tcc orçamentação, planejamento e preço de venda na construção civil (diego godoi)
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tese sobre planejamento e orçamento de obras residenciais multifamiliaresTRANSCRIPT
1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PASSOS
FACULDADE DE ENGENHARIA DE PASSOS
ORÇAMENTAÇÃO, PLANEJAMENTO E PREÇO DE VENDA NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
DIEGO HENRIQUE GODOI OLEGÁRIO
PASSOS - MG
2008
2
ORÇAMENTAÇÃO, PLANEJAMENTO E PREÇO DE VENDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
DIEGO HENRIQUE GODOI OLEGÁRIO
Monografia apresentada à Faculdade de
Engenharia de Passos da Universidade
do Estado de Minas Gerais, como parte
dos requisitos para obtenção do título de
graduado em Engenharia Civil.
ORIENTADOR: Prof. ANTÔNIO ROGÉRIO DANIEL
PASSOS - MG
2008
3
Catalogação na fonte Biblioteca Central da FESP
Olegário, Diego Henrique Godoi O45o Orçamento, planejamento e preço de venda na construção civil [manuscrito] / Diego Henrique Godoi Olegário. – 2008. 113 f. + anexos, enc. Orientador : Antônio Rogério Daniel. Monografia (graduação) – Fundação de Ensino Superior de Passos, Universidade do Estado de Minas Gerais, Faculdade de Engenharia, para obtenção do título de Engenheiro Civil. Bibliografia : f. 113.
1. Orçamento. 2. Planejamento. 3. Custos de obras. 4. Preço de venda. I. Daniel, Antônio Rogério. II. Fundação de Ensino
Superior de Passos. Universidade do Estado de Minas Gerais.
Faculdade de Engenharia. III. Título.
CDU- 69
4
Dedico este trabalho aos meus pais,
Eustáquio Olegário de Moraes (em
memória) e Ildani Godoi de Moraes por
sempre me mostrarem o caminho certo e
pelo apoio que nunca faltou.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus, que me concedeu o dom da vida e graça de poder estar aqui
concluindo mais esta etapa da minha caminhada;
Aos meus pais, os quais constituíram os alicerces a partir do qual venho
edificando a minha vida, além de possibilitar percorrer o longo caminho para
acrescentar mais este tijolo à minha obra;
Ao Professor Antônio Rogério Daniel, pelos ensinamentos e pela orientação na
realização desse trabalho;
Aos professores da nossa turma, pelo exemplo, carinho, dedicação e
competência com que fizeram deste curso uma experiência inesquecível para minha
vida;
Aos colegas da turma, junto com os quais tive a oportunidade de compartilhar
grandes alegrias e aprender muito de todos.
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SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
1 – INTRODUÇÃO ...........................................................................................
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................
2.1 – Planejamento e orçamento de obras ......................................................
2.1.1 – Conceito de planejamento .......................................................
2.1.2 – Importância e vantagens do planejamento ..............................
2.1.3 – Relações do planejamento com o custo final da obra .............
2.1.4 – Conceito de orçamento ............................................................
2.1.5 – Importância e vantagens do orçamento ...................................
2.1.6 – Relações do orçamento com o custo final da obra ..................
2.2 – O planejamento e orçamento na implantação de uma obra ...................
2.2.1 – Planejamento de projetos ........................................................
2.3 – Elaboração orçamentária de uma obra na construção civil ....................
2.3.1 – Organização orçamentária de uma obra ..................................
2.3.2 – Codificação de serviços e custos de uma obra ........................
2.4 – Os componentes do preço ......................................................................
2.4.1 – Custos diretos de uma obra .....................................................
2.4.2 – Custos indiretos de uma obra ..................................................
2.4.3 – Custos acessórios de uma obra ...............................................
2.4.4 – Correção monetária .................................................................
2.4.5 – O lucro ......................................................................................
2.5 – BDI (Benefício e Despesas Indiretas) .....................................................
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2.6 – Gerenciamento de custos .......................................................................
2.6.1 – Captação de recursos ..............................................................
2.6.2 – Estimativa de custos ................................................................
2.6.3 – Controle dos custos e plano de contas ....................................
2.7 – Análise de risco em projetos e obras ......................................................
2.8 – Relação tempo-custo em projetos ..........................................................
2.9 – Preço de venda da obra ..........................................................................
2.9.1 – Formação do preço de venda do empreendimento ..................
2.9.2 – Módulo de venda do empreendimento .....................................
2.9.3 – Viabilidade da construção ........................................................
3 – MATERIAIS E MÉTODOS .........................................................................
3.1 – Contexto da pesquisa e descrição da área de estudo ................
3.2 – Amostra da pesquisa (edificação) ...............................................
3.3 – Procedimentos de coleta de dados .............................................
3.4 – Procedimentos informatizados de manipulação de dados ..........
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ...............................................................
4.1 – Valores unitários .........................................................................
4.2 – Quantificação de serviços ..........................................................
4.3 – Cronograma físico-financeiro .....................................................
5 – ANÁLISES DOS RESULTADOS ...............................................................
5.1 – Valor total de produção ...............................................................
5.2 – Composição do lucro ..................................................................
5.3 – Preço de venda da obra ..............................................................
6 – CONCLUSÃO ............................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................
ANEXOS
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Fluxograma simplificado de uma obra (Assed,1986) ...........................
Figura 02: Exemplo de seqüência lógica de atividades de um empreendimento
(Varalla, 2003)........................................................................................................
Figura 03: Exemplo de seqüência lógica de atividades de uma obra
(Varalla, 2003)........................................................................................................
Figura 04: Divisão de trabalhos (Halpin & Woodhead, 2004)................................
Figura 05: Principais aspectos de um projeto (Woiler & Mathias, 1996)...............
Figura 06: Esquema dos principais passos para a organização orçamentária de
uma obra (Halpin & Woodhead, 2004)...................................................................
Figura 07: A estrutura de um setor de planejamento técnico (Goldman, 1997)....
Figura 08: Fluxograma de composição de custos (Dias, 2005).............................
Figura 09: Variação tempo-custo (Limmer, 1997)..................................................
Figura 10: Custo marginal de aceleração (Limmer, 1997).....................................
Figura 11: Rede de atividades e variação UC/UT por atividade (Limmer, 1997)...
Figura 12: Cronograma de barras (Limmer, 1997)................................................
Figura 13: Controle de prazos – Curva S (Limmer, 1997).....................................
Figura 14: Cronograma de barras do 3º. Nível da EAP (Limmer, 1997)................
Figura 15: Estrutura de custos de uma obra (Gehbauer, 2002)............................
Figura 16: Representação esquemática do cálculo de custos a partir do preço
da proposta (Gehbauer, 2002)...............................................................................
Figura 17: Resumo geral dos procedimentos da orçamentação (Gehbauer,
2002)......................................................................................................................
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Participação de cada etapa da obra no custo de construções
(modificado de Mascaró, 1985 apud Varalla, 2003)..............................................
Tabela 02: Custos indiretos da obra, dependentes e independentes do tempo
gasto no serviço (Gehbauer, 2002)........................................................................
Tabela 03: Contratos por Empreitada (TCPO, 2008).............................................
Tabela 04: Contratos por Administração (TCPO, 2008)........................................
Tabela 05: Faixas de lucro orçado (Silva, 2006)...................................................
Tabela 06: Itens de situações previsíveis (Silva, 2006).........................................
Tabela 07: Itens de riscos propriamente ditos (Silva, 2006)..................................
Tabela 08: Itens de incertezas econômicas (Silva, 2006)......................................
Tabela 09: Itens de incertezas de força maior (Silva, 2006)..................................
Tabela 10: Objetivos dos responsáveis pela execução e pelo estudo de
viabilidade do empreendimento (Gehbauer, 2002)................................................
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RESUMO
Olegário, D. H. G. (2008) Orçamentação, planejamento e preço de venda na
construção civil, 2008. 113p. Monografia (Graduação) – Faculdade de Engenharia
de Passos – Universidade do Estado de Minas Gerais.
O estudo dos custos para a construção de um empreendimento civil,
bem como o cálculo de seu lucro ou benefício, que por fim, é transformado em preço
de venda são os objetivos principais desta pesquisa. Partindo de um estudo de
bibliografias técnicas sobre planejamento e gerenciamento financeiro no atual
mercado brasileiro de construção civil, este trabalho baseia-se no levantamento
quantitativo dos insumos necessários à execução da obra assim como seu
cronograma físico-financeiro, obtendo o valor total de produção, e assim, a
composição do lucro e preço de venda do empreendimento.
PALAVRAS CHAVE: orçamento, planejamento, custos de obras, preço de venda.
11
1 – INTRODUÇÃO
A construção civil representa uma grande contribuição para a economia
brasileira, participando ativamente no desenvolvimento da nação, e encontra-se
diretamente relacionada aos setores econômico e financeiro do país que definem a
estabilidade, os investimentos e o desenvolvimento das empresas e profissionais de
vários setores.
As empresas construtoras buscam diminuir custos e competir no mercado, e
têm direcionado seus esforços aos setores de planejamento e orçamento de seus
empreendimentos para que os resultados sejam economicamente positivos.
Atualmente o processo de planejamento e gerenciamento de um
empreendimento de construção civil é fator determinante de lucro ou prejuízo, e
define o futuro da empresa empreendedora no mercado da construção civil.
A indústria da construção civil passa por um longo ciclo de transformação no
que se referem aos processos, tecnologias e metodologias de execução, com
reflexos imediatos no aumento da produtividade e na capacitação de pessoal.
A preparação de um orçamento é fundamental para o sucesso de
construtores, incorporadores e contratantes de obras públicas ou privadas, o
orçamento não constitui um exercício de futurologia ou de adivinhação. Por isso,
manter uma base de composição confiável é primordial para a elaboração de um
bom orçamento.
A engenharia de custos não termina com a previsão de custos de
investimentos, prossegue, necessariamente na fase de construção, com o mesmo
rigor, através do planejamento, controle, acompanhamento de custos e definição dos
custos de manutenção das mesmas.
Serve ainda para a montagem de bancos de dados com as composições
analíticas de custo de interesse da empresa, com base nos resultados obtidos nas
obras que vão sendo executadas, uma vez que isto virá consolidar o trabalho de
estimativas de custo de futuras obras.
Neste contexto, procura-se estabelecer neste trabalho um sistema de
controle de custos, tendo por finalidade, dar noções do seu dimensionamento em
uma fase de esforço econômico e de concentração de recursos, ou de
investimentos, que uma vez implementados, permitirão a geração de benefícios, ou
seja, do lucro de um empreendimento civil.
12
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 – Planejamento e orçamento de obras
2.1.1 – Conceito de planejamento
Varalla (2003) define que planejar é estabelecer, antecipadamente, com as
informações fornecidas na atualidade, o que se imagina ser a melhor seqüência de
atividades e a melhor forma de utilização dos recursos, de maneira a não haver
interrupções durante o processo de produção da edificação.
Em contraponto, Ackoff (1970, apud Limmer, 1997) considera que
planejamento é o que se faz antes de agir, ou seja, é a tomada antecipada de
decisões. Afirma ainda que o planejamento se destina a prever as situações futuras
e a antecipar as ações futuras que ocorrerão para a execução da tarefa. Limmer
(1997) complementa que planejamento é “o processo por meio do qual se
estabelecem objetivos, discutem-se expectativas de ocorrências de situações
previstas, veiculam-se informações e comunicam-se resultados pretendidos entre
pessoas, entre unidades de trabalho, entre departamentos de uma empresa e,
mesmo, entre empresas”.
Assed (1986) complementa ainda, que o planejamento é a função
administrativa que compreende a seleção de objetivos, diretrizes, planos, processos
e programas, e que tais funções devem ser efetuadas utilizando-se da lógica
operacional do empreendimento, buscando adaptar o planejamento aos efeitos das
interações das atividades.
2.1.2 – Importância e vantagens do planejamento
Conforme Goldman (1997), o planejamento é essencial ao sucesso de um
empreendimento de construção civil, e considera necessária a criação de um
sistema capaz de garantir o cumprimento das metas preestabelecidas para a
execução do empreendimento.
De acordo com Assed (1986), podem ocorrer prejuízos para os resultados
finais de um empreendimento quando o planejamento não é bem detalhado e
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estudado. A sistematização do processo construtivo possibilita a atualização das
informações necessárias às tomadas de decisões a tempo de realimentar o setor de
planejamento e orçamento da obra. A figura 1 apresenta o fluxograma simplificado
da organização de uma obra.
Figura 01: Fluxograma simplificado de uma obra (Assed, 1986).
Krick (1970) afirma que existem muitas maneiras de se atingir o resultado
desejado, mas que é muito importante e necessário encontrar dentre as várias
alternativas possíveis, a melhor forma de realizar a atividade proposta.
14
2.1.3 – Relações do planejamento com o custo final da obra
Segundo Assed (1986), o custo de uma obra decresce à medida que ela é
planejada e controlada, pois se eliminam custos adicionais provenientes de
improvisações, perdas, baixa produtividade e acidentes. Mas afirma que planejar e
controlar também implica despesas que não podem ultrapassar os limites razoáveis.
Goldman (1997) afirma que a sistematização do planejamento da obra em
conjunto com escolhas econômicas para as diversas especificações de materiais,
reduz custos e promove a evolução financeira e tecnológica das empresas
construtoras.
2.1.4 – Conceito de orçamento
Limmer (1997) define orçamento como sendo “o processo por meio do qual
se determinam os gastos necessários para a realização de um empreendimento, de
acordo com um plano de execução previamente estabelecido, gastos esses
traduzidos em termos quantitativos”, e Hollanda (s/d, apud Varalla, 2003)
complementa que orçamento é o cálculo dos gastos para realização de uma obra.
Em contraponto, Varalla (2003) define orçamento como sendo uma
ferramenta a ser elaborada antes que a construção aconteça, e não durante ou
depois de sua realização. E Giammusso (1991, apud Varalla, 2003), o define como
sendo a determinação do custo de um empreendimento antes de sua realização.
Para TCPO (2008), Orçamento é o cálculo que se faz para determinar todos
os gastos de uma obra ou de um serviço de construção.
Assed (1986) complementa que orçamento é a previsão do custo total da
construção a partir da fragmentação da obra em busca do custo unitário de cada
tarefa. Para a composição do custo total, multiplicam-se as quantidades previstas de
cada tarefa pelo seu custo unitário.
TCPO (2008) considera dois tipos de orçamento:
- Orçamento estimativo: quando é calculado com base no Projeto Básico
sem se ater a detalhes da construção e sujeito a alterações posteriores;
- Orçamento definitivo: quando calculado com base em Projeto Executivo
completo com todos os projetos complementares definitivos.
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TCPO (2008) afirma ainda que Orçamento é composto de duas partes:
- Custo Direto que designamos simplesmente por CD – é representado por
todos os valores constantes da planilha de custos;
- BDI – é uma margem que se adiciona ao Custo Direto para determinar o
valor do Orçamento.
2.1.5 – Importância e vantagens do orçamento
De acordo com Goldman (1997), o orçamento é uma das primeiras
informações que o empreendedor deseja conhecer sobre a obra, seja um
empreendimento com fins lucrativos ou não. A construção civil implica custos
consideráveis e que devem ser determinados para que, em função de seu valor, o
empreendimento estudado seja viável ou não.
Segundo TCPO (2008), pode-se dizer que para montar um orçamento é
necessário conhecer os coeficientes de produtividade da mão-de-obra, consumo de
materiais e consumo horário dos equipamentos utilizados para fazer os serviços de
obra.
TCPO (2008) afirma que além desses consumos são necessários os preços
unitários de cada insumo, que podem ser consultados na revista “Construção
Mercado” (ou ser pesquisados diretamente no mercado), e as quantidades de
serviço envolvidas na obra. A multiplicação do consumo pelo custo unitário e pelas
quantidades de serviços da obra nos dará o custo diretamente utilizado na produção
de cada um dos serviços de construção.
Goldman (1997) afirma que a partir do orçamento detalhado de uma obra é
que se faz o cronograma financeiro que, em geral, é o item utilizado pela construtora
para a previsão de fluxo de desembolso para o período de execução do
empreendimento. Considera ainda, que sem o cronograma físico-financeiro torna-se
impossível executar a obra com boa margem de fidelidade ao que foi planejado.
2.1.6 – Relações do orçamento com o custo final da obra
Assed (1986) considera que o cálculo do orçamento deve compreender
todas as despesas da obra, dividindo os custos em dois grupos:
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- custos empresariais que compreendem os custos administrativos,
comerciais, tributários e financeiros;
- custos de produção que compreendem os custos necessários à produção
da obra (mão-de-obra, materiais de construção e equipamentos).
Para Cyrillo & Sáfadi (2001), por mais que se planeje uma obra, no decorrer
de sua execução pode haver imprevistos. As utilizações de mãos-de-obra
desqualificadas e materiais inadequados (ou não especificados em projeto) são
fatores que afetam a estrutura do planejamento e do orçamento da obra, podendo
causar prejuízos.
Halpin & Woodhead (2004) afirmam que uma boa estimativa de preços é a
chave para um bom trabalho e para um controle de custos bem-sucedido. Essa
estimativa representa o planejamento de custos que será seguido pelo empreiteiro e
que o ajudará na obtenção de lucro. Se o planejamento de custos não for realista ou
contiver erros básicos, o empreiteiro perderá dinheiro no empreendimento.
Segundo Halpin & Woodhead (2004), estudos indicam que uma das
principais razões para a falência de empresas de construção civil é a prática não
realista de orçamento de obras, portanto, deve-se adotar um procedimento
consistente para a elaboração de orçamentos, pois esse procedimento é fator
importante para a minimização de erros e para a obtenção de resultados confiáveis.
2.2 – O planejamento e o orçamento na implantação de uma obra
Segundo Limmer (1997), a execução de uma obra de construção civil é um
sistema de produção onde o produto fica fixo no local de sua produção, e os
insumos (mão-de-obra, materiais de construção e equipamentos) é que são
deslocados em torno do produto (edificação).
Varalla (2003) considera que ao estar em poder das informações do projeto,
ao ter definido os responsáveis para cada área e ao estarem disponíveis os recursos
previstos no orçamento, deve-se definir a seqüência lógica das atividades, tais como
exemplos apresentados pelas figuras 2 e 3.
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Figura 02: Exemplo de seqüência lógica de atividades de um empreendimento
(Varalla, 2003).
Figura 03: Exemplo de seqüência lógica de atividades de uma obra (Varalla, 2003).
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Segundo TCPO (2008), após os cálculos dos custos diretos (mão-de-obra,
materiais, equipamentos e leis sociais), necessita-se apurar os custos indiretos
envolvidos na administração dos negócios da empresa executante. Tais custos são
geralmente chamados de BDI (benefício e despesas indiretas).
De acordo com Varalla (2003), no orçamento são definidos os custos totais
previstos para a construção (custos diretos e indiretos), ou seja, definem-se as
quantidades de cada um dos vários serviços, materiais e equipamentos necessários
à execução da obra.
Conforme TCPO (2008), para a aplicação de uma taxa de BDI, deve-se
considerar as particularidades da administração e da estrutura financeira de cada
empresa, para que não haja influências negativas na definição do preço final da
construção a ser cobrado pela empresa construtora.
Varalla (2003) afirma que a estimativa preliminar de custos define a ordem
de grandeza dos investimentos necessários à execução de cada etapa do
empreendimento, e para essa estimativa, recomenda a utilização de informações e
índices de custos provenientes de publicações especializadas e de construções
semelhantes já executadas pela empresa. A tabela 1 apresenta um modelo de
participação de cada etapa dentro da previsão de custo da obra.
Tabela 01: Participação de cada etapa da obra no custo de construções (modificado
de Mascaró, 1985 apud Varalla, 2003).
Item Participação sobre
o custo total (%)
Observações
Canteiro de obras 5,09 Amortização dos equipamentos
0,44%; trabalhos preliminares
0,48%; previdência 1,25%; seguros
e vigilância 2,26% e vários 0,66%.
Fundações 4,48 Fundações diretas.
Estrutura resistente
(sem fundações)
20,13 Lajes, vigas, pilares e paredes de
contraventamento.
Contrapisos 2,22 Contrapisos em geral.
Alvenarias e 8,72 Impermeabilização 0,30%
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impermeabilização (incluindo cobertura).
Acabamentos
verticais
14,49 Rebocos exteriores 3,49%; rebocos
interiores 5,24%; revestimentos
1,65%; pintura 3,18%; e rodapés
0,93%.
Acabamentos
horizontais
6,99 Forros 2,06%; terraços 0,71%;
soleiras 0,42%; e pisos 3,80%.
Esquadrias internas e
externas
14,14 Internas em madeira 8,21%;
externas metálicas 5,32%; e vidros
0,61%.
Instalações sanitárias
e contra incêndio
8,22 Aparelhos das instalações.
Instalações de gás 4,69 Aparelhos das instalações.
Instalações elétricas 5,45 Aparelhos das instalações.
Elevadores 4,79 Elevadores para 4 pessoas,
45m/min.; portas telescópicas; e
comando simples.
Compactador de lixo 0,59 Aparelhos das instalações.
Para Goldman (1997), o setor de planejamento deve buscar o máximo de
informações dos outros setores do empreendimento, para que o planejamento da
obra considere todos os detalhes referentes à execução e conclusão do projeto.
Dias (2005) considera que os processos de planejamento de projetos e
racionalização da produção de edifícios devem buscar diminuir o desperdício de
matérias, mão-de-obra e tempo (o que certamente diminuiria significativamente os
custos do empreendimento).
2.2.1 – Planejamento de projetos
Halpin & Woodhead (2004) afirmam que no planejamento de um projeto, o
trabalho é dividido em vários pacotes (ver fluxograma ilustrativo da figura 4) ou
atividades que definem o cronograma (duração de cada uma das atividades) e os
prazos para desembolso dos valores previstos no orçamento do projeto.
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Goldman (1997) considera que o planejamento dos projetos determina as
especificações técnicas do empreendimento, tais como:
- equipes de trabalho;
- equipamentos e ferramentas a serem utilizados;
- sistemas de execução de serviços;
- previsões de entrega de materiais;
- e programação detalhada do andamento físico da obra.
Segundo Halpin & Woodhead (2004), para o desenvolvimento de projetos
de construção civil, deve-se respeitar a seguinte seqüência:
1- o proprietário (ou empreendedor) identifica a necessidade do
empreendimento;
2- desenvolvem-se os estudos de viabilidade inicial e projeções de custos;
3- a partir dos estudos iniciais, decide-se a continuação ou o
encerramento do empreendimento;
4- define-se o projeto básico de forma a incluir uma estimativa
aproximada de custo;
5- o empreendedor aceita ou recusa o empreendimento (ao aceitar,
define-se o projeto final);
6- com base nos elementos que compõem o projeto final faz-se o
levantamento final de custos;
7- iniciam-se os processos de planejamento e definição do cronograma
físico-financeiro;
8- executa-se a obra respeitando o orçamento e o cronograma físico-
financeiro;
9- o trabalho finalizado fica a disposição para uso e ocupação;
10- a obra está em utilização e é mantida durante a vida útil especificada
no projeto.
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Figura 04: Divisão de trabalhos (Halpin & Woodhead, 2004).
Para Woiler & Mathias (1996), a elaboração e análise de um projeto de
engenharia envolvem uma série de etapas interativas que devem ser bem
ordenadas de forma a balancear e equilibrar os diferentes setores do
empreendimento. Apresentam na figura 5 os principais aspectos a serem
observados na elaboração de projetos.
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Figura 05: Principais aspectos de um projeto (Woiler & Mathias, 1996).
23
2.3 – Elaboração orçamentária de uma obra
Segundo Halpin & Woodhead (2004), a elaboração do orçamento de uma
obra deve seguir uma seqüência lógica das tarefas e processos de trabalho, que
formam uma operação de construção com elementos de modelagem para as
estruturas de operação das construções.
Segundo Vieira Netto (1993), o orçamento deve estar a cargo de uma
equipe formada por profissionais certos nas posições compatíveis com seus perfis
de desempenho, para que os problemas enfrentados sejam resolvidos com eficácia
e nas necessidades do proprietário.
2.3.1 – Organização orçamentária de uma obra
Para Halpin & Woodhead (2004), o projeto, a implementação e a
manutenção de um sistema de controle de custos de empreendimentos de
engenharia, podem ser considerados os diferenciais de uma obra de engenharia no
que diz respeito ao sucesso financeiro do empreendimento.
Halpin & Woodhead (2004) apresentam na figura 6 o esquema dos
principais passos para a organização orçamentária de uma obra de engenharia.
Para Vieira Netto (1993), o gerenciamento orçamentário deve ser feito por
grupos preparados para desempenhar essas funções específicas, e esses
profissionais devem ser conhecedores de técnicas apropriadas e estar prontos em
deslocarem-se em suas áreas de atuação, desde as fases de concepção,
viabilidade, projetos básicos, execução e fiscalização.
Vieira Netto (1993) considera que para o dimensionamento dos recursos,
deve-se analisar os seguintes itens:
- produtividade horária da mão-de-obra;
- índice de consumo de materiais básicos;
- produtividade horária dos equipamentos;
- cronograma físico dos serviços.
24
Figura 06: Esquema dos principais passos para a organização orçamentária de uma
obra (Halpin & Woodhead, 2004).
Para Goldman (1997), o planejamento se constitui hoje em um dos
principais fatores para o sucesso de qualquer empreendimento. Na construção
predial, faz-se necessário um sistema que possa canalizar informações e
conhecimentos dos mais diversos setores e, posteriormente, direcioná-los de tal
forma que todas essas informações e conhecimentos sejam utilizados para a
construção.
Segundo Goldman (1997), o setor de planejamento técnico (ver figura 7)
surge exatamente desta necessidade de organização, deste complexo que é um
empreendimento de construção predial.
25
Figura 07: A estrutura de um setor de planejamento técnico (Goldman, 1997).
2.3.2 – Codificação de serviços e custos de uma obra
Segundo Halpin & Woodhead (2004), existem vários sistemas de
codificação de custos e algumas organizações, como a: (American Road Builders
Association Specifications Institute) que publicam planilhas padronizadas para a
composição de custos.
Halpin & Woodhead (2004) complementam que muitas indústrias utilizam
códigos de custos com foco nas contas de toda a companhia enfatizando a geração
de despesas com base na divisão da empresa em departamentos. E em empresas
de construção, os códigos para os custos têm uma seqüência estruturada que
correspondem à ordem em que aparecem os diversos tipos de processos de
construção, típicos das atividades de construção da companhia.
De acordo com Halpin & Woodhead (2004), o primeiro passo para se
estabelecer um sistema de controle é a criação de uma tabela de custos que divide
o empreendimento em unidades de controle significativas, cada uma delas
consistindo em certo tipo de trabalho que pode ser medido no campo.
Conforme Halpin & Woodhead (2004), as empresas construtoras utilizam
códigos detalhados de custos de empreendimentos. E esse método reconhece o
fato de que os trabalhos de construção seguem um projeto, e que para alcançar a
26
meta do gerenciamento de custos de maximização dos lucros, deve-se considerar
os empreendimentos individualmente.
Segundo Gehbauer (2002), o princípio básico utilizado no método de
orçamentação é de que todos os custos decorrentes da execução de um produto
devem ser incluídos nos cálculos do custo final desta produção.
Gehbauer (2002) afirma que isto é de grande importância nos cálculos de
uma construção, pois as quantidades descritas no caderno de encargos ou na lista
dos serviços a serem realizados, geralmente não coincidem com aquelas que foram
realmente empregadas na execução dos serviços. É necessário que os custos dos
serviços realizados sejam ordenados o mais exatamente possível de acordo com a
sua origem, para que, no caso de desvios em relação às quantidades/custos
calculados, todos os custos ocorridos possam ser controlados.
