tcc- odilon lima -2015

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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM AEB FACULDADE DO BELO JARDIM FBJ JOSENILDO ODILON DE LIMA PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO: O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NORIACHO DOCE NO MUNICÍPIO DE LAJEDO PE BELO JARDIM PE NOVEMBRO - 2015

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Page 1: TCC- Odilon Lima -2015

AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM – AEB

FACULDADE DO BELO JARDIM – FBJ

JOSENILDO ODILON DE LIMA

PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO:

O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NORIACHO DOCE

NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE

BELO JARDIM – PE

NOVEMBRO - 2015

Page 2: TCC- Odilon Lima -2015

2

JOSENILDO ODILON DE LIMA

PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO:

O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NO RIACHO DOCE

NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE

Trabalho de conclusão do curso de

Licenciatura Plena em Geografia da Faculdade

do Belo Jardim, FBJ em cumprimento aos

requisitos avaliativos para obtenção da

graduação em Geografia

Orientador: Prof Dr. Natalício de Melo

Rodrigues

BELO JARDIM – PE

NOVEMBRO - 2015

Page 3: TCC- Odilon Lima -2015

3

AUTARQUIA EDUCACIONAL DO BELO JARDIM – AEB

FACULDADE DO BELO JARDIM– FBJ

JOSENILDO ODILON DE LIMA

PROCESSOS EROSIVOS NO LEITO ROCHOSO:

O CASO DOS CALDEIRÕES ROCHOSOS NO RIACHO DOCE

NO MUNICÍPIO DE LAJEDO – PE

BANCA EXAMINADORA:

Defendida e aprovada em ____/____/_____

______________________________________________________________

Orientador: Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues

______________________________________________________________

1º Examinadora: Profª. Ms. Lindhiane Costa de Farias

______________________________________________________________

2º Examinadora: Profª. Esp. Luzia Maria Cordeiro Silva Chaves

Page 4: TCC- Odilon Lima -2015

4

Aos meus pais, Odilon Felix e Maria J. Dantas a

minha esposa, Lucrecia Delgado, a minha filha,

Libna Delgado Dantas de Lima, e a todos os

meus irmãos (es) e demais parentes e amigos e

a toda sociedade a que devo contribuir com a

minha formação acadêmica.

Dedico

Page 5: TCC- Odilon Lima -2015

5

AGRADECIMENTOS

A Deus o criador do universo e todas a coisas, a minha família e a todos que

de alguma forma ajudaram-me.

Aos professores que me conduziram, nesta jornada acadêmica, de maneira

especial ao orientador da pesquisa o Prof. Dr. Natalício de Melo Rodrigues. As

Professoras, Ms. Lindhiane Costa de Farias, Profª. Esp. Luzia Maria Cordeiro Silva

Chaves, e aos demais professores da faculdade que contribuíram para minha

formação de licenciado.

Aos amigos (as) de sala de aula do curso de Geografia que durante os quatro

anos de convivência nesta instituição, e também aos demais alunos, ex- colegas de

turma que por motivos diversos não concluíram este curso, e pôr fim a todos os

funcionários que fazem parte desta Faculdade que de alguma forma direta ou indireta

também contribuíram.

Page 6: TCC- Odilon Lima -2015

6

A sabedoria não depende da razão e da

memória, mas da maturidade, da pureza e da

perfeição da personalidade de cada um.

(Franz Bardon)

Page 7: TCC- Odilon Lima -2015

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Erosão no Rio Jaguari Bragança Paulista – 2015 .......................... 17

Figura 02 Erosão eólica deserto de Chang giHui. China ................................ 18

Figura 03 Erosão glacial Noruega na geleira de Briksdal- 2015 ..................... 19

Figura 04 Erosão marinha,no litoral Norfolk na Inglaterra.-2015 .................... 20

Figura 05 Erosão pluvial, encosta na Zona da Mata- Pernambuco- 2015 ...... 21

Figura 06 Erosão fluvial Rio Colorado nos Estados Unidos- 2015 ................. 22

Figura 07 Erosão e Transporte fluvial, Guarapuava-SP- 2015 ....................... 23

Figura 08 Padrões de canais, Nacional parque Rio Yukon Canadá-2015 ...... 24

Figura 09 Controle erosivo e de nível de base por uma soleira rochosa ........ 25

Figura 10 Soleira rochosa interferindo, controle erosivo Cambuquira-MG ..... 25

Figura 11 Gráfico de nível; superior, médio e Inferior- 2015 ........................... 27

Figura 12 Vila Santo Inácio dos Lajeiros data de 1900 ................................... 29

Figura 13 Matriz da Igreja Católica de Santo Antônio- 2015 .......................... 29

Figura 14 Leito rochoso do Riacho Doce no período de chuvas- 2015 .......... 30

Figura 15 Mapa da Microrregião de Garanhuns-PE- 2015 ............................. 31

Figura 16 Rocha de granito no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE . 32

Figura 17 Vista aérea do Município de Lajedo- PE- 2015 .............................. 33

Figura 18 Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Una- 2015 ........ 35

Figura 19 Rochas ígneas, intrusivas e extrusivas- 2015 ................................ 37

Figura 20 Os principais tipos de rochas metamórficas- 2015 ......................... 38

Figura 21 Gráfico de dureza das rochas em uma escala de 1 a 10- 2015 ..... 39

Figura 22 Rochas fraturadas por dilatação e variação das temperaturas ...... 40

Figura 23 Formas de intemperismo químico, litoral do Rio Grande do Norte . 41

Figura 24 Formas de intemperismo biológico – 2015 ..................................... 42

Figura 25 Colonização de liquens sobre granito Altinho- PE, 2012 ................ 42

Figura 26 Escala de Taxon dos fenômenos erosivos. Ross (1996) ................ 44

Figura 27 Perfil longitudinal da Bacia do Riacho Doce, Lajedo- PE, 2015 ..... 45

Figura 28 Terraços do Riacho Doce, Lajedo- PE, 2015 ................................. 46

Figura 29 Solo rochoso Bairro Caldeirões no Município Lajedo- PE, 2015 .... 47

Figura 30 Curso do Riacho Doce, com água corrente- 2015 .......................... 48

Figura 31 Curso do riacho Doce no período de estiagem- 2013 .................... 48

Page 8: TCC- Odilon Lima -2015

8

Figura 32 Amostra do feldspato (domínio amarelo) sobre rocha cristalina ..... 49

Figura 33 Oriçangas sedimentadas formas de intemperismo biológico ......... 51

Figura 34 Oriçanga no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões ........... 52

Figura 35 Oriçança no solo rochoso da Cachoeira Grande Altinho-PE .......... 53

Figura 36 Marmitas de forma rasa superficial do Riacho Doce nos Caldeirões 53

Figura 37 Marmita fluvial no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões.... 54

Figura 38 Caldeirões e suas formas estruturais no leito do Riacho Doce ...... 55

Figura 39 Aspecto morfológico dos Caldeirões de superfície alargada........... 56

Figura 40 Caldeirões imagens do tipo de intemperismo físico ....................... 57

Figura 41 Formas do agente de intemperismo químico nos Caldeirões ......... 58

Figura 42 Agentes do intemperismo do tipo Biológico nos Caldeirões ........... 59

Figura 43 Formação de liquens na rocha granítica no leito rochoso .............. 60

Figura 44 Colônia de liquens no leito rochoso dos Caldeirões ....................... 60

Figura 45 Comparação de oriçangas, formação e ação do intemperismo ..... 61

Figura 46 Marmita evoluída de oriçanga, e marmita sob ação biológica ........ 62

Figura 47 Comparação caldeirão com água e caldeirão com sedimentação . 62

Page 9: TCC- Odilon Lima -2015

9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Precipitações Médias do Município de Lajedo e cidades vizinhas 36

Page 10: TCC- Odilon Lima -2015

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RESUMO Linha de pesquisa inovadora no âmbito da Geomorfologia e Geologia. Expõe-se as condições geológicas, geomorfológicas, climáticas que atua na formação das Oriçangas, marmitas e os caldeirões existentes no Riacho Doce afluente do Rio Una em Lajedo no agreste meridional de Pernambuco, tendo como base teórica o Ciclo do Relevo de William Morris Davis. Com um discurso inovador elucida-os como um fenômeno complementares, os conceitos de intemperismo, os fenômenos geológicos sabe que as falhas e intrusões magmáticas, como condicionadores dos processos erosivos associado a formação e desenvolvimentos do ciclo que inicialmente se dar com o desenvolvimento das formas não regulares das Oriçangas, consequentemente as marmitas e evoluindo e dando origem aos Caldeirões, que em outro momento passa por sedimentação e o consequente intemperismo biológico. Por sua inovação e fenômeno único regional estudado a pesquisa em apreço vem preenchendo assim uma lacuna na literatura de TCC no Departamento de Geografia, uma vez que identifica e mostra imagens do local e a evolução das formas de relevo erosiva pluvial e fluvial que em conjunto atuam no leito rochoso denominado caldeirões de Lajedo. A pesquisa mostrou que os conceitos de intemperismo, intrusões magmáticas e falhas, bem como, a teoria do ciclo do relevo que foram utilizados como hipótese a ser testada na área selecionada para estudos foram positivo. Em campo observou-se que de fato os processos intemperismo como é o caso dos liquens, e do desenvolvimento de vegetação na superfície do leito rochoso, tem como condicionadores as falhas, as intrusões,e esses fenômenos funcionam como receptores de sedimentos em escala local. Os fenômenos climáticos também importantes nos processos, uma vez condicionam as precipitações pluviométricas, e os fatores fluviométricos, sempre considerando a variação de temperatura ou amplitude térmica, a dureza das rochas do leito, entre outros como citados no texto que compõe o tópico resultados do Trabalho Conclusão de Curso. A pesquisa faz uma breve citação da contribuição dos caldeirões para o uso e ocupação por fazenda e povoados, que mais tarde junto a outros fatores influenciaram na expansão máxima com a cidade. Hoje o local denominado caldeirão do leito rochoso de Lajedo encontra-se circundada por ruas, estradas, residências, e construções comerciais e como consequência sob impactos ambientais embora não tenha sido estudado nesse trabalho porque não constitui referencial teórico do tema, mas fica aberto para outros pesquisadores. Palavras- chave: Processos erosivos; Caldeirões rochosos; Lajedo.

