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Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 1/24
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Tarifas de Eletricidade e de Gás
Tarifas de Eletricidade
Projeto FEUP 2013 -- Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e Computadores:
Armando Sousa J. N. Fidalgo
Equipa 11.2:
Supervisor: José Fidalgo Monitor: Filipe Lopes
Estudantes & Autores:
Diogo Martins [email protected] Domingos Afonso [email protected]
Gonçalo Teixeira [email protected] Joana Salvador [email protected]
João Pereira [email protected] Nuno Moreira [email protected]
Tiago Fernandes [email protected]
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 2/24
Resumo
Depois de descobertas as potencialidades da eletricidade, o mundo foi mudando e
adaptando-se às inúmeras aplicações que esta energia começou a permitir.
Ferramenta versátil e cheia de potencialidades, a energia elétrica é indispensável à
vida moderna. A inevitabilidade da sua utilização doméstica traz um problema – é uma das
principais e mais avultadas despesas familiares.
Aos custos inerentes e incontornáveis de produção, transporte e distribuição, acrescem
outros fatores determinantes no peso da fatura do consumo mensal de eletricidade, como a
Potência Contratada e a taxa de Contribuição Audiovisual.
No entanto, através da análise detalhada da fatura e de várias simulações realizadas,
tendo como variáveis a Potência Contratada e os diversos tipos de tarifas oferecidas pela
EDP, apresentaremos o que realmente influencia o valor final da fatura de eletricidade e de
que forma podemos aligeirar esta despesa, bastando para tal construir o plano energético
mais adequado à família. Assim, a determinação dos equipamentos elétricos possuídos no
lar permite-nos calcular a Potência Contratada mais baixa (e mais económica), mas ainda
adequada. Também a compreensão dos períodos – hora/dia – de maior consumo
energético permitir-nos-á escolher uma contagem simples, bi ou tri-horária. E o objetivo
pretendido de poupança será efetivamente concretizável.
Palavras-Chave
Eletricidade, energia, transporte, consumo, tarifa, poupança, redução.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 3/24
Agradecimentos
Em nome de todos os elementos do grupo, queremos agradecer o apoio e tempo
despendidos pelo monitor Filipe Lopes e pelo professor J.N.Fidalgo na concretização com
sucesso do nosso trabalho. Uma nota também especial para todos os responsáveis pela
organização da semana Projeto FEUP e aos seus intervenientes com as respetivas
palestras, contribuindo para a realização deste trabalho. Um sincero obrigado por todas as
oportunidades e instrumentos que a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
oferece a toda a comunidade, o que proporciona uma vasta e alargada facilidade de
trabalho.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 4/24
Índice
Lista de acrónimos ................................................................................................................................................. 5
1. Introdução .......................................................................................................................................................... 6
2. Produção e Transporte da Energia Elétrica ....................................................................................................... 7
2.1 Produção ...................................................................................................................................................... 7
2.2 Transporte .................................................................................................................................................... 8
3. Componentes da Tarifa e Fatura ....................................................................................................................... 9
3.1 Fatura ........................................................................................................................................................... 9
4. Ciclos Horários e Tarifas ................................................................................................................................... 13
4.1 Ciclo Horários BTN ...................................................................................................................................... 13
4.2 Tarifas ......................................................................................................................................................... 13
4.2.1 Tarifa Bi-Horária .................................................................................................................................. 14
4.2.2 Tarifa Tri-Horária ................................................................................................................................. 15
5. Simulações ....................................................................................................................................................... 16
5.1 Simulação ................................................................................................................................................... 17
5.1.1 Potência de 3,45kVA ........................................................................................................................... 17