Para TCPO (2008), existem alguns documentos necessários à montagem
do orçamento, sendo:
- Projetos executivos de todos os elementos da obra ou serviço, necessários
à exata execução técnica e artística da edificação;
- Memorial descritivo que tem por objetivo caracterizar as condições e
métodos de execução e o padrão de acabamento para cada tipo de serviço,
indicando os locais de aplicação deles;
- Condições contratuais claras, inclusive com critérios de medição, definição
de responsabilidades, definindo demais fatores que possam influenciar no
custo total.
2.4 – Os componentes do preço
Para TCPO (2008), a classificação técnica dos componentes do preço é
composta de três categorias, diferenciadas pelas suas bases de cálculo, a saber:
a) Custo direto: o gasto direto ou facilmente correlacionado com a
quantidade do serviço de construção;
b) Despesa indireta: o gasto vinculado ao tempo, às contingências ou ainda
ao próprio preço, devido ao fato de não variar diretamente com a
quantidade de cada serviço em particular;
c) Benefício: margem de segurança vinculada a um conjunto de custos
diretos e despesas indiretas, reservada para possibilitar a superação das
27
incertezas do contrato de construção e recompensar a construtora pelos
serviços prestados.
Limmer (1997) afirma que um orçamento pode ser definido como a
determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo
com um plano de execução previamente estabelecido e, gastos esses traduzidos em
termos quantitativos.
Um orçamento de um projeto deve satisfazer aos seguintes objetivos:
- definir o custo de execução de cada atividade ou serviço;
- constituir-se em documento contratual, servindo de base para o
faturamento da empresa executora do projeto, empreendimento ou obra, e
para dirimir dúvidas ou omissões quanto a pagamentos;
- servir como referência na análise dos rendimentos obtidos dos recursos
empregados na execução do projeto;
- fornecer, como instrumento de controle da execução do projeto,
informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis,
visando ao aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da
empresa executora do projeto no mercado.
Segundo Silva (2006), custo é o esforço empregado na produção de bens
ou serviços, ou a importância com que se adquirem bens ou serviços. Despesa é o
desembolso de dinheiro, o ato ou efeito de gastar.
TCPO (2008) afirma que os maiores tratadistas da Contabilidade de Custos
estabelecem a seguinte definição para o custo e despesa:
Custo é todo gasto envolvido na produção:
- todos os insumos (mão-de-obra, materiais e equipamentos);
- toda a infra-estrutura necessária para a produção (canteiros, administração
local, mobilização e desmobilização, etc.).
Despesa é todo o gasto necessário para a comercialização do produto:
- gastos com a administração central e financeira;
- gastos com pagamento de tributos;
- gastos de comercialização (participação em licitações, remuneração de
agentes comerciais, viagens, propostas técnicas, etc.).
Também a TCPO (2008) diferencia custo de preço, definindo custo, como
sendo o resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários
para a construção mais os custos de infra-estrutura necessária para a realização de
28
uma obra. E preço ou preço de venda é o valor monetário do custo acrescido do
BDI.
Conforme Tisaka (2006), o orçamento para a execução de obras e serviços
na construção civil é composto pelos seguintes elementos ou etapas de cálculo:
a) Cálculo do Custo Direto: despesas com material e mão-de-obra que
serão incorporadas ao estado físico da obra. Despesas da administração
local, instalação do canteiro de obras e sua manutenção, mobilização e
desmobilização.
b) Cálculo das Despesas Indiretas: despesas que, embora não
incorporadas à obra, são necessárias para sua execução, mais os
impostos, taxas e contribuições.
c) Cálculo do Benefício ou Lucro: previsão de benefício ou lucro esperado
pelo construtor mais uma taxa de despesas comerciais e reserva de
contingência.
Parga (2003) aponta cinco grupos distintos de custos: os custos diretos, os
custos indiretos, os custos acessórios, correção monetária e o lucro.
2.4.1 – Custos diretos de uma obra
Limmer (1997) define custo direto, como sendo o custo dos insumos que
são agregados ao produto, isto é, os que são incorporados ao mesmo. Esses gastos
têm origem na mão-de-obra, materiais e, ainda, equipamentos e meios,
incorporados ou não ao produto.
Assim, de acordo com Parga (2003), os custos diretos estão ligados
intimamente e diretamente, ao serviço que se executa e sua avaliação obtida das
quantidades previstas no projeto.
De acordo com Gehbauer (2002), os custos diretos estão diretamente
relacionados com a produção ou execução de um determinado serviço. Destes
custos fazem parte os custos salariais, custos de materiais de construção, custos de
equipamentos, etc.
Para Tisaka (2006), as despesas ou custos diretos são todos os custos
diretamente envolvidos na produção da obra, que são os insumos constituídos por
materiais, mão-de-obra e equipamentos auxiliares, mais toda a infra-estrutura de
apoio necessária para a sua execução no ambiente da obra.
29
Estes custos diretos são representados numa planilha de custos, em que
fazem parte:
- quantitativos de todos os serviços e respectivos custos obtidos através da
composição de custos unitários;
- custo de preparação do canteiro de obras, sua mobilização e
desmobilização;
- custos de administração local com previsão de gastos com o pessoal
técnico (encarregado, mestre de obras, engenheiro, etc.), administrativo
(encarregado do escritório, de higiene e segurança, apontador, escriturário,
motorista, vigia, porteiro, etc.) e de apoio (almoxarife, mecânico de manutenção,
enfermeiro, etc.).
Silva (2006) relata que o custo direto é orçado ou estimado, fato que por si
só, já introduz um grau de incerteza, quando comparando com o custo direto das
demais indústrias.
Tisaka (2006) esclarece que diferentemente dos serviços de elaboração de
projetos e de consultoria na Engenharia Civil, o cálculo da remuneração está
associado ao levantamento dos custos diretos representados pelo valor dos insumos
utilizados e horas de utilização de mão-de-obra e de equipamentos que compõem
seus custos unitários dos serviços.
Segundo Tisaka (2006), para o cálculo dos custos de mão-de-obra há que
se acrescentar aos salários todos os encargos sociais, básicos, incidentes,
reincidentes e complementares (alimentação, transportes, EPI’s e ferramentas), que
são encargos obrigatórios que incidem sobre os trabalhadores e determinados pela
legislação trabalhista específica.
TCPO (2008) observa que somente custos diretos não são suficientes para
orçar uma obra. É preciso conhecer também os custos indiretos envolvidos.
Em contraponto, TCPO (2008) complementa que quando falamos em
levantamento das quantidades (áreas, volumes, perímetros, unidades) que entram
na planilha orçamentária, é preciso saber exatamente quais são os serviços que
compõem os projetos executivos, vinculados às respectivas especificações técnicas
e critérios de medição.
Segundo TCPO (2008), o critério para o levantamento das quantidades de
serviços deve estar em sintonia com a classificação adotada na planilha
orçamentária da obra.
30
Para TCPO (2008), as quantidades dos vários serviços assim obtidas são
associadas às respectivas composições de preços unitários, criando-se a planilha de
quantidades da obra.
2.4.2 – Custos indiretos de uma obra
Limmer (1997) define custos indiretos, como o somatório de todos os gastos
com elementos coadjuvantes necessários à correta elaboração do produto ou,
então, de gastos de difícil alocação a uma determinada atividade ou serviço, sendo
por isso diluídos por certo grupo de atividades ou mesmo pelo projeto todo.
Parga (2003) afirma que os custos indiretos, ao contrário dos custos diretos,
não são parte integrante do serviço em questão, apesar de essenciais na sua
obtenção. São, via de regra, de mesma natureza para todas as etapas da obra e
igualmente indispensáveis. Dão suporte técnico e administrativo aos custos diretos
e, na realidade, é o motor que impulsiona, promove e assiste a construção em todas
as suas fases.
Para Gehbauer (2002), os custos indiretos não permitem que se estabeleça
uma relação direta entre eles e um determinado produto ou serviço. Por isto eles
têm que ser calculados separadamente, para depois serem rateados e acrescidos
aos custos de todos os serviços da obra. Dentre os custos que são calculados desta
maneira estão os Custos Indiretos da Obra (CIO) e os Custos Gerais de Negócios
(CGN).
Conforme Dias (2005), o custo indireto é representado pelos itens de custo
que não são facilmente mensuráveis nas unidades de medição dos serviços, isto é,
engenheiro, mestre de obra, outras categorias profissionais, veículos de passeio e
de carga de apoio, contas das concessionárias (energia, água, correio, telefone e
etc.) e outros, que são normalmente considerados por mês ou aqueles calculados
sobre o custo total ou sobre o preço final (faturamento), ou seja, administração
central, impostos (ISS, COFINS, PIS, CSLL e IR) ou juros sobre capital investido.
Segundo TCPO (2008), o custo indireto também é composto por serviços
auxiliares (infra-estrutura) para possibilitar a execução do objeto do contrato
(canteiro de obras, alojamentos, administração local, mobilização e desmobilização,
etc.).
31
TCPO (2008) também relata que os custos indiretos são os gastos de infra-
estrutura necessários para a consecução do objetivo que é a realização física do
objeto contratado.
Chamamos de custos indiretos todos os custos envolvidos necessários para
a produção do objeto contratado, mas que não estarão incorporados ao objeto.
Conforme TCPO (2008) podemos chamar também de custos de infra-estrutura
necessária para a produção do objeto contratado, seja de edificação, construção de
estradas, usinas etc. Não se deve confundir com despesas indiretas que irão compor
o BDI.
TCPO (2008) considera basicamente três os itens que compõem as
despesas indiretas:
- taxa de despesas de administração central;
- taxa de risco do empreendimento;
- taxa de despesas financeiras.
Para Dias (2005) qualquer empreendimento de engenharia apresenta custo
indireto, o valor encontrado é que depende da localização, exigências do edital e do
porte da obra. Por princípio cada empresa deve encontrar um custo diferente das
demais em função da sua estrutura administrativa e do planejamento do
empreendimento.
De acordo com Dias (2005), os custos indiretos são decorrentes da
estrutura da obra e da empresa e que não podem ser atribuídos diretamente à
execução de um dado serviço.
Para Dias (2005), os custos indiretos variam muito, principalmente, em
função do local de execução dos serviços, do tipo de obra, impostos incidentes, e
ainda com as exigências do edital ou contrato. Devem ser distribuídos pelos custos
unitários diretos totais dos serviços na forma de percentual destes.
De acordo com TCPO (2008), para atuar no mercado da construção, além
do custo para fabricar seus produtos e do benefício esperado pelo construtor, as
empresas efetuam despesas indiretas de várias naturezas, que devem ser
classificadas, para fins de elaboração de um orçamento preciso, em seis grupos, a
saber: administração local, administração central, despesa financeira, despesa
tributária, despesa comercial e contingências.
Segundo TCPO (2008), estas categorias de despesas estão vinculadas ao
prazo de execução da obra e a diversos outros fatores administrativos, e se referem
32
à prestação de serviços associados aos serviços de construção, com participações
financeiras variáveis na composição do preço, em função do tipo de contrato, do tipo
de fornecimento do porte da empresa construtora e da obra, do nível de
desenvolvimento técnico e gerencial e até do nível de ousadia de cada empresário
em particular.
TCPO (2008) considera que as despesas indiretas estão relacionadas com
a garantia de qualidade da obra, uma provisão de recursos para garantir o bom
desempenho geral e a manutenção do custo orçado.
Dias (2005) considera que os custos indiretos que mais afetam a construção
são: encargos financeiros, administração central, administração local, mobilização e
desmobilização. Entretanto, o Engenheiro de Custos deve analisar em cada caso
sua viabilidade.
A figura 8 apresenta um fluxograma que identifica os custos indiretos que
mais afetam a construção.
Figura 08: Fluxograma de composição de custos (Dias, 2005).
33
Conforme Gehbauer (2002), como já foi mencionado anteriormente, os
custos indiretos da obra compreendem todos aqueles custos que resultam de sua
execução e que não podem ser incorporados nos custos de nenhum dos serviços
individualmente. Eles têm que ser calculados separadamente e entram como
parcelas de acréscimo no levantamento dos custos unitários dos serviços da obra.
Para Gehbauer (2002), em alguns casos, é possível calcular determinadas
partes dos custos indiretos da obra, como por exemplo, a instalação do canteiro de
obras como custo unitário de um serviço, mas para isto é preciso que este item
esteja especificado no caderno de encargos. Nesse caso, os custos da instalação e
preparação do canteiro de obras podem ser retirados do grupo custos indiretos da
obra e ser incluídos nos custos unitários dos serviços, no item “canteiro de obras”.
Segundo Gehbauer (2002), esta forma de calcular oferece algumas
vantagens para a construtora. Desta maneira, ela pode recuperar rapidamente o
capital investido na instalação do canteiro de obras, pois estes custos podem ser
apresentados ao cliente no início da construção, em forma de parcela de pagamento
pelo serviço já executado. Assim, o volume de capital a ser financiado será menor,
reduzindo, conseqüentemente, os custos relativos aos juros.
Gehbauer (2002) relata que além dos custos já mencionados de
preparação, instalação e equipamentos do canteiro de obras, fazem parte dos
custos indiretos da obra os custos relativos ao funcionamento da obra, aos trabalhos
técnicos e aos custos especiais como seguros, dentre outros.
Todos estes custos podem, por sua vez, ser subdivididos em custos
dependentes ou não do tempo gasto para a execução do serviço correspondente.
Para Gehbauer (2002), a divisão dos custos nestes dois grupos é recomendável,
pois desta maneira pode-se perceber claramente a conseqüência direta das
alterações no prazo de execução dos serviços sobre os custos.
Gehbauer (2002) apresenta na tabela 2 uma relação de custos indiretos da
obra, dependentes e independentes do tempo gasto no serviço. Entretanto, alguns
destes custos podem migrar de um para outro grupo, segundo o entendimento da
empresa construtora, em função de sua sistemática de trabalho. O importante é que
todos estes custos devem ser considerados no orçamento e que, após classificados,
sejam alocados sempre no mesmo centro de custo para que se procedam as
devidas avaliações durante e após a execução da obra.
34
Tabela 02: Custos indiretos da obra, dependentes e independentes do tempo gasto
no serviço (Gehbauer, 2002).
CUSTOS INDEPENDENTES DO TEMPO CUSTOS DEPENDENDES DO TEMPO
Custos da instalação do canteiro de obras:
- carga e descarga de materiais e equipamentos;
- frete;
- implantação, transferência e desmobilização do
canteiro de obras.
Custos de disponibilidade de equipamentos
no canteiro de obras:
- disponibilidade de equipamentos de uso
múltiplo;
- disponibilidade das instalações especiais.
Custos de equipamentos do canteiro de
obras:
- materiais de apoio;
- ferramentas e pequenos equipamentos;
- equipamentos de escritório e demais
acomodações da obra.
Custos de funcionamento do canteiro de
obras:
- equipamentos para alojamento;
- funcionamento de equipamentos e instalações
da obra.
Custos de trabalhos técnicos:
- projetos;
- planejamento prévio da execução;
- controle tecnológico de materiais e análises de
solo.
Custos de gestão local da obra:
- pessoal de supervisão da obra;
- telefone, material de escritório;
- viagens e veículos.
Custos decorrentes de riscos da construção:
- riscos da execução;
- seguros e garantias.
Custos gerais de obra:
- pessoal de serviços de apoio e manutenção;
- transporte;
- arrendamentos e aluguéis;
- outros custos. Custos especiais:
- custos financeiros;
- custos administrativos em caso de consórcio de
empresas;
- outros.
35
2.4.3 – Custos acessórios de uma obra
Para Parga (2003), os custos acessórios são os mais complexos, incidem
de forma variável e dissimulada no custo dos serviços, e sua omissão ou inserção
incorreta nos orçamentos é motivo freqüente de preços sub-avaliados e origem
perigosa de queda na rentabilidade dos contratos.
São exemplos os custos de financiamento da obra e do prazo para
liquidação das faturas de serviço; de retenção de parte do faturamento; as multas
por atraso na entrega da obra; os impostos, os seguros, as fianças bancárias;
comissões comprováveis ou não e outros que possam ser criados por condições
especiais e particulares em cada caso.
Segundo Parga (2003), esses custos acessórios devem ser analisados
cuidadosamente para que medidas pertinentes de defesa se adotem contra seus
efeitos. Esses custos serão analisados com detalhe nas situações que tivermos
oportunidade de encontrar.
Conforme Parga (2003), os impostos sobre a receita total da obra, são
devidos mesmo ocorrendo prejuízo, o que não acontece com os impostos sobre o
resultado, só cabíveis se ocorrer sob o ponto de vista fiscal. Prejuízos apurados em
exercícios financeiros podem ser absorvidos em até 30% dos resultados positivos
dos subseqüentes.
2.4.4 – Correção monetária
Vieira Netto (1993) considera que como a construção acontece dentro de
um período relativamente longo e a inflação, contínua, leva à perda da noção dos
preços, o acompanhamento e a avaliação quanto aos custos tornam-se uma
ginástica de números, índices, regressões e cálculos intermináveis.
Segundo Parga (2003), a correção monetária, cujo objetivo é proteger, em
razão da queda progressiva do poder aquisitivo da moeda, o preço determinado em
função dos custos diretos, indiretos, acessórios e o lucro. Não é um custo no sentido
de despesa, de gasto para aquisição de alguma coisa; não acrescenta nada em
termos reais, meramente transpõe valores expressos com base em determinado
padrão monetário para outro.
36
Parga (2003) complementa que a correção monetária provê uma proteção,
uma capa, um revestimento ao núcleo básico formado pelos custos e o lucro,
oferecendo-o ao desgaste ocasionado pela inflação ao longo da obra, de forma que
ao recebermos todas as parcelas do preço, aquele embrião se revele inalterado em
sua essência, íntegro, sem danos. Não age na intimidade do preço, altera-o como
um todo, mantendo intacta sua substância, aquela expressa pelos custos e o lucro.
Parga (2003) considera que é necessária muita atenção na identificação dos
casos em que a intervenção da correção monetária se impõe. Sua omissão ou sub-
avaliação pode comprometer todo o lucro de uma obra e até decretar o
sepultamento de vez, sem glórias, dos menos avisados.
Para Parga (2003), são exemplos de situações em que devem ser
considerados os contratos sem e, particularmente, os com reajuste insuficiente:
- os prazos excessivos de liquidação das faturas de serviço;
- e as retenções sem correção (fruto de armadilhas acoitadas em editais e
contratos cavilosos, fáceis de serem armadas em conjunturas complexas).
Parga (2003) afirma que na construção civil o tempo para elaboração do
“produto” é sempre muito elevado e por isso a inflação, entre os componentes do
preço, desempenha papel dos mais relevantes.
Segundo Parga (2003), com a desvalorização progressiva da moeda que
mede o valor dos serviços que irão ter curso, corre-se o risco, se medidas corretivas
não forem tomadas, de ver perdido todo o resultado do trabalho sério exigido por
uma obra.
Para Parga (2003), as variáveis decisivas que determinam as correções são
o tempo e a intensidade dessa desvalorização, intimamente ligadas e objeto de
previsão. Risco apreciável, pois, envolve a solução do problema, reduzindo-o ao
mínimo aceitável. Obtendo-se razoável garantia de prazos e satisfatória justeza na
medida da depreciação da moeda, únicas armas de que se dispõe para eliminar ou
reduzir os efeitos danosos da inflação, limitando-se consideravelmente esse risco.
Parga (2003) considera que é vital manter-se um acompanhamento próprio
da evolução dos preços unitários dos serviços que mais pesam nos custos das
obras que, com mais freqüência, somos levados a orçar. Na era do computador esta
tarefa é em muito simplificada e, por isso mesmo, enfaticamente recomendada.
37
2.4.5 – O lucro
TCPO (2008) define lucro como sendo a recompensa final pela prestação
de seus serviços, o prêmio que a ela deve ser creditado pela superação das
incertezas da construção através da entrega da obra.
TCPO (2008) descreve a construtora como uma pessoa, uma pessoa
jurídica, que deve receber o seu “salário”. Não considerar lucro na composição do
preço, equivale, numa comparação com a relação trabalhista, a impor ou se
submeter a trabalho escravo.
Silva (2006) identifica o lucro orçado como uma quantidade de moeda
embutida no preço teoricamente não comprometida com o pagamento de nenhum
custo ou despesa. O lucro orçado que é considerado no preço é apenas uma meta,
pois o lucro só poderá ser apurado após o final da execução da obra, inclusive após
as despesas com a manutenção pós-entrega.
Segundo Limmer (1997), o lucro é o principal objetivo de um
empreendimento e pode ser definido como a diferença entre o preço de venda (PV)
e o custo de produção (CP) de um produto. Sobre este lucro, contabilizado
anualmente e caracterizado como lucro bruto (LB), a empresa terá que pagar
impostos que, efetuando os cálculos conclui-se que eles representam em média
23% do lucro bruto (LB), ou seja, da diferença entre o preço de venda (PV) e o custo
de produção (CP).
Segundo TCPO (2008), o valor do lucro ou benefício é normalmente
calculado em forma de taxa, numa porcentagem sobre a soma do custo direto,
despesas administrativas, despesas financeiras e contingências.
Para Gehbauer (2002), o lucro ou benefício, não é um fator de custo; pelo
contrário, ele é o estímulo para que a empresa invista capital em um
empreendimento, com o objetivo de obter rendimentos sobre o capital investido,
como uma remuneração pelo serviço de construção efetuado.
Gehbauer (2002) afirma que este lucro é utilizado na formação de reservas
para a empresa, para fins particulares do empreendedor, e também como fonte
para novos investimentos.
TCPO (2008) relata que a taxa de benefício é prevista através da adoção de
uma margem de acréscimo no momento da formação do preço chamada de B (%),
38
interpretada como uma provisão da qual será retirado o lucro do construtor, após o
pagamento do ônus gerado pelas incertezas, na conclusão da obra.
O fator B (%), assim chamado conforme TCPO (2008) por ter sido projetado
visando ser transformado em benefício para o construtor, depende da conjuntura
econômica, das exigências da comunidade, da capacitação técnica, administrativa e
financeira da empresa construtora e da empresa contratante, e deve englobar os
seguintes itens:
a) encargos gerados por taxas de inflação e de juros surpreendentes,
acima da tendência previsível;
b) variação anormal da taxa de câmbio, em obras em que se utilizem
componentes importados ou no caso de financiamentos lastreados em
moeda estrangeira;
c) gastos inesperados com a comunidade e a imprensa;
d) impasses com desapropriações e reassentametos;
e) lentidão exagerada para concessão de autorizações ambientais;
f) interferência não prevista em redes de instalação de serviços públicos;
g) falhas no orçamento: esquecimentos na quantificação de serviços,
adoção de metas insuficientes para consumo de materiais,
equipamentos e serviços, erros de conta;
h) improdutividade da mão-de-obra indireta;
i) problemas de saúde com funcionários importantes;
j) pagamento de reclamações trabalhistas injustas;
k) desentendimento entre sócios da construtora;
l) insolvência da construtora;
m) descumprimento de obrigações contratuais pelo contratante inclusive em
função de falhas de terceiros (agentes financeiros, órgãos de proteção
ao consumidor, organizações não-governamentais);
n) atrasos de pagamento;
o) aplicação de rigor fiscal excessivo;
p) insolvência do contratante;
q) mudança de poder político;
r) questões judiciais.
39
Conforme TCPO (2008), a margem de benefício do construtor tem duas
conotações importantes:
a) Para o contratante: é a margem de segurança que vai garantir a entrega
da obra, através da existência de uma verba que vai possibilitar a
superação de todas as incertezas e riscos;
b) Para o construtor: é o valor máximo que ele poderá obter de lucro.
Segundo TCPO (2008), existe a possibilidade de repasses de incertezas
para o contratante, sócios do empreendimento, agentes financeiros ou
fornecedores. Deve ser considerada no preço apresentado apenas a incerteza
que, se ocorrer, deverá ser suportada pelo construtor.
Sugere-se a adoção dos valores de B (taxa de benefício do construtor)
conforme apresentados nas tabelas abaixo:
Tabela 03: Contratos por Empreitada (TCPO, 2008).
CONTRATOS POR EMPREITADA (lucro líquido)
Para obras de curto prazo e/ou muita concorrência 5,00%
Para obras com prazo e concorrência normais 10,00%
Para obras de longo prazo e pouca concorrência 15,00%
Tabela 04: Contratos por Administração (TCPO, 2008).
CONTRATOS POR ADMINISTRAÇÃO (lucro bruto)
Taxa mínima 4,00%
Taxa média 6,00%
Taxa máxima 9,00%
40
Para Parga (2003), o lucro é entendido como uma porcentagem incidente
sobre todo e qualquer gasto, sem exceção, que tenha como fato gerador a obra, nas
suas mais distintas fases, destinado a remunerar a empresa pelos serviços que irá
prestar.
Silva (2006) expressa o lucro de várias maneiras, entre as quais citamos:
- o valor absoluto da diferença entre a receita e a despesa;
- uma proporção do custo direto da obra;
- uma proporção do preço da obra.
O lucro orçado sobre o preço da obra está sugerido na tabela 5, válido para
o caso de serem calculados todos os demais componentes da taxa de BDI
(benefícios e despesas indiretas).
Tabela 05: Faixas de lucro orçado (Silva, 2006).
Faixas de lucro orçado Lucro bruto Lucro líquido
Mínimo 1% 0,76%
Muito baixo 2% 1,52%
Baixo 3% 2,28%
Médio 4% 3,04%
Intermediário 6% 4,56%
Alto 8% 6,08%
Máximo 10% 7,6%
TCPO (2008) identifica lucro ou benefício como uma parcela destinada a
remunerar o custo de oportunidade do capital aplicado, a capacidade administrativa,
gerencial e tecnológica adquirida ao longo de anos de experiência no ramo, a
responsabilidade pela administração do contrato e condução da obra pela estrutura
organizacional da empresa e investimentos na formação profissional do seu pessoal
e a criação da capacidade de reinvestir no próprio negócio.
TCPO (2008) complementa que segundo os tratadistas o lucro é o retorno
positivo de um investimento feito por um indivíduo ou uma pessoa de negócios. E
conforme os princípios da Economia, o lucro pode ser originário do exercício de uma
atividade (lucro operacional) e do crédito (lucro da gestão econômica).
41
Pela estrutura de Demonstrações Contábeis de resultados utilizados no
Brasil, o lucro é desdobrado nos seguintes tipos:
- Lucro Bruto: diferença positiva entre receitas e despesas;
- Lucro Operacional: diferença positiva entre o lucro bruto e despesas
operacionais;
- Lucro não Operacional: resultado positivo das receitas e despesas não
operacionais;
- Lucro Líquido: diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional
e o não operacional;
- Lucro a ser distribuído: lucro líquido menos a reserva de lucros ou
compensada com prejuízos acumulados.
Conforme TCPO (2008), além disso, a legislação tributária brasileira criou,
entre outros, mais duas modalidades de Lucro que vão compor o BDI:
- Lucro Presumido: resultante da aplicação de alíquotas do IRPJ e CSLL
sobre determinada base de cálculo, proporcional à receita bruta de pessoas
jurídicas;
- Lucro Real: é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações prescritas pelo Decreto nº 3.000/99
(Art. 247).
Portanto, conforme TCPO (2008), quando falamos de lucro na composição
do BDI para empresas optantes do Lucro Real não é simplesmente o Lucro Líquido
como muitos acreditam ser, mas devem ser consideradas todas as adições e
exclusões referidas nos artigos 249 e 250 do Decreto nº 3.000/99 de modo que o
estabelecimento da sua taxa não pode ser feito ao sabor da subjetividade.
Para TCPO (2008), o lucro aqui considerado não trata apenas do
rendimento líquido que sobrou de todas as operações que envolvem os gastos da
empresa, mas incorporam os gastos não previstos nas adições e exclusões que
definem o conceito de Lucro Líquido. É por isso que se passou a chamar esse tipo
de lucro de “Benefício” para diferenciar do conceito de Lucro Líquido, sem as
obrigações empresariais inerentes a sua responsabilidade econômica e social.
