tcc wemar bombas

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Universidade Nove de Julho Alexandre Vieira de Souza-------RA: 307155200 André Godoi Pereira--------------RA: 305102966 Marcelo Oliveira de Souza-------RA: 304102166 Ricardo Aparecido dos Santos---RA: 304102101 Wellington Jacinto da Silva------RA: 304102301 Proposta de otimização do projeto de produção de bomba de água para automóvel de 1000 cilindradas São Paulo 2009

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Page 1: TCC Wemar bombas

Universidade Nove de Julho

Alexandre Vieira de Souza-------RA: 307155200

André Godoi Pereira--------------RA: 305102966

Marcelo Oliveira de Souza-------RA: 304102166

Ricardo Aparecido dos Santos---RA: 304102101

Wellington Jacinto da Silva------RA: 304102301

Proposta de otimização do projeto de produção de bomba de água para

automóvel de 1000 cilindradas

São Paulo

2009

Page 2: TCC Wemar bombas

Alexandre Vieira de Souza-------RA: 307155200

André Godoi Pereira--------------RA: 305102966

Marcelo Oliveira de Souza-------RA: 304102166

Ricardo Aparecido dos Santos---RA: 304102101

Wellington Jacinto da Silva------RA: 304102301

Proposta de otimização do projeto de produção de bomba de água para

automóvel de 1000 cilindradas

Trabalho de conclusão de curso Universidade

Nove de Julho como parte dos requisitos para

a obtenção do grau de Engenheiro de

Produção Mecânico.

Orientadora : Profª. Adriana Hélia Caseiro

São Paulo

2009

Page 3: TCC Wemar bombas

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, por nos ter proporcionado mais esta oportunidade.

As nossas respectivas famílias, esposas, noivas e namoradas, que sempre estiveram ao nosso

lado incentivando-nos, ajudando, compreendendo e compartilhando os momentos difíceis e

vitoriosos.

À nossa orientadora Profª. Adriana Hélia Caseiro, por ter acreditado em nosso

trabalho e estar sempre disponível para auxiliar-nos.

Aos colegas, professores e amigos da faculdade pelos ensinamentos e amizade. Em

especial, aos verdadeiros amigos que estiveram presentes nesta etapa e nos ensinaram a ser

perseverantes.

Aos nossos colegas de trabalho pelo incentivo e cooperação.

Enfim, agradecemos a todos que de alguma forma contribuíram para a realização

deste trabalho.

Page 4: TCC Wemar bombas

RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade a idealização de uma fábrica que visa atender

uma demanda de 140.000 unidades por mês de bombas de água para veículos automotores de

1000 cilindradas, a qual será desenvolvida através de dados de entrada de projeto, dados este

fornecidos pelo cliente. A produção da bomba será feito com uma tecnologia inovadora

utilizando-se a poliamida PA 6.6 com carga de 22,65% fibra de vidro que através de análises

e estudos comprovaram ser viável para a substituição do atual material de fabricação utilizado

pelo mercado, o alumínio. Fez-se necessário a realização de um estudo complexo sobre os

seguintes temas: planejamento de produção, um leiaute onde se aperfeiçoa o processo e que se

procura reduzir os custos com movimentação e estocagem, a seleção e cotação de

equipamentos que atenda a demanda, qualidade, manutenção, controles sobre poluição e

consumo de água, desenvolvimentos de matéria-prima; fluxo de processo dentre outros

descritos neste trabalho. O estudo mostrará que 2 (dois) turnos será mais atrativos para os

investidores , que irão obter um retorno a curto prazo e que para ter 1 (um) turno seria

necessário a instalação de mais equipamentos, o que acarretaria em um investimento maior e

um retorno a longo prazo. Dentro destes assuntos abordados,o assunto de maior relevância e

justificativa principal para qualquer negócio, será mostrar que a empresa Wemar bombas é

economicamente viável.

Page 5: TCC Wemar bombas

ABSTRACT

The present work has the purpose to create an Industry to take care of a demand of

140.000 units per month of vehicles waters bombs of 1000 piston displacements, which will

be developed through project information and this entrance will be provide by the customer.

The bomb production will be made with poliamida PA by an innovative technology using just

6,6 of 22,65% glass fibre that was define through analyses and studies. They had proven to be

viable for the substitution of the current material of manufacture used for the market, the

aluminum. The accomplishment of a complex study became necessary on the following

subjects: production planning, one template where the process and costs reduce with

movement and stockage, the equipment election and quotation that take care of the demand,

quality, maintenance, pollution controls and water consumption, raw material developments;

flow the process amongst other described ones in this work. The study will show 2 (two) turns

will be more attractive for the investors, who will go to get a short-term return and to have 1

(one) turn it would be necessary the installation of more equipment, what would in the long

run cause a bigger investment and a return. Inside of subjects boarded, the issue of bigger

relevance and main justification for any business will be to show that Wemar´s Company

bomb is economically viable.

Page 6: TCC Wemar bombas

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Sistema de arrefecimento com bomba de água --------------------------- 23

Figura 2.2 - Bomba de água para veículos------------------------------------------------ 24

Figura 3.1 - Ciclo de realimentação cliente-marketing-projeto ------------------------ 27

Figura 3.2 - Estrutura analítica do produto ---------------------------------------------- 29

Figura 4.1 - Gráfico de análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria

diferencial de varredura ---------------------------------------------------------------------- 35

Figura 4.2 - Especificações para compra rolamento ------------------------------------ 39

Figura 4.3 - Especificações para compra do selo mecânico ---------------------------- 40

Figura 4.4 - Especificações para compra para polia ------------------------------------- 41

Figura 4.5 - Especificações para compra da bucha do rotor --------------------------- 42

Figura 5.1 - Injetora Primax 150R -------------------------------------------------------- 43

Figura 5.2 - Unidade de água gelada ----------------------------------------------------- 45

Figura 5.3 - Torre de resfriamento -------------------------------------------------------- 46

Figura 5.4 - Desumidificador SMD-2000 ------------------------------------------------ 47

Figura 5.5 - Prensa DC-3-E-BC ----------------------------------------------------------- 49

Figura 5.6 – Fresadora universal VK-300U ---------------------------------------------- 50

Figura 5.7 – Torno convencional PWM-320 --------------------------------------------- 51

Figura 5.8 - Compressor MSV80/425MAX ---------------------------------------------- 52

Figura 5.9 - Micrometro digital digimatic série 293 ------------------------------------ 53

Figura 5.10 - Paquímetro digital digimatic série 293 ----------------------------------- 53

Figura 5.11 - Balança ALFA, modelo B-5040, até 30 kg. ----------------------------- 54

Figura 5.12 – Empilhadeira DBr-CQD15C-1500-6200 -------------------------------- 55

Figura 5.13 – Paleteira PMS-2500 TNY ------------------------------------------------- 57

Figura 5.14 – Esteira EH-8 ----------------------------------------------------------------- 58

Figura 5.15 – Esteira EH-R-600mm ------------------------------------------------------ 60

Figura 7.1 - Importância da eletricidade para a sociedade ----------------------------- 65

Figura 7.2 - Usina hidrelétrica -------------------------------------------------------------- 66

Figura 7.3 - Estrutura básica de um sistema elétrico ------------------------------------ 67

Figura 7.4 - Linha de transmissão de energia -------------------------------------------- 67

Figura 7.5 - Faixas de tensão do sistema elétrico ---------------------------------------- 69

Figura 7.6 - Potências ativas ---------------------------------------------------------------- 71

Figura 11.1 - Tipos de leiaute -------------------------------------------------------------- 97

Page 7: TCC Wemar bombas

Figura 11.2 - Tipos de leiaute e seus custos ---------------------------------------------- 100

Figura 12.1 - Fluxo de informações do PCP --------------------------------------------- 104

Figura 12.2 - Estrutura do processo decisório do planejamento e controle da

produção ---------------------------------------------------------------------------------------- 106

Figura 12.3 - Gráfico de gantt da produção ---------------------------------------------- 108

Figura 14.1 – Fluxos típicos de bens e informações num canal de suprimentos ---- 115

Figura 14.2 – Fluxo de movimentação e armazenagem de materiais ----------------- 119

Figura 14.3 – Palete de madeira ------------------------------------------------------------ 125

Figura 14.4 – Caixas-palete metálicas dobráveis ---------------------------------------- 125

Figura 14.5 – Empilhadeira ----------------------------------------------------------------- 126

Figura 14.6 – Pateleira manual ------------------------------------------------------------- 127

Figura 14.7 – Balança rodoviária digital -------------------------------------------------- 127

Figura 14.8 – Prateleira armazenagem ---------------------------------------------------- 130

Figura 14.9 – Prateleira com divisórias --------------------------------------------------- 130

Figura 14.10 – Palete ------------------------------------------------------------------------ 132

Figura 14.11 – Desenho padrão montagem dos paletes -------------------------------- 132

Figura 14.12 – Palete montado ------------------------------------------------------------- 133

Figura 14.13 – Caminhão tipo sider ------------------------------------------------------- 133

Figura 14.14 – Distribuição de carga (vista lateral e traseira) ------------------------- 134

Page 8: TCC Wemar bombas

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 – Exemplo de definição de código na Wemar bombas -------------------- 28

Tabela 3.2 – Estrutura do produto B1FP09N da Wemar bombas --------------------- 29

Tabela 3.3 – Cronograma de atividades -------------------------------------------------- 30

Tabela 4.1 – Propriedades das poliamidas ------------------------------------------------ 33

Tabela 4.2 – Propriedades para moldagem ----------------------------------------------- 36

Tabela 4.3 – Especificações para selecionamento do selo mecânico ----------------- 40

Tabela 5.1 – Características técnicas injetora Primax ----------------------------------- 44

Tabela 5.2 – Características da unidade de água gelada -------------------------------- 45

Tabela 5.3 – Características da torre de resfriamento Refrisat ------------------------- 46

Tabela 5.4 – Característica desumidificador SMD-2000 ------------------------------- 47

Tabela 5.5 – Tabela de capacidade de desumidificação -------------------------------- 48

Tabela 5.6 – Características técnicas prensa---------------------------------------------- 49

Tabela 5.7 – Características técnicas fresadora ------------------------------------------ 50

Tabela 5.8 – Características técnicas torno ----------------------------------------------- 51

Tabela 5.9 – Características técnicas compressor --------------------------------------- 52

Tabela 5.10 – Características técnicas micrometro -------------------------------------- 53

Tabela 5.11 – Características técnicas paquímetro -------------------------------------- 54

Tabela 5.12 – Características técnicas balança ------------------------------------------- 55

Tabela 5.13 – Características técnicas empilhadeira ------------------------------------ 56

Tabela 5.14 – Características técnicas paleteira ----------------------------------------- 57

Tabela 5.15 – Características técnicas esteira -------------------------------------------- 59

Tabela 5.16 – Características técnicas esteira -------------------------------------------- 60

Tabela 7.1 – Consumo total de energia elétrica ------------------------------------------ 72

Tabela 8.1 – Caracterização da água SABESP, comparada a Portaria 518 ---------- 75

Tabela 8.2 – Consumo doméstico em prédios -------------------------------------------- 76

Tabela 9.1 – Quantidades de resíduos gerados ------------------------------------------- 80

Tabela 10.1 – Relação de equipamentos de segurança ---------------------------------- 88

Tabela 11.1 – Vantagens e desvantagens do leiaute ------------------------------------- 97

Tabela 12.1 – Consumo diário de material-prima e insumos -------------------------- 109

Tabela 15.1 – Lista de verificações preventiva ------------------------------------------ 141

Tabela 15.2 – Ordem de serviço (O.S) ---------------------------------------------------- 141

Tabela 16.1 – Custos fixos ------------------------------------------------------------------ 150

Page 9: TCC Wemar bombas

Tabela 16.2 – Custos variáveis ------------------------------------------------------------- 151

Tabela 16.3 – Custos da matéria-prima --------------------------------------------------- 155

Tabela 16.4 – Porcentagem dos encargos ------------------------------------------------- 156

Tabela 16.5 – Custos da mão de obra direta ---------------------------------------------- 157

Tabela 16.6 – Custos de energia elétrica -------------------------------------------------- 158

Tabela 16.7 – Custos variáveis e embalagens e insumos ------------------------------- 159

Tabela 16.8 – Custos fixos de depreciação acelerada 2 turnos de 8 horas ----------- 161

Tabela 16.9 – Cálculo do IPTU para propriedade comerciais e industriais ---------- 162

Tabela 16.10 – Custo direto variável ------------------------------------------------------ 163

Tabela 16.11 – Demonstrativo de resultados --------------------------------------------- 168

Tabela 16.12 – Investimento inicial ------------------------------------------------------- 169

Page 10: TCC Wemar bombas

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABC Custos de Acordo com as Atividades Desenvolvidas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

AT Alta Tensão

BT Baixa Tensão

CBU Custo Unitário Básico Global

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CP Custo Periódico

CPV Custos dos Produtos Vendidos

DGA Despesas Gerais da Administração

Emáx Estoque Máximo

Eméd Estoque Médio

Emín Estoque Mínimo

EPI Equipamento de Proteção Individual

EUA Estados Unidos da América

FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

FP Fator de Potência

GE Giro Estoque

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

H Altura manométrica

ICMS Imposto sobre Mercadorias e Prestação de Serviço

IL Índice de Lucratividade

INSS Imposto Nacional se Seguridade Social

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano

ISO/TS Norma de Certificação

MT Média Tensão

NBR Norma Brasileira

OP Ordem de Produção

OS Ordem Serviço

PCP Planejamento e Controle de Produção

Page 11: TCC Wemar bombas

PE Ponto de Equilíbrio

PIS Programa de Integração Social

PMP Planejamento Mestre Produção

PP Ponto Pedido

PR Período de Retorno do Investimento

PR Prazo de Retorno

PV Preço de Venda

PVC Poli Cloreto de Vinila

R$ Moeda Corrente no Brasil

RC Retorno de Capital

RKW Despesas aos Produtos

RS Taxa de Reinvestimento

TIR Taxa Interna de Retorno

TMA Taxa Mínima de Atratividade

TPM Manutenção Produtiva Total

TR Critério do Período de Retorno do Investimento

VC Valor de Compra do Terreno

VPL Valor Presente Líquido

Page 12: TCC Wemar bombas

LISTA DE SÍMBOLOS

% Porcentagem

CV Cavalo vapor

d Diâmetro

g Aceleração da gravidade

H Altura manométrica

H Hora

Kg Quilograma

kgf/cm² Quilograma força por centímetro quadrado

Km Quilometro

Kv Quilovolt

kVA Quilovolt-Amper

kW Quilowatt

M Metro

m/s Metros por segundo

m² Metro Quadrado

mm Milímetro

N Potência

Q Vazão

rad/s Radianos por segundo

RPM Rotação por minuto

S Espessura da palheta do rotor

T Período de tempo

U2 Velocidade periférica de saída

v Velocidade

V Volt

W Watt

β Ângulo das pás do rotor

δ Peso específico

η Rendimento

π Constante

Page 13: TCC Wemar bombas

σ Paço das pás

ω Velocidade angular

Page 14: TCC Wemar bombas

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------- 20

2 BOMBAS DE ÁGUA AUTOMOTIVA ----------------------------------------------- 22

2.1 Tipos de bombas------------------------------------------------------------------------ 22

2.1.1 Bombas de água para veículo -------------------------------------------------- 22

3 PROJETO DO PRODUTO ------------------------------------------------------------- 25

3.1 Produto ----------------------------------------------------------------------------------- 26

3.2 Propósito de um produto -------------------------------------------------------------- 26

3.3 Memorial de cálculo ------------------------------------------------------------------ 27

3.4 Desenho da bomba de água para veículo ------------------------------------------- 27

3.5 Desenvolvimento da embalagem do produto --------------------------------------- 27

3.6 Código de produto --------------------------------------------------------------------- 28

3.7 Estrutura do produto ------------------------------------------------------------------- 28

3.8 Cronograma de desenvolvimento ---------------------------------------------------- 29

3.9 Documentação do produto ------------------------------------------------------------ 30

3.10 Instruções de engenharia ------------------------------------------------------------- 31

4 MATÉRIA PRIMA ----------------------------------------------------------------------- 32

4.1 Poliamida -------------------------------------------------------------------------------- 33

4.1.1 Poliamida 6.6 (PA 6.6) com fibra de vidro ---------------------------------- 34

4.2 Quantidade a ser utilizada de Poliamida 6.6 (PA 6.6) ---------------------------- 36

4.3 Fornecedores e forma de compra ---------------------------------------------------- 37

4.4 Fornecedores externos de peças ------------------------------------------------------ 38

4.4.1 Rolamento ------------------------------------------------------------------------ 38

4.4.1.1 Forma de compra ------------------------------------------------------- 39

4.4.2 Selo mecânico -------------------------------------------------------------------- 39

4.4.2.1 Forma de compra ------------------------------------------------------- 40

4.4.3 Polia / flange --------------------------------------------------------------------- 41

4.4.3.1 Forma de compra ------------------------------------------------------- 41

4.4.4 Bucha do rotor ------------------------------------------------------------------- 41

4.4.4.1 Forma de compra ------------------------------------------------------- 42

5 EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA ----------------------------------------------- 43

5.1 Equipamentos --------------------------------------------------------------------------- 43

5.1.1 Injetora para carcaça e rotor --------------------------------------------------- 43

Page 15: TCC Wemar bombas

5.1.2 Unidade de água gelada -------------------------------------------------------- 44

5.1.3 Torre de resfriamento ---------------------------------------------------------- 46

5.1.4 Desumidificador ---------------------------------------------------------------- 46

5.1.5 Prensa ----------------------------------------------------------------------------- 48

5.1.6 Fresadora ------------------------------------------------------------------------- 49

5.1.7 Torno convencional ------------------------------------------------------------- 51

5.1.8 Compressor ----------------------------------------------------------------------- 52

5.1.9 Micrômetro ----------------------------------------------------------------------- 52

5.1.10 Paquímetro ---------------------------------------------------------------------- 53

5.1.11 Balança -------------------------------------------------------------------------- 54

5.1.12 Empilhadeira -------------------------------------------------------------------- 55

5.1.13 Paleteira ------------------------------------------------------------------------- 56

5.1.14 Esteira --------------------------------------------------------------------------- 58

6 CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ----------------------------------------------------- 61

6.1 Tempos e métodos --------------------------------------------------------------------- 61

6.2 Dimensionamento da capacidade de produção------------------------------------- 62

6.3 Dimensionamento de máquinas ------------------------------------------------------ 63

7 ENERGIA ----------------------------------------------------------------------------------- 65

7.1 Geração de energia elétrica ----------------------------------------------------------- 66

7.2 Geração e distribuição de energia elétrica ------------------------------------------ 66

7.2.1 Redes de média tensão ---------------------------------------------------------- 68

7.2.2 Redes em baixa tensão (BT) --------------------------------------------------- 68

7.3 Demanda estimada de energia elétrica ---------------------------------------------- 69

7.4 Fator de potência ----------------------------------------------------------------------- 69

8 ÁGUA ---------------------------------------------------------------------------------------- 73

8.1 Qualidade da água ---------------------------------------------------------------------- 73

8.2 Água para uso industrial--------------------------------------------------------------- 74

8.3 Utilização da água para os processos produtivos e consumo Humano --------- 75

8.4 Cálculo do volume de água ----------------------------------------------------------- 76

8.5 Dimensionamento do reservatório de água ----------------------------------------- 77

8.6 Dimensionamento do reservatório para incêndio ---------------------------------- 78

9 POLUIÇÃO -------------------------------------------------------------------------------- 79

9.1 Tipos de poluição ---------------------------------------------------------------------- 80

9.2 Quantidades de resíduos --------------------------------------------------------------- 80

Page 16: TCC Wemar bombas

9.3 Disposição dos resíduos --------------------------------------------------------------- 81

9.4 Prevenção da poluição ----------------------------------------------------------------- 81

9.5 Vantagens da implantação dos programas de prevenção da poluição ---------- 82

10 SEGURANÇA DO TRABALHO ----------------------------------------------------- 84

10.1 Acidente de trabalho ---------------------------------------------------------------- 85

10.2 Aplicações na Wemar bombas ---------------------------------------------------- 85

10.2.1 Comissão interna de prevenção de acidentes --------------------------- 86

10.2.2 Equipamento de proteção individual ------------------------------------- 87

10.2.3 Programa de controle médico de saúde ocupacional ------------------ 88

10.2.4 Edificações ------------------------------------------------------------------- 88

10.2.5 Programa de prevenção de riscos ambientais --------------------------- 89

10.2.6 Instalações e serviços em eletricidade ----------------------------------- 90

10.2.7 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de

materiais ------------------------------------------------------------------------------ 90

10.2.8 Máquinas e equipamentos ------------------------------------------------- 91

10.2.9 Prensa ------------------------------------------------------------------------- 92

10.2.10 Atividades e operações insalubres -------------------------------------- 92

10.2.11 Ergonomia ------------------------------------------------------------------ 92

10.2.12 Proteção contra incêndios ------------------------------------------------ 92

10.2.13 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho ---------- 93

10.2.14 Sinalização de segurança ------------------------------------------------- 94

11 LEIAUTE ---------------------------------------------------------------------------------- 96

11.1 Tipos de leiaute ---------------------------------------------------------------------- 96

11.1.1 Leiaute por produto --------------------------------------------------------- 98

11.1.2 Escolha do leiaute ----------------------------------------------------------- 99

11.2 Leiaute na Wemar bomba ---------------------------------------------------- 100

12 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO -------------------------- 102