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ABSTRACT

Innovative line of research within the geomorphology and geology. Exposes the geological, geomorphological, climatic engaged in the formation of Oriçangas, lunch boxes and existing potholes on Sweet Creek tributary of the Rio Una in Lajedo in the southern wild Pernambuco, whose theoretical basis the relief cycle of William Morris Davis.With an innovative discourse highlights them as a complementary phenomenon, the concepts of weathering, geological phenomena namely faults and magmatic intrusions, as conditioners of erosion associated with training and development cycle that initially be given to the development of non-regular shapes the Oriçangas consequently the lunch boxes and evolving and giving rise to the cauldrons, which at another time goes by sedimentation and the consequent biological weathering.For innovation and regional single studied the research phenomenon in question has thus filling a gap in the CBT literature in the Department of Geography, since it identifies and displays images of the site and the evolution of rain and river erosive form of relief which together act the bedrock called cauldrons of Lajedo-PE. Research has shown that the concepts of weathering, magmatic intrusions and faults as well as well as the theory of relief cycle were used as a hypothesis to be tested in the area selected for study was positive.In the field it was observed that indeed the weathering processes as is the case in lichens, and vegetation growth on the surface of rocky bed, is flaws conditioners, intrusions, and these phenomena act as sediment receptors on the local scale. The also important weather phenomena in processes, as condition the rainfall, the fluviometric factors, always considering the variation of temperature or temperature range, the hardness of the bed rocks, among others as mentioned in the text that makes up the Work Completion results topic of course. The research is a brief quote from the contribution of cauldrons for use and occupation by farm and villages, who later together with other factors influence the maximum expansion with the city. Today the place called cauldron bedrock of Lajedo is surrounded by streets, roads, homes, and commercial buildings and resulted in environmental impacts although it has not been studied in this CBT because not constitute theoretical issue of the standard, but is open to other researchers. Key words: erosion processes; Rocky potholes; Lajedo- PE.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ................................................................... 16

2.1 Agentes externos e o conceito de erosão ............................................... 16

2.2.1 Erosão eólica .............................................................................................. 17

2.2.2 Erosão glacial ............................................................................................. 18

2.2.3 Erosão marinha .......................................................................................... 19

2.2.4 Erosão pluvial ............................................................................................. 20

2.2.5 Erosão fluvial .............................................................................................. 21

2.3 Erosão e transporte fluvial ........................................................................ 22

2.4 Padrões de canais ...................................................................................... 23

2.5 Erosões e nível de base em leito de um rio ............................................. 24

2.6 Características do Curso de um rio .......................................................... 25

3.0 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ....................................... 28

3.1 A relação da origem do município de Lajedo com os caldeirões

rochosos .....................................................................................................

28

3.2 Caracterização da área de estudo ............................................................ 31

3.2.1 Condições físicas ....................................................................................... 32

3.2.2 Aspectos geológicos e geomorfológicos ................................................ 33

3.2.3 Aspectos hidrográficos da bacia do uma ................................................ 34

3.2.4 Dinâmica climática regional ...................................................................... 35

3.3 Rochas e agentes do intemperismo ......................................................... 36

3.3.1 Intemperismo e sua tipologia ..................................................................... 39

3.3.2 Intemperismo físico ................................................................................... 40

3.3.3 Intemperismo químico ............................................................................... 40

3.3.4 Intemperismo biológico e liquens ............................................................ 41

Page 13: TCC- Odilon Lima -2015

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4 METODOLOGIA .......................................................................................... 43

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 44

5.1 Escala do objeto de estudo ........................................................................ 44

5.2 Perfil Longitudinal da Bacia do Riacho Doce .......................................... 45

5.3 Aspectos Geológicos do Riacho Doce .................................................... 47

5.4 Aspectos geomorfológicos, intemperismo, e ciclo erosivo no leito do

Riacho Doce ................................................................................................

50

5.5 Oriçangas no solo rochoso do Riacho Doce ............................................ 52

5.6 Marmitas no solo rochoso do Riacho Doce .............................................. 53

5.7 Caldeirões no solo rochoso do Riacho Doce ............................................ 54

5.8 Intemperismo e erosões presente no leito do Riacho Doce .................. 56

5.9 Liquens presente no leito do Riacho Doce .............................................. 59

5.10 Colônia de Liquens no leito rochoso dos Caldeirões ............................ 60

6 O Ciclo erosivo e o intemperismo nos caldeirões no leito rochoso do

Riacho Doce ................................................................................................

61

7. CONCLUSÕES ............................................................................................ 64

8 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 65

Page 14: TCC- Odilon Lima -2015

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1. INTRODUÇÃO

O tema da pesquisa tem particularmente o ambiente físico denominado

popularmente Caldeirões, situado nos limites urbano central da cidade de Lajedo-PE.

Em Geografia o termo erosão, faz referência a modificações impostas pela natureza

ou seus agentes externos modificadores do relevo. Esses agentes modificadores se

distribuem pelo planeta Terra em conformidade com as variáveis climáticas, dureza

das rochas, entre outros, e tem como agentes: a chuva, o vento, o gelo, a vegetação,

entre outros.

Esses agentes erosivos externos atuam na esculturação do relevo, entretanto

embora se saiba que sua dinâmica se relaciona com ação do sol e a força

gravitacional. O sol porque atuando na superfície do planeta agi como agente motor

dos mais diversos intemperismo, como é o caso do físico diretamente, e do químico

indiretamente, como o casão da energia que atua na evaporação e posterior

precipitação. A gravidade por sua vez que direciona os sedimentos para os locais mais

baixos, e atua também nas águas que as direciona para o nível de base dos oceanos.

Quanto ao termo “Caldeirões” é o nome atribuído ao lugar, pela sua ambiência

e pelos os elementos significativos da paisagem geográfica que significa: escavação

nas rochas feitas pelas águas das chuvas, na concavidade nos lajedos, no qual se

retira o cascalho, ou ainda, tanque natural nos lajedos onde se reúne à água da chuva

(FERREIRA, 1989. p. 256).

Processos erosivos em leito rochoso do Riacho Doce, situado no entre meio

do bairro Caldeirões no município de Lajedo se justifica, uma vez que os caldeirões

são componentes naturais resultantes de processos erosivos pluviais e fluviais ainda

não estudado, tornando-se uma oportuna condição científica a pesquisa, condição em

que pode ser possível identificar os processos erosivos e pretéritos e atuais reinantes.

No Nordeste brasileiro, especificamente nas regiões semi-áridas a ações erosivas se

dar sobre o relevo rochoso constitui quase uma regra, nessas condições climáticas

esporádicas de chuvas e de rios intermitentes, atua de forma erosiva do tipo fluvial e

pluvial sobre um leito rochoso cristalino, desse modo e comum encontrar nesses

ambientes exposições de leitos rochosos exposta pela erosão permitindo sua análise

e pesquisa.

Page 15: TCC- Odilon Lima -2015

15

Quanto a sua importância se dar devido ao leito do Riacho doce ser exposto

e de fácil acesso, condição que permite uma análise de sua estrutura seus processos

erosivos atuantes, pretéritos e presentes. Em Lajedo - PE cidade do agreste

meridional tem seu nome relacionado a essa formação rochosa exposta de aspecto

erosivo que aparece somado a paisagem local e urbana, desta maneira nítida

destaca-se como um elemento natural de maior relevância para a formação do nome

da cidade os “Caldeirões” nome de costume usado pela população em seus vocábulos

como “Lajeiros” de onde provém o nome da Cidade atual que são as rochas que

armazenavam água das chuvas servindo para abastecimento da população a décadas

passadas.

Assim, essa pesquisa teve como objetivo elucidar os componentes existentes

no relevo dos Caldeirões, de formas e características conclusivas com o tipo de

avaliação envolvida no leito rochoso do Riacho Doce.

Page 16: TCC- Odilon Lima -2015

16

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Agentes externos e o conceito de erosão

Segundo Petersen et al (2014), afirma que erosão é a remoção de materiais

de um lugar da Terra pela gravidade, água, vento ou gelo glacial. Erosão é diferente

de intemperismo, A erosão é a escala maior de degradação da superfície terrestre,

enquanto o intemperismo ocorre em micro escalas ou na interface entre a litosfera e

astenosfera, litosfera e a hidrosfera, litosfera e a biosfera entre outras combinações.

Segundo Teixeira et al (2000, p. 40) Os agentes da erosão podem movimentar

o material que forma o manto de intemperismo, incluindo o solo. A falta de vegetação

contribui para a erosão.

Segundo Jatobá (2008), o relevo terrestre, apesar de aparentemente estático,

é dinâmico e está em constante transformação. Tal dinâmica deve-se aos processos

internos e externos que contribuem para que essa dinâmica aconteça, são os agentes

transformadores do relevo.

Os agentes transformadores do relevo são classificados conforme a origem

de suas ações, aqueles que atuam abaixo dos solos são chamados de agentes

endógenos ou internos e aqueles que atuam sobre a superfície são chamados

de agentes exógenos ou externos. Os Agentes externos ou exógenos, também

chamados de esculturadores, são responsáveis pelo o desgaste e a sedimentação

(deposição) do solo.

Eles são ocasionados pela ação de elementos que se encontram sobre a

superfície, como os ventos, as águas e os seres vivos. O agente externo mais atuante

sobre a transformação dos solos é a água, seja de origem pluvial (chuvas), seja de

origem fluvial (rios e lagos), ou até de origem nival (derretimento do gelo). A ação das

águas também pode ser dividida em fluvial, marinha e glacial. A água provoca

transformação e modelagem dos solos e contribui para a formação de processos

erosivos.

Page 17: TCC- Odilon Lima -2015

17

.

Figura 1. Erosão fluvial e pluvial no Rio Jaguari Bragança Paulista, trecho da rodovia no Estado de são Paulo. Fonte: professormarcianodantasblogspot.com. Acesso 24/05/2015

2.2.1Erosão Eólica

Segundo Teixeira et al (2000, p. 248). Através desses fenômenos

atmosféricos, partículas de areia e poeira podem ser transportadas por milhares de

quilômetros e em tempo provocam erosões na superfície (Figura 2). Com a diminuição

da energia de movimento das massas de ar, as partículas carregadas depositam-se

em diversos ambientes terrestres, desde continentais até oceânicos, passando a

participar de outros processos da dinâmica externa.

Nas áreas continentais, estas partículas depositam-se sobre todas as

superfícies desde as montanhas até as planícies. A atividade eólica representa assim

um conjunto de fenômenos de erosão, transporte e sedimentação promovidos pelo

vento. Os materiais movimentados e depositados nesse processo são denominados

sedimentos eólicos.

