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Sucessões e Séries de funções
Cálculo II
Departamento de Matemática Universidade de Aveiro
2018-2019
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 1 / 22
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Sucessões de funções
Definição [Sucessão de funções]
Seja D ⊂ R e F (D) um conjunto de funções definidas no doḿınio D.Uma sucessão de funções é uma aplicação
(fn) : N −→ F (D)n 7→ fn
onde para cada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x)
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 2 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2
f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn x1 x2 . . . xn . . .
x = 1 fn(1) 11 12 . . . 1n . . .
x = 12
fn(12
) ( 12
)1 ( 12
)2 . . . ( 12
)n . . .
x = 13
fn(13
) ( 13
)1 ( 13
)2 . . . ( 13
)n . . .
x = 14
fn(14
) ( 14
)1 ( 14
)2 . . . ( 14
)n . . .
x = 0 fn(0) 01 02 . . . 0n . . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 3 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2
f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn x1 x2 . . . xn . . .
x = 1 fn(1) 11 12 . . . 1n . . .
x = 12
fn(12
) ( 12
)1 ( 12
)2 . . . ( 12
)n . . .
x = 13
fn(13
) ( 13
)1 ( 13
)2 . . . ( 13
)n . . .
x = 14
fn(14
) ( 14
)1 ( 14
)2 . . . ( 14
)n . . .
x = 0 fn(0) 01 02 . . . 0n . . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 3 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2
f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn x1 x2 . . . xn . . .
x = 1 fn(1) 11 12 . . . 1n . . .
x = 12
fn(12
) ( 12
)1 ( 12
)2 . . . ( 12
)n . . .
x = 13
fn(13
) ( 13
)1 ( 13
)2 . . . ( 13
)n . . .
x = 14
fn(14
) ( 14
)1 ( 14
)2 . . . ( 14
)n . . .
x = 0 fn(0) 01 02 . . . 0n . . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 3 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2
f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn x1 x2 . . . xn . . .
x = 1 fn(1) 11 12 . . . 1n . . .
x = 12
fn(12
) ( 12
)1 ( 12
)2 . . . ( 12
)n . . .
x = 13
fn(13
) ( 13
)1 ( 13
)2 . . . ( 13
)n . . .
x = 14
fn(14
) ( 14
)1 ( 14
)2 . . . ( 14
)n . . .
x = 0 fn(0) 01 02 . . . 0n . . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 3 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2
f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn x1 x2 . . . xn . . .
x = 1 fn(1) 11 12 . . . 1n . . .
x = 12
fn(12
) ( 12
)1 ( 12
)2 . . . ( 12
)n . . .
x = 13
fn(13
) ( 13
)1 ( 13
)2 . . . ( 13
)n . . .
x = 14
fn(14
) ( 14
)1 ( 14
)2 . . . ( 14
)n . . .
x = 0 fn(0) 01 02 . . . 0n . . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 3 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2
f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn x1 x2 . . . xn . . .
x = 1 fn(1) 11 12 . . . 1n . . .
x = 12
fn(12
) ( 12
)1 ( 12
)2 . . . ( 12
)n . . .
x = 13
fn(13
) ( 13
)1 ( 13
)2 . . . ( 13
)n . . .
x = 14
fn(14
) ( 14
)1 ( 14
)2 . . . ( 14
)n . . .
x = 0 fn(0) 01 02 . . . 0n . . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 3 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2
f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn x1 x2 . . . xn . . .
x = 1 fn(1) 11 12 . . . 1n . . .
x = 12
fn(12
) ( 12
)1 ( 12
)2 . . . ( 12
)n . . .
x = 13
fn(13
) ( 13
)1 ( 13
)2 . . . ( 13
)n . . .
x = 14
fn(14
) ( 14
)1 ( 14
)2 . . . ( 14
)n . . .
x = 0 fn(0) 01 02 . . . 0n . . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 3 / 22
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Sucessões de funções
Se para cada ponto x ∈ D a correspondente sucessão (fn(x)) forconvergente para f (x), podemos definir a função
f : D −→ Rx 7→ f (x) = lim
n→∞fn(x)
Definição [Convergência pontual]
Quando, para todos os pontos x ∈ D, se verifica que
f (x) = limn→∞
fn(x)
dizemos que a sucessão de funções (fn(x)) converge pontualmente paraa função f e escrevemos
fnp
−−−−→ f
A função f (x) é o limite pontual da sucessão de funções (fn(x)) nodoḿınio D.