Finalmente podemos considerar, segundo TCPO (2008), que devido aos
enormes riscos financeiros envolvidos numa empreitada de construção, os
benefícios embutidos a que já nos referimos e a sua complexidade em estabelecer
parâmetros matemáticos que possam chegar a algum número objetivo e
42
considerando que o significado do Lucro a ser utilizado na composição do BDI, no
caso de empresas optantes do Lucro Real, tem no seu conteúdo componentes que
extrapolam a simples conceituação do Lucro Líquido com todos os ajustes, adições
e exclusões constantes do Decreto nº 3.000/99, e, considerando o valor médio de
todas as avaliações apresentadas pelos vários setores interessados, concluímos
que a taxa de Lucro a ser atribuída no BDI deva ficar em torno de 10% qualquer que
seja o tipo e montante da obra considerada, podendo ter variações de 5% para mais
ou para menos.
Assim, de acordo com Gehbauer (2002), no orçamento, chama-se Riscos e
Lucro a parcela de custos pré-determinada que permita ao construtor incluir no
orçamento os custos imprevistos e o lucro planejado para o empreendimento. Esta
parcela de custos é determinada através de uma taxa percentual única em relação
ao valor total da proposta (taxa para riscos somada à taxa para benefícios). O valor
desta taxa varia de acordo com a situação do mercado.
Gehbauer (2002) considera que através do lucro, é possível também
compensar a diferença que sempre ocorre entre o valor calculado para a
reposição de equipamentos, através das taxas de depreciação, e o valor de
compra de novos equipamentos.
Conforme Gehbauer (2002), o valor da taxa percentual estipulada para o
lucro, que entrará no orçamento como uma parcela dos custos de produção,
depende das condições de mercado e dos objetivos da empresa com relação ao
empreendimento. Entretanto, pode-se dizer que atualmente ela fica entre 10% a
12% do custo de produção.
2.5 – BDI (Benefício e Despesas Indiretas)
Segundo TCPO (2008), quando é solicitado a um profissional ou a uma
empresa construtora orçamento para a execução de obra, seja residencial,
comercial ou industrial, a primeira providência a ser tomada é ter os projetos em
mãos e verificar a quantidade dos materiais e os equipamentos necessários e
dimensionar a mão-de-obra a ser utilizada.
TCPO (2008) relata que mediante as especificações constantes dos
projetos (arquitetônico, instalações elétricas e hidráulicas, ar-condicionado,
43
paisagismo etc.) é necessário pesquisar os preços no mercado e calcular o seu
custo. Mas todos eles são custos e não preços.
Conforme TCPO (2008), para que esses dados se transformem em preço,
ou preço de venda, é necessário adicionar o BDI (Benefício e Despesas Indiretas),
que são as despesas indiretas do construtor ou do profissional responsável pela
obra.
TCPO (2008) relata que alguns órgãos da Administração Pública Federal
têm usado a sigla LDI (Lucros e Despesas Indiretas) em substituição ao BDI, que é
uma sigla mais comumente utilizada e consagrada no meio técnico e empresarial.
Alguns autores atribuem o BDI como originário do termo em inglês “Budget
Difference Income”.
TCPO (2008) define BDI como sendo uma taxa que se adiciona ao custo de
uma obra para cobrir as despesas indiretas que o construtor tem, mais o risco do
empreendimento, as despesas financeiras incorridas, os tributos incidentes na
operação e eventuais despesas de comercialização. O lucro do empreendedor e o
seu resultado são frutos de uma operação matemática baseada em dados objetivos
envolvidos em cada obra.
Para Tisaka (2006), a remuneração propriamente dita que poderia ser
chamada de lucro ou benefício, está integrada no fator de BDI ou simplesmente
custos indiretos, que, se acrescido ao custo direto, se chega ao valor de venda.
Conforme Dias (2005), temos ainda que a soma do custo indireto e do
resultado geram o percentual de BDI quando se divide esta adição pelo custo total
direto da obra.
Dias (2005) afirma que no BDI apenas o resultado estimado não é custo
efetivo do contrato e correspondente a uma parcela muito pequena do percentual
total. Tanto o custo direto quanto o custo indireto são sempre calculados por projeto
ou orçamento enquanto que o lucro é estimado. Geralmente é representado por um
percentual que varia de 5 a 12% do faturamento.
Dias (2005) define BDI como a parcela do custo do serviço independente,
do que se domina custo direto, ou seja, o que efetivamente fica incorporado ao
produto. Desta maneira o BDI é afetado entre outros, pela localização, pelo tipo de
administração local exigido, pelos impostos gerais sobre o faturamento, exceto leis
sociais sobre a mão-de-obra aplicada no custo direto, e ainda deve constar desta
parcela o resultado ou lucro esperado pelo construtor.
44
Assim, o BDI é composto de duas parcelas distintas:
- “B” denominado Benefício ou Bonificação, que corresponde ao resultado
estimado do contrato;
- “DI” abreviação de Despesas Indiretas, que corresponde aos custos
considerados indiretos.
Para Dias (2005), o BDI nada mais é do que o percentual relativo às
despesas indiretas que incidirá sobre os custos diretos, uma vez que, de maneira
geral, é exigido que os preços unitários de venda incorporem todos os encargos que
oneram os serviços a serem executados.
Segundo TCPO (2008), o BDI é o resultado de uma operação matemática
para indicar a “margem” cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos,
tributos, etc., e a sua remuneração pela realização de um determinado
empreendimento.
Para TCPO (2008), o resultado dessa operação depende de uma série de
variáveis entre as quais podemos apresentar algumas mais importantes:
- tipo de obra;
- valor do contrato;
- prazo de execução;
- volume de faturamento da empresa;
- local de execução da obra.
TCPO (2008) ressalta que para a execução de obras com projetos
especiais, complexos ou de maior porte recomenda-se calcular o BDI
especificamente para cada situação, observadas as peculiaridades físicas e técnicas
de cada uma delas.
Conforme TCPO (2008), a taxa de Benefício e Despesas Indiretas BDI é a
margem de acréscimo que se deve aplicar sobre o custo direto para incluir as
despesas indiretas e o benefício do construtor na composição do preço da obra. Em
palavras mais simples, é a porcentagem de aumento que o orçamentista deve
aplicar sobre o custo dos serviços listados na planilha do orçamento, para incluir as
demais despesas que não foram discriminadas, inclusive o lucro do construtor.
Silva (2006) relata que a taxa de BDI é um coeficiente de caráter simples
utilizado correntemente como indicador da qualidade do orçamento de obra por
contratantes e construtores.
45
Construtores podem elaborar seus orçamentos manualmente ou utilizando
técnicas orçamentárias modernas e sofisticadas para definir o preço que desejam
propor pela obra, afinal, o preço, seja unitário ou global, é o que efetivamente
interessa. Mas não há quem resista, segundo Silva (2006), depois do levantamento
do custo direto, dos orçamentos das despesas indiretas e da inclusão dos
benefícios, a calcular o indicador de desempenho tradicional, a taxa de BDI.
Segundo Silva (2006), alguns construtores calculam uma taxa de 70% e
alguns contratantes acham 20% um exagero, o que gera infindáveis discussões
sobre conceitos de economia e classificações contábeis, principalmente em
licitações, demonstrando a eficiência do índice, que quantifica a diferença entre os
interesses envolvidos.
Silva (2006) apresenta BDI Formal como sendo um indicador que avalia o
preço oficial de obras no regime de empreitada. É a taxa que aparece nos
documentos apresentados no mercado. BDI e custos formais são negociados com
base no conceito de valor.
Para Silva (2006), a noção de valor do contratante define o quanto ele
aceita pagar por uma obra, em um determinado tipo de prestação de serviço e de
contrato.
Silva (2006) afirma que o conhecimento dos preços, taxas de BDI e custos
apresentados oficialmente por contratantes e construtores é muito importante. É
possível fazer uma pesquisa de mercado e conhecer a noção de valor existente.
Para Silva (2006), Custo Formal é o gasto dos itens discriminados nas
propostas, contratos e demais documentos técnicos ou administrativos. Nem sempre
o Custo Formal é o Custo Direto. Quanto mais itens forem incluídos na WBS, maior
é o custo formal e menor a taxa de BDI Formal, responsável por incluir no preço as
despesas indiretas não discriminadas.
Para Tisaka (2006), o BDI (Benefício e Custos Indiretos) é composto dos
seguintes elementos:
- despesas ou custos indiretos;
- taxa de risco do empreendimento;
- custo financeiro do capital de giro;
- tributos;
- taxa de comercialização;
- benefício ou lucro.
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Tisaka (2006) define despesas ou custos indiretos como sendo os custos
específicos da Administração Central diretamente ligados a uma determinada obra,
tais como: Gerente de Contrato, Engenheiro Fiscal e as respectivas despesas de
viagem e alimentação e o rateio de todos os custos da Administração Central
constituídos por salários de todos os funcionários, pró-labore de diretores, apoio
técnico-administrativo e de planejamento, compras, contabilidade, contas a receber
e a pagar, almoxarifado central, transporte de material e de pessoal, impostos,
taxas, seguros, etc.
2.6 – Gerenciamento de custos
Parga (2003) afirma que orçamento é pura previsão. Sendo sua precisão,
em maior parte, depende da qualidade e inteireza do projeto, da fidelidade dos
dados obtidos junto as fontes de fornecimento de material, da familiaridade com a
mão-de-obra disponível, da intimidade com os índices inflacionários que afetam os
serviços que se está a orçar, da confiança que inspirem garantias contratuais de
cumprimento dos prazos de pagamento dos créditos e o rigor das penalidades para
o inadimplente, do equilíbrio e da imparcialidade dos termos do ajuste, do
conhecimento da legislação fiscal e trabalhista vigentes, da vivência no canteiro de
obras, de sólida experiência técnica, da consciência das particularidades das partes
contratantes e, muito especialmente, da perícia e do bom senso de quem o faz,
atributos que se conquistam com a prática freqüente orientada pelo confronto
constante entre os custos previstos e os que decorrem da apropriação minuciosa
das obras executadas.
Para Parga (2003), é importante então, manter-se controle contábil
individual e minucioso, simples, sem sofisticação, das obras em andamento,
grupando as despesas segundo as verbas do orçamento que lhes deram origem, de
modo que, ao término de cada uma delas, se possa, de imediato, aferir as previsões
feitas e ponderar sobre os ajustes necessários a implementar sua precisão.
Segundo Parga (2003), embora simples, mas trabalhosa, esta tarefa não
deve ser omitida, pois da análise dos seus resultados dependerá, em grande parte,
a rentabilidade das obras por vir, fator fundamental que irá determinar o sucesso ou
insucesso da empresa na atividade.
47
Fala-se em gerenciamento de custos e em estimativas de custos. Para Silva
(2006) o foco é o esforço para executar o projeto inteiro, a totalidade da obra ou do
empreendimento na perspectiva do contratante ou proprietário. Nesta visão macro,
usa-se simplesmente a palavra custo.
2.6.1 – Captação de recursos
Para Azevedo (1992), os recursos financeiros são o combustível e a energia
indispensáveis à operação das empresas, para que estas possam atingir seus
objetivos. Seja para a implantação de um empreendimento, seja para uma
ampliação ou, ainda, em momento de eventual retração do mercado consumidor, o
certo é que nenhuma empresa poderá se colocar a salvo de uma escassez
transitória de recursos financeiros. Contorná-la e superá-la de forma adequada são
tarefas difíceis com que se defronta a administração das empresas.
Azevedo (1992) afirma que dentro do esquema de desenvolvimento traçado,
tornou-se necessário estimular a implantação de novas indústrias, ativar aquelas de
maior relevância para a economia do país, amparar a pequena e média empresa e
proteger as regiões menos favorecidas economicamente. Para tanto, valeram-se as
autoridades governamentais, de revolucionário complexo de incentivos fiscais,
aliados a medidas de irrestrito apoio ao mercado de capitais.
Segundo Azevedo (1992), dependendo da área de atuação do
empreendimento, temos uma grande gama de fontes de recursos.
2.6.2 – Estimativa de custos
Para Azevedo (1992), as estimativas de custos objetivam prover bases para
ações decisivas, com a finalidade de responder ao: Quanto isto custará? Poderemos
construir a planta? Poderemos expandir a indústria? As estimativas de custo são
usadas para formalizar decisões técnicas e administrativas. Quando se toma
decisão com referência à construção de uma planta, a estimativa de custo é o
instrumento principal.
Segundo Dias (2005), não devemos confundir estimativa de custo com
orçamento de uma construção, a estimativa é um cálculo expedito para avaliação de
um serviço, podendo para tanto, ser adotado como base índices conhecidos no
48
mercado (por exemplo, custo do metro quadrado de construção predial divulgado
pelos Sindicatos de Empresas), portanto, não devendo ser utilizado em propostas
comerciais ou para fechar contratos.
Azevedo (1992) considera que as empresas vivem ou morrem em função de
suas estimativas. Se elas, consistentemente, são feitas por baixo, a empresa, com
certeza, não se sustentará por muito tempo. Se, por outro lado, jogam com a
segurança e estimam por alto, é pouco provável que obtenham algum contrato. Por
essas razões, os estimadores ou orçamentistas das empresas são geralmente
respeitados.
Dias (2005) afirma que a estimativa de custo deve ser utilizada em etapas
iniciais dos estudos de um empreendimento, ou seja, na viabilidade econômica ou
projeto básico, quando as informações ainda não são completas para a elaboração
do orçamento detalhado. As contratações devem ser orientadas por orçamentos
criteriosos de acordo com a metodologia adiante apresentada.
Assim, de acordo com Dias (2005), com a “Lei das Licitações”, cabe ao
contratante das obras a definição do orçamento estimado, e dos serviços a serem
executados, assim, entendemos que este poderá estimar o custo do
empreendimento a partir de preços unitários de tabelas oficiais ou não, ou ainda, de
revistas especializadas acrescidos de BDI analisado e tecnicamente conveniente
para o caso.
Segundo Azevedo (1992), muitos engenheiros gostariam de ter mais a dizer
sobre a administração dos negócios de sua empresa. Poucos, no entanto, se dão
conta do que tem realmente a dizer quando fazem estimativas de custo. E o modo
pelos quais estas são feitas, é um dos principais fatores que influenciam o nível da
profissão do engenheiro aos olhos da administração.
2.6.3 – Controle dos custos e plano de contas
Vieira Netto (1993) relata que um dos principais sinais de demonstração que
uma empresa está merecendo uma revisão de seus métodos de trabalho e do
modelo de gerenciamento que adota, é o seu descontrole quanto aos custos. Na
construção civil este descontrole é comum, criando dificuldades graves em termos
econômico-financeiros podendo, inclusive, ser responsável pela “quebra” de
empresas.
49
Para Goldman (1997), o primeiro passo necessário para que se tenha um
bom planejamento e controle de obras é a organização. A construção de um modo
geral é um complexo que deve ser bem caracterizado quanto aos seus insumos
(materiais, mão-de-obra e equipamentos). É baseando-se neste fato que se verifica
a necessidade de um plano, discriminando-o e procurando-se organizar as várias
fases de execução da obra e, ao mesmo tempo, englobando tudo que afete
diretamente a construção. Chamaremos tal organização de “Plano de Contas de
Construção”.
Conforme Goldman (1997), para fins de organização empresarial, adota-se
que cada obra tenha um número que a identificará. Em seguida, cada serviço terá
uma conta de identificação e cada um dos itens de serviço terá uma sub-conta como
identificação.
Vieira Netto (1993) afirma que descontrole é a falta de controle total quanto
aos custos. Em geral, os controles são parciais e a empresa acaba não tendo um
domínio sobre os custos. Esta situação, certamente, impossibilita o conhecimento
dos resultados reais, que deveriam ser alcançados pelas empresas.
Segundo Vieira Netto (1993), o descontrole dos custos pode gerar prejuízos
incalculáveis, e a saúde financeira da construtora pode ser comprometida, mesmo
que a empresa esteja com sua carteira de empreendimentos lotada.
Segundo Goldman (1997), o plano de contas visa codificar cada material,
mão-de-obra, ferramentas, equipamentos, sub-empreiteiros e seus respectivos
custos em uma ordem numérica, segundo os principais serviços que a empresa
executa. Portanto, o plano de contas é dinâmico porque varia com a evolução
tecnológica e com as características particulares de cada empresa. Ao mesmo
tempo, ele deve ser simples o bastante para ser manuseado e adotado por toda a
empresa.
Goldman (1997) ressalta que o plano de contas possui uma estrutura de
modo a se adequar às construções em geral. Esta estrutura deve ser modelada e
detalhada, a cada caso e a cada empresa, junto às suas necessidades e nas
diversas formas de trabalho.
Goldman (1997) afirma que, é em função do plano de contas que obteremos
a distribuição da obra em serviços, sendo mais específicos quanto mais
detalhadamente se quiser controlar a obra. Através do plano de contas obteremos a
sistemática do controle dos materiais por serviço e, finalmente, a integração dos
50
custos e materiais por serviço, que é sobretudo “o abrir de portas” para todas as
possibilidades de planejamento, apropriação e controle de obras.
Para Goldman (1997), o plano de contas deve ser dinâmico, porque no
decorrer do tempo novos materiais, técnicas de execução e mudanças de critérios
de apropriação fazem com que deva ser sempre atualizado para que não ocorram
discrepâncias entre o que é realizado nas obras e o que é apropriado a elas.
Segundo Goldman (1997), o funcionamento do plano deve ser feito da
seguinte forma: todas as notas fiscais, faturas e outros tipos de recebimento deverão
levar um carimbo em que constará o código da obra, o valor do recebimento, a conta
e a sub-conta. Após esse processo, serão enviados ao escritório central (ou ficar na
própria obra), onde serão contabilizados.
De acordo com Goldman (1997), os custos da construção apropriados
contabilmente, segundo o plano de contas de construção, são comparados com os
custos previstos em orçamento, também segundo o mesmo plano de contas, e
atualizados com base nos índices de variação dos custos de construção. Destas
comparações resultam as análises de custos por serviços:
- as produções dos serviços apropriados nas planilhas de produção são
comparadas com as previstas em orçamento. Destas comparações resultam
as análises de quantidades e de custos por serviços;
- as quantidades de horas consumidas pela mão-de-obra, apropriadas na
planilha referente, são comparadas com as previstas em orçamento. Destas
comparações resultam as análises de custos unitários e índices de
produtividade de mão-de-obra;
- os contratos fechados, apropriados segundo a planilha referente, são
comparados com os previstos em orçamento. Destas comparações resultam
as análises de custos.
Todas estas comparações, análises e conclusões são desenvolvidas e
relatadas sob a forma de relatório gerencial mensal, mencionando inclusive medidas
que venham melhorar performances presentes e futuras, para os serviços de
construção.
Para Goldman (1997), se o sistema de planejamento de custos for adotado
de maneira criteriosa, sem dúvida, conquista resultados expressivos na otimização
dos serviços e, conseqüentemente, na redução dos custos da construção.
51
Para Vieira Netto (1993), as metas incorporadas ao planejamento, devem
ser superadas quanto à qualidade, produtividade, prazos e, claramente, quanto aos
custos, representando melhorias em relação a tudo que envolva o processo
construtivo. Os custos, portanto, ao mesmo tempo em que atenda as outras metas,
precisam ser minimizados. Sob controle, se tornará mais um importante aspecto de
satisfação do cliente, e na medida em que a economia caminhe para a
normalização, exigirá cada vez mais preços compatíveis, e barrará os repasses
considerados de responsabilidade do construtor.
De acordo com Vieira Netto (1993), a missão de alcançar resultados de
forma geral, e quanto aos custos, tem como objetivo fazer mais com menos. Deve-
se, portanto, atacar com coragem todos os desperdícios, utilizando-se o
planejamento, a programação, os métodos executivos e a execução de forma
permanente. “Fazer mais com menos”, este é o segredo.
2.7 – Análise de risco em projetos e obras
Silva (2006) considera que a procura pelos serviços de construção civil é
direcionada pelo nível de aversão ao risco do contratante.
Assim, de acordo com Silva (2006), os tipos de serviço característicos do
mercado definem o conteúdo das ofertas (materiais de construção e serviços), o
regime contratual (administração, empreitada por preço unitário, empreitada por
preço global) e ajustam o nível de incertezas.
Como a iniciativa é do contratante, cabe a ele decidir se assume ou repassa
o risco em seus contratos. Segundo Silva (2006), o construtor responde ativamente
ao risco colocando uma margem de segurança em seu preço, ou repassando o risco
para seus fornecedores. Ou, ainda, em uma postura passiva, pode expor-se à
ocorrência de despesas extras, sem fazer uso de contingências ou repasses, para
não perder uma oportunidade de negócio. As respostas aos riscos constituem o
elemento balizador do preço e da taxa de BDI.
Para Silva (2006), até o perfil da estrutura técnica e administrativa do
construtor e a despesa indireta dela decorrente configuram uma reação ao risco.
Colocar uma equipe pequena para gerenciar muitas obras pode resultar em gastos
inesperados. Colocar uma grande equipe de funcionários para acompanhar poucas
52
obras traz a segurança de um alto nível de controle, mas gera um pesado ônus no
preço, reduzindo a competitividade.
Silva (2006) afirma que estando todo relacionamento técnico e comercial do
setor da construção estruturado em função do risco, não há como examinar taxas de
BDI fora deste contexto, nem como desprezar a utilização de margens de
segurança.
Conforme Gehbauer (2002), como já foi mencionado, podem ocorrer na
execução de uma obra, além dos custos já considerados no orçamento, custos não
previstos anteriormente que irão aumentar os custos de produção da empresa.
Estes custos extras são denominados riscos.
Segundo Gehbauer (2002), quando este aumento nos custos diz respeito a
uma determinada obra apenas, ele será incluído nos custos desta obra, como parte
dos custos indiretos da obra. Entretanto, sabe-se pela experiência adquirida ao
longo dos anos, que além destes custos decorrentes de uma única obra, existem em
todo e qualquer empreendimento custos extras, que não são considerados nos
cálculos de custos, por serem decorrentes de situações específicas e imprevisíveis.
Para Gehbauer (2002), estes custos extras podem ser ocasionados por
atrasos na execução da obra, incidentes imprevistos ou erros na determinação de
valores durante a orçamentação. Eles devem ser incluídos no grupo de riscos e
lucro como riscos gerais, para os quais deverá ser determinada uma parcela de
custo. Além destes custos extras (riscos) das obras em geral, deve ser previsto
também, um valor para cobrir aqueles custos imprevistos decorrentes do
funcionamento da empresa (chamados riscos da construtora) que não podem ser
relacionados diretamente com uma determinada obra.
Gehbauer (2002) considera que aí estão compreendidos, por exemplo,
riscos decorrentes da dependência da construtora em relação às medidas e tarefas
que competem ao setor público, como por exemplo, a construção de ruas ou
estradas. Os riscos da obra e os da construtora devem ser levantados por cada
empresa individualmente, em forma de taxa percentual do preço da proposta, e
incluídos nos custos de produção desta empresa.
Para Limmer (1997), o risco é uma constante ao longo da implementação de
um projeto ou obra e pode ser definido como a perda potencial resultante de um
incidente futuro, sendo, geralmente, subestimado antes da sua ocorrência e
superestimado depois.
53
Limmer (1997) afirma que o planejamento de um projeto ou obra toma por
base parâmetros estimados que, ao longo da sua execução, sofrem influências dos
seus ambientes interno e externo e tendem a alterar o cenário inicialmente
imaginado. Daí tem crescido em importância, nos últimos tempos, a análise de riscos
em projetos e obras, atestando sua aplicabilidade na solução de problemas como o
da probabilidade de ocorrência da duração planejada de um projeto e o risco
embutido nas estimativas de custo e nas alternativas de uma proposta de execução
de uma obra.
Segundo Limmer (1997), a análise de risco baseia-se na identificação dos
elementos que podem acarretar risco à implementação de um projeto ou obra, na
previsão e na avaliação de suas conseqüências, no estabelecimento de estratégias
para sua minimização e de sistemas para seu controle.
Limmer (1997) considera que o risco pode ser avaliado de várias maneiras,
sendo que a maioria delas lança mão de métodos quantitativos baseados em teorias
matemáticas bastante complexas e em métodos estatísticos e probabilísticos, o que
torna difícil sua aplicação e difusão.
Para Limmer (1997), o risco, como qualquer outro elemento de um projeto
ou obra, deve ser gerenciado, compreendendo quatro fases distintas:
a) Identificação do risco: explicitação de todos os prováveis fatores que
poderão influenciar o atingimento do objetivo final do projeto. Explicitados
esses fatores, identificar os obstáculos contidos em cada situação, suas
prováveis causas e quais as conseqüências, caso venham a ocorrer.
b) Previsão e estimação do risco: inicia-se com a identificação dos recursos
sujeitos a risco e das condições de risco específicas às quais poderão ser
expostos, a fim de se aplicarem métodos de avaliação de risco, como o do
PERT-Risco, o de simulação de Monte Carlo ou o de Estimativa do Intervalo
de Risco, que se baseiam na estimação do risco a partir da seguinte
fórmula:
R = CAE x POE
A qual se lê: o Risco (R) decorre das Conseqüências Adversas de um Evento (CAE),
resultantes da Probabilidade de Ocorrência desse Evento (POE).
Limmer (1997) afirma que é necessário cuidado na aplicação desta fórmula,
uma vez que um evento específico poderá ocorrer ou não, independentemente de
54
sua probabilidade de ocorrência. A esses métodos, todos com fundamentação
matemática, podem-se acrescentar os de caráter qualitativo, que buscam avaliar a
influência que o comportamento dos envolvidos na execução do projeto exerce no
risco de não-atingimento dos seus objetivos.
c) Formulação da estratégia para redução do risco.
A tentativa de redução do risco admite uma das quatro estratégias
seguintes:
1. Esperar para ver o que acontece. Estratégia de assumir risco, confinado
nas margens de risco embutidas nas estimativas de tempo de duração e
de custos do projeto.
2. Submeter-se ao risco, minimizando, posteriormente, as conseqüências
das possíveis perdas, também conhecida como estratégia de “apagar
incêndios” ou de “colocar a tranca depois da casa arrombada”.
3. Fazer o que é esperado, reduzindo as margens de risco mediante um
gerenciamento eficaz. Nesta estratégia procura-se, pelo
acompanhamento passo a passo do projeto, prever as tendências de
seu andamento e por meio de ações adequadas corrigir desvios de
rumo.
4. Converter o risco em oportunidades sempre que possível.
Segundo Silva (2006), o contratante procura a prestação de serviços que
sejam compatíveis com suas exigências contratuais.
Silva (2006) relata que as exigências do contratante se expressam nos
projetos de arquitetura e engenharia, nos editais, nos contratos e nos memoriais
descritivos. Estão relacionadas com entregas externas, por exemplo, os serviços de
construção e com entregas internas, entre as quais, a mobilização, os serviços de
vigilância e a manutenção após a entrega da obra.
Conforme Silva (2006), as exigências demandam a alocação de recursos
que geram os custos que deverão ser estimados pelo processo de orçamentação.
Elas deverão ser garantidas através da existência de uma fiscalização eficiente,
tanto preventiva quanto punitiva, visando a assegurar que as entregas serão
efetuadas de acordo com o estabelecido no contrato. Assim, o orçamento elaborado
permanecerá válido até o final da obra.
Para Silva (2006), o nível de exigências praticado nas obras brasileiras é
muito variável. Em algumas construções, operários trabalham sem camisa e de
55
chinelos de dedos. Em outras, só entram no canteiro-de-obra depois de fazerem um
curso de segurança de uma semana de duração e após receberem um cartão
eletrônico de acesso. A taxa de BDI varia nesta mesma amplitude.
Assim, de acordo com Silva (2006), quanto maiores forem as exigências,
maior tende a ser o risco, o preço e a taxa de BDI, por isso, é preciso ter o bom
senso de se especificar somente o que for necessário.
