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Tabela 8.1 – Utilizações para materiais que foram recuperados dos RSU
Utilização/aplicação Observações
Reutilização directa
Muitos dos materiais separados dos RSU podem ser reutilizados directamente. Exemplos de tais
materiais incluem móveis velhos, paletes de madeira, baterias, mobília, etc. Sempre que
possível, deve encorajar-se a reutilização directa.
Materiais em bruto para
retransformação e
reprocessamento
Na tabela 8.2 apresentam-se especificações para 8 materiais diferentes provenientes de resíduos
municipais. Detalhes específicos, tais como a pureza, densidade, e condições de embalamento
do produto devem ser discutidas com cada comprador potencial. Sempre que possível, é
benéfico desenvolver uma gama de especificações dos produtos e preço dos produtos. Desta
forma, os custos de processamento para atingir um produto de elevada qualidade podem ser
avaliados no que diz respeito ao preço mais elevado do mercado alcançável para o produto de
qualidade mais elevada.
Material para produção de
produtos de conversão
biológica e química
Muitas comunidades decidiram atingir os seus objectivos de desvio produzindo composto que
pode ser comercializado directamente, dado aos residentes da comunidade, utilizado na cidade
(e.g. áreas verdes protegidas, divisores de auto-estradas, etc.), ou usado como cobertura
intermédia de aterros. Cada uma destas utilizações requer uma qualidade de composto diferente,
especialmente no que diz respeito ao tipo e quantidade de materiais contaminantes que podem
estar presentes (e.g. plástico, peças de metal, etc.). A produção de metano em reactores
controlados, etanol, e outros compostos orgânicos exigirá que os materiais que constituem a
fracção orgânica dos RSU sejam separados dos RSU misturados.
Fonte de combustível
A energia pode ser obtida dos resíduos municipais de duas formas: (1) por combustão (queima)
da fracção orgânica dos RSU e/ou resíduos de pátios e recuperação do calor que é libertado e
(2) por conversão dos resíduos nalgum tipo de combustível (óleo, gás, peletes, etc.) que pode ser
armazenado e utilizado localmente ou transportado para mercados de energia distantes. As
especificações para a utilização directa de resíduos para a produção de vapor não são
normalmente tão restritivas como para a produção de combustível. Contudo, à medida que as
técnicas de combustão (material para fogo) e armazenamento melhoram, as especificações para
a utilização directa tornam-se mais restritas. Há quem considere que a utilização de materiais
residuais como fonte de combustível não é um meio apropriado de desvio ou reciclagem de
resíduos.
Recuperação de terras
A aplicação de resíduos à terra é uma das técnicas mais antigas e utilizadas na gestão de resíduos
sólidos. A tecnologia de deposição em terra desenvolveu-se até ao ponto em que as comunidades
podem agora planear projectos de recuperação de terras sem receio do desenvolvimento de
problemas de saúde. Tipicamente, a recuperação de terras será acompanhada de resíduos de
demolição limpos ou processados. A recuperação de terras não deve iniciar-se até que uma
utilização final para a terra tenha sido designada.
Tabela 8.2 – Especificações típicas dos materiais que afectam a selecção e
concepção das operações de processamento para os RSU
Categoria de reutilização e
componentes dos materiais Itens de especificações típicos
Utilização directa Deve se utilizável para a função original ou com ela relacionada. Grau de limpeza (e.g.
bicicletas, resíduos de processos de construção e demolição)
Material em bruto para
retransformação e reprocessamento
Alumínio Granulometria; grau de limpeza; teor de humidade; densidade; quantidade; meios de
expedição; e local de entrega
Papel e cartão Fonte; classe; sem revistas; sem adesivos; teor de humidade; armazenamento; e local de
entrega
Plásticos Tipo (e.g. PETE/1, HDPE/2, PVC/3, LDPE/4, PP/5, PS/6, e multicamadas/7); grau de
limpeza, teor de humidade
Vidro
Quantidade de material residual (aparas, pó de vidro); cor, sem etiquetas ou metal; grau
de limpeza; libertação de contaminação metálica; sem contentor para o vidro; sem
faiança partida; quantidade, armazenamento e ponto de entrega
Metais ferrosos
Fonte (doméstica, industrial, etc.); peso específico; grau de limpeza; grau de
contaminação com estanho, alumínio, e chumbo; quantidade; meios de expedição; e
ponto de entrega
Metais não ferrosos Varia com as necessidades e mercados locais
Borracha (e.g. resíduos de
pneus) Padrões de recauchutamento; especificações para outros usos não bem definidos
Têxteis Tipo de material; grau de limpeza
Material em bruto que funciona
como matéria prima para produtos de
conversão
Resíduos de pátios Composição do material, tamanhos das partículas, distribuição granulométrica, grau de
contaminação
Fracção orgânica dos RSU Composição do material, grau de contaminação
Fonte de combustível
Resíduos de pátios Composição, granulometria, teor de humidade
Fracção orgânica do RSU Composição, teor energético; teor de humidade; limites de armazenamento;
quantidades; venda e distribuição de energia e/ou subprodutos
Plásticos Depende da aplicação e concepção do equipamento de combustão
Papel residual A utilização como combustível variará com as necessidades e mercados locais
Madeira Composição, grau de contaminação
Pneus Plantas de conversão de pneus em energia; ou moinhos de polpa e papel e instalações de
transformação de cimento que utilizam combustível obtido a partir de pneus
Óleo residual Depende da aplicação e concepção do equipamento de combustão
Recuperação de terras
Resíduos de construção e
demolição
Composição; grau de contaminação. Regulamentação local e nacional; designação da
utilização final da terra
Exemplo: Uma comunidade de 1200 lares não pode pagar pelos custos iniciais e de
operação dos veículos de recolha de reciclagem que estavam destinados a serem
utilizados. Em vez disso, os residentes têm que rebocar os contentores de reciclagem
para um centro de despejo controlado pela comunidade. Calcule o número de veículos
a partir dos quais os materiais recicláveis devem ser descarregados por hora no centro
de despejo de reciclagem. Assuma que o centro está aberto oito horas por dia, dois
dias por semana, e que 40% dos residentes entregarão os contentores de reciclagem.
Assuma também que 75% dos participantes levarão os seus materiais separados para o
centro de despejo uma vez por semana e que os restantes 25% dos participantes
levarão os seus materiais separados para o centro de despejo uma vez de duas em duas
semanas.