12.1 Fluxos de informações do PCP ---------------------------------------------------- 104

12.2 Planejamentos agregado de produção -------------------------------------------- 105

12.3 Planejamento mestre da produção ------------------------------------------------ 105

12.4 Planejamento de materiais --------------------------------------------------------- 106

12.5 Planejamentos realizados na Wemar bombas ----------------------------------- 106

12.5.1 Sistema de revisão contínua de estoque de matéria prima ------------ 107

12.5.2 Gráfico gantt da produção da Wemar bombas -------------------------- 107

Page 17: TCC Wemar bombas

13 QUALIDADE ----------------------------------------------------------------------------- 110

13.1 Qualidade na Wemar bombas ----------------------------------------------------- 110

13.1.1 Controle da qualidade ------------------------------------------------------ 111

13.1.2 Controle da qualidade do processo --------------------------------------- 112

13.1.3 Controle final do produto -------------------------------------------------- 112

13.2 Ferramentas de controle ------------------------------------------------------------ 113

14 LOGÍSTICA ------------------------------------------------------------------------------ 114

14.1 Cadeia de suprimentos -------------------------------------------------------------- 114

14.1.1 Gestão da cadeira de suprimentos ---------------------------------------- 115

14.1.2 Planejamento de suprimentos --------------------------------------------- 115

14.1.3 Práticas de negócios para o planejamento de suprimentos ------------ 116

14.2 Transporte ---------------------------------------------------------------------------- 116

14.2.1 Modos ou modais de transporte ------------------------------------------- 117

14.3 Processo de distribuição ------------------------------------------------------------ 118

14.3.1 Fluxo de movimentação e armazenagem de materiais ---------------- 119

14.3.2 Recebimento de produtos -------------------------------------------------- 120

14.4 Gestão de estoque ------------------------------------------------------------------- 120

14.4.1 Princípios de estocagem --------------------------------------------------- 121

14.4.2 Considerações quanto ao local de estocagem --------------------------- 123

14.5 Indicadores de desempenho de estoques ----------------------------------------- 124

14.6 Equipamentos de estocagem e movimentação interna ------------------------- 128

14.6.1 Custo da falta de estoque -------------------------------------------------- 128

14.6.2 Custo do armazenagem e da manutenção do estoque ----------------- 129

14.7 Logística na Wemar bombas ------------------------------------------------------ 129

14.7.1 Estocagem -------------------------------------------------------------------- 129

14.7.2 Movimentação interna ----------------------------------------------------- 129

14.7.3 Transporte externo na Wemar bombas ---------------------------------- 131

15 MANUTENÇÃO ----------------------------------------------------------------------- 135

15.1 Objetivos da manutenção ---------------------------------------------------------- 135

15.2 Tipos de manutenção --------------------------------------------------------------- 136

15.2.1 Manutenção centralizada -------------------------------------------------- 136

15.2.2 Manutenção descentralizada ---------------------------------------------- 137

15.2.3 Manutenção corretiva ------------------------------------------------------ 138

15.2.4 Manutenção preventiva ---------------------------------------------------- 139

Page 18: TCC Wemar bombas

15.2.5 Manutenção preditiva ------------------------------------------------------ 139

15.2.6 Manutenção produtiva total (TPM) -------------------------------------- 139

15.3 Gestão estratégia da manutenção ------------------------------------------------- 139

15.4 Manutenção na Wemar bombas --------------------------------------------------- 140

16 VIABILIDADE --------------------------------------------------------------------------- 142

16.1 Viabilidades econômicas ----------------------------------------------------------- 142

16.2 Viabilidades financeiras ------------------------------------------------------------ 142

16.3 Princípios de análise e indicadores da qualidade ------------------------------- 143

16.4 Fluxo de caixa ----------------------------------------------------------------------- 144

16.4.1 Taxa de desconto do fluxo de caixa -------------------------------------- 145

16.4.2 Critério do valor presente líquido ---------------------------------------- 146

16.4.3 Critério do índice de lucratividade --------------------------------------- 147

16.4.4 Critério da taxa interna de retorno ---------------------------------------- 147

16.4.5 Critério do período de retorno do investimento ------------------------ 147

16.4.6 Aplicação da teoria da engenharia econômica aos estudos de

viabilidade -------------------------------------------------------------------------------------- 148

16.5 Custos --------------------------------------------------------------------------------- 148

16.5.1 Aplicabilidade de custos na atividade industrial ----------------------- 149

16.5.2 Classificação dos custos --------------------------------------------------- 149

16.5.3 Custos fixos ------------------------------------------------------------------ 150

16.5.4 Custos variáveis ------------------------------------------------------------- 150

16.5.5 Sistemas de custos ---------------------------------------------------------- 151

16.6 Custos na Wemar bombas --------------------------------------------------------- 151

16.6.1 Custeio por absorção ------------------------------------------------------- 151

16.6.2 Custos e despesas ----------------------------------------------------------- 152

16.6.3 Custos de produção --------------------------------------------------------- 153

16.6.4 Gastos dentro da produção que não são custos ------------------------- 153

16.6.5 Cálculos do preço do produto --------------------------------------------- 154

16.6.6 Custos da mão-de-obra e encargos sociais ------------------------------ 156

16.6.7 Custos da energia elétrica -------------------------------------------------- 158

16.6.8 Custo da água ---------------------------------------------------------------- 159

16.6.9 Custos com embalagens e insumos --------------------------------------- 159

16.7 Depreciação -------------------------------------------------------------------------- 160

16.8 Cálculo do imposto predial e territorial urbano (IPTU) ----------------------- 162

Page 19: TCC Wemar bombas

16.9 Custo total ---------------------------------------------------------------------------- 163

16.10 Formação do preço de venda ----------------------------------------------------- 163

16.11 Receita ------------------------------------------------------------------------------- 165

16.12 Margem de contribuição ---------------------------------------------------------- 165

16.13 Ponto de equilíbrio ---------------------------------------------------------------- 166

16.14 Demonstrativo de resultado ------------------------------------------------------ 167

16.15 Investimento inicial---------------------------------------------------------------- 168

16.16 Taxa de retorno -------------------------------------------------------------------- 169

16.17 Prazo de retorno e retorno descontado ------------------------------------------ 170

16.18 Valor presente líquido ------------------------------------------------------------- 171

CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------------- 173

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------- 174

APÊNDICES A ------------------------------------------------------------------------------- 182

APÊNDICES B ------------------------------------------------------------------------------- 194

APÊNDICES C ------------------------------------------------------------------------------- 195

APÊNDICES D ------------------------------------------------------------------------------- 196

APÊNDICES E ------------------------------------------------------------------------------- 197

APÊNDICES F ------------------------------------------------------------------------------- 198

APÊNDICES G ------------------------------------------------------------------------------ 199

APÊNDICES H ------------------------------------------------------------------------------ 200

APÊNDICES I -------------------------------------------------------------------------------- 204

APÊNDICES J ------------------------------------------------------------------------------- 215

APÊNDICES L ------------------------------------------------------------------------------- 216

APÊNDICES M ------------------------------------------------------------------------------ 220

APÊNDICES N ------------------------------------------------------------------------------- 221

APÊNDICES O ------------------------------------------------------------------------------ 222

Page 20: TCC Wemar bombas

20

1 INTRODUÇÃO

Os primeiros registros que apresentaram um sistema completo de água para refrigerar

o motor datam da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Eram usados nos motores dos aviões

que apresentavam alta temperatura, sendo assim, o arrefecimento com água no motor possuía

refrigeração líquida e seu radiador ficava bem atrás, na fuselagem, numa posição mais

eficiente, instalado dentro de um duto aerodinâmico com saída variável. Assim, ao invés de

causar arrasto, o ar aquecido se comportava tal como num jato, empurrando o avião para

frente.

Os primeiros sistemas de arrefecimento a água para veículos automotores

funcionavam por sifão térmico, ou seja, a circulação do líquido entre o motor e o radiador

acontecia unicamente devido à diferença de densidade de água fria e quente, porém esse

processo era muito lento e exigia a montagem do radiador em um ponto mais alto, por isso

acrescentou-se a bomba de água ao sistema, tornando o processo de arrefecimento mais

eficaz.

A circulação de água para resfriamento do motor, através de bomba de água é o

processo mais empregado, pois permite um melhor controle da temperatura média dos

componentes mais solicitados termicamente. (GARCIA & BRUNETTI, 1989)

O objetivo do presente trabalho é atender, no mínimo todos os requisitos impostos pela

norma NBR7879, que padroniza a fabricação do produto, pretende-se assim realizar o

desenvolvimento de uma bomba de água para veículos de 1000 cilindradas, assim como o

dimensionamento de uma fábrica que atenda uma demanda de 140.000 bombas por mês,

demonstrando a viabilidade técnica e econômica do projeto através da aplicação de análise e

conceitos adquiridos em sala de aula, durante o decorrer do curso de Engenharia de Produção

com ênfase em mecânica da Universidade Nove de Julho.

Este trabalho será composto dos capítulos relacionados abaixo, onde serão

apresentadas as teorias e técnicas disponíveis no mercado, assim como aquelas que serão

utilizadas para comprovação da viabilidade do projeto, para o dimensionamento de uma

fábrica de bombas de água para veículos, batizada com o nome fantasia Wemar bombas Ltda.:

Page 21: TCC Wemar bombas

21

� Projeto do produto: desenho do produto, estrutura do produto, cronograma de

desenvolvimento e instrução de engenharia;

� Matéria-prima: quais estão disponíveis no mercado, quais são as mais indicadas

para fabricação da bomba de água;

� Equipamentos e tecnologia: quais são as tecnologias disponíveis em processos e

equipamentos e em qual se baseará esse trabalho;

� Capacidade de produção: quantidade de máquinas, capacidade produtiva das

máquinas e quantidade de funcionários;

� Energia elétrica: qual a capacidade instalada e demanda kW do projeto;

� Água: quais os tipos de água que serão utilizadas para consumo humano e para o

processo produtivo, assim como no sistema de combate a incêndio;

� Poluição: quais os resíduos gerados pelo processo produtivo (líquido, sólido e

gasoso), quantidades, tratamentos realizados, disposição no meio ambiente, legislações

vigentes para a prevenção da poluição no ambiente fabril;

� Segurança do trabalho: tipos de EPI’s necessários em cada operação e quais as

normas de segurança a serem obedecidas;

� Planejamento e controle da produção: fluxo de informações do PCP, plano mestre

da produção, planejamento de materiais;

� Leiaute: disposição dos equipamentos e setores da empresa;

� Qualidade: controle da qualidade da matéria-prima e do processo;

� Gestão da manutenção: manutenção corretiva, preventiva e preditiva;

� Logística: cadeia de suprimentos, transporte, cadeia de valor, processo de

distribuição, equipamentos de estocagem e movimentação, custo de estoque;

� Viabilidade econômica: classificação dos custos, sistemas de custos, cálculo do

preço do produto, custo da mão-de-obra e encargos sociais, formação do preço de venda,

receita, demonstrativo de resultados, método do prazo de retorno e retorno descontado.

Page 22: TCC Wemar bombas

22

2 BOMBA DE ÁGUA AUTOMOTIVA

Bombas são equipamentos hidráulicos que transferem energia ao fluido. Recebe

energia de uma fonte motora qualquer e cede parte ao fluido sob forma de pressão, energia

cinética ou ambas, isto é, aumentam a pressão do líquido, a velocidade ou ambas.

2.1 Tipos de bombas

Não existe uma terminologia homogênea sobre bombas, pois há diversos critérios para

designá-las. Entretanto, pode-se classificá-las em duas categorias perfeitamente distintas:

� Bombas de vazão constante;

� Bombas de vazão variável.

As bombas de vazão constante são geralmente de engrenagens, de palhetas e de

parafuso. Entretanto, existem bombas que possuem diversas formas especiais.

As bombas de vazão variável são de palhetas com rotor de excentricidade variável, ou

de pistões múltiplos de curso variável. (TORREIRA, s.d.)

2.1.1 Bombas de água para veículos

A bomba de água para veículos gira na mesma rotação do motor e é a responsável por

impulsionar e direcionar o líquido de arrefecimento (água) nos diversos dutos do motor, ou

seja, o líquido percorre parte do motor até atingir temperatura ideal de funcionamento, quando

este está próximo da zona crítica de temperatura (REAL BOMBAS, 2009).

Nos veículos automotores, a bomba de água tem a função fundamental de assegurar o

fluxo apropriado do líquido refrigerante para o arrefecimento do motor. Para remover do

motor o calor gerado pela combustão, o líquido deve ser posto a circular com um caudal

apropriado, para vencer as resistências de todo o circuito deve ter a pressão justa.

A bomba de água é acionada por uma polia ativada por uma correia, cuja velocidade

esta relacionada com o número de rotações do eixo motor. Portanto, normalmente a bomba

está sempre em funcionamento: absorve potência mecânica do motor e cede a potência

hidráulica ao líquido através do rotor, proporcionalmente ao número de rotações do motor.

Page 23: TCC Wemar bombas

23

Na figura abaixo é demonstrada a aplicação da bomba de água num sistema de

arrefecimento.

Figura 2.1 – Sistema de arrefecimento com bomba de água. (BRITO, 2005)

A bomba automotiva é composta por:

� Rotor: sua função é fazer circular o líquido, distribuindo em todo motor;

� Selo mecânico: é responsável pela vedação da bomba de água;

� Cubo/flange: prensado no eixo do rolamento, onde a polia faz transmissão de

movimento por meio de uma correia acoplada ao motor;

� Rolamento: responsável por transmitir o movimento do cubo/flange para o rotor,

permitindo assim a circulação do líquido;

� Carcaça: é o suporte dos componentes da bomba de água, principalmente do

rolamento e selo mecânico, os quais estão diretamente acoplados. Também é através dela que

se fixa a bomba no bloco do motor.

Page 24: TCC Wemar bombas

24

A figura abaixo demonstra uma bomba automotiva em corte com seus respectivos

componentes:

Figura 2.2 – Bomba de água para veículos (REAL BOMBAS, 2009)

Page 25: TCC Wemar bombas

25

3 PROJETO DO PRODUTO

Para a organização alcançar os seus objetivos é necessário obter o planejamento e o

desenvolvimento do produto. Este trabalho resulta em novos produtos ou produtos

aprimorados, com os quais a empresa pretende dominar ou conquistar maiores fatias de

mercado, assegurando assim a sua estabilidade e o tão desejado crescimento. Devido à grande

competição entre as empresas, para sobreviver no mercado se busca cada vez mais

diversificar e aprimorar suas linhas de produtos, na busca da conquista de novos

consumidores.

As empresas comerciais estão cada vez mais reconhecendo que a chave para sua

sobrevivência e crescimento reside no desenvolvimento contínuo de produtos novos e

aprimorados. Já vai longe à confiança de que os produtos consagrados manterão

indefinidamente fortes posições no mercado. Há muitos concorrentes com laboratórios de

pesquisa dinâmicos, com estratégias sofisticadas de marketing e grandes orçamentos prontos a

roubar clientes.

Toda empresa tem um produto ou serviço que deve atender as necessidades de seus

consumidores ou clientes. Seu sucesso estará diretamente relacionado à sua capacidade de

satisfazer ou até mesmo superar as expectativas de seus clientes. (MARTINS & LAUGENI,

2006)

Dessa forma, o projeto do produto passa a ter alta relevância como vantagem

competitiva podendo ser diferenciado quanto a seu custo, com menor número de peças, mais

padronização, modularidade, robustez e inexistência de falhas. Estudos comprovam que 80%

dos problemas de qualidade decorrem do projeto do produto e não dos processos produtivos.

Dentro desse contexto todo produto deve ser funcional, de fácil utilização, deve ser

considerando também os aspectos ergonômicos, ter estética.

O desenvolvimento de novos produtos é um campo bastante específico de trabalho,

extremamente dinâmico, que conta com especialistas dos mais variados campos do saber

humano. Desenvolver novos produtos é um desafio constante. No mundo em transformação

em que vive a empresa que não inovar e se antecipar às necessidades de seu cliente, com

produtos e serviços, certamente estará condenada ao desaparecimento.

Saber o que o consumidor quer descobrir o amanhã, pesquisar, mostrar que sempre

está investindo no bem estar do cliente, são alguns dos diferenciais que uma empresa deve ter.

Isso gera uma troca: a empresa busca o lucro, e os consumidores, produtos que atinjam suas

necessidades. (MARTINS & LAUGENI, 2006)

Page 26: TCC Wemar bombas

26

3.1 Produto

Sempre que se fala de produto, deve entender que este pode ser encontrado na forma

de um objeto tangível, com finalidades básicas para o consumidor, podendo ser consumido a

curto ou longo prazo.

3.2 Propósito de um projeto

O propósito de um projeto em uma empresa poderá ser:

� Relançar produtos / serviços a mercados já existentes;

� Desenvolver novos produtos / serviços a novos mercados;

� Incorporação de novas tecnologias;

� Melhor qualidade para os produtos / serviços;

� Reduzir custos;

� Reduzir dificuldades de processo;

� Padronizar produtos / serviços;

� Personalizar.

O objetivo de projetar produtos e serviços é satisfazer os consumidores atendendo a

suas necessidades e expectativas atuais e futuras. Isto, por sua vez, melhora a competitividade

da organização. Pode-se observar, portanto, que o projeto de produto e serviço tem seu início

com o consumidor e nele termina. Primeiro, a tarefa de marketing é reunir informações dos

clientes (e, às vezes, de não-clientes) para compreender e identificar suas necessidades e

expectativas e também para procurar possíveis oportunidades de mercado. Seguindo isto, a

tarefa dos projetos de produtos e serviços é analisar essas necessidade e expectativas, como

interpretadas por marketing, e criar uma especificação para produto ou serviço. Esta é uma

tarefa complexa, que envolve a combinação de muitos aspectos diferentes dos objetivos de

uma empresa (Figura 3.1). A especificação é então usada como a entrada para a operação, que

produz e fornece o produto ou serviços a seus clientes. (MARTINS & LAUGENI, 2006)

Page 27: TCC Wemar bombas

27

Figura 3.1 – Ciclo de realimentação cliente-marketing-projeto (MARTINS &

LAUGENI, 2006)

Sendo assim, este trabalho apresentará uma metodologia de projeto de produto

orientado para as necessidades do consumidor e do mercado, ou seja, um produto com

confiabilidade e que seja competitivo economicamente.

3.3 Memorial de cálculo da bomba

A partir dos dados fornecidos e utilizando como referência Macintyre (1997), foram

feitos os cálculos disponíveis no apêndice A.

3.4 Desenho da bomba de água para veículo automotor

Através dos cálculos realizados, foi possível elaborar o desenho do produto, contendo

todo dimensional necessário para garantir a qualidade de peça, conforme apêndice B, C, D, E,

F, G.

3.5 Desenvolvimento da embalagem do produto

Segundo Robertson (2000), embalagem é definida como sendo todo o material que

envolve um produto visando garantir a preservação de suas características durante o

transporte, armazenamento e consumo. Uma função técnico-econômica com o objetivo de

minimizar custos logísticos e maximizar as vendas.

Page 28: TCC Wemar bombas

28

3.6 Código de produto

Os códigos são utilizados para identificar os diversos modelos de produtos ou serviços

e suas variações numa organização. Na Wemar bombas a identificação do produto final

utilizará códigos alfa-numérico, com sete dígitos, onde cada caractere indica particularidades

do produto a ser utilizado. Os componentes utilizados serão identificados por códigos

numerais também com sete caracteres, que seguem uma ordem seqüencial conforme sua

criação e liberação para a produção, conforme demonstrado na tabela 3.1.

Tabela 3.1 - Exemplo de definição de código na Wemar bombas

Portanto, com base nos dados da tabela 3.1, o código do produto produzido pela

Wemar bombas será B1FP09N e sua descrição será bomba de água para motor 1.000

cilindrada, Fiat, Palio, Ano 2009, para o mercado nacional.

3.7 Estrutura do produto

A estrutura do produto é uma lista de todas as sub-montagens, componentes

intermediários, matérias-primas e itens comprados que são utilizados na fabricação ou

montagem de um produto, mostrando as relações de precedência e quantidade de cada item

necessário. Também pode conter outros, tais como, instruções de trabalho ou ferramentas

requeridas para suportar o processo de manufatura. (APICS, 1992)

Na Wemar bombas será utilizada uma estrutura com disposição hierárquica dos

componentes. Entre todos os sub-componentes e matérias-primas necessárias para montar e

produzir o produto final, conforme demonstrado na figura 3.2.

Page 29: TCC Wemar bombas

29

Figura 3.2 – Estrutura analítica do produto

Os códigos de componentes e matéria-prima são numéricos e são definidos de acordo

com a classificação da Tabela 3.2.

Tabela 3.2 – Estrutura do produto B1FP09N da Wemar bombas

3.8 Cronograma de desenvolvimento

O cronograma geral de um projeto inclui a duração de todas as atividades previstas,

ordenadas segundo a ordem seqüencial de realização. Em cada etapa, cada conjunto de

processos pode ser subdividido de acordo com atividades mais específicas, que, somadas, são

necessárias à realização de pacotes de trabalho mais abrangentes.

A tabela 3.3 demonstra a cronologia das atividades.

Page 30: TCC Wemar bombas

30

Tabela 3.3 – Cronograma de atividades

3.9 Documentação do produto

Segundo Martins & Laugeni (2006), uma vez definido o produto, ou alteração do

mesmo, deve ser documentado. Esta documentação normalmente consta de:

� Explosão: desenho com vista explodida do produto;

� Diagrama de montagem: define-se a seqüência de montagem do produto;

� Estrutura analítica: define-se a composição do produto em seus níveis

hierárquicos;

� Lista de materiais: lista de todos os componentes do produto.

3.10 Instruções de engenharia

Page 31: TCC Wemar bombas

31

A presente instrução tem como finalidade apresentar os procedimentos técnicos para

fabricação de bomba de água automotiva, material e dimensionamento normalizado, com

intuito de assegurar melhores condições técnicas no fornecimento, bem como uniformizar os

critérios adotados para produção.

Conforme apêndice H.

Page 32: TCC Wemar bombas

32

4 MATÉRIA PRIMA

Gradativamente nos últimos trinta anos, devido a razões econômicas e busca

incessante por novas tecnologias, os plásticos passaram a ocupar um lugar de destaque na

indústria automobilística como um dos materiais mais usados por ser de baixo custo de

transformação.

Os plásticos têm demonstrado um alto índice de confiabilidade e muitas vantagens

sobre os materiais tradicionais que vieram a substituir, tais como aço, alumínio e o vidro, por

exemplo. Além de permitir maior flexibilidade de projeto e economia na produção, sua baixa

densidade é essencial para a redução de consumo de combustíveis, uma vez que a substituição

de materiais diversos por cerca de 100 quilos de peças plásticas, em um carro pesando 1000

quilos, gera uma economia de combustível de 7,5%. Aproximadamente 100 quilogramas de

peças plásticas utilizadas em um veículo, 200 a 300 quilos de outros materiais deixam de ser

consumido, o que se reflete em seu peso final. Assim, um automóvel com sua vida útil de 150

mil quilômetros, poderá economizar 750 litros de combustíveis devido à utilização de

plásticos. (HEMAIS, 2003)

Em nível internacional, o relacionamento entre as indústrias de polímeros e de

veículos tem sido intenso. A presença de plásticos nos automóveis foi fundamental para se

conseguir melhores padrões de segurança, economia de combustíveis e flexibilidade de

manufatura. Ao longo dos anos, os consumidores se tornaram mais exigentes, pois querem

carros que tenham alto desempenho, confiabilidade, segurança, conforto, economia, estilo,

preço competitivo e cada vez mais respeito ao meio ambiente. Somente os materiais plásticos

podem responder aos desafios vindos dessas demandas conflitantes.

No que se refere ao Brasil, pode se afirmar que a indústria automobilística foi uma das

grandes catalisadoras da introdução de inovações tecnológicas na indústria de polímeros. As

indústrias automobilísticas encontram no Brasil um grande fabricante de polímeros para uso

gerais. (ANFAVEA, 2002)

Com todo este aporte tecnológico a favor, a Wemar bombas utiliza em seu processo de

produção da carcaça e rotor da bomba de água para carros de 1000 cc, a poliamida 6.6 (PA 6.

6) com reforço de fibra de vidro.

Page 33: TCC Wemar bombas

33

4.1 Poliamida

Uma poliamida é um tipo de polímero que contém conexões do tipo amida. A primeira

poliamida foi sintetizada na DuPont, por um químico chamado Wallace Hume Carothers, que

começou a trabalhar na companhia em 1928.

Dentre os plásticos de engenharia, as poliamidas (comercialmente conhecidas como

náilon) são a família de polímeros mais empregada, devido as suas propriedades superiores

de resistência ao impacto, rigidez, resistência química, temperatura de serviço e longa vida

útil.

Existem diversos ramificações da poliamida, por exemplo, poliamidas 6, 6.6, 6.10,

6.12, 11, 12. Estas poliamidas e seus tipos reforçados com fibra de vidro, seguidas em escala

menor pelos outros tipos de poliamidas, formam o principal tipo de termoplástico da

engenharia, sendo os que maior volume alcança no mercado.