Segundo Silva (2006), percebe-se claramente a importância atribuída ao
risco, que é definida como o “desconhecido conhecido”, um evento ou condição
incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo em algum dos objetivos
do projeto.
Para Silva (2006), a análise de riscos, na visão internacional, é interesse
que tem origem no contratante e se estende até ao construtor. O gerenciamento de
projetos é visto por muitos como sendo a melhor resposta que se pode dar às
incertezas que acompanham os empreendedores.
Conforme Silva (2006), a aversão ao risco é um conceito econômico
importante, definido como o posicionamento que se tem frente ao risco (no seu
aspecto desfavorável) que pode gerar um forte receio e a disposição de se pagar
mais para reduzi-lo.
Silva (2006) considera que o risco também tem um lado favorável que pode
ser chamado de oportunidade. Caso as condições de execução da obra sejam
excelentes e o custo real seja inferior ao custo orçado, gerando economia. Somente
no caso de o orçamento ter sido preparado com condições excessivamente
otimistas, com o custo direto adotado no nível mínimo possível, o risco teria uma
conotação exclusivamente ruim.
Contratantes podem ter grande aversão aos seguintes riscos, a exemplo de:
- a obra desabar, com ou sem aviso prévio;
- a obra permanecer com patologias graves, entre as quais: recalques,
rachaduras, umidade;
- a obra ser construída com falhas estéticas sérias, tais como pilares fora de
prumo, azulejos desalinhados, degraus indesejados em pisos e saliências
não projetadas em paredes;
- atrasos na entrega;
- solicitações constantes de reivindicações da parte do construtor.
56
Já os construtores podem ter grande aversão aos seguintes riscos, como:
- ficar sem obras, tendo de desativar parte de sua estrutura técnica e
administrativa mínima;
- cobrar preços baixos, que não possibilitem o pagamento das despesas
administrativas, da retirada pró-labore dos sócios e dos demais gastos;
- ter de fazer empréstimos bancários a juros elevados para concluir a
execução da obra;
- prejudicar sua imagem no mercado.
Segundo Silva (2006), a aversão ao risco e a busca por conforto e
segurança contribuem para a formação do conceito de valor, a percepção de
utilidade ou benefício atribuído à posse de um bem ou a contratação de um serviço,
que direciona o quanto se aceita pagar ou o quanto se pode cobrar pelo bem ou
serviço.
Silva (2006) relata que como a maioria dos riscos da construção civil são
repassados aos construtores por contratos de empreitada, resta ao construtor saber
identificá-los e embuti-los no seu orçamento através de uma margem de segurança.
Silva (2006) afirma que entre os componentes da taxa de BDI existem
alguns itens que podem ser classificados como mais concretos e mais imediatos,
enquanto outros, por terem cálculo mais complexo, são mais intangíveis.
Segundo Silva (2006), como o preço de mercado é supostamente conhecido
e os componentes básicos podem ser definidos por cálculos simples, propõe-se,
neste item, o cálculo de um primeiro indicador para avaliação dos riscos de um
contrato. Sua utilização possibilita o cálculo de uma margem de segurança
preliminar, mesmo antes de serem calculadas as despesas indiretas
complementares.
Para Silva (2006), a busca de segurança pelo construtor também está
relacionada com a sua estrutura administrativa. Ela é que vai dirigir e controlar as
atividades para que o custo real seja igual ao orçamento. O construtor com aversão
ao risco tende a aumentar sua despesa fixa. Por outro lado, quanto mais seguro for
o esquema de execução, mais caro fica o preço e a competitividade do construtor
pode ficar prejudicada. Percebe-se que até a despesa administrativa faz parte do
gerenciamento do risco.
57
O gerenciamento de riscos deve ser efetuado pelo desenvolvimento de seis
atividades:
1. Planejamento do gerenciamento de riscos;
2. Identificação de riscos;
3. Análise qualitativa;
4. Análise quantitativa;
5. Planejamento de respostas a riscos;
6. Monitoramento e controle de risco.
Silva (2006) afirma que é necessário ajustar os encargos da estrutura
administrativa ao custo direto da obra. Sendo que esse equilíbrio vai depender do
volume de produção. E com base no preço de mercado e no seu custo direto, a
preocupação do construtor passa a ser o ponto de equilíbrio.
Conforme Silva (2006), o preço praticado deve gerar um volume de obras
mínimo que mantenha em atividade uma estrutura administrativa mínima, que
possibilite o gerenciamento da construção e as retiradas pró-labore dos sócios e que
garanta que não haverá prejuízo no final do ano.
Para Silva (2006), o gerenciamento de projetos é a melhor resposta que se
pode dar às incertezas que acompanham os empreendedores. Ao definir uma data
de início, um prazo e um objetivo específico a ser alcançado, o sucesso do projeto
depende da superação das barreiras que aparecerem pelo caminho, muitas óbvias,
algumas possíveis e outras imprevisíveis.
O gerenciamento de riscos exige um plano de ação. Segundo Silva (2006),
“o lucro é a remuneração da competência”, logo, quanto mais arriscada a operação,
mais competência se exige para manejá-la”.
Conforme Silva (2006), a definição do preço é uma decisão tomada no
presente objetivando alcançar resultados posteriores. O ponto-chave desta decisão
estratégica é a percepção do futuro e, embora essencialmente subjetiva, não pode
ser classificada como irracional. Pode-se incluir na noção de competência o conceito
de racionalidade subjetiva.
Segundo Silva (2006), quando acreditamos que os conhecimentos
passados se manterão no futuro, analisamos os dados disponíveis para fazer
previsões que consistem em projeções do passado. Os resultados esperados podem
ser expressos em termos probabilísticos e apresentam boa precisão. Quando o
passado é de pouca serventia, em face da possibilidade de ocorrerem muitos fatos
58
novos, estamos diante de uma situação de incerteza. A incerteza a respeito do
futuro é expressa em termos de probabilidades subjetivas. Os fenômenos são
complexos demais para que um profissional possa acertar suas previsões com base
no passado. Utilizando informações do momento da análise, experiência acumulada
e muita intuição, desenvolvemos nossas percepções.
Conforme Silva (2006), o planejamento do gerenciamento de riscos diz
respeito à decisão de como elaborar, planejar e executar as atividades relacionadas
com o tratamento dos riscos. Assim considera-se que, “os riscos devem estar
balizados e o preço deve sempre ter cobertura para absorver desvios até um certo
limite, pois, no setor, em relação ao cenário esperado, eles ocorrerão”.
Para Silva (2006), o plano adotado no texto é o de classificar
detalhadamente os riscos e calcular o impacto de seus componentes no custo, pela
definição de um conjunto de probabilidades subjetivas obtidas por um estudo de
caso desenvolvido para obras de edificações. A meta é apresentar uma abordagem
matemática para tratar o assunto e apresentar parâmetros para uso imediato, que
poderão ser otimizados pela experiência de cada um.
Silva (2006) afirma que a classificação dos riscos segue os conceitos
jurídicos de contrato e teoria da imprevisão que, sintetizando, afirmam que tudo o
que for contratado no regime de empreitada deverá ser executado de qualquer
forma, no preço pactuado, salvo se ocorrerem gastos impossíveis de serem
previstos no momento em que foi assumida a obrigação, decorrentes de fatos
imprevisíveis ou previsíveis, mas de conseqüências incalculáveis, ou em caso de
força maior. Em outras palavras: tudo que for considerado previsível e calculável
deverá ser considerado no orçamento da obra.
Para Silva (2006), o planejamento do gerenciamento de riscos precisa
responder o que deve ser considerado previsível e qual o tratamento matemático a
aplicar sobre os fatos previsíveis. Exige uma reflexão sobre a possibilidade de
previsão de custos pelos orçamentistas de obras e uma definição mais detalhada
dos parâmetros relacionados com o risco.
Os riscos serão classificados da seguinte forma:
a) Situações previsíveis: fatos práticos que, embora não mencionados
explicitamente nos documentos, tem grande probabilidade de acontecer
na prática e são tidos como conhecidos pelo construtor, que deverá arcar
59
integralmente com os gastos por eles gerados. Trata-se de previsão
confiável com base nos dados estatísticos disponíveis.
b) Riscos: eventos aleatórios, que podem ou não acontecer, cuja
probabilidade de ocorrência e estimativas dos impactos por eles gerados
podem ser estimadas matematicamente, sendo, se acontecerem, de
responsabilidade do construtor. Utiliza-se a racionalidade subjetiva.
c) Incertezas: eventos aleatórios, que podem ou não acontecer, cuja
probabilidade de ocorrência e estimativas de impacto são de difícil
previsão, sendo, mesmo assim, se acontecerem, de responsabilidade do
construtor. Aqui entramos definitivamente no mundo da probabilidade
subjetiva, os fenômenos são complexos demais para se calcular
probabilidades de eventos históricos. Utilizando informações disponíveis,
muita experiência acumulada e muita intuição, as variáveis são definidas.
d) Incertezas de força maior: eventos aleatórios, que podem ou não
acontecer, cuja probabilidade de ocorrência e estimativas de gastos são
impossíveis de prever, sendo, se acontecerem, de responsabilidade do
contratante.
Com exceção das incertezas de força maior, todos os demais itens listados
são considerados previsíveis e precisam fazer parte do preço.
Segundo Silva (2006), as situações previsíveis devem ter seus gastos
embutidos nos custos ou nas despesas indiretas que são apresentadas na tabela 6.
Tabela 06: Itens de situações previsíveis (Silva, 2006).
Item Riscos classificados de situações previsíveis
1 Atrasos de pagamento rotineiros já conhecidos no mercado.
2 Falta de correção monetária integral em contratos com correção monetária anual.
3 Dificuldades para executar serviços externos em época de chuvas.
4 Inundações contínuas em locais conhecidos.
5 Qualquer custo ou despesa aleatória com grande probabilidade de ocorrência.
60
Os riscos devem ter seus gastos embutidos nas despesas indiretas e são
apresentados na tabela 7.
Tabela 07: Itens de riscos propriamente ditos (Silva, 2006).
Item Riscos propriamente ditos
6 Desperdício de materiais decorrentes de projetos complexos.
7 Desperdício de materiais decorrentes de projetos incompatíveis.
8 Desperdício no transporte e aplicação de materiais.
9 Desperdício devido a retrabalho.
10 Prejuízo com material defeituoso não repassável ao fabricante.
11 Prejuízos com furto ou roubo de materiais não cobertos por seguro.
12 Prejuízo com materiais não cobertos por seguro.
13 Baixa produtividade de equipamentos gerada por projetos complexos.
14 Baixa produtividade de equipamentos gerada por projetos incompatíveis.
15 Baixa produtividade de equipamentos no transporte e aplicação de materiais.
16 Baixa produtividade de equipamentos ocasionada por retrabalho.
17 Baixa produtividade de equipamentos gerada por reinstalação de material defeituoso.
18 Prejuízos com furto ou roubo de equipamentos não cobertos por seguro.
19 Prejuízos com equipamentos não cobertos por seguro contra incêndio.
20 Horas paradas de equipamentos de produção por falta de frente de trabalho.
21 Baixa produtividade de mão-de-obra gerada por projetos complexos.
22 Baixa produtividade de mão-de-obra gerada por projetos incompatíveis.
23 Baixa produtividade de mão-de-obra no transporte e aplicação de materiais.
24 Baixa produtividade de mão-de-obra ocasionada por retrabalho.
25 Baixa produtividade de mão-de-obra gerada por reinstalação de material defeituoso.
26 Perda do ganho de escala na aquisição de materiais por alongamento de prazos e ineficiência.
27 Aumento salarial de operários em função de escassez de mão-de-obra na região.
61
28 Aumento salarial devido à periculosidade e insalubridade não previstas.
29 Maiores custos de rescisão em função de rotatividade de operários maior que a prevista.
30 Despesas com a morte de operários não cobertos por seguro de vida coletivo.
31 Despesas com acidentes de trabalho não cobertas por seguro coletivo.
32 Pagamento de dias não trabalhados referente à doença de operários acima do nível previsto.
33 Aumento nas leis sociais decorrente de pagamento de horas extras não previstas.
34 Prejuízo com roubo do pagamento de operários.
35 Aumento do prazo da obra por responsabilidade do construtor.
36 Erro na estimativa do volume de obras no BDI.
37 Horas paradas de equipamentos de produção de responsabilidade do construtor.
38 Horas paradas de mão-de-obra de produção de responsabilidade do construtor.
39 Acertos indevidos efetuados por pressão da Justiça do Trabalho.
40 Riscos de engenharia não cobertos por seguro.
As incertezas devem ter seus gastos embutidos nas despesas indiretas e
são apresentadas na tabela 8.
Tabela 08: Itens de incertezas econômicas (Silva, 2006).
Item Riscos classificados como incertezas
41 Atrasos de pagamento das receitas, não previstos, com despesa financeira não repassável.
42 Inflação superior à prevista no orçamento, não repassável.
43 Custo do capital superior ao previsto no orçamento e não repassável.
44 Danos contra terceiros não cobertos por seguro de danos contra terceiros.
45 Excesso de chuvas fora ou dentro da época.
46 Gastos com a comunidade e a imprensa não repassáveis ao cliente.
47 Rigor fiscal excessivo na medição.
48 Mudança de poder político.
62
49 Despesas com acertos amigáveis.
50 Despesas com ações judiciais.
51 Prejuízo quando o cliente não paga medições além da quantidade orçada.
52 Erro no levantamento de quantidades de serviço em orçamentos de contratos por preço global.
Para Silva (2006), a identificação de riscos vem pela discussão do assunto
entre a equipe do projeto e, eventualmente, consultores externos, que conduz à lista
dos eventos “desconhecidos conhecidos”.
As incertezas de força maior não entram na formação do preço e são
apresentadas na tabela 9.
Tabela 09: Itens de incertezas de força maior (Silva, 2006).
Item Riscos classificados como incertezas de força maior
53 Pacotes econômicos.
54 Confiscos governamentais.
55 Criação de novos impostos após a assinatura do contrato.
56 Alteração na jornada de trabalho após assinatura do contrato.
57 Queda de raios.
58 Inundações.
59 Terremotos.
60 Maremotos.
61 Guerras.
62 Revoluções.
63 Depredações.
64 Saques.
65 Golpe de estado.
66 Aumento elevado de item de fabricante único.
67 Toda exigência ou imposição do cliente não prevista em contrato.
63
Silva (2006) afirma que são fatos cuja probabilidade de ocorrência não se
consegue prever, e nem a intensidade do impacto se pode avaliar, mas que podem
gerar grandes perdas, impossíveis de serem previamente quantificadas e orçadas. A
ocorrência destes fatores poderá gerar a imediata paralisação da obra ou um pedido
amigável ou judicial de equilíbrio econômico-financeiro do contrato, solicitando uma
revisão no preço para tornar possível a continuidade da execução da obra.
Segundo Silva (2006), a análise qualitativa consiste na avaliação da
importância do item de risco. Isso pode ser feito classificando-se os itens que podem
gerar maior impacto em pelo menos um dos objetivos do projeto e os que têm maior
probabilidade de acontecer.
Silva (2006) considera que entrevistas com os membros da equipe interna
do projeto e com especialistas externos podem questionar a existência de novos
fatores de risco ou a exclusão de itens sem maior expressão do sistema de
gerenciamento de riscos.
Para Silva (2006), análise quantitativa consiste no cálculo do impacto que a
ocorrência do risco vai gerar no custo do projeto. Isso pode ser feito por técnicas
conhecidas como Árvore de Decisão, Simulação de Monte Carlo, ou ainda por
Análises de Sensibilidade, ou da definição de estimativas de custo nas faixas
mínimo esperado e máximo, com base em critérios estatísticos.
2.8 – Relação tempo-custo em projetos
Para Limmer (1997), ocorre frequentemente de o prazo do empreendimento
ser prefixado, tendo seu executor que ajustar-se a esse prazo. Como o custo varia
em função do tempo, é interessante conhecer esta variação a fim de computá-la no
orçamento do projeto.
Limmer (1997) afirma que para encurtar (ou expandir) a duração de um
projeto, é preciso usar mais (ou menos) certos recursos, como mão-de-obra, que os
utilizados na execução de suas atividades em condições normais. Aumentando-se o
prazo, os custos fixos crescem. Conseqüentemente, o custo do projeto aumentará.
Assim, de acordo com Limmer (1997), se para executar uma atividade em
menor prazo, lançar-se mão de horas extras, prolongando a jornada diária de
trabalho, o custo variável da mão-de-obra aumentará, não só porque será maior o
número de horas trabalhadas em um prazo menor, como sobre a mão-de-obra
64
incidirão encargos sociais maiores (horas extras) que os normalmente incidentes
sobre horas normais de trabalho. Em contrapartida, os custos fixos diminuirão em
função do prazo menor de execução da atividade.
Como um projeto é um conjunto de atividades ordenadas logicamente, ele
refletirá uma variação de custo em função do prazo de execução dessas atividades,
conforme mostrado na figura 9.
Figura 09: Variação tempo-custo (Limmer, 1997).
Para Limmer (1997), o problema da variação tempo-custo é analisado em
dois estágios, considerando-se no primeiro a variação do custo direto (ou, conforme
alguns autores, o custo interno) e, no segundo, a variação do custo indireto (ou
externo) das atividades que compõem o caminho crítico do projeto.
Conforme Limmer (1997), a variação do custo direto de uma atividade
ocorre ao longo da curva ABC (figura 10), de difícil determinação, o que faz com que
seja substituída pelo segmento da reta AC, aproximação aceitável, considerando-se
que os custos compreendidos no intervalo AC sobre a reta são superiores aos
obtidos sobre a curva no mesmo intervalo.
Figura 10: Custo marginal de aceleração (Limmer, 1997).
65
Segundo Limmer (1997), para comprimir (ou descomprimir) o prazo de
duração de um projeto, escolhe-se, entre as atividades que compõem o seu caminho
crítico, aquela que tiver o menor custo marginal, reduzindo (ou aumentando) a sua
duração em uma unidade de tempo UT, determinando o novo custo do projeto que
no caso da compressão, podem tornar-se críticas e, no da descompressão, podem
ter suas folgas aumentadas e, conseqüentemente o seu grau de críticidade
diminuído. Este procedimento é repetido até que se tenham comprimido todas as
atividades críticas, respeitados os respectivos limites de compressão, ou até que se
tenha atingido o prazo pretendido para duração do projeto.
De acordo com Limmer (1997), com os valores assim determinados, traça-
se a curva de variação dos custos internos, acrescentando-se no mesmo gráfico as
curvas correspondentes às variações dos custos externos. A composição destas
duas famílias de curvas resulta na curva de variação do custo total, mostrando a
variação custo-tempo do projeto.
A título de ilustração, seja o seguinte exemplo de uma rede (figura 11)
constituída por três atividades, A, B, e C.
Figura 11: Rede de atividades e variação UC/UT por atividade (Limmer, 1997).
66
O controle de prazos e de recursos alocados ao projeto é feito através de
cronogramas, objetivando:
- determinar os desvios dos tempos reais de execução em relação aos
tempos planejados;
- determinar diferenças de quantidades de recursos utilizados no projeto,
com base em cronogramas de mão-de-obra, de materiais e de
equipamentos;
- determinar a variação de valor de salários, de preços de materiais e de
custos de equipamentos;
- analisar as causas de desvios e avaliar seus efeitos sobre prazos e custos
do projeto;
- determinar alternativas de correção dos desvios significativos, adotando
uma delas e implementando a sua aplicação.
O controle de prazos é feito por meio de cronogramas, buscando-se:
- registrar os prazos de execução de cada atividade com uma freqüência de
apropriação adequada. Assim, uma atividade que se desenvolva em ritmo
acelerado, que seja complexa ou abranja muitos itens, deve ser
acompanhada com freqüência maior do que aquela que se desenvolva
lentamente, seja simples e tenha poucos itens;
- determinar os atrasos e os avanços em relação às datas previstas de início
e de fim de cada atividade e;
- registrar no cronograma, na freqüência preestabelecida, o percentual, em
relação ao total previsto, da quantidade realizada de cada atividade.
Giammusso (1988) afirma que o acompanhamento de uma obra é uma
atividade gerencial típica que constitui quase que uma complementação do
orçamento. Visa à execução da obra dentro de um menor prazo e menor custo
possível. Esse duplo objetivo se traduz em custo menor ou retorno maior do
investimento.
Conforme Limmer (1997), nos cronogramas de barras costuma-se
representar o realizado por uma barra paralela à do planejado, caracterizada por
cores ou simbologias distintas, conforme mostrado na figura 12. Na barra que
representa o planejado indica-se para cada período o percentual acumulado de
atividade a realizar.
67
Figura 12: Cronograma de barras (Limmer, 1997).
Outra forma de mostrar o progresso é através de Curva S, representada na
figura 13.
Figura 13: Controle de prazos – Curva S (Limmer, 1997).
De acordo com Limmer (1997), o procedimento para o controle de prazos
obedece à mesma metodologia adotada no estabelecimento da estrutura analítica
de partição do projeto, ou seja, decompor as atividades até chegar-se aos
componentes do projeto em nível de pacote de trabalho e, uma vez aferidos os
prazos gastos na execução de cada uma de suas atividades, compará-los com os
prazos previstos e, então, sumariar os resultados obtidos num nível acima (por
exemplo, o nível de sistema) até chegar ao todo, que é o produto acabado.
Assim, parte-se da rede de tempo planejado, seja ela PERT, COM ou Roy,
e detalha-se esta rede até o terceiro nível da EAP, que é, digamos, o de sistemas. A
partir dessa rede detalhada no nível de sistemas constrói-se o correspondente
gráfico de barras, conforme exemplificado na figura 14.
68
Figura 14: Cronograma de barras do 3º. Nível da EAP (Limmer, 1997).
Limmer (1997) considera nesse cronograma, que cada atividade tem a sua
duração assinalada por uma barra horizontal (gráfico de Gantt) e a cada período de
duração da atividade consta o percentual acumulado do progresso planejado. Indica-
se também, para cada atividade, o seu peso percentual dentro do conjunto de
atividades a serem executadas, obtido da divisão do valor em moeda da atividade
pela soma dos valores de todas as atividades a serem executadas no nível de
sistema, multiplicado por cem.
Para Dias (2005), o cronograma físico-financeiro é a representação gráfica
do plano de execução da obra e deve cobrir todas as fases de execução desde a
mobilização, passando por todas as atividades previstas no projeto, até a
desmobilização do canteiro. No caso do cronograma físico adota-se normalmente o
Diagrama de Gantt para sua representação.
Dias (2005) complementa que o cronograma financeiro é a representação
monetária do cronograma físico, tendo como resultado os valores mensais de
medições, e através do somatório destes, o valor global da obra. Sendo que muitas
vezes as planilhas englobam ambos os casos e, portanto, é denominado de
cronograma físico-financeiro, tendo por objetivo o seguinte:
- Fisicamente: demonstrar a previsão da evolução física dos serviços na
unidade de tempo, permitindo avaliações periódicas de acerto;
- Financeiramente: converter a demonstração física em termos monetários
através do somatório dos quantitativos pelos preços unitários em cada etapa
do cronograma físico, que representará o desembolso do contratante por
etapa. Normalmente é elaborado mês a mês.
69
Conforme Dias (2005), é muito comum exigir-se nestes cronogramas a
apresentação dos valores em percentuais, seja para cada atividade ou seja por cada
período, e também para acumuladores. Assim sendo, cabe ao engenheiro de custo
ao elaborar este gráfico, ter em mente o prazo final de cada projeto, quase sempre
exigido pelo edital de concorrência, pois este não pode ser excedido. Os prazos de
cada atividade é critério do construtor, considerando-se a interdependências
existentes entre elas.
Segundo Goldman (1997), o setor financeiro deverá ser alimentado das
informações de previsão, periodicamente, afim de não permitir distorções grandes
em previsões de médio e longo prazo. Às vezes ocorre o inverso, ou seja, por
questões de ordem financeira, a obra poderá reduzir o seu ritmo ou até mesmo
aumentá-lo, caso seja de interesse da política da empresa naquele determinado
momento. As previsões financeiras, em geral, são divididas em duas partes:
1ª – a previsão de compromissos já assumidos (contas a pagar);
2ª – a previsão de compromissos a assumir, em geral, elaborada pelo setor
de planejamento em conjunto com o setor de produção.
Conforme Goldman (1997), as previsões financeiras são feitas em parcelas
semanais, podendo ser de curto, médio e longo prazo. Muitas empresas elaboram
uma previsão completa na fase de planejamento e, ao longo da obra, previsões
mensais (previsão bem detalhada) e de períodos em períodos (exemplo: de três em
três meses) uma previsão financeira de médio prazo. Com isso, o setor financeiro
pode alterar as previsões conforme os resultados obtidos, a fim de não permitir um
grande desvio entre o previsto e o gasto.
Goldman (1997) considera que o cronograma financeiro é o item de que em
geral as empresas mais necessitam quando da previsão de seu fluxo de desembolso
para o período de execução do empreendimento. O cronograma financeiro da obra é
elaborado com base no seu cronograma físico, levando-se em conta as
características técnicas de execução, assim como a política da empresa no tocante
à compra de materiais, fechamento de grandes contratos, condições de pagamento
e reajustamentos. Sem levar em conta estas considerações, torna-se quase
impossível executar um cronograma com boa margem de precisão.
Dias (2005) considera que principalmente em nossos dias, onde as taxas de
juros cobradas pelas instituições financeiras são elevadas, torna-se necessário à
construtora identificar em cada projeto os recursos monetários exigidos pelo
70
contrato, tendo em vista adequar este resultado ao tesouro da empresa. Desta
maneira é importante a elaboração do fluxo de caixa da obra, que resultará no saldo
ou déficit de caixa do contrato na unidade de tempo escolhida, por exemplo mensal.
Para tanto deverão ser conhecidos dois elementos: desembolso e recebimento.
Segundo Dias (2005), o desembolso corresponde a alocação dos custos
orçados na unidade de tempo correta, isto é, de acordo com as condições
estabelecidas com os fornecedores e contratos de sub-empreiteiros.
A partir do cronograma físico, deve-se identificar os custos separadamente:
- de pessoal, inclusive encargos sociais(independente);
- equipamentos próprios, descontando-se a parcela de depreciação e juros,
pois estes não são considerados como desembolso;
- materiais, dividido em grupos de mesmas condições de pagamento;
- sub-empreiteiros e transportes, nas mesmas considerações adotadas para
os materiais.
A seguir identificam-se as despesas normalmente exigidas para montagem
perfeita do fluxo de caixa.
- pessoal;
- encargos sociais;
- equipamentos próprios, desconsiderando-se os itens de custo referentes a
depreciação e juros;
- equipamentos alugados de terceiros;
- sub-empreiteiros, obrigatória análise contrato a contrato;
- materiais, com respectivos prazos de pagamento;
- impostos devidos na emissão da nota fiscal e que têm prazo curtíssimo de
pagamento;
- outros itens que tenham características especiais, inclusive a critério do
engenheiro de custos.
Para Dias (2005), no caso do recebimento pelos serviços prestados,
proceder de modo semelhante as despesas, verificando a previsão de execução, as
épocas de medições e os prazos de pagamento descritos no contrato.
Segundo Dias (2005), uma das mais versáteis técnicas de planejamento e
controle de empreendimentos é conhecida sob a sigla PERT/CPM (Program
Evaluation and Review Technique – Critical Path Method), em nosso meio técnico
mais conhecido como Método do Caminho Crítico. PERT nada mais é do que um
71
método de planejamento, replanejamento e avaliação de progresso, destinado ao
controle do projeto. Lembramos que é possível se efetuar com facilidade o PERT-
TEMPO, e ainda, o PERT-CUSTO.
De acordo com Dias (2005), muitas vezes, este método não é empregado
em função de suas dificuldades, se ainda, que o mesmo se destine a grandes
empreendimentos, o que não é verdade. Recomendamos seu emprego em
pequenos e médios projetos e a leitura de vasta bibliografia existente, bem como,
programas de computador que auxiliam e facilitam bastante a elaboração da rede,
seu cálculo e revisões periódicas.
