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A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NA ORGANIZAÇÃO
Adilson Aparecido Suenson - 5772 Gabriela de Carvalho Marques -5887
Juliana de Oliveira Santos Barbosa - 6661 Lucas Neves Marques Ferreira - 5068
Curso de Administração de Empresas
Pólo Divino Salvador – Jundiaí/SP
Orientador: Professor Rafael Galli
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da psicologia aplicada nas organizações. É preciso estar sempre atento a todas as mudanças que ocorrem no ambiente externo e interno de uma organização, para tornar mais fácil, a adaptação do ser humano às mesmas. Este conhecimento no comportamento dos colaboradores é que fará a diferença na hora de diagnosticar e propor soluções aos problemas da estrutura organizacional, fazendo uso de estratégias para assim executar mudanças no ambiente com êxito, proporcionando qualidade de vida e motivação dentro da organização, alcançando com isso as metas e objetivos traçados pela empresa.
Palavras – Chave: Psicologia, organizações, inteligência emocional.
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INTRODUÇÃO
Faz-se absolutamente necessário discorrer um pouco sobre o significado da Psicologia
para que possamos entender a profundidade dessa ciência em seus diversos aspectos.
Demonstrar a importância que obtém as organizações que se utilizam da psicologia voltada à
área administrativa aplicados no dia-a-dia em um ambiente organizacional, onde fenômenos
econômicos e sociais, de alcance mundial, são responsáveis pela reestruturação do ambiente
de negócios. A utilização da psicologia como fator de auxílio nesse processo em que a
adaptabilidade é fator chave é de suma importância para que o sucesso de uma organização
seja maximizado.
A etimologia da palavra psicologia vem do grego, oriunda da ligação de duas palavras:
Psique, que indica a idéia de mente, espírito, alma, e Logos que significa estudo, teoria. Ou
seja, Psicologia (psico+logia) é a ciência que estuda as idéias, sejam elas intelectuais e
morais, e sentimentos que conjugados formam o que se pode chamar de espírito do homem
(WERTHEIMER, 1978)
Há muitos anos o homem tenta se definir como “ser”, passando por várias etapas
evolutivas e pela criação de várias teorias. Alguns conceitos como o de “Alma” sempre
estiveram em voga desde os primeiros pensadores, Aristóteles, por exemplo, dedica uma
seção inteira de seu livro De Anima (em português: Da Alma) a falar sobre as cogitações de
pensadores anteriores a ele sobre a alma. (WERTHEIMER, 1978)
Os homens de hoje, são filhos dos homens de ontem e se existe algo único e imortal é
o que a Alma produz, as ideias.
Dentre as relações sociais mais importantes depois das relações em família, o
relacionamento profissional figura em segunda posição sabendo que a maioria das pessoas
passa mais tempo em seu local de trabalho do que em casa a afirmação torna-se mais factível.
Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é demonstrar a importância da psicologia
aplicada nas organizações.
A importância do estudo do espírito do homem sempre será fundamental em qualquer
área de atuação das ciências sociais, tendo em vista que o principal ator da sociedade é o
homem, entender o seu comportamento é entender a sociedade.
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1. A APLICAÇÃO DA PSICOLOGIA NA ADMINISTRAÇÃO
EMPRESARIAL
A teoria evolucionista de Darwin (1859) ressaltava que a competição entre espécies e
de animais da mesma espécie é um mecanismo importante na seleção natural. A teoria da
seleção natural prega que na luta pela sobrevivência apenas os mais aptos permanecem vivos
e continuam seu processo evolutivo natural enquanto os menos aptos são eliminados
naturalmente pelos mais fortes. Por sermos seres também selecionados filogeneticamente
nosso comportamento é fortemente influenciado biologicamente, portanto nosso
comportamento dentro das organizações é altamente afetado.
As relações humanas no ambiente de trabalho são fundamentais para o sucesso de uma
organização. Os recursos humanos detêm o conhecimento das operações e a harmonização
dos mesmos é um diferencial e uma chave para o sucesso de um negócio. Desde a mais tenra
infância os seres humanos já estão competindo, seja pela exclusividade do amor da mãe, seja
por um brinquedo ou pela oportunidade de ingressar em um grupo de amigos, podemos dizer
que a competição faz parte da luta pela sobrevivência e quando a fase adulta chega, essa
competição é mais enfatizada nas relações interpessoais no trabalho.