Ano após ano as poliamidas vêm substituindo os metais nos mais variados

seguimentos que vão da indústria automobilística aos eletros eletrônicos.

Um dos fatores de maior importância para as propriedades físicas das poliamidas é seu

grau de cristalinidade, porém, cristalinidade e absorção de água nestes polímeros andam

juntas. Para as poliamidas, a presença de água funciona como plastificante, separando as

cadeias moleculares e diminuindo a cristalinidade. Isto influi diretamente na cristalização pós

moldagem que prossegue lentamente, com resultantes efeitos de encolhimento pós moldagem

nos produtos moldados, que só viriam a se estabilizar em um período não inferior à 02 (dois)

anos. A interação entre o grau de cristalinidade, e a absorção de umidade das poliamidas é um

crítico fator, visto que apresentam efeitos opostos nas propriedades químicas, físicas e

mecânicas no produto final. (PETRONORTE, 2009)

Na tabela 4.1 podem-se observar algumas das propriedades dos tipos de poliamidas,

tais como PA 6, PA 11, PA 12, PA 6.6, PA 6. 10, PA 6. 12.

Tabela 4.1- Propriedades das Poliamidas (PETRONORTE, 2009)

PROPRIEDADES PA6 PA11 PA12 PA 6.6 PA 6.10 PA 6.12

Ponto de Fusão ºC 215 185 177 259 215 210

Peso especifico g/cm² 1,14 1,04 1,02 1,15 1,08 1,07

Resistência Tração psi 12000 8000 7500 12000 9000 8500

Módulo de flexão psi 400000 180000 170000 410000 350000 290000

Page 34: TCC Wemar bombas

34

4.1.1 Poliamida 6.6 (PA 6.6) com fibra de vidro

Esta poliamida será usada para a confecção do rotor e carcaça da bomba de água

produzida pela Wemar bombas.

O composto de PA 6.6 apresenta ótima resistência mecânica, aumento de resistência

térmica em relação aos outros plásticos, alta tenacidade e maior temperatura de utilização. Ao

incorporar a fibra de vidro na poliamida, há uma perda de flexibilidade. A fibra é um dos

componentes utilizados para aumentar a hidrólise na peça (HARADA, 2007). Usar uma fibra

especial com aditivo para aumentar à resistência a hidrólise é ideal para o sistema de

arrefecimento do veículo. Apta para trabalhar em temperaturas acima de 150 ºC.

Suas principais características são:

� Maior resistência à temperatura;

� Maior resistência à tração;

� Longa vida útil;

� Resistência a uma grande variedade de produtos químicos;

� Boa resistência à fadiga dinâmica;

� Excelente resistência à abrasão;

� Auto-lubricidade;

� Boa fluidez para injeção;

� Estabilidade dimensional e térmica;

� Boa aparência superficial das peças injetadas;

� Resistência ao impacto repetitivo devido a sua tenacidade.

Foi enviado para um laboratório técnico da empresa Cromex S.A, utilizando-se da

engenharia reversa, uma amostra de um material usado para confecção da bomba de água da

empresa URBA, para uma análise termogravimétrica (TGA) e uma calorimetria diferencial de

varredura (DSC), na qual se chegou ao seguinte gráfico exposto na figura 4.1 (CROMEX,

2009)

Page 35: TCC Wemar bombas

35

Figura 4.1 - Gráfico de análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria diferencial de

varredura (DSC). (CROMEX, 2009)

A partir desse gráfico, obteve-se a temperatura de fusão que se encontra em torno de

259,90 ºC e certificou-se que a poliamida usada para a confecção do rotor e da carcaça é a

mesma que a Wemar bombas usará em seu processo produtivo, ou seja, a Poliamida 6.6 (PA

6.6) com uma porcentagem de 22, 6523% de fibra de vidro, o que faz com que ela adquira

melhor resistência mecânica e dinâmica.

Com a matéria-prima do rotor e carcaça previamente definidas, segue tabela 4.2

(PETRONORTE, 2009), onde se observam algumas propriedades para o processo de

moldagem da poliamida 6.6 (PA 6. 6).

Page 36: TCC Wemar bombas

36

Tabela 4.2- Propriedades para moldagem (PETRONORTE, 2009)

Temperaturas

Zona de alimentação 250 - 270 ºC

Zona de compressão 260 - 280 ºC

Zona de homogeneização 270 - 290 ºC

Bico 260 - 280 ºC

Molde 60 - 80 ºC

Pressões

Injeção 10000-15000 psi 69 - 124 MPa

Arraste 4000-10000 psi 34 - 83 MPa

Traseira 50-100 psi 0,34 - 0,69 MPa

Velocidades

Injeção 2 – 3 pol./seg. 51 – 76 mm/seg.

Rosca 60 – 90 rpm 60 – 90 RPM

Secagem

Tempo e temperatura 4 h à 80 ºC

Ponto de orvalho -18 ºC

Teor de umidade aceitável 0,20%

4.2 Quantidade a ser utilizada de Poliamida 6.6 (PA 6.6)

O peso da carcaça da bomba de água é de 0, 150 kg e o peso do rotor é de 0, 015 kg.

Logo a quantidade de matéria-prima a ser usada por cada bomba de água é de 0, 165 kg. Com

uma demanda mensal de 140.000 mil bombas de água por mês, assumindo que no processo

produtivo ocorrem perdas na casa dos 5 % pelos mais diversos fatores, tais como vazamentos,

rebarbas e reprocessos, chega-se a seguinte conta:

Qb= 140000 / 0,95 (50)

Qb= 147368,42 ~ 147369 bombas

Qmp= 147369 pçs * 0, 165 kg (51)

Qmp = 24.316 kg

Page 37: TCC Wemar bombas

37

Onde:

Qb= Quantidade de bombas a serem fabricadas

Qmp= quantidade de matéria-prima usada;

Pçs= peças;

Kg= quilogramas.

4.3 Fornecedores e forma de compra

Alguns fornecedores de poliamida 6.6 com reforço de 22, 6523% de fibra de vidro,

são:

� Grupo Rhodia;

� Radici Group;

� Petronorte Induscom.

A matéria-prima será comprada em sacos de 25 kg e transportada em paletes de 1000

kg. No item 4.2 chegou-se ao cálculo de 24.316 kg de matéria-prima a ser utilizada na

fabricação do rotor e da carcaça da bomba de água, porém será comprado 24.325 kg, devido

ao fabricante fornecer a matéria-prima em sacos de 25 kg segue-se então, alguns cálculos de

quantidades de sacos, sacos por paletes e quantidade total de paletes:

Sc= Es / 25 kg (52)

Sc= 24325 / 25

Sc= 973 sacos

Onde:

Sc = quantidades de sacos.

Com a quantidade de sacos definido, calcula-se quantos sacos serão transportados por

paletes, sendo que um palete armazena até 1000 kg:

Pl= 1000 / 25 (53)

Pl= 40 sacos/paletes

Page 38: TCC Wemar bombas

38

Onde:

Pl= quantidades de sacos por paletes

Após definida a quantidade de sacos por paletes, verifica-se qual será a quantidade de

paletes a ser armazenado:

Plt= Sc / Pl (54)

Plt= 973 / 40

Plt= 24,325 paletes ~ 25 paletes

Onde:

Plt= Quantidade total de paletes.

4.4 Fornecedores externos de peças

A quantidade de componentes da bomba de água a serem comprados, tais como selo

mecânico, bucha de latão, polia e rolamento, será de 147.059 unidades, devido o fator de

perda na casa de 5%, já citado no item 4.2.

4.4.1 Rolamento

Os rolamentos de bomba de água fabricados atualmente são quase que

exclusivamente vedados em ambos os lados e engraxados de fábrica. As duas carreiras de

corpos esferas se apóiam diretamente sobre o eixo temperado.

No rolamento da bomba de água, versão esfera/esfera, a força de tração da correia é

distribuída aproximadamente igual nas duas carreiras de esferas.

Materiais e componentes utilizados na construção do rolamento:

� Eixo – Aço (SAE 1045) temperado e revenido 50-55 HRC;

� Carcaça do rolamento – Aço;

� Esfera;

� Gaiola – Poliamida;

� Vedações – Borracha nitrílica;

Alguns fornecedores de rolamentos para bomba de água automotiva:

Page 39: TCC Wemar bombas

39

� Shaeffler Brasil (INA/FAG);

� NSK;

� SKF Brasil.

4.4.1.2 Forma de compra

O rolamento será comprado por unidade, na figura 4.2 são demonstradas todas as

especificações e medidas do rolamento.

Figura 4.2 - Especificações para compra do rolamento

4.4.2 Selo mecânico

A vedação é dada pelo selo mecânico, o qual é montado por interferência sob pressão

na carcaça da bomba de água e no eixo do rolamento, garantindo assim a vedação e uma vida

útil maior.

Materiais e componentes utilizados na construção do selo mecânico:

� Face rotativa – Grafite injetado / carvão usinado.

Page 40: TCC Wemar bombas

40

� Fole / luva – Elastômeros (borracha) Nitrílica, Viton®, EPDM.

� Estojo – Aço Inox 304/316, carbono, nylon.

� Acionador – Aço Inox 304/316, carbono, nylon.

� Mola – Aço Inox 304/316, carbono.

� Encosto de mola - Aço Inox 304/316, carbono, nylon.

� Sede estacionária – Cerâmica técnica, C. silício, FoFo, bronze.

� Anel copo / A. reto - Elastômeros (borracha) Nitrílica, Viton®, EPDM.

Alguns fornecedores de selos mecânico para bomba de água automotiva:

� Inpacom;

� John Crane;

� Netron Técnica Brasil.

4.4.2.1 Forma de compra

O selo mecânico será comprado por unidade, na figura 4.3 são demonstradas todas as

especificações e medidas do selo mecânico.

Figura 4.3 – Selo mecânico (INPACOM, 2009)

Conforme tabela 4.3, obtêm-se os dados para selecionamento do selo mecânico.

Tabela 4.3 – Especificações para selecionamento do selo mecânico. (INPACOM, 2009)

Page 41: TCC Wemar bombas

41

4.4.3 Polia / Flange

Para fabricação da polia será utilizado material de ferro fundido, a superfície da polia

não deve apresentar porosidade.

Alguns fornecedores de polia/flange para bomba de água automotiva:

� Policorpolias;

� Bertiz Engrenagens.

4.4.3.1 Forma de compra

O polia/flange será comprada por unidade, na figura 4.4 são demonstradas todas as

especificações e medidas do polia/flange.

Figura 4.4 - Especificações para compra para polia

4.4.4 Bucha do rotor

O material utilizado para fabricação da bucha é o latão 360. Este material poderá ser

fornecido por:

� JC Reparos e Usinagem;

Page 42: TCC Wemar bombas

42

4.4.4.1 Forma de compra

Figura 4.5 - Especificações para compra da bucha do rotor

A bucha será comprada por unidade, na figura 4.5 são demonstradas todas as

especificações e medidas da bucha.

Page 43: TCC Wemar bombas

43

5 EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA

Para a fabricação da carcaça e do rotor utilizados nas bombas de água para veículos de

1000 cilindradas, a Wemar bombas adotou o processo de injeção de poliamida (PA6,6).

O processo de moldagem por injeção de poliamida consiste essencialmente no

amolecimento do material num cilindro aquecido e sua conseqüente injeção em alta pressão

para o interior de um molde relativamente frio, onde endurece e torna a forma final. O artigo

moldado é então expelido do molde por meio de pinos ejetores, ar comprimido, prato de

arranque ou outros equipamentos auxiliares.

A Wemar bombas adota o processo de moldagem por injeção da poliamida, por

considerar um processo mais vantajoso perante a utilização do alumínio.

5.1 Equipamentos

Os equipamentos utilizados pela Wemar bombas na produção de carcaças e rotores

para a montagem das bombas de água para veículos 1000 cilindradas estão relacionados

abaixo:

5.1.1 Injetora para carcaça e rotor

Marca Romi, modelo Primax 150R. Este equipamento é utilizado para a fabricação da

carcaça e rotor, conforme demonstrado na figura 5.1.

Figura 5.1 – Injetora Primax 150R (ROMI, 2009)

Page 44: TCC Wemar bombas

44

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.1.

Tabela 5.1 – Características técnicas da injetora Primax 150R (ROMI, 2009)

5.1.2 Unidade de água gelada

Marca Refrisat, modelo SAT-W. Este equipamento é utilizado para a refrigeração dos

moldes utilizados nas injetoras, conforme demonstrado na figura 5.2.

Page 45: TCC Wemar bombas

45

Figura 5.2 – Unidade de água gelada (REFRISAT, 2008)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.2.

Tabela 5.2 – Características da unidade de água gelada (REFRISAT, 2008)

5.1.3 Torre de resfriamento

Marca Refrisat, modelo TRR-20. Este equipamento é utilizado para o resfriamento da

água utilizada no processo, conforme a figura 5.3.

Page 46: TCC Wemar bombas

Figura 5.

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.3.

Tabela 5.3 – Características da torre de resfriamento (REFRISAT, 2008)

5.1.4 Desumidificador

Marca Starshini, modelo SMD

umidade da poliamida, conforme demonstrado na figura 5.4.

Figura 5.3 – Torre de resfriamento (REFRISAT, 2008)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

Características da torre de resfriamento (REFRISAT, 2008)

Marca Starshini, modelo SMD-2000. Este equipamento é utilizado para retirar a

umidade da poliamida, conforme demonstrado na figura 5.4.

46

Torre de resfriamento (REFRISAT, 2008)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

Características da torre de resfriamento (REFRISAT, 2008)

2000. Este equipamento é utilizado para retirar a

Page 47: TCC Wemar bombas

Figura 5.4 –

Este equipamento apresenta as seguintes características e capacidade demonstradas nas

tabelas 5.4 e 5.5.

Tabela 5.4 – Característica desumidificador SMD

– Desumidificador SMD-2000 (STARSHINI, 2009)

Este equipamento apresenta as seguintes características e capacidade demonstradas nas

Característica desumidificador SMD-2000 (STARSHINI, 2009)

47

2000 (STARSHINI, 2009)

Este equipamento apresenta as seguintes características e capacidade demonstradas nas

2000 (STARSHINI, 2009)

Page 48: TCC Wemar bombas

48

Tabela 5.5 – Tabela de capacidade de desumidificação (STARSHINI, 2009)

5.1.5 Prensa

Marca Dan-Presse, modelo DC-3-E-BC. Este equipamento é utilizado na linha de

montagem da bomba de água, conforme demonstrado na figura 5.5.

Page 49: TCC Wemar bombas

49

Figura 5.5 – Prensa DC-3-E-BC (DAN-PRESSE, 2008)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.6.

Tabela 5.6 – Características técnicas prensa (DAN-PRESSE, 2008)

5.1.6 Fresadora

Fresadora universal – Marca Veker, modelo VK-300U. Este equipamento é utilizado

na área de manutenção, para auxiliar nas necessidades da manutenção.

Page 50: TCC Wemar bombas

50

Figura 5.6 – Fresadora universal VK-300U (BENER, 2009)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.7.

Tabela 5.7 – Características técnicas (BENER, 2009)

Page 51: TCC Wemar bombas

51

5.1.8 Torno convencional

Torno convencional – Marca Powermaq, modelo PWM-320. Este equipamento é

utilizado na área de manutenção, para auxiliar alguma necessidade na manutenção, fabricação

de dispositivo, fabricação de peças de reposição.

Figura 5.7 – Torno convencional PWM-320 (POWERMAQ, 2009)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.8.

Tabela 5.8 – Características técnicas (POWERMAQ, 2009)

Modelo PWM320GH Diâmetro admissível sobre o barramento 320mm

Distância entre as pontas 550mm Diâmetro sobre carro transversal 140mm

Diâmetro do furo do eixo 38mm Largura do banrramento 160mm

Diâmetro sobre carro transversal 140mm Diâmetro do furo do eixo 38mm

Cone do árvore CM 5 Cone do cabeçote móvel CM 3

Rotação 60Hz (6etapas) 75-1900rpm Gama das roscas por polegadas 9-40 TPI

Gama das roscas métricas 0.4-4mm Motor 1HP

Voltagem 220 V - monofásico

Peso líquido 360kg

Page 52: TCC Wemar bombas

52

5.1.6 Compressor

Compressor – Marca Schulz, modelo MSV80/425MAX. Este equipamento é utilizado

na área de manutenção, para limpeza com ar e para equipamentos pneumático.

Figura 5.8 – Compressor MSV80/425MAX (DUTRAMAQUINAS, 2009)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.9.

Tabela 5.9 – Características técnicas (DUTRAMAQUINAS, 2009)

5.1.7 Micrometro

Micrometro digital – Marca Mitutoyo, modelo Digimatic série 293. Este instrumento

de precisão é utilizado no laboratório de testes e medição.

Page 53: TCC Wemar bombas

53

Figura 5.9 – Micrometro digital digimatic série 293 (MITUTOYO, 2009)

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.10.

Tabela 5.10 – Características técnicas (MITUTOYO, 2009)

5.1.8 Paquímetro

Paquímetro digital – Marca Mitutoyo, modelo Coolant Proof ABSOLUTE série 500.

Este instrumento de precisão é utilizado no laboratório de testes e medição.

Figura 5.10 – Paquímetro digital digimatic série 293 (MITUTOYO, 2009)

Page 54: TCC Wemar bombas

54

Este equipamento apresenta as seguintes características técnicas demonstradas na

tabela 5.11.

Tabela 5.11 – Características técnicas (MITUTOYO, 2009)

5.1.9 Balança

Balanças de pesagem para recebimento- Marca ALFA, modelo B-5040-30. Este

equipamento de pesagem será usado na área de recebimento, para conferência dos sacos de

matéria-prima de 25 kg.

Figura 5.11 – Balança ALFA, modelo B-5040, até 30 kg. (ALFA, 2009)

Page 55: TCC Wemar bombas

55

Na tabela 5.12, verifica-se as especificações técnicas da balança que será instalada no

setor de recebimento, para verificação do peso da matéria-prima.

Tabela 5.12 – Características técnicas. (ALFA, 2009)

MÍN. MÁX.

ALTURA (mm)BALANÇA MODELO

CAPACIDADE NOMINAL = x

DIVISÃO COMPRIMENTO (mm)

LARGURA (mm)

B-4030-x

6 kg 1 g

400 300

B-5040-x

30 kg 5 g

500 400

10012 kg 2 g

18 kg 2 g

90

120 13060 kg 10 g

120 kg 20 g

160300 kg 50 g

Material=(L ou I) L= Tampo em inox, estrutura em aço carbono ou I= Totalmente em inox

B-6050-x180 kg 20 g

600 500 150

5.1.10 Empilhadeira

A empilhadeira elétrica retrátil oferece fácil operação, conforto e segurança para

movimentação de cargas de até 1.500 kg, com altura máxima de elevação até 6200 mm. São

empilhadeiras indicadas para movimentação intensa de carga e descarga, possuindo

plataforma para o operador de forma a minimizar o esforço físico no deslocamento de cargas.

O design das empilhadeiras é moderno, ergonômico e de última geração. Com

excepcional e fácil manuseio, conforme demonstrada na figura 5.12. (LEMAQUI, 2009)

Figura 5.12 – Empilhadeira DBr-CQD15C-1500-6200 (LEMAQUI, 2009)

Page 56: TCC Wemar bombas

56

Este equipamento possui as características técnicas demonstradas na tabela 5.13.

Tabela 5.13 – Características técnicas empilhadeira (LEMAQUI, 2009)

Modelo DBr-CQD15C-1500-6200

Capacidade (Kg) 1500Kg

Altura total de elevação (mm) 6.200

Comprimento do garfo (mm) 1.070

Largura dos garfos - ajustável (mm) 200-550

Centro de gravidade (mm) 500

Raio mínimo para curva (mm) 1.690

Veloc. máx. com carga (Km/h) 6,0

Veloc. máx. sem carga (Km/h) 6,2

Veloc. máx. elevação com carga (m/s) 0,19

Rampa máxima (%) 10

Largura total (mm) 1.020

Altura com mastro elevado (mm) 7.000

Roda de tração (mm) 280

Roda de carga (mm) 250

Peso total sem bateria (Kg) 2300

Bateria 48V-400Ah

Carregador 380V-60Hz Trifásico

5.1.11 Paleteira

Paleteira manual também conhecida como transpalete ou carrinho hidráulico é um

equipamento indispensável a qualquer empresa que efetue movimentação de cargas.

Especialmente projetada para o manuseio de cargas paletizadas, é destinada ao

transporte e locomoção de cargas postas sobre paletes com agilidade e segurança. Capacidade

de carga para 2.500kg com duas opções de rodados que se adaptam aos diferentes tipos de

pisos e aplicações. As rodas de direção dessa paleteira são fabricadas em aço e revestida com

PU ou nylon, ambas de alta resistência, sendo também, um pouco mais abertas e mais largas

do que as demais paleteiras, evitando assim alguns acidentes que podem ser causados por

desequilíbrio do equipamento. O sistema de rodas de carga dupla permite que entrem no

Page 57: TCC Wemar bombas

57

palete com maior facilidade e passem por trilhos e canaletas de portas, além de superar

eventuais obstáculos no solo, como lombada ou buracos. O macaco hidráulico robusto e as

chapas de aço de 5mm que constituem a sua carcaça, completam está paleteira de alta

qualidade e durabilidade, conforme demonstrado na figura 5.13. (LEMAQUI, 2009)

Figura 5.13 – Paleteira PMS-2500 TNY (LEMAQUI, 2009)

Este equipamento possui as características técnicas demonstrada na tabela 5.14.

Tabela 5.14 – Características técnicas paleteira (LEMAQUI, 2009)

Paleteira modelo PMS – 2500 (680) PMS – 2500 (520)

Capacidade 2500 kg 2500 kg

Peso bruto 90 kg 85kg

Largura dos garfos 680mm 520mm

Altura da alavanca 1180 mm 1180mm

comprimento dos garfos 1170 mm 1100 mm

garfos erguidos 200mm 200mm

Page 58: TCC Wemar bombas

58

5.1.12 Esteira

Esteira horizontal de correia contínua fabricada com barras de aço SAE 1020,

estrutura leve e resistente de fácil locomoção. Possui moto redutor lacrado em banho de óleo

que dispensa cuidados especiais com lubrificação e que proporcionam maior vida útil do

motor e de suas peças. Correia vulcanizada sem emendas fazem o transporte dos produtos,

que pode ser corrugada ou lisa. Possui sistema de reversão da correia que possibilita que a

esteira seja usada para carga ou descarga, conforme demonstrada na figura 5.14. Sistema

com rodinhas possibilitam transportá-la rapidamente a qualquer lugar. A altura da esteira pode

ser fixa ou de regulagem predefinida nos pés. Ideal para linhas de produção, transporte interno

de carga e descarga de caminhões, transformando o que antes demoravam horas em apenas

alguns minutos. (LEMAQUI, 2009)

Figura 5.14 – Esteira EH-8 (LEMAQUI, 2009)

Page 59: TCC Wemar bombas

59

Este equipamento possui as características técnicas demonstradas na tabela 5.15.