Segundo Tisaka (2006), para determinados tipos de obras, geralmente de
médio e grande porte, é possível aplicar uma outra modalidade de contrato onde a
contratada assume parte dos riscos financeiros da operação e recebe um percentual
sobre os custos da obra condicionando ao desempenho físico e financeiro da obra
em execução.
Para Tisaka (2006), esse percentual pode variar para mais ou para menos
dependendo das metas de custos maiores ou menores atingidos em função do
orçamento inicial aprovado por ocasião da assinatura do contrato. Além disso, são
estabelecidas no cronograma metas de prazos parciais chamadas de “datas-marco”,
para a conclusão de determinadas etapas ou partes importantes da obra.
Tisaka (2006) complementa que para a antecipação de prazos, a partir de
uma determinada data até a data-marco, são instituídos prêmios em função dos
ganhos de dias, da mesma forma que são estabelecidas multas progressivas,
compensáveis ou não até a próxima data-marco. Este sistema de contrato permite
ao contratante uma melhor garantia no cumprimento dos prazos e de preços,
através do estabelecimento de condições e limites de remuneração, simples ou
compostas, dependendo das características da obra e das negociações entre as
partes.
Para Giammusso (1988), o cronograma é a maneira mais intuitiva de se
acompanhar uma obra. Consiste em representar, graficamente, a distribuição das
várias etapas da obra ao longo do tempo. Cronograma financeiro é aquele que se
refere ao desembolso necessário ao andamento da obra ao longo do tempo. Esses
desembolsos são devidos aos pagamentos de serviços de materiais e de quaisquer
despesas necessárias ao andamento da construção como, por exemplo: licenças,
seguros, transportes, cópias de plantas, documentos, telefonemas e outras.
72
2.9 – Preço de venda da obra
2.9.1 – Formação do Preço de Venda do empreendimento
Segundo TCPO (2008), a formação do preço na construção civil deve levar
em consideração a projeção de todos os gastos gerados pela prestação dos
serviços a serem produzidos em benefício do cliente, acrescidos de uma margem
bruta suficiente para garantir a entrega da obra.
TCPO (2008) considera que o orçamento, depois de aprovado, transforma-
se em Preço de Venda. E que os Preços de Venda, podem ser compostos por:
- Preços Unitários;
- Preço Global;
- Preço Integral.
Para TCPO (2008), o preço de venda é o resultado da aplicação de uma
margem denominada BDI sobre o custo direto calculado na planilha de custos.
Notas: 1ª) não confundir planilha de custos com planilha de orçamento;
2ª) o orçamento depois de aprovado transforma-se em preço de
venda.
De acordo com TCPO (2008), para a obtenção do Preço de Venda, aplica-
se a fórmula: PV = CD x [ 1 + (BDI / 100) ] onde,
PV = Preço de Venda
BDI = Benefício e Despesas Indiretas
CD = Custo Direto
Segundo Silva (2006), de posse dos dados técnicos que refletem a
qualidade e a quantidade dos serviços da obra, deve-se definir o processo de
elaboração do orçamento.
Para Silva (2006), o ponto de partida consiste em estimar os gastos que
forem possíveis pelas quantidades de serviços constantes dos projetos de
arquitetura, engenharia e complementares, chamados de custos diretos. Em
seguida, estimam-se os gastos que são proporcionais ao total do orçamento,
despesas indiretas que podem ser chamadas de contas vinculadas ao preço.
Concluindo, identificam-se os gastos e provisões que estão diretamente
73
relacionadas com o prazo da obra, as despesas indiretas com a estrutura técnica e
administrativa de suporte à produção.
Na figura 15, Gehbauer (2002) demonstra as etapas de uma orçamentação
com seus respectivos grupos de custos.
Figura 15: Estrutura de custos de uma obra (Gehbauer, 2002).
Agora Gehbauer (2002) apresenta na figura 16 a forma esquemática para o
cálculo de custos a partir do preço da proposta.
Figura 16: Representação esquemática do cálculo de custos a partir do preço da
proposta (Gehbauer, 2002).
74
Gehbauer (2002) apresenta abaixo o resumo geral dos procedimentos da
orçamentação.
Figura 17: Resumo geral dos procedimentos da orçamentação (Gehbauer, 2002).
75
Conforme Silva (2006), o preço será composto com base no custo direto, no
prazo da obra e nos encargos sobre ele incidentes, definindo assim, as despesas
indiretas e a taxa de BDI reais.
Silva (2006) define uma rotina interna para a formação do preço, composta
por cinco passos:
1. Definição do orçamento da produção;
2. Elaboração do orçamento base projetada, que contém proteção contra a
perda de correção monetária, seja por falta de índice de reajuste ou por
descolamento entre o índice de inflação da produção e o índice de inflação
do contrato;
3. Formação de um preço básico, levando-se em consideração a estrutura
das contas gerais da administração da empresa construtora, seu portfólio de
obras em andamento, uma margem para a cobertura de custos financeiros e
uma margem de resultado;
4. Formação de um preço com margem para cobertura de riscos, com base
na consideração de cenários para análise de risco e sua interferência no
passo 3;
5. Definição do preço para contratar, com a inclusão das contas vinculadas
ao preço, com impostos e despesas com comercialização.
Assim, de acordo com Silva (2006), supondo alterações posteriores na
descrição dos itens da planilha orçamentária ou a solicitação de um desconto sobre
o preço para o fechamento do contrato, caso comum, pode-se incluir um sexto
passo, que será denominado de comercialização. Sintetizando, e fazendo uso da
terminologia do Project Management Institute (PMI) e da Epusp, podem ser definidas
três fases de trabalho para a composição de preços:
1. A estimativa de custo (passos 1 e 2);
2. A orçamentação (passos 3, 4 e 5);
3. A comercialização (incluindo a apresentação do preço).
2.9.2 – Módulo de venda do empreendimento
Segundo Goldman (1997), um empreendimento da construção civil envolve
na maioria dos casos investimentos muito altos. Para serem bem sucedidos tais
empreendimentos devem ser trabalhados de maneira extremamente profissional. No
76
caso de vendas do empreendimento, não poderia ser diferente. Deve-se trabalhar
com empresas tradicionais do mercado, renomadas, que tenham estrutura para
suportar a capacidade de venda necessária.
De acordo com Goldman (1997), muitos empreendimentos hoje em dia
distribuem suas vendas com mais de uma empresa imobiliária. Além de aumentar a
perspectiva de vendas, tais empresas têm carteira de bons investidores, o que
permite boa alavancagem de vendas. Trata-se também de criar uma espécie de
competição positiva, onde todos têm a ganhar.
Segundo Parga (2003), após calculados os custos diretos, indiretos e
acessórios, e assim fixado o lucro, cabe-nos a tarefa de determinar para o cliente o
preço de venda.
Goldman (1997) afirma que para a obtenção de uma tabela de vendas
realista é preciso uma boa pesquisa mercadológica. O perfil dos futuros
compradores, o preço unitário de vendas do mercado, as mercadorias em oferta, a
localização do empreendimento, as áreas das unidades e das partes comuns do
empreendimento, as áreas de lazer, o número de vagas de garagem, entre outros,
são alguns dos aspectos a serem considerados.
De acordo com Silva (2006), em uma construção de natureza comercial ou
industrial, na qual é efetuado um investimento que precisa retornar o mais rápido
possível, o senso de valor da empresa contratante está muito relacionado com a
garantia de obtenção de um prazo urgente. Quanto maior a noção de valor do
contratante, mais facilmente será aceito o preço do construtor.
Segundo Tisaka (2006), para o cálculo do preço de venda é necessário
inicialmente levantar todos os custos diretos envolvidos numa construção civil e
depois adicionar uma margem sobre ele de modo a cobrir todos os gastos
incidentes.
Para Tisaka (2006), este trabalho ensina a calcular a margem de
remuneração pelos serviços a serem executados, tradicionalmente chamados pelas
iniciais BDI. Nesta margem estão incluídos todas as despesas indiretas da
administração, custos financeiros, taxas, impostos e o lucro.
Tisaka (2006) afirma que para isso é necessário entender como é feita a
composição dos preços para a venda de um serviço de execução na construção
civil, onde entram não somente os materiais a serem utilizados, como também a
mão-de-obra necessária para a execução e todas as demais despesas com a
77
administração, fiscalização, impostos, taxas, ferramentas e, evidentemente, o lucro
esperado pelo prestador dos serviços.
De acordo com Giammusso (1988), na formulação do preço de uma obra ou
empreendimento calcula-se o seu custo direto, através das quantidades de serviços
e respectivos preços unitários. O custo direto assim obtido e outros fatores como a
natureza, a envergadura e finalidade do empreendimento permitem a fixação dos
custos indiretos incluindo, se for o caso, o custo de comercialização.
Segundo Giammusso (1988), a apresentação do preço pode ser feita de
diversas maneiras, dependendo da modalidade de contrato. São três as
modalidades básicas de contrato:
a) Administração: é quando, em geral, não são conhecidas nem as
quantidades nem a natureza desses serviços. Essa modalidade se aplica
em situações em que não se dispõe de projeto no momento do contrato.
Nesse caso o preço apresentado se refere a uma taxa denominada de
administração, que será cobrada sobre os custos dos serviços executados que, por
sua vez, serão obtidos através das despesas com materiais, mão-de-obra e
equipamentos aplicados à obra.
b) Preços unitários: é o orçamento que consiste em se apresentarem os
preços unitários de todos os serviços que constam das especificações da
obra, incluindo-se os materiais, equipamentos e BDI.
Esta modalidade de contrato se aplica quando se conhecem os tipos de
serviços, mas não se conhecem exatamente as quantidades, ou seja, não se dispõe
ainda de projeto executivo.
c) Preço global: é o orçamento que consiste em se apresentar o preço
global da obra completa.
Esta modalidade de contrato é utilizada assim que se disponha do projeto
executivo completo, estando portanto, definidas tanto a natureza quanto as
quantidades dos diversos serviços.
d) Contrato misto: podem surgir vários casos em que se pode recorrer a um
contrato misto que exija um preço global. Mas, esperando-se que ocorram
variações de quantidades, pedem-se também preços unitários. Em
situações onde ocorram serviços não previstos, pede-se taxa de
administração a ser cobrada nesses casos.
78
2.9.3 – Viabilidade da construção
De acordo com Gehbauer (2002), um fator importante para o sucesso de um
empreendimento é a existência de uma divisão clara entre as atribuições do
responsável pelo estudo de viabilidade do mesmo e as do responsável pela
execução da obra. Deve ser evitado que um profissional trabalhe ao mesmo tempo
em ambos os setores de atividade. Sendo que experiências obtidas na construção
civil mostram que a falta desta divisão clara, coloca em risco o sucesso do
empreendimento. Isso se deve principalmente, ao fato de estarem as pessoas que
executam a obra, pelas suas atividades, na posição característica do construtor; ao
passo que o responsável pelo estudo de viabilidade do empreendimento representa
os interesses do empreendedor.
Gehbauer (2002) complementa que a mistura destes dois campos de
atividade contradiz com as exigências que se impõe a estas funções, no que diz
respeito ao tipo de raciocínio e às ações necessárias. A tabela 10 mostra os
objetivos principais destes dois grupos de interesse.
Tabela 10: Objetivos dos responsáveis pela execução e pelo estudo de viabilidade
do empreendimento (Gehbauer, 2002).
Responsáveis pela execução (construtor) Responsáveis pelo estudo de viabilidade do
empreendimento (empreendedor/ incorporador)
- levantamento de custos;
- fidelidade no cumprimento de prazos;
- garantia da qualidade na execução.
- determinação da localização do empreendimento;
- concepção do produto;
- definição do padrão de qualidade;
- análise de perspectivas de venda ou locação;
- análise de mercado de investidores.
Para Gehbauer (2002), a separação destes dois grupos de interesses não
deve significar obrigatoriamente que eles pertençam a empresas distintas; pelo
contrário, o efeito interativo entre eles pode aumentar as chances de sucesso do
empreendimento. As vantagens da coexistência destes dois grupos, como setores
distintos de uma mesma empresa são: o conhecimento do potencial financeiro e
79
técnico do construtor; a sua presença no mercado local; o grau de conhecimento
técnico que ele possui, significando uma maior segurança quanto ao levantamento
de custos da construção, além da possibilidade de se ter o planejamento e a
execução integrados.
O estudo de viabilidade do empreendimento deve considerar como fatores
de sucesso:
a) conhecimento do mercado regional:
- é de fundamental importância para o empreendimento um estudo
cuidadoso de estruturas políticas, órgãos públicos, concorrentes,
investidores, segmentos de mercado existentes, etc.;
- análise do mercado, do ponto de vista dos consumidores/usuários,
cosiderando-se, também, a disponibilidade financeira destes em
relação ao produto a ser oferecido.
b) bom aproveitamento do terreno:
- os valores dados pelo Código de Posturas Municipais (coeficiente de
aproveitamento, taxa de ocupação, etc.) devem ser aproveitados da
melhor forma possível, o que não significa, aqui, aproveitar o máximo
possível em área. A otimização do uso do terreno deve ter prioridade
sobre o esgotamento máximo do aproveitamento permitido pelo Código
Municipal.
c) aperfeiçoamento da concepção do projeto:
- através de um trabalho conjunto do arquiteto com a construtora e os
demais projetistas, devem ser feitas otimizações no projeto que
reduzam os custos do empreendimento.
d) rede de contados:
- naturalmente, uma maior experiência e rede de contatos aumentam
as possibilidades de sucesso de um empreendimento.
Gehbauer (2002) complementa que junto aos fatores de sucesso citados
acima, existem também os fatores de risco que podem, principalmente no caso de
pouca experiência do empreendedor, reduzir um pouco, bastante ou até totalmente,
os lucros estabelecidos. Sendo que estes fatores de risco podem ser:
- decorrentes de falhas no estudo de viabilidade do empreendimento como,
por exemplo, uma concepção de projeto não correspondente ao mercado,
80
ou pouca adequação do produto ao local ou ao usuário, acarretando
dificuldades na venda do produto;
- falhas no planejamento: imposições dos órgãos públicos não consideradas
previamente, ocasionando a não concessão de aprovações necessárias,
gerando assim atrasos ou impedimentos no desenvolvimento do
empreendimento que podem provocar o fracasso deste;
- escassez de venda devido a uma recessão econômica;
- riscos quanto ao custo, prazo e qualidade, ocasionados por um processo
lento de desenvolvimento do empreendimento, com o conseqüente aumento
dos custos. Outros fatores que provocam aumento nos custos são as
alterações do projeto durante a fase de execução, assim como reparos de
danos provocados por uma execução de baixa qualidade;
- riscos provenientes do solo no terreno de implantação do
empreendimento, devido a empecilhos não previstos como contaminações
ou, no caso de solo com pouca resistência, custos extras com fundações
especiais;
- risco financeiro decorrente de juros muito altos.
Para Gehbauer (2002), o estudo de viabilidade econômica de um
empreendimento não deve ser considerado como um tópico à parte. Ele deve ser
realizado periodicamente, em espaços de tempo tão curtos quanto possível, e várias
vezes em cada etapa do planejamento, permitindo uma rápida reação aos desvios,
que otimize ou interrompa o desenvolvimento do empreendimento. A interrupção
deste deve ser levada em consideração mesmo que o estudo de viabilidade já se
encontre em estágio avançado.
Segundo Gehbauer (2002), outro aspecto a ser considerado diz respeito à
situação do próprio empreendedor ou construtor, pois quanto maior a sua
experiência e o potencial da empresa em pessoal especializado, tanto mais etapas
de trabalho podem ser executadas e fiscalizadas por ele mesmo.
Segundo Silva (2006), o conhecimento dos benefícios e despesas indiretas
é fundamental para a viabilização das empresas construtoras. Imagine a situação de
um engenheiro iniciando suas atividades empresariais e precisando calcular seus
preços e elaborar seus primeiros orçamentos de obra.
Silva (2006) afirma que os custos diretos unitários dos serviços de
construção são conhecidos pela consulta a tabelas de composições de consumo
81
unitário, em conjunto com a cotação dos preços de insumos no mercado e com a
quantificação dos serviços da obra. Os consumos de cimento, areia, pedra, horas de
betoneira e horas de mão-de-obra para produzir um metro cúbico de concreto, e os
consumos unitários de milhares de outros serviços se encontram disponíveis na
literatura técnica.
Para Silva (2006), os preços unitários de mercado de cada serviço podem
ser pesquisados nos orçamentos de referência de obras públicas ou nos orçamentos
de obras particulares a que se tenha acesso. Com estes dados, poderá ser
elaborado um orçamento e calculada a margem de contribuição que cada preço
unitário de mercado oferece para o pagamento das despesas indiretas. No entanto,
ficarão pendentes algumas questões empresariais, entre as quais:
- Quanto será possível gastar por mês na estrutura administrativa de seu
novo escritório?
- Quantos metros cúbicos de concreto (em conjunto com outros serviços)
serão necessários construir por mês no caso de trabalhar com os preços
pesquisados de mercado?
- Quais os benefícios que sua empresa terá se conseguir produzir serviços
numa quantidade razoável, gastando as despesas administrativas que
foram julgadas necessárias?
- Valeria a pena oferecer um desconto para conseguir contratar uma
quantidade de serviços maior?
Silva (2006) relata que esta é uma situação de mercado comum que ilustra
a importância de se conhecer e saber calcular as despesas indiretas e os benefícios.
Não é aconselhável dirigir uma empresa com dúvidas tão importantes. É necessário
dispor de um método de cálculo para tratar estas questões, inclusive para calcular
detalhadamente os preços internos e elaborar orçamentos mais personalizados.
Para Silva (2006), a questão é ainda de maior impacto para a empresa
contratante de obras. As vantagens de dispor de uma obra com a qualidade
necessária, dentro do prazo estipulado e no custo previamente contratado são
inúmeras. Os ganhos com a venda, locação ou utilização da obra são muito maiores
do que a obtenção de alguns pontos percentuais de desconto no preço do
construtor.
Assim, de acordo com Silva (2006), para elaborar um bom orçamento de
referência, o contratante precisa estimar as despesas administrativas de uma
82
construtora (de preferência de um que seja técnica, administrativa e financeiramente
capacitado para executar adequadamente sua obra) e uma série de outras despesas
indiretas da obra.
Segundo Silva (2006), os níveis médios do custo direto de produção são
bem conhecidos, mas estimar as despesas indiretas das empresas parceiras é mais
complicado do que estimar os próprios gastos. Assim sendo, para um mercado
competitivo como o da construção civil brasileira, o conhecimento destas
informações estratégicas é uma base necessária para a tomada das melhores
decisões empresariais.
Conforme Gehbauer (2002), o estudo de viabilidade do empreendimento é a
comparação entre a estimativa de custo do mesmo e os rendimentos que se espera
obter por meio da sua comercialização. Ele compreende todo o planejamento
técnico básico necessário, desde a idéia inicial, até a elaboração do anteprojeto.
Segundo Gehbauer (2002), para empresas de incorporação/construção, é
durante o estudo de viabilidade do empreendimento que fatores como localização,
capital e concepção do produto são combinados, de tal forma que se obtenha uma
incorporação bem sucedida. Isto significa colocar no mercado imóveis de vida útil
longa e rentável, cuja produção seja economicamente competitiva para a empresa.
Do ponto de vista social e ambiental, a realização de um empreendimento deve
gerar trabalho, aprimoramento técnico, desenvolvimeto tecnológico, promovendo
assim benefícios sociais, além de ser ambientalmente sustentável.
Gehbauer (2002) relata que observando-se o histórico de um
empreendimento imobiliário, pode-se constar a existência de três fases distintas ao
longo de sua existência:
a) o estudo de viabilidade do empreendimento:
- concepção do produto, análise do potencial técnico e financeiro da
empresa em relação ao empreendimento, análise do mercado e das
possibilidades de rendimento, aquisição do terreno, caso este ainda
não exista e contratação do arquiteto e demais projetistas.
b) gestão do empreendimento:
- elaboração e coordenação dos projetos;
- planejamento;
- orçamentação;
- legalização do empreendimento;
83
- comercialização;
- execução.
c) administração posterior à construção:
- atendimento ao cliente;
- manutenção e administração ao longo de sua vida útil.
Segundo Goldman (1997), um elemento que hoje também é fundamental a
uma correta viabilidade e que não se pode deixar de levar em conta é o prazo da
obra. Considerando que o prazo é um pouco delimitado pelo prazo técnico de
execução, não faz mal lembrar que a sua variação implica alterações no custo direto
e indireto de construção e nas despesas financeiras, entre outros. E a sua
importância aumenta ainda mais, com acréscimo real dos custos da mão-de-obra e
seus respectivos encargos sociais.
Goldman (1997) afirma que de posse do estudo do projeto arquitetônico, do
terreno em questão, ou opção para a sua compra, é preciso elaborar um estudo de
viabilidade econômica do empreendimento, para que os incorporadores tenham a
dimensão exata das despesas, riscos e margem de lucratividade do
empreendimento. Esta talvez seja a fase mais importante do processo, pois é nela
que será decidido o destino do empreendimento. Caso se confirme a sua execução,
deve-se avaliar a forma financeira a ser adotada.
Goldman (1997) considera como principais variáveis para a viabilidade do
empreendimento:
Despesas:
- custo do terreno;
- custo do projeto e viabilidade econômica;
- custos da construção;
- custo de venda (lançamento, corretagem);
- custos financeiros por empréstimos ou financiamentos;
- despesas jurídicas, impostos, taxas, doações;
- despesas administrativas da construção e das vendas.
Receitas:
- venda das unidades do empreendimento.
Algumas metodologias são usadas nas análises de viabilidade de um
empreendimento. Podemos citar, entre elas:
- percentual do valor do lucro em relação ao valor do terreno;
84
- percentual do valor do lucro em relação ao valor das despesas do
empreendimento;
- valor do lucro em relação ao número de meses de duração do
empreendimento;
- renda mensal decorrente da locação do empreendimento pronto;
- percentual da renda mensal total em relação às despesas do
empreendimento;
- percentual dos lucros em relação aos recursos próprios alocados.
Goldman (1997) relata que cada empreendedor tem sua maneira de
analisar a viabilidade do empreendimento e suas margens mínimas de lucratividade.
Muitas vezes estes empreendedores comparam os resultados com os outros tipos
de investimento, não necessariamente na área imobiliária.
Goldman (1997) considera que um fator extremamente importante na
viabilidade econômica são as condições de venda do empreendimento e de
pagamentos, e a época de venda. Isto porque no estudo de viabilidade econômica é
feita uma projeção de custeio ao longo do tempo e também das receitas.
Conforme Goldman (1997), um empreendimento pode dar resultados
conservadores, caso tudo se confirme como o previsto em planejamento. Já em
contrapartida, poderemos obter resultados absolutamente surpreendentes, quando
se lançam à venda as unidades de um bom projeto, em condições financeiras
favoráveis ao mercado, ainda na fase inicial ou até mesmo antes do início do
empreendimento.
Para Goldman (1997), um fluxo de caixa bem elaborado, em casos de
vendas bem sucedidas, possibilita um desembolso muito reduzido dos recursos
próprios, resultando em lucratividades altas na análise de lucros obtidos pelos
recursos próprios alocados.
Goldman (1997) afirma que para o estudo de viabilidade é importante a
participação conjunta dos profissionais envolvidos diretamente com o
empreendimento, tais como:
- incorporadores;
- escritório de arquitetura;
- escritório de planejamento e gerenciamento;
- escritório de promoção e propaganda;
- escritório de vendas;
85
- escritório jurídico.
Goldman (1997) considera três setores envolvidos para o estudo de
viabilidade da construção, sendo: vendas, financeiro e arquitetura.
Segundo Goldman (1997), as empresas de construção ou têm no seu
quadro de funcionários profissionais altamente especializados no ramo de
corretagem e vendas, ou trabalham com empresas especializadas. Em função de
uma série de fatores, tais como localização do terreno, padrão social da região,
características do projeto, situação do mercado comprador e vendedor entre outros
aspectos.
Goldman (1997) relata que o setor de corretagem e vendas fornecerá para
a viabilidade da construção:
- Valor de terreno: pode ser obtido diretamente com proprietários que
tenham interesse na venda ou através de um custo médio por m² de terreno
(valores estimativos), entre outros.
- Valor de venda dos imóveis: pode ser obtido através de vendas de
imóveis semelhantes, em regiões próximas ao local em estudo, através de
anúncios publicados nos meios de comunicação ou por estimativas do
custo/m² de área útil da unidade, entre outros.
- Despesas com promoções: em função da política promocional da
empresa ou através de percentual do volume geral de vendas, cobrado
pelas empresas especializadas em vendas.
Para Goldman (1997), na obtenção da viabilidade econômica, outro setor de
fundamental importância é o financeiro. Isto porque, em função da política da
empresa empreendedora, pode-se empreender um projeto com recurso próprio, ou
através de recursos de terceiros; entre eles, os financiamentos são os mais comuns.
Tanto na utilização de recursos próprios como na utilização de recursos de terceiros,
a empresa incorre em despesas financeiras que devem ser computadas na
viabilidade do empreendimento.
Segundo Goldman (1997), na primeira fase do empreendimento, ou seja, a
fase de viabilidade, em geral as empresas ainda não têm o projeto arquitetônico
detalhado. Mas o ideal seria que mesmo nesta fase, já se tenha esse projeto. Ocorre
que por questões de negociações nem sempre é possível esperar que o projeto
esteja pronto, e por isso mesmo a viabilidade é feita de maneira “estimativa”.
86
3 – MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 – Contexto da pesquisa e descrição da área de estudo
No caso em questão, foi pesquisada uma obra fictícia desenvolvida através
de projetos executivos (ver anexo 1) pelo próprio autor deste trabalho, com
finalidade acadêmica.
A área de estudo em questão seria o levantamento orçamentário da obra
em projeto, com a finalidade de apresentar todas as etapas previstas em orçamento,
desde o levantamento quantitativo dos materiais, até o preço de venda da obra.
3.2 – Amostra da pesquisa (edificação)
Esta pesquisa foi realizada tendo como amostra (ou objeto de estudo) um
edifício residencial mono-famíliar, contendo os respectivos projetos:
- Projeto de Canteiro de Obras;
- Projeto de Fundações;
- Projeto Arquitetônico;
- Projeto Estrutural;
- Projeto de Instalações Hidráulicas;
- Projeto de Instalações Elétricas;
- Projeto de Racionalização.
- Projeto de Telhado.
3.3 – Procedimentos de coleta de dados
Os dados da presente pesquisa foram obtidos através do trabalho “manual”
de quantificação de todos os elementos necessários à execução do edifício.
O levantamento quantitativo dos materiais e mão-de-obra foi feito a partir
das análises dos projetos executivos.
Os dados quantitativos de planejamento foram transportados para o
software Microsoft Excel, onde foi feita toda a implantação dos preços dos materiais
e mão-de-obra.
87
3.4 – Procedimentos informatizados de manipulação de dados
O trabalho de orçamento de obras de engenharia civil tem hoje ferramentas
imprescindíveis ao engenheiro devido à forma com que essas ferramentas agilizam
a execução de serviços que em outras épocas demandavam muito tempo para
serem executados.
As ferramentas em questão são os computadores e os softwares
direcionados aos trabalhos de engenharia civil, que vêm dando uma nova dinâmica
aos engenheiros projetistas e orçamentistas.
Neste trabalho foram utilizados os seguintes softwares:
- AutoCAD (prancheta eletrônica utilizada para o desenvolvimento de
projetos);
- CypeCAD (cálculo estrutural e detalhamento de armaduras);
- TigreCAD (dimensionamento de instalações sanitárias);
- AutoPower (dimensionamento e detalhamento de instalações elétricas);
- Microsoft Excel (planilha eletrônica com recursos de operações
matemáticas).