A agressividade do sistema capitalista a expansão global contribuíram para o
desequilíbrio das relações interpessoais, pois o ambiente corporativo torna-se a cada dia maior
e mais competitivo, quanto mais competição mais chances de luta pela sobrevivência e de
conseqüentes conflitos. Sabe-se que conflitos entre as pessoas em uma organização interferem
no clima organizacional e nos resultados obtidos pela empresa sendo importante administrar
os conflitos e assim superá-los (CHIAVENATO, 1999).
Colocar as pessoas certas nos lugares certos é um desafio ao mesmo tempo em que é
uma grande vantagem competitiva para organizações que conseguem ter êxito nesse processo.
É preciso ver o colaborador como um fator crucial para o sucesso da organização.
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DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO HUMANO
Figura 1 - Fonte: Adaptado de Mendes (2010, P. 56)
1.1 ANALISANDO CONFLITOS
Conflitos são inerentes aos seres humanos desde o momento em que nascem, seja na
infância na adolescência na família, escola ou trabalho devido as diferentes necessidades
valores e idéias de cada um. Justamente pela pessoalidade do ser e pela individualidade falar
mais alto surgem os conflitos, tendo em vista a diferença dos interesses. Qualquer organização
é formada por colaboradores, colaboradores estes que têm sua individualidade e interesses
pessoais. Assim, cada um tentando prevalecer suas idéias e seus interesses acabam fazendo
com que surjam os conflitos. De acordo com Knapik (2006) os conflitos acontecem quando
existem divergências ou insatisfações em um determinado grupo.
Dirimir os conflitos em uma organização é uma das habilidades interpessoais mais
importantes que um administrador pode possuir. Há algumas maneiras de se tratar conflitos,
dentre elas: evitar, adiar e confrontar.
A maneira adotada reflete muito da personalidade de quem a adota, quem procura
evitar, de certa maneira está fugindo do conflito, reprimindo suas emoções tendendo ao
abandono da situação conflitante, ou seja, protelando. As características de quem evita são
muito parecidas com as de quem adia afinal a conseqüência de evitar com frequência é o
adiamento da resolução da situação.
Dentre os tipos supracitados o que exige mais coragem é a estratégia de confrontar,
pois de fato o conflito é tratado seja por negociação ou pelo uso do poder.
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Ainda segundo Knapik (2006) as experiências de conflitos não são agradáveis mas
necessariamente não tem conotação negativa de acordo com o modo em que os mesmos são
administrados.
Segundo Mendes (2010) As boas negociações exigem habilidades que precisam ser
aprendidas e praticadas e inclui a habilidade de determinar a natureza do conflito, indicar a
melhor forma de negociação, ouvir o outro lado objetivando a solução do problema por meio
de um consenso. Não é exclusividade dos líderes a solução de conflitos no dia-a-dia, todos os
colaboradores enfrentam algum tipo de divergência, seja com pares, com fornecedores e
muitas vezes com os próprios clientes. Para que se tenha uma relação interpessoal bem
sucedida é preciso estabelecer entre as partes algumas premissas com eficiência, ou seja, um
item não é atingido sem que um outro imediatamente superior a ele o seja, conforme quadro
abaixo:
Figura 2 - Fonte: Adaptado de Mendes (2010, P. 43)
2. CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
Podemos defini-la, de modo geral, como tudo que impulsiona o individuo a agir de
determinada forma ou que dê origem a um comportamento especifico, podendo este impulso
ser provocado por um estimulo externo (Proveniente do ambiente) ou também ser gerado
internamente nos processos mentais do indivíduo. (CHIAVENATO, 1995)
Figura 3 - O modelo básico de motivação Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1995.
"De modo geral, motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma, ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão, a um comportamento específico". (KAST e ROSENZWEIG, 1970 apud CHIAVENATO, 1995)
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Chiavenato (1999) afirma que com a teoria das relações humanas passou-se a estudar a
influência da motivação no comportamento das pessoas. Embora este seja apenas um dos
fatores internos que influenciam o comportamento humano, a ele é dada tanta importância
porque a motivação atua, em geral, sobre as necessidades dos indivíduos, a fim de supri-las
para atingir os objetivos, tanto pessoais como os organizacionais.
As pessoas são diferentes entre si, possuem necessidades diferentes e assim,
produzindo padrões de comportamento que variam de indivíduo para indivíduo. Apesar das
diferenças, em uma pesquisa realizada acerca do comportamento humano, foi constatado que
o processo que dinamiza o comportamento humano é semelhante para todas as pessoas.