Page 18: TCC- Odilon Lima -2015

18

Figura 2. Erosão eólica em terrenos sedimentares em uma formação de arco localizada no deserto de Chang giHui. China. Fonte: pt.slideshare.net, 24/05/2015.

2.2.2 Erosão Glacial

Os processos de erosão glacial ocorrem sob as massas de gelo, sendo,

portanto, de difícil observação e estudo, e o seu conhecimento é ainda incompleto. A

erosão glacial pode ser definida como envolvendo a incorporação e remoção pelas

geleiras de partículas ou detritos do assoalho sobre o qual elas se movem. (TEIXEIRA

et al 2000, p. 222). Erosão Glacial, é a erosão causada pelo gelo que pode ocorrer

quando as águas da chuva penetram entre as rochas e, quando chega a época de frio

intenso, essas águas que penetram se congelam, ocupando mais espaço que a água

líquida, fazendo maior pressão sobre as paredes das rochas que, consequentemente,

se quebram. A erosão glacial pode ocorrer der três maneiras:

- Águas das chuvas penetram entre as fendas das rochas, quando chega a

época de frio muito intenso, essas águas congelam-se, e o gelo que ocupa mais

espaço que a água líquida faz pressão sobre as paredes da rocha, quebrando-a.

- Os blocos de gelo que saem das geleiras deslizam pelas encostas das

montanhas, quebrando as rochas.

- Nas regiões onde faz muito frio, durante o inverno o gelo se acumula no topo

das montanhas. Na primavera o gelo começa a derreter e a descer lentamente pelas

encostas. No trajeto, formam novos caminhos e vão se transformando em água

Page 19: TCC- Odilon Lima -2015

19

líquida, pelo aumento da temperatura, voltando a correr gelo antigo curso ou formando

novos canais de água.

Figura 3. Erosão glacial montanhas rochosas na geleira de Briksdal na Noruega. Fonte: bioventuraecoturismoanimalwordpress.com, acesso 24 de maio de 2015

2.2.3 Erosão Marinha

Erosão sobre a costa provocada pela ação das ondas e das marés e pelos

materiais que estes transportam e ainda pela ação química da água do mar. Segundo

Teixeira et al (2000, p. 238) Em vários lugares da Terra, geleiras entram em contato

com o mar, no fundo ou na boca de entalhes costeiros, dentre os quais os mais

conhecidos são os fiordes. Estes tipos de ambiente constituem estuários influenciados

por geleiras. Em outros, as geleiras atingem diretamente o mar aberto. As condições

relativas a vários fatores ambientais são suficientemente distintas, em cada caso, para

merecer uma discussão em separado.

Page 20: TCC- Odilon Lima -2015

20

Figura 4. Colapso de encostas litorâneas em decorrência de erosão marinha,Norfolk na Inglaterra. Fonte: ehow.com.br. Acesso 24/05/2015.

2.2.4 Erosão pluvial

A erosão pluvial provoca desde uma erosão na escala de partículas, a uma

escala de encosta. ravinas e as voçorocas contribuem muito para o movimento de

massa nas encostas, devido a um escoamento superficial em lençol que ao longo do

tempo da chuva se concentram em filetes de água, formando sulcos, que são

chamados de ravinas, que no decorrer do tempo e com a ajuda do escoamento sub-

superficial que chegando ao lençol freático, provoca a voçoroca.

São diversas as variáveis que determinam se uma encosta é estável ou

instável: o ângulo de repouso, a natureza do material na encosta, a quantidade de

água infiltrada nos materiais, a inclinação da encosta e presença de vegetação. Esses

fatores são condicionantes e dirão através de observação e monitoramento se a

encosta tem risco de sofrer movimento. Entretanto, nem sempre a água é o fator

detonador do movimento e sim que o torna mais avassalador:

Nos movimentos de massa ocorre um movimento coletivo do solo e/ou

rocha, onde a gravidade/declividade possui um papel significativo, nesse sentido a

água pode tornar ainda mais catastrófico, mas não é necessariamente o principal

agente desse processos (CUNHA e GUERRA, 2008).

Page 21: TCC- Odilon Lima -2015

21

Figura 5. Erosão pluvial em encosta colonizadas na Zona da Mata- Pernambuco. Fonte: em <slideplayer.com.br>, acesso 17/10/2015.

2.2.5 Erosão Fluvial

Erosão fluvial é a remoção do material rochoso pela água. A erosão fluvial

consiste na remoção química de íons de rochas e na remoção física de fragmentos

(clastos). A remoção física de fragmentos da de rocha inclui a quebra de novos

pedaços de rocha do leito ou das laterais do canal e a movimentação dos clastos

preexistentes que ficaram temporariamente depositados no fundo do canal.

(PETERSEN et al 2014, p. 341), apud (TEIXEIRA et al 2000, p. 192).

Os processos associados aos rios denominados processos fluviais,

enquadram-se, num sentido mais amplo, no conjunto de processos aluviais, que

compreendem a erosão, transporte e sedimentação em leques aluviais são sistemas

fluviais distribui tórios espraiados por dispersão radial no assoalho de uma bacia a

partir dos locais de saída de drenagens confinadas em regiões montanhosas.

Page 22: TCC- Odilon Lima -2015

22

Figura 6. Erosão fluvial em leito rochoso do tipo sedimentar, Leito do Rio Colorado nos Estados Unidos. Fonte: em <mundoeducacao.com>acesso 24 de maio de 2015

2.3 Erosão e transporte fluvial

Os rios transportam sua carga de várias maneiras. Alguns minerais são

dissolvidos na água, sendo então carregados no processo de transporte de solução.

As partículas sólidas mais finas são transportadas em suspensão, boiando, pela

turbulência vertical. Esses pequenos grãos podem permanecer suspensos na coluna

de água por longos períodos, desde que a força ascendente da turbulência seja mais

forte que a tendência das partículas de descer e se depositar.

A proporção relativa de cada tipo de carga presente em determinado fluxo

varia de acordo com as características de drenagem da bacia, como clima, manto

vegetal, inclinação, tipo de rocha e as capacidades de infiltração e permeabilidade da

rocha, além dos tipos de solo. As cargas dissolvidas serão maiores que a média em

bacias com quantidades elevadas de infiltração e fluxo de base porque as águas

subterrâneas que se movem lentamente e alimentam o fluxo de base adquirem íons

das rochas através das que se move (PETERSEN et al 2014, p. 341-342).

Page 23: TCC- Odilon Lima -2015

23

Figura 7. Observa-se o tom amarelo na água em decorrência da erosão e do transporte de sedimentos em suspensão denominado transporte fluvial. Guarapuava-SP. Fonte: News. Acesso 15/10/ 2015

2.4 Padrões de Canais

Três tipos principais de canais de rio foram tradicionalmente reconhecidos

considerando a forma de determinado segmento, quando vistos em um mapa. Embora

canais retos possam existir para curtas distâncias em circunstâncias naturais,

principalmente ao longo das zonas dos canais com margens paralelas e lineares

apresenta características artificiais construídas pelo ser humano. O rio flui em

múltiplas vertentes entrelaçados que se dividem e se unem novamente em torno das

barras, formando uma trança, o que, na verdade, é denominado canal trançado.

Sendo, portanto, comum em regiões áridas e de degelo glacial (PETERSEN et al

2014, p. 343-344).

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24

Figura 8. Padrões de canais,Nacional parque Rio Yukon Canadá. Fonte: pt.slideshare.net, Acesso 24/05/2015

2.5 Erosões e nível de base do leito de um rio

Uma maneira de entender a variedade de característica dos relevos

resultantes de processos fluviais é examinar o curso de um rio idealizado que ocorre

de sua cabeceira, nas montanhas, até sua foz, no oceano. O gradiente desse rio

diminuiria continuamente a jusante, uma vez que flui de sua fonte para seu nível-base.

Os processos de erosão fluvial dominam o curso íngreme superior, enquanto a

deposição predomina no curso inferior. O curso médio apresenta elementos

importantes tanto de erosão fluvial quanto de deposição (PETERSEN et al 2014, p.

344-345).

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25

Figura 9: Observa-se na figura a esquerda o controle erosivo e de nível de base por uma soleira

rochosa, condição semelhante a um leito rochoso, como é o caso do Riacho Doce; á direita o controle

do nível de base ocorre devido a uma formação lacustre.

Fonte: cmapspublic.ihmc.us. 18/10/2015.

Figura 10. Observa-se uma soleira rochosa interferindo no controle erosivo, nessas condições as soleiras podem formar cachoeiras de água. Cambuquira- MG. Fonte: em <blog.besttimetour.com>, acesso 15/10/2015.

2.6 Características do curso de um rio

Um rio em seu curso natural tem comportamentos hidrológicos em função dos

aspectos geomorfológico, geológico, pedológico e fluvial, e em conjunto refletem no

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26

seu comportamento erosivo e velocidade em função de sua declividade. Desse modo

nas cabeceiras do rio ideal superior, ele corre principalmente em contato com a rocha.

Sobre a gradiente íngreme, muito acima de sei nível-base, o rio trabalha erodindo

verticalmente para baixo por ação hidráulica e abrasão.

A erosão no curso superior cria um íngreme vale de desfiladeiro, ou ravina,

conforme o canal do rio corta profundamente a terra. Pouca ou nenhuma planície de

inundação está presente, e as paredes do vale normalmente se inclinam para a borda

do canal do rio. Encostas íngremes incentivam o movimento em massa de material

rochoso diretamente na corrente. Os vales desse tipo, dominados pela atividade de

corte inferior do rio, são muitas vezes chamados vales em V porque, em sua seção

transversal, as encostas íngremes desenvolvem o formato da letra V.

Na seção média do perfil longitudinal ideal, o rio flui numa gradiente moderado

e em um leito de canal moderadamente suave. Aqui o vale da ribeira inclui uma

planície de inundação, mas os cumes restantes, além da planície de inundação

formam paredes de vale definidas. O rio fica mais próximo ao seu nível-base, flui por

uma gradiente mais suave e, portanto, fornece menos energia a erosão vertical que

em seu curso superior. Entretanto, o rio ainda tem energia considerável por causa do

aumento do volume de fluxo e da redução do atrito no leito. Muita de sua energia

disponível é utilizada para transportar a carga considerável que acumulou e para a

erosão lateral dos lados do canal (PETERSEN et al 2014, p.345-346). .