5.1.2 Potência de 10,35kVA ......................................................................................................................... 17
5.1.3 Potência de 20,7kVA ........................................................................................................................... 17
5.1.4 Resumo sobre as Simulações .............................................................................................................. 18
5.1.5 Breve Conclusão acerca da Simulação ................................................................................................ 19
5.2 Redução do consumo a 50% ...................................................................................................................... 20
5.2.1 Potência de 3,45kVA ........................................................................................................................... 20
5.2.2 Potência de 10,35kVA ......................................................................................................................... 20
5.2.3 Potência de 20,70kVA ......................................................................................................................... 20
5.2.4 Breve Conclusão acerca da Simulação ................................................................................................ 21
6. Conclusões ........................................................................................................................................................ 22
Referências bibliográficas .................................................................................................................................... 23
Índice de Figuras e Tabelas
Figura 1: Repartição da Energia comercializada pela EDP .............................................................................. 7
Figura 2: Extrato da Fatura da EDP ................................................................................................................. 9
Figura 3: Verso do Extrato da Fatura EDP ..................................................................................................... 11
Figura 4: Ciclo diário da Tarifa Bi-Horária ..................................................................................................... 14
Figura 5: Ciclo diário da Tarifa Tri-Horária .................................................................................................... 15
Tabela 1: Tarifa EDP Casa .............................................................................................................................. 18
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Lista de acrónimos
EDP: Energias de Portugal
REN: Rede Eléctrica Nacional
MAT: Muita Alta Tensão
AT: Alta Tensão
BT: Baixa Tensão
BTN: Baixa Tensão Normal
MT: Média Tensão
BTE: Baixa Tensão Especial
ERSE: Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
SEM: Sistema Eléctrico Nacional
CIEG: Custos de Interesse Económico Geral
SAE: Serviço de Assistência Eléctrica
CMEC: Custos da Manutenção do Equilíbrio Contratual
RNT: Rede Nacional de Transporte
PRO: Produção em Regime Ordinário
PRE: Produção em Regime Especial
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1. Introdução
A eletricidade apresenta-se-nos hoje como parte intrínseca da nossa existência.
Sabemos à partida que, a qualquer sítio para o qual nos dirijamos, a teremos ao nosso
dispor, a fim de realizar as atividades do nosso quotidiano, das mais básicas às mais
complexas. Parece-nos justo dizer que, nos dias de hoje, ninguém considera possível uma
vida agradável se dela não fizer parte a eletricidade.
Embora marque presença no nosso planeta mesmo antes de o ser humano existir, as
potencialidades da eletricidade tardaram a ser descobertas. Muitos anos passaram e só o
contributo de inúmeros indivíduos, entre eles Nikola Tesla e Thomas Edison, nos
permitiram utilizá-la e fazer dela parte essencial da nossa vida.
Com o descobrir do vasto leque de utilizações da eletricidade, o mundo até então
conhecido mudou radicalmente. A eletricidade mostrou-se uma ferramenta muito versátil e a
enormidade das suas aplicações tornou-se pedra basilar da sociedade moderna. A indústria
sofreu um grande avanço e inúmeros setores (iluminação, aquecimento, comunicações,…)
beneficiaram das suas potencialidades.
No entanto, coloca-se também a contrapartida da sua utilização. A eletricidade está
presente em todas as casas e é, sem dúvida, uma das principais despesas de todas as
famílias. Torna-se assim importantíssimo conhecer o serviço que estamos a pagar, algo que
conseguimos ao compreender a tarifa e esmiuçando todos os seus componentes.
É o nosso gasto monetário em energia justificado? O que estamos a pagar? E qual a
razão pela qual o nosso dispêndio de energia não é diretamente proporcional ao preço que
pagamos? São estas algumas das questões que esperamos ver respondidas neste trabalho.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 7/24
2. Produção e Transporte da Energia Elétrica
2.1 Produção
A produção de energia eléctrica é concretizada mediante diversas tecnologias e a partir
de diferentes recursos primários de energia. Alguns exemplos desses recursos primários
são o carvão, o fuelóleo, a cogeração fóssil, a água, o vento, o sol, a biomassa, os resíduos.