Chiavenato (1999) nos propõe três vertentes para explicar o comportamento humano
que estão diretamente relacionadas com o processo motivacional:
a) o comportamento humano é causado, ou seja, existe uma casualidade do
comportamento. Tanto a hereditariedade como o meio ambiente influem decisivamente sobre
o comportamento das pessoas. O comportamento é causado por estímulos internos ou
externos.
b) O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento
humano. O comportamento não é causal, nem aleatório, mas sempre orientado e dirigido para
algum objetivo.
c) comportamento humano é orientado para objetivos pessoais. Subjacente a todo
comportamento existe sempre um impulso, um desejo, uma necessidade, uma tendência,
expressões que servem para designar os motivos do comportamento.
2.1 AS NECESSIDADES BÁSICAS HUMANAS
Os indivíduos, ao longo da vida evoluem por três níveis ou estágios de motivação à
medida que vai crescendo e amadurecendo, vão ultrapassando os estágios mais baixos e
desenvolvendo necessidades de níveis gradativamente mais elevados. As diferenças
individuais influem quanto à duração, intensidade e fixação em cada um desses estágios:
assim como na predominância de uma necessidade sobre as demais.
Apesar dessas variâncias entre indivíduos ou grupos, temos uma forma de
generalização das necessidades humanas, estabelecidas através de categorias ou hierarquia e
propostas por estudiosos do assunto, como Maslow, por exemplo. Os três níveis ou estágios
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de motivação correspondem às necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização
(CHIAVENATO, 1999).
2.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES
Cada um de nós é motivado por necessidades básicas e inatas, tendo evoluído ao longo
de dezenas de milhares de anos. Abraham Maslow desenvolveu uma teoria a qual explica a
Hierarquia dessas necessidades. (KNAPIK, 2006)
Nela diz que devemos satisfazer cada uma, por sua vez, começando com o primeiro,
que trata das necessidades mais evidentes para a própria sobrevivência.
Somente quando a ordem inferior às necessidades de saúde física e bem-estar
emocional estiver satisfeito que estamos preocupados com as de ordem superior de influência
e desenvolvimento pessoal.
Por outro lado, se as coisas que satisfazem as nossas necessidades de ordem inferior
são eliminadas, não estamos mais preocupados com a manutenção das de ordem superior.
Sendo elas:
Figura 4 - Hierarquia das necessidades FONTE: http://www.casadosite.com.br/turma/sociolog.htm
O trabalho de Maslow e as idéias vão muito além dessas hierarquias. Seu conceito de
auto-realização se relaciona diretamente com os desafios atuais e oportunidades para as
organizações - para dar um sentido real, objetivo e verdadeiro para o desenvolvimento pessoal
dos seus empregados. Servindo assim para a vida - não apenas para o trabalho. (KNAPIK,
2006.)
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Cada vez mais, as organizações bem sucedidas serão aquelas que realmente se
preocupam, compreendem, incentivam e possibilitam o crescimento pessoal dos individuos,
relacionado à auto-realização.
Os melhores empregadores e organizações estão começando a aprender com fatos
ocorridos no passado, no qual o sucesso sustentável é construído sobre um compromisso sério
para ajudar as pessoas a identificar, perseguir e alcançar seus objetivos.
Quando os individuos crescem como pessoas, eles automaticamente se tornam mais
eficazes e valiosos como trabalhadores o que agrega mais valor a empresa.
Praticamente, o crescimento pessoal produz novas habilidades, atributos,
comportamentos e sabedoria, que é diretamente transferível para qualquer tipo de cargo.
(MASLOW, 1954)
2.3 –FREDERICK HERZBERG – TEORIA DOS DOIS FATORES
Elaborada para estudar a relação entre a produtividade e a moral, questionando os
aspectos agradáveis e desagradáveis de seu trabalho. Chegou-se a conclusão de que os
aspectos satisfatórios estavam mais relacionados ao conteúdo do trabalho (fatores
intrínsecos), enquanto os aspectos insatisfatórios condiziam às condições dentro das quais o
trabalho era em si, realizado (fotores extrínsecos).
Com base nessas conclusões – Herzberg e seus colaboradores afirmam que as pessoas
são motivadas apenas pelos fatores intrínsecos. (HERSEY; BLANCHARD, 1977)
Figura 5 – Teoria dos dois fatores de Hezberg - Fonte: http://www.valuebasedmanagement.net/methods_herzberg_two_factor_theory.html
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2.4 TEORIA DE CAMPO DE LEWIN
Kurt Lewin contribuiu muito para a Psicologia aplicada no Bussines world. Tais
conceitos de negócios inovadores de gestão, geraram seus três estilos de liderança
(autocrático, democrático e laissez-faire), o seu modelo de mudança organizacional (com base
nos conceitos de descongelamento, mudança e recongelamento) e seu método de análise de
força de campo, que garantiram a Kurt Lewin seu legítimo lugar entre os principais teóricos
da administração de negócios.