No curso Inferior, sob gradiente mínima e aproximadamente ao nível-base ao

longo do curso inferior do rio ideal tornam o corte inferior praticamente impossível. A

energia fluvial, agora derivada quase exclusivamente da vazão superior, em vez do

puxão para baixo da gravidade, provoca considerável mudança lateral do canal e

criação de uma grande planície de deposição. Quanto mais baixa a planície de

inundação de um grande rio mais ampla é a largura de sua faixa de meandro,

apresentando evidencias de muitas mudanças no curso (PETERSEN et al 2014, p.

345-346). No caso do Riacho Doce seu curso superior onde os processos erosivos

sobre rochas e a evidência mais enfática o que justifica a presença dos caldeirões

nessa área.

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Figura 11. Gráfico elucidando as características de nível; superior, médio e Inferior de um rio e seus

dinâmicos processos erosivos.

Fonte: em <WWW.slideserve.com>acesso 24 de maio de 2015

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28

3. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

3.1 A relação da origem do município de Lajedo com os caldeirões rochosos

Acidade de Lajedo nasceu do desenvolvimento da fazenda Cágado, então

propriedade do fazendeiro Vicente Ferreira, que tinha na criação de caprinos, sua

principal atividade econômica. Para a manutenção do rebanho, ele encontrou, na

extensão rochosa e nas águas em suas concavidades, (os Caldeirões), as condições

ideais para a criação dos animais e a construção da sede da fazenda. Á chegada

dessa família atribui-se o processo inicial de desenvolvimento da localidade e apesar

das transformações, o lugar preserva até hoje a referência ao nome da formação

geológica (DOURADO e SÁ CARNEIRO 2003, p. 26).

Segundo dados do IBGE (2010) Lajedo é entre as demais a cidade a mais

jovem da Região do Agreste. Seu nome deriva dos muitos “lajeiros” existentes nas

suas proximidades medindo uma área de dez hectares, chamados de “Caldeirões” No

passado esse leito rochoso foi muito importante porque serviu para abastecer de água

mesmo que em pequena escala a população do entorno e animais. Hoje embora hoje

a maioria da população seja servida pela COMPESA, os caldeirões ainda são

importantes, devido ao comportamento sazonal e intermitente do Riacho Doce, mas

também porque tem um potencial cênico turístico e também para estudo de liquens e

processos geomorfológicos erosivos fluviais e pluviais, como é esse caso.

Lajedo foi fundado no ano de 1852, nesse momento histórico era apenas uma

propriedade denominada Lajeiro e pertencia ao Senhor Vicente Ferreira da Silva,

abastado criador de bovinos e caprinos, procedentes do vizinho município de Altinho.

A aludida propriedade já estava administrativamente subordinada a Canhotinho. Por

iniciativa de um filho do Sr. Vicente Ferreira, de nome José Ferreira da Silva, mais

conhecido por Barão Cazuza, foi construída a primeira casa da localidade (prédio em

que funciona hoje a padaria Santo Antônio), em frente a uma frondosa gameleira, que

logo veio a servir de “mercado” na pequenina feira criada por pessoas da família e

proprietários vizinhos.

Tempos depois, com a ajuda de parentes e vizinhos, o Barão Cazuza mandou

construir uma Casa de Oração tendo como orago Santo Antônio de Pádua, o que

motivou, em poucos anos, um agrupamento de casas e passou a chamar-se “Lajeiro

de Santo Antônio” e, depois, Lajedo, nome atual. A primeira missa foi celebrada na

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Casa de Oração pelo padre João José do Divino Espírito Santo. Com as festas que

promoviam em honra ao Santo padroeiro e com o tino administrativo do Barão Cazuza,

foi o pequeno povoado aumentando e se projetando na vida econômica do município.

Figura 12. Vila Santo Inácio dos Lajeiros data de 1900, área inicial da Cidade Rua do comércio

Fonte: Paróquia de Santo Antonio Lajedo- PE, 1900

Figura 13. Matriz da Igreja Católica de Santo Antônio localizada na praça do centro da cidade. Fonte: IBGE em <cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun>acesso 24 de maio de 2015

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Figura. 14. Em primeiro plano observa-se o leito rochoso do Riacho Doce no período de chuvas. Em

segundo plano e nas margens do Riacho Doce é possível observar área no entorno área ocupadas e

urbanizadas circunda o riacho. A Igreja de Santo Antônio se destaca a direita. Lajedo- PE.

Fonte: Google Earth. 2015.

Lajedo se localiza a uma latitude de 08º 39’ 49” Sul e a uma longitude 36º 19’

12” oeste, estando a uma latitude de 661 metros. Sua população real de acordo com

a contagem do IBGE 2010, era de 36,628 habitantes, distribuídos em uma área de

189,09 Km², a sua localização continental fica a 196 Km da capital pernambucana,

por sua vez menos distante a 165Km da capital alagoana, o Município está inserido

na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, com relevo suave e ondulado.

Sua posição geográfica inserisse-se na Mesorregião do Agreste pernambucano, e ao

oeste da Microrregião de Garanhuns, limita-se com vários Municípios, como são os

caso de Ibirajuba, Jurema, Calçados, Jupi, São Bento do Una e Cachoeirinha (Figura

13)

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31

Figura 15: Observa-se mapa da Microrregião de Garanhuns-PE.

Fonte: Google Eath.14/10/2015

Alguns aspectos físicos se destacam como é o caso da vegetação que é

formada por florestas subcaducifólica e caducifólica, próprias das áreas agrestes Tem

um clima frio e seco com temperatura média anual em torno dos 25°. Quanto ao

aspecto hidrográfico onde se insere a temática desse Trabalho de Conclusão de

Curso, localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Una, que tem nos seus limites

territoriais os principais tributários que são os rios Quatis, da Chata e do Retiro, e os

riachos Bonito, Riacho Doce nosso objeto de estudo e do Serrote, todos de regime

intermitente. Conta ainda com distribuição de água oriunda da barragem São Jaques

(403.600 m³) situado no município de Jurema, cidade próxima a Lajedo (IBGE, 2010)

3.2 Caracterização da Área de Estudo

O leito do Riacho Doce apresenta-se como um leito erodido estruturalmente,

é composto de rochas cristalinas e metamórficas com depressões visivelmente

notadas em vista do mesmo ter o seu fluxo de água caracterizado como intermitente

essa condição se deve em parte a sua localização regional geográfica em uma zona

climática de transição ao semi-árido do Nordeste brasileiro.

Segundo, Santana e Diaz (1978), o relevo terrestre é um dos componentes

mais importantes do quadro natural. As suas peculiaridades condicionam a

distribuição dos solos, a vegetação e até algumas características climáticas locais

Page 32: TCC- Odilon Lima -2015

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chega a determinar as possibilidades de aproveitamento dos recursos hídricos, das

jazidas minera

No perímetro em que o leito do Riacho doce foi analisado seus aspectos

estruturais apresentam-se com uma diversidade de rochas existentes tipo Granito;

tipos de fáceis do granulito; são formadas em temperaturas e pressões muito altas,

com pouca água; as rochas Gnaisse de estrutura foliada,gnáissica são composta de

granulação grossa, sofre neoformismo, contem camadas de faixas claras e escura,

presença de quartzo e mica. Também há outros tipos de rochas como, mármore,

quartzo e ardósia.

Figura16. Rocha de granito localizada no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE Autor: Lima, Josenildo Odilon de. Pesquisa de campo em 06/07/2015

3.2.1Condições Físicas

“O Agreste pernambucano, em quase toda sua totalidade, assenta-se sobre terrenos antigos, de idade pré-cambriana, pertencente ao núcleo nordestino do Escudo Brasileiro, mais especificamente na Província Estrutural da Borborema” (LINS, 1989).

A estrutura relacionada aos caldeirões tem condições físicas homogêneas por

se tratar de rochas do período pré-cambriano desta forma a milhões de anos

passados, sendo assim tem o seu aspecto geológico comum ás demais rochas que

caracterizam as formas superficiais do leito rochoso encontrado no Riacho Doce. Na

medida em que sua área estudada se encontra a maior parte das rochas. Diversos

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33

agentes atuam na área estudada modificando de maneira acentuada sua geologia,

seu relevo, e suas formas mais visível seus solos superficiais.

Figura 17. Vista aérea do Município de Lajedo- PE, em primeiro plano, ver-se e o local objeto de estudo denominado caldeirões no leito rochoso do Riacho Doce. Em segundo plano parte do bairro central que constitui a área urbana. Fonte: em <https://www.facebook.com/Lajedopernambuco.caldeiroes/photos, acesso 30 de agosto de 2015

3.2.2 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos

O município de Lajedo encontra-se inserido, geologicamente, na Província

Borborema, sendo constituído pelos litotipos da Suíte Serra de Taquaritinga, do

Complexo Cabrobó e das suítes Intrusiva Leucocrática, Peraluminosa e Shoshonítica

Salgueiro/Terra Nova.

A formação geológica de Lajedo revela expressiva singularidade, à qual pode

ser atribuída a designação de patrimônio natural.

O Agreste localiza-se sobre o planalto da Borborema, sua altitude média é de

400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica

predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por

formações abruptas pedimentos e pediplanos.

Do ponto de vista morfoestrutural, o Planalto da Borborema, é constituído por

um complexo de gnaisses, xistos e plutons, pré-cambrianos que formam um maciço

montanhoso. A sua fisiografia reflete a influência das feições tectônicas desenvolvidas

Page 34: TCC- Odilon Lima -2015

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em corpos plutônicos e da estruturação dos compartimentos formados sobre rochas

metamórficas, visto que essas formas têm uma forte relação com a erosão,

principalmente no que diz respeito à erosão diferencial, que vai refletir as formas

resultantes desse desgaste, onde as rochas mais rebaixadas corresponderiam às

rochas mais tenras ou que sofreram subsidência tectônica, evidenciado pela

orientação e entalhe dos vales, exibindo diversos níveis de aprofundamento ao passo

que toda região elevada seria composta de rochas resistentes aos agentes erosivos

ou soerguida tectonicamente (MELO e ALMEIDA 2013 p.5).

3.2.3 Aspectos Hidrográficos da Bacia Una

Riacho Doce no qual se insere os Caldeirões rochosos objeto de estudo do

trabalho de conclusão de curso, localiza-se no município de Lajedo – PE na

mesorregião do agreste pernambucano, mais especificamente na microrregião de

Garanhuns, com uma área de 208.9 km² que corresponde a 0,21 % do território

estadual. Tem limites ao Norte, com os municípios de Cachoeirinha e São Bento do

Una, ao Sul, com Canhotinho e Jurema, ao Leste, com Ibirajuba e ao Oeste com

Calçado e Jupi. O município tem acesso através das rodovias PE-170, PE-180, BR-

232, BR-423, sua sede é constituída do Distrito de Lajedo, e seis povoados, são eles:

Cantinho, Santa Luzia, Olho d’Água dos Pombos, Quatis, Imaculada e Pau Ferro.