1. Determine o número médio de viagens por semana.
Viagens/semana = [1200 lares×0,40 (taxa de participação)×0,75×1 viag/lar.semana]+
1200 lares×0,40 (taxa de participação)×0,25×0,5 viagens/lar.semana=
420 viagens/semana
2. Determine o número médio de carros por hora.
Carros/hora = [420 viagens (carros)/semana]/[2 dias/semana)× (8 horas/dia)]=
27 carros/hora
Claramente, um pequeno centro de despejo não pode acomodar 27 carros/h
(equivalente a um carro a ser descarregado a cada 22 minutos). Para além disso, não é
provável que os carros cheguem a uma velocidade uniforme. A solução mais viável
consiste em aumentar o número de horas por semana que o centro de despejo está
aberto.
Tabela 8.3 – Operações unitárias e instalações utilizadas frequentemente para a
separação e processamento de RSU separados e misturados
Item Função/material processado Reprocessamento
Operações unitárias
Trituradoras
Moinhos de martelo Redução de tamanho/todos os tipos de resíduos Remoção de itens muito volumosos,
remoção de contaminantes
Moinhos de malho Redução de tamanho, também utilizada para
quebrar os sacos/todos os tipos de resíduos
Remoção de itens muito volumosos,
remoção de contaminantes
Trituradora de corte Redução de tamanho, também utilizada para
quebrar os sacos/todos os tipos de resíduos
Remoção de itens muito volumosos,
remoção de contaminantes
Esmagadores de vidro Redução de tamanho/todos os tipos de vidro Remoção de todos os materiais sem vidro
Trituradoras de
madeira
Redução de tamanho/resíduos de gramados/todos
os tipos de resíduos alimentares
Remoção de itens muito volumosos,
remoção de contaminantes
Crivagem (escolha do
grão)
Separação de material acima e abaixo do tamanho;
tambor também utilizado para desmembrar os
sacos/todos os tipos de resíduos
Remoção de itens muito volumosos, grandes
peças de cartão
Separação por ciclones Separação de materiais combustíveis leves do
fluxo de ar/resíduo preparado
O material é removido do fluxo aéreo
contendo materiais combustíveis leves
Separação por densidade
(classificação aérea)
Separação de materiais combustíveis leves do
fluxo de ar
Remoção de itens muito volumosos, grandes
peças de cartão, trituração de resíduos
Separação magnética Separação de metais ferrosos de resíduos
misturados
Remoção de itens muito volumosos, grandes
peças de cartão, trituração de resíduos
Densificação
Enfardadeiras Compactação em fardos/papel, cartão, plásticos,
têxteis, alumínio
As enfardadeiras são usadas para enfardar
componentes separados
Esmagadores de latas Compactação e achatamento (latas de alumínio e
estanho) Remoção de itens muito volumosos
Separação a húmido Separação de vidro e alumínio Remoção de itens muito volumosos
Instalações de pesagem
Escalas de plataforma Registos operacionais
Pequenas escalas Registos operacionais
Instalações de manuseamento, movimentação, e armazenamento
Correias transportadoras Transporte de materiais/todos os tipos de materiais Remoção de itens muito volumosos
Correias de levantamento Separação manual de materiais residuais/ RSU
separados na fonte e misturados
Remoção de itens muito volumosos
Correias de parafusos
(brocas)
Transporte de materiais; também utilizado para
desmembrar os sacos/todos os tipos de resíduos
Remoção de itens muito volumosos
Equipamento móvel Manuseamento e movimentação de materiais Densificação, esmagamento de vidros, etc.
Instalações de
armazenamento
Armazenamento de materiais/todos os tipos de
materiais recuperados
Tamanho, in
Perc
enta
gem
em
pes
o >
tam
anho
indi
cado
Resíduos sólidosapós trituração
Resíduos sólidos residenciais não processados
Resíduos sólidos comerciais não processados
Figura 8.1 – Distribuição típica da granulometria para a fracção orgânica dos RSU
excluindo resíduos de pátios antes e após trituração.
Transportador de alimentação
Transportador de alimentação
Transportador de descarga Transportador de descarga
Eixo Rotor Martelos Barra de interrupção ajustável
Transportador de alimentação
(fechado)
Transportador de descarga (fechado)
Prato da bigorna
Grade com aberturas
Cortador
Eixo
Dentes do cortador
Rotor Martelos de malhos
Chapa terminal
(a) (c)
(b)
Figura 8.2 – Exemplos de equipamento de trituração utilizado para reduzir o tamanho
de resíduos sólidos: (a) moinho de martelos, (b) moinho de malho, e (c) trituradora de
corte.
Alimentação
(a)
(c)
(b)
Alimentação
Alimentação
Alimentação
Alimentação
Material passado
(tamanho 1)
Material passado
(tamanho 2)
Material passado
(tamanho 1)
Material passado
(tamanho 2)
Material passado
Discos
Material retido
Materialretido
Material retido
Material retido
Material retido
Crivo grosseiro
Crivo de tamanho 1
Crivo de tamanho 2
Lâminas ou garras usadas para romper os sacos
Elevadores dos resíduos
Figura 8.3 – Crivos típicos utilizados para a separação de resíduos sólidos: (a) crivo
vibratório, (b) crivo de tambor rotativo, e (c) crivo de disco.
Transportador de alimentação
Saídade ar
Percurso do fluxo para material leve
Ciclone separador
Material leve (fracção leve)
Calha de transporte
Calha de transporte
Material leve (fracção leve) Ar
Classificador aéreo
Bloqueamento rotativo do ar
Calha de desvio
Percurso do
material pesado
Figura 8.4 – Classificação aérea típica utilizada para separar os resíduos sólidos em
fracções leves e pesadas.
Calha de transporte
Correia contínua
Magnete suspenso imobilizado
Correia transportadora
Material ferroso
Resíduos sólidos da trituração
(a)
(b)
Electromagnete Imobilizado
localizado no interior
revolvendo o tambor não magnético
Resíduos sólidos da trituração
Material ferroso
Material não ferroso
Figura 8.5 – Separadores com magnetes típicos: (a) magnete suspenso esquemático e
(b) magnete de roldana.
(a)
(c)
Correia
(b)
(d)
Correia Roldana de retorno
Correia
Correia
Molas
Cuba
Suportes de apoio
Suportes de retorno
Correia
Suportes em ângulo
Suportes de retorno
Suportes de retorno
Roldana de retorno
Roldana de retorno Tira de arrasto
Prato de suporte contínuo
Suportes de apoio com prato contínuo
Aba
Figura 8.6 – Correias transportadoras usadas para transportar resíduos sólidos: (a)
correia de cuba com suportes em ângulo, (b) correia plana com prato de suporte
contínuo, (c) correia de arrasto com roda intermediária, e (d) transporte vibratório
mecânico.