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 4 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 1 (continuação)
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
se x ∈ [0, 1[, limn→∞
fn(x) = limn→∞
xn = 0
se x = 1, limn→∞
fn(x) = limn→∞
1n = 1
esta sucessão de funções converge pontualmente para a função
f (x) =
{1, se x = 1,0, se x ∈ [0, 1[.
A sucessão de funções cont́ınuas em todo o doḿınio D = [0, 1] converge
pontualmente para uma função f (x) que não é cont́ınua no ponto 1.
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 5 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 2
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N,
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn
x1
x2
. . . xn
. . .
x = 1 fn(1) 112
. . . 1n
. . .
x = 12
fn(12
) 12
14
. . . 12n
. . .
x = 13
fn(13
) 13
16
. . . 13n
. . .
x = 14
fn(14
) 14
18
. . . 14n
. . .
x = 0 fn(0)01
02
. . . 0n
. . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 6 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 2
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N,
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn
x1
x2
. . . xn
. . .
x = 1 fn(1) 112
. . . 1n
. . .
x = 12
fn(12
) 12
14
. . . 12n
. . .
x = 13
fn(13
) 13
16
. . . 13n
. . .
x = 14
fn(14
) 14
18
. . . 14n
. . .
x = 0 fn(0)01
02
. . . 0n
. . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 6 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 2
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N,
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn
x1
x2
. . . xn
. . .
x = 1 fn(1) 112
. . . 1n
. . .
x = 12
fn(12
) 12
14
. . . 12n
. . .
x = 13
fn(13
) 13
16
. . . 13n
. . .
x = 14
fn(14
) 14
18
. . . 14n
. . .
x = 0 fn(0)01
02
. . . 0n
. . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 6 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 2
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N,
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn
x1
x2
. . . xn
. . .
x = 1 fn(1) 112
. . . 1n
. . .
x = 12
fn(12
) 12
14
. . . 12n
. . .
x = 13
fn(13
) 13
16
. . . 13n
. . .
x = 14
fn(14
) 14
18
. . . 14n
. . .
x = 0 fn(0)01
02
. . . 0n
. . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 6 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 2
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N,
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn
x1
x2
. . . xn
. . .
x = 1 fn(1) 112
. . . 1n
. . .
x = 12
fn(12
) 12
14
. . . 12n
. . .
x = 13
fn(13
) 13
16
. . . 13n
. . .
x = 14
fn(14
) 14
18
. . . 14n
. . .
x = 0 fn(0)01
02
. . . 0n
. . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 6 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 2
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N,
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn
x1
x2
. . . xn
. . .
x = 1 fn(1) 112
. . . 1n
. . .
x = 12
fn(12
) 12
14
. . . 12n
. . .
x = 13
fn(13
) 13
16
. . . 13n
. . .
x = 14
fn(14
) 14
18
. . . 14n
. . .
x = 0 fn(0)01
02
. . . 0n
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Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 6 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 2
No intervalo D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N,
fn : D −→ Rx 7→ fn(x) = xn
x
y
f1
f2f3
n = 1 n = 2 . . . n = n . . .
fn(x) f1(x) f2(x) . . . fn(x) . . .
xn
x1
x2
. . . xn
. . .
x = 1 fn(1) 112
. . . 1n
. . .
x = 12
fn(12
) 12
14
. . . 12n
. . .
x = 13
fn(13
) 13
16
. . . 13n
. . .
x = 14
fn(14
) 14
18
. . . 14n
. . .
x = 0 fn(0)01
02
. . . 0n
. . .