Tabela 5.15 – Características técnicas esteira (LEMAQUI, 2009)

Modelo EH-8

Potência 3 CV

Comprimento 8 Metros

Largura 500mm

Altura Máxima 1200mm

Altura Mínima 800mm

Tipo de lona De PVC e borracha 3 camadas - Lisa

Voltágem A definir no pedido

Pintura Atomotiva Verde colonial

Velocidade Padrão 36m/minuto ou a definir no pedido.

Moto-redutor De eixo vazado, lacrado em banho de óleo.

Esteira com roletes de 2 pol. x 600 mm espaçamento de 2 polegadas. Este sistema

modular permite que o cliente encaixe seus módulos da melhor forma a atender suas

necessidades de espaço e transporte dentro de seu ambiente. A movimentação será por

gravidade ou por condução manual, a altura máxima ou mínima fica a critério do seu projeto.

Estrutura fabricada com cantoneiras, tubo regular (metalon) ferro redondo e chapas em

aço SAE 1020, unidos com solda tipo MIG, parafusos, porcas e arruelas Galvanizadas que

proporcionam maior vida útil ao equipamento. Roletes galvanizados proporcionam maior

durabilidade e protegem contra oxidação precoce. Pintura na cor verde colonial ou a definir.

Rodas opcionais tipo rodízios giratórios que facilita o transporte do equipamento, conforme

demonstrado na figura 5.15. (LEMAQUI, 2009)

Page 60: TCC Wemar bombas

60

Figura 5.15 – Esteira EH-R-600mm (LEMAQUI, 2009)

Este equipamento possui as características técnicas demonstradas na tabela 5.16.

Tabela 5.16 – Características técnicas esteira (LEMAQUI, 2009)

Modelo EH-R-600mm

Comprimento São Adquiridas em módulos de 1m

Altura Máxima A definir no pedido

Altura Mínima A definir no pedido

Cor / Pintura Automotiva Verde Com fundo anti-corrosivo

Largura 600mm

Page 61: TCC Wemar bombas

61

6 CAPACIDADE DE PRODUÇÃO

A capacidade de produção de uma empresa constitui o potencial produtivo de que ele

dispõe. Esta representa o volume ideal de produção de produtos que a empresa pode realizar.

O volume ideal de produção representa um nível adequado de atividades que permita o

máximo de lucratividade e o mínimo de custos, de produção, de mão-de-obra, de manutenção

(SLACK et.al., 1997).

A capacidade de produção da empresa depende, por sua vez, de quatro subfatores:

� Capacidade instalada;

� Mão-de-obra disponível;

� Matéria-prima disponível.

6.1 Tempos e métodos

Segundo Contador (1995), tempos e métodos é o estudo dos postos de trabalho que

tem os seguintes objetivos:

� Desenvolver o sistema e o método preferido, geralmente de menor custo;

� Padronização do sistema e do método;

� Determinação do tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada,

trabalhando num ritmo normal, para execução de uma tarefa ou operação específica;

� Orientação do treinamento do trabalhador no método preferido;

� Significa a análise dos melhores e mais adequados métodos de trabalho e

padronização deste para o resto do setor produtivo.

Na execução, o analista observa e descreve não só o tempo, mas também os

movimentos necessários à sua execução. Compara o tempo gasto com uma tabela que traz o

tempo-padrão para estes movimentos. Um estudo elementar dos movimentos de qualquer

operação em que se procure eliminar os movimentos inúteis e simplificar os essenciais

geralmente revela uma série de movimentos improdutivos (CONTADOR, 1995).

Page 62: TCC Wemar bombas

62

6.2 Dimensionamento da capacidade de produção

Para determinação da capacidade de produção, devem-se definir primeiramente os

tempos padrões de produção, que são utilizados como referência para avaliar o desempenho

de uma determinada célula produtiva. Para este processo são utilizados os levantamentos dos

tempos médios por meio de cronometragens na linha ou amostragens de trabalho, essas são as

técnicas de observação direta do trabalho mais utilizado e os tempos pré-determinados

pertencentes à categoria de medida indireta do trabalho (CONTADOR, 1995; MARTINS &

LAUGENI, 2006).

As execuções das cronometragens, segundo Martins & Laugeni (2006), resumem-se

nos seguintes passos:

� Obtenção das informações sobre a operação e o operador em estudo;

� Divisão da operação em elementos e registrar a descrição completa do método;

� Observação e registro do tempo gasto pelo operador;

� Determinação do número de ciclos a serem cronometrados;

� Avaliação do ritmo do operador;

� Verificação se o número de ciclos cronometrados é suficiente;

� Determinação das tolerâncias;

� Determinação do tempo padrão para as operações.

Para determinar o número de ciclo é necessário cronometrar o processo, considerando

um erro relativo e probabilidades de 95% de confiança, utiliza-se a seguinte fórmula:

(CONTADOR, 1995)

(55)

Onde:

N’ = número de ciclos a serem cronometrados

z = coeficiente de distribuição normal padrão para uma probabilidade determinada

R = amplitude da amostra

d2 = coeficiente em relacionado ao número de cronometragens realizadas preliminarmente

x = média da amostra.

2

2 **

*'

=

xdEr

RzN

Page 63: TCC Wemar bombas

63

Er = erro relativo

A determinação do tempo normal leva em consideração o fator de ritmo (FR). A

estimativa do FR pode ser mediante comparação das observações feitas com vários

operadores realizando a mesma tarefa, mas muitas vezes segue critérios qualitativos, Assim:

FR = 100% - ritmo normal

FR > 100% - ritmo acima do normal

FR < 100% - ritmo abaixo do normal

Portanto:

Tempo Normal = TN = TC x v (56)

Onde:

TN = tempo normal

TC = tempo cronometrado

v = velocidade do operador

Segundo Barnes (1977), o tempo normal é o tempo necessário para que um operador

qualificado e treinado execute a operação trabalhando em ritmo normal. Entretanto, deve-se

prever interrupções durante a execução do trabalho, que são chamadas tolerâncias.

Acrescentando-se as tolerâncias devido às necessidades pessoais, à recuperação da fadiga, e

às esperas do processo, encontra-se o tempo padrão através da fórmula a seguir:

� Tempo Padrão = TP = TN x Ft (57)

6.3 Dimensionamento de máquinas

Segundo Martins & Laugeni (2006), a carga máquina dimensiona a quantidade de

máquinas de um determinado tipo, requerida para atender um programa de produção. O

cálculo de carga ajuda a identificar os gargalos de produção e assim ter conhecimento dos

recursos e processos a serem melhorados por ordem de prioridade.

� Demanda: 140.000 bombas de água por mês;

Page 64: TCC Wemar bombas

64

� Dias de trabalho por mês: 22 dias;

� Horas de trabalho: 2 turnos de 8 horas por dia;

� Refeição: 40 minutos em cada turno;

� Lanche: 15 minutos em cada turno;

Para os cálculos do dimensionamento das máquinas e capacidade de produção, será

utilizada a equação descrita por Slack (1997), conforme apêndice I.

Após calcular o dimensionamento das máquinas e da capacidade de produção, chegou-

se a definição que serão utilizados dois turnos. Conforme cálculos mostrados no apêndice I

indica que a quantidades de funcionários seria a mesma para um turno por dia ou dois turno

por dia. O motivo maior de utilizar dois turnos é a quantidade de máquinas a ser utilizadas,

com um turno por dia o número de máquinas dobraria, ou seja, o investimento é menor e o

prazo de retorno do capital investido será mais rápido.

A fábrica estará operando em média 80% da sua capacidade total de produção, tendo a

possibilidade de atender a demanda já existente e um possível aumento nos pedidos. Podendo

também aumentar a capacidade de produção criando um terceiro turno.

Page 65: TCC Wemar bombas

65

7 ENERGIA

Na história da sociedade, a energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre ocupou

lugar de destaque, tendo em vista a dependência da qualidade de vida e do progresso

econômico da qualidade do produto e dos serviços elétricos, que por sua vez dependem de

como as empresas de eletricidade projetam, operam e mantêm os sistemas elétricos de

potência, conforme demonstrado na figura 7.1.

Figura 7.1 – Importância da eletricidade para a sociedade (LEÃO, 2007)

A energia elétrica proporciona à sociedade trabalho, produtividade e desenvolvimento,

e aos seus cidadãos conforto, comodidade, bem-estar e praticidade, o que torna a sociedade

moderna cada vez mais dependente de seu fornecimento e mais suscetível às falhas do sistema

elétrico. Em contrapartida esta dependência dos usuários vem se traduzindo em exigências por

melhor qualidade de serviço e do produto.

A energia elétrica é uma das mais nobres formas de energia secundária. A sua

facilidade de geração, transporte, distribuição e utilização, com as conseqüentes

transformações em outras formas de energia, atribuem à eletricidade uma característica de

universalização, disseminando o seu uso pela humanidade. No mundo de hoje, eletricidade,

como alimento e moradia, é um direito humano básico. Eletricidade é a dominante forma de

energia moderna para telecomunicações, tecnologia da informação, e produção de bens e

serviços. (LEÃO, 2007)

No Brasil a maior quantidade de energia elétrica produzida provém de usinas

hidrelétricas, obtidas através da concessionária de fornecimento de energia elétrica local. A

seguir serão citados alguns conceitos sobre a energia elétrica, como: a geração, transmissão e

sua distribuição.

Page 66: TCC Wemar bombas

66

7.1 Geração de energia elétrica

São diversas as formas de geração de energia elétrica podendo citar entre outros a

energia hídrica, térmica, nuclear, geotérmica, eólica e solar. (CEPA, 2009).

Existem diferentes formas de geração de energia elétrica, sendo as duas primeiras as

mais utilizadas no Brasil (AMBIENTE BRASIL, 2009).

Nas usinas hidrelétricas, a energia elétrica tem como fonte principal a energia

proveniente da queda de água represada a certa altura. A energia potencial que a água tem na

parte alta da represa é transformada em energia cinética, que faz com que as pás da turbina

girem, acionando o eixo do gerador, produzindo energia elétrica, conforme demonstrado na

figura 7.2.

Figura 7.2 – Usina hidrelétrica (GEOCITES, 2009)

7.2 Geração e distribuição de energia elétrica

A estrutura do sistema elétrico de potência compreende os sistemas de geração,

transmissão, distribuição e subestações de energia elétrica, em geral cobrindo uma grande

área geográfica.

Na geração de energia elétrica uma tensão alternada é produzida, a qual é expressa por

uma onda senoidal, com freqüência fixa e amplitude que varia conforme a modalidade do

atendimento em baixa, média ou alta tensão. Essa onda senoidal propaga-se pelo sistema

elétrico mantendo a freqüência constante e modificando a amplitude à medida que trafegue

por transformadores. Os consumidores conectam-se ao sistema elétrico e recebem o produto e

o serviço de energia elétrica.

Page 67: TCC Wemar bombas

67

O sistema atual de energia elétrica é baseado em grandes usinas de geração que

transmitem energia através de sistemas de transmissão de alta tensão, que é então distribuída

para sistemas de distribuição de média e baixa tensão. Em geral o fluxo de energia é

unidirecional e a energia é despachada e controlada por centro(s) de despacho com base em

requisitos pré-definidos, conforme demonstrado na figura 7.3. (LEÃO, 2007)

Figura 7.3 Estrutura básica de um sistema elétrico (LEÃO, 2007)

A eletricidade percorre longas distâncias através das torres de transmissão (Figura

7.4), durante esse percurso, perde-se certa quantidade de energia. Para diminuir as perdas, a

tensão é elevada em subestações próximas à barragem (ELETROPAULO, 2009).

Figura 7.4 – Linha de transmissão de energia (CEPA, 2009)

Gerador aumenta o

Transformador Estação do

Gerador

Linhas de Transmissão 500, 345, 230, e 138kv

Subestação descer

Transformador

Cliente de Transmissão 26kv e 69kv

Cliente Primário 13kv e 4kv

Cliente Secundário 120 v e 240 v

Azul: Transmissão Verde: Distribuição Preto: Geração

Cliente de Transmissão

138kv of 230kv

Estrutura Básica do Sistema Elétrico

Page 68: TCC Wemar bombas

68

A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo.

Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são

conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas.

O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão estabelecido

está entre 220 kV e 765 kV.

A rede de sub-transmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo de

transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores industriais. O

nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV.

As redes de distribuição alimentam consumidores residenciais e consumidores

industriais de médio e pequeno porte, consumidores comerciais e de serviços. As tensões

estão entre 4 a 35 kV para a média tensão e algumas centenas de volts para a baixa tensão

(440/220/110 V). (LEÃO, 2007)

7.2.1 Redes de média tensão

O objetivo das redes de distribuição em média tensão é transportar energia das redes

de sub-transmissão para pontos de consumo médio (p.ex. 250 kVA). O número de

consumidores é apenas uma pequena proporção do número total de consumidores supridos

diretamente em baixa tensão. O setor terciário, tais como hospitais, edifícios administrativos e

pequenas indústrias são os principais usuários da rede. (LEÃO, 2007)

7.2.2 Redes em baixa tensão (BT)

O objetivo das redes em baixa tensão (BT) é transportar eletricidade das redes de

média tensão para pontos de baixo consumo (p.ex. < 250 kVA).

A rede BT representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Um grande

número de consumidores, o setor residencial, é atendido pelas redes em BT. Tais redes são em

geral operadas manualmente.

A figura 7.5 mostra um diagrama com a representação dos vários segmentos de um

sistema de potência com seus respectivos níveis de tensão. (LEÃO, 2007)

Page 69: TCC Wemar bombas

69

Figura 7.5 – Faixas de tensão do sistema elétrico (LEÃO, 2007)

7.3 Demanda estimada de energia elétrica

As concessionárias em geral estabelecem limites de carga para o abastecimento dos

clientes ligados em média e alta tensão. Este limite é estabelecido para que sejam respeitados

os níveis de segurança de operação do sistema elétrico como um todo e para que todos os

equipamentos do sistema de rede externo e do sistema elétrico estejam devidamente

dimensionados (ELETROPAULO, 2009).

Para se definir a demanda é necessário definir as cargas instaladas, as cargas de

iluminação, assim como tomadas de escritório, chuveiros e demais equipamentos elétricos de

pouca expressão. Serão tomados como base pelo mínimo especificado na NBR 5410 e na

NB3 (COTRIM, 1993).

O cálculo da demanda máxima provável de uma operação e/ ou o levantamento da

curva de relação de cargas de um sistema é portanto, uma atividade básica e fundamental para

a garantia de operação de um sistema elétrico. Deve ser efetuado por um profissional

habilitado que será o responsável técnico pelo projeto e deve ser habilitado na categoria

pertinente.(ELETROPAULO, 2009).

7.4 Fator de potência

A energia reativa é fornecida por diversas fontes ligadas ao sistema elétrico tais

como geradores, motores síncronos e capacitores funcionando de forma individual ou

combinada. Os aparelhos utilizados em uma instalação industrial são, em sua maioria,

Page 70: TCC Wemar bombas

70

geradores parciais de energia reativa indutiva e que não produzem nenhum trabalho útil, pois

apenas são responsáveis pela formação do campo magnético dos referidos aparelhos

(CREDER, 2002).

As próprias linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica são fontes

parciais de energia reativa devido a sua própria reatância. Portanto, a energia reativa é em sua

maioria suprida pela fonte geradora normalmente localizada distante da planta industrial.

Porém, sempre que as fontes de energia reativa ficam em terminais muito distantes da carga

ocorrem perdas na transmissão deste bloco de energia reduzindo o rendimento do sistema

elétrico. Desta forma, é melhor que a fonte geradora de energia reativa seja instalada no

próprio prédio industrial, aliviando a carga de todo o sistema que, desta forma, poderia

transmitir mais energia que realmente resultasse em trabalho, nesse caso, a energia ativa. Esta

fonte pode ser obtida através da instalação de um motor síncrono super excitado, ou mais

economicamente, através da instalação de capacitores de potência (CREDER, 2002).

De acordo com a Resolução ANEEL nº 456 de 30/11/2000, o fator de potência é um

índice que mostra o grau de eficiência que um determinado sistema elétrico está sendo

utilizado.

Esse índice pode assumir valores de 0 (zero) a 1 (um). Valores altos de FP, próximo de

1 (um), indicam o uso eficiente; valor baixo evidencia o mau aproveitamento. Pela legislação

atual, o índice de referência do FP é 0,92.

Quando analisado graficamente o fator de potência mostra claramente que é obtido

pela composição da energia ativa e a energia reativa. Quanto maior a energia reativa para uma

mesma energia ativa, maior será a energia que deverá ser fornecida e maior o fator de

potência neste momento.

A figura 7.6 mostra as relações entre as potências ativas de 100 kW e dois diferentes

níveis de energia reativa nos casos de fatores de potência de 0,7 e 0,92. Veja que a potência

total requerida no caso de fator de potência 0,7 - 143KVA é maior que a potência total

requerida para fator de potência 0,9 - 109KVA, para a mesma energia ativa:

Page 71: TCC Wemar bombas

71

Figura 7. 6 – Potências ativas (CREDER, 2002)

Na tabela 7.1 mostra-se o consumo total de energia elétrica da Wemar bombas,

considerando os fatores de demanda conforme o tipo de carga, o total de horas por dia que os

equipamentos estarão sendo utilizados e a previsão de consumo mensal com base no mês com

vinte e dois dias úteis.

Page 72: TCC Wemar bombas

72

Tabela 7. 1 – Consumo total de energia elétrica

Item Descrição do Equipamento

Qde. Potência Nominal

(kW)

Fator de

Potência

Tempo de Utilização

(h) (kWh)

Preço de 1kWh

Subgrupo A4

Custo (R$)

kWh/dia

Custo (R$)

kWh/mês

1 Injetora

Primax 150R 5 42,1 1 16 3368 0,15979 R$ 538,17 11.839,80

2 Unidade Água

Gelada SAT.05.W

1 1,47 1 16 23,52 0,15979 R$ 3,76 82,68

3 Unidade Água

Gelada SAT.09.W

1 1,98 1 16 31,68 0,15979 R$ 5,06 111,37

4 Torre de

Resfriamento 2 1,12 0,8 16 28,672 0,15979 R$ 4,58 100,79

5 Desumidifica

dor SMD 2000

1 14,32 1 16 229,12 0,15979 R$ 36,61 805,44

6 Compressor 1 14,32 1 16 229,12 0,15979 R$ 36,61 805,44

7 Prensa DC-3-

E-BC 4 1,27 1 16 81,28 0,15979 R$ 12,99 285,73

8 Chuveiro 19 4,4 1 1 83,6 0,15979 R$ 13,36 293,89

9 Computador 18 0,8 0,9 10 129,6 0,15979 R$ 20,71 455,59

10 Torno

Convencional 1 10 1 3 30 0,15979 R$ 4,79 105,46

11 Fresadora 1 10 1 3 30 0,15979 R$ 4,79 105,46

12 Tomada de uso geral

10 0,1 0,8 10 8 0,15979 R$ 1,28 28,12

13 Iluminação

Fábrica 88 0,4 0,85 16 478,72 0,15979 R$ 76,49 1.682,88

14 Iluminação Escritório

60 0,12 0,9 16 103,68 0,15979 R$ 16,57 364,47

15 Empilhadeira 1 19,2 1 4 76,8 0,15979 R$ 12,27 269,98

16 Diversos 1 15 1 16 240 0,15979 R$ 38,35 843,69

TOTAL (+ 10%) R$ 918,22 20.200,90

Page 73: TCC Wemar bombas

73

8 ÁGUA

A água (em termos químicos também designada por hidróxido de hidrogênio,

monóxido de di-hidrogênio ou ainda protóxido de hidrogênio) é uma substância que, nas

condições normais de temperatura e pressão (0 °C; 1 atm), encontra-se em seu ponto de fusão.

Em condições ambientes (25 °C; 1 atm) encontra-se no estado líquido, visualmente incolor

(em pequenas quantidades), inodora e insípida, essencial a todas as formas de vida

conhecidas.

A água possui fórmula química H2O, ou seja, a menor parte da substância que ainda é

considerada pura (uma molécula de água) possui em sua composição dois átomos de

hidrogênio e um de oxigênio ligados por meio de ligações químicas. É uma substância

abundante na Terra, cobrindo cerca de três quartos da superfície do planeta, sendo encontrada

principalmente nos oceanos e calotas polares, e também na atmosfera sob a forma de nuvens,

nos continentes em rios, lagos e aquíferos, para além da que está contida em todos os

organismos vivos.

8.1 Qualidade da água

A água para uso humano deve atender a critérios rigorosos de qualidade, e para isso,

não deve conter elementos nocivos à saúde (substâncias tóxicas e organismos patogênicos) e

nem possuir sabor, odor ou aparência desagradável. Uma água própria para este fim é

denominada de água potável, e a característica que a mesma deve atender é chamada de

padrões de potabilidade.

Na água potável pode estar presente uma grande quantidade de substâncias, que não

devem ultrapassar certos limites de concentração, pois podem tornar-se nocivas pelo seu uso

continuado. Essa lista de substâncias tende a ser modificada e aumenta à medida que novos

compostos químicos são inventados e utilizados pelo homem em sua indústria, ou que novas

descobertas são feitas pela ciência a respeito de suas propriedades fisiológicas.

Os padrões de potabilidade de água são definidos pela Portaria n° 518 de 25 de março

de 2004 do Ministério da Saúde. A portaria em vigor define água potável como sendo a água

para consumo humano, cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos,

atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos a saúde. O padrão de potabilidade

define o limite máximo para cada elemento ou substância química, não estando considerado

eventuais efeitos sinérgicos entre elementos ou substâncias (TSUTIYA, 2006).

Page 74: TCC Wemar bombas

74

8.2 Água para uso industrial

Segundo Muñoz (2000), o uso da água em uma instalação industrial pode ser

classificado em cinco categorias:

� Uso humano;

� Uso doméstico;

� Água incorporada;

� Água utilizada no processo de produção;

� Água perdida ou para usos não rotineiros.

O uso da água para o consumo humano refere se ao banheiro, banho e alimentação

(inclusive lavagem de utensílios), de modo que esse consumo depende essencialmente do

número de funcionários e do seu regime de trabalho. Considera-se como uso doméstico, a

água utilizada em limpeza geral e manutenção da área do estabelecimento e, em alguns casos,

a água utilizada em utilidades (torre de resfriamento, equipamento para irrigação).

Como exemplo de água incorporada ao produto, pode-se citar a água incorporada a

shampoos e outros produtos de higiene pessoal, água incorporada a alimentos. Para os casos

de água utilizada no processo de produção e não incorporada a produto, tem-se: água para

geração de vapor, água para refrigeração, água para reparação de argamassa de cimento, água

para lavagem de roupas em lavanderias.

Como água perdida, considera-se o consumo ocorrido sem relação com a atividade de

produção da empresa, como: água para incêndio, água para lavagem de reservatórios, água

perdida por vazamentos e para usos não identificados.

Para Muñoz (2000), as taxas de consumo de água normalmente podem ser

consideradas para as indústrias são:

� 47m³/há. dia – para áreas industriais;

� 30 – 95L/pessoa. dia – para usos sanitários.

Observa-se, entretanto, que o volume de água utilizado varia de uma indústria a outra

e, por outro lado, mesmo para indústrias semelhantes, o consumo pode variar

consideravelmente.

Page 75: TCC Wemar bombas

75

8.3 Utilização da água para os processos produtivos e consumo humano

A água utilizada será fornecida pela Sabesp (Saneamento Básico do Estado de São

Paulo), empresa responsável pelo abastecimento da região onde a empresa estará operando. A

tabela 8.1 mostra a caracterização da água Sabesp, estando a mesma dentro dos padrões de

potabilidade exigidos na portaria 518.