(a)
(b)
Exaustor
Ar Ar mais
resíduos sólidos
Bloqueamento de ar rotativo
Saída de ar
Ciclone
Despoeirador Ciclone
Saída de ar
Entrada de ar
Despoeirador
Bocais
Resíduos sólidos
Soprador
Para transportador ou contentor de armazenamento
Silo alimentador
Figura 8.7 – Sistemas de transporte pneumático: (a) vácuo e (b) pressão positiva.
Tabela 8.4 – Exemplos típicos de materiais, funções, e das necessidades em
termos equipamento e instalações de IRMs utilizadas para o processamento de
materiais separados na fonte
Materiais Função/operação Necessidades de equipamento instalações
Papel misto e
cartão/1
Separação manual de papel e cartão de elevado valor ou de
contaminantes de tipos de papel misturados. Enfardamento de plásticos
para expedição. Armazenamento de materiais separados
Carregador frontal, transportadores,
enfardadeira, empilhadeira (figuras 8.8-a e
8.9)
Papel misto e
cartão/2
Separação manual de cartão e papel misto. Enfardamento de materiais
plásticos para expedição. Armazenamento de materiais enfardados
Carregador frontal, transportadores, estação
aberta de recolha, enfardadeira, empilhadeira
Papel misto e
cartão/3
Separação manual de jornais velhos, cartão ondulado velho, e papel misto
de misturas mistas. Enfardamento de materiais separados para expedição.
Armazenamento de materiais enfardados
Carregador frontal, transportadores, estação
fechada de recolha, enfardadeira,
empilhadeira
Plásticos PETE
e HDPE
Separação manual de PETE e HDPE de plásticos misturados.
Enfardamento de materiais separados para expedição. Armazenamento de
materiais enfardados
Tremonha receptora, transportador de
recolha, cestos de armazenamento,
enfardadeira, empilhadeira
Plásticos
mistos
Separação manual de PETE e HDPE e outros plásticos de plásticos
mistos misturados. Enfardamento de plásticos para expedição.
Armazenamento de materiais separados
Tremonha receptora, transportador de
recolha, cestos de armazenamento,
enfardadeira, empilhadeira
Plásticos
mistos e vidro
Separação manual de PETE e HDPE, e vidro de cor de misturas mistas.
Enfardamento de plásticos para expedição. Armazenamento de materiais
separados
Tremonha receptora, transportador de
recolha, esmagador de vidro, cestos de
armazenamento, enfardadeira, empilhadeira
Vidro misto Separação manual de vidro claro, verde, e laranja. Armazenamento de
materiais separados
Tremonha receptora, transportador de
recolha, esmagador de vidro, cestos de
armazenamento, enfardadeira, empilhadeira
Latas de
alumínio e
estanho
Separação magnética de latas de estanho de misturas mistas de latas de
alumínio e estanho. Enfardamento de materiais separados para expedição.
Armazenamento de materiais separados
Tremonha receptora, transportador, magnete
suspenso, magnete de roldana, contentores
de armazenamento, enfardadeira ou
esmagador de latas e sistema de transporte
pneumático, empilhadeira
Plástico, vidro,
latas de
alumínio, e
latas de
estanho
Separação manual ou pneumática de PETE, HDPE, e outros plásticos.
Separação manual de vidro por cor. Separação magnética de latas de
estanho de misturas mistas de latas de alumínio e estanho. Enfardamento
de plástico, latas de alumínio, e latas de estanho, e esmagamento de vidro
e expedição. Armazenamento de materiais enfardados e esmagados
Tremonha receptora, transportador,
contentor de recolha, magnete suspenso,
magnete de roldana, esmagador de vidros,
contentores de armazenamento, enfardadeira
ou esmagador de latas e sistema de
transporte pneumático, empilhadeira
Resíduos de
pátios/1
Separação manual de sacos plásticos e outros contaminantes de resíduos
de pátios misturados, moagem de resíduos de pátios limpos, separação
granulométrica de resíduos que foram moídos, armazenamento de
resíduos retidos para expedição para instalações de biomassa, e
compostagem do material passado
Carregador frontal, moinho de cuba,
transportadores, crivos de disco ou tambor,
contentores de armazenamento, máquina de
viragem do composto
Resíduos de
pátios/2
Separação manual de sacos plásticos e outros contaminantes de resíduos
de pátios misturados seguida de moagem e separação granulométrica para
produção de matéria vegetal. Armazenamento de matéria vegetal e
compostagem do material passado
Carregador frontal, moinho de cuba,
transportadores, crivos de disco ou tambor,
contentores de armazenamento, máquina de
viragem do composto
Resíduos de
pátios/3
Moagem de resíduos de pátios para produzir um combustível biomassa.
Armazenamento de material moído
Carregador frontal, moinho de cuba,
transportadores, contentores de
armazenamento ou reboques de transporte
Tabela 8.5 – Exemplos de funções, materiais recuperados ou contaminantes
removidos, e actividades associadas com as IRMs usadas para o processamento
de RSU misturados
Função da IRM Materiais recuperados ou contaminantes
removidos
Actividades
Recuperação de
materiais recicláveis
para satisfazer
objectivos de desvio de
primeiro estádio
mandatados (25%)
Itens volumosos, cartão, papel, plásticos
(PETE, HDPE, e outros plásticos mistos),
vidro (claro e misturado), latas de alumínio,
latas de estanho, outros materiais ferrosos
Separação manual de itens volumosos, cartão,
plásticos, vidro por cor, latas de alumínio, e grandes
itens ferrosos. Separação magnética de latas de
estanho e outros materiais ferrosos não removidos
manualmente. Enfardamento de materiais separados
para expedição. Armazenamento de materiais
enfardados
Recuperação de
materiais recicláveis
para satisfazer
objectivos de desvio de
segundo estádio
mandatados (50%)
Itens volumosos, cartão, papel, plásticos
(PETE, HDPE, e outros plásticos mistos),
vidro (claro e misturado), latas de alumínio,
latas de estanho, outros materiais ferrosos.