Não é apenas um teórico de gestão criteriosa, Kurt Lewin é conhecido como o
preenchimento da lacuna entre a teoria e a prática. Sua "pesquisa-ação" aborda colocar a
teoria para o trabalho no campo de uma maneira totalmente nova, como demonstrado pelo seu
modelo de análise de força de campo. Este modelo utiliza um diagrama para avaliar o efeito
combinado de todas as forças motrizes e restritivas que influenciam os sistemas
organizacionais, ou movê-los para perto ou para longe de mudar. Ao utilizar o diagrama de
campo de força para analisar uma eventual mudança, a teoria de gestão de Kurt Lewin ensina
que os seguintes fatores devem ser considerados:
1. A situação atual e a desejada;
2. A evolução provável da situação atual, se nenhuma ação for tomada;
3. A força relativa das forças motrizes e as forças de resistência à mudança;
4. O prazo de validade, importância, força (numa escala de 1-10) e facilidade com que cada
força possa ser alterada;
5. O mapeamento de cada força no diagrama;
6. A viabilidade da mudança e da probabilidade de que o progresso possa ocorrer;
7. O possível efeito de diminuir as forças de restrição e / ou aumento da força motriz e
8. Finalmente, a teoria de Lewin prevê que o entendimento de que aumentando ou diminuindo
a condução ou restringindo forças pode aumentar, diminuir ou até mesmo criar outras forças.
(LEWIN, 1936)
2.5 MOTIVAÇÕES NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL
A gestão de pessoas no ambiente organizacional, é parte integrante do processo de
gestão, para compreender que; os colaboradores e a empresa são sinônimos. Uma organização
bem gerida, geralmente vê em seus trabalhadores a fonte de qualidade e sucesso. Essas
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organizações não visam somente o capital investido, mas também os trabalhadores, sendo eles
a ferramenta fundamental de melhoria.
Uma organização eficaz irá certificar-se de que há um espírito de cooperação, senso,
comprometimento e satisfação dentro de sua esfera, a fim de tornar seus funcionários cada vez
mais comprometidos, satisfeitos e motivados.
Luthans (1998) afirma que a motivação é o processo que estimula, energiza, dirige
e sustenta o comportamento e desempenho.
2.6 A SATISFAÇÃO NO TRABALHO
A satisfação no trabalho é um resultado da percepção dos trabalhadores de quão bem o
seu trabalho fornece aquelas coisas que são vistas como importantes.
Luthan (1998) postulou que existem três dimensões importantes para a satisfação no
trabalho:
a) A satisfação no trabalho é uma resposta emocional a uma situação de trabalho.
Como tal, não pode ser vista,só pode ser inferida;
b) A satisfação no trabalho é determinada pela maneira como resultado satisfazer ou
exceder expectativas. Se os participantes
organização sentem que estão trabalhando muito mais do que outros no departamento, mas
estão recebendo menos recompensas irão provavelmente ter uma atitude negativa em relação
ao trabalho, o patrão e / ou colegas de trabalho. Por outro lado, se eles sentem que estão sendo
muito bem tratados e estão sendo pagos equitativamente, são susceptíveis de ter atitudes
positivas em relação ao trabalho.
c) Os baixos salários e a falta de status social e de segurança afetam diretamente a
motivação. A insatisfação no trabalho vai afetar a qualidade do serviço prestado.
3 O PSICÓLOGO E SEU PAPEL NAS EMPRESAS
Nos dias de hoje , a sobrevivência das empresas está diretamente relacionada com
o conhecimento aprofundado que ela venha a ter sobre o seu quadro humano, pois
conhecendo o potencial de cada pessoa, facilitará no posicionamento e enquadramento de
cada um no seu melhor lugar, dentro da organização.
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Sendo assim o psicólogo exerce um papel importantíssimo dentro deste contexto
da psicologia para as empresas, uma vez que sendo ele um profundo conhecedor dos
comportamentos humanos , cabe a ele desenvolver todo este trabalho definindo quais são as
características e qualidades mais vantajosas de cada funcionário para a devida função
que será exercida .
De um modo geral as pessoas têm emoções, ideais, valores éticos e morais que podem
influenciar o ambiente de trabalho. Aplicar os conhecimentos da psicologia organizacional
é vital para desenvolvimento das pessoas e conseqüentemente da organização.
A psicologia organizacional apóia com técnicas e conceitos o processo de formação de
um comportamento necessário para a criação de um ambiente e clima organizacional
equilibrado, favorável e estável para enfrentar os desafios do ambiente externo.
