tcc maria clara - app.uff.brapp.uff.br/riuff/bitstream/1/3533/1/tcc maria clara da cunha... ·...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA
CURSO DE GRADUACcedilAtildeO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA
MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO
O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
NITEROacuteI 2016
MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO
O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem
Orientadora Profa Dra Liliane Faria da Silva
Co-orientadora
Profordf Dra Maria Estela Diniz Machado
Niteroacutei RJ 2016
B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
63 f
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
Orientador Profordf Liliane Faria da Silva Co-orientadora Profordf Maria Estela Diniz Machado
1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3
Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
CDD 64955
MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO
O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem
Defesa em 12 de dezembro de 2016
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente
Universidade Federal FluminenseEEAAC
Niteroacutei RJ 2016
AGRADECIMENTOS
A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram
meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para
seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel
Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para
voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos
para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a
quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo
pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e
por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs
Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e
experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos
Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que
eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me
mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar
Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre
sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho
certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs
Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa
caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de
todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os
quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de
apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada
pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e
acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute
enfermeiro Te amo
Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me
acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me
apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa
jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado
em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha
gratidatildeo e ternura a vocecircs
Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer
sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia
Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a
base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de
longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem
Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer
que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade
Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys
Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me
provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs
teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e
profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro
cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de
alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu
acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo
Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos
Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela
parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs
Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu
jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo
Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca
de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre
e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa
jornada
Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de
semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de
longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais
Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento
no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em
especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo
ndash e lasanha de todas as sextas-feiras
Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de
Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria
meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu
desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em
mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos
Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema
competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me
socorrer sempre
Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive
a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como
por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro
muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos
tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por
onde eu for
Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e
Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo
exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo
conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO
O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem
Orientadora Profa Dra Liliane Faria da Silva
Co-orientadora
Profordf Dra Maria Estela Diniz Machado
Niteroacutei RJ 2016
B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
63 f
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
Orientador Profordf Liliane Faria da Silva Co-orientadora Profordf Maria Estela Diniz Machado
1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3
Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
CDD 64955
MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO
O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem
Defesa em 12 de dezembro de 2016
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente
Universidade Federal FluminenseEEAAC
Niteroacutei RJ 2016
AGRADECIMENTOS
A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram
meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para
seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel
Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para
voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos
para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a
quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo
pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e
por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs
Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e
experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos
Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que
eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me
mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar
Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre
sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho
certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs
Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa
caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de
todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os
quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de
apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada
pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e
acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute
enfermeiro Te amo
Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me
acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me
apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa
jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado
em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha
gratidatildeo e ternura a vocecircs
Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer
sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia
Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a
base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de
longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem
Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer
que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade
Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys
Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me
provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs
teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e
profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro
cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de
alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu
acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo
Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos
Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela
parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs
Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu
jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo
Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca
de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre
e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa
jornada
Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de
semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de
longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais
Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento
no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em
especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo
ndash e lasanha de todas as sextas-feiras
Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de
Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria
meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu
desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em
mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos
Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema
competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me
socorrer sempre
Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive
a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como
por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro
muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos
tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por
onde eu for
Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e
Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo
exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo
conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
63 f
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
Orientador Profordf Liliane Faria da Silva Co-orientadora Profordf Maria Estela Diniz Machado
1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3
Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
CDD 64955
MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO
O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem
Defesa em 12 de dezembro de 2016
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente
Universidade Federal FluminenseEEAAC
Niteroacutei RJ 2016
AGRADECIMENTOS
A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram
meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para
seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel
Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para
voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos
para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a
quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo
pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e
por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs
Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e
experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos
Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que
eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me
mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar
Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre
sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho
certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs
Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa
caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de
todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os
quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de
apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada
pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e
acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute
enfermeiro Te amo
Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me
acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me
apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa
jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado
em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha
gratidatildeo e ternura a vocecircs
Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer
sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia
Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a
base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de
longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem
Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer
que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade
Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys
Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me
provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs
teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e
profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro
cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de
alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu
acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo
Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos
Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela
parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs
Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu
jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo
Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca
de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre
e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa
jornada
Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de
semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de
longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais
Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento
no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em
especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo
ndash e lasanha de todas as sextas-feiras
Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de
Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria
meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu
desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em
mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos
Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema
competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me
socorrer sempre
Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive
a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como