Separação adicional de materiais separados na
fonte incluindo papel, cartão, plástico (PETE,
HDPE, outro), vidro (claro e misto), latas de
alumínio, latas de estanho
Separação manual de itens volumosos, cartão,
plásticos, vidro por cor, latas de alumínio, e grandes
itens ferrosos. Separação magnética de latas de
estanho e outros materiais ferrosos não removidos
manualmente. Enfardamento de materiais separados
para expedição. Armazenamento de materiais
enfardados
Preparação de RSU
para utilização como
combustível
Itens volumosos, cartão (dependendo do valor
de mercado), vidro (claro e misto), latas de
alumínio, latas de estanho, outros materiais
ferrosos
Separação manual de itens volumosos, cartão, e
grandes itens ferrosos. Separação mecânica de
vidro, latas de alumínio. Separação magnética de
latas de estanho e outros materiais ferrosos não
removidos manualmente. Preparação de
combustível. Armazenamento de matéria prima de
combustível. Enfardamento de cartão para
expedição. Armazenamento de materiais enfardados
Preparação de RSU
para utilização como
matéria prima para
compostagem
Itens volumosos, cartão (dependendo do valor
de mercado), plásticos (PETE, HDPE, e outros
plásticos mistos), vidro (claro e misto), latas
de alumínio, latas de estanho, outros materiais
ferrosos
Separação manual de itens volumosos, cartão,
plásticos, vidro por cor, latas de alumínio, e grandes
itens ferrosos. Separação mecânica de latas de
estanho e outros materiais ferrosos não removidos
manualmente. Enfardamento de materiais separados
para expedição. Armazenamento de matéria prima
de composto
Recuperação selectiva
de materiais
recuperáveis
Itens volumosos, papel de escritório, listas
telefónicas antigas, latas de alumínio, PETE e
HDPE, e materiais ferrosos. Outros materiais
dependem dos mercados locais
Separação manual de itens volumosos, cartão.
Separação manual de materiais seleccionados
dependendo das necessidades do mercado.
Instalações de enfardamento, esmagadores de latas,
e outro equipamento dependendo dos materiais a
serem separados
Taxa de carregamento, ton/h = Numero de ton/ano (ou ton/d)1820 h/ano (ou h/d) processamento
(8.1)
***
Fontes
residenciais:
Papel misto e cartão (20 t/d)
Fontes comerciais:
Cartão (15 t/d)
Veículo de recolha
Área receptora
Cartão(2 t/d)
Triagem manual
Triagem manual
Carregador frontal utilizado para espalhar os resíduos para pré-triagem
Itens volumosos (0,15 t/d)
Contaminantes (0,35 t/d)
Carregador frontal, chão e transportador inclinado
(17,5 t/d) (16 t/d)
Enfarda-mento
Empilhadeira
Armazenamento interior de papel enfardado
Itens volumosos (0,25 t/d)
Contaminantes (0,75 t/d)
Armazenamento exterior de cartão enfardado
Empilhadeira Empilhadeira
Expedição Expedição
(a)
(b)
Porta superior Enfardadeira (também
usada para latas de alumínio e plástico)
Parte elevada
Transportador elevado
Área de armazenamento temporária para papel enfardado
Porta de abertura para
cima
Percurso típico do veículo
Cartão separado
manualmente
Área de descarga para cartão
Área de descarga para papel misto
e cartão
Figura 8.8 – IRM para o processamento de papel e cartão separado na fonte: (a)
organograma do processo e (b) esquema da IRM.
(a) (b) (c)
Papel misto
Plástico misturado e vidro
Latas de alumínio e estanho misturadas
Veículo de recolha
Silo receptor
Silo receptor Área receptora
Triagem manual
Triagem manual
Enfardamento
Armazenamento de fardos
Expedição Expedição Expedição
Empilhadeira Empilhadeira Empilhadeira
Carregador frontal utilizado para espalhar os
resíduos para pré-triagem
Carregador frontal, chão,
transportador de recolha inclinado
Transportador que conduz à enfardadeira
Itens volumosos Cartões
Contaminantes
Cartão
Triagem manual
Triagem manual
Crivo vibrador
Esmagador de vidro
Esmagador de vidro
Veículo de recolha
Veículo de recolha Transportador
Transportador
Transportador de vidro misto
Transportador
Empilhadeira
Plásticos separados de acordo com o tipo
Vidro claro, esmagado para armazenamento
Materiais residuais para aterro
Transportador
Transportador
Empilhadeira ou transportador pneumático
Magnete suspenso
Magnete de roldana
Enfardadeira ou esmagador de latas
Armazenam/ de latas enfardadas/esmagadas
Latas de estanho
enfardadas ou
esmagadas
Latas de estanho
enfardadas ou
esmagadas
Figura 8.9 – Organograma para separação de resíduos separados na fonte: (a) papel
misto, (b) plásticos misturados e vidro, e (c) latas de alumínio e de estanho.
Enfardadeira (usada para
papel, cartão, latas de estanho e alumínio, e plástico)
Transportado elevado
Área de descarga para papel misto e cartão
Linha de triagem elevada
Área de descarga para residentes que trazem materiais recicláveis
Porta de correr
Escritório
Rampa de descida
Linha de triagem de
vidro e plástico
Silos de descarga
Separação de alumínio e estanho
Rampa de subida
Área de armazenamento para materiais recuperados
Balança
Figura 8.10 – Esquema para uma IRM usada para processar materiais separados na
fonte.
Resíduos de pátios
Recolha
Área receptora
Trituração, moinho de cuba
Remoção manual de contaminantesCarregador frontal Plásticos,
faiança partida
Carregador frontal
Unidade de recolha com garra e veículo de recolha
Transportador
Crivagem para sep. granulométrica
Composto
Expedição
Camião Combustível de biomassa
Material retido
Material passado
Veículo de recolha
Carregador frontal
Compostagem em pilha ao ar
Figura 8.11 – Organograma de uma IRM para o processamento de resíduos de pátios e
outros resíduos verdes.
Figura 8.12 – Moinho de cuba usado para processamento de resíduos de pátios
recolhidos separadamente.
RSU misturados
Veículo de recolha
Carregador frontal utilizado para espalhar
resíduos para pré-triagem
Carregador frontal, chão e sistema de
transportador inclinado
Transportador inclinado
Transportador
Transportador
Transportador
Camião
Aterro
Transportador
Transportador
Transportador
Material retido
Materiais ferrosos
Combustão Composto para cobertura intermédia
de aterro
Veículo de recolha
Papel Plásticos
Vidro Latas de alumínio Latas de estanho
Materiais separados na fonte
Papel Plásticos
Vidro Latas de alumínio Latas de estanho
Cartão Outros itens grandes
Cartão Materiais separados na fonte
em sacos transparentes Itens volumosos
Bens brancos Outros contaminantes
Área receptora
1º estádio da pré-triagem manual
2º estádio da pré-triagem manual
Desmembrador de sacos
1º estádio da triagem manual
Crivagem (tambor ou disco)
Separação magnética
Trituração
2º estádio da triagem manual
Materiais recicláveis misturados ensacados
Figura 8.13 – Organograma para a recuperação de materiais residuais de RSU
misturados.
