submarinos nazista - prof. altair aguilar
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Desde o início das hostilidades, os alemães estavam cientes de que o
domínio aliado dos mares era uma potencial ameaça aos seus planos de
guerra. Para comandar a frota de U-boats alemães, Hitler nomeou Karl
Doenitz que já possuía experiência como submarinista na Primeira Guerra
Mundial, portanto compreendia as necessidades dos marinheiros e o
potencial do submarino como arma de guerra.
Em setembro de 1939, início da Segunda Guerra
Mundial, o almirante comandava 57 submarinos – bem
menos do que as 300 embarcações com as quais um
bloqueio contra a Grã-Bretanha seria efetivo.
A vida a bordo de um submarino alemão é descrita por
alguns que sobreviveram a guerra como, no mínimo, insalubre, apenas o capitão tinha uma acomodação
individual; o restante da tripulação tinha de se virar entre
tubos, torpedos, aparelhos medidores e equipamentos da
nave, para comer, operar as máquinas e até mesmo fazer
suas necessidades fisiológicas. Como os U-Boats não
possuíam ventilação interna, os marinheiros eram obrigados
a andar com passos leves e a não fazer muito esforço físico –
pois, do contrário, corriam o risco de consumir todo o
oxigênio.
As principais armas usadas pelos submarinos eram os
torpedos. Um torpedo poderia ser facilmente descrito como
um micro submarino, a partir do momento em que era
lançado. Em seu bico, continha uma carga de explosivos que era acionada no contato com o casco do navio
inimigo; entretanto, não era uma tarefa simples lançá-los.
Doenitz compreendera astutamente o
poderio de seus submarinos por uma razão
simples: a dificuldade dos aliados em
combatê-los sem se limitar ao uso de
comboios de navios.
Doenitz também orientou seus capitães a fazerem
uso da tática de "matilhas" (em
alemão,Rudeltaktik): um comandante de
submarino que localizasse um comboio aliado
transmitia, por rádio, sua rota a submarinos
vizinhos, que reuniam-se para atacar, à noite, o
malfadado comboio e infligir lhe pesadas perdas.
Entre os maiores "ases" de submarino
da Alemanha Nazista, destacam-se:
Otto Kretschmer (comandante do U-99);
Günther Prien (a bordo do U-47);
Joachim Schepke (capitão do U-100);
Hans Lehmann-Willenbrock (à testa
do U-96);
Reinhard Hardegen (ousado capitão
do U-123, com o qual atacou navios em
plena costa norte-americana, na
Operação Paukenschlager, ou "Batida
de Tambor", no início de 1942).
U-99
U-47
U-100
U-96
U-123
Winston Churchill, em suas memórias, descreveu os
"U-Boats" como a maior ameaça à vitória sobre
onazismo – não à toa ele temia os afundamentos
causados pelos U-Boats mais do que qualquer
outra arma de Hitler.
A Grã-Bretanha estava, por fim, salva da
predação nazista, não sem pagar um preço
elevadíssimo: além do afundamento de mais de
2.000 navios mercantes e militares e da perda de
mais de 13,5 milhões de toneladas de carga,
cerca de 40.000 de seus mais capazes marinheiros
morreram enquanto serviam à pátria. No mesmo
interim, os alemães perderam, em toda a guerra,
29.000 homens e 785 de seus 1.162 submarinos.
Para tentar frear este afluxo de matéria prima ao Eixo
fortaleceu-se a “Cintura do Atlântico”. A Cintura do Atlântico
é o trecho mais estreito entre a América do Sul e a África,
mais precisamente a linha reta que vai de Natal à Dacar com uma extensão de 1.700 milhas. Para que isso ocorresse
deveriam ser instaladas bases no Brasil fato que se iniciou em
meados de junho de 1941 quando da chegada da “Task-
Force 3” e da liberação dos portos de Recife e Salvador
para uso da marinha americana
O Brasil vem a romper relações com o
Pacto Tripartido (Alemanha, Itália e Japão)
apenas em 28 de Janeiro de 1942, o que o
colocou, segundo as palavras do
Embaixador da Alemanha Sr. Pruefer, “em
estado de guerra latente” com o Eixo.
Neste momento navios brasileiros passam a
ser atacados ao largo da costa americana
e no Caribe , os primeiros foram:
O Cabedelo que desaparece depois de
partir dos Estados Unidos em 14.02.1942
Buarque e Olinda (em 14 e 18.02.42,
respectivamente);
Arabutan (07.03.42); Cairú (08.03.42);
Parnaíba(01.05.42)
O primeiro ataque efetuado em águas nacionais
foi o do Comandante Lira realizado pelo
submarino italiano Barbarigo que, no entanto, não
o conseguiu afundar. Devido a estes e outros
ataques contra nossa marinha mercante, o Brasil
vem a romper relações com o Eixo em 31.08.42.