Estes, por sua vez, são tratados em centrais para gerarem energia elétrica. Essas centrais
podem ser eólicas, geotérmicas, hídricas, entre outras.
A etapa de produção provoca custos na tarifa da eletricidade. Esses custos dependem
da operação dos sistemas, de medidas da política energética, ambiental ou de interesse
económico geral e da manutenção do equilíbrio contratual (CMEC).
Atualmente, a produção de eletricidade tem dois regimes legais: a produção em regime
ordinário (PRO), relativa à produção de eletricidade com base em fontes tradicionais não
renováveis e em grandes centros eletroprodutores hídricos, e a produção em regime
especial (PRE), relativamente à produção elétrica a partir da utilização de fontes de energia
renováveis. Relativamente às tarifas, a produção em regime especial vai contribuir
claramente para uma tarifa mais acessível ao consumidor do que a produção em regime
ordinário, de acordo com as medidas de política ambiental. Devido a esta situação, as
energias renováveis têm vindo a aumentar na produção da energia eléctrica, com especial
atenção para a energia eólica, como se pode observar no gráfico.
Figura 1: Gráfico da Repartição da Energia comercializada pela EDP
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2.2 Transporte
Depois da etapa da produção, vem o transporte da eletricidade. Esta fase consiste em
transportar a eletricidade dos postos de produção até aos postos de consumo. O transporte
é realizado por linhas de transmissão, muitas das quais subterrâneas ou submarinas. As
componentes necessárias para que o transporte de electricidade seja realizado são as
seguintes:
Torres: Para as linhas aéreas, é necessário erguer os cabos a uma certa
altura segura do solo, de forma a evitar contacto elétrico com pessoas,
vegetação e veículos que eventualmente atravessem a região. As torres
devem ainda suportar os cabos em condições extremas, como, por
exemplo, ventos fortes, terramotos ou outras condições meteorológicas
adversas;
Isoladores: Os cabos são suportados pelas torres através de isoladores,
evitando a dissipação da energia. Estes suportes devem ser capazes de
sustentar o peso dos cabos e, em geral, são constituídos de cerâmica ou
vidro;
Subestações: É uma instalação elétrica de alta potência que tem como
objetivo receber a eletricidade, baixar os níveis de potência e assim
distribuí-la aos consumidores, funcionando basicamente como um ponto
de entrega.
Postos de transformação / transformadores: é uma instalação onde
ocorre a mudança de energia eléctrica de média tensão para baixa
tensão.
Linhas: é um sistema usado para transportar energia eléctrica, desde
das torres até às subestações. As linhas podem ser aéreas ou
subterrâneas.
Aparelhagem proteção e de corte.
As tarifas de eletricidade incluem, obviamente, o custo do seu transporte e de
distribuição. Esse custo deve-se essencialmente à manutenção dos equipamentos e
investimentos na infraestrutura, à potência da eletricidade transportada, à renda que a
empresa responsável pelo transporte de energia elétrica (REN e RNT) tem que pagar para
poder instalar as linhas e as subestações de transformações e aos Custos de Gestão Global
do Sistema. Em Portugal, a principal empresa responsável pelo transporte de energia
elétrica é a REN.
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3. Componentes da Tarifa e Fatura
3.1 Fatura
Figura 2: Extrato da Fatura da EDP
1.Dados do cliente;
2.Dados para contacto:
Contacto para esclarecimento de dúvidas, realização de contratos,
mudança de tarifa, comunicação de avarias e leituras, etc.
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3. Dados de pagamento da fatura:
Valor a pagar e data limite de pagamento.
4. Código de Identificação do Local:
Identifica o local de consumo nos contatos que se efetuar, quer seja
com o comercializador ou com o operador de rede.