(b)
RSU misturados
Veículo de recolha
Carregador frontal
Carregador frontal, sistema transportador
Transportador
Crivo
Transportador
Ar para a atmosfera
Pó
Essencialmente fracção orgânica
Crivagem (tambor)
Itens volumosos Bens brancos
Cartão
Ciclone
Corte tamanho 1
Transportador
Área receptora
Remoção manual de materiais
Trituração
Classificação aérea
Trituração
Despoeiramento
Separação magnética Metais ferrosos
Resíduo para aterro
Metais ferrosos
Resíduo para aterro
Separação magnética
Corte tamanho 2
Transportador
Material retido
(a)
RSU misturados
Veículo de recolha
Carregador frontal
Carregador frontal, sistema transportador
Transportador
Transportador pneumático
Transportador
Ar para a atmosfera
Pó Essencialmente fracção orgânica
Metais ferrosos
Resíduo para aterro
Itens volumosos Bens brancos
Cartão
Fracção leve
Fracção pesadaTransportador
Área receptora
Remoção manual de materiais
Trituração
Classificação aérea
Separador ciclónico Despoeiramento
Separação magnética
Figura 8.14 – Organograma para a recuperação de componentes dos resíduos sólidos:
(a) convencional (com trituradora) e (b) trituradora de corte e tambor para substituir a
trituradora nos organogramas.
Tabela 8.6 – Assuntos de saúde e segurança na concepção e laboração de IRMs
Componente Assunto em questão
Mecânico
Rotação a alta velocidade e partes adjacentes
Eixos e correias expostas
Barulho de alta intensidade
Vidro partido, objectos metálicos aguçados
Explosivos perigosos
Eléctrico Cablagem, disjuntores, e controles expostos
Erros no chão
Arquitectural
Escadas, escadarias, e carris
Rotina e visibilidade dos veículos
Ergonomia das correias de apanha manual
Iluminação
Ventilação e ar condicionado
Drenagem
Operacional
Práticas de manutenção
Treino de segurança
Equipamento de segurança e de primeiros socorros
Materiais perigosos Resíduos perigosos de lares e geradores de pequena quantidade
Bioperigosos tal como produtos sanguíneos e organismos patogénicos
Equipamento de segurança
pessoal
Luvas impermeáveis, à prova de furos; calçado de segurança, uniformes, protecção ocular,
protecção sonora
Básculas
Guindaste Chaminé
GeradorTurbina a vapor
Vapor Câmara de combustão
Forno
Fosso de armaz. de resíduos
Calha de carga Injecção
de amónia
Grelhas
Tanque de arrefecimento
Cinzas para aterro
Caldeira Lavagem
de gás
Cal
Ventilador de tiragem induzido
Local de ensacamento
Figura 8.15 – Secção através de um combustor municipal típico carregado com massa
de alimentação contínua, usado para a produção de energia de RSU.
Para o carbono
2 212 32C +O CO→ (8.2)
Para o hidrogénio
2 2 24 32
2H + O 2H O→ (8.3)
Para o enxofre
2 232,1 32S + O SO→ (8.4)
***
Condensadores
Gerador de turbina
Torre de arrefecimento
Ventilador de tiragem induzido
Transp. cinzas
Sala de controle do processo
Área de recepção fechada
Silo alimentador de resíduos
Caldeira de resíduos
Descarga de cinzas
Central eléctrica
Precipitador electroestático ou
filtro de tela
Fosso de combustível residual
Queimador auxiliar Grelha de combustão
Coluna de
lavagem de gás
Figura 8.16 – Secção através de um combustor carregado com massa, com paredes de
água, usado para a produção de energia de RSU.
Exemplo: Determine a quantidade (lbs e ft3) do ar necessário para a combustão
completa de uma ton de um resíduo sólido orgânico. Assuma que a composição do
resíduo orgânico a ser combustado é dada por C5H12. Assuma que o peso específico
do ar é 0,0751,2 lb/ft3.
1. Escreva uma equação estequiometricamente equilibrada para a oxidação do
composto orgânico baseada no oxigénio:
5 12 2 2 225672
C H +8O 5CO +6H O→
2. Escreva uma equação equilibrada para a oxidação do composto orgânico com
ar. Nos cálculos de combustão, o ar seco assume-se ser composto por 21%
oxigénio e 79% azoto. Assim, a correspondente reacção para isto, dada no
Passo 1 para o ar é
5 12 2 2 2 2 2C H +8O 30,1N 5CO +6H O+30,1N+ →
3. Determine a quantidade de ar necessária para combustão, assumindo que o ar
contém 23,15% oxigénio em peso.
O2 necessário = 25672
× (2000 lb/ton) = 7111 lb/ton
Ar necessário = 7111 lb/ton0,2315
= 30717 lb/ton
4. A quantidade de ar necessário para a combustão pode também ser calculada
usando os factores dados previamente.
Ar necessário para carbono, C = 6072
× (2000 lb/ton)×11,52 = 19200 lb/ton
Ar necessário para hidrogénio, H = 1272
× (2000 lb/ton)×34,56 = 11520 lb/ton
Total de ar necessário = 19200+11520 = 30720 lb/ton
5. Determine o volume de ar necessário para combustão.
Volume de ar = (30717 lb/ton)/(0,075 lb/ft3) = 409560 ft3/ton
No Passo 2, o azoto é retido em ambos os membros da equação porque não entra na
reacção.
1 1 ft3 = 0,0283 m3 2 1 lb/ft3 = 16,019 kg/m3
Chaminé
Ventilador Colector de cinzas
Filtros de tela usados para reter e remover matéria particulada e
outros poluentes
Sistema de lavagem a seco (uma solução de cal é injectada no sistema de exaustão para neutralizar gases ácidos)
Lavagem de gás
Caldeira
(Gases de combustão economizadores são utilizados
para preaquecer a água da caldeira no economizador para
aumentar a eficiência da caldeira)
O ar de combustão é pré-aquecido para aumentar a eficiência térmica do
gerador de vapor
Tremonhas e alimentadores fechados para impedir pós e
odores
Distribuidor de
combustível de RDF
Sistema de medição e
alimentação de RDF
Pré-aquec. ar
Transportadores para alimentação de RDF fechados, operados sob pressão negativa para capturar e
conter odores
Transportador(es) de cinzas
A grelha de alimentação da caleira contém controle zonado do ar alimentado
por baixo para uma distribuição adequada de
ar e melhoramento da combustão de RDF
Colectores de partículas
Figura 8.17 – Perspectiva de um sistema de combustão industrial com caldeira com
paredes de água, usado para a produção de energia a partir de resíduos sólidos
transformados, gás natural, óleo, e carvão.
Electricidade
Gerador
Exaustor
Turbina a vapor Caldeira
Gás para chaminé
Ar Entrada
de resíduos
Vapor de resíduos sólidos triturados e calssificados, ou peletes de combustível que são carregados directamente na caldeira, ou da massa de
resíduos sólidos na parede de água da caldeira. Podem ser necessárias unidades auxiliares de combustível se se carrega a caldeira com massa.
Figura 8.18 – Esquema do sistema de recuperação de energia utilizando uma
combinação de um turbogerador a vapor.