88
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os dados do levantamento orçamentário da obra foram representados em
planilhas do software Microsoft Excel, conforme parâmetros estabelecidos pelas
técnicas usuais de engenharia e pela TCPO (2008).
4.1 – Valores unitários
ORÇAMENTO, PLANEJAMENTO E CONTROLE DAS CONTRUÇÕES
RELAÇÃO DE SERVIÇOS PARA COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS
CÓD. ATIVIDADE Preço Unitário
Preço Total Quantidade Componentes Consumo UN.
1. SERVIÇOS INICIAIS
010201 1.1 - Sondagem de reconhecimento do subsolo com tubo de revestimento de 2 1/2"de dâmetro. M
20,00
Serviço de sondagem 1 m R$ 24,50 R$ 24,50
Leis Sociais 122,5% R$ 30,01
BDI 2% R$ 1,09
Preço Total Unitário R$ 55,60
2. INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS
020202 2.1 - Raspagem e limpeza de terreno M²
261,25
Servente 0,25 h R$ 1,80 R$ 0,45
Leis Sociais 122,5% R$ 0,55
BDI 2% R$ 0,02
Preço Total Unitário R$ 1,02
020301 2.2 - Ligação provisória de água para a obra e instalação provisória de sanitário para uso dos operários. UN.
1,00
Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 8 m2 R$ 14,80 R$ 118,40
Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 25 m R$ 1,90 R$ 47,50
Tijolo comum 30 un R$ 0,18 R$ 5,40
Areia Média 0,0189 m3 R$ 38,43 R$ 0,73
Manilha e conexões de barro vibrado de 100 mm 5 un R$ 4,26 R$ 21,30
Bacia turca ou sifinada 1 un R$ 71,00 R$ 71,00
Caixa d'água de fibrocimento de 1000 L 1 un R$ 161,67 R$ 161,67
Tubo galvanizado e conexões de 20 mm 30 m R$ 1,95 R$ 58,50
Hidrômetro 1 m R$ 60,00 R$ 60,00
Prego 15x15 1 kg R$ 4,50 R$ 4,50
Taxa de ligação 1 Tx R$ 200,00 R$ 200,00
Pedreiro 8 h R$ 2,80 R$ 22,40
Carpinteiro 8 h R$ 2,80 R$ 22,40
Servente 8,12 h R$ 1,80 R$ 14,62
Encanador 8 h R$ 2,80 R$ 22,40
89
Ajudante 4 h R$ 2,11 R$ 8,44
Leis Sociais 122,5% R$ 110,56
BDI 2% R$ 10,48
Preço Total Unitário R$ 960,29
020302 2.3 - Ligação provisória de luz e força para obra, com distribuição interna. UN.
1,00
Caixa para entrada de força, inclusive acessórios 1 un R$ 73,30 R$ 73,30
Poste de ferro 4 1/2" x 6 m 1 un R$ 240,00 R$ 240,00
Taxa de ligação 1 Tx R$ 200,00 R$ 200,00
Cabo de 6 mm2 27 m R$ 1,95 R$ 52,65
Eletricista 24 h R$ 2,80 R$ 67,20
Ajudante 24 h R$ 2,11 R$ 50,64
Leis Sociais 122,5% R$ 144,35
BDI 2% R$ 16,56
Preço Total Unitário R$ 844,71
020403 2.4 - Tapume de chapa de madeira cmpensada de 6mm de espessura, de 2,44 x 1,22m, dispondo de abertura e portão M²
148,00
Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 1,1 m2 R$ 14,80 R$ 16,28
Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 3,15 m R$ 1,90 R$ 5,99
Ripa de peroba de 5x1 cm 3,3 m R$ 0,89 R$ 2,94
Prego 0,3 kg R$ 4,50 R$ 1,35
Ferragens 0,5 kg R$ 30,50 R$ 15,25
Carpinteiro 1 h R$ 2,80 R$ 2,80
Ajudante 1 h R$ 2,11 R$ 2,11
Leis Sociais 122,5% R$ 6,01
BDI 2% R$ 1,05
Preço Total Unitário R$ 53,78
020404 2.5 - Abrigo provisório, com um pavimento, para alojamento e depósito de materiais e ferramentas, com cobertura em telhas de fibrocimento e tesouras de madeira, portas e janelas em chapa compensada e piso de concreto desempenado.
M²
1,00
Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 1,08 m2 R$ 14,80 R$ 15,98
Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 4,9 m R$ 1,90 R$ 9,31
Ripa de peroba de 5x1 cm 8 m R$ 0,89 R$ 7,12
Sarrafo de pinho 1 x 4" 3 m R$ 1,45 R$ 4,35
Tabua de pinho de terceira 1x6" 4 m² R$ 14,80 R$ 59,20
Viga de peroba 6x12cm 0,8 m R$ 10,38 R$ 8,30
chapa compensada de 12mm 1,9 m² R$ 8,42 R$ 16,00
Telha ondulada de fibrocimento de 4 mm 1,2 m2 R$ 11,92 R$ 14,30
Cumeeira de fibrocimento 0,25 m R$ 6,25 R$ 1,56
Prego 18x27 0,8 kg R$ 4,41 R$ 3,53
Prego 15x15 0,2 kg R$ 4,50 R$ 0,90
Cimento 26,18 kg R$ 0,22 R$ 5,76
Areia 0,0805 m³ R$ 38,51 R$ 3,10
Brita 1 0,0313 m³ R$ 32,01 R$ 1,00
90
Brita 2 0,0732 m³ R$ 32,01 R$ 2,34
Betoneira 0,085 h R$ 0,80 R$ 0,07
Pedreiro 0,3 h R$ 2,80 R$ 0,84
Carpinteiro 12 h R$ 2,80 R$ 33,60
Servente 16 h R$ 1,80 R$ 28,80
Leis Sociais 122,5% R$ 77,47
BDI 2% R$ 5,14
Preço Total Unitário R$ 298,68
020501 2.6 - Locação da obra. M²
136,90
Tábua de Pinho 1x9" 0,09 m2 R$ 14,80 R$ 1,33
Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 0,04 m R$ 1,90 R$ 0,08
Prego 0,012 kg R$ 4,50 R$ 0,05
Arame galvanizado 0,02 kg R$ 5,29 R$ 0,11
Carpinteiro 0,13 h R$ 2,80 R$ 0,36
Servente 0,13 h R$ 1,80 R$ 0,23
Leis Sociais 122,5% R$ 0,73
BDI 2% R$ 0,06
Preço Total Unitário R$ 2,96
040704 2.7 - Construção e demolição de andaime para 1 m² de alvenaria de 1/2 tijolo - reaproveitamento de 10 vezes M²
16,29
Madeira 0,000327 m³ R$ 532,00 R$ 0,17
Pregos e grampos 0,015 kg R$ 4,50 R$ 0,07
Carpinteiro 0,04 h R$ 2,80 R$ 0,11
Servente 0,12 h R$ 1,80 R$ 0,22
Leis Sociais 122,5% R$ 0,40
BDI 2% R$ 0,02
Preço Total Unitário R$ 0,99
3. MOVIMENTO DE TERRA
030201 3.1 - Escavação manual em campo aberto, solo de qualquer categoria, exceto rocha, até 2m de profundidade. M³
10,21
Servente 2,93 h R$ 1,80 R$ 5,27
Leis Sociais 122,5% R$ 6,46
BDI 2% R$ 0,23
Preço Total Unitário R$ 11,97
040110 3.2 - Transporte a 30 m, em direção horizontal, de materiais a granel UN.
15,00
Servente 2,5 h R$ 1,80 R$ 4,50
Leis Sociais 122,5% R$ 5,51
BDI 2% R$ 0,68
Preço Total Unitário R$ 10,69
030101 3.3 - Escavação manual de valas, solo de qualquer categoria, exceto rocha, até 2m de profundidade. M³
10,21
Servente 3,25 h R$ 1,80 R$ 5,85
Leis Sociais 122,5% R$ 7,17
BDI 2% R$ 0,69
91
Preço Total Unitário R$ 13,70
030158 3.4 - Reaterro apiloado de valas. M³
10,21
Pedreiro 0,35 h R$ 2,80 R$ 0,98
Servente 3,5 h R$ 1,80 R$ 6,30
Leis Sociais 122,5% R$ 8,92
BDI 2% R$ 0,32
Preço Total Unitário R$ 16,52
030122 3.5 - Apiloamento de fundo de valas com maço de 30 kg. M²
25,51
Servente 1,5 h R$ 1,80 R$ 2,70
Leis Sociais 122,5% R$ 3,31
BDI 2% R$ 0,12
Preço Total R$ 6,13
3.6 - Aterro interno com camadas de 20cm, fortemente umedecidas e apiloadas. M³
030158 36.1 - Reaterro apiolado de valas. M³
25,51
Pedreiro 0,35 h R$ 2,80 R$ 0,98
Servente 3,5 h R$ 1,80 R$ 6,30
Leis Sociais 122,5% R$ 8,92
BDI 2% R$ 0,32
Preço Total R$ 16,52
4. INFRA-ESTRUTURA
050105 4.1 - Execução de estaca moldada "in loco", diâmetro de 32 cm, concreto controle tipo "C"- Fck 13,5 MPa para cargas máximas de travalho à compressão axial de 30 t.
M
0,00
Cimento 24 kg R$ 0,22 R$ 5,28
Areia Média ou grossa 0,048 m3 R$ 38,51 R$ 1,85
Brita 2 0,064 m3 R$ 32,02 R$ 2,05
Aço CA 25 de 9,52 mm 0,46 kg R$ 2,72 R$ 1,25
Equipamento e mão de obra para cravação 1 h R$ 5,88 R$ 5,88
Leis Sociais 122,5% R$ 7,20
BDI 2% R$ 0,47
Preço Total Unitário R$ 23,98
4.2 - Viga baldrame de concreto armado, Fck 20Mpa, controli tipo B, com betoneira, com 5 ferros corridos de 12.5mm e estribos 5,0mm a cada 20cm, dimensões 0,25 x 0,35m M³
050511 4.2.1 - Preparo de concreto estrutural, com betoneira, controle tipo "B", Fck = 20 Mpa. M³
10,21
Cimento (352 KG + 5%) 369,6 kg R$ 0,22 R$ 81,31
Areia Média 0,6139 m3 R$ 38,51 R$ 23,64
Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42
Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69
Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57
Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80
Leis Sociais 122,5% R$ 13,23
BDI 2% R$ 3,15
Preço Total Unitário R$ 160,82
92
050301 4.2.2 - Fôrma de tábua de pinho para concreto armado em fundações, levando-se em conta a utilização cinco vezes. M²
81,64
Tábua de pinho de 3ª 1 x 12" 1 m R$ 14,80 R$ 14,80
Sarrafo de pinho de 10 x 2,5 cm (travessas) 0,5 m R$ 1,45 R$ 0,73
Prego 18 x 27 0,15 kg R$ 4,50 R$ 0,68
Desmoldante para fôrmas 0,4 L R$ 6,56 R$ 2,62
Carpinteiro 1,3 h R$ 2,80 R$ 3,64
Ajudante 1,3 h R$ 2,11 R$ 2,74
Leis Sociais 122,5% R$ 7,82
BDI 2% R$ 0,66
Preço Total Unitário R$ 33,69
050405 4.2.3 - Armadura CA 50 A ou B - média, diâmetro de 6,35 a 9,52 mm (1/4"a 3/8"). Kg
152,00
Aço CA 50 A ou B de 6,35 a 9,52 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13
Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08
Ferreiro 0,08 h R$ 2,80 R$ 0,22
Ajudante 0,08 h R$ 2,11 R$ 0,17
Leis Sociais 122,5% R$ 0,48
BDI 2% R$ 0,08
Preço Total Unitário R$ 4,17
050406 4.2.4 - Armadura CA 50 A ou B - grossa, diâmetro de 12,7 a 25,4 mm (1/2"a 1"). Kg
409,00
Aço CA 50 A ou B de 12,7 a 25,4 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13
Arame recozido n. 18 0,03 kg R$ 4,19 R$ 0,13
Ferreiro 0,1 h R$ 2,80 R$ 0,28
Ajudante 0,1 h R$ 2,11 R$ 0,21
Leis Sociais 122,5% R$ 0,60
BDI 2% R$ 0,09
Preço Total Unitário R$ 4,43
050517 4.2.5 - Lançamento e aplicação de concreto em fundação. M³
10,21
Pedreiro 2 h R$ 2,80 R$ 5,60
Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80
Leis Sociais 122,5% R$ 20,09
BDI 2% R$ 0,73
Preço Total Unitário R$ 37,22
050215 4.2.6 - Alvenaria de embasamento com tijolos comuns, dimensões 5x10x20cm, asssentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média no traço 1:2:8. M²
30,62
Cimento 51,87 kg R$ 0,22 R$ 11,41
Cal hidratada 51,87 kg R$ 0,28 R$ 14,52
Areia média 0,3198 kg R$ 38,51 R$ 12,32
Tijolo comum 795 un R$ 0,20 R$ 159,00
Pedreiro 7 h R$ 2,80 R$ 19,60
Servente 9,63 h R$ 1,80 R$ 17,33
Leis Sociais 122,5% R$ 45,24
BDI 2% R$ 5,59
93
Preço Total Unitário R$ 285,02
5. IMPERMEABILIZAÇÃO
120101 5.1 - Impermeabilização de alvenaria de embasamento, no respaldo, empregando argamassa de cimento e areia no traço 1:3, com aditivo impermeabilizante, espessura de 2cm. M²
86,75
Argamassa 1:3 com impermeabilizante 0,02 m3 R$ 2,00 R$ 0,04
Cimento 9,72 kg R$ 0,22 R$ 2,14
Areia média 0,0243 m3 R$ 38,51 R$ 0,94
Impermeabilizante 0,4 kg R$ 2,40 R$ 0,96
Pedreiro 0,75 h R$ 2,80 R$ 2,10
Servente 0,95 h R$ 1,80 R$ 1,71
Leis Sociais 122,5% R$ 4,67
BDI 2% R$ 0,25
Preço Total Unitário R$ 12,80
6. ALVENARIA DE ELEVAÇÃO (VEDAÇÃO)
070106 6.1 - Alvenaria de elevação com tijolos comuns, dimensões 5x10x20cm, assentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar, no traço 1:2:8. Espessura das juntras 12 mm - espessura da parede (chato) sem revestimento: 10 cm.
M²
162,90
Cimento 4,55 kg R$ 0,22 R$ 1,00
Cal hidratada 4,55 kg R$ 0,28 R$ 1,27
Areia média ou grossa 0,0304 m3 R$ 38,51 R$ 1,17
Tijolo comum 84 un R$ 0,20 R$ 16,80
Andaimes 1 un R$ 1,00 R$ 1,00
Pedreiro 1,6 h R$ 2,80 R$ 4,48
Servente 1,85 h R$ 1,80 R$ 3,33
Leis Sociais 122,5% R$ 9,57
BDI 2% R$ 0,77
Preço Total Unitário R$ 39,40
070110 6.2 - Alvenaria de elevação com tijolos comuns, dimensões 5x10x20cm, assentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar, no traço 1:2:8. Espessura das juntras 12 mm - espessura da parede sem revestimento: 20 cm.
M²
143,25
Cimento 10,37 kg R$ 0,22 R$ 2,28
Cal hidratada 10,37 kg R$ 0,28 R$ 2,90
Areia média ou grossa 0,0693 m3 R$ 38,51 R$ 2,67
Tijolo comum 159 un R$ 0,20 R$ 31,80
Andaimes 1 un R$ 1,00 R$ 1,00
Pedreiro 2,5 h R$ 2,80 R$ 7,00
Servente 3,07 h R$ 1,80 R$ 5,53
Leis Sociais 122,5% R$ 15,34
BDI 2% R$ 1,37
Preço Total Unitário R$ 69,89
7. CINTAS DE CONCRETO
7.1 - No respaldo do embasamento (viga baldrame) M³
050511 7.1.1 - Preparo de concreto estrutural, com betoneira, controle tipo "B", Fck = 20 Mpa. M³
2,04 Cimento (352 KG + 5%) 369,6 kg R$ 0,22 R$ 81,31
94
Areia Média 0,6139 m3 R$ 38,51 R$ 23,64
Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42
Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69
Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57
Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80
Leis Sociais 122,5% R$ 13,23
BDI 2% R$ 3,15
Preço Total Unitário R$ 160,82
050405 7.1.2 - Armadura CA 50 A ou B - média, diâmetro de 6,35 a 9,52 mm (1/4"a 3/8"). Kg
25,00
Aço CA 50 A ou B de 6,35 a 9,52 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13
Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08
Ferreiro 0,08 h R$ 2,80 R$ 0,22
Ajudante 0,08 h R$ 2,11 R$ 0,17
Leis Sociais 122,5% R$ 0,48
BDI 2% R$ 0,08
Preço Total Unitário R$ 4,17
050407 7.1.3 - Armadura CA "60 B - fina, diâmetro de 3,4 a 6,0 mm. Kg
0,00
Aço CA 60 B de 3,4 a 6,0 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13
Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08
Ferreiro 0,07 h R$ 2,80 R$ 0,20
Ajudante 0,07 h R$ 2,11 R$ 0,15
Leis Sociais 122,5% R$ 0,42
BDI 2% R$ 0,08
Preço Total Unitário R$ 4,06
7.2 - No respaldo da alvenaria de elevação em concreto Fck 20MPa, com 4 ferros de 6.3mm, estribos 5,0mm a cada 25cm, dimensões de 0,10 x 0,25m M³
050511 7.2.1 - Preparo de concreto estrutural, com betoneira, controle tipo "B", Fck = 20 Mpa. M³
2,04
Cimento (352 KG + 5%) 369,6 kg R$ 0,22 R$ 81,31
Areia Média 0,6139 m3 R$ 38,51 R$ 23,64
Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42
Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69
Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57
Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80
Leis Sociais 122,5% R$ 13,23
BDI 2% R$ 3,15
Preço Total Unitário R$ 160,82
050405 7.2.2 - Armadura CA 50 A ou B - média, diâmetro de 6,35 a 9,52 mm (1/4"a 3/8"). Kg
25,00
Aço CA 50 A ou B de 6,35 a 9,52 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13
Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08
Ferreiro 0,08 h R$ 2,80 R$ 0,22
Ajudante 0,08 h R$ 2,11 R$ 0,17
Leis Sociais 122,5% R$ 0,48
95
BDI 2% R$ 0,08
Preço Total Unitário R$ 4,17
050407 7.2.3 - Armadura CA "60 B - fina, diâmetro de 3,4 a 6,0 mm. Kg
0,00
Aço CA 60 B de 3,4 a 6,0 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13
Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08
Ferreiro 0,07 h R$ 2,80 R$ 0,20
Ajudante 0,07 h R$ 2,11 R$ 0,15
Leis Sociais 122,5% R$ 0,42
BDI 2% R$ 0,08
Preço Total Unitário R$ 4,06
8. VERGAS
070401 8.1 - Vergas retas de concreto armado, controle tipo "B" Fck 20,0 Mpa. M³
2,66
Cimento 327,6 kg R$ 0,22 R$ 72,07
Areia média ou grossa 0,6235 m3 R$ 38,51 R$ 24,01
Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42
Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69
Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57
Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 0,6 m R$ 1,90 R$ 1,14
Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 5 m2 R$ 14,80 R$ 74,00
Aço CA 25 de 7,94 mm 60 kg R$ 2,63 R$ 157,80
Arame recozido n. 18 1,2 kg R$ 4,19 R$ 5,03
Prego 18x27 2 kg R$ 4,50 R$ 9,00
Armador 4,8 h R$ 2,80 R$ 13,44
Carpinteiro 7,5 h R$ 2,80 R$ 21,00
Pedreiro 2 h R$ 2,80 R$ 5,60
Servente 12 h R$ 1,80 R$ 21,60
Ajudante 12,3 h R$ 2,11 R$ 25,95
Leis Sociais 122,5% R$ 107,30
BDI 2% R$ 11,33
Preço Total Unitário R$ 577,96
9. LAJE DE FORRO
060501 9.1 - Laje pré fabricada para forro, intereixo de 41 cm, espessura de 10 cm (capeamento de 2cm), consumo de concreto controle tipo "B" Fck 20 Mpa = 0,028m3/m2.
M²
136,90
Laje pré-fabricada 8 cm 1 m2 R$ 11,69 R$ 11,69
Cimento 9,53 kg R$ 0,22 R$ 2,10
Areia média 0,0174 m3 R$ 38,51 R$ 0,67
Brita 1 0,0074 m3 R$ 32,02 R$ 0,24
Brita 2 0,0172 m3 R$ 32,02 R$ 0,55
Betoneira 0,02 h R$ 0,80 R$ 0,02
Aço CA 50 A ou B de 6,35 mm 0,03 kg R$ 2,63 R$ 0,08
Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 0,59 m R$ 14,80 R$ 8,73
Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 1,06 m R$ 1,90 R$ 2,01
96
Sarrafo de pinho 1x4" 0,67 m R$ 1,45 R$ 0,97
Prego 18x27 0,03 kg R$ 4,50 R$ 0,14
Pedreiro 0,35 h R$ 2,80 R$ 0,98
Servente 0,7 h R$ 1,80 R$ 1,26
Leis Sociais 122,5% R$ 2,74
BDI 2% R$ 0,64
Preço Total Unitário R$ 32,82
10. TELHADO
110102 10.1 - Estrutura de madeira, vão de 7 a 10 m, para telhas cerâmicas ou de concreto, 330x419mm. M²
177,50
Madeira 0,026 m3 R$ 1.310,33 R$ 34,07
Prego 0,12 kg R$ 4,50 R$ 0,54
Ferragem 0,23 kg R$ 6,80 R$ 1,56
Carpinteiro 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20
Ajudante 1,5 h R$ 2,11 R$ 3,17
Leis Sociais 122,5% R$ 9,02
BDI 2% R$ 1,05
Preço Total Unitário R$ 53,61
110403 10.2 - Cobertura com telha cerâmica, tipo paulista ou colonial, empregando argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar, no traço 1:2:9. M²
177,50
Telha paulista ou colonial 25 un R$ 0,67 R$ 16,75
Cimento 0,486 kg R$ 0,22 R$ 0,11
Cal hidratada 0,486 kg R$ 0,28 R$ 0,14
Areia média ou fina 0,0038 m3 R$ 38,51 R$ 0,15
Pedreiro 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20
Servente 2,03 h R$ 1,80 R$ 3,65
Leis Sociais 122,5% R$ 9,62
BDI 2% R$ 0,69
Preço Total Unitário R$ 35,31
11. REVESTIMENTO
11.1 - Externo
- 11.1.1 - Barra de chapisco de cimento e areia no traço 1:3 com impermeabilizante, em todo o perímetro externo, com altura mínima de 0,50cm.
M²
122,5%
2%
Preço Total Unitário
160101 11.1.2 - Chapisco sobre superfícies verticais, empregando argamassa de cimento e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:3, espessura 5mm. M²
143,25 Cimento 2,43 kg R$ 0,22 R$ 0,53
Areia média ou grossa 0,0061 m3 R$ 38,51 R$ 0,23
97
Andaimes 1 un R$ 1,00 R$ 1,00
Pedreiro 0,1 h R$ 2,80 R$ 0,28
Servente 0,15 h R$ 1,80 R$ 0,27
Leis Sociais 122,5% R$ 0,67
BDI 2% R$ 0,06
Preço Total Unitário R$ 3,05
160210 11.1.3 - Emboço para paredes internas ou externas, empregadno argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:2:11, espessura 20 mm. M²
143,25
Cimento 2,66 kg R$ 0,22 R$ 0,59
Cal hidratada 2,66 kg R$ 0,28 R$ 0,74
Betoneira 0,0143 h R$ 0,80 R$ 0,01
Areia média ou grossa 0,0243 m3 R$ 38,51 R$ 0,94
Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00
Pedreiro 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68
Servente 0,72 h R$ 1,80 R$ 1,30
Leis Sociais 122,5% R$ 3,65
BDI 2% R$ 0,18
Preço Total Unitário R$ 9,08
11.2 - Interno
150101 11.2.1 - Chapisco sobre superfícies verticais, empregando argamassa de cimento e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:3, espessura 5mm.
M²
129,40
Cimento 2,43 kg R$ 0,22 R$ 0,53
Areia média ou grossa 0,0061 m3 R$ 38,51 R$ 0,23
Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00
Pedreiro 0,1 h R$ 2,80 R$ 0,28
Servente 0,15 h R$ 1,80 R$ 0,27
Leis Sociais 122,5% R$ 0,67
BDI 2% R$ 0,04
Preço Total Unitário R$ 2,03
140202 11.2.2 - Emboço para forros, empregando argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:2:11, espessura 20mm. M²
76,90
Cimento 3,24 kg R$ 0,22 R$ 0,71
Cal hidratada 3,24 kg R$ 0,28 R$ 0,91
Areia média ou grossa 0,0243 m3 R$ 38,51 R$ 0,94
Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00
Pedreiro 0,7 h R$ 2,80 R$ 1,96
Servente 0,9 h R$ 1,80 R$ 1,62
Leis Sociais 122,5% R$ 4,39
BDI 2% R$ 0,21
Preço Total Unitário R$ 10,73
11.3 - Azulejos
150413 11.3.1 - Assentamento de azulejos, com juntas a prumo, empregando pasta de argamassa colante. M²
52,50 Azulejo 1,05 m² R$ 11,25 R$ 11,81
Cola especial de PVA 0,9 kg R$ 0,36 R$ 0,32
98
Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00
Azulejista 0,5 h R$ 2,80 R$ 1,40
Servente 0,14 h R$ 1,80 R$ 0,25
Leis Sociais 122,5% R$ 2,02
BDI 2% R$ 0,32
Preço Total Unitário R$ 16,13
150415 11.3.2 - Rejuntamento para azulejos, usando cimento branco, para juntas de no máximo 3mm de espessura. M²
52,50
Cimento branco 0,25 kg R$ 2,52 R$ 0,63
Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00
Rejuntador / Azulejista 0,25 h R$ 2,80 R$ 0,70
Servente 0,2 h R$ 1,80 R$ 0,36
Leis Sociais 122,5% R$ 1,30
BDI 2% R$ 0,06
Preço Total Unitário R$ 3,05
12. PISOS
170102 12.1 - Execução de lastro impermeabilizado de concreto não estrutural, espessura de 6 cm. M²
50,65
Cimento 13,2 kg R$ 0,22 R$ 2,90
Areia média 0,0406 m3 R$ 38,51 R$ 1,56
Brita 1 0,0158 m3 R$ 32,02 R$ 0,51
Brita 2 0,0369 m3 R$ 32,02 R$ 1,18
Impermeabilizante 1,2 kg R$ 2,40 R$ 2,88
Pedreiro 0,4 h R$ 2,80 R$ 1,12
Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52
Leis Sociais 122,5% R$ 4,46
BDI 2% R$ 0,34
Preço Total Unitário R$ 17,48
170311 12.2 - Colocação de taco de madeira, empregando argamassa de cimento e areia média ou fina, seca e peneirada no traço 1:4, com aditivo impermeabilizante, inclusive desbastamento de superfície de base. M²
70,09
Taco comum 1,05 m² R$ 52,00 R$ 54,60
Cimento 10,95 kg R$ 0,22 R$ 2,41
Areia média ou grossa 0,0365 m3 R$ 38,51 R$ 1,41
Impermeabilizante 0,6 kg R$ 2,40 R$ 1,44
Taqueiro 1 h R$ 2,80 R$ 2,80
Servente 1,97 h R$ 1,80 R$ 3,55
Leis Sociais 122,5% R$ 7,77
BDI 2% R$ 1,48
Preço Total Unitário R$ 75,45
170304 12.3 - Assentamento de piso cerâmico esmaltado, empregando argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5, espessura 2,5 cm. M²
63,17
Piso cerâmico esmaltado 1,1 m² R$ 26,58 R$ 29,24
Cimento 10,65 kg R$ 0,22 R$ 2,34
Cal hidratada 1,83 kg R$ 0,28 R$ 0,51
Areia média ou fina 0,0304 m3 R$ 38,51 R$ 1,17
99
Ladrilhista 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20
Servente 1,5 h R$ 1,80 R$ 2,70
Leis Sociais 122,5% R$ 8,45
BDI 2% R$ 0,97
Preço Total Unitário R$ 49,59
170361 12.4 - Pisos cimentados impermeabilizados, empregando argamassa de cimento e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:3, com impermeabilizante, espessura 1,5 cm. M²
12,00
Cimento 5,48 kg R$ 0,22 R$ 1,21
Areia média ou grossa 0,0182 m3 R$ 38,51 R$ 0,70
Impermeabilizante 0,3 kg R$ 2,40 R$ 0,72
Pedreiro 1 h R$ 2,80 R$ 2,80
Servente 1,15 h R$ 1,80 R$ 2,07
Leis Sociais 122,5% R$ 5,97
BDI 2% R$ 0,27
Preço Total Unitário R$ 13,73
13. RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS
170401 13.1 - Rodapés de cerâmica 7,5 x 15 cm, assentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5. M
74,30
Rodapé 7,5 x 15 cm 1,1 m R$ 3,57 R$ 3,93
Cimento 0,76 kg R$ 0,22 R$ 0,17
Cal hidratada 0,13 kg R$ 0,28 R$ 0,04
Areia média ou fina 0,0019 m3 R$ 38,51 R$ 0,07
Ladrilhista 0,8 h R$ 2,80 R$ 2,24
Servente 0,6 h R$ 1,80 R$ 1,08
Leis Sociais 122,5% R$ 4,07
BDI 2% R$ 0,23
Preço Total Unitário R$ 11,82
170405 13.2 - Rodapés de peroba de 7 x 1,5 cm, fixados sobre tacos embutidos na parede, espaços de 50 cm. M
76,90
Rodapé de peróba 7 x 1,5 cm 1,03 m R$ 3,57 R$ 3,68
Tacos 2 un R$ 1,00 R$ 2,00
Pregos 0,006 kg R$ 4,50 R$ 0,03
Carpinteiro 0,4 h R$ 2,80 R$ 1,12
Ajudante 0,3 h R$ 2,11 R$ 0,63
Leis Sociais 122,5% R$ 2,15
BDI 2% R$ 0,19
Preço Total Unitário R$ 9,80
170402 13.3 - Soleiras de cerâmica de 15 cm, assentados com agarmassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5.