Quanto à sua posição geográfica hídrica insere-se na Unidade de

Planejamento Hídrico UP5, que corresponde à bacia hidrográfica do Rio Una. Está

localizada no sul do litoral do Estado de Pernambuco entre, 08º17’14” e 08º55’28” de

latitude Sul, e 35º07’48” e 36º42’10” de longitude Oeste. A nascente do Rio Una

localiza-se no Município de Capoeiras, apresentando-se intermitente até

aproximadamente a cidade de Altinho, quando se torna perene.

A bacia possui uma extensão de cerca de 290 km, tendo como principais

afluentes, pela margem direita, o riacho Quatis e os Rios da Chata, Pirangi, Jacuípe e

Caraçu. O Rio Jacuípe serve de limite entre os Estados de Pernambuco e Alagoas.

Pela margem esquerda, destacam-se os riachos Riachão, Mentirosas e do Sapo e os

Rios Camevô e Preto.

Page 35: TCC- Odilon Lima -2015

35

A bacia do Rio Una apresenta uma área de 6.740,31 km², dos quais 6.262,78

km² estão inseridos no Estado de Pernambuco, correspondendo a 6,37 % do total do

Estado. A bacia abrange 42 municípios, dos quais 11 estão totalmente inseridos na

bacia (Belém de Maria, Catende, Cupira, Ibirajuba, Jaqueira, Lagoa dos Gatos,

Maraial, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Xexéu), 15 possuem sede inserida

na bacia (Água Preta, Agrestina, Altinho, Barreiros, Bonito, Cachoeirinha, Calçado,

Capoeiras, Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá, São Bento do Una e São Joaquim

do Monte) e 16 estão parcialmente inseridos (Barra de Guabiraba, Bezerros, Caetés,

Camocim de São Félix, Canhotinho, Caruaru, Gameleira, Joaquim Nabuco,

Pesqueira, Rio Formoso, Sanharó, São Caetano, São José da Coroa Grande,

Tacaimbó, Tamandaré e Venturosa). Agência Embrapa de Informação Tecnológica,

AMARAL e OLIVEIRA (2011).

Figura 18. Mapa de localização da bacia hidrográfica do Rio Una, no Estado de Pernambuco Fonte: Em <.agencia.cnptia.embrapa.br), acesso 25 de maio de 2015

3.2.4 Dinâmica Climática Regional

No clima, Pernambuco está inserido na Zona Intertropical apresentando

predominantemente temperaturas altas, podendo variar no quadro climático devido à

interferência do relevo e das massas de ar. No Recife, por exemplo, a temperatura

média é de 25ºc, com máximas de 32º. Já em cidades do interior, nos meses de

inverno entre maio e julho ás temperaturas podem baixar consideravelmente, podendo

Page 36: TCC- Odilon Lima -2015

36

chegar, em alguns locais, até a 8ºc, a exemplo de Triunfo e Garanhuns, Sertão e

Agreste respectivamente.

O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m,

podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica

predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por

formações abruptas pedimentos e pediplanos.

Segundo Lins (1989, p.53) a situação do Agreste pernambucano em baixas

latitudes, o que proporciona muita insolação, e o relevo de altitudes modestas,

predominantemente abaixo dos 700 m, proporciona temperaturas médias anuais

sempre altas, ao contrário dos índices pluviométricos, cujas médias anuais variam

entre 500 mm e 1.300 mm..

Tabela 01. Precipitações Médias dos Municípios circo vizinhos a Lajedo - PE

POSTO

PLUVIOMÉTRICO

LATITUDE

SUL

LONGITUDE

OESTE

PRECIPITAÇÃO

(mm/ano)

Altinho 8º 29’ 18, 96” 36º 03’ 29, 88” 622

Calçado 8º44’ 25, 08” 36º 20’3, 84” 702

Ibirajuba 8º34’ 58, 08” 36º10’ 41, 16” 654

Jucati 8º42’ 21, 96” 36º29’ 21, 12” 720

Jurema 8º 43’5,16” 36º08’ 15, 00” 790

Lajedo 8º39’ 20, 16” 36º19’ 41, 08” 831

São Bento do Una 8º31’ 37, 92” 36º27’ 33, 84” 630

FONTE: Governo do Estado de Pernambuco 2012

3.3 Rochas e agentes do intemperismo

Normalmente as rochas são definidas como agregados naturais de várias

espécies de minerais, sendo que a composição mineralógica é o que define seu tipo

ou espécie. “São elas nitidamente individualizadas, porque os minerais se agregam

obedecendo a leis físicas, químicas ou físico-químicas, dependendo das condições

em que se forma esta ou aquela rocha” (LEINZ e AMARAL: 200, p. 33).

Continuando citando Leinz e Amaral (2001), a Terra é um planeta dinâmico,

algumas partes da Terra são gradualmente elevadas através da construção de

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37

montanhas e da atividade vulcânica, contudo, processos opostos estão gradualmente

removendo materiais das áreas elevadas e transportando para áreas mais baixas.

Todas as rochas existentes na crosta terrestre podem ser agrupadas da

seguinte maneira:

Ígneas ou magmáticas – são as que se originam do magma oriundo das altas

profundidades, em estado de fusão por causa das temperaturas elevadas, superiores

a 1.000°C. São consideradas rochas primárias por permitirem a formação dos outros

tipos. O magma se constitui de silicatos, óxidos, sulfetos, gases, vapor d’água e íons

dissociados, ao qual se denomina lava quando chega à superfície terrestre. Quando

a formação da rocha ocorre nas camadas litosféricas mais próximas do manto,

chamam-se de plutônicas ou intrusivas: diorito, sienito, granito, gabroetc; quando sua

formação se dá na superfície ou subsuperfície, por causa da lava expelida por fendas

ou fraturas da crosta terrestre, dá-se o nome de extrusiva ou vulcânica: basalto,

andesito, riolito, traquito etc.

Figura 19. Observa- se os principais tipos de rochas ígneas. Acima as rochas ígneas denominadas

extrusivas, abaixo as intrusivas.

Fonte: bibocambientalblospot.com. Acesso 19/10/2015

Metamórficas – originam-se por transformação de rochas preexistentes

(magmáticas e sedimentares) por causa das altas pressões e altas temperaturas do

interior da litosfera, sem passar pelo estado de fusão. São rochas de origem profunda.

Page 38: TCC- Odilon Lima -2015

38

São alteradas pelo calor, gases ou fluidos, e pela pressão provocada pelo magma.

Em alguns casos, as pressões exercidas por espessos capeamentos de rochas

sedimentares provocam o metamorfismo. Para Bigarella et al (2007, p.54), “rocha

metamórfica é, pois, aquela que sofreu mudanças na sua constituição mineral e na

textura, em consequência de importantes transformações nos ambientes físico e

químico do interior da crosta”. São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse,

mármore, quartzito, ardósia, migmatito etc.

Figura20. Observa- se os principais tipos de rochas metamórficas.

Fonte: bibocambientalblospot.com. Acesso 19/010/2015.

Sedimentares – são aquelas formadas a partir de materiais originados da

destruição erosiva das rochas preexistentes. Formam-se por acumulação sucessiva

de partículas ou sedimentos nas depressões naturais ou bacias marinhas, oceânicas

ou continentais. Este grupo de rochas pode ser subdividido em vários subgrupos,

mediante vários princípios, como o ambiente, o tipo de sedimentação, a constituição

mineralógica ou o tamanho das partículas. Normalmente são classificadas em:

sedimentos clásticos ou mecânicos, sedimentos químicos, e sedimentos orgânicos.

Para nosso estudo, interessam os seguintes sedimentos clásticos ou mecânicos:

argila, silte, areia e cascalho.

As rochas são massas naturais formadas por minerais, a maioria das rochas

são formadas por vários minerais; existem rochas em diferentes locais tanto a

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39

superfície, como por baixo do solo. Essas rochas tem um grau de dureza conforme a

tipologia de cada um mineral existente.

Figura 21. Gráfico de dureza das rochas em uma escala de 1 a 10. (Segundo Mohs),

Fonte: em<odeneide.blog.uol.com.br>

3.3.1 Intemperismo e sua tipologia

O intemperismo é o processo de transformação e desgaste das rochas e dos

solos, através de processos químicos, físicos e biológicos. Sua dinâmica acontece

através da ação dos chamados agentes exógenos ou externos de transformação de

relevo, como a água, o vento, a temperatura e os seres vivos.

O processo de desagregação das rochas provocado pelo intemperismo

provoca o surgimento de pequenas partículas de rochas, chamadas de sedimentos.

São exemplos de sedimentos as areias da praia, a poeira, entre outros elementos.

Eventualmente, sob as condições físico-químicas necessárias, esses sedimentos vão

dar origem às rochas sedimentares. Esse mesmo processo é o que origina também

solos, que nada mais são do que um amontoado de sedimentos oriundos da

desagregação de rochas. Existem três tipos de intemperismo: o físico, o químico e o

biológico.

Page 40: TCC- Odilon Lima -2015

40

3.3.2 Intemperismo Físico

O intemperismo físico quebra o mineral ou a rocha em pequenos pedaços,

sem alterar a composição química destes. As mudanças ocorridas no intemperismo

físico se restringem ao tamanho e à forma das rochas. Ao quebrar a rocha em pedaços

menores, ocorre um aumento na sua área superficial, facilitando a atuação também

do intemperismo químico. Desta forma, a depender das condições locais e

dos agentes atuantes, estes dois processos atuam conjugados (LEINZ e AMARAL,

1980).

Figura 22. Observa- se rochas fraturadas por dilatação em função da variação das temperaturas do

ambiente local.

Fonte: Brasilescola.com. 20/10/2015.

3.3.3 IntemperismoQuímico

O intemperismo químico altera a composição dos minerais e das rochas,

principalmente em reações que envolvem a presença de água. A água – vinda de

oceanos, rios, lagos, geleiras, canais subterrâneos, chuva ou neve– é o principal fator

controlador da intensidade do intemperismo químico. Ela carrega íons para as reações

químicas, participa das reações e transporta os resultados destas reações.

Page 41: TCC- Odilon Lima -2015

41

Durante essa transformação, a rocha original se decompõe em substâncias

que são estáveis na superfície. O produto do intemperismo químico permanece

essencialmente inalterado ao longo do período em que este permanecer em um

ambiente similar ao que foi formado.