Tabela 8.1 – Caracterização da água SABESP, comparada com a Portaria 518.

Parâmetro Unidade Valores SABESP Valores Portaria

518

pH - 7,5 6,5 a 9,0

Temperatura °C 15 -

Sólidos Dissolvidos Totais mg/L < 100 1000

Dureza Total mg/L 100 500

Alcalinidade Bicarbonato mg/L - -

Alcalinidade Carbonato mg/L - -

Alcalinidade Hidróxido mg/L - -

Alumínio mg/L < 0,2 0,2

Arsênio mg/L - 0,01

Bário mg/L - 0,7

Boro mg/L - -

Cádmio mg/L < 0,005 0,005

Cloreto mg/L 2,96 250

Chumbo mg/L < 0,01 0,01

Cobre mg/L < 0,01 2

Cobalto mg/L - -

Cromo mg/L < 0,01 0,05

Ferro mg/L < 0,3 0,3

Flúor mg/L 0,7 0,6 a 0,8

Manganês mg/L 0,15 0,1

Mercúrio mg/L < 0,0001 0,001

Nitrogênio Nitrato mg/L 0,47 10

Nitrogênio Total mg/L 0,47 -

Níquel mg/L < 0,02 -

Potássio mg/L - -

Selênio mg/L - 0,01

Sódio mg/L - 200

Sulfato mg/L 25 250

Vanádio mg/L - -

Zinco mg/L 0,02 5

Coliforme Total NC.MF/100 mL 98,6% de 95% de

ausência Ausência

Page 76: TCC Wemar bombas

76

8.4 Cálculo do volume de água

A tabela 8.2 mostra a média do consumo de água por pessoa em apartamentos,

residências e residências populares, para que possa calcular o consumo humano diário per -

capita.

Tabela 8.2 – Consumo doméstico em prédios (TSUTIYA, 2006)

Prédio Unidade Consumo

(l/dia)

Apartamento Pessoa 200

Residência Pessoa 150

Residência popular Pessoa 120

Cálculo do consumo humano diário per – capita segundo Tsutiya (2006):

dialRpRA

C /3

=++

= (79)

=++

=3

120150200C

dialC /67,156=

dialCt /22,523

67,156==

(80)

Onde:

A = consumo médio diário de água em apartamento por pessoa em litros;

R = consumo médio diário de água em residências por pessoa em litros;

Rp = consumo médio diário de água em residências populares por pessoa em litros;

Ct = consumo por funcionários por turno.

Considerando que o consumo médio de água por funcionário que trabalha em média 8

horas por dia será de 52,22 l/dia, como a Wemar bombas trabalhará em 2 turnos e que

Page 77: TCC Wemar bombas

77

empregará 42 funcionários trabalhando 22 dias/mês, mais o volume de segurança de 20% do

consumo total devido ao dia de maior consumo, a previsão é um consumo médio de

aproximadamente 4387 l/dia ou de 96503 l/mês.

8.5 Dimensionamento do reservatório de água

Cálculos do dimensionamento do reservatório elevado de água para consumo.

Vazão necessária para suprir a demanda teórica de água potável na fábrica.

400.86

.. qPKQA = (81)

400.86

22,52422,1 xxQA =

slQA /0305,0=

Onde:

Q = vazão em litros por segundo

K = coeficiente (1,2)

P = quantidade de pessoas

q = consumo médio de água p/ pessoa

A quantidade de água a ser colocada em reservatório suspenso para suprir as

necessidades da fábrica, pode ser calculada da seguinte forma:

3

400.860305,0 xV = (82)

lV 4,878= = 0,88 m³

Sabendo-se que a torre de resfriamento possui uma vazão de 16,4 m³/h, adota-se uma

torre de resfriamento com capacidade de 10m³ de água, que será suficiente para ser usado no

processo produtivo.

�� = � + 10 = 1,3536 + 10 (83)

Vr = 11, 3536m³

Page 78: TCC Wemar bombas

78

Para calcular a altura que deverá ser colocado o reservatório para garantir a vazão

necessária para suprir as necessidades, são usadas as seguintes informações.

NA max = 119 m e o NA min = 115,5 m

mNANAHe 5,35,115119min.max =−=−= (84)

Para calcular o diâmetro que deverá ter o reservatório para garantir a vazão necessária

para suprir as necessidades.

²11,35,3

88,10m

H

VrÁrea

e

=== (85)

mxA

Diâmetro 99,114,3

11,344===

π (86)

8.6 Dimensionamento do reservatório para incêndio

Para cálculo do reservatório de água da rede de incêndio, foram analisadas as normas

referentes ao sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio, NBR 13714 , a

Instrução Técnica n° 22/04 do Corpo de Bombeiros e o Decreto Estadual n 46.076/2001.

Estas normas e decreto especificam que para áreas de edificações de 5.000 até 10.000 m² o

reservatório deverá ser de no mínimo 12 m³, a área da Wemar bombas é de 5294 m² e devido

esse valor, encaixa-se no grupo de baixo risco I2 com até 10.000 m².

43,35,3

12===

e

e

H

VÁrea m² (87)

mxA

Diâmetro 09,214,3

43,344===

π (88)

9 POLUIÇÃO

Toda e qualquer alteração ocorrida no ambiente, que cause desequilíbrio e prejudique

a vida, é considerada poluição ambiental. A poluição ambiental pode ser causada tanto pela

Page 79: TCC Wemar bombas

79

liberação de matéria como pela liberação de energia no ambiente. A poluição causada pela

liberação de energia, como luz, calor e som, é particularmente grave para o ser humano e

geralmente, observado nas grandes cidades. A poluição ambiental envolve a poluição do ar,

da água e do solo.

Reciclar resíduos, é transformá-los em produtos com valor agregado. Do ponto de

vista ambiental, essa prática é muito atraente, pois diminui a quantidade de resíduos lançados

no meio ambiente, além de contribuir para a conservação dos recursos naturais, minimizando

a renovação dos recursos não-renováveis. A reciclagem, porém, depende do custo de

transporte e da quantidade de resíduos disponíveis para que o reprocessamento se torne

economicamente viável. Sua prática requer empresas e profissionais qualificados, bem como

tecnologias adequadas, capazes de assegurar qualidade e segurança em sistemas cada vez

mais complexos. (PACHECO & HEMAIS, 1998)

O decreto nº 8468, de 8 de setembro de 1976, aprova o regulamento da lei nº 997, de

31 de maio de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente.

Em seu art. 4°, refere-se ao fato de que são consideradas fontes de poluição todas as obras,

atividades, instalações, empreendimentos, processos, dispositivos, móveis ou imóveis, ou

meios de transportes que, direta ou indiretamente, causem ou possa causar poluição ao meio

ambiente.

No art. 5°, refere-se ao órgão delegado pelo Estado de São Paulo a aplicação da lei nº

997, de 31 de maio de 1976, este órgão recebe a denominação de CETESB – Companhia

Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente, porém em

assembléia geral extraordinária de 17 de dezembro de 1976, teve sua denominação alterada

para CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. (CETESB, 2002)

No processo produtivo da Wemar bombas serão produzidos resíduos sólidos, poluição

da água, poluição do ar e poluição atmosférica.

Page 80: TCC Wemar bombas

80

9.1 Tipos de poluição

Os tipos de poluição a serem gerados pela Wemar bombas, são:

� Poluição das águas – a poluição da água é através da geração de líquidos retirados do

processo dos desumidificadores da poliamida. A água industrial usada na refrigeração

do molde e do canhão de injeção também é considerada como resíduo, pois de tempos

em tempos se dá a necessidade da troca da água industrial;

� Poluição do solo – gerada através das aparas, rebarbas, fora o descarte de EPI’ s

(equipamento de proteção individual), que são considerados resíduos de Classe I,

resíduos perigosos, como por exemplo as botas e luvas, que são contaminadas pelo

contato com a poliamida 6.6;

� Poluição do ar (atmosférica) – ocorre com o lançamento de vapor oriundo da

refrigeração da peça injetada dentro do molde e da refrigeração do canhão de injeção;

� Poluição sonora – devido ao ruído gerado pelo funcionamento das injetoras, dos

desumidificadores, da torre de resfriamento, da geladeira industrial e da prensa.

9.2 Quantidades de resíduos

Para se chegar a quantidade de resíduos gerados no processo de injeção da poliamida

6.6, volta-se ao tópico 5, matéria-prima, onde verificou-se que há a necessidade de compra de

15% a mais de matéria-prima, pois há perdas no processo. Logo, chegou-se a conclusão que o

rendimento produtivo do processo de fabricação da Wemar bombas é de 85%.

Na tabela 9.1, verifica-se algumas quantidades de resíduos gerados durante o processo.

Tabela 9.1 – Quantidades de resíduos gerados.

Tipo de resíduo Quantidade gerada/mês Período para descarte

Água gelada 13 litros 6 meses

Água industrial 1667 litros 6 meses

Aparas 1225 quilogramas 12 meses

EPI’s (botas) 6 pares 6 meses

EPI’s (luvas) 36 pares Mensal

Pó de serra 15 quilogramas Mensal

Page 81: TCC Wemar bombas

81

9.3 Disposição dos resíduos

Os resíduos sólidos a serem gerados pela Wemar bombas , serão armazenados em

áreas de coletas e separados conforme sua classificação:

� Classe I – Resíduos perigosos - são aqueles que apresentam risco a saúde pública e

ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposições especiais em função de suas

características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e

patogenicidade. Nesta classe a Wemar bombas tem os EPI’s que são descartados;

� Coleta seletiva – área destinada à separação dos resíduos, onde se executa a distinção

do plástico, papel, vidro, metal e lixo comum;

� ETE (estação de tratamento de efluentes) – local destinado ao tratamento da água

retirada do processo de injeção e também para tratamento da água industrial, pois as

mesmas devem receber tratamento especial antes de serem descartados na rede pública

de esgotos.

� No caso do volume de água ser pequeno, pode ser encaminhado para a Bioefluentes,

uma empresa terceirizada.

9.4 Prevenção da poluição

Prevenção da poluição refere-se a qualquer prática, técnica ou tecnologia que visem à

redução ou eliminação em volume, concentração e toxicidade dos poluentes na fonte

geradora. Inclui também, modificações nos equipamentos, processos ou procedimentos,

reformulação ou replanejamento de produtos, substituição de matérias-primas, eliminação de

substâncias tóxicas, melhorias nos gerenciamentos administrativos e técnicos da empresa e

otimização das matérias-primas, água e outros recursos naturais. (CETESB, 2002)

Para implementação de um programa de prevenção da poluição, se fará necessário um

comprometimento de todos os funcionários da Wemar bombas, desde a alta direção, até os

parceiros da empresa, tanto fornecedores, como clientes.

Para tanto, uma seqüência para o desenvolvimento do programa de prevenção da

poluição é sugerida pela Cetesb (2002):

� Comprometimento da direção da empresa;

� Definição da equipe de prevenção da poluição;

Page 82: TCC Wemar bombas

82

� Elaboração da declaração de intenções;

� Estabelecimento das prioridades de objetivos e metas;

� Elaboração do cronograma de atividades;

� Disseminação de informações sobre a prevenção da poluição;

� Levantamento de dados;

� Definição de indicadores de desempenho;

� Identificação de oportunidades de prevenção de poluição;

� Levantamento de tecnologias;

� Avaliação econômica;

� Seleção das medidas de prevenção da poluição;

� Implementação das medidas de prevenção da poluição;

� Avaliação dos resultados;

� Manutenção do programa.

Como forma de prevenção da poluição, a Wemar bombas estará implementando

carrinhos para contenção de vazamentos de resíduos líquidos, no qual terá um saco de pó de

serra com aproximadamente 15 kg, vassoura e rodo, além de um recipiente para se armazenar

o resíduo, pó de serra contaminada com o líquido que venha a ter sido derramado.

Será construída também uma área para descarte de resíduos sólidos e nela ocorrerá a

separação conforme sua classificação. Esta será a seguinte:

� Verde – vidros;

� Amarelo – metais;

� Azul – papeis e papelão;

� Cinza ou preto – lixo comum;

� Vermelho – plásticos.

9.5 Vantagens da implantação dos programas de prevenção da poluição

Segundo Braga et al (2005), pode-se destacar dentre os principais objetivos:

� A redução de custos - a redução de custos talvez seja o maior incentivador para a

criação de um programa de prevenção da poluição dentro de uma indústria. Uma empresa que

reduz os desperdícios de matéria-prima no processo, além de gerar maior economia e uma

Page 83: TCC Wemar bombas

83

conseqüente redução de custos, previne a poluição por estar lançando menos resíduos no meio

ambiente;

� Redução da responsabilidade legal - com leis ambientais cada vez mais severas e

onerosas do ponto de vista financeiro, a prevenção da poluição pode ser uma importante arma

contra sansões prevista em lei.

� Melhoria da imagem corporativa - a prevenção da poluição pode ser uma poderosa

ferramenta de publicidade da empresa. Com um nível crescente de conscientização da

população a cerca das questões ambientais, uma empresa empenhada na prevenção da

poluição pode ter nesse aspecto uma significativa vantagem competitiva frente à

concorrência.

� Melhores condições de segurança para os trabalhadores - a redução da exposição dos

funcionários à toxinas, fluentes ou solventes orgânicos, além de proporcionar uma melhoria

na qualidade de vida dos trabalhadores também auxilia consideravelmente o índice de

prevenção à poluição.

Page 84: TCC Wemar bombas

84

10 SEGURANÇA DO TRABALHO

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são

adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como

proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

A segurança do trabalho estuda diversas disciplinas como introdução à segurança,

higiene e medicina do trabalho, prevenção e controle de riscos em máquinas, equipamentos e

instalações, psicologia na engenharia de segurança, comunicação e treinamento,

administração aplicada à engenharia de segurança, o ambiente e as doenças do trabalho,

higiene do trabalho, metodologia de pesquisa, legislação, normas técnicas, responsabilidade

civil e criminal, perícias, proteção do meio ambiente, ergonomia e iluminação, proteção

contra incêndios e explosões e gerência de riscos.

O quadro de segurança do trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe

multidisciplinar composta por técnico de segurança do trabalho, engenheiro de segurança do

trabalho, médico do trabalho e enfermeiro do trabalho. Estes profissionais formam o que

chamamos de SESMT - Serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do

trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão interna de

prevenção de acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças

decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a

preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

A segurança do trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a legislação de

segurança do trabalho compõe-se de normas regulamentadoras, normas regulamentadoras

rurais, outras leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções

internacionais da organização internacional do trabalho, ratificadas pelo Brasil.

A empresa precisa constituir a equipe de segurança do trabalho porque é exigido por

lei. Por outro lado, a segurança do trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a

produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho.

(AREASEG, 2009)

10.1 Acidente de trabalho

Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da

empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou

redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Page 85: TCC Wemar bombas

85

Equiparam-se aos acidentes de trabalho:

� Acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa

fora do local de trabalho;

� Acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa;

� Acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa;

� Doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho);

� Doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho).

O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas:

� Ato inseguro

É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está

contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto

de segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e

dirigir a altas velocidades.

� Condição insegura

É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador.

São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas

em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais

inadequados.

Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os

acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da segurança do trabalho. (AREASEG,

2009)

10.2 Aplicações na Wemar bombas

A Wemar bombas é uma empresa que, além de cumprir com suas obrigações

relacionadas à segurança do trabalho, procura garantir o conforto e a qualidade de vida de

seus empregados.

São realizados treinamentos periódicos, buscando disseminar as informações

necessárias à todos os trabalhadores

A empresa está enquadrada no grau de risco 3, conforme NR 04.

Page 86: TCC Wemar bombas

86

10.2.1 Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA)

A comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção

de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível

permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do

trabalhador.

A CIPA terá por atribuição:

� Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a

participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde

houver;

� Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas

de segurança e saúde no trabalho;

� Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção

necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

� Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando

a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos

trabalhadores;

� Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de

trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

� Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

� Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador,

para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados

à segurança e saúde dos trabalhadores;

� Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou

setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos

trabalhadores;

� Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros

programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

� Divulgar e promover o cumprimento das normas regulamentadoras, bem como

cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde

no trabalho;

Page 87: TCC Wemar bombas

87

� Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise

das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos

problemas identificados;

� Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham

interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

� Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

� Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a semana interna de

prevenção de acidentes do trabalho – SIPAT;

� Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanhas de prevenção da

AIDS. (NR-5.16).

O dimensionamento da CIPA (quadro I da NR05) contará com 1 técnico de segurança

do trabalho, pela quantidade de funcionário na Wemar bombas foi dimensionado pelo SESMT

que deverá ser composta por 1 efetivo e 1 suplente, empregados da Wemar bombas.

(AREASEG, 2009)

10.2.2 Equipamento de proteção individual (EPI)

Considera-se equipamento de proteção individual (EPI), todo dispositivo ou produto,

de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de

ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Compete ao serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina do

trabalho - SESMT, ou a comissão interna de prevenção de acidentes - CIPA, nas empresas

desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco

existente em determinada atividade. (AREASEG, 2009)

A Tabela 10.1 relaciona os locais e seus respectivos EPI’s necessários para cada

funcionário.

Page 88: TCC Wemar bombas

88

Tabela 10.1 – Relação de equipamentos de segurança. (AREASEG, 2009)

10.2.3 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO)

O Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) é um programa que

especifica procedimentos e condutas a serem adotadas pelas empresas em função dos riscos

aos quais os empregados se expõem no ambiente de trabalho. Seu objetivo é prevenir, detectar

precocemente, monitorar e controlar possíveis danos à saúde do empregado. Implementar o

PCMSO é importante sobretudo para cumprir a legislação em vigor. Além disso, você pode

estar prevenindo possíveis conseqüências jurídicas decorrentes do aparecimento de doenças

ocupacionais, como processos cíveis, criminais e previdenciários.

De acordo com a NR 07, a empresa tem a obrigação de elaborar e implementar o

PCMSO. (AREASEG, 2009)

10.2.4 Edificações

A norma NR 08 estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas

edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.

Está norma tem por objetivo, estabelecer o mínimo da altura livre do piso ao teto,

condições de iluminação, conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho,

circulação, pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho.

� Os locais de trabalho devem ter, no mínimo, 3,00m (três metros) de pé-direito, assim

considerada a altura livre do piso ao teto;

� Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões;

� Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as

cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina;

� Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde

houver perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes;

Page 89: TCC Wemar bombas

89

� Os andares acima do solo, tais como terraços, balcões, compartimentos para garagens

e outros, tem que ter altura de 0,90m (noventa centímetros), no mínimo, a contar do nível do

pavimento;

� Guarda-corpo de proteção contra quedas, quando for vazado, os vãos do guarda-

corpo devem ter, pelo menos, uma das dimensões igual ou inferior a 0,12m. (AREASEG,

2009)

10.2.5 Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA)

O programa de prevenção de riscos ambientais ou PPRA é um programa estabelecido

pela norma regulamentadora NR-9.

Este programa tem por objetivo, definir uma metodologia de ação que garanta a

preservação da saúde e integridade dos trabalhadores face aos riscos existentes nos ambientes

de trabalho.

A legislação de segurança do trabalho brasileira considera como riscos ambientais,

agentes físicos, químicos e biológicos. Para que sejam considerados fatores de riscos

ambientais estes agentes precisam estar presentes no ambiente de trabalho em determinadas

concentrações ou intensidade, e o tempo máximo de exposição do trabalhador a eles é

determinado por limites pré estabelecidos. (AREASEG, 2009)

Os agentes de risco são divididos em:

• Agentes físicos - são aqueles decorrentes de processos e equipamentos produtivos

podem ser:

� Ruído e vibrações;

� Pressões anormais em relação à pressão atmosférica;

� Temperaturas extremas (altas e baixas);

� Radiações ionizantes e radiações não ionizantes.

• Agentes químicos - são aquelas decorrentes da manipulação e processamento de

matérias primas e destacam-se:

� Poeiras e fumos;

� Névoas e neblinas;

Page 90: TCC Wemar bombas

90

� Gases e vapores.

• Agentes biológicos - são aqueles oriundos da manipulação, transformação e

modificação de seres vivos microscópicos, dentre eles:

� Genes, bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, e outros.

O programa de prevenção de riscos ambientais deverá incluir as seguintes etapas

(AREASEG, 2009):

� Antecipação e reconhecimento dos riscos;

� Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

� Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

� Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

� Monitoramento da exposição aos riscos;

� Registro e divulgação dos dados.

10.2.6 Instalações e serviços em eletricidade

A norma NR 10 fixa as condições míninas exigíveis para garantir a segurança dos

empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo

projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e segurança de usuários e

terceiros. (AREASEG, 2009)

10.2.7 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais

A norma NR 11 estabelece padrões de segurança transporte, movimentação,

armazenagem e manuseio de materiais.

Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores

elevadores de carga, guindastes, monta carga, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras,

guinchos, esteiras rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos

de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em

perfeitas condições de trabalho.

Page 91: TCC Wemar bombas

91

� Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte

manual de um saco;

� É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a

1,00m (um metro) ou mais de extensão;

� A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) fiadas quando

for usado processo manual de empilhamento;

� Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma

distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros). (AREASEG, 2009)

10.2.8 Máquinas e equipamentos

As máquinas e equipamentos utilizados na Wemar bombas estão de acordo com a

norma regulamentadora NR 12.

As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada

localizados de modo que:

� Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;

� Não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento;

� Possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa que não seja

o operador;

� Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou de

qualquer outra forma acidental;

� Não acarrete riscos adicionais.

As partes móveis das máquinas ou equipamentos deve haver uma faixa livre variável

de 0,70m (setenta centímetros) a 1,30m (um metro e trinta centímetros) e a distância mínima

entre máquinas e equipamentos deve ser de 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80m (oitenta

centímetros) a critério da autoridade competente em segurança e medicina do trabalho.

Além da distância mínima de separação das máquinas, deve haver áreas reservadas

para corredores e armazenamento de materiais, devidamente demarcadas com faixa nas cores

indicadas pela NR 26. (AREASEG, 2009)

Page 92: TCC Wemar bombas

92

10.2.9 Prensa

A prensa utilizada na Wemar bombas tem um dispositivo de segurança (cortina de

luz), oferecendo o máximo de segurança aos trabalhadores.

O operador de prensa precisa ser treinado com o curso de programa de prevenção de

riscos em prensas e similares (PPRPS).

10.2.10 Atividades e operações insalubres

A empresa possui um nível de ruído de 85db que, de acordo com anexo I da NR 15, o

máximo tempo de exposição diária permissível é de 8 horas.

10.2.11 Ergonomia

A ergonomia visa à adaptação das tarefas ao homem. Quer se trate de um produto para

consumo público ou de um posto de trabalho, a ergonomia oferece vantagens econômicas

através da melhoria do bem-estar, da redução de custos e da melhoria da qualidade e

produtividade. Assim, a concepção de qualquer produto ou sistema deve integrar critérios

ergonômicos desde a fase de projeto, de forma a assegurar a sua eficiência (TCMED, 2008).

A Wemar bombas tem o comprometimento em utilizar meio técnicos apropriados para

facilitar o transporte e manuseio de materiais, o acesso às máquinas e equipamentos.