M
5,30
Soleira cerâmica de 15 cm 1,1 m R$ 1,68 R$ 1,85
Cimento 1,51 kg R$ 0,22 R$ 0,33
Cal hidratada 0,25 kg R$ 0,28 R$ 0,07
Areia média ou fina 0,0039 m3 R$ 38,51 R$ 0,15
Ladrilhista 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68
100
Servente 0,5 h R$ 1,80 R$ 0,90
Leis Sociais 122,5% R$ 3,16
BDI 2% R$ 0,16
Preço Total Unitário R$ 8,30
170403 1.3.3.2 - Soleiras de cerâmica de 25 cm, assentados com agarmassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5. M
0,80
Soleira cerâmica de 25 cm 1,1 m R$ 1,68 R$ 1,85
Cimento 2,52 kg R$ 0,22 R$ 0,55
Cal hidratada 0,42 kg R$ 0,28 R$ 0,12
Areia média ou fina 0,0065 m3 R$ 38,51 R$ 0,25
Ladrilhista 0,65 h R$ 2,80 R$ 1,82
Servente 0,55 h R$ 1,80 R$ 0,99
Leis Sociais 122,5% R$ 3,44
BDI 2% R$ 0,18
Preço Total Unitário R$ 9,20
170404 1.3.4 - Peitoris de cerâmica de 17 cm, assentadaos com agarmassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5. M
5,80
Peitoril de cerâmica boleada de 17 cm 1,05 m R$ 1,88 R$ 1,97
Cimento 1,71 kg R$ 0,22 R$ 0,38
Cal hidratada 0,29 kg R$ 0,28 R$ 0,08
Areia média ou fina 0,0044 m3 R$ 38,51 R$ 0,17
Ladrilhista 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68
Servente 0,5 h R$ 1,80 R$ 0,90
Leis Sociais 122,5% R$ 3,16
BDI 2% R$ 0,17
Preço Total Unitário R$ 8,51
14. ESQUADRIAS DE MADEIRA
14.1 - Portas Externas
080111 14.1.1 - Colocação de porta externa de madeira, uma folha, 0,80x2,10 m, com batentes, guarnições e ferragens. UN.
2,00
Porta interna 0,80 x 2,10 m 1 fl R$ 38,70 R$ 38,70
Batente 0,80 x 2,10 m 1 cj R$ 43,25 R$ 43,25
Guarnição de madeira 1 cj R$ 17,77 R$ 17,77
Taco de madeira 6 un R$ 1,00 R$ 6,00
Parafuso 80 mm 8 un R$ 0,60 R$ 4,80
Prego 0,25 kg R$ 4,50 R$ 1,13
Cimento 1,72 kg R$ 0,22 R$ 0,38
Cal hidratada 1,72 kg R$ 0,28 R$ 0,48
Areia média 0,0106 m3 R$ 38,51 R$ 0,41
Dobradiça 3 un R$ 7,60 R$ 22,80
Fechadura completa 1 cj R$ 40,00 R$ 40,00
Carpinteiro 3,75 h R$ 2,80 R$ 10,50
Ajudante 3,75 h R$ 2,11 R$ 7,91
Pedreiro 1,4 h R$ 2,80 R$ 3,92
101
Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52
Leis Sociais 122,5% R$ 30,44
BDI 2% R$ 4,62
Preço Total Unitário R$ 235,63
14.2 - Portas Internas
080102 14.2.1 - Colocação de porta interna de madeira, uma folha, 0,70x2,10 m, com batentes, guarnições e ferragens.
UN.
3,00
Porta interna 0,70 x 2,10 m 1 fl R$ 38,70 R$ 38,70
Batente 0,70 x 2,10 m 1 cj R$ 43,25 R$ 43,25
Guarnição de madeira 2 cj R$ 17,77 R$ 35,54
Taco de madeira 6 un R$ 1,00 R$ 6,00
Parafuso 80 mm 8 un R$ 0,60 R$ 4,80
Prego 0,2 kg R$ 4,50 R$ 0,90
Cimento 1,72 kg R$ 0,22 R$ 0,38
Cal hidratada 1,72 kg R$ 0,28 R$ 0,48
Areia média 0,0106 m3 R$ 38,51 R$ 0,41
Dobradiça 3 un R$ 7,60 R$ 22,80
Fechadura completa 1 cj R$ 40,00 R$ 40,00
Carpinteiro 3,75 h R$ 2,80 R$ 10,50
Pedreiro 1,4 h R$ 2,80 R$ 3,92
Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52
Ajudante 3,75 h R$ 2,11 R$ 7,91
Leis Sociais 122,5% R$ 30,44
BDI 2% R$ 4,97
Preço Total Unitário R$ 253,53
080103 14.2.2 - Colocação de porta interna de madeira, uma folha, 0,80x2,10 m, com batentes, guarnições e ferragens. UN.
3,00
Porta interna 0,80 x 2,10 m 1 fl R$ 38,70 R$ 38,70
Batente 0,80 x 2,10 m 1 cj R$ 43,25 R$ 43,25
Guarnição de madeira 2 cj R$ 17,77 R$ 35,54
Taco de madeira 6 un R$ 1,00 R$ 6,00
Parafuso 80 mm 8 un R$ 0,60 R$ 4,80
Prego 0,2 kg R$ 4,50 R$ 0,90
Cimento 1,72 kg R$ 0,22 R$ 0,38
Cal hidratada 1,72 kg R$ 0,28 R$ 0,48
Areia média 0,0106 m3 R$ 38,51 R$ 0,41
Dobradiça 3 un R$ 7,60 R$ 22,80
Fechadura completa 1 cj R$ 40,00 R$ 40,00
Carpinteiro 3,75 h R$ 2,80 R$ 10,50
Pedreiro 1,4 h R$ 2,80 R$ 3,92
Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52
Ajudante 3,75 h R$ 2,11 R$ 7,91
Leis Sociais 122,5% R$ 30,44
102
BDI 2% R$ 4,97
Preço Total Unitário R$ 253,53
15. ESQUADRIAS DE FERRO
090202 15.1 - Colocação e acabamento de caixilhos de ferro, de correr ou tipo maximar. M²
15,00
Caixilhos de ferro 1 m² R$ 112,26 R$ 112,26
Cimento 2,67 kg R$ 0,22 R$ 0,59
Cal hidratada 0,73 kg R$ 0,28 R$ 0,20
Areia média 0,0097 m3 R$ 38,51 R$ 0,37
Pedreiro 4 h R$ 2,80 R$ 11,20
Servente 1 h R$ 1,80 R$ 1,80
Leis Sociais 122,5% R$ 15,93
BDI 2% R$ 2,85
Preço Total Unitário R$ 145,20
090201 15.2 - Colocação e acabamento de caixilhos de ferro, basculante ou fixo. M²
1,08
Caixilhos de ferro 1 m² R$ 112,26 R$ 112,26
Cimento 2,67 kg R$ 0,22 R$ 0,59
Cal hidratada 0,73 kg R$ 0,28 R$ 0,20
Areia média 0,0097 m3 R$ 38,51 R$ 0,37
Pedreiro 2,5 h R$ 2,80 R$ 7,00
Servente 1 h R$ 1,80 R$ 1,80
Leis Sociais 122,5% R$ 10,78
BDI 2% R$ 2,66
Preço Total Unitário R$ 135,67
- 15.3 - Caixilhos venezianas. M²
122,5%
2%
Preço Total Unitário
16. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
190309 INSTALAÇÃO DE CAIXA DE ENTRADA 50 X 60 X 27 10 A 15 Kw UN.
1,00
Caixa 50x60x27 1,00 un R$ 18,57 R$ 18,57
Bucha de 32mm 3,00 un R$ 0,25 R$ 0,75
Arruela 32mm 3,00 m R$ 0,20 R$ 0,60
Fio 16mm² 1,000 un R$ 1,62 R$ 1,62
Chave 3 x 100A 1,00 m R$ 45,00 R$ 45,00
haste 19mm x 3m 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00
Cabo de cobre nu 25mm 2,00 m R$ 2,64 R$ 5,28
103
Eletrooduto pvc rÍgido 20mm 1,50 un R$ 2,57 R$ 3,86
Conector para haste 1,00 un R$ 0,58 R$ 0,58
Eletricista 4,80 un R$ 2,80 R$ 13,44
Ajudante 4,80 h R$ 2,11 R$ 10,13
Leis Sociais 122,5% R$ 28,87
BDI 2% R$ 2,81
Preço Total Unitário R$ 143,51
190401 ABERTURA DE RASGOS EM ALVENARIA ELETRODUTOS DE 15 A 25MM M
72,00
Eletricista 0,10 h R$ 2,80 R$ 0,28
Ajudante 0,25 h R$ 2,11 R$ 0,53
Leis Sociais 122,5% R$ 0,99
BDI 2% R$ 0,04
Preço Total Unitário R$ 1,83
190402 ABERTURA DE RASGOS EM ALVENARIA ELETRODUTO DE 32 A 50MM M
65,00
Eletricista 0,15 h R$ 2,80 R$ 0,42
Ajudante 0,40 h R$ 2,11 R$ 0,84
Leis Sociais 122,5% R$ 1,55
BDI 2% R$ 0,06
Preço Total Unitário R$ 2,87
190407 ENCHIMENTO DE RASGOS PARA ELETRODUTOS DE 15 A 25 MM M
72,00
Cimento 0,03 Kg R$ 0,22 R$ 0,01
Cal Hidratado 0,04 Kg R$ 0,28 R$ 0,01
Areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,01
Pedreiro 0,15 h R$ 2,80 R$ 0,42
Servente 0,10 h R$ 1,80 R$ 0,18
Leis Sociais 122,5% R$ 0,74
BDI 2% R$ 0,03
Preço Total Unitário R$ 1,39
190408 PREENCHIMENTO DE RASGOS PARA ELETRODUTOS DE 32 A 50MM M
65,00
Cimento 0,06 Kg R$ 0,22 R$ 0,01
Cal Hidratado 0,07 Kg R$ 0,28 R$ 0,02
Areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,02
Pedreiro 0,2 h R$ 2,80 R$ 0,56
Servente 0,15 h R$ 1,80 R$ 0,27
Leis Sociais 122,5% R$ 1,02
BDI 2% R$ 0,04
Preço Total Unitário R$ 1,94
190603 INSTALAÇÃO DE FIO OU CABO ISOLADO DE PVC 10MM² M
161,91
Fio ou cabo 10mm² 1,02 Kg R$ 1,50 R$ 1,53
Eletricista 0,14 h R$ 2,80 R$ 0,39
Ajudante 0,14 h R$ 2,11 R$ 0,30
Leis Sociais 122,5% R$ 0,84
104
BDI 2% R$ 0,06
Preço Total Unitário R$ 3,12
190552 ASSENTAMENTO DE ELETRODUTO DE PVC RIGIDO 25MM M
72,00
Eletroduto 25mm 1,00 Kg R$ 4,40 R$ 4,40
Eletricista 0,17 h R$ 2,80 R$ 0,48
Ajudante 0,17 h R$ 2,11 R$ 0,36
Leis Sociais 122,5% R$ 1,02
BDI 2% R$ 0,13
Preço Total Unitário R$ 6,38
190626 INSTALAÇÃO DE DISJUNTOR TRIPOLAR ATÉ 63 A UN.
6,00
Disjuntor de 50A 1,00 un R$ 33,70 R$ 33,70
Eletricista 1,00 h R$ 2,80 R$ 2,80
Ajudante 1,00 h R$ 2,11 R$ 2,11
Leis Sociais 122,5% R$ 6,01
BDI 2% R$ 0,89
Preço Total Unitário R$ 45,52
190801 INSTALAÇÃO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO 207X332X95MM COM 12 DIVISÕES UN.
1,00
Quadro 207x332x95mm 1,00 un R$ 23,00 R$ 23,00
Barramento principal 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00
Barramento Neutro 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00
Barramento Terra 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00
Equipamentos 1,00 Cj R$ 4,00 R$ 4,00
Eletricista 2,00 h R$ 2,80 R$ 5,60
Ajudante 2,00 h R$ 2,11 R$ 4,22
Leis Sociais 122,5% R$ 12,03
BDI 2% R$ 1,70
Preço Total Unitário R$ 86,55
190912 INSTALAÇÃO DE DISJUNTOR MONOPOLAR 10A UN.
8,00
Disjuntor de 10A 1,00 un R$ 8,05 R$ 8,05
Eletricista 0,30 h R$ 2,80 R$ 0,84
Ajudante 0,30 h R$ 2,11 R$ 0,63
Leis Sociais 122,5% R$ 1,80
BDI 2% R$ 0,23
Preço Total Unitário R$ 11,55
190923 INSTALAÇÃO DE DISJUNTOR BIPOLAR 10A UN.
1,00
Disjuntor Bi 10A 1,00 un R$ 45,29 R$ 45,29
Eletricista 0,60 h R$ 2,80 R$ 1,68
Ajudante 0,60 h R$ 2,11 R$ 1,27
Leis Sociais 122,5% R$ 3,61
BDI 2% R$ 1,04
Preço Total Unitário R$ 52,88
191005 INSTALAÇÃO FIO 2,5MM² M
105
137,00
Fio 2,5 mm² 1,02 un R$ 0,24 R$ 0,24
Eletricista 0,11 h R$ 2,80 R$ 0,31
Ajudante 0,11 h R$ 2,11 R$ 0,23
Leis Sociais 122,5% R$ 0,66
BDI 2% R$ 0,03
Preço Total Unitário R$ 1,48
191006 INSTALAÇÃO FIO 4MM² M
12,15
Fio 2,5 mm² 1,02 un R$ 0,38 R$ 0,39
Eletricista 0,12 h R$ 2,80 R$ 0,34
Ajudante 0,12 h R$ 2,11 R$ 0,25
Leis Sociais 122,5% R$ 0,72
BDI 2% R$ 0,03
Preço Total Unitário R$ 1,73
191201 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR UMA TECLA SIMPLES UN.
10,00
Interruptor Simples 1,00 un R$ 2,76 R$ 2,76
Eletricista 0,21 h R$ 2,80 R$ 0,59
Ajudante 0,21 h R$ 2,11 R$ 0,44
Leis Sociais 122,5% R$ 1,26
BDI 2% R$ 0,10
Preço Total Unitário R$ 5,16
191207 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR PARALELO UN.