Tabela 8.7 – Composição do resíduo proveniente da combustão de RSU
misturados
Percentagem em peso Componente Gama Típico
Matéria orgânica parcialmente queimada ou não queimada 3-10 5
Latas e estanho 10-25 18
Outro ferro e aço 6-15 10
Outros metais 1-4 2
Vidro 30-50 35
Cerâmicos, pedras, tijolos 2-8 5
Cinza 10-35 25
Total 100
Exemplo: Determine a quantidade e composição do resíduo de um combustor usado para
resíduos sólidos urbanos com a composição média dada na tabela 2.5 (E.U.A.). Estime a
redução no volume do resíduo se se assumir que o peso específico do resíduo é 10001 lb/yd3.
1. Estabeleça uma tabela de cálculo para determinar a quantidade de resíduo e a sua
distribuição percentual por peso. A tabela de cálculo completa apresenta-se a seguir.
2. Estime os volumes original e final antes e após combustão. Para estimar o volume
inicial aproximado, assuma que o peso específico médio dos resíduos sólidos no fosso
de armazenamento do combustor é cerca de 375 lb/yd3.
Volume original = 3
1000 lb375 lb/yd
= 2,67 yd3
Volume do resíduo = 3
237,6 lb1000 lb/yd
= 0,24 yd3
Resíduo Componente Resíduo sólido2, lb3 Resíduo inerte4, % lb %
Orgânico
Resíduos alimentares 90 5 4,5 1,9
Papel 340 6 20,4 8,6
Cartão 60 5 3,0 1,3
Plásticos 70 10 7,0 2,9
Têxteis 20 6,5 1,3 0,5
Borracha 5 9,9 0,5 0,2
Couro 5 9,0 0,5 0,2
Resíduos de pátios 185 4,5 8,3 3,5
Madeira 20 1,5 0,3 0,1
Orgânicos diversos - - - -
Inorgânicos
Vidro 80 98 78,4 33,0
Latas de estanho 60 98 58,8 24,7
Alumínio 5 96 4,8 2,0
Outros metais 30 98 29,4 12,4
Sujidade, cinzas, etc. 30 68 20,4 8,6
Total 1000 237,6 100,0
3. Estime a redução de volume utilizando a equação (3.1).
Redução de volume = 2,67 0,24 100
2,67−⎛ ⎞
⎜ ⎟⎝ ⎠
= 91%
1 1 lb/yd3 = 0,5933 kg/m3 2 Baseado em 1000 lb de resíduos sólidos (tabela 2.5) 3 1 lb = 0,4536 kg 4 Dados das tabelas 3.3 e 3.4.
2C2H6+7O2←4CO2+6H2O (8.5)
CH3__C6H5+9O2←7CO2+4H2O (8.6)
***
Combustão Incineração Transformação
Vapor
Secagem
Ar
Ar Ar Alimentação
de sólidos
Liquidos/ combustíveis de resíduos
Escória
Escória/cinza
Queima do carvão
Gás de escape HC O2 N2
CO2 CO H2O Voláteis
Radiação da chama
Radiação do
refractário
Rotação do forno 0,5 – 2,0 rpm
Revestimento refractário
Revestimento refractário
Figura 8.19 – Incinerador de forno rotativo.
Descarga de ar de
arrefecimentoRegisto flutuante Entrada de lama
Saída dos gases de combustão
Zona de secagem
Zona de combustão
Zona de arrefecimento
Descarga de ar
Ventoinha de arrefecimento de ar
Regresso do ar de combustão
Braço do remexedor do fundido em cada
soleira
Guia do braço do remexedor do
fundido
Figura 8.21 – Incinerador de soleira múltipla.
Voláteis e humidade Alimentação de resíduos
Queimador de ignição auxiliar
Ar da porta de chama principal
Ar alimentado por baixo controlado para queima
de “carbono fixo”
Cinza e não combustíveis
Queimador principal para manutenção de
temperatura de combustão mínima
Câmara principal (condições de carência de ar)
Gases de combustão
Câmara secundária o conteúdo volátil é queimado em
condições de excesso de ar
a) Incinerador horizontal de duas câmaras com ar controlado
b) Incinerador vertical de duas câmaras com ar controlado
Chaminé
Porta de carregamento
c) Relação da temperatura com o excesso de ar
Câmara secundária
Queimador secundário
Ventilador de combustão primário
e secundário
Câmara primária
Queimador de ignição Carência de ar Excesso de ar
% Excesso de ar
Temperatura máxima
Ponto esquequiométrico Te
mpe
ratu
ra
Figura 8.20 – Incinerador de soleira fixa.
Torneira de pressão
Vidro para observação
Caixa ventilação
Exaustão e cinzas
Queimador
Alimentação de areia
Termopar
Entrada de resíduos
Fluidização do ar que entra
Leito de areia fluidizada
Algaravizes
Queimador de pré-aquecimento de arranque para
caixa de ventilação quente
Arco refractário
Figura 8.22 – Incinerador fluidizado.
Velocidade do ar crescente
Gás
Ar
Leito fixo
Gás Gás Gás Gás
Ar Ar Ar Ar
Borbulhamento Turbulência Circulação Circulação pressurizada
Combustão leito fluidizado convencional
Figura 8.23 – Tipos de incineradores de leitos fluidos.
Lama
Ar
SO2 NO N2 HCl
O2 HC CO2Combustível
residual
Ar
Ar
Ar, solvente,
gases
Cinzas
Ar, gás, óleo Químicos dos resíduos
C, H, O, N Cl, P, S
CO Cl2 H2O P2O5
Figura 8.24 – Forno rotativo com câmara de combustão secundária vertical.
Válvula de alívio
térmico Câmara de combustão secundária
Câmara de combustão primária
Monta-carga de concha
Transporte de arraste húmido
Figura 8.25 – Corte parcial de um incinerador.
Exemplo: Um forno rotativo concebido para uma libertação nominal de calor de
150001,2,3 Btu/h.ft3 tem um diâmetro interior de 84 ft e comprimento de 30 ft.
1. Determine a libertação de calor projectada em Btu/h.
2. Normalmente um resíduo tendo um valor de aquecimento de 750 Btu/lb5 é
queimado no forno. É alimentado continuamente através de uma broca.
Ocasionalmente um resíduo consistindo em peletes de polietileno é alimentado
em lotes para o forno em contentores de fibra de 306 gal. As peletes têm uma
densidade de 507 lb/ft3 e um valor de aquecimento de 18350 Btu/lb. Um
contentor é consumido em 6,5 minutos.
(a) Operará o forno dentro do que foi projectado?
(b) Que tipo de combustão esperará?
(c) Como corrigiria o problema se fosse o operador?