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 6 / 22
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Sucessões de funções
De um modo geral, a convergência pontual de uma sucessão de funções(fn(x)) cont́ınuas não garante que a função limite pontual f (x) sejatambém cont́ınua.
Exemplo 3
No doḿınio D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N fn(x) = x
n
n , x ∈ R, n ∈ N
x
y
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 7 / 22
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Sucessões de funções
Definição [Convergência uniforme]
Num doḿınio real D, dizemos que uma sucessão de funções (fn) convergeuniformemente para uma função f e escrevemos
fnu
−−−−−→ f
se, para todo o � > 0, existe p ∈ N tal que, para todo o n ∈ N, se n ≥ p, então
|fn(x)− f (x)| < �
para todo o x ∈ D.
Diz-se que (fn) converge uniformemente para f em D se a sucessão numérica determo geral
Mn := supx∈D|fn(x)− f (x)|
é um infinitésimo, i.e. limn→∞
Mn = 0.
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Sucessões de funções
Exemplo 4
No doḿınio D = R podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N, fn(x) = arctan(x)n , x ∈ R, n ∈ N
−200 −150 −100 −50 50 100 150 200
−3
−2
−1
1
2
3
x
y
y = arctan(x)n
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 9 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 4
No doḿınio D = R podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N, fn(x) = arctan(x)n , x ∈ R, n ∈ N
−1 −0.5 0.5 1
−3
−2
−1
1
2
3
limn→∞
arctan(x
n) = 0
x
y
y = arctan(x)n
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 10 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 5
No doḿınio D = R podemos definir a sucessão de funções (fn) para cadan ∈ N fn(x) = arctan( xn ), x ∈ R, n ∈ N
−200 −150 −100 −50 50 100 150 200
−3
−2
−1
1
2
3
x
y
y = arctan( xn )
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 11 / 22
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Sucessões de funções
Exemplo 6
No doḿınio D = [0, 1] podemos definir a sucessão de funções (fn) paracada n ∈ N fn(x) = x
n
n , x ∈ R, n ∈ N
x
y
(fn(x))p
−−−−→ f (x) = 0
(fn(x))u
−−−−→ f (x) = 0
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 12 / 22
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Sucessões de funções
Proposição
Se (fn) converge uniformemente para f num conjunto D, então (fn)converge pontualmente para f nesse conjunto.
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 13 / 22
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Sucessões de funções
Teorema [Propriedades da convergência uniforme]
Seja (fn) uma sucessão de funções cont́ınuas em D = [a, b] que convergeuniformemente para f em D, então
1 f é cont́ınua em D = [a, b]
2 f é integrável em D = [a, b] e tem-se∫ ba
f (x)dx =
∫ ba
limn→∞
fn(x)dx = limn→∞
∫ ba
fn(x)dx
3 se, adicionalmente, as funções têm derivadas cont́ınuas em D = [a, b]e a sucessão (f
′n) converge uniformemente em D = [a, b], então f é
diferenciável em D = [a, b] e
f′(x) = lim
n→∞f′n(x), ∀x ∈ D = [a, b]
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 14 / 22
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Séries de funções
Definição
Para uma dada sucessão (fn(x)) de funções definidas em D ⊂ R, podemos definir uma série defunções de termo geral fn(x)
+∞∑n=1
fn(x)
também aqui podemos definir a sucessão das somas parciais, calculadas para cada n ∈ N por
Sn(x) = f1(x) + f2(x) + · · ·+ fn(x) =n∑
n=1
fn(x)
Se existe o limite, pontual ou uniforme, da sucessão (Sn(x)) dizemos que a série é convergente ea esse limite chamamos soma da série
S(x) =
+∞∑n=1
fn(x)