Segundo Zanelli (1994) o psicólogo apenas recentemente ampliou suas funções,
mesmo assim ainda encontra resistências por parte do empregador e da organização;
acreditam que o psicólogo estará modificando o ambiente de trabalho e poderá mover novos
conceitos e conhecimento dos funcionários em relação a empresa e seus direitos.
Antigamente os funcionários de uma empresa na sua grande maioria, tinham visão do
patrão como inimigo, mas hoje com todo este processo de transformações e mudanças e
também com a globalização, o psicólogo ganhou um destaque especial atuando nas empresas,
trazendo uma metodologia diferenciada onde todos na organização formam uma equipe e
assim com missão e objetivos iguais para alcançarem juntos o sucesso. (ZANNELLI, 2002)
4. OS BENEFÍCIOS DA PSICOLOGIA NAS EMPRESAS
Dentre os inúmeros benefícios que a psicologia organizacional conseguirá, através
do trabalho do psicólogo dentro das empresas, podemos citar aqui alguns deles:
No recrutamento entrevistando e selecionando o candidato conforme testes
psicológicos para as devidas funções. No treinamento para melhorias de adaptação e
compreensão dos valores e conhecimentos.
Na auditoria verificando se as pessoas estão cientes dos objetivos da empresa,
aproveitando a oportunidade para relacionar-se com os colaboradores verificando as
dificuldades enfrentadas no ambiente de trabalho.
No desenvolvimento e comportamento humano na preparação de chefias e lideres,
prever estresse, criar planos de motivação e remuneração , avaliar salários e benefícios,
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dar atendimento individual ou em grupo, resolução de conflitos, orientação profissional,
plano de carreira, etc..
Nas estratégias, auxiliando nas tomadas de decisões verificando sempre as reações
do ambiente interno e externo da organização.
Em gestão comercial analisando o comportamento do consumidor, fazendo e
analisando pesquisas de mercado, criar equipes de vendas, motiva – lás , ministrar
palestras , etc.
Toda abordagem psicológica objetiva um equilíbrio entre os interesses da organização
x interesses individuais de seus colaboradores, caso não seja possível este equilíbrio, ao
menos, tentarão buscar a qualidade de vida para uma ou mais camadas de trabalhadores.
Quando se fala em psicologia existe um compromisso com a ética da categoria. Ao
adquirir conhecimentos para prática organizacional, os administradores aderem
automaticamente aos mesmos. (MINICUCCI,1995)
CONCLUSÃO
Os temas e aspectos apresentados neste trabalho trouxeram à tona a importância e a
necessidade de uma reflexão mais profunda quanto à importância da psicologia aplicada numa
organização.
Muitas vezes passam despercebidas as contribuições e os benefícios que a faz
presente, num processo de sustentabilidade e crescimento das organizações.
Atualmente, nas organizações, o psicólogo precisa ter o maior numero de informações
possíveis daquelas pessoas que podem modificar a empresa, conhecendo então o potencial de
cada um deles, onde num mundo corrido e estressante, possam ser valorizados como seres
humanos, dando–lhes a motivação necessária juntamente com qualidade de vida e fazendo
com que estes, tornem os objetivos das organizações, como os seus também para o sucesso
de ambos.
É preciso reconhecer a necessidade de um importante trabalho de psicologia
organizacional, pois em um mundo de avanços tecnológicos diários e estressantes, para um
indivíduo manter-se no mercado de trabalho, existe a necessidade treinamentos constantes
para este profissional, assim como se faz obrigatório o apoio psicológico aos indivíduos desta
organização.
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Por fim, pode-se afirmar que exista uma incontestável e relevante necessidade da
aplicação da psicologia em todos os setores de uma organização, principalmente porque o
equilíbrio da empresa é que dará condições adequadas para se tomar as melhores decisões
estratégicas da empresa.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. ______. Gestão de Pessoas – O novo Papel dos Recursos Humanos nas Organizações. Ed Campus, 1999. HERSEY P; BLANCHARD K. - Psicologia para Administradores (A Teoria e as Técnicas da Liderança Situacional) E.P.U., 1977. KNAPIK, Janete. Gestão de pessoas e talentos. 20ª Ed. Curitiba: Ibpex, 2006. LEWIN, Kurt. Field Theory in Social Science: Selected Theoretical Papers. Ed Greenwood, 1975 MENDES, Wander. Programa de Desenvolvimento de Líderes de Alto Potencial. FGV ISAE, Capacitação de Funcionários Bematech. 2010 MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. Ed. Atlas, 1995. WERTHEIMER, Michael. Pequena História da Psicologia. Companhia Editora Nacional, 1978.