por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro
muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos
tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por
onde eu for
Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e
Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo
exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo
conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO
O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem
Defesa em 12 de dezembro de 2016
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora
Universidade Federal FluminenseEEAAC
_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente
Universidade Federal FluminenseEEAAC
Niteroacutei RJ 2016
AGRADECIMENTOS
A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram
meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para
seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel
Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para
voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos
para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a
quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo
pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e
por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs
Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e
experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos
Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que
eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me
mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar
Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre
sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho
certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs
Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa
caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de
todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os
quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de
apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada
pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e
acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute
enfermeiro Te amo
Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me
acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me
apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa
jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado
em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha
gratidatildeo e ternura a vocecircs
Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer
sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia
Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a
base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de
longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem
Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer
que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade
Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys
Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me
provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs
teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e
profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro
cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de
alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu
acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo
Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos
Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela
parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs
Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu
jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo
Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca
de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre
e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa
jornada
Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de
semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de
longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais
Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento
no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em
especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo
ndash e lasanha de todas as sextas-feiras
Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de
Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria
meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu
desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em
mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos
Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema
competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me
socorrer sempre
Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive
a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como
por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro
muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos
tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por
onde eu for
Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e
Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo
exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo
conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
AGRADECIMENTOS
A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram
meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para
seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel
Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para
voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos
para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a
quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo
pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e
por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs
Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e
experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos
Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que
eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me
mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar
Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre
sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho
certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs
Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa
caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de
todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os
quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de
apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada
pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e
acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute
enfermeiro Te amo
Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me
acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me
apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa
jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado
em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha
gratidatildeo e ternura a vocecircs
Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer
sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia
Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a
base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de
longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem
Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer
que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade
Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys
Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me
provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs
teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e
profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro
cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de
alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu
acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo
Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos
Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela
parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs
Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu
jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo
Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca
de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre
e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa
jornada
Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de
semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de
longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais
Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento
no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em
especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo
ndash e lasanha de todas as sextas-feiras
Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de
Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria
meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu
desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em
mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos
Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema
competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me
socorrer sempre
Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive
a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como
por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro
muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos
tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por
onde eu for
Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e
Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo
exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo
conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me
acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me
apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa
jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado
em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha
gratidatildeo e ternura a vocecircs
Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer
sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia
Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a
base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de
longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem
Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer
que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade
Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys
Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me
provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs
teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e
profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro
cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de
alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu
acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo
Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos
Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela
parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs
Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu
jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo
Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca
de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre
e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa
jornada
Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de
semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de
longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais
Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento
no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em
especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo
ndash e lasanha de todas as sextas-feiras
Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de
Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria
meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu
desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em
mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos
Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema
competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me
socorrer sempre
Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive
a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como
por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro
muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos
tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por
onde eu for
Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e
Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo
exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo
conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa
jornada
Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de
semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de
longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais
Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento
no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em
especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo
ndash e lasanha de todas as sextas-feiras
Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de
Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria
meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu
desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em
mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos
Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema
competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me
socorrer sempre
Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive
a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como
por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro
muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos
tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por
onde eu for
Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e
Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo
exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo
conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos
estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo
Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me
acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser
exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu
trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro
do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora
Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas
experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira
Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de
vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda
mais pelas crianccedilas
Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II
Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe
professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente
responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela
generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma
enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc
foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e
admiraccedilatildeo
Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da
minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico
Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial
agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso
sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu
dever nessa vida terrena
A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse
Muito obrigada
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta
que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por
isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores
Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo
Greyrsquos Anatomy
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
RESUMO
A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
ABSTRACT
Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO p 15
11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16
12 OBJETO DE ESTUDO p 16
13 OBJETIVOS p 16
14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17
2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19
21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS
DE ENFERMAGEM p 28
3 METODOLOGIA p 30
31 DESENHO DA PESQUISA p 30
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31
34 COLETA DE DADOS p 31
35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32
36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34
41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO
TERAPEcircUTICO p 34
42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO
p 37
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE
UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40
44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO
ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42
45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE
ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49
6 OBRAS CITADAS p 51
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60
8 ANEXOS p 61
81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
LISTA DE SIGLAS
BT Brinquedo Terapecircutico
CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa
DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede
ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente
EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico
HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro
LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede
MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
SCIELO Scientific Eletronic Library Online
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFF Universidade Federal Fluminense
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
15
1 INTRODUCcedilAtildeO
A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso
(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute
passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica
Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade
espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia
feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram
hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais
pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do
hospital invade a enfermaria
Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo
imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de
diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me
impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz
desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o
desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal
Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma
situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada
Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e
rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e
amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe
causam desconforto
Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa
razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais
peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das
crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso
do brincar
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se
constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
16
experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado
sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o
preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e
necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar
sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede
da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no
Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos
acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por
rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se
repetiu em outros grupos
11 QUESTAtildeO NORTEADORA
Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave
crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo
12 OBJETO DE ESTUDO
O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem
13 OBJETIVOS
Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos
acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo
Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila
hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
17
14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO
Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na
base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca
virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores
em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem
pediaacutetrica
Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com
resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte
temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave
enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e
dissertaccedilotildees
Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16
publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura
Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS
e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura
totalizando 12 artigos
O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a
presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e
familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)
A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com
a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre
eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)
Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final
do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de
brinquedo na assistecircncia de enfermagem
O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos
meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada
Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel
verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de
enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de
procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade
diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
18
funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que
sente e pensa (SOUZA et al 2012)
Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)
os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do
despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo
Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)
foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e
para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro
se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de
intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees
relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)
O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em
relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que
seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila
Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o
ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir
o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a
inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de
humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia
Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios
hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de
enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica
do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
19
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento
fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano
Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um
indiviacuteduo (BRASIL 2002)
Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute
importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa
direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades
O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o
periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e
fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de
crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e
algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados
para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo
classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)
Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc
estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais
futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de
1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e
atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute
sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os
avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas
adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela
sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma
percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu
autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que
corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
20
conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos
amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de
habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral
precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo
criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN
2014)
Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a
adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de
transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na
conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes
mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do
amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem
passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade
individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL
A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a
patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se
agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do
ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA
DANTAS FONSEcircCA 2005)
A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as
crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por
diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de
desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico
capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em
trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as
crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e
chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
21
evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam
quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos
ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou
alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos
anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira
e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis
(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)
Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente
ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um
ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas
outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca
aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar
da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos
objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve
ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode
trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014)
No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais
efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o
Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos
estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia
em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou
adolescenterdquo (BRASIL 1991)
No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o
estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do
acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade
Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve
exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila
quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento
menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a
recuperaccedilatildeo da crianccedila
De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade
escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
22
doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e
acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias
fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo
Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua
admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem
como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo
a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de
hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)
Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os
profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior
contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na
reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar
uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para
melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da
crianccedila (DEPIANTI et al 2014)
23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de
consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)
Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais
de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar
atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com
melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL
2004 p6)
Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz
natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do
diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da
solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo
possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de
resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
23
cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila
(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)
ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de
praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o
sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY
WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)
A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de
Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais
humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das
crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI
et al 2012)
Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do
luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no
tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no
sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o
bioloacutegico
ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral
eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo
(SOUSA et al 2011)
24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA
Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas
demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos
enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a
crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno
desenvolvimento