1. Volume do forno = 30 = 1508 ft3
A libertação de calor é:
1508 ft3×15000 Btu/h.ft3 = 22620000 Btu/h
2. (a) 30 gal 507,48
× lb/gal = 201 lb em cada contentor.
201 lb×18350 Btu/lb = 3688350 Btu de calor libertado.
Mas isto ocorrerá em 6,5 min, assim a libertação de calor equivalente por h é:
60 min/h6,5 min
× 3688350 Btu = 34 milhões Btu/h
Isto é cerca de 1,5 vezes a libertação de calor projectada de 22,6 milhões
Btu/h, assim o forno não operará dentro dos parâmetros projectados.
(b) Não existirá ar suficiente no sistema para queimar o resíduo de polietileno
a esta taxa, de modo que o forno produzirá um denso fumo negro.
1 1 Btu = 1,0551 kJ 2 1 Btu/ft3 = 37.259 kJ/m3 3 1 ft3 = 0,0283 m3 4 1 ft = 0,3048 m 5 1 Btu/lb = 2,326 kJ/kg 6 1 gal = 0,003785 m3 7 1 lb/ft3 = 16,019 kg/m3
(c) Para corrigir esta situação, o polietiteno terá quer ser empacotado em lotes
mais pequenos. O seu tamanho terá que ser menor pelo menos por um
factor de 1,5. Assim:
201/1,5 = 134 lb/lote
134×18350 = 2458900 Btu de libertação de calor
60/6,5×2458900 = 22,7 milhões Btu/h, que é quase o mesmo do valor
projectado. A boa prática sugeriria que uma margem de segurança de pelo
menos 10% fosse usada, de modo que cerca de 120 lb/lote é um bom
tamanho. Para além disto, os contentores devem ser alimentados a uma
taxa não superior a um por cada 6,5 min, digamos 9 por hora.
2
Componentes principais Principalmenteda fracção orgânica celulose,dos RSU lenhina e
ProteínasAminoácidosLípidosCarbohidratos O Nutrientes+Microorganismos CompostoCeluloseLenhinaCinzas
⎛ ⎞⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠
⎫⎪⎪⎪⎪+ + →⎬⎪⎪⎪⎪⎭
cinzas
+ Novas células
Células mortas
⎛ ⎞⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠
↓
22 2 3 4+CO +H O+NO SO Calor−+ + (8.7)
Transportador
Guindaste
Desmembrador de sacos
Carregador frontal
RSU misturados
Veículo de recolha
Compostagem em pilha ao ar livre,
pilha estática, ou em contentor
Transformação posterior
Trituração
Itens volumososBens brancos
Cartão
Remoção manual de materiais
Produto composto
Água Nutrientes
Outros aditivos
Metais ferrosos
Ar
A
Maturação
Área receptora
Carregador frontal, sistema de transporte
Transportador
Transportador
Transportador
Transportador
Transportador
A
Transportador
Transportador
Material retido
Mistura
Remoção manual de materiais recicláveis
Crivagem (tambor ou disco)
Trituração
Crivagem de disco
Separação magnética
Figura 8.26 – Organograma geral para o processo de compostagem.
Elevação típica de temperatura na compostagem por pilha ao ar
virada mecanicamente
Tem
pera
tura
, ºC
Tempo, d
Variação de temperatura típica utilizando o sistema de
arejamento
Elevação rápida da temperatura devido à libertação de calor da actividade biológica
A temperatura começa a diminuir à medida que o
carbono orgânico biodegradável é diminuido
Materias que se degradam lentamente são convertidos por
bactérias, fungos e actinomicetes
Figura 8.27 – Variação da temperatura durante o processo de compostagem.
Tubo de ar perfurado
Filtro de composto crivado
ArFracção orgânica
de RSU transformada
Escoamento para
condensação
Ventoínha de exaustão
Composto crivado ou por
crivar
Ar
Figura 8.28 – Esquema do sistema de compostagem de pilha estática arejada.
Ar
Materiais a compostar
Material compostado
Remoção de ar
Distribuição de ar
Material a compostar
Material em compostagem
Material em compostagem
Material compostado
Material em compostagem
Material compostado
Material em compostagem
(a)
(c)
(b)
(d)
Ar
Ar dirigido Ar dirigido
Ar dirigido
Material a compostar
Diafragma móvel
Êmbolo hidráulico
Ar e gases (removidos por
sucção) para o filtro do composto
Brocas verticais
Nota: As brocas rodam em torno do centro do recipiente de reacção.
Nota: O transportador de extracção ou mistura o composto no reactor ou descarrega o composto para o transportador que carrega o composto para o exterior. Transportador
de alimentação exterior
Transportador de alimentação inte
Transportador de extracção
Figura 8.29 – Unidades de compostagem em recipiente: (a) reactor de escoamento
vertical sem mistura, (b) reactor de escoamento horizontal sem mistura, (c) reactor
vertical misto (dinâmico), (d) reactor horizontal misto (dinâmico).
Tabela 8.8 – Tecnologias de compostagem para resíduos de pátios
Nível de
tecnologia Descrição do processo
Mínimo Envolve a formação de grandes montes que são virados uma vez por ano com um carregador frontal. O
processo de compostagem de nível mínimo demora normalmente 18 a 36 meses.
Nível baixo
Para limitar os problemas de odor, são necessários montes mais pequenos e com maior frequência de viragem.
As pilhas de tamanho moderado permitem uma actividade de compostagem suficiente, enquanto que limitam o
sobreaquecimento e odores. Para além disso, podem combinar-se duas pilhas após a primeira “erupção” da
actividade microbiológica (aproximadamente um mês). Após 10 a 11 meses e viragem adicional do monte, as
pilhas podem formar-se em pilhas de cura em volta do perímetro do local, onde o estádio final do processo de
composição (estabilização) tem lugar. Isto liberta área para a formação de novas pilhas.
Nível
intermédio
Similar à aproximação tecnológica de nível baixo, excepto pelo facto dos montes serem virados semanalmente
com uma máquina de viragem dos montes. A utilização destas máquinas limitará normalmente o tamanho das
pilhas, aumentando assim o total de área de terra necessária.
Nível alto
Na aproximação de nível alto, o arejamento forçado é utilizado para optimizar o processo de compostagem. A
aproximação de ar forçado mais comum é o método de pilha estática. O ventilador no método de arejamento
forçado é normalmente controlado por um sistema de feedback de temperatura. Quando a temperatura dentro
da pilha atinge um valor predeterminado, o ventilador liga-se, arrefecendo a pilha e removendo o vapor de
água.
Nível muito
elevado no
recipiente
Os sistemas mecânicos são concebidos para minimizar odores e tempo de processamento pelo controle das
condições ambientais tais como fluxo de ar, temperatura, e concentração de oxigénio.