Os três principais processos que causam o intemperismo químico das rochas

são a dissolução, a oxidação e a hidrólise.

Figura 23. Formas do intemperismo químico á água em constante atrito com a rocha, no litoral do Rio

Grande do Norte.

Fonte: geologiahojeblogspot.com/Oliveira Randjer

3.3.4 Intemperismo Biológico e Liquens

O crescimento das raízes das plantas exerce pressão nas fendas ou diáclases

das rochas, favorecendo o ataque dos agentes químicos. Se as fendas o permitirem

ou a resistência da rocha não seja muito grande, o próprio vento faz balançar o

vegetal, o que pode aprofundar o processo mecânico que, por sua vez, favorece o

processo químico. Minhocas, formigas, cupins e vários animais roedores que fazem

buracos no solo, também contribuem para o intemperismo, à medida que afofam o

solo, permitindo a ação dos agentes de intemperismo decomposição químico-

biológica – segundo Leinz e Amaral (2001, p.64-65), “os primeiros atacantes de uma

rocha expostas às intempéries são bactérias e fungos microscópicos. Vêm a seguir

Page 42: TCC- Odilon Lima -2015

42

os liquens, depois as algas e musgos, formando e preparando o solo para as plantas

superiores.” O metabolismo desses seres segrega gás-carbônico, nitratos, ácidos

orgânicos etc., que são incorporados às soluções que per colam os solos e atingem

as zonas de intempérie das rochas.

Figura 24. Arboredo situado em fenda rochosa tipo do intemperismo Biológico, Cachoeira Grande Altinho-PE

Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012

Figura 25. Colonização de liquens sobre granito, Cachoeira Grande Altinho-PE Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012

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43

4.METODOLOGIA

A pesquisa foi feita nível de Trabalho de Conclusão de Curso TCC, se

caracteriza quanto a metodologia dos objetivos uma pesquisa do tipo descritiva tendo

seus procedimentos focado em um estudo de caso.

Nessa análise que ocorreu em pesquisa de campo com registro de fotos,

buscou-se analisar as causas, identificar os agentes erosivos passados e pretéritos

do período Holoceno Quaternário, com intento de interpretar fatos da natureza física

dos processos erosivos no leito rochoso do Riacho Doce

Quanto aos procedimentos por tratar-se de um estudo de caso centrados na

identificação dos processos erosivos em rios intermitentes do semi-árido do agreste

pernambucano, do nordeste do Brasil, teve seu foco no âmbito da Geografia, mais

especificamente na área de Geomorfologia, com meta em identificar feições erosivas

em leito rochoso de rios intermitentes do semi-árido, buscando relacionar e classificar,

formas, grau de dureza de rochas, tipologia das rochas, entre outros objetivos.

Para atingir esses objetivos aplicou-se um nível de estudo e pesquisa apenas

em escala local onde o leito rochoso pode ser observado. A pesquisa foi dividida em

etapas diferente e complementares entre se, desse modo temos a pesquisa de

referência bibliográfica e a pesquisa em campo.

A de referência por exemplo, buscar-se-á entender os modelos e teorias

aplicadas ao tema, sendo caracterizada pelas coletas de dados e pesquisas em livros,

na internet, acervos históricos, artigos científicos, entre outros, que posteriormente

inseridos na monografia. Por sua vez, na segunda parte foram feitas em visitas

técnicas e estudo de campo na área de estudo. Foi usado como material de auxilio

máquina fotográfica, imagem de satélite, notebook, imagens da internet, etc. Embora

o trecho do riacho que foi pesquisado se situe no limite urbano do município, não

levou-se em conta os impactos ambientais ali presentes, portanto trata-se de uma

pesquisa apenas em escala local e limitada a feições erosivas no leito do riacho.

Page 44: TCC- Odilon Lima -2015

44

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Escala do objeto de estudo

O Riacho Doce localiza-se em um extenso pedi planos que na escala maior

situa-se dentro dos limites do Planalto da Borborema que é a unidade maior na

Taxonomia ou de 1º Táxon, o Riacho Doce objeto de estudo por sua vez situa-se na

menor escala de 6º Táxon onde ocorrem os fenômenos erosivos, ou formas naturais

de processos atuais e antrópicos ROSS (1996).

Figura 26. Escala de Táxon dos fenômenos erosivos. Ross (1996).

Fonte: Google. Acesso 20/10/2015.

Page 45: TCC- Odilon Lima -2015

45

5.2 Perfil longitudinal da Bacia do Riacho Doce

Segundo De Martonne (1953, p. 484), O perfil do equilíbrio de um curso de

água é, em princípio, aqueles cujos declives são suficientementes fracos e

regularmentes decrescentes para jusante, de modo que toda a força viva (sem dúvida

reduzida com o declive) seja utilizada no escoamento”.

O conhecimento de um rio perpassa pelo estudo do perfil longitudinal e vertical

de um rio, essa construção de campo que hoje pode ser feita em computador através

do software como foi esse caso com uso do Google Earth. Com essa construção do

modelo do perfil do longitudinal torna possível elucidar os locais onde o rio percorre e

onde os processos erosivos encontram-se controlados pelas soleiras graníticas que

ficam amostra após se consolidar a erosão fluvial, daí a importância de sua

construção.

Figura 27. As linhas que delinea polígono irregular na cor vermelha representa o perfil de elevação do Riacho Doce. Os caldeirões localização no setor indicado pela seta vermelha que formam o conjunto denominado caldeirões. A linha azul mostra o curso do Riacho Doce. Lajedo – PE Fonte: Google Earth. Autor: Rodrigues, Natalício de Melo - 2015.

Localizado na Bacia do Una, Região Agreste do Estado de Pernambuco o

Riacho Doce tem suas nascentes nas áreas de matas e montanhosas tipo colinosado

Page 46: TCC- Odilon Lima -2015

46

interior rural do município de Lajedo- PE, e se estende por grande parte do todo o

limite do território municipal, mas quando adentra no núcleo urbano percorre vários

bairros e passa por intervenções que afetam o comportamento do riacho, como é o

caso de interrupções por ruas, avenidas e pontes. Esse perfil de traçado fora e dentro

do núcleo urbano pode ser observado na imagem como ver-se na (Figura 26).

Em campo observou e na construção do modelo de perfil longitudinal

observou-se que a localização de duas feições de relevo dominante no local

selecionado e objeto de amostragem e estudo, e que caracteriza bem o Riacho Doce,

que são suas feições na forma de terraços que delimitam as suas calhas de riacho e

a soleira rochosa que controlam a erosão e permite a formação dos caldeirões e

oriçangas.

Quanto ao curso segue em direção ao norte município de Cachoeirinha-PE,

nesse ponto a declividade é aumentada devido um intenso fluxo de água. Tudo leva

a crer que as erosões que formam os caldeirões tenham ocorrido no período

pleistoceno, esses causaram erosões que acabou resultando na exposição do leito de

rochas cristalinas pré-cambriana em sua superfície, e na atual condição erosiva é

responsável pelas feições na forma de caldeirões e Oriçangas. A localização da feição

erosiva em estudo encontra-se situada quase no meio das calhas e centro do perfil da

calha do riacho (Figura 28).

Figura 28. Terraços do Riacho Doce ação erosiva em atuação no substrato rochoso Fonte: Google earth acesso 15 de setembro de 2015

Page 47: TCC- Odilon Lima -2015

47

5.3 Aspectos Geológicos do Riacho Doce

Estudos teóricos apresentados na revisão bibliográfica apontam que “o

substrato geológico no território municipal de Lajedo é composto de rochas cristalinas

metamórficas referidas as matrizes pré-cambriano - Cambriano. Tais rochas

metamórficas afloram em alguns locais, sendo mais evidentes no leito do Riacho Doce

na área urbano e local conhecido por lajeiros condição geológica as quais deram nome

ao Município. Na maior parte do território, entretanto o substrato encontra-se capeado

por coberturas coluviais diversas” (Diagnóstico Plano Diretor, Lajedo- PE, 2002 p. 36).

Esses lajeiros quando na condição de soleira funcionam com controladores

do nível de base de um rio ou riacho, e em tempo, devido a dinâmica das corredeiras

e fluxo de água em sua superfície essas em geral de forma quase sempre irregular,

acabam por propiciar mudança no comportamento do fluxo de água, obstruída aqui e

ali por saliência do relevo, criam rodopios que ao longo de um temporalidade e

mudanças sazonal de precipitações ora intensa ora esporádicas, tipos do agreste,

acabam formando em seu leito rochoso feições em forma de orifícios, que do ponto

de vista geomorfológico são denominado de caldeirões quando de grandes dimensões

e oriçangas quando em menor escala erosiva.

Figura 29. Solo rochoso com orifícios na forma de caldeirões e oriçangas, Bairro Caldeirões no Município Lajedo – PE Fonte: em <https://www.facebook.com/Lajedopernambuco.caldeiroes/photos, acesso 2015.

Com o levantamento feito em campo identificou-se que no leito rochoso do

Riacho Doce em Lajedo- PE, esses processos erosivos são causados pela ação da

Page 48: TCC- Odilon Lima -2015

48

água, do ar, da temperatura e do vento. Citando Fleury (1995, p 112) “Os cursos

d’água têm ação erosiva em função da velocidade da corrente de suas

águas”.Velocidade esta que é função da topografia ou relevo da região, do regime

pluvial da região, volume de água precipitada e dos sedimentos transportado”

Figura 30. Curso do Riacho doce com água corrente, área dos caldeirões em Lajedo- PE,

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

Figura 31. Curso do riacho Doce no período de estiagem, área dos caldeirões em Lajedo – PE Autor: Lima, Josenildo Odilon de - Pesquisa de campo em 12/03/2013.

As rochas encontradas nos Caldeirões particularmente no leito do Riacho

Doce são dos tipos metamórficas e sofre ação do intemperismo físico mais

Page 49: TCC- Odilon Lima -2015

49

pronunciados no verão e cotidianamente, á variação térmica diária devido a aumento

da temperatura durante o dia, período que ocorre o aquecimento solar e durante a

noite devido à queda das temperaturas em função do gradiente térmico, variações que

é visivelmente notado na superfície do leito rochoso.

Suas características específicas são de regiões áridas do modo que o solo

está exposto a altas temperaturas durante a maior parte do ano; desta forma é

possível classificar a sua tipologia do tipo cristalino isso se verifica outros tipos a

presença dos cristais comuns a esse tipo de rochas no local como o caso da mica, a

biotita, quartzo e o feldspato.