10.2.12 Proteção contra incêndios

Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de

modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e

segurança, em caso de emergência. (NR 23.2)

Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores

de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa

exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de

certificação credenciados pelo INMETRO.

Os extintores deverão ser colocados em locais:

� Com fácil visualização;

Page 93: TCC Wemar bombas

93

� Com fácil acesso;

� Onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

A fábrica possui, também, sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em toda

planta.

10.2.13 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho

As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo.

As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas essenciais,

considerando satisfatória conforme norma a metragem de 1,00m² (um metro quadrado), para

cada sanitário, por 20 (vinte) operários em atividade.

Será exigido 1 (um) chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou

operações insalubres.

Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais impermeáveis

e laváveis, possuindo torneiras de metal, tipo comum, espaçadas de 0,60m (sessenta

centímetros), devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para cada grupo de 20 (vinte)

trabalhadores.

Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 (cem) lux, deverão ser

instaladas lâmpadas incandescentes de 100W / 8,00 m² de área com pé-direito de 3,00m (três

metros) máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

Serão previstos 52,22 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas

instalações sanitárias.

Os vestiários deverão ser dotados de armários individuais e de compartimentos duplos,

observada a separação de sexos. A área de um vestiário será dimensionada em função de um

mínimo de 1,50 m² (um metro quadrado e meio) para 1 (um) trabalhador.

O refeitório é dotado de uma área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário,

abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo

este turno o que tem maior número de empregados. Terá uma rede iluminação com lâmpadas

incandescentes de 150W/6,00 m² de área. Ventilação e iluminação de acordo com as normas

fixadas na legislação federal, estadual ou municipal. Tem a disposição água potável,

lavatórios, mesas e cadeiras. (AREASEG, 2009)

Page 94: TCC Wemar bombas

94

10.2.14 Sinalização de segurança

A Wemar bombas possui um padrão de sinalização de segurança em toda a fábrica

objetivando a prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança,

delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas para a condução de líquidos e

gases a advertindo contra riscos.

A norma NR 26 tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de

trabalho para prevenção de acidentes.

As cores aqui adotadas serão as seguintes:

� O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de

proteção e combate a incêndio;

� O amarelo deverá ser empregado para indicar "cuidado" como, corrimões, parapeitos

pisos e partes inferiores de escadas que apresentam risco;

� O branco será empregado em passarelas, corredores de circulação, por meio de faixas

(localização e largura), direção, circulação, localização, coletores de resíduos,

localização de bebedouros;

� O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de

alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche);

� O azul será utilizado para indicar "cuidado", ficando o seu emprego limitado a avisos

contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço;

� O verde é a cor que caracteriza "segurança" deverá ser empregado para identificar

canalizações de água, caixas de equipamento de socorro de urgência, caixas contendo

máscaras contra gases, chuveiros de segurança;

� O laranja deverá ser empregado para identificar canalizações contendo ácidos, partes

móveis de máquinas e equipamentos, partes internas das máquinas que possam ser

removidas ou abertas, dispositivos de corte, borda de serras, prensas;

� A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações

eletromagnéticas;

� O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias

de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes;

� Cinza claro deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo e o cinza escuro

deverá ser usado para identificar eletrodutos;

Page 95: TCC Wemar bombas

95

� O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e

combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo

lubrificante);

� O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não

identificável pelas demais cores. (AREASEG, 2009)

Page 96: TCC Wemar bombas

96

11 LEIAUTE

Conforme Michaelis(2009), leiaute significa esboço, planejamento ou espelho do

trabalho tipográfico com a especificação dos caracteres que devem ser empregados,

disposição da matéria, claros, medidas e outras minúcias relativas à composição de um livro,

folheto, periódico, anúncio ou obra comercial.

Segundo Martins e Laugeni (2006), leiaute é um termo em inglês que significa

desenho da distribuição física dos equipamentos, estoques, escritórios, entre outros.

O estudo do leiaute (arranjo físico) é de fundamental importância na otimização das

condições de trabalho, aumentando tanto o bem estar como o rendimento das pessoas.

Segundo Cury (2000), leiaute corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos

espaços existentes na organização, envolvendo além da preocupação de melhor adaptar as

pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação

dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias primas.

Segundo Chilenato Filho (1987), uma boa disposição de móveis e equipamentos

faculta maior eficiência aos fluxos de trabalho e uma melhoria na própria aparência do local.

A aparência, tanto da disposição física como das pessoas nela inserida é sem dúvida um

chamativo para os clientes que influencia, diretamente no processo de produtividade da

empresa.

A redução da fadiga também se insere no quadro de objetivos do arranjo físico, pois a

existência desta pode revelar uma disposição inadequada das condições de trabalho. Fadiga é

a diminuição reversível da capacidade funcional de um órgão ou de um organismo em

conseqüência de uma atividade. Tal sensação pode ser provocada pelo esforço despendido e

pelo mau uso do ambiente, podendo ser tanto muscular, como mental ou neuro-sensorial.

Além da interação entre espaço físico e fator humano, o leiaute deve ser flexível a fim

de que possa ser alterado sempre que seja necessário. Afinal sabe-se que no atual contexto

global, as mudanças, seja no aspecto social, cultural, financeiro, político e administrativo, são

cada vez mais constantes e vulneráveis.

11.1 Tipos de leiaute

Segundo Silveira (1998), pode-se identificar 4 tipos básicos de leiaute (Figura 11.1),

os quais podem ser dispostos em um gráfico correspondendo a diferentes níveis de volume e

variedade de produtos ou serviços.

Page 97: TCC Wemar bombas

97

Figura 11.1 – Tipos de leiaute (SILVEIRA, 1998)

Segundo Slack et al. (1997), a decisão de qual tipo de arranjo físico adotar muito

raramente envolve uma escolha entre os quatro tipos básicos. As características de volume e

variedade de uma operação vão reduzir a escolha, a grosso modo, há uma ou duas opções.

Ainda assim, as faixas de volumes e variedades contidas em cada tipo de arranjo físico

sobrepõe-se. Logo, a decisão sobre qual arranjo específico escolher é influenciada por

entendimento correto das vantagens e desvantagens de cada um, conforme demonstrado na

Tabela 11.1.

Tabela 11.1 – Vantagens e desvantagens do leiaute (SLACK et al, 1997)

Page 98: TCC Wemar bombas

98

11.1.1 Leiaute por produto

São organizados para acomodar somente alguns poucos projetos de produto (baixa

variedade de produtos), permitem grande volume de produção e trabalham com equipamentos

de baixa flexibilidade (usam máquinas especializadas) e são projetados para permitir um fluxo

linear de materiais ao longo da linha de produção (CURY, 2000).

O primeiro passo na análise do leiaute de uma fábrica é a escolha do equipamento que

deve ser usado na fabricação de seus produtos. O projeto detalhado de qualquer tipo de

arranjo físico preocupa-se em termos gerais, onde localizar recursos. Poderia parecer, então,

que é necessário pouco trabalho de projeto detalhado em arranjo físico por produto, pois ele

envolve arranjar os recursos de forma a conformar-se às necessidades de processamento do

produto ou serviço produzido (CURY, 2000).

Antes de considerar os vários métodos usados no projeto detalhado de arranjo físico, é

útil definir quais são os objetivos desta atividade. De certa forma, os objetivos dependerão das

circunstâncias específicas, mas há alguns objetivos gerais que são relevantes para todas as

operações (CURY, 2000):

� segurança inerente;

� extensão do fluxo, redução de distâncias;

� clareza de fluxo;

� conforto da mão-de-obra;

� coordenação gerencial;

� acesso aos equipamentos e instalações;

� uso do espaço;

� flexibilidade de longo prazo.

O arranjo físico por produto envolve localizar os recursos produtivos transformadores

inteiramente segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado. Cada

produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro predefinido no qual a seqüência

de atividades requerida coincide com a seqüência na qual os processos foram arranjados

fisicamente. Este é o motivo pelo qual às vezes este tipo de arranjo físico é chamado de

arranjo físico em fluxo ou em linha. (CURY, 2000).

No arranjo físico por produto, a decisão é mais sobre o que localizar onde, pois em

geral a decisão sobre localização está tomada e, então, as tarefas são alocadas à localização

decidida. Por exemplo, pode ter sido decidido que quatro estações de trabalho serão

Page 99: TCC Wemar bombas

99

necessárias para produzir pastas para executivos numa linha de montagem. A decisão então é

sobre quais tarefas necessárias à montagem da pasta serão alocadas a quais estações de

trabalho.

No projeto detalhado de arranjo físico por produto há uma série de decisões

individuais a serem tomadas. Estas incluem o tempo de ciclo ao qual o projeto tem de se

conformar, o número de estágios na operação, a forma que as tarefas são alocadas aos estágios

na linha e o arranjo dos estágios na linha.

Exemplos de arranjo físico por produto incluem:

� montagem de automóveis – quase todas as variantes do mesmo modelo requerem a

mesma sequência de processos;

� programa de vacinação em massa – todos os clientes requerem a mesma sequência de

atividades burocráticas (preenchimento de cadernetas de vacinação), médicas e de

aconselhamento (possível resguardo necessário, por exemplo). (SLACK et al, 1997)

11.1.2 Escolha do leiaute

Para cada volume há um tipo básico de arranjo físico de custo mínimo. Entretanto, na

prática, as análises de custo para a seleção do arranjo físico raramente são tão claras. O custo

exato de operar o arranjo físico é difícil de prever e provavelmente dependerá de fatores

numerosos e difíceis de quantificar.

A decisão sobre qual arranjo específico escolher é influenciada por um entendimento

correto das vantagens e desvantagens de cada um.

Quando a variedade de produtos e serviços é relativamente pequena, o fluxo de

materiais, informações ou clientes pode ser regularizado e um arranjo físico por produto pode

tornar-se mais adequado, como no caso de uma montadora de veículos.

Operações de serviço podem também adotar arranjo físico por produto se as

necessidades de processamento dos clientes ou informações tiverem uma seqüência comum.

Em resumo, quando o fluxo for regular e previsível, a melhor opção de arranjo físico é o

arranjo por produto. (CURY, 2000)

Ainda segundo Cury (2000), as condições listadas a seguir tendem a ditar o uso do

arranjo físico por produto:

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100

� a descoberta de que uma leve redução do preço de venda do produto produzirá um

expressivo aumento na demanda;

� a descoberta de que dois ou mais produtos têm processos de produção executados

num mesmo tipo de máquina e na mesma seqüência;

� dificuldade de manter o controle da produção se produzido num arranjo por

processo;

� dificuldade em encontrar empregados altamente qualificados para o arranjo existente;

� reclamações de superiores sobre condições aglomeradas, falta de armazenamento,

demora na distribuição de materiais, falta de capacidade ou trabalho em horas extraordinárias.

Os tipos básicos de arranjo físico têm características diferentes de custos fixos e

variáveis que parecem determinar qual usar. Na prática, a incerteza sobre os custos fixos e

variáveis de cada tipo de arranjo físico significa que raramente a decisão pode basear-se

exclusivamente na consideração de custo, conforme demonstrado na figura 11.2.

Figura 11.2 – Tipos de leiaute e seus custos (CHILENATO FILHO, 1987)

11.2 Leiaute na Wemar bombas

O arranjo por produto será o utilizado, pois esse tipo de leiaute reduz o tempo de

produção, minimiza o manuseio de materiais e facilita o controle de material, já que se trata

de apenas um tipo de produto, além de ter um baixo custo unitário.

� o fluxo de materiais ao longo da operação é tanto evidente como regular. Não há as

complexidades que caracterizam os arranjos físicos por processo e, com menor

intensidade, celular;

� os custos variáveis por produto ou serviço tendem a decrescer;

� baixos custos unitários para altos volumes;

Page 101: TCC Wemar bombas

101

� dá oportunidades para especialização de equipamento;

� movimentação de clientes e materiais conveniente.

Devido as características da fábrica citadas acima, optou-se pelo arranjo por produto,

conforme apêndice J.

Page 102: TCC Wemar bombas

102

12 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

Planejamento e controle da produção (PCP) é função administrativa que tem por

objetivo elaborar os planos que orientarão a produção e servirão de guia para seu controle,

através da reunião dos meios de produção, tais como: (MACHELINI, 1984)

� matéria prima;

� mão de obra;

� equipamentos;

� fatores que possibilitam a fabricação de um produto.

O planejamento e controle da produção visa ordenar o fluxo do processo produtivo,

contínuo sem sobressalto, isso decorre da utilização eficiente dos meios de produção, os quais

se atingem os objetivos planejados, nos prazos determinados.

O PCP é composto de duas fases: planejamento e controle. A fase planejamento tem

como objetivo levar os setores produtivos as seguintes informações: (MARTINS &

LAUGENI, 2006)

� o que produzir (produto a ser fabricado);

� quanto produzir (quantificando a produção);

� quando produzir (estipulando prazo de execução);

� com que produzir (definindo o material a ser usado);

� como produzir (determinando o processo);

� onde produzir (especificando equipamentos);

� com quem produzir (quantificando e qualificando a mão de obra).

Na fase de controle apuram-se os resultados daquilo que foi planejado e executado:

(MARTINS & LAUGENI, 2006)

� o que foi feito;

� o quanto foi feito;

� com que feito;

� como foi feito;

� onde foi feito;

Page 103: TCC Wemar bombas

103

� quem fez;

� quando foi feito.

As etapas do planejamento e controle da produção são as seguintes: (MARTINS &

LAUGENI, 2006)

� receber a previsão de vendas (por produto) do departamento comercial, para um

determinado período;

� emitir as OPs (ordens de produção) ou lista de materiais que compõem os

componentes do produto (estrutura);

� verificar a situação atual de estoque de matéria prima para cada componente do

produto a ser fabricado;

� determinar os itens de matéria-prima e insumos a serem adquiridos pelo setor de

suprimentos, com as especificações, quantidades e prazos de necessidades;

� emitir as OPs (ordens de produção) com todas as seqüencias operacionais e

instruções que compõem o processo de produção do produto, ou seja, o roteiro;

� define os prazos necessários para início e término da produção quantificada, em cada

uma de suas etapas, permitindo assim estimar o data em cada produto ficará pronto,

baseando-se no tempo padrão de execução de cada operação.

Quando da execução do planejamento, o primeiro passo é obter o perfil da demanda

para o horizonte de planejamento. Assim como a produção, a demanda da empresa também

deve ser gerenciada. Algumas das razões apontadas são:

� poucas empresas são tão flexíveis que possam, de forma eficiente, alterar

substancialmente seus volumes de produção ou o mix de produtos produzidos de um período

para o outro, de forma a atender às variações de demanda, principalmente no curto prazo;

� para muitas empresas, principalmente aquelas multidivisionais, ao menos parte da

demanda não vem do ambiente externo, mas de outras divisões ou de subsidiarias, o que

permite esforços de administração dessa demanda;

� empresas que tem relações de parceria com seus clientes podem negociar quantidade

e momento da demanda por eles gerada, de modo à melhor adaptá-las às suas possibilidades

de produção;

Page 104: TCC Wemar bombas

104

� a demanda de muitas empresas, principalmente as que produzem produtos de

consumo, pode ser criada ou modificada, tanto em termos de quantidade quanto de momento,

por meio de atividades de marketing, promoções, propaganda, esforço de venda, entre outros;

� mesmo empresas que produzem outros tipos de produtos, que não de consumo, podem

exercer influência sobre a demanda por meio de esforço de venda, mediante sistemas

indutores de comportamento de seus vendedores e representantes comerciais (sistemas de

cotas e comissões variáveis, por exemplo). (MACHELINI, 1984)

12.1 Fluxos de informações do PCP

O objetivo do PCP é proporcionar uma utilização adequada dos recursos, de forma que

produtos específicos sejam produzidos por métodos específicos, para atender um plano de

vendas aprovado, e fornecer informações necessárias para o dia-à-dia do sistema de

manufatura, reduzindo os conflitos existentes entre vendas, finanças e chão-de-fábrica.

(MARTINS, 1993)

Para atingir estes objetivos o PCP reúne informações vindas de diversas áreas do

sistema de manufatura. Na figura 12.1 estão relacionadas as áreas e as informações fornecidas

ao PCP.

Figura 12. 1 – Fluxo de informações do PCP (MARTINS,1993)

Sendo assim, pode-se considerar o PCP como um elemento central na estrutura

administrativa de um sistema de manufatura, passando a ser um elemento decisivo para a

integração da manufatura.

Page 105: TCC Wemar bombas

105

É muito importante que a empresa saiba utilizar todas as ferramentas disponíveis, e

explorar a capacidade máxima de seus equipamentos para conseguir antecipar a demanda

futura com perfeição e precisão. Isso pode envolver a formação e a manutenção de uma base

de dados históricos de vendas, assim como informações que expliquem suas variações e

comportamento no passado.

12.2 Planejamentos agregado de produção

Elabora-se, com base no planejamento de longo prazo, o planejamento agregado de

produção, cujo resultado é um plano de médio prazo que estabelece níveis de produção,

dimensões da força de trabalho e níveis de estoque. O horizonte do plano agregado de

produção pode variar de 6 a 24 meses, dependendo da atividade industrial. (RESENDE, 1989)

O planejamento é feito em termos de famílias de itens, isto é, os produtos a serem

produzidos não são definidos de forma a terem uma constituição individual e completamente

especificada, mas são agregados formando famílias de itens semelhantes.

A atividade de planejamento agregado nem sempre é considerada de forma isolada

como nesta análise acadêmica. Particularidades de cada indústria, tais como previsibilidade da

demanda e alto nível de repetibilidade dos produtos, fazem com que muitas vezes ela nem

seja executada. Neste caso, ela tende a ser absorvida pelo planejamento mestre da produção

que é uma atividade subseqüente e mais detalhada. (RESENDE, 1989)

12.3 Planejamento mestre da produção

O planejamento mestre da produção (PMP) é o componente central da estrutura global

apresentada na Figura 12.2. Gerado a partir do plano agregado de produção, desagregando-o

em produtos acabados, guiará as ações do sistema de manufatura no curto prazo,

estabelecendo quando e em que quantidade cada produto deverá ser produzido dentro de certo

horizonte de planejamento. Este horizonte de planejamento pode variar de 4 a 12 meses,

sendo que quanto menor for o horizonte de tempo maior será o aperfeicoamento do PMP.

Segundo Resende (1989), quando existem diversas combinações de componentes para

se obter o produto, pode ser preferível elaborar o PMP com base em produtos de níveis

intermediários.

O PMP é um elemento fundamental na compatibilização dos interesses das áreas de

manufatura e marketing.

Page 106: TCC Wemar bombas

Figura 12. 2 – Estrutura do processo d(RESENDE, 1989) 12.4 Planejamento de materiais

É a atividade através da qual é feito o levantamento completo das necessidades de

materiais para execução do plano de produção. A partir das necessidades

materiais, das exigências impostas pelo PMP e das informações vindas do controle de estoque

(itens em estoque e itens em processo de fabricação), procura determinar quando, quanto e

qual material devem ser fabricados e comprados

12.5 Planejamentos realizados na

O responsável pelo p

do setor. Por sua vez, os responsáveis pelos setores de manutenção, supervisão da produção,

controles industriais e controle de qualidade são engenheiros e gestores dos departamentos em

questão.

As atribuições do responsável pelo PCP são:

utura do processo decisório do planejamento e controle da

Planejamento de materiais

É a atividade através da qual é feito o levantamento completo das necessidades de

materiais para execução do plano de produção. A partir das necessidades

materiais, das exigências impostas pelo PMP e das informações vindas do controle de estoque

(itens em estoque e itens em processo de fabricação), procura determinar quando, quanto e

qual material devem ser fabricados e comprados. (RESENDE, 1989)

Planejamentos realizados na Wemar bombas

O responsável pelo planejamento e controle da produção (PCP) da empresa é o gerente

do setor. Por sua vez, os responsáveis pelos setores de manutenção, supervisão da produção,

controle de qualidade são engenheiros e gestores dos departamentos em

As atribuições do responsável pelo PCP são:

106

ontrole da produção

É a atividade através da qual é feito o levantamento completo das necessidades de

materiais para execução do plano de produção. A partir das necessidades vindas da lista de

materiais, das exigências impostas pelo PMP e das informações vindas do controle de estoque

(itens em estoque e itens em processo de fabricação), procura determinar quando, quanto e

lanejamento e controle da produção (PCP) da empresa é o gerente

do setor. Por sua vez, os responsáveis pelos setores de manutenção, supervisão da produção,

controle de qualidade são engenheiros e gestores dos departamentos em

Page 107: TCC Wemar bombas

107

� programar a produção, tomando como base a programação da empresa matriz (meta);

� abastecer os insumos necessários para o seu funcionamento;

� acompanhar as carteiras de pedidos;

� verificar se a produção está sendo executada conforme o planejamento e utilizando

procedimento estabelecido na forma correta.

A realização do controle da produção, principalmente o acompanhamento diário no

chão de fábrica, é realizada por esses setores (manutenção, supervisão da produção, controles

industriais e controle de qualidade).

O planejamento de materiais está intimamente ligado ao gerenciamento de estoques.

Os tipos de estoques são: matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados.

Os estoques consomem capital de giro, exigem espaço para estocagem, requerem

transporte e manuseio, deterioram, tornam-se obsoletos e requerem segurança. Por isso, a

manutenção de estoques pode acarretar um custo muito alto para um sistema de manufatura.

O planejamento de materiais deve, portanto ter como objetivo reduzir os investimentos

em estoques e maximizar os níveis de atendimento aos clientes e produção da indústria.

(MARTINS E LAUGENI, 2006)

12.5.1 Sistema de revisão contínua de estoque de matéria-prima

De acordo com Martins e Laugeni (2006), deve-se fazer um controle de estoque, para

saber o consumo diário de matérias primas e componentes utilizados na montagem da bomba.

Tendo assim um tempo para que seja feito os pedidos de compra, de acordo com suas

necessidades, fazendo com que sejam entregues no prazo estipulados, sem que haja nenhum

problema que afeta a produção, antes que acabem os estoques.

Para os cálculos do dimensionamento dos estoques, será utilizada a equação descrita

por Martins e Laugeni (2006) e disponível no apêndice L.

12.5.2 Gráfico de gantt da produção da Wemar bombas

O gráfico de Gantt, a seguir, pode ser usado como uma ferramenta para determinar a

seqüência de operações de um determinado lote de peças e controlar seu andamento. O

gráfico indica umas formas básicas de acompanhamento do trabalho ou atividade em

Page 108: TCC Wemar bombas

108

execução. O gráfico de Gantt apresenta o uso ideal e real de recursos ao longo do tempo. O

gráfico de acompanhamento indica o status atual de cada trabalho em relação a sua data

programada de término. Por exemplo, suponha que a Wemar bombas possua quatro lotes em

andamento, direcionados a vários clientes. O status real desses lotes é mostrado pelas barras

da figura 12.3, as linhas verdes indicam a programação desejada para o inicio e término de

cada operação. Para a data atual, 23 de outubro, esse gráfico de Gantt mostra que o pedido do

lote D encontra-se atrasado porque a área de operações completou somente as tarefas

programadas até 21 de outubro. O gerente da fábrica pode ver facilmente no gráfico a

conseqüência de misturar as programações. O método usual consiste em tentar estabelecer a

programação por tentativa e erro até que um nível satisfatório de medidas selecionadas de

desempenho seja alcançado.