O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute
minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON
WINKELSTEIN 2014)
Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser
identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
24
dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua
famiacutelia
O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas
embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio
de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui
caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos
seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa
doenccedila (SCHMITZ et al 2005)
Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes
aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de
medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)
Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as
crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo
pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que
pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al
2005)
A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de
desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local
para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas
generalizadas (SCHMITZ et al 2005)
A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de
forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees
sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de
interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para
coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a
alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)
Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da
equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa
conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute
relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e
bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo
(SCHMITZ et al 2005)
Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo
economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
25
provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas
desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia
desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de
familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)
Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que
percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e
necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo
contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de
carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas
Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela
entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua
singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de
uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila
facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando
um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)
As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede
com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre
que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)
Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais
descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo
ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees
colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios
no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a
prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et
al 2005)
As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais
amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila
e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua
famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se
adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais
equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e
supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)
O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de
assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
26
sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente
ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a
proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)
A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo
incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam
dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO
PETTENGILL 2012)
Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia
nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior
compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento
mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)
Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo
desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de
comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de
discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de
material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da
sauacutede para lidar com essa famiacutelia
O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de
enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al
2014)
25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO
O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como
possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash
aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado
para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile
entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila
(LEMOS et al 2010)
O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior
criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila
pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar
positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
27
A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de
hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo
relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al
2014)
A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm
afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do
brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas
Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de
superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em
que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o
processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre
ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do
mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)
ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a
crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser
ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo
(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere
desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade
que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012
pg19)
No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil
com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves
atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado
mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma
ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede
(GOMES et al 2015)
De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a
crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com
que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma
para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os
mesmos
O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e
capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
28
bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das
experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a
tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos
bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para
capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e
condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida
bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer
informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela
compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos
O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila
estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo
por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO
BORBA 2010)
As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de
15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)
Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a
utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e
qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando
consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero
(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de
enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do
ambiente
26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS
ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM
Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na
sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal
distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam
procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS
FAVERO 2010)
Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o
brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
29
preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado
diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)
No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de
enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes
docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade
de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)
De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a
crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel
de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a
minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso
A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do
COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da
assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular
dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)
Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma
necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as
crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento
especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os
princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de
novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
30
3 METODOLOGIA
31 DESENHO DA PESQUISA
O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse
tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode
ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees
crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos
processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo
Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil
(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma
populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa
descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-
los e o pesquisador natildeo interfere neles
As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a
fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente
quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e
ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma
que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel
(GIL 2007)
Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores
informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa
orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de
enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)
32 CENAacuteRIO DE ESTUDO
A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no
Estado do Rio de Janeiro
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
31
A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que
manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio
para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que
se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das
disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-
graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)
33 PARTICIPANTES DA PESQUISA
Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo
periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo
17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A
idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos
Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a
18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as
disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para
exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o
periacuteodo de coleta de dados
O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi
interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o
conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica
interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)
34 COLETA DE DADOS
A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela
discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva
Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas
em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
32
como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a
gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista
Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo
preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de
aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa
4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo
mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo
utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas
Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com
perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de
desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas
foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)
As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo
Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
35 ANAacuteLISE DE DADOS
Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados
obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em
descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia
signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo
Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a
1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada
dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma
operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a
do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o
recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas
Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram
transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao
conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
33
conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se
repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor
verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao
uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do
acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica
Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema
Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do
brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa
do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo
do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia
36 ASPECTOS EacuteTICOS
Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de
Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE
59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de
2016 (anexo 1)
Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para
o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo
dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios
que podem ser obtidos
Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob
a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
34
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que
seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo
- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem
- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico
Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de
intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma
das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este
recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais
participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o
brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus
benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar
ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
35
ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)
ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)
ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)
ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)
Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de
intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma
intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do
mesmo
Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e
compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o
desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma
capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila
o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a
surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo
e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede
Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em
comprometimentos biopsicossociais a ela
Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua
doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do
tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e
aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al
2012)
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
36
Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional
saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que
essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o
embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila
e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI
ALMEIDA FERNANDES 2012)
Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o
luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste
recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados
Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo
demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)
Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de
temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante
este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram
ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)
ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)
ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)
ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
37
ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)
Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o
brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da
ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA
2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a
ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade
de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS
2014)
Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas
quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de
compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam
que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva
dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas
brincadeiras
Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento
da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela
mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo
entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos
42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo
A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo
Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da
Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila
ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
38
ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)
ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)
ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)
ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees
natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram
que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula
especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila
Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os
entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo
terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo
desenvolvendo a parte praacutetica
Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados
relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
39
Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante
sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital
ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)
ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)
Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa
apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto
no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica
Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que
aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer
lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades
baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame
fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)
Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como
desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que
a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente
ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)
ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
40
ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)
Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia
de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se
sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido
Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais
cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde
utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas
mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor
com as enfermeiras
43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do
brinquedo terapecircutico
Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo
terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os
dois
ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)
ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)
Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse
instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a
comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e
necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
41
Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)
alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o
enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a
enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo
terapecircutico
A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de
vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo
satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado
alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se
aproximar da antiga realidade dela
ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)
ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)
ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)
ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)
Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)
em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas
hospitalizadas
Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser
reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto
humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
42
Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados
apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao
tratamento e conduta terapecircutica
Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a
efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura
ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)
ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)
ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)
Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica
eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam
aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos
entrevistados
Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica
do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma
biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito
Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser
mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem
44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de
enfermagem
Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na
graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
43
locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT
e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica
ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)
ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)
ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)
Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer
e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca
atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes
durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que
facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a
manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo
De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro
introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua
embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o
desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como
relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros
locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico
Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do
brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo
desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
44
2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao
profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia
Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais
incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se
sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila
ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)
ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)
ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)
ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)
ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)
Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como
instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto
nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada
Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo
em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de
formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de
extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
45
Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam
que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de
enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua
aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila
Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi
discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de
graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a
inseguranccedila
Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o
brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o
acadecircmico do paciente pediaacutetrico
ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)
ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)
ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)
ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)
Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem
dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a
aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados
Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o
brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
46
assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols
(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades
cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas
Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem
uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo
entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute
estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional
45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para
aprimorar a qualidade da assistecircncia
Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem
eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a
equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente
ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)
ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)
ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)
ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)
Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve
ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila
desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
47
da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-
famiacutelia
Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga
Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o
vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela
Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria
tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de
hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente
ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)
ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)
ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)
ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)
A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que
o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como
finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e
o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico
Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de
enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar
alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
48
brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que
natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca
A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)
onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada
tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais
colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles
De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas
relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e
assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas
utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo
alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo
terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
49
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma
forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental
emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade
de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da
crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela
Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um
instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai
a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a
finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa
O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte
diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento
A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o
brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica
mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que
tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura
facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica
desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico
Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e
atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e
assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da
crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus
futuros locais de trabalho
Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da
utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem
visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do
consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez
que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de
discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
50
do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do
Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente
de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de
assistir uma crianccedila
Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da
discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as
implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave
crianccedila hospitalizada
Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo
acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de
enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo
na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o
aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para
que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares
Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral
da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico
(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa
estaacute vinculada
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
51
6 OBRAS CITADAS
AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de
acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em
lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em
07 nov 2016
BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de
WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila
hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em
lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt
Acesso em 07 nov 2016
BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes
PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da
crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de
2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo
Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em
lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016
BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a
humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do
SUS Brasiacutelia DF 2004
BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia
DF 2012
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
52
BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da
Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica
Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfeanv13n4v13n4a16gt Acesso em 29 mai 2015
CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete
Evaluation of the behavior of the preschool one just admitted in the unit of pediatrics and the
use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeinsv8n11679-4508-eins-8-1-0010pdfgt Acesso
em 10 nov 2016
CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo
MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como
instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010
CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O
ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no
Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfrebenv59n4a05v59n4pdfgt Acesso em 03 nov 2016
COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e
enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril
2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000200007ampscript=sci_abstractamptlng=ptgt Acesso em 29 mai 2015
CUNHA Gabriela Lopes da SILVA Liliane Faria da Luacutedico como recurso para o cuidado
de enfermagem pediaacutetrica na punccedilatildeo venosa Rev Rene v 13 n 5 2012 Disponiacutevel em
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview49pdf Acesso em 29
mai 2015
CRUZ Deacutea Silvia Moura VIRGIacuteNIO Nereide de Andrade MAIA Francisca de Sousa
Barreto MARTINS Denyse Luckwuuml DE OLIVEIRA Ana Maria Silva Therapeutic toy
integrative review Journal of Nursing UFPE on line Recife(PE) 7 apr 2013 Disponiacutevel
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
53
em lthttpwwwrevistaufpebrrevistaenfermagemindexphprevistaarticleview2833gt
Acesso em 04 nov 2016
DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia
Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no
cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014
Disponiacutevel em lt
httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview3356pdf_1367gt
Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva
MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care
practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014
Disponiacutevel em lthttpwwwobjnursinguffbrindexphpnursingarticleview4314gt Acesso
em 29 nov 2016
FRANCISCHINELLI Ana Gabriela Bertozzo ALMEIDA Fabiane de Amorim
FERNANDES Daisy Mitiko Suzuki Okada O Uso rotineiro do brinquedo terapecircutico na
assistecircncia a crianccedilas hospitalizadas percepccedilatildeo de enfermeiros Acta paul enferm v 25 n
1 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-
21002012000100004gt Acesso em 29 mai 2015
FREITAS Carolina de Jesus Couceiro de MARTINS Marilda de Deus O significado da
aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico por um grupo de graduandos de enfermagem Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa Satildeo Paulo v 59 n1 2014 Disponiacutevel
emlthttpwwwfcmsantacasaspedubrimagesArquivos_medicos201459_104-
AO63pdfgt Acesso em 08 nov 2016
HOCKENBERRY Marilyn J WILSON David WINKELSTEIN M L Wong
Fundamentos de enfermagem pediaacutetrica 9ordf ed Rio de Janeiro Elsevier 2014
JANSEN Michele Ferraz SANTOS Rosane Maria dos FAVERO Luciane Benefiacutecios da
utilizaccedilatildeo do brinquedo durante o cuidado de enfermagem prestado agrave crianccedila hospitalizada
Rev Gauacutecha Enferm v 31 n 2 2010 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-14472010000200007gt
Acesso em 29 mai 2015
JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva
NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em
quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul
enferm v 23 n 2 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000200004gt
Acesso em 29 mai 2015
KICHE Mariana Toni ALMEIDA Fabiane de Amorim Therapeutic toy strategy for pain
management and tension relief during dressing change in children Acta Paulista de
Enfermagem v 22 n 2 p 125-130 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrpdfapev22n2en_a02v22n2pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LAPA Danielle de Freitas SOUZA Tania Vignuda de A percepccedilatildeo do escolar sobre a
hospitalizaccedilatildeo contribuiccedilotildees para o cuidado de enfermagem Rev Esc Enferm USP v 45 n
4 p811-817 2010 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscielobrpdfreeuspv45n4v45n4a03pdfgt Acesso em 05 nov 2016
LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no
hospital o que os enfermeiros brasileiros estatildeo estudando Revista Esc Enfermagem USP
v 42 n 2 2008 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfreeuspv42n2a24pdfgt Acesso
em 29 jan 2016
LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra
SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George
Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir
alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp
httpwwwscieloorgcopdfcuidv7n1v7n1a04pdfgt Acesso em 10 nov 2016
LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos
ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
55
Brasiacutelia v 63 n 6 2010 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophppid=S0034-
71672010000600013ampscript=sci_arttext Acesso em 29 mai 2015
LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT
Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas
pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm
Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000400013gt
Acesso em 15 jan 2016
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka
de Brinquedo terapecircutico benefiacutecios vivenciados por enfermeiras na praacutetica assistencial agrave
crianccedila e famiacutelia Rev Gauacutecha Enferm v 29 n 1 2008 Disponiacutevel em lt
httpwwwseerufrgsbrRevistaGauchadeEnfermagemarticleview52620gt Acesso em 29
mai 2015
MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu
Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo
terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v
45 n 4 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000400007gt
Acesso em 29 mai 2015
MARQUES Daniela Karina Antatildeo SILVA Kallya Lygia Borges da CRUZ Deacutea Siacutelvia de
Moura SOUZA Ilana Vanina Bezerra de Benefiacutecios da aplicaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico
visatildeo dos enfermeiros de um hospital infantil Arquivos de Ciecircncias da Sauacutede v 22 n 3 p
64-68 2015 Disponiacutevel em
lthttpwwwcienciasdasaudefamerpbrindexphpracsarticleview240gt Acesso em 13
nov 2016
MARTINS MR RIBEIRO CA BORBA RIH SILVA CV Protocolo de preparo da
crianccedila preacute-escolar para punccedilatildeo venosa com utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Rev
Latino-am Enfermagem v 9 n 2 2001 Disponiacutevel em lt
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
56
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt
Acesso em 29 mai 2015
MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo
de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras
Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol12-n1v12_n1-art1pesq-
vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016
MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em
Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p
MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da
hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007
Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai
2015
MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal
do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016
OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A
humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006
Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai
2015
OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos
enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em
lthttpgestaoesaudeunbbrindexphpgestaoesaudearticleview107gt Acesso em 06 nov
2016
OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu
Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
57
de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras
Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt
httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-
pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA
Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V
Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em
lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva
Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin
Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com
afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP
jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em
02 nov 2016
SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu
1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv
Nurs v 52 n 1 2005
SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila
hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem
Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em
lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em
29 mai 2015
SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira
As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta
Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt
Acesso em 29 mai 2015
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
58
SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo
GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado
paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em
lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt
Acesso em 20 ago 2016
SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem
acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt
Acesso em 03 set 2015
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes
SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva
Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo
Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)
354-8 Disponiacutevel em
lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-
dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016
SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata
Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer
infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de
brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012
Disponiacutevel em lt
httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29
jan 2016
VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza
Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn
Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-
contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-
e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
59
7 APEcircNDICES
71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)
Idade
Sexo Feminino ( ) Masculino ( )
1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico
2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a
graduaccedilatildeo Fale sobre isso
3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem
4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a
qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
60
72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito
Niteroacutei _____ de ____________ de _______
____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso
(Responsaacutevel por obter o consentimento)
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
61
8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
62
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-
63
- B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
- O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
- 63 f
- Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
- Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
- 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
- CDD 64955
-