que está na origem
de tantos negócios bem-sucedidos.
a Filha do meioGanhador do Prêmio Yanka Rudzka, da Funceb, A Filha do
Meio é um espetáculo de dança/teatro com um toque musical,
que tem concepção artística e direção de Leila Gomes. A
montagem apresenta a primeira dança-novela de palco, com
todos os dramas e personagens que permeiam uma grande
trama novelística, com direito a cenas dos próximos capítulos e
intervalos comerciais. O espetáculo contempla várias
expressões artísticas, como: dança, teatro, música, recursos de
áudio, cenografia, dentre outras, para tentar transpor para o
palco toda a agilidade, carga dramática e expectativa de um
novo capítulo que só uma novela pode oferecer.
Problemas? oba!O profissional que quer fazer sucesso tem
que adorar resolver os problemas dos
outros. A empresa que quiser crescer tem
que resolver os problemas de seus clientes
melhor do que os concorrentes.
A obra tem como objetivo ajudar as
pessoas a perceberem que um problema é
um grande oportunidade de crescer.
Resolver um problema é aproveitar a
chance de mostrar sua competência no
trabalho, seu valor como profissional e
também de ganhar mais dinheiro.
O X da QuestãoPsicologia para Administradores – Integrando teoria e práticaEike Batista, Editora Sextante / Gmt, 160p. R$ 23,80
Problemas? Oba! - A Revolução para Você Vencer no Mundo dos NegóciosRoberto Shinyashiki, Editora Gente, 164p. R$ 24,90
DIvUlGAção
DIvUlGAção
Festival de uma cia Só – commedia dell arteA Commedia Dell Arte, vertente do teatro italiano que se
caracteriza pela prática do improviso, inspira esta produção,
que a cada noite oferece ao público um espetáculo diferente.
As apresentações são criadas a partir de roteiros do século
XVII, num show de improvisação protagionizado por uma
única companhia de atores. Os roteiros possuem argumento,
tradução e adaptação do diretor Marcus Villa Góis, que
desenvolve pesquisa de doutorado na qual estuda a
dramaturgia na Commedia Dell Arte. A companhia é
formada por sete atores, que se revezam nos diversos papéis.
não perca Teatro SESI, qua e qui., às 20 horas, até dia 20.4. R$ 20 (inteira) e R$10 (meia). Gratuito para industriários e dependentes
não perca Teatro SESI, sab e dom., às 20 horas, até dia 29.4. R$ 20 (inteira) e R$10 (meia). Mais informações: (71) 3616-7060
teatro
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