Figura 12. 3– Gráfico de gantt da produção (RITZMAN & KRAJEWSKI, 2005)

Já na tabela 12.1, mostra o consumo diário de matéria-prima e insumos utilizados pela

Wemar bombas na fabricação da bomba de água automotiva.

Page 109: TCC Wemar bombas

109

Tabela 12.1 – Consumo diário de matéria-prima e insumos

Page 110: TCC Wemar bombas

110

13 QUALIDADE

Qualidade significa fazer certo as coisas. Por exemplo, no hospital, qualidade pode

significar assegurar que os pacientes obtenham o tratamento mais apropriado, sejam

adequadamente medicados, bem informados sobre o que está acontecendo e, também, que

sejam consultados se houver formas alternativas de tratamento. (SLACK et al, 1997)

Todos os consumidores de qualquer tipo de produto ou serviço desejam que as suas

expectativas sejam atendidas a no mínimo naquilo que o produto ou serviço se propôs a fazer.

Essas expectativas podem ser somente técnicas ou em conjunto, técnicas e estéticas,

dependendo daquilo que se esta adquirindo.

Argumenta-se que a administração da qualidade total seja a mais significativa das

novas idéias que aparecem no cenário da administração da produção nos últimos anos. Deve

haver poucos, se houver, gerentes em qualquer economia desenvolvida que não tenha ouvido

falar de TQM. (SLACK et al, 1997)

TQM é uma filosofia, uma forma de pensar e trabalhar, que se preocupa com o

atendimento das necessidades e das expectativas dos consumidores. Tenta mover o foco da

qualidade de uma atividade puramente operacional, transformando-a em responsabilidade de

toda a organização. (SLACK et al, 1997) A Gestão da Qualidade Total (Total Quality

Management-TQM) foi uma prática de gestão bastante popular nas décadas de 1980 e 1990

nos países ocidentais. Os conceitos dessa prática, desenvolvidos inicialmente por autores

norte-americanos, como Deming, Juran e Feigenbaum, nas décadas de 1950 e 1960,

encontraram no Japão o ambiente perfeito para o seu desenvolvimento durante os anos que se

seguiram. A Wemar bombas tem este objetivo, conscientizar a qualidade em todos os setores

para tornar a linguagem de responsabilidade igualitária, independente do serviço executado.

13.1 Qualidade na Wemar bombas

A qualidade a ser implantada na Wemar bombas para se atender aos requisitos das

normas de qualidade nas indústrias do setor automotivo, são impostos pela norma ISO/TS

16949. A ISO/TS 16949 fornece uma metodologia definida pelos fabricantes de carros e

motos para administrar os processos de modo a cumprir e superar tais exigências. A ISO/TS

16949 é o único padrão reconhecido em todo o mundo para a gestão de qualidade aplicada a

organizações que participem da cadeia de fornecimento da indústria automobilística. Baseia-

Page 111: TCC Wemar bombas

111

se em oito princípios de gestão fundamentais para boas práticas: foco no cliente, liderança,

envolvimento do pessoal, abordagem de processos, abordagem de sistemas, melhoria

contínua, processo decisório baseado em fatos, relações com fornecedores benéficas para

ambas as partes, atendimento de exigências específicas do cliente. (REAL BOMBAS,2009)

Conforme os itens da norma ISO/TS 16949, a fim de assegurar que estejam em

conformidade com a mesma, eles devem ser submetidos à aprovação do projeto de acordo

com a norma ISO/TS 16949 e inspeções e ensaios de acordo com o itens, da norma. Isto deve

ser levado a efeito por uma autoridade de inspeção autorizada. O inspetor deve ser qualificado

para inspeção das bombas.

O controle de qualidade da Wemar bombas será dividido em três etapas que são

essenciais na produção de qualquer empresa. Essas etapas são divididas em inspeção de

recebimento, inspeção durante a manufatura das bombas, e inspeção final do produto.

13.1.1 Controle da qualidade no recebimento

A inspeção de recebimento é de suma importância para o sucesso do controle de

qualidade de qualquer processo produtivo pelo simples fato de que o recebimento é a porta de

entrada da matéria prima e dos componentes que são utilizados na manufatura do produto

(MARTINS & LAUGENI, 2005).

Na Wemar bombas a inspeção de recebimento será efetuada conforme instrução de

recebimento no apêndice M. A inspeção será realizada em etapas: dimensional, análise da

documentação e análise química do material, onde a determinado período, deverá de ser tirada

uma amostra que será enviada para o laboratório CROMEX para análise de verificação de

porcentagem de fibra de vidro, para verificação dos valores prescritos na tabelas e valores

aceitáveis segundo normas reguladoras prescrita no trabalho ( capítulo 4 ).

Na inspeção dimensional será analisadas as cotas criticas que são pré estabelecidas

como medidas definidas em desenhos disponíveis na Wemar bombas.

Todos os instrumentos de medição utilizados serão calibrados e devem ter evidencias

do certificado de calibração por empresa especializada.

Page 112: TCC Wemar bombas

112

13.1.2 Controle da qualidade do processo

O bom desempenho de qualidade em uma operação não apenas leva à satisfação de

consumidores externos. Também torna mais fácil a vida das pessoas envolvidas na operação.

Satisfazer aos clientes internos pode ser tão importante quanto satisfazer aos consumidores

externos. (SLACK, 1997)

A inspeção durante a manufatura será efetuada pelo próprio operador de maquina, que

operador deve conhecer os instrumentos de medição que serão utilizados durante as medições.

Esta medição tem como parâmetro o desenho dimensional do produto.

Quanto menos erros em cada operação ou unidade de produção, menos tempo será

necessário para a correção e consequentemente, menos confusão e menos irritação. (SLACK,

1997)

A inspeção durante a fabricação deve atender ao item da norma ISO / TS 16949 que

especifica a construção das partes que compoem a bomba . Esta inspeção será efetuada de

forma fracionada a cada lote de fabricação com auxílio do desenho do produto, relatando

registros de dados em formulário nesta atividade, conforme apêndice N.

13.1.3 Controle final do produto

Cada bomba inspecionada deve ser examinada durante a fabricação e após sua

complementação, como segue:

• a cada lote de fabricação de pecas, serão efetuado testes em amostras do lote.

• verificação das dimensões críticas e dimensional, para que estejam dentro das

tolerâncias do projeto;

• verificação da conformidade com o acabamento superficial especificado;

• ensaio de tração conforme registro de ensaio de tração (conforme apêndice O);

• ensaio de estanqueidade conforme registro de ensaio de estanqueidade

• emissão do certificado de aprovação de tipo;

• a polia, bucha do rotor, selo e rolamento são itens comprados e serão montados na

Wemar bombas. Estes itens tem inspeção de acordo com a norma ISO TS/16949;

• verificar teste de pressão e coluna d água.

Page 113: TCC Wemar bombas

113

Os itens comprados devem atender a especificação de compra. Após todos os ensaios

serem efetuados, o órgão inspetor juntamente com o representante da Wemar bombas deverá

emitir um relatório de fabricação e um certificado de conformidade. Após a certificação do

produto todos os itens mencionados acima devem ser inspecionados por um inspetor da

fábrica, porém sem o acompanhamento de um órgão inspetor.

13.2 Ferramentas de controle

Serão utilizados dois métodos para controle de qualidade que segue:

• Diagrama de pareto

Quando for necessário ressaltar a importância relativa entre vários problemas ou

condições, no sentido de escolher pontos de partida para a solução de um problema (avaliação

de efeitos indesejáveis) e avaliar um progresso (efeitos positivos).

• Diagramas de Causa e Efeito

Quando necessitar identificar, explorar e ressaltar todas as causas possíveis de um

problema ou condição específica. Tem por realizar:

• Análise de dispersão;

• Classificação do processo;

• Enumeração de causas.

Page 114: TCC Wemar bombas

114

14 LOGÍSTICA

Segundo Ballou (1993), a logística empresarial estuda como a administração pode

prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores,

através de planejamento, organização e controle efetivos das atividades de movimentação e

armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A logística é um assunto vital, é um

fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores estão espalhados numa

ampla área geográfica. Este é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato entre a

produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde

quiserem, e na condição física que desejarem.

Numa economia livre é responsabilidade dos empresários proverem os serviços

logísticos necessários, e, nos Estados Unidos, as empresas enfrentaram esta responsabilidade

com notável grau de eficácia e eficiência. Contudo, as empresas operam dentro de um

ambiente que muda constantemente, devido aos alcances tecnológicos, às alterações na

economia e na legislação, e à disponibilidade de recursos. Portanto, a filosofia da

administração se altera com o tempo, de forma a se adaptar às novas exigências de

desempenho para as empresas. A logística assim representa uma nova visão empresarial –

uma nova ordem das coisas. (BALLOU, 1993)

14.1 Cadeia de suprimentos

Da mesma forma que existe um canal de distribuição para os fluxos de produtos e

informações na distribuição física, há um canal semelhante no suprimento físico. As

atividades identificadas no canal de suprimento podem ser consideradas fundamentais para a

administração de materiais, pois elas afetam principalmente a economia e a eficácia do

movimento de materiais. As tarefas mais importantes são (1) inicialização e transmissão das

ordens (pedidos) de compras, (2) transporte dos carregamentos até o local da fábrica e (3)

manutenção dos estoques na planta, conforme demonstrado na figura 14.1. (BALLOU, 1993)

Page 115: TCC Wemar bombas

115

Figura 14. 1 – Fluxos típicos de bens e informações num canal de suprimentos (ROCHA,

1999)

14.1.1 Gestão da cadeia de suprimentos

Para fabricar produtos é necessário possuir a quantidade necessária de materiais. Além

disso, esses materiais devem ser obtidos com o menor custo possível, com uma qualidade

superior e devem estar disponíveis no momento em que a produção for iniciada.

O processo de aquisição de materiais é bastante complexo. Ele inclui decisões de

escolha de fornecedores, elaboração de contratos de fornecimento, definição de compras

centralizadas ou locais.

Contudo, adquirir materiais e produtos não é uma tarefa que se limita a gerar e

acompanhar pedidos. A aquisição dos materiais e dos produtos tem significado estratégico

para a organização e deve satisfazer as necessidades de suprimento ou abastecimento a curto e

longo prazo. Por isso, selecionar os provedores e manter relacionamentos duradouros é de

fundamental importância para obter vantagem competitiva nesse processo.

O processo de suprimentos ou compras pode apresentar variações entre os tipos de

organizações. (BERTAGLIA, 2006)

14.1.2 Planejamento de suprimentos

O planejamento de suprimentos tem o objetivo de definir as ações para a obtenção de

materiais necessários à satisfação da demanda requerida pela cadeia de abastecimento.

Page 116: TCC Wemar bombas

116

As principais métricas que podem ser utilizadas nesse contexto são: tempo de ciclo

empregado na obtenção dos materiais, flexibilidade, nível de serviço dos fornecedores, custo

total de estoque, número de fornecedores e desempenho destes em termos de prazo,

quantidade e qualidade. (BERTAGLIA, 2006)

14.1.3 Práticas de negócio para o planejamento de suprimentos

Segundo Ballou (1993), as seguintes práticas devem ser aplicadas para produzir um

planejamento mais consistente dos suprimentos:

� Ampliar o relacionamento com os fornecedores, possibilitando a troca de dados

relacionados a estoque e disponibilidade de capacidade;

� Construir alianças com fornecedores, visando maior consistência no relacionamento a

fim de evitar disfunções no processo, assegurando que rupturas não venham a causar

surpresas e, por outro lado, aproveitar oportunidades de disponibilidade de materiais;

� Possuir viabilidade total dos planos da cadeia de abastecimento;

� Medir os níveis de estoque de materiais em valor e quantidade;

� Balancear as restrições encontradas durante o plano mestre de produção com a

demanda;

� Analisar as capacidades e limitações de fornecimento durante o plano mestre de

produção para que revisões no plano possam ser consideradas.

14 .2 Transporte

O fator logístico é um elemento primordial nas considerações da cadeia de

abastecimento e na movimentação de produtos e materiais de um ponto a outro. A idéia de

movimento remonta aos tempos pré-históricos. A invenção da roda nasceu seguramente da

necessidade de levar e trazer coisas com um esforço menor.

O transporte deve receber todas as prioridades necessárias, seja para movimentar

produtos finais, matérias-primas, componentes e pessoas. Deve ser rápido, eficiente e barato.

(BERTAGLIA, 2006)

O custo Brasil ainda é muito discutido. Os impostos são elevados, os controles são

complexos e competitividade é baixa. Os meios de transporte são grandemente afetados por

Page 117: TCC Wemar bombas

117

tudo isso. É preciso encontrar formas mais inteligentes, fáceis e sem burocracia para competir

na economia global.

De forma gratificante, a tecnologia tem ajudado o desenvolvimento estrutural da

logística. Caminhões e automóveis são equipados com dispositivo de comunicação. Veículos

podem ser monitorados via satélite e suas portas podem ser travadas à distância.

(BERTAGLIA, 2006)

14.2.1 Modos ou modais de transporte

Pode-se citar como principais os seguintes modais:

� Rodoviário: a carga é transportada pelas rodovias, em caminhões, carretas;

� Ferroviário: a carga é transportada pelas ferrovias, em vagões fechados, plataformas;

� Aéreo: a carga é transportada em aviões, através do espaço aéreo;

� Fluvial/Lacustre (Hidroviário): a carga é transportada em embarcações, através de

rios, lagos ou lagoas;

� Marítimo: a carga é transportada em embarcações, pelos mares e oceanos.

As principais variáveis de decisão quanto à seleção dos modais de transporte são:

� Disponibilidade e freqüência do transporte;

� Confiabilidade do tempo de trânsito;

� Valor de frete;

� Índice de faltas e/ou avarias (taxa de sinistralidade);

� Nível de serviços prestados.(RODRIGUES, 2001; POZO, 2002)

O tempo de trânsito afeta diretamente o prazo de ressuprimento, abrangendo o tempo

despendido pelo embarcador na consolidação e manuseios, o tempo de viagem propriamente

dito, os tempos necessários aos transbordos (caso haja) e o tempo necessário à liberação da

carga por ocasião do recebimento. Qualquer atraso imprevisto pode paralisar uma linha de

produção caso o estoque de reserva seja muito baixo.

A possibilidade de avarias aumenta na mesma proporção da quantidade de manuseios

e transbordos. Às vezes, a fragilidade da mercadoria justifica a utilização de um modal cujo

frete seja sensivelmente mais caro. A sofisticação dos serviços pode sinalizar, por exemplo,

Page 118: TCC Wemar bombas

118

para um sistema de posicionamento geográfico instantâneo via satélite ao longo do percurso.

(RODRIGUES, 2001; POZO, 2002)

O transporte rodoviário é o mais independente dos transportes, uma vez que possibilita

movimentar uma grande variedade de materiais para qualquer destino, devido à sua

flexibilidade, sendo utilizado para pequenas encomendas, em curtas, médias ou longas

distâncias, por meio de coletas e entregas ponto a ponto. Ela faz a conexão entre os diferentes

modos de transporte e os seus respectivos pontos de embarque e desembarque. Sua grande

desvantagem é o custo do frete, o que faz com que outros meios de transporte comecem a ser

mais competitivos. (BERTAGLIA, 2006)

14.3 Processo de distribuição

O processo de distribuição está associado á movimentação física de materias

normalmente de um fornecedor para um cliente. Esse processo envolve atividades internas e

externas, acompanhadas de documentos legais. Podem ser dividido em funções mais

nucleares como recebimento e armazenamento, controle de estoques, administração de frotas

e fretes, separação de produtos, carga de veículos, transportes, devoluções de materiais e

produtos entre outras.

Disperso em sua imensidão territorial, o Brasil apresenta numerosos pólos de produção

e de consumo, o que gera uma gigantesca movimentação de mercadorias. O transporte

rodoviário é o principal e corresponde a cerca de 60% do total das cargas do país.

A distribuição tem recebido especial atenção nos últimos anos e é reconhecida como

um processo de suprema importância por parte das empresas privadas e públicas devido aos

altos custos nela envolvidos e as oportunidades existentes para a redução desses custos.

Distribuir é uma função dinâmica e bastante diversa, variando de produto para

produto, de empresa para empresa. Dessa forma, a distribuição precisa ser extremamente

flexível para enfrentar as diversas demandas e restrições que lhe são impostas, sejam elas

físicas ou legais.

A vantagem competitiva de uma empresa pode estar na forma de distribuir, na maneira

com que faz o produto chegar rapidamente à gôndola, na qualidade do seu transporte e na

eficiência de entrega de um material a um fabricante.

O gerenciamento da distribuição vai além de meramente movimentar um produto de

um determinado ponto a outro. É uma atividade fundamental no serviço, custo e qualidade

desejados por consumidores e clientes (BERTAGLIA, 2006).

Page 119: TCC Wemar bombas

119

A Figura 14.2 mostra o fluxo de movimentação e armazenagem de materiais.

Figura 14. 2 – Fluxo de movimentação e armazenagem de materiais (ROCHA, 1999)

14.3.1 Recebimento de produtos

A função recebimento se inicia quando o veículo é aceito para descarregar um produto

ou material que está destinado ao armazém ou centro de distribuição. O produto é contado ou

pesado, e o resultado é comparado com o documento do transporte. Dependendo da origem e

do tipo de produto, são necessárias análises de qualidade, por meio de amostragens, que

eventualmente podem ser feitas antes que o produto seja totalmente descarregado. Os

recebimentos, quanto à sua origem, podem ser classificados em importação, transferências

entre fábricas e armazéns ou centro de distribuição, transferências provenientes de terceiros e

devolução de clientes.

O recebimento de produtos é atividade importante no processo uma vez que é

responsável diretamente pelo abastecimento do estoque físico, como:

� Utilização de códigos de barras para identificação automática do produto e local de

armazenagem;

� Utilização de conceitos de localização dinâmica baseados em controle de lote,

rotatividade e qualidade;

Page 120: TCC Wemar bombas

120

� Integração entre planejamento, manufatura e distribuição para identificar situações de

recebimento quando de transferência de fábrica ou terceiros;

� Troca eletrônica de informações com fornecedores de produtos;

� Abastecimento do estoque em tempo real utilizando tecnologia da informação.

(BERTAGLIA, 2006).

14.3.2 Descarregamento de produtos

A descarga do veículo normalmente ocorre depois de aprovados os procedimentos

rotineiros, como:

� Solicitação ou necessidades de abastecimento;

� Qualidade de acordo com os parâmetros permitidos;

� Quantidade dentro do limite de tolerância aceitável.

Concluídas as etapas anteriores, o produto é então preparado para a armazenagem.

Varias técnicas são, no entanto, aplicadas neste processo. Os produtos podem ser recebidos e

diretamente disponibilizados para transporte sem haver necessidade de armazenamento. Outra

técnica é a armazenagem em local temporário, onde os produtos são utilizados para atender as

demandas de vários pedidos. (BERTAGLIA, 2006)

14.4 Gestão de estoque

Estocagem é a atividade que, a princípio, diz respeito à guarda segura e ordenada de

todos os materiais do armazém, em ordem de prioridade de uso, e também às peças que estão

para ser despachadas para as operações de montagem. É uma das atividades do fluxo de

matérias no armazém e o ponto destinado à locação estática dos materiais. Dentro de um

armazém podem existir vários pontos de estocagem. A área de estocagem é usada para estocar

produtos e o seu tamanho depende da capacidade necessária e do método usado de estocagem

(BERTAGLIA, 2003).

Page 121: TCC Wemar bombas

121

14.4.1 Princípios de estocagem

Na estocagem é comum a utilização de carga unitária que é uma carga constituída de

embalagens de transporte, arranjada para facilitar o seu manuseio. A mais conhecida é o

palete, que consiste num estrado de madeira de dimensões diversas (BERTAGLIA, 2003).

Com o aumento das trocas entre países foi tornando-se necessário estabelecer normas

e medidas para os recipientes de manuseio. Foi então organizada uma comissão internacional

cujo resultado elegeu um palete de 1.100 mm x 1.100 mm, com área mais próxima a todos

(RODRIGUES, 2001).

Existem vários tipos de paletes (duas entradas, quatro entradas e uma face ou duas

faces).

As mercadorias que serão acomodadas sobre os paletes não tem o mesmo tamanho. Há

toda uma técnica de estudos de arranjos físicos para preparar uma carga unitária. Esta técnica

envolve a aplicação de algumas fórmulas algébricas. Não é a única forma de portar materiais

e formar cargas unitárias, existem outros tipos de recipientes. O manuseio correto de peças a

granel demandou recipientes em madeira ou metal, sempre elaborados dentro do conceito

inicial do paletes. Conjuntos montados podem ser dispostos em racks, nas quais os

dispositivos especiais oferecem fácil acomodação ao conjunto.

A paletização vem sendo utilizada em indústrias que exigem manipulação rápida e

estocagem racional de grandes quantidades de carga. As empilhadeiras e paletes já

proporcionaram economias de até 80 por cento do capital despendido com o sistema de

transporte interno (BERTAGLIA, 2003).

A manipulação em lotes de caixas permite que as cargas sejam transportadas e

estocadas como uma só unidade. As principais vantagens são:

� economia de tempo;

� mão-de-obra;

� espaço de armazenagem.

Um sistema de paletização organizado oferece melhor proteção às embalagens. A área

de aplicação dos paletes tem aumentado muito nos últimos anos. Empregados na manipulação

interna de armazéns e depósitos acompanham a carga, da linha de produção à estocagem,

embarque e distribuição. (RODRIGUES, 2001)

A distribuição de carga, sobre o palete, é de grande importância no planejamento de

um sistema de manipulação. É conveniente determinar um arranjo típico para a padronização

Page 122: TCC Wemar bombas

122

das operações. Elementos destinados a trabalhar com os paletes devem ser treinados, a fim de

saberem qual a maneira correta de carregá-los com volumes de determinados tamanhos. O

arranjo mais indicado para determinado tipo depende de:

� tamanho da carga;

� peso do material;

� carga unitária;

� perda do espaço;

� capacidade;

� métodos de amarração.

A utilização de fitas metálicas é a maneira mais segura de prender cargas aos paletes.

A amarração de cargas paletizadas só é necessária quando o palete sofrer muita

movimentação no transporte (RODRIGUES, 2001).

As maneiras mais comuns de estocagem de materiais podem ser assim generalizadas:

� caixas – são adequadas para itens de pequenas dimensões;

� prateleiras – destinando-se a peças maiores ou para o apoio de gavetas ou caixas

padronizadas;

� racks – são construídos especialmente para acomodar peças longas e estreitas, como

tubos, vergalhões, barras, tiras;

� empilhamento – é o arranjo que permite o aproveitamento máximo do espaço

vertical, ou aquela constituída por prateleiras dotadas de seções curtas de transportadores de

roletes ou rodízios em declive da entrada para a saída.

Page 123: TCC Wemar bombas

123

14.4.2 Considerações quanto ao local de estocagem

Algumas considerações devem ser analisadas quanto ao local de estocagem, são elas:

� Corredores: seu número depende da facilidade de acesso desejada. Assim, quando a

quantidade de mercadorias em estoque for elevada, podem ser formadas ilhas com várias

pilhas. Mercadorias sobre prateleiras requerem corredores a cada duas filas.