5. Dados do contrato:
Dados do titular - nome, identificação fiscal e morada;
Dados contratuais - tarifa e potência contratadas;
Zona de Qualidade de Serviço:
Zona A - capitais de distrito e localidade com mais de 25.000
clientes;
Zona B - localidades com um número de clientes entre 2.500 e
25.000;
Zona C - restantes locais;
6. Mensagens Úteis:
Neste espaço, encontram-se mensagens de caráter informativo,
assim como alguns conselhos de eficiência energética.
7. Mensagens Promocionais;
8. Talão de Pagamento:
Contém os dados necessários para efetuar o pagamento da fatura e
as várias modalidades de como o fazer.
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Figura 3: Verso do Extrato da Fatura EDP
9. Informação sobre leituras e consumos:
Informação acerca das mais recentes leituras efetuadas, bem como
da energia que foi consumida entre as mesmas, a qual está
representada pela região sombreada;
No período entre a última e a emissão da fatura, o consumo do cliente
é calculado por estimativa, sendo este baseado no histórico de cada
consumidor. Esse mesmo valor deverá estar próximo do valor
indicado no contador.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 12/24
10. Envio de leituras:
Informação acerca dos vários meios através dos quais cada cliente
pode enviar leituras regulares do consumo, de modo a evitar a
faturação por estimativa;
11. Detalhe da fatura:
Nesta secção, encontram-se as seguintes informações:
Consumo medido - quando existe leitura;
Consumo estimado - quando não há leitura;
Consumo faturado - corresponde ao consumo estimado que
já foi pago e que é subtraído ao valor da fatura atual.
12. Informações:
Utilizado para explicar conceitos ou siglas existentes na fatura.
13. Fontes de Energia:
Informação sobre a origem da energia consumida pelo cliente.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 13/24
4. Ciclos Horários e Tarifas
4.1 Ciclo Horários BTN
O ciclo horário descreve a forma como as horas de vazio e as horas fora de vazio se
distribuem ao longo do dia e da semana.
Existem dois ciclos distintos para consumidores BTN: o ciclo diário (com 70 horas de
vazio) e o ciclo semanal (com 76 horas de vazio por semana). No ciclo diário, não se faz
distinção entre dias da semana e fim de semana, variando, contudo, nos períodos de verão
e inverno (dependendo da hora legal definida). Este ciclo é recomendado aos consumidores
que têm um consumo homogéneo ao longo da semana, existindo 10 horas de vazio por dia.
O ciclo semanal é o preferencial para os consumidores que utilizam eletricidade com maior
intensidade aos fins de semana. Os horários estão divididos em três categorias: dias úteis
(segunda até sexta-feira), sábados e domingos; havendo distinção nos períodos de verão e
inverno. Neste ciclo, nos dias úteis existem 7 horas de vazio por dia, aos sábados 17 horas
e aos domingos 24 horas.
4.2 Tarifas
Existem três tipos de tarifas pelas quais os consumidores podem optar:
Tarifa Simples: O custo da eletricidade é igual durante as 24h, não havendo
diferenciação entre o dia e a noite;
Tarifa Bi-Horária: O preço da eletricidade é menor nas horas de vazio e
mais elevado nas horas fora de vazio;
Tarifa Tri-Horária: Nesta tarifa, são considerados 3 períodos horários:
pontas, cheias e vazio, sendo o preço diferente em cada um destes
períodos.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 14/24
4.2.1 Tarifa Bi-Horária
A tarifa Bi-Horária é caracterizada pela diferença de preços de eletricidade que variam
conforme a hora em que esta é consumida. Divide-se em dois períodos horários:
Horas de vazio: São os períodos do dia em que há menos consumo em
geral e em que o preço da energia é mais reduzido. Se o consumidor
concentrar nestas horas os maiores consumos de eletricidade, como
máquinas de lavar roupa ou loiça, aquecimento, etc., terá uma maior redução
na sua fatura em relação à tarifa simples.
Horas fora de vazio: São os restantes períodos do horário em que o preço
da energia é mais elevado.