Uma série converge pontualmente em D quando a sucessão (Sn) converge pontualmente em D.Uma série converge uniformemente em D quando a sucessão (Sn) converge uniformemente emD. Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 15 / 22
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Séries de funções
Teorema [Propriedades das séries de funções]
Seja+∞∑n=1
fn(x) uma série de funções cont́ınuas em D = [a, b] e uniformemente convergente para
uma função S(x) em D, então
1 S é cont́ınua em D = [a, b]
2 S é integrável em D = [a, b] e tem-se∫ ba
S(x)dx =
∫ ba
+∞∑n=1
fn(x)dx =
+∞∑n=1
(
∫ ba
fn(x)dx)
3 se, adicionalmente, as funções têm derivadas cont́ınuas em D = [a, b] e a série+∞∑n=1
f′n
converge uniformemente em D = [a, b], então S é diferenciável em D = [a, b] e
S′(x) =
(+∞∑n=1
fn(x)
)′=
+∞∑n=1
f′n (x), ∀x ∈ D = [a, b]
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 16 / 22
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Séries de funções
Critério de Weierstrass
Sejam D ⊂ R e (fn) uma sucessão de funções definidas em D. Se1 existe uma sucessão (an) de números reais não negativos tal que a
série numérica+∞∑n=1
an é convergente,
2 para todo o n ∈ N e para todo o x ∈ D se tem
|fn(x)| ≤ an
Então a série de funções+∞∑n=1
fn(x) converge uniformemente em D.
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 17 / 22
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Séries de potências
Teorema
Seja+∞∑n=0
an(x − c)n uma série de potências com raio de convergência
R 6= 0. Então a série converge uniformemente em qualquer subintervalofechado e limitado do seu intervalo de convergência ]c − R, c + R[.
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 18 / 22
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Séries de potências
Teorema de Abel
Seja+∞∑n=0
an(x − c)n uma série de potências com raio de convergência
R > 0. Se a série converge no ponto x = c + R (ou no ponto x = c − R),então a série converge uniformemente em [c, c + R] (ou, resp., em[c − R, c]).
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 19 / 22
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Séries de potências
Teorema
Seja+∞∑n=0
an(x − c)n uma série de potências com raio de convergência R 6= 0, seja
I =]c − R, c + R[ o seu intervalo de convergência e seja f (x) =+∞∑n=0
an(x − c)n.
Então
1 a função f é cont́ınua em todo o doḿınio de convergência da série,
2 a função f é diferenciável no intervalo I de convergência da série,
3 a função F (x) =+∞∑n=0
ann+1 (x − c)
n é a primitiva de f em I tal que F (c) = 0,
4 a função f é integrável em qualquer subintervalo [a, b] do doḿınio deconvergência e∫ b
a
f (x)dx =
∫ ba
(+∞∑n=0
an(x − c)n)dx =+∞∑n=0
(
∫ ba
an(x − c)ndx)
Cálculo II | 2018-2019 Sucessões e Séries de funções 20 / 22
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Séries de potências
Teorema [unicidade de representação em séries de potências]
Se
f (x) =+∞∑n=0
an(x − c)n, x ∈ I =]c − R, c + R[, R 6= 0,
então f possui derivadas finitas de qualquer ordem em I e
an =f (n)(c)
n!
para todo n ∈ N0.
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Séries de potências
Representação em série de potências (Taylor)
11
1− x=
+∞∑n=0
xn, x ∈]− 1, 1[
2 ln(1 + x) =+∞∑n=1
(−1)n−1
nxn, x ∈]− 1, 1[
3 ex =+∞∑n=0
1
n!xn, x ∈ R
4 sin(x) =+∞∑n=0
(−1)n
(2n + 1)!x2n+1, x ∈ R
5 cos(x) =+∞∑n=0
(−1)n
(2n)!x2n, x ∈ R
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Séries de potências
Representação em série de potências (Taylor)
11
(1− x)2=
+∞∑n=1
n xn−1, x ∈]− 1, 1[
2 − ln(1− x) = ln( 11− x
) =+∞∑n=0
1
n + 1xn+1, x ∈]− 1, 1[
3 arctan(x) =+∞∑n=0
(−1)n
2n + 1x2n+1, x ∈]− 1, 1[
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