Conforme essa exposição rochosa sofre várias alterações pode-se afirmar

que esse grande potencial geológico presente nos caldeirões de Lajedo é uma

importante amostra para a compreensão dos tipos de rochas que são encontradas no

Agreste de Pernambuco, fornecendo informações sobre estrutura rochosas presente

em boa parte do Estado e especificamente do Planalto da Borborema.

Figura 32. Amostra do feldspato (domínio amarelo) sobre rocha cristalina. A linha reta trata-se de uma intrusão magmática de quartzo cinza, essas condições são comum encontrada nos caldeirões em Lajedo – PE. Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

Segundo estudos de diversos autores do ponto de vista geológico, o Agreste

Pernambucano situa-se sobre terrenos antigos do pré-cambriano correspondentes à

Província Estrutural da Borborema. O embasamento cristalino de idade pré-cambriana

Page 50: TCC- Odilon Lima -2015

50

sofreu vários eventos tectônicos, como são os casos de intrusões magmáticas (Figura

31), e também erosões que originaram serras entremeadas de vales profundos. Além

dos movimentos tectônicos, litologias variadas e processos de erosão diferencial

originaram relevos residuais, com superfícies superiores às circundantes que

evidencia do controle erosivo litológico do leito rochoso sobre o Riacho Doce.

A atuação dos processos erosivos culminou com o desenvolvimento de

feições geomorfológicas de rara beleza. Segundo Seabra (2004) essas formações

exóticas, são também encontrados sítios arqueológicos e paleontológicos com

elevado potencial para exploração turística.

5.4 Aspectos geomorfológicos, intemperismo, e ciclo erosivo no leito do Riacho

Doce

As formas geomorfológicas das regiões semi-áridas relação direta da

influência climática, mas não isoladamente, uma vez que as feições rochosas variam

em função de diversos fatores, como são os casos das forças internas, dureza da

rocha, presença de água, variação térmica local, entre outros. As formas também se

relacionam a escala, por exemplo na escala maior toda a região do agreste se situam

em um planalto denominado de Planalto da Borborema, na condição de planalto sabe-

se que em sua totalidade seria erosivo, mas e condição não é uma lei e depende muito

da escala do observado e do objeto em estudo. Um exemplo clássico é o caso da

Pedra do Cachorro que embora seja um inselbergues erosivo o seu entorno é

deposicional.

No caso dos Caldeirões de Lajedo os processos esculturadores que

produzem as feições distintivas destas áreas estão direta e indiretamente

relacionados ao seu déficit hídrico e as chuvas esporádicas de verão e inverno, assim

as erosões e os processos tanto intemperismo como processos erosivos são

condicionados pela umidade e pela cobertura vegetal (está dependente também da

umidade).

Na caracterização do objeto de estudo observou nitidamente três condições

que permitem classificar como resultados de campo, algumas destas que se manifesta

nas formas diversas do intemperismo, nos fenômenos geológicos denominados falhas

e intrusões, e por fim na forma de relevo, essas aparecem em três tipos: Oriçangas,

Page 51: TCC- Odilon Lima -2015

51

Marmitas e Caldeirões, que se combinam em três distintas fases completares de um

ciclo evolutivo.

Quanto à intemperismo observou-se que esses fenômenos intempericos se

manifestasse primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que em um primeiro

momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios denominados

Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo biológico. A ação

do intemperismo também pode ser observada em falhas geológicas, e ocupação de

marmitas e caldeirões sedimentados principalmente nos períodos de longa ausência

de chuvas.

Figura 33. Observa-se oricanças sedimentadas por sedimentos em suspensão trazidos pelas

enxuradas e mais tarde ocupada por vegetação fenomeno denominado como intemperismo biologico

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

Entretanto esses fenômenos não se manifestam isoladamente e sim

combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados

fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do

intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas. A

partir desses fenômenos internos sabe se que ás falhas e as intrusões, abrem o

caminho para que os agentes externos iniciem sua ação erosiva, a saber, à água, a

chuva, a variação térmica em consequência da incidência da energia solar, e por fim

o processo de ação biológico manifestado nas erosões e povoamento de liquens e

vegetação.

Page 52: TCC- Odilon Lima -2015

52

5.5 Oriçangas no solo Rochoso do Riacho Doce

Segundo Moreira (1999), estudando os rios de leito rochoso ao Sul de

Moçambique, no continente africano, destaca a escavação do leito em rochas

consolidadas, duras e com minerais alteráveis, apresentando duas micro-formas

embutidas, “mais ou menos largas e profundas”, às quais deu o nome de marmitas e

oriçangas, dependendo da posição onde ocorrem.

Figura 34. Oriçanga no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões em Lajedo- PE, em forma alargada superficial Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

No caso do Riacho Doce no limite dos Caldeirões esses processos erosivos

apresentam-se com formações nas rochas coma aspectos que variam de quase

arredondas a outras mais alargadas, mas que em sua superfície mostram-se pouca

profundidade devido a resistências do leito rochoso tipo cristalino e também em

decorrência das poucas precipitações pluviométricas regional relacionado ao clima

semi-árido proporcionando assim um processo erosivo mais lento, desta forma suas

feições erosivas se mostram mais rasas. Sendo assim os agentes atuantes para as

formações das Oriçangas e sua evolução para uma marmita em segundo momento e

depois em caldeirões, essa última a feição de relevo maior e dominante na área e

presente no leito do Riacho Doce.

Tais fenômenos elucidam um processo de ciclo de relevo erosivo. Essas

particularidades comuns observadas em campo no objeto de estudo apresentaram

Page 53: TCC- Odilon Lima -2015

53

características de ações químicas atribuídas aos agentes modeladores principalmente

à água, e consequentemente sua força mecânica, combinado com as variações de

temperatura que age na maior parte do ano, quente no verão e úmida no inverno.

Figura 35. Oriçança solo rochoso da Cachoeira Figura 36. Marmitas de forma rasa superficial Grande Altinho-PE, formato circular no leito rochoso dos caldeirões em Lajedo- PE Fonte: Silva, Laudenor Pereira da- 2012 Autor: Lima, Josenildo Odilon de- 2013

As oriçangas seriam, portanto, formações construídas pela reação química

das águas e algas constantes do represamento das chuvas, porque os locais onde

estão inseridas, afastadas do leito principal do rio, não teriam a força mecânica das

águas e sedimentos, normalmente, nas épocas de cheias fluviais. As oriçangas são -

como Guerra (1980) define, marmitas de dissolução.

5.6 Marmitas no solo rochoso do Riacho Doce

A forma de Marmita encontrada no solo rochoso do Riacho Doce em Lajedo-

PE, identifica- se que vários são os tipos que definem as estruturas do solo que tem a

influência do clima para sua formação, a precipitação pluvial é um dos agentes

modelador nesta formação da marmita fluvial. No caso do solo rochoso dos Caldeirões

área onde foi pesquisado este tipo de fenômeno é visível ao observar o solo estudado

porque se trata das cavidades nas rochas com o acumulo das águas das chuvas.

Page 54: TCC- Odilon Lima -2015

54

Figura 37. Marmita fluvial no solo rochoso do Riacho Doce nos Caldeirões em Lajedo- PE em forma de corredeira com solo encharcado no período do inverno Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

No entanto devemos entender esse processo para Guerra (1980), as

marmitas são “Buracos que aparecem no leito dos rios produzidos pelas águas

turbilhonares. Esses buracos aparecem, comumente, logo após uma cachoeira, ou

então, quando há rápido desnível sendo, no entanto, o leito do rio de rocha dura e

compacta. As marmitas são produzidas pelo eixo vertical dos turbilhões” E segundo

Leinz e Amaral (2001, p.101), definem os caldeirões e marmitas como “[...] verdadeiras

perfurações cilíndricas, profundas, formadas pelo redemoinho das águas, ao

turbilhonar após uma cachoeira ou uma corredeira”.

5.7 Caldeirões no solo rochoso do Riacho Doce

Situado no agreste Meridional as estruturas geológicas representantes e

existentes no Município de Lajedo elevam como de grande importância para o estudo

das formas e características, desse grande potencial geológico que se encontra neste

Município.

Da forma que a área de estudos dos Caldeirões tem ás suas potencialidades

únicas na Região, pois o mesmo se trata de um processo que vem se modificando a

milhões de anos e no aspecto contemporâneo estão atribuído as transformações

químicas, físicas e biológicas para as formações destes importantes sistemas de

reservas das águas pluvias e fluviais que agem nas dissoluções das rochas que são

Page 55: TCC- Odilon Lima -2015

55

represadas e desta maneira dando formas estruturalmente conhecidas como

Caldeirões.

Segundo Guerra (1980), ele define caldeirão como “o mesmo que marmita”.

No entanto, devemos diferenciar caldeirão de marmita, pois a formação e a morfologia

são diferentes. É comum encontrarmos nas áreas rurais do Nordeste buracos feitos

em rochas duras, dos quais são retirados os materiais de entupimento, permitindo o

acúmulo de água para consumo familiar ou animal, durante parte do ano. Sua

formação deve-se, principalmente, à dissolução dos materiais pela ação química da

água em fissuras ou fraturas, provocando o alargamento em forma, geralmente,

longuilínea, ao contrário das marmitas, que são cavidades aproximadamente

cilíndricas.

Figura 38. Caldeirões suas formas estruturais, encontradas no leito do Riacho Doce em Lajedo- PE

observa-se que sua forma tem definição de um tanque envolvido com o solo rochoso

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 12/03/2013

Caldeirões em variadas formas na figura abaixo são identificados a estrutura

geológica totalmente envolvida no solo rochoso mais precisamente na rocha granítica

característica do próprio local onde foi feito o reconhecimento do solo estudado de

forma visível e conceituada no que se refere a os aspectos dos caldeirões.

Page 56: TCC- Odilon Lima -2015

56

Figura 39. Aspecto morfológico de exemplos de Caldeirões sua superfície é alargada devido processo

de erosão sofrido a milhões de anos desta forma também tem a atuação dos agentes de intemperismo.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

5.8 Intemperismo e erosões presente no leito do Riacho Doce

Ao contrário das erosões que são visíveis e pertence a escala maior dos

fenômenos, como é o caso das erosões glaciares, pluviais, marinha, ventos, e até

fluviais, onde os fenômenos erosivos se tornam visíveis e em grande escala espacial,

o intemperismo ao contrário deste ocorre na escala imperceptível mais atua com a

mesma eficiência e muitas vezes antecede aos fenômenos erosivos, sai se afirmar

que ele ocorre na pedogenese

As formas de intemperismo que ocorrem no Riacho Doce são particulares da

região do semi-árido desta forma com altas temperaturas devido o clima seco no verão

e modificando-se no inverno com mudança para o clima úmido com isso os agentes

do intemperismo estão presentes nos aspectos Químico, Físico e Biológico.