Figura 4: Ciclo diário da Tarifa Bi-Horária
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 15/24
4.2.2 Tarifa Tri-Horária
A tarifa Tri-Horária diferencia o preço da energia por kWh de acordo com três períodos
horários:
Horas de vazio: São as horas durante o período noturno e fim de semana,
em que há menos consumo e o preço da eletricidade é mais económico;
Horas fora de vazio: (horas onde o consumo de eletricidade é mais caro),
dividem-se em:
Horas de cheias: Períodos onde o consumo de energia é
ligeiramente mais acessível em relação à tarifa simples e à Bi-
-Horária;
Horas de ponta: Horas em que o preço por kWh é superior.
Nesta tarifa, o consumidor deve concentrar a utilização das máquinas de maior
consumo nas horas de vazio para ter um menor custo.
Figura 5: Ciclo diário da Tarifa Tri-Horária
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 16/24
5. Simulações
Como construir o plano energético mais adequado
O consumo de eletricidade varia de família para família. Deste modo, no momento de
escolher o plano que mais se adequa às necessidades do nosso agregado familiar, é
importante atender às seguintes condicionantes:
Qual a potência contratada
Devemos ver todos os equipamentos de que dispomos na nossa habitação e
quantos deles costumamos usar ao mesmo tempo de modo a podermos calcular a
potência que nos permitirá utilizá-los em simultâneo.
Quais as horas de maior e menor consumo energético
É fundamental percebermos os períodos de maior e menor consumo
energético em nossa casa. Assim, poderemos ver se nos é benéfico escolher, por
exemplo, uma contagem Bi-Horária em detrimento de uma simples.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 17/24
5.1 Simulação
Simulação para um consumo anual de 5000 Kwh, estimado de um agregado familiar de
4 elementos segundo o simulador da ERSE, para as diferentes potências contratadas: 3,45
kVA; 10,35kVA e 20,7 kVA.
5.1.1 Potência de 3,45kVA
5.1.2 Potência de 10,35kVA
5.1.3 Potência de 20,7kVA
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5.1.4 Resumo sobre as Simulações
Para as três diferentes potências contratadas, obtemos valores distintos. Neste caso,
atendendo aos períodos de diferente consumo selecionados (horas fora de vazio = 2917
Kwh, horas de vazio=2083 Kwh), podemos verificar que a opção mais vantajosa, ou seja,
que se traduz num menor custo ao consumidor, é uma contagem Bi-Horária.
Embora o custo para a mesma potência contratada seja superior numa contagem Bi-
Horária, a média do preço por Kwh consumido é mais baixa, o que, feitas as contas, leva a
uma redução na despesa (ver tabela tarifa EDP CASA).
Exemplo de cálculo:
Potência Contratada = 3,45 kVA em 365 dias e 5000 Kwh de consumo:
Tarifa Simples 5000 Kwh x 0,1377 + 365 x 0,1807 = 754,4555
Tarifa Bi-Horária 2987 x 0,1641 + 2013 x 0,0870 + 30 x 0,1844 = 732,6037
Tabela 1: Tarifa EDP Casa
Com a análise dos valores obtidos nas simulações, é fácil constatar que, para o mesmo
consumo, uma maior potência contratada se traduz num maior custo na fatura.
Analisando a Tabela Tarifa EDP CASA, percebe-se que o acréscimo no preço a pagar
pelo consumidor advém do facto ser mais caro o preço a pagar por dia para uma maior
potência contratada. Além disso, o preço por Kwh/dia também aumenta com o aumento da
potência contratada nos casos apresentados (3,45 Kwh; 10,35Kwh; 20,7 Kwh).
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 19/24
5.1.5 Breve Conclusão acerca da Simulação
Na situação apresentada, a tarifa que apresenta um custo mais baixo é a Bi-Horária,
mas é importante salientar que isto não se verifica em todos os casos. O consumidor deve
estar ciente das suas necessidades e essas serão o ponto de partida na escolha de um
plano que permita uma menor despesa.