Tabela 8.9 – Parâmetros de operação para vários níveis de tecnologia para a
compostagem de resíduos de pátios
Dimensões do monte, m Nível de tecnologia Altura Largura
Frequência de viragem Tempo para obter o
produto final, meses
Mínimo 3-3,5 6-7 1 vez/ano 24-36
Nível baixo 1,5-2 3,5-4 3-5 vezes/ano 14-18
Nível intermédio 1,5-2,5 3,5-5,5 Semanalmente 4-6
Nível alto 2,5-3 5-6 Pilha estática arejada1 3-4
Nível muito elevado no recipiente 2,0-2,52
1 O arejamento forçado é usado por um período de 2 a 10 semanas, em cuja altura os ventiladores são desligados e as pilhas são viradas periodicamente. 2 Os tempos de compostagem no recipiente variam entre 8 horas a 20 dias, dependendo do processo. O material compostado é depois curado em montes abertos por 6 a 8 semanas adicionais.
Transportador
Transportador pneumático
Ensacamento
Carregador frontal
RSU misturados
Veículo de recolha
Ar
Ciclone
Reactores composto fluido tapados
Itens volumososBens brancos
Cartão
Remoção manual de materiais
Composto
Água Nutrientes
Outros aditivos
Metais ferrosos
Ar A
Maturação
Área receptora
Carregador frontal, sistema de transporte
Transportador
Transportador
Transportador
Transportador
A
Misturador
Material retido
Remoção manual de materiais recicláveis
Crivo de tambor) Trituração terciária
Separação magnética
Papel Plásticos
Vidro Latas de
alumínio e estanho
Materiais retidos
Ar
Ar Trituração primária
Crivagem de disco Trituração secundária
Transportador
Transportador
Figura 8.30 – Organogramas para o processo de compostagem Ashbrook Simon-
Hartley.
Exemplo: Determine o teor energético do resíduo sólido municipal dado na tabela 2.5
para os seguintes níveis de reciclagem. Determine também a percentagem de
reciclagem total, em peso, representada por cada nível de reciclagem.
Nível de reciclagem1, % Componente Um Dois Três
Orgânico
Resíduos alimentares 0 0 0
Papel 20 35 50
Cartão 20 30 40
Plásticos 20 30 40
Têxteis 10 20 30
Borracha 10 20 30
Couro 10 20 30
Resíduos de pátios 0 15 30
Madeira 10 20 30
Inorgânicos
Vidro 20 30 40
Latas de estanho 10 20 30
Alumínio 50 70 90
Outros metais 10 20 30
Sujidade, cinzas, etc. 0 0 0
1. Estabeleça uma tabela de cálculo para determinar o peso e distribuição
percentual do resíduo que permanece após vários níveis de reciclagem terem
sido atingidos.
2. Estabeleça uma tabela de cálculo para determinar o teor energético de 100 lb
do resíduo que permanece após vários níveis de reciclagem terem sido
atingidos. Os valores Btu são da tabela do terceiro Exemplo do Capítulo III.
Como se mostra nos cálculos abaixo, o nível de reciclagem pode ter um impacto
significativo no teor energético do resíduo. Por exemplo, se tivesse sido assinado um
contracto para entrega de uma determinada quantidade de energia de uma instalação
de conversão de resíduo em energia, seriam necessidades quantidades adicionais de
resíduo para compensar pela perda do teor em Btu. Sem fontes adicionais do resíduo,
a instalação poderia facilmente faltar ao seu contracto de energia. Embora as
percentagens de reciclagem possam alterar-se, a aproximação geral desenvolvida
neste exemplo pode ser usada para avaliar os impactos das estratégias de reciclagem
alternativas.
Peso, lb2 (percentagem em peso Nível de reciclagem Componente
Nenhum Um Dois Três Orgânico
Resíduos alimentares 9,0 (9,0) 9,0 (10,3) 9,0 (11,9) 9,0 (13,9)
Papel 34,0 (34,0) 27,2 (31,1) 22,1 (29,1) 17,0 (26,3)
Cartão 6,0 (6,0) 4,8 (5,5) 4,2 (5,5) 3,6 (5,6)
Plásticos 7,0 (7,0) 5,6 (6,4) 4,9 (6,4) 4,2 (6,5)
Têxteis 2,0 (2,0) 1,8 (2,1) 1,6 (2,1) 1,4 (2,2)
Borracha 0,5 (0,5) 0,5 (0,6) 0,4 (0,5) 0,4 (0,6)
Couro 0,5 (0,5) 0,5 (0,6) 0,4 (0,5) 0,4 (0,6)
Resíduos de pátios 18,5 (18,5) 18,5 (21,1) 15,7 (20,7) 13,0 (20,1)
Madeira 2,0 (2,0) 1,8 (2,0) 1,6 (2,1) 1,4 (2,2)
Inorgânicos
Vidro 8,0 (8,0) 6,4 (7,3) 5,6 (7,4) 4,8 (7,4)
Latas de estanho 6,0 (6,0) 5,4 (6,2) 4,8 (6,3) 4,2 (6,5)
Alumínio 0,5 (0,5) 0,3 (0,3) 0,2 (0,3) 0,1 (0,2)
Outros metais 3,0 (3,0) 2,7 (3,1) 2,4 (3,2) 2,1 (3,3)
Sujidade, cinzas, etc. 3,0 (3,0) 3,0 (3,4) 3,0 (4,0) 3,0 (4,6)
Total 100,0 (100,0) 87,5 (100,0) 75,9 (100,0) 64,6 (100,0)
Quantidade de resíduo reciclado, % em peso 12,5 24,1 35,4
Teor energético total, Btu3 Nível de reciclagem Componente
Nenhum Um Dois Três Orgânico
Resíduos alimentares 18000 18000 18000 18000
Papel 244800 195840 150120 122400
Cartão 42000 33600 29400 25200
Plásticos 98000 78400 68600 58800
Têxteis 15000 13500 12000 10500
Borracha 5000 5000 4000 4000
Couro 3750 3750 3000 3000
Resíduos de pátios 51800 51800 43960 36400
Madeira 16000 14400 12800 11200
Inorgânicos
Vidro 480 380 340 290
Latas de estanho 1800 1620 1440 1260
Alumínio - - - -
Outros metais 900 810 720 630
Sujidade, cinzas, etc. 9000 9000 9000 9000
Total 506530 426100 362380 300680
Quantidade de resíduo reciclado, % em peso 5065 4261 3624 3007
1 Os níveis de reciclagem são baseados na quantidade total de material em cada categoria 2 1 lb = 453,6 g 3 1 Btu = 1,0551 kJ