Sendo assim as formas de transformações ocorridas nas rochas do Riacho

Doce mais precisamente nos Caldeirões em Lajedo- PE apresentam deformidades

que são influenciadas diretamente pelo sol, chuva, vento, etc. Citando Leinz e Amaral

(2001), os processos externos são parte fundamental do ciclo das rochas uma vez

que estes processos transformam rocha sólida em sedimento, e incluem:

intemperismo, movimentos de massa e erosão.

E segundo Teixeira et al (2003, p. 141), afirma que todos processos que

causam desagregação das rochas, com separação dos grãos minerais antes coesos

Page 57: TCC- Odilon Lima -2015

57

e com sua fragmentação, transformando a rocha inalterada em material descontínuo

é friável, constituindo o intemperismo Físico.

Figura 40. Caldeirões imagens do tipo de intemperismo físico atuando sobre a rocha com ação da água

que penetra o solo rochoso e a ação dinâmica e posteriormente das amplitudes térmicas em função

variações altas temperaturas durante o dia e queda de temperaturas a noites.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 12/03/2013

Os agentes do intemperismo químico que atuam nos Caldeirões em

particularmente no leito do Riacho Doce apresentam suas formas modificadas pela

ação fluvial que altera a composição dos minerais das rochas que são arrastados

principalmente por reações que envolvem a presença da água, que é um principal

fator controlador da intensidade do intemperismo químico.

O principal agente do intemperismo químico é a água da chuva, que infiltra-

nos inter ciclos, nas suas reentrâncias e também nas falhas das rochas. Na transição

da semi-aridez para clima úmido, os processos de alteração química contribuem para

a erosão linear. O regime fluvial passa a ser permanente, com aumento progressivo

da descarga média dos rios e de sua capacidade de transportar a carga sólida. O leito

pode ser retrabalhado, ocorrendo o rebaixamento do nível de base local (SILVA, 2012

p.46).

Page 58: TCC- Odilon Lima -2015

58

Figura 41. Formas do agente de intemperismo químico que atuam nos Caldeirões solo rochoso

encharcado na superfície devido a atuação fluvial.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

Os agentes de intemperismo ocorridos do tipo Biológico nos Caldeirões no

leito do Riacho Doce apresentam-se em grande parte da área estudada, por se

encontrar na área de preservação do Município, sua vegetação é rasteira com plantas

da região, com isso é fácil identificar esses agentes presentes em conformidade com

as rochas presentes deste habitat, devido o Riacho Doce está inserido no canal de

escoamento da cidade que em boa parte do ano ele serve mais para receber águas

não tratadas; no seu córrego se verifica que a maior parte do ano e aumentando o seu

fluxo de água no período do inverno época que as chuvas são mais constantes desta

forma as plantas comuns da Região Agreste de Pernambuco afloram. Também é de

se relatar os reservatórios formados com ás águas das chuvas e desta maneira dando

formas a vários organismos vivos de plantas, insetos e animais e dispersão de plantas

aquáticas que habitam os caldeirões.

Page 59: TCC- Odilon Lima -2015

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Figura 42. Agentes do intemperismo do tipo Biológico vegetação envolvida no leito rochoso dos

Caldeirões boa parte do solo apresenta arbustos e plantas densas.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

5.9 Liquens presente no leito do Riacho Doce

Os agentes de intemperismo da classificação dos liquens que são

encontrados nos Caldeirões em particularmente no leito rochoso do Riacho Doce são

de formas diversas comuns a regiões do semi-árido do Brasil por fazerem parte de um

afloramento rochoso de rios intermitentes que neste caso é verificado no Riacho Doce

em Lajedo- PE.

Estes líquenes têm ás estruturas e formas variadas dependendo dos tipos de

fungos ou bactérias que se instalam nas rochas e também é observada a coloração

da cor laranja típica de uma região quente que neste caso encontrado nos Caldeirões

em seu solo rochoso. A decomposição químico-biológica – segundo Leinz e Amaral

(2001, p.64-65), “os primeiros atacantes de uma rocha expostas às intempéries são

bactérias e fungos microscópicos. Vêm a seguir os liquens, depois as algas e musgos,

formando e preparando o solo para as plantas superiores.” O metabolismo desses

seres segrega gás carbônico, nitratos, ácidos orgânicos etc. que são incorporados às

soluções que per colam os solos e atingem as zonas de intempérie das rochas.

Page 60: TCC- Odilon Lima -2015

60

Figura 43. Formação de liquens na rocha granítica no leito rochoso dos Caldeirões em Lajedo- PE,

esse tipo que ocorre na parte mais exposta da rocha.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

5.10 Colônias de Liquens no leito rochoso dos Caldeirões

Essa estrutura em qual se apresenta a colônia de liquens é ocorrido devido

acidez das rochas, o contato com ás águas das chuvas que resfria as rochas desta

forma, surgem os fungos e bactérias e consequentemente os liquens em grande

escala superficial. Os liquens são seres vivos muito simples que constituem uma

simbiose de um organismo formado por um fungo(o micobionte) e uma alga ou

cianobactéria (o fotobionte), (DEL MORO, 1998 p.90-91).

Figura 44. Colônia de liquens no leito rochoso dos Caldeirões. A cor varia em função da concentração.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

Page 61: TCC- Odilon Lima -2015

61

6. O Ciclo erosivo e o intemperismo nos caldeirões no leito rochoso do Riacho

Doce.

Quanto ao intemperismo observou-se que são fenômenos erosivos e que na

área em estudo manifesta-se primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que

em um primeiro momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios

denominados Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo

biológico.

As formas de relevo denominadas Oriçangas, Marmitas e Caldeirões se

diferenciam em relação aos aspectos qualitativos dimensionais, mas a luz da teoria

quem compõe o ciclo do relevo são fases complementares de um ciclo evolutivo.

Entretanto os processos de intemperismo principalmente o biológico não é sequencial,

e pode aparecer independente e cada uma dessas formas de relevo. Dessa forma

pode ser encontrado desenvolvimento de vegetação em Oriçangas, em Marmitas e

em Caldeirões (Figura 45).

Figura 45: A esquerda a formação de oriçangas. A direita oriçangas sob ação do intemperismo quimico.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015.

Por sua vez as marmitas são consequencia da evolução das oriçangas e que

se desenvolve com ação erosiva combinados das chuvas, correntezas de águas no

períodos de chuvas por efito de turbihonamento que usam as particulas de areia em

suspensão e em atrito nos orifícios provocam o seu alargamento. Em outro momento

após as enxuradas essas mesmas águas em momento de menor velocidade podem

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62

depositar seu sedimentos em suspensão nessas formaçãoe que mais tarde vai ser

ocupado pela vegetação (Figura 46).

Figura 46: Observa-se a esquerda uma marmita oriunda da evolução de uma oriçanga. Ao lado e a

direita uma marmita ocupada por sedimentos carreados e soba ação biologica ou intemperismo.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de - Pesquisa de campo em 06/07/2015.

Por fim as marmitas evoluem para uma forma mais alargada denominadas

calderão. Um caldeirão pode variam de tamanho, mas sempre se destacam pelo fato

de permitir grande quantidade de armazenamento de água em sua forma.

Figura 47: A esquerda um caldeirão com água das chuvas; á direita a sedimentação de um caldeirão

e o consequente intemperismo químico e biológico.

Autor: Lima, Josenildo Odilon de- Pesquisa de campo em 06/07/2015

Page 63: TCC- Odilon Lima -2015

63

No passado quando a ocupação do interior e durante o periodo do fim das

chuvas, esses ambientes naturais serviam de abrigo de animais e pessoas que se

serviam de suas águas. Esses caldeirões quando passam por enchentes do rios

serem assoreados, quando isso ocorre se desenvolvem vegetação, primeiro uma do

tipo pastosa e aqúatica e em outro momento o sua completa ocupação por

vegetação.

Entretanto esses fenômenos estudados, a saber: os geológicos, os

intempericos e o ciclo das Oriçangas não se manifestam isoladamente e sim

combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados

fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do

intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas.

Page 64: TCC- Odilon Lima -2015

64

7. CONCLUSÕES

Como resultado das pesquisas bibliográficas e da pesquisa de campo

realizados na área denominada Caldeirões rochosos do Riacho Doce de Lajedo- PE,

foi possível observar nitidamente três condições geológicas e geomorfológicas que

permitiu classificar como resultados de campo. Alguns desses resultados inseridos no

campo da geologia denominado agentes externos do relevo, como é o caso do

intemperismo, como são os casos dos Físicos, Químicos e Biológicos. A outras na

área ligada aos agentes internos denominados de fenômenos geológicos, como é o

caso das falhas e intrusões e por fim na forma de relevo, essas aparecem em três

tipos: Oriçangas, Marmitas e Caldeirões, que combinam em três distintas fases

completares de um ciclo evolutivo.

Quanto ao intemperismo observou-se que esses fenômenos intempericos

manifesta-se primeiramente na forma de liquens e suas colônias, que em um primeiro

momento ocupam os orifícios das Oriçangas, e depois esses orifícios denominados

Oriçangas ficam submetidos a ação vem a constituir o intemperismo biológico. A ação

do intemperismo também pode ser observada em falhas geológicas, e ocupação de

marmitas e caldeirões sedimentados principalmente nos períodos de longa ausência

de chuvas.

Entretanto esses fenômenos não se manifestam isoladamente e sim

combinados. Nesse processo as falhas e as intrusões que são denominados

fenômenos internos antecedem os processos erosivos como é o caso do

intemperismo, que atuam principalmente nas falhas e nas intrusões magmáticas. A

partir desses fenômenos internos sabe que ás falhas e as intrusões, abrem o caminho

para que os agentes externos iniciem sua ação erosiva, a saber, a água da chuva, a

variação térmica em consequência da incidência da energia solar, e por fim o processo

de ação biológico manifestado nas erosões e povoamento de liquens e vegetação. O

que permite afirmar que o Ciclo do Relevo é uma teoria que pode ser aplicado ao local

dos Caldeirões e que o relevo local ainda continua em uma dinâmica de evolução.

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