Dois agregados familiares podem ter o mesmo consumo de energia, no entanto, isso
não implica que tenham a mesma Potência Contratada. Esta depende única e
exclusivamente do número de aparelhos que utilizam em simultâneo e das suas respetivas
potências, pelo que devem escolher a que mais lhes convém.
Cada caso deve ser ponderado minuciosamente, consequentemente, cabe a cada um
dos consumidores analisar as suas opções e escolher aquela que melhor se adequa às
suas necessidades.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 20/24
5.2 Redução do consumo a 50%
Para podermos responder ao problema proposto na introdução do nosso trabalho,
fizemos uma simulação com os parâmetros iguais à simulação anterior, reduzindo o
consumo apenas para 2500 kWh, ou seja, 50% da inicialmente proposta.
5.2.1 Potência de 3,45kVA
5.2.2 Potência de 10,35kVA
5.2.3 Potência de 20,70kVA
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 21/24
5.2.4 Breve Conclusão acerca da Simulação
Observando os valores dos custos obtidos, podemos afirmar que, embora se tenha
reduzido o consumo 50%, o preço a pagar não diminui na mesma proporção.
Reduzindo para 50% o consumo energético e para uma potência contratada de 3,45
kVA, poupa-se, no caso da tarifa simples, cerca de 45% do valor a pagar. A redução do
consumo não é proporcional ao valor a pagar porque, numa fatura de eletricidade, existem
custos fixos como a taxa de Contribuição Audiovisual e a Potência Contratada. Este último
em nada depende do consumo, sendo igual todos os dias, quer despendamos mais ou
menos energia.
Analisando os valores obtidos, é também legítimo afirmar que a redução no preço a
pagar, diminuindo em 50% o consumo, é cada vez menor à medida que a Potência
Contratada aumenta. Tendo em conta a tarifa Simples para uma Potência Contratada de
10,35 kWh e para uma outra de 20,7 kWh, as reduções são de, respetivamente, cerca de
40% e 33%. Estes valores devem-se ao facto de a única redução ocorrer no número de
kWh pagos, pois o preço a pagar pela Potência Contratada mantém-se. Como uma maior
Potência Contratada se traduz num custo diário, e consequentemente anual, também maior,
a redução do preço final a pagar é menor.
Imaginando que o preço que consta na fatura se subdivide apenas na Potência
Contratada e no número de kWh consumidos, é fácil entender que, como o primeiro dos
fatores se mantém, a sua grandeza influenciará o custo final. No fundo, só reduzimos um
dos fatores que contribui para o custo final, o que implica que, quanto maior for o primeiro
fator, menor será a poupança e mais pequena será a redução obtida.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 22/24
6. Conclusões
São muitos os fatores que interferem no valor de uma fatura de eletricidade. Apesar de
não podermos, de forma direta, controlar alguns, como os custos subjacentes à produção,
transporte ou distribuição de energia elétrica, bem como a taxa fixa denominada de
Contribuição Audiovisual, outros há que, se forem analisados de forma inteligente e
pragmática, muito podem fazer pela diminuição do preço a pagar mensalmente pelo nosso
consumo de energia elétrica.
Várias conclusões e deduções foram estabelecidas ao longo do trabalho,
nomeadamente nas inúmeras simulações efetuadas. Potência Contratada adequada ao
número de aparelhos elétricos ligados em simultâneo e ajustamentos dos horários de
funcionamento dos mesmos são fundamentais.
Do seu conjunto, sobressai a ideia base subjacente ao nosso projeto – é efetivamente
possível poupar na fatura mensal de eletricidade com um plano energético adequado a
cada caso.
Tarifas de Eletricidade e de Gás: Tarifas de Eletricidade 23/24
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