5,00
Interruptor paralelo 1,00 un R$ 3,97 R$ 3,97
Eletricista 0,29 h R$ 2,80 R$ 0,81
Ajudante 0,29 h R$ 2,11 R$ 0,61
Leis Sociais 122,5% R$ 1,74
BDI 2% R$ 0,14
Preço Total Unitário R$ 7,28
191219 INSTALAÇÃO DE TOMADAS DOIS POLOS MAIS TERRA UN.
32,00
Interruptor duas teclas paralelas 1,00 un R$ 6,90 R$ 6,90
Eletricista 0,29 h R$ 2,80 R$ 0,81
Ajudante 0,29 h R$ 2,11 R$ 0,61
Leis Sociais 122,5% R$ 1,74
BDI 2% R$ 0,20
Preço Total Unitário R$ 10,27
191302 INSTALAÇÃO DE LUMINÁRIA A2 UN.
17,00
Luminária completa 2x20W 1,00 un R$ 20,74 R$ 20,74
Eletricista 1,10 h R$ 2,80 R$ 3,08
Ajudante 1,10 h R$ 2,11 R$ 2,32
Leis Sociais 122,5% R$ 6,62
BDI 2% R$ 0,66
Preço Total Unitário R$ 33,41
191601 INSTALAÇÃO DE CHUVEIRO UN.
106
2,00
Chuveiro elétrico 1,00 un R$ 35,00 R$ 35,00
Tubo de ligação cromado 1,00 un R$ 1,50 R$ 1,50
Eletricista 0,50 h R$ 2,80 R$ 1,40
Ajudante 0,50 h R$ 2,11 R$ 1,06
Leis Sociais 122,5% R$ 3,01
BDI 2% R$ 0,84
Preço Total Unitário R$ 42,80
17. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
180101 CONSTRUÇÃO DE ABRIGO PARA CAVALETE 65X85X30 UN.
1,00
Cal hidratada 11,31 Kg R$ 0,28 R$ 3,17
Areia média 0,13 m³ R$ 38,51 R$ 4,96
Cimento 33,06 Kg R$ 0,22 R$ 7,27
Tijolo comum 90,00 un R$ 0,20 R$ 18,00
Brita 01 0,05 m³ R$ 32,02 R$ 1,47
Betoneira 0,04 h R$ 0,80 R$ 0,03
Tábua de Pinho 0,76 m² R$ 14,80 R$ 11,25
Sarrafo de pinho 1,24 m R$ 1,45 R$ 1,80
prego 18x27 0,16 Kg R$ 4,50 R$ 0,72
Aço # 4,2mm 2,44 Kg R$ 2,72 R$ 6,64
Arame recozido 18mm 0,04 Kg R$ 5,29 R$ 0,21
Portinhola de chapa 85x65 1,00 un R$ 2,20 R$ 2,20
Pedreiro 5,74 h R$ 2,80 R$ 16,07
Servente 7,29 h R$ 1,80 R$ 13,12
Leis Sociais 122,5% R$ 35,76
BDI 2% R$ 2,45
Preço Total Unitário R$ 125,12
180102 INSTALAÇÃO DE CAVALETE UN.
1,00
Cotovelo de aço 20x15mm 1,00 un R$ 2,02 R$ 2,02
Tubo de aço de 20mm 2,50 m R$ 4,57 R$ 11,43
Registro de pressão 1,00 un R$ 7,82 R$ 7,82
Cotovelo de aço 20mm 3,00 un R$ 1,26 R$ 3,78
Te de aço 20mm 1,00 un R$ 1,64 R$ 1,64
Luva de aço 20mm 1,00 un R$ 1,13 R$ 1,13
Torneira de pressão 20mm 1,00 un R$ 3,50 R$ 3,50
Tampão de aço 20mm 1,00 un R$ 0,94 R$ 0,94
Fita de vedação 7,99 m R$ 0,01 R$ 0,08
Encanador 4,90 h R$ 2,80 R$ 13,72
Ajudante 4,90 h R$ 2,11 R$ 10,34
Leis Sociais 122,5% R$ 29,47
BDI 2% R$ 1,72
Preço Total Unitário R$ 87,58
180201 ABERTURA DE RASGOS PARA TUBULAÇÕES DE 15 A 25 MM M
107
28,36
Encanador 0,10 h R$ 2,80 R$ 0,28
Ajudante 0,25 h R$ 2,11 R$ 0,53
Leis Sociais 122,5% R$ 0,99
BDI 2% R$ 0,04
Preço Total Unitário R$ 1,83
180207 ENCHIMENTO DE RASGOS PARA TUBULAÇÃO DE 15 A 25 MM M
28,36
Cal hidratada 0,04 Kg R$ 0,28 R$ 0,01
areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,08
Cimento 0,03 Kg R$ 0,22 R$ 0,01
Pedreiro 0,15 h R$ 2,80 R$ 0,42
Servente 0,10 h R$ 1,80 R$ 0,18
Leis Sociais 122,5% R$ 0,74
BDI 2% R$ 0,03
Preço Total Unitário R$ 1,46
180511 ASSENTAMENTO DE TUBOS SOLDÁVEIS DE PVC 25MM INCLUSIVE CONEXÕES M
28,36
Tubo de pvc de 25mm 1,60 m R$ 1,18 R$ 1,89
Adesivo para pvc 0,01 l R$ 65,00 R$ 0,52
Solução limpadora 0,00 l R$ 20,00 R$ 0,06
Encanador 0,40 h R$ 2,80 R$ 1,12
Ajudante 0,40 h R$ 2,11 R$ 0,84
Leis Sociais 122,5% R$ 2,41
BDI 2% R$ 0,14
Preço Total Unitário R$ 6,97
181103 REGISTRO DE GAVETA 25MM UN.
2,00
Registro de gaveta 25mm 1,00 un R$ 13,00 R$ 13,00
Fita de vedação 1,20 m R$ 0,01 R$ 0,01
Encanador 0,54 h R$ 2,80 R$ 1,51
Ajudante 0,54 h R$ 2,11 R$ 1,14
Leis Sociais 122,5% R$ 3,25
BDI 2% R$ 0,38
Preço Total Unitário R$ 19,29
181117 REGISTRO DE PRESSÃO COM CANOPLA CROMADA 25MM UN.
2,00
Registro de pressão 25mm 1,00 un R$ 13,00 R$ 13,00
Fita de vedação 1,20 m R$ 0,01 R$ 0,01
Encanador 0,61 h R$ 2,60 R$ 1,59
Ajudante 0,61 h R$ 1,67 R$ 1,02
Leis Sociais 122,5% R$ 3,19
BDI 2% R$ 0,38
Preço Total Unitário R$ 19,18
181138 VALVULA DE DESCARGA UN.
3,00 Válvula de descarga 1,00 un R$ 75,23 R$ 75,23
Tubo de pvc soldável 50mm 0,60 m R$ 4,23 R$ 2,54
108
Solução limpadora 0,01 l R$ 20,00 R$ 0,10
Adesivo de pvc 0,01 l R$ 65,00 R$ 0,78
Encanador 1,00 h R$ 2,60 R$ 2,60
Ajudante 1,00 h R$ 1,67 R$ 1,67
Leis Sociais 122,5% R$ 5,23
BDI 2% R$ 1,76
Preço Total Unitário R$ 89,91
181201 RESERVATÓRIO DE FIBROCIMENTO CAPACIDADE 500L UN.
2,00
Reservatório com tampa 1,00 un R$ 123,00 R$ 123,00
Viga de peroba 6x16 5,00 m R$ 4,63 R$ 23,15
Fita de vedação 3,03 m R$ 0,01 R$ 0,03
Flange 20mm 2,00 un R$ 2,62 R$ 5,24
Flange de 25mm 2,00 un R$ 3,46 R$ 6,92
Flange de 50mm 4,00 un R$ 7,49 R$ 29,96
Massa para vidro 0,10 Kg R$ 1,24 R$ 0,12
Encanador 7,70 h R$ 2,80 R$ 21,56
Ajudante 7,70 h R$ 2,11 R$ 16,25
Leis Sociais 122,5% R$ 46,31
BDI 2% R$ 5,45
Preço Total Unitário R$ 278,00
181203 COLOCAÇÃO DE TORNEIRA BOIA 20MM UN.
2,00
Torneira boia 1,00 un R$ 2,50 R$ 2,50
Fita de vedação 0,47 m R$ 0,01 R$ 0,00
Encanador 0,28 h R$ 2,80 R$ 0,78
Ajudante 0,28 h R$ 2,11 R$ 0,59
Leis Sociais 122,5% R$ 1,68
BDI 2% R$ 0,11
Preço Total Unitário R$ 5,67
182788 COLOCAÇÃO DE CAIXA SINFONADA UN
5,00
Caixa sinfonada com grelha 1,98 un R$ 3,79 R$ 7,50
Encanador 0,98 h R$ 2,80 R$ 2,74
Ajudante 0,98 h R$ 2,11 R$ 2,07
Leis Sociais 122,5% R$ 15,09
BDI 2% R$ 0,55
Preço Total Unitário R$ 27,95
183207 CAIXA DE INSPEÇÃO - 40x40x60 EM ALVENARIA UN
1,00
Tijolo comum 100,80 un R$ 0,20 R$ 20,16
Cal hidratada 5,46 Kg R$ 0,28 R$ 1,53
Areia 0,11 m³ R$ 38,51 R$ 4,04
Cimento 26,18 Kg R$ 0,22 R$ 5,76
Brita 01 0,01 m³ R$ 32,02 R$ 0,32
Brita 02 0,03 m³ R$ 32,02 R$ 1,02
109
Chapa compensada 12mm 0,10 m² R$ 5,54 R$ 0,55
Tábua de pinho de 3ª 0,03 m² R$ 14,80 R$ 0,44
Arame recozido 18 0,02 Kg R$ 4,19 R$ 0,09
Aço CA 60B 1,32 Kg R$ 2,72 R$ 3,58
Carpinteiro 0,61 h R$ 2,80 R$ 1,69
Ajudante 0,61 h R$ 2,11 R$ 1,28
Ferreiro 0,12 h R$ 2,80 R$ 0,32
Ajudante 0,12 h R$ 2,11 R$ 0,24
Pedreiro 2,91 h R$ 2,80 R$ 8,14
Servente 5,31 h R$ 1,80 R$ 9,55
Leis Sociais 122,5% R$ 26,01
BDI 2% R$ 1,69
Preço Total Unitário R$ 86,44
184101 INSTALAÇÃO DE CALHA GALVANIZADA M
62,20
Calha calvanizada 1,03 m³ R$ 4,61 R$ 4,75
Calha de chapa 0,07 Kg R$ 4,61 R$ 0,32
Prego 15x15 0,03 Kg R$ 2,18 R$ 0,07
Rebite 0,03 Kg R$ 20,00 R$ 0,60
Solda 70/30 1,00 Kg R$ 15,00 R$ 15,00
Encanador 1,00 h R$ 2,80 R$ 2,80
Ajudante 1,00 h R$ 2,11 R$ 2,11
Leis Sociais 122,5% R$ 6,01
BDI 2% R$ 0,63
Preço Total Unitário R$ 32,29
184106 INSTALAÇÃO DE RUFO M
11,45
Rufo de chapa galvanizada 1,01 m³ R$ 5,54 R$ 5,60
Prego 15x15 1,03 Kg R$ 4,50 R$ 4,64
Encanador 0,07 h R$ 2,80 R$ 0,20
Ajudante 0,60 h R$ 2,11 R$ 1,27
Leis Sociais 122,5% R$ 1,79
BDI 2% R$ 0,27
Preço Total Unitário R$ 13,75
184302 LAVATÓRIO E ACESSÓRIOS UN
2,00
Lavatório com coluna 1,00 un R$ 124,52 R$ 124,52
Torneira de pressão 1,00 un R$ 40,31 R$ 40,31
Válvula cromada de 1" 1,00 un R$ 12,18 R$ 12,18
Sifão cromado de 1 1/2 1,00 un R$ 93,48 R$ 93,48
Ligação flexivel 1,00 un R$ 2,50 R$ 2,50
Fita de vedação 0,84 m R$ 0,01 R$ 0,01
Parafuso com bucha 8 2,00 pr R$ 0,80 R$ 1,60
Encanador 2,75 h R$ 2,80 R$ 7,70
Ajudante 2,75 h R$ 2,11 R$ 5,80
110
Leis Sociais 122,5% R$ 16,54
BDI 2% R$ 6,09
Preço Total Unitário R$ 310,73
184303 BACIA DE LOUÇA E ACESSÓRIOS UN
1,00
Bacia sinfonada 1,00 un R$ 126,22 R$ 126,22
Assento para bacia 1,00 un R$ 15,00 R$ 15,00
Anel de borracha 40mm 1,00 un R$ 0,10 R$ 0,10
Bolsa de borracha 1,00 un R$ 0,80 R$ 0,80
Tubo de ligação cromado 40mm 1,00 un R$ 2,30 R$ 2,30
Cotovelo de pvc 100mm 1,00 un R$ 11,25 R$ 11,25
Parafuso com bucha 8 2,00 pr R$ 0,80 R$ 1,60
Massa para vidro 0,25 Kg R$ 0,65 R$ 0,16
Encanador 3,30 h R$ 2,80 R$ 9,24
Ajudante 3,30 h R$ 2,11 R$ 6,96
Leis Sociais 122,5% R$ 19,85
BDI 2% R$ 3,87
Preço Total Unitário R$ 197,35
184312 SABONETEIRA DE LOUÇA UN
2,00
Saboneteira de loça 1,00 un R$ 6,50 R$ 6,50
Cimento 1,45 Kg R$ 0,22 R$ 0,32
Areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,04
Azulejista 1,00 h R$ 2,80 R$ 2,80
Servente 1,00 h R$ 1,80 R$ 1,80
Leis Sociais 122,5% R$ 5,64
BDI 2% R$ 0,34
Preço Total Unitário R$ 17,43
184315 PORTA TOALHA DE LOUÇA UN
3,00
Suporte para toalha 2,00 un R$ 3,70 R$ 7,40
Cimento 0,62 Kg R$ 0,22 R$ 0,14
Areia média 0,01 m³ R$ 19,47 R$ 0,10
Azulejista 1,10 h R$ 2,80 R$ 3,08
Servente 1,10 h R$ 1,80 R$ 1,98
Leis Sociais 122,5% R$ 6,20
BDI 2% R$ 0,38
Preço Total Unitário R$ 19,27
184317 PORTA PAPEL DE LOUÇA UN
3,00
Porta papel 1,00 un R$ 6,50 R$ 6,50
Cimento 0,45 Kg R$ 0,22 R$ 0,10
Areia média 0,00 m³ R$ 19,47 R$ 0,02
Azulejista 1,10 h R$ 2,80 R$ 3,08
Servente 1,10 h R$ 1,80 R$ 1,98
Leis Sociais 122,5% R$ 6,20
111
BDI 2% R$ 0,36
Preço Total Unitário R$ 18,23
184320 TANQUE DE CONCRETO UN
2,00
Tanque de concreto 1,00 un R$ 22,00 R$ 6,50
Válvula 2" 1,00 un R$ 15,00 R$ 0,10
Sifão plástico 2" 1,00 un R$ 5,45 R$ 0,02
Fita de vedação 0,75 m R$ 0,01 R$ 3,08
Encanador 3,00 h R$ 2,80 R$ 1,98
Ajudante 3,00 h R$ 2,11 R$ 0,00
Leis Sociais 122,5% R$ 2,43
BDI 2% R$ 0,28
Preço Total Unitário R$ 14,39
184327 PIA DE COZINHA AÇO INOXIDÁVEL UN
1,00
Pia de aço 2x0,58 1,00 un R$ 387,08 R$ 15,00
Válvula americana 2,00 un R$ 18,00 R$ 5,45
Sifão cromado 2" 2,00 un R$ 99,44 R$ 0,01
Fita de vedação 2,26 m R$ 0,01 R$ 8,40
Encanador 4,00 h R$ 2,80 R$ 6,33
Ajudante 4,00 h R$ 2,11 R$ 0,00
Leis Sociais 122,5% R$ 7,75
BDI 2% R$ 0,86
Preço Total Unitário R$ 43,80
184334 TORNEIRA DE PRESSÃO USO GERAL UN
2,00
Torneira de pressão 1,00 un R$ 75,00 R$ 36,00
Fita de vedação 0,28 m R$ 0,01 R$ 198,88
Encanador 0,65 h R$ 2,80 R$ 0,02
Ajudante 0,65 h R$ 2,11 R$ 11,20
Leis Sociais 122,5% R$ 13,75
BDI 2% R$ 5,20
Preço Total Unitário R$ 265,05
184335 TORNEIRA DE PRESSÃO PARA PIA UN
2,00
Torneira de pressão 1,00 un R$ 40,81 R$ 40,81
Fita de vedação 0,28 m R$ 0,01 R$ 0,0028
Encanador 0,65 h R$ 2,80 R$ 0,00
Ajudante 0,65 h R$ 2,11 R$ 1,82
Leis Sociais 122,5% R$ 2,23
BDI 2% R$ 0,90
Preço Total Unitário R$ 45,77
18. MUROS DIVISÓRIOS
210101 18.1 - Construção de muros divisórios com blocos de cocreto, dimenções 14x19x39 cm, altura 1,80m com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia no traço 1:2:8 e sapata corrida. M
161,25 Bloco 14x19x39cm 29 un R$ 1,06 R$ 30,74
112
Cimento 37,67 kg R$ 0,22 R$ 8,29
Cal hidratada 1,08 kg R$ 0,28 R$ 0,30
Areia média ou grossa 0,0818 m3 R$ 38,51 R$ 3,15
Brita 1 0,0184 m3 R$ 32,02 R$ 0,59
Brita 2 0,0429 m3 R$ 32,02 R$ 1,37
Betoneira 0,0498 h R$ 0,80 R$ 0,04
Tábua de pinho 1 x 12" 0,28 m2 R$ 14,80 R$ 4,14
Prego 18 x 27 0,08 kg R$ 4,50 R$ 0,36
Aço CA 25 de 6,3 mm 2,38 kg R$ 2,63 R$ 6,26
Arame recozido n 18 0,08 kg R$ 4,19 R$ 0,34
Ferreiro 0,32 h R$ 2,80 R$ 0,90
Carpinteiro 0,72 h R$ 2,80 R$ 2,02
Ajudante 1,04 h R$ 2,11 R$ 2,19
Pedreiro 2,53 h R$ 2,80 R$ 7,08
Servente 6,39 h R$ 1,80 R$ 11,50
Leis Sociais 122,5% R$ 29,02
BDI 2% R$ 2,17
Preço Total Unitário R$ 110,46
19. GRADIL
090107 19.1 - Colocação e acabamento de gradis e portões, considerando-se peças de 1m de altura. M²
15,08
Gradis e portões 1 m² R$ 46,14 R$ 46,14
Cimento 21,09 kg R$ 0,22 R$ 4,64
Cal hidratada 4,79 kg R$ 0,28 R$ 1,34
Areia média 0,061 m3 R$ 38,51 R$ 2,35
Pedreiro 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20
Servente 1,5 h R$ 1,80 R$ 2,70
Leis Sociais 122,5% R$ 8,45
BDI 2% R$ 1,40
Preço Total Unitário R$ 71,22
20. VIDROS
100101 20.1 - Vidro cristal comum, colocado em caixilhos com ou sem baguetes, com duas demãos de massa. M²
15,00
Cristal comum 1 m² R$ 37,00 R$ 37,00
Massa para vidro 2 kg R$ 6,00 R$ 12,00
Mão de obra por m² para colocação com massa 1 h R$ 5,60 R$ 5,60
Leis Sociais 122,5% R$ 21,56
BDI 2% R$ 2,95
Preço Total Unitário R$ 150,33
100201 20.2 - Vidro temperado, laminado ou isolante acústico, colocado em caixilhos com ou sem baguetes, com duas demãos de massa.
M²
1,08
Vidro 1 m² R$ 92,06 R$ 92,06
Massa Igás 2 kg R$ 6,00 R$ 12,00
Mão de obra 1 h R$ 5,60 R$ 5,60
Leis Sociais 122,5% R$ 6,86
113
BDI 2% R$ 5,34
Preço Total Unitário R$ 121,86
21. PINTURA
200203 21.1 - Emassamento de paredes internas, com duas demãos de massa corrida à base de PVA, para pintura látex. M²
220,15
Massa a base de PVA 0,7 kg R$ 1,89 R$ 1,32
Lixa 0,4 un R$ 0,50 R$ 0,20
Pintor 0,3 h R$ 2,80 R$ 0,84
Ajudante 0,25 h R$ 2,11 R$ 0,53
Leis Sociais 122,5% R$ 1,68
BDI 2% R$ 0,09
Preço Total Unitário R$ 4,66
200205 21.2 - Pintura látex em paredes internas, três demãos, sem massa corrida. M²
76,90
Tinta látex 0,24 L R$ 6,60 R$ 1,58
Líquido selador 0,12 L R$ 6,30 R$ 0,76
Lixa 0,25 un R$ 0,50 R$ 0,13
Pintor 0,5 h R$ 2,80 R$ 1,40
Ajudante 0,4 h R$ 2,11 R$ 0,84
Leis Sociais 122,5% R$ 2,75
BDI 2% R$ 0,15
Preço Total Unitário R$ 7,61
200304 21.3 - Pintura látex em paredes externas, com três demãos, sem massa corrida. M²
143,25
Tinta látex 0,24 L R$ 6,60 R$ 1,58
Líquido preparador 0,12 L R$ 6,30 R$ 0,76
Águarras mineral 0,05 L R$ 3,00 R$ 0,15
Lixa 0,25 un R$ 0,50 R$ 0,13
Pintor 0,5 h R$ 2,80 R$ 1,40
Ajudante 0,4 h R$ 2,11 R$ 0,84
Leis Sociais 122,5% R$ 2,75
BDI 2% R$ 0,15
Preço Total Unitário R$ 7,76
200405 21.4 - Pintura com verniz acrílico, sobre paredes de concreto, duas demãos. M²
161,25
Verniz acrílico 0,29 L R$ 24,00 R$ 6,96
Pintor 0,15 L R$ 2,80 R$ 0,42
Ajudante 0,1 h R$ 2,11 R$ 0,21
Leis Sociais 122,5% R$ 0,77
BDI 2% R$ 0,32
Preço Total Unitário R$ 16,45
22. LIMPEZA GERAL
210501 22.1 - Limpeza de pisos e reves timentos, empregado solução de ácido muriático em água, na proporção 1:6, e solução neutralizada de amônica, na proporção 1:4.
M²
178,32 Ácido muriático 0,14 L R$ 1,50 R$ 0,21
Amônia 0,2 L R$ 1,35 R$ 0,27
114
Limpador 0,4 h R$ 2,80 R$ 1,12
Leis Sociais 122,5% R$ 1,37
BDI 2% R$ 0,06
Preço Total Unitário R$ 3,03
210502 22.2 - Limpeza de vidros. M²
16,08
Limpador 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68
Leis Sociais 122,5% R$ 2,06
BDI 2% R$ 0,07
Preço Total Unitário R$ 3,81
210503 22.3 - Limpeza geral. M²
261,25
Limpador 0,7 h R$ 2,80 R$ 1,96
Leis Sociais 122,5% R$ 2,40
BDI 2% R$ 0,09
Preço Total Unitário R$ 4,45
170315 22.4 - Raspagem, calafetagem e sintecagem dos tacos. M²
70,09
Cera 0,075 kg R$ 12,00 R$ 0,90
Raspador 0,75 h R$ 2,80 R$ 2,10
Calafetador 0,3 h R$ 2,80 R$ 0,84
Máquina (100% sobre a mão de obra) 1 h R$ 10,00 R$ 10,00
Leis Sociais 122,5% R$ 16,95
BDI 2% R$ 0,62
Preço Total Unitário R$ 31,41
4.2 – Quantificação de serviços
QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS: Pedreiro Servente
CÓDIGO ESPECIFICAÇÕES UN QUANT. h
UNITÁRIO h TOTAL h
UNITÁRIO h TOTAL
1. serviços iniciais
10201 1.1 sondagem M 20,00 1,00 20,00 0,00 0,00
20,00 0,00
2. inst.canteiro obra
20202 2.1 limpeza terreno M2 261,25 0,00 0,00 0,25 65,31
20301 2.2 lig.água e sanitarios UN 1,00 24,00 24,00 12,12 12,12
20302 2.3 lig.luz e força UN 1,00 24,00 24,00 24,00 24,00
20403 2.4 tapume de madeira compensada M2 148,00 1,00 148,00 1,00 148,00
20404 2.5 abrigo provisório M2 1,00 12,30 12,30 16,00 16,00
20501 2.6 locação de obra M2 136,90 0,13 17,80 0,13 17,80
40704 2.7 cons. e dem. de andaime M2 16,29 0,04 0,65 0,12 1,95
226,75 285,18
115
3. movimentação terra
30201 3.1 escavação campo aberto M3 10,21 0,00 0,00 2,93 29,90
40110 3.2 transporte UN 15,00 0,00 0,00 2,50 37,50
30101 3.3 escavação manual de valas M3 10,21 0,00 0,00 3,25 33,17
30158 3.4 reaterro apilolado valas M3 10,21 0,35 3,57 3,50 35,74
30122 3.5 apiloamento fundo vala M2 25,51 0,00 0,00 1,50 38,27
3,57 174,57
4. infra-estrutura
50105 4.1 execução de estaca moldada "in loco" M 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
50511 4.2.1 preparo do concreto estrutural c/ betoneira M3 10,21 0,00 0,00 6,00 61,26
50301 4.2.2 forma de tabua de pinho M2 81,64 1,30 106,13 1,30 106,13
50405 4.2.3 armadura CA50A - média kg 152,00 0,08 12,16 0,08 12,16
50406 4.2.4 armadura CA50A - grossa kg 409,00 0,10 40,90 0,10 40,90
50517 4.2.5 lançamento e aplicação de concreto M3 10,21 2,00 20,42 6,00 61,26
50215 4.2.6 alvenaria de embasamento M2 30,62 7,00 214,31 9,63 294,82
393,92 576,53
5. impermeabilização
120101 5.1 impermeabilização de alv. embasamento M2 86,75 0,75 65,06 0,95 82,41
65,06 82,41
6. alvenaria de elevação
70106 6.1 alvenaria de elevação (10 cm) M2 162,90 1,60 260,64 1,85 301,37
70110 6.2 alvenaria de elevação (20 cm) M2 143,25 2,50 358,13 3,07 439,78
618,77 741,14
7. cintas de concreto
50511 7.1 preparo do concreto estrutural c/ betoneira M3 4,08 0,00 0,00 6,00 24,49
50405 7.2 armadura CA50A - média kg 50,00 0,08 4,00 0,08 4,00
50407 7.3 armadura CA50A - fina kg 0,00 0,07 0,00 0,07 0,00
4,00 28,49
8. vergas
70401 7.1 vergas retas de concreto armado M3 2,66 14,30 38,00 24,30 64,57
38,00 64,57
9. laje de forro
60501 9.1 laje pré-fabricada p/ forro M2 136,90 0,35 47,92 0,70 95,83
47,92 95,83
10. telhado
110102 10.1 estrutura de madeira vão de 7 a 10m M2 177,50 1,50 266,25 1,50 266,25
110403 10.2 cobertura com telha ceramica M2 177,50 1,50 266,25 2,03 360,33
532,50 626,58
11.1 revestimento externo
- 11.1.1 barra de chapisco M2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
160101 11.1.2 chapisco M2 143,25 0,10 14,33 0,15 21,49
116
160210 11.1.3 emboço M2 143,25 0,60 85,95 0,72 103,14
100,28 124,63
11.2 revestimento interno
150101 11.2.1 chapisco M2 129,40 0,10 12,94 0,15 19,41
140202 11.2.2 emboço M2 76,90 0,70 53,83 0,90 69,21
66,77 88,62
11.3 azulejos
150413 11.3.1 assentamento de azulejos M2 52,50 0,50 26,25 0,14 7,35
150415 11.3.2 rejuntamento de azulejos M2 52,50 0,25 13,13 0,20 10,50
39,38 17,85
12. pisos
170102 12.1 lastro de concreto M2 50,65 0,40 20,26 1,40 70,91
170311 12.2 colocação de taco de madeira M2 70,09 1,00 70,09 1,97 138,08
170304 12.3 assentamento piso ceramico esmaltado M2 63,17 1,50 94,75 1,50 94,75
170361 12.4 cimentado M2 12,00 1,00 12,00 1,15 13,80
197,10 317,53
13. rodapé, soleira, peitoril
170401 13.1 rodapés de cerâmica M 74,30 0,80 59,44 0,60 44,58
170405 13.2 rodapés de peroba M 76,90 0,40 30,76 0,30 23,07
170402 13.3 soleiras de ceramica (15 cm) M 5,30 0,60 3,18 0,50 2,65
170403 13.4 soleiras de ceramica (25 cm) M 0,80 0,65 0,52 0,55 0,44
170404 13.5 peitoril M 5,80 0,60 3,48 0,50 2,90
97,38 73,64
14. esquadrias de madeira
80111 14.1 porta externa 0,80 x 2,10m UN 2,00 5,15 10,30 5,15 10,30
80102 14.2 porta interna 0,70 x 2,10m UN 3,00 5,15 15,45 5,15 15,45
80103 14.3 porta interna 0,80 x 2,10m UN 3,00 5,15 15,45 5,15 15,45
41,20 41,20
15. esquadrias de ferro
90202 15.1 caixilhos de ferro de correr M2 15,00 4,00 60,00 1,00 15,00
90201 15.2 caixilho de ferro basculante ou fixo M2 1,08 2,50 2,70 1,00 1,08
- 15.3 caixilho veneziana M2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
62,70 16,08
16. instalação elétrica
190309 16.1 caixa de entrada UN 1,00 4,80 4,80 4,80 4,80
190401 16.2 abertura de rasgos para eletrodutos M 72,00 0,10 7,20 0,25 18,00
190402 16.3 abertura de rasgos para eletrodutos M 65,00 0,15 9,75 0,40 26,00
190407 16.4 enchimento de rasgos M 72,00 0,15 10,80 0,10 7,20
190408 16.5 preenchimento de rasgos 32 a 50mm M 65,00 0,20 13,00 0,15 9,75
190603 16.6 instalação de fio ou cabo isolado de pvc M 161,91 0,14 22,67 0,14 22,67
190552 16.7 assentamento de eletroduto 25mm M 72,00 0,17 12,24 0,17 12,24
117
190626 16.8 disjuntor tripolar ate 63A UN 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00
190801 16.9 quadro de distribuição para 12 divisões UN 1,00 2,00 2,00 2,00 2,00
190912 16.10 instalação de disjuntor tripolar ate 63A UN 8,00 0,30 2,40 0,30 2,40
190923 16.11 disjuntor bipolar 10A UN 1,00 0,60 0,60 0,60 0,60
191005 16.12 fio isol.PVC 750v/2,5mm2 M 137,00 0,11 15,07 0,11 15,07
191006 16.13 fio isol.PVC 750v/4mm2 M 12,15 0,12 1,46 0,12 1,46
191201 16.14 conj.interrup.tecla simples UN 10,00 0,21 2,10 0,21 2,10
191207 16.15 inst. interruptor paralelo UN 5,00 0,29 1,45 0,29 1,45
191219 16.16 tomada dois polos mais terra UN 32,00 0,29 9,28 0,29 9,28
191302 16.17 luminária UN 17,00 1,10 18,70 1,10 18,70
191601 16.18 instalaçao do chuveiro UN 2,00 0,50 1,00 0,50 1,00
140,52 160,72
17.instalação hidráulica
180101 17.1 construção de abrigo p/cavalete UN 1,00 5,74 5,74 7,29 7,29
180102 17.2 instalação de cavalete de 20 mm UN 1,00 4,90 4,90 4,90 4,90
180201 17.3 abertura de rasgos p/tubulações 15 a 25mm M 28,36 0,10 2,84 0,25 7,09
180207 17.4 ench. de rasgos p/tubulação de 15 a 25mm M 28,36 0,15 4,25 0,10 2,84
180511 17.5 assentamento de tubos 25mm M 28,36 0,40 11,34 0,40 11,34
181103 17.6 registro gaveta bruto 25mm UN 2,00 0,54 1,08 0,54 1,08
181117 17.7 registro pressão crom. 25 mm UN 2,00 0,61 1,22 0,61 1,22
181138 17.8 valvula de descarga UN 3,00 1,00 3,00 1,00 3,00
181201 17.9 reservatório fibrocim.500L UN 2,00 7,70 15,40 7,70 15,40
181203 17.10 torneira bóia 20mm UN 2,00 0,28 0,56 0,28 0,56
182788 17.11 colocação de ralo seco ou caixa sinfonada UN 5,00 0,98 4,90 0,98 4,90
183207 17.12 caixa inspeção 40x40x60cm UN 1,00 4,25 4,25 5,43 5,43
184101 17.13 instalação calha galvanizada M 62,20 1,00 62,20 1,00 62,20
184106 17.14 instalação de rufo M 11,45 0,07 0,80 0,60 6,87
184302 17.15 lavat.louça branca s/ coluna UN 2,00 2,75 5,50 2,75 5,50
184303 17.16 bacia louça branca caix.acop UN 1,00 3,30 3,30 3,30 3,30
184312 17.17 saboneteira de louça UN 2,00 1,00 2,00 1,00 2,00
184315 17.18 porta toalha de louça UN 3,00 1,10 3,30 1,10 3,30
184317 17.19 porta papel de louça UN 3,00 1,10 3,30 1,10 3,30
184320 17.20 tanque de concreto UN 2,00 3,00 6,00 3,00 6,00
184327 17.21 pia de cozinha aço inox UN 1,00 4,00 4,00 4,00 4,00
184334 17.22 torneira pressão uso geral UN 2,00 0,65 1,30 0,65 1,30
184335 17.23 torneira pressão cromada UN 2,00 0,65 1,30 0,65 1,30
152,49 164,12
18. muros divisórios
210101 18.1 muros nas laterais e fundo do lote M2 161,25 3,57 575,66 7,43 1.198,09
575,66 1.198,09
19. gradil
90107 19.1 colocação e acabamento gradis e portões M2 15,08 1,50 22,62 1,50 22,62
118
22,62 22,62
20. vidros
100101 20.1 vidro cristal comum M2 15,00 0,00 0,00 1,00 15,00
100201 20.2 vidro temperado e laminado M2 1,08 0,00 0,00 1,00 1,08
0,00 15,00
21. pintura
200203 21.1 emassamento M2 220,15 0,30 66,05 0,25 55,04
200205 21.2 pintura latex (interna) M2 76,90 0,50 38,45 0,40 30,76
200304 21.3 pintura latex (externa) M2 143,25 0,50 71,63 0,40 57,30
200405 21.4 pintura com verniz acrílico (muros divisórios) M2 161,25 0,15 24,19 0,10 16,13
200,31 159,22
22. limpeza geral
210501 22.1 pisos e revestimento M2 178,32 0,00 0,00 0,40 71,33
210502 22.2 vidros M2 16,08 0,00 0,00 0,60 9,65
210503 22.3 limpeza geral M2 261,25 0,00 0,00 0,70 182,88
170315 22.4 raspagem, calafetagem e sintecagem dos tacos. M2 70,09 0,00 0,00 2,05 143,68
0,00
407,54
TOTAL 3.646,87 5.482,16
119
4.3 – Cronograma físico-financeiro
120
5 – ANÁLISES DOS RESULTADOS
5.1 – Valor total de produção
O valor de produção ou custo de produção da obra após levantamento
orçamentário, com os devidos acréscimos de BDI e leis sociais ficou definido num
valor total de R$ 128.083,81.
5.2 – Composição do lucro
O lucro ficou devido através de um percentual de 12% sobre o custo total de
produção da obra, sendo assim, foi encontrado o valor de lucro do empreendimento
de R$ 15.370,06.
5.3 – Preço de venda da obra
Já o preço de venda da obra é determinado pelo valor total de produção
acrescido do lucro, sendo assim, ficou definido o valor de R$ 143.453,87.
121
6 – CONCLUSÃO
Toda construção começa com uma pergunta: os recursos disponíveis serão
suficientes para concluir a obra? Em tempos de ajustamento à economia
globalizada, aonde as margens vão diminuindo à proporção inversa da
competitividade empresarial, poucos especialistas brasileiros estão tão qualificados
a respondê-la.
Nos dias de hoje, o cálculo financeiro e o planejamento total de um
empreendimento, antes mesmo de seu início efetivo, assumiram a mesma
importância de um cálculo estrutural, uma vez que as margens de negócio atingiram
a um patamar menor que no passado. Hoje, o erro é a linha divisória entre sucesso
e fracasso, lucro e prejuízo.
No mundo inteiro têm-se observado, na área da engenharia civil, que a
qualidade dos métodos de construção e a intensidade com a qual a execução de
uma obra é planejada e controlada não se desenvolveram tanto, ficando a execução
muitas vezes aquém da sofisticação e qualidade com que são elaborados os
projetos. Mesmo nos cursos superiores pode-se perceber que é dedicado muito
mais atenção a como projetar do que a como executar a obra.
Da mesma maneira, em diversos países discute-se que a integração entre o
projeto e a execução está longe da ideal, indicando existir também nessa interface a
possibilidade de promover maior racionalização da execução.
Assim sendo, no planejamento e no gerenciamento de uma obra há um
grande potencial de melhoria do processo de construção. Afinal, a execução de um
empreendimento deve ser realizada com o mesmo cuidado e qualidade com que os
engenheiros desenvolveram seus projetos.
É de grande responsabilidade profissional a preparação correta de um
orçamento, uma vez que quanto mais competitiva se torna a área de engenharia
civil, mais importante se torna a aplicação consciente dos princípios da engenharia
de custo. Pois, não basta saber elaborar o orçamento, e sim, desenvolvê-lo em
período curto, através de métodos atuais de execução, mas, prioritariamente,
conseguir preço competitivo e mínimo.
Por fim, concluímos que, face à estabilização de nossa moeda e à elevada
concorrência entre as construtoras, é muito importante para as empresas o acerto
do orçamento da construção e a minimização do custo. Pois, somente desta forma
122
as empresas prestadoras de serviço de engenharia terão êxito e sairão vitoriosas
das licitações, alcançando seu objetivo principal que é o lucro estabelecido na
proposta de preço. Por isso, se diz que o engenheiro é fundamentalmente um
controlador de custos na área em que se dedica, “pois faz por um real o que
qualquer leigo não faria por dois”, demonstrando sempre o sentido econômico em
suas pesquisas.
123
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO 1 - Projeto Arquitetônico (plantas, cortes, fachadas) do edifício pesquisado.
125
ANEXO 2 - Projeto de Canteiro de Obras do edifício pesquisado.
126
ANEXO 3 - Projeto de Fundações do edifício pesquisado.
127
ANEXO 4 - Projeto Estrutural do edifício pesquisado.
128
ANEXO 5 - Projeto Hidráulico do edifício pesquisado.
129
ANEXO 6 - Projeto Elétrico do edifício pesquisado.
130
ANEXO 7 - Projeto de Racionalização do edifício pesquisado.
131
ANEXO 8 - Projeto de Telhado do edifício pesquisado.