� Empilhamento: o topo das pilhas de mercadorias deve ficar um metro,

aproximadamente abaixo dos sprinkers contra incêndios.

� Portas: devem permitir a passagem de empilhadeiras carregadas. Têm normalmente

2,4 m de altura e igual largura.

� Piso: devem ser construídos em concreto e suportar o peso dos materiais estocados e

o trânsito das empilhadeiras carregadas.

� Embarque: o local destinado a embarque tem normalmente 1,25 m de altura sobre o

piso, para facilitar as operações. A demora das operações de carga varia com o equipamento

para manuseio.

� Escritórios: algumas empresas possuem instalações centrais onde estão localizados

escritórios, controle, manutenção. Todo armazém tem de estar equipado para combater

incêndios, com extintores, sinal de alarme. Um armazém, dependendo do tipo de mercadorias

estocadas, precisa de ar condicionado, controle de umidade. (RODRIGUES, 2001;

BERTAGLIA, 2003)

14.4.3 Indicadores de desempenho de estoques

Medir o desempenho do estoque é extremamente necessário para a organização, uma

vez que um dos aspectos fundamentais da administração moderna enfatiza a redução dos

estoques. O aumento ou a redução dos níveis de estoques geram forte impacto nas finanças de

qualquer empresa. Observa-se alguns indicadores de desempenho que visam a monitoração

dos estoques.

� Retorno de capital em estoques (RC): a avaliação do retorno de capital investido em

estoques (RC) é baseada no lucro das vendas anuais sobre o capital investido em estoques.

Vai indicar quanto cada unidade monetária investida em capital nos estoques terá de retorno

em lucro da empresa.

Page 124: TCC Wemar bombas

124

Fórmula utilizada: RC = ______Lucro_____ (104)

Capital em estoque

Giro de estoque ou índice de rotatividade (GE): o giro de estoque corresponde ao

número de vezes em que o estoque é consumido totalmente durante um determinado período

(normalmente um ano). Giro de estoque é a relação do custo anual das vendas e o valor médio

em estoque.

Fórmula utilizada: GE = Custo anual das vendas (105)

Valor médio de estoque

O giro de estoque, por ser referenciado no tempo, representa a velocidade com que a

mercadoria em estoque se transforma em venda efetiva no período observado. O período pode

ser diário, semanal, mensal e anual. Quanto maior for o giro de estoque, maior a velocidade e

tanto menor será o capital investido no estoque em função do seu consumo médio

(BERTAGLIA, 2003).

14.5 Equipamentos de estocagem e movimentação interna

Palete é um estrado de madeira, metal ou plástico que é utilizado para movimentação

de cargas, conforme demonstrado na figura 14.3 e 14.4.

A função do palete é a otimização do transporte de cargas, que é conseguido através da

empilhadeira e a paleteira, obtendo com isso vantagens como:

� minimização do custo hora/homem;

� menores custos de manutenção do inventário bem como melhor controle do mesmo;

� rapidez na estocagem e movimentação das cargas.

� racionalização do espaço de armazenagem, com melhor aproveitamento vertical da

área de estocagem;

� diminuição das operações de movimentação;

� redução de acidentes pessoais;

� diminuição de danos aos produtos;

� melhor aproveitamento dos equipamentos de movimentação;

Page 125: TCC Wemar bombas

125

� uniformização do local de estocagem. (FERMAD, 2008)

Figura 14.3– Palete de madeira (REI DO PALETE, 2009)

Figura 14.4 – Caixas-palete metálicas dobráveis (MANUTAN, 2009)

Uma empilhadeira é uma máquina usada principalmente para carregar e descarregar

mercadorias através dos paletes. Existem diversos tipos e modelos. Os mais comuns, em

galpões fechados e barracões, são as empilhadeiras elétricas (Figura 14.5), que possuem

capacidade de carga que vai de 1.000 kg a 2.500 kg. As empilhadeiras a combustão GLP,

diesel, gasolina e álcool são utilizadas mais comumente em pátios, docas, portos, por serem

mais robustas. Além destas características, são disponibilizados também vários acessórios que

Page 126: TCC Wemar bombas

126

podem aumentar a capacidade, autonomia e adequação a trabalhos específicos. (LEMAQUI,

2009)

Figura 14.5 – Empilhadeira (MAXXILOG, 2009)

Paleteira manual também conhecida como transpalete ou carrinho hidráulico é um

equipamento indispensável a qualquer empresa que efetue movimentação de cargas, conforme

a figura 14.6. Especialmente projetada para o manuseio de cargas paletizadas, é destinada ao

transporte e locomoção de cargas postas sobre paletes com agilidade e segurança. Capacidade

de carga para até 2.300 kg com duas opções de rodas que se adaptam aos diferentes tipos de

pisos e aplicações. As rodas de direção dessa paleteira são fabricadas em aço e revestida com

PU ou nylon, ambas de alta resistência, sendo também um pouco mais abertas e mais largas

do que as demais paleteiras, evitando assim alguns acidentes que podem ser causados por

desequilíbrio do equipamento. O sistema de rodas de carga dupla permite que entrem no

palete com maior facilidade e passem por trilhos e canaletas de portas, além de superar

eventuais obstáculos no solo, como lombada ou buracos. O macaco hidráulico robusto e as

chapas de aço de 5mm que constituem a sua carcaça, completam esta paleteira de alta

qualidade e durabilidade. (LEMAQUI, 2009)

Page 127: TCC Wemar bombas

127

Figura 14.6 – Paleteira manual. (MANUTAN, 2009)

A balança rodoviária é projetada e dimensionada em programa de elementos finitos,

que testa e avalia a resistência mecânica dos materiais aplicados, trata-se de uma balança mais

segura e confiável, com baixo custo de manutenção e montagem com economia de ate 40%

no valor da obra civil por ser montada ao nível do solo, mais a vantagem de ser uma

balança transportável de fácil instalação, conforme demonstrada na figura 14.7.

O conjunto de suspensão da balança rodoviária é totalmente isento de articulações

mecânicas, não há desgastes por atrito, sendo a base inferior e o apoio superior das vigas um

só conjunto, acoplando todo sistema de limitadores de oscilações inferiores, superiores,

isoladores, acopladores e célula de carga digital, propiciando uma oscilação suave da

plataforma mesmo com eventuais freadas bruscas em cima da balança.

Figura 14.7– Balança rodoviaria digital (LIDER BALANÇAS, 2009)

Page 128: TCC Wemar bombas

128

14.6 Custo de estoque

Armazenamento de qualquer material gera custos que podem ser agrupados em

diversas modalidades.

� Custos com pessoal: salários, encargos;

� Custos de capital: juros;

� Custos com as instalações físicas: aluguel, impostos, luz;

� Custos de manutenção do estoque: obsolescência, deterioração. (BERTAGLIA, 2003)

14.6.1 Custo da falta de estoque

A falta de estoque, em geral, traz conseqüências econômicas sérias para a empresa e

provoca um impacto externo e interno.

Os impactos externos incluem atrasos de pedidos e perdas de lucros provenientes das

perdas de vendas. Essas perdas podem ainda interferir na reputação da empresa, o que trará

impactos futuros nas vendas. Os principais impactos internos incluem perdas de produção,

reprogramações e atrasos nos atendimentos das datas.

De forma contrária a falta de estoque também gera custos como:

� Mão-de-obra: salários, encargos e benefícios adicionais referentes ao tempo em que a

linha de produção ficou parada;

� Equipamentos: custo do equipamento referente ao tempo em que a produção ficou

parada por falta do item ou pela reprogramação da produção;

� Material: custo adicional do material comprado em outros fornecedores;

� Multas: multas contratuais pagas pelo atraso de fornecimento do produto final da

empresa compradora causados pela falta do material;

� Prejuízos: lucro referente às vendas não-realizadas por cancelamento de pedidos, ou

vendas futuras não realizadas causadas pela falta de material, e conseqüente

impossibilidade de fornecimento dentro dos prazos acordados. (BERTAGLIA, 2003)

Page 129: TCC Wemar bombas

129

14.6.2 Custo da armazenagem e da manutenção do estoque

Corresponde ao custo do espaço físico necessário para armazenar o material, que pode

ser alugado ou próprio. Seus componentes estão associados ao valor operacional do armazém

ou aluguel, recursos utilizados na movimentação e armazenagem, pessoas necessárias, energia

elétrica, ar condicionados, água e outros.

Fatores que compõem o custo de armazenagem:

� Custo das edificações – custo correspondente ao aluguel das edificações que são

destinadas à estocagem, seus impostos e seguros;

� Custo de equipamentos e manutenção – são as despesas mensais para manter os

estoques, incluindo a depreciação dos equipamentos e suas despesas de manutenção;

� Custo de pessoal envolvido – é o custo mensal de toda mão-de-obra envolvida em

atividades de estoques, tais como pessoal de manuseio, de controle e gerenciamento,

inclusive com os encargos trabalhistas;

� Custo de materiais - é o valor real de todos os materiais que estão na empresa.

Quanto maior a armazenagem, maior os custos de capital no investimento em estoque;

a área necessária; o manuseio; o custo da mão-de-obra e dos equipamentos; risco de perda,

obsolescência e furto/roubo. (RODRIGUES, 2001; BERTAGLIA, 2003)

14.7 Logísticas na Wemar bombas

Dentro dos conceitos de logística é possível citar a estocagem, a movimentação interna

e o transporte externo. Fatores responsáveis pelos produtos utilizando, modalidades que ligam

as unidades físicas de produção ou armazenagem até os pontos de compra ou consumo.

14.7.1 Estocagem

A estocagem possui quantidades já definidas no leiaute da fábrica, e será dividida em

três classificações:

� Estoque de matéria-prima: a matéria-prima será direcionada para prateleira com um

sistema de seqüenciamento (primeiro que entra, primeiro que sai), conforme a figura

Page 130: TCC Wemar bombas

130

14.8. Sua localização será de forma que facilite a alimentação do processo produtivo

(conforme leiaute).

Figura 14.8 – Prateleira (CROMEX, 2009)

� Estoque intermediário: será direcionado para prateleira com divisórias, conforme a

figura 14.9. Sua localização será de forma que facilite a alimentação do processo

produtivo (conforme leiaute).

Figura 14.9 – Prateleira com divisórias (MANUTAN, 2009)

� Estoque produto acabado: o produto acabado será direcionado para prateleira na área

de expedição (conforme leiaute), sua localização será de forma que facilite o

carregamento.

Page 131: TCC Wemar bombas

131

14.8.2 Movimentação interna

Os equipamentos para movimentação interna foram escolhidos e dimensionados

considerando tanto as necessidades da operação quanto as normas regulamentadoras

pertinentes ao assunto NR 11 e NR 12. Abaixo seguem os descritivos dos principais

equipamentos:

� Serão utilizadas duas empilhadeiras elétricas com capacidade de carga de 1500 kg,

sendo que cada palete contém 1000 kg de matéria-prima e os insumos tem peso

inferior a capacidade nominal da empilhadeira para o transporte dos materiais de

forma prática e segura. Uma será utilizada para descarregar matéria prima no

recebimento e abastecer a produção e a outra para movimentação dos demais

componentes e carregamento dos produtos acabados na expedição;

� Serão utilizadas duas paleteiras manuais com capacidade de carga de 2.500 kg para

movimentações internas e estocagem de materiais;

� Transportador mecânico de roletes livres: serão utilizados aproximadamente 29 metros

de esteiras de roletes livres, interligando um equipamento ao outro para transportar as

carcaças e os rotores a partir da primeira operação (injeção) até os processo de

montagem da bomba.

14.8.3 Transporte externo na Wemar bombas

A Wemar bombas utilizará o transporte rodoviário, haja vista que seu principal cliente

está localizado na região central e seu fornecedor conta com uma unidade distribuidora

localizada na grande São Paulo a 15 km de distância da capital.

O sistema de estoques irá operar da seguinte maneira:

� Matéria prima: as entregas serão realizadas semanalmente, utilizando transporte do

fornecedor, composto por um caminhão de pequeno porte. Serão entregues nas três primeiras

semanas 7 paletes, contendo 40 sacos em cada palete e na última semana 6 paletes, contendo

40 sacos em cada palete, onde cada saco terá 25 kg, conforme figura 14.10. Totalizando

24275 kg no final do mês.

Page 132: TCC Wemar bombas

132

Figura 14.10 – Palete (CROMEX, 2009)

� Produto acabado: os mesmos serão despachados em entregas diárias compostas por

20 cargas totalizando 140000 unidades de bombas por mês. Cada carga será composta de 20

paletes, onde cada palete terá 350 unidades de bombas totalizando 7000 unidades de bombas

por carga, conforme figuras 14.11 e 14.12. Cada palete carregado pesa 260 kg e a carga total a

ser transportada será de 5200 kg. Recomenda-se a carga em caminhão truck tipo Sider, que

possibilita a melhor otimização, segurança e preservação do transporte (Figura 14.13).

Figura 14. 11 – Desenho padrão montagem dos paletes

Page 133: TCC Wemar bombas

133

Figura 14.12 – Palete montado

Figura 14. 13 – Carreta tipo Sider. (CARBUSEQUIPAMENTO, 2009)

A distribuição das cargas será feita conforme no caminhão tipo Sider, conforme figura

14.14, com dimensões de:

� Largura = 2,60 m;

� Comprimento = 5,10 m;

� Altura = 3,20 m;

� Carga = 12000 kg.

Page 134: TCC Wemar bombas

134

Na figura 14.14, tem-se as vistas lateral e traseira do acondicionamento da carga no

caminhão truck tipo Sider.

Figura 14. 14 – Distribuição da carga (vista lateral e traseira)

Page 135: TCC Wemar bombas

135

15 MANUTENÇÃO

Manutenção é o ramo da engenharia que visa manter, por longos períodos, os ativos

fixos da empresa em condições de atender plenamente a suas finalidades funcionais, ou seja,

um ramo voltado para a preservação de máquinas, equipamentos, instalações gerais e

edificações, procurando manter de cada um o maior tempo de vida útil possível e eliminar

paralisações quando estiverem sendo chamados a operar.

Em um cenário atual de uma economia globalizada e altamente competitiva, onde as

mudanças se sucedem em alta velocidade, a manutenção, uma das atividades fundamentais do

processo produtivo, precisa ser um agente proativo. Neste cenário não existem espaços para

improvisos e arranjos. Na Wemar bombas competência, criatividade, flexibilidade,

velocidade, cultura de mudança e trabalho em equipe são as características básicas para ser

competitiva. (KARDEC et. al., 2002)

O conceito de manutenção há pouco tempo atrás predominante, era de que a missão da

manutenção era a de restabelecer as condições originais dos equipamentos/sistemas, já o

conceito moderno é de que a missão da manutenção seja a de garantir a disponibilidade da

função dos equipamentos e instalações de modo a atender a um processo de produção ou de

serviço, com confiabilidade, segurança e preservação do meio ambiente e custos adequados.

(KARDEC et. al., 2002)

15.1 Objetivos da manutenção

A manutenção tem como objetivo principal acompanhar o desempenho elétrico e

mecânico dos equipamentos envolvidos na produção, maximizando o tempo de vida útil e

diminuindo o tempo de reparo por ocasião da produção, elaborando controles que registrem

anormalidades e ocorrências com a máquina, visando identificar os tipos e freqüência dos

problemas mais comuns, possibilitando assim um reparo em tempo hábil, efetuando

lubrificações, consertos e reformas. Selecionar os insumos adequados através de uma

abordagem técnica, como óleo, graxas e rolamentos, são também funções que a manutenção

desenvolve.

Page 136: TCC Wemar bombas

136

15.2 Tipos de manutenção

Existem dois tipos de manutenção: centralizada e descentralizada. Dentro desses tipos

de manutenções há uma divisão de serviços, são esses: manutenção corretiva, manutenção

preventiva, manutenção preditiva e a manutenção produtiva total (TPM).

Visando aperfeiçoar a realização dos serviços, criam-se subserviços no departamento

de manutenção:

� Mecânica;

� Elétrica;

� Serviços gerais. (PROFISSIONALIZANDO, 2009)

15.2.1 Manutenção centralizada

Em uma manutenção centralizada, todas as operações são planejadas e dirigidas por

um departamento único. As oficinas, tanto mecânica, elétrica, quanto serviços gerais são

também centralizados e atendem todos os setores ou unidades de operação.

Setores como projetos, orçamentos, custos e planejamento fazem parte do

departamento, que usualmente é dirigido por um gerente em posição hierárquica igual ao

gerente de produção. Havendo uma boa coordenação de pessoal, esse tipo de manutenção

pode reduzir os custos, graças ao melhor aproveitamento dos serviços centralizados.

Há vantagens e desvantagens na aplicação de um departamento de manutenção

centralizado.

Vantagens:

� Uniformiza rotinas;

� Garante um melhor aproveitamento de pessoal;

� Reduz custos.

Desvantagem:

� Entrosamento com produção não tão bom quanto o esperado, podendo acarretar em

discordância sobre liberação dos equipamentos para a realização de manutenção.

Em pequenas e médias empresas, é usual a manutenção centralizada, pois é às vezes

justificável e mesmo desejável que a manutenção dependa da produção. Um chefe de

Page 137: TCC Wemar bombas

137

produção, além de conhecer todos os problemas da linha, deve possuir também profundo

conhecimento técnico dos equipamentos que dispõe, portanto é possível combinar a

capacidade organizadora de um chefe ou supervisor de linha com os requisitos de

manutenção.

15.2.2 Manutenção descentralizada

Também denominada manutenção por áreas, faz-se a divisão da fábrica em áreas ou

setores, cada um dos quais fica sob os cuidados de um grupo de manutenção. As decisões

quanto à parada de máquinas por longos períodos, deve ser tomada pelo nível mais alto de

hierarquia da fábrica, pois há sempre uma tendência de se minimizar as paradas de produção

para se efetuar um reparo.

Possui as seguintes características:

� A localização física da manutenção faz-se junto a cada unidade, assim como o estoque

de peças de reposição;

� A manutenção da área recorre ao próprio pessoal de produção em caso de necessidade;

� O superintendente de cada área é responsável pelas decisões relativas a manutenção,

inclusive a determinação da prioridade de execução;

� O trabalho a ser executado nas próprias oficinas de manutenção da unidade possui

limitações e, portanto, determinados serviços terão de ser terceirizados.

De um modo geral a manutenção descentralizada, por áreas, requer um número maior

de funcionários do que para uma manutenção centralizada.

Os quatro tipos de serviços de manutenção, já citados anteriormente, são:

� Manutenção corretiva:

� Manutenção preventiva;

� Manutenção preditiva;

� Manutenção produtiva total (TPM). (PROFISSIONALIZANDO, 2009)

Page 138: TCC Wemar bombas

138

15.2.3 Manutenção corretiva

É uma técnica de gerência reativa, pois trabalha em cima da falha da máquina ou

equipamento, antes que seja tomada qualquer ação de manutenção. Não são raras as empresas

que usam essa gerência por manutenção corretiva, mesmo executando lubrificações e

pequenos ajustes da máquina em um ambiente propício à manutenção corretiva.

Existem algumas desvantagens na manutenção corretiva:

� Alto custo de estoque de peças sobressalentes;

� Alto custo de trabalho extra;

� Baixa disponibilidade de produção. (ABRAMAN, 2009)

Para que não ocorra um alto custo de peças em estoque, faz-se necessário um bom

desempenho da cadeia de suprimentos junto a fornecedores, que possam oferecer entrega

imediata das peças, sem custos extras.

Para a execução desse tipo de manutenção, a Wemar bombas estará contando com um

mecânico e um eletricista por turno, sendo que a mesma irá operar sua linha de produção em

dois turnos de 8 horas cada.

15.2.4 Manutenção preventiva

Consiste em executar uma série de trabalhos, como trocar peças e óleo, engraxar,

limpar, à partir de uma data programada antecipadamente. Normalmente os manuais de

instalação e operação que acompanham os equipamentos fornecem as instruções sobre a

manutenção preventiva, indicando a periodicidade com que determinados trabalhos devem ser

feitos. Só as empresas maiores e mais organizadas e conscientes dispõem de equipes próprias

ou terceirizadas para os serviços de manutenção preventiva (MARTINS & LAUGENI, 2003).

No caso da Wemar bombas, a manutenção preventiva será realizada pelo pessoal de

manutenção que trabalhará em dois turnos, das 6h às 14h e das 14h às 22h, assim podendo

terminar a manutenção e realizar os testes necessários. Vale frisar que este período de 16

horas não será consumido no total, podendo a equipe terminar em um intervalo de tempo mais

curto, conforme a necessidade de manutenção e também a necessidade de produção.

Page 139: TCC Wemar bombas

139

15.2.5 Manutenção preditiva

A manutenção preditiva é aquela que indica a necessidade de intervenção com base no

estado do equipamento, e sua avaliação se dá através de medição, acompanhamento ou

monitoração de parâmetros. É realizada a qualquer tempo, visando corrigir uma fragilidade

percebida antecipadamente à ocorrência de um problema. (KARDEC et. al., 2002)

Difere da manutenção preventiva por se realizar em virtude da constatação de uma

tendência. A manutenção preventiva, por exemplo, ocorre a intervalos regulares,

independente do desempenho do equipamento ou mecanismo, de acordo com um

planejamento. Esta técnica, além de equipamentos específicos, requer mão-de-obra

qualificada. Comparando com a manutenção preventiva pode representar um valor maior

nestes dois itens acima, porém em relação a peças e componentes há o diferencial da

utilização até o limite máximo, sem que ocorra a substituição de peças que ainda possuam

condições de operação (SLACK, 1997).

15.2.6 Manutenção produtiva total (TPM)

A TPM se propõe a melhorar o ambiente de trabalho, transformando as instalações

normalmente impregnadas de poeira, óleo lubrificante e graxa, com objetos em desordem

visível e, em muitos dos casos, desnecessários e inadequados ao processo de trabalho, em um

ambiente agradável e seguro. A elevação do nível de conhecimento, bem como a elevação da

capacidade dos trabalhadores de operação e manutenção se iniciam à medida que as

atividades de TPM vão se realizando, movimentando os empregados e tornando-os

responsáveis por pequenas melhorias em seu setor de trabalho, executando pequenas

manutenções e mantendo seu setor em ordem. (TAKAHASHI et. al., 1993)

15.3 Gestão estratégica da manutenção

A manutenção, para ser estratégica, precisa estar voltada para os resultados

empresariais da organização. É preciso deixar de ser apenas eficiente para se tornar eficaz, ou

seja, não basta apenas reparar o equipamento ou instalação tão rápido quanto possível, mas é

preciso, manter a função do equipamento disponível para a operação, reduzindo a

probabilidade de uma parada de produção ou o não fornecimento de um serviço. (KARDEC

et. al., 2002)

Page 140: TCC Wemar bombas

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Para que a função manutenção tenha uma ação estratégica é necessário que se tenha

um processo de gestão estratégico que contemple as seguintes etapas:

� Política e diretrizes;

� Situação atual – diagnósticos;

� Situação futura – metas estratégicas;

� Caminhos estratégicos ou melhores práticas;

� Indicadores;

� Plano de ação.

Planejamento é um princípio administrativo essencial ao controle da manutenção, sua

sistemática pode ser abordada da seguinte maneira:

� Listar todos os serviços a serem feitos;

� Estabelecer uma ordem de prioridade na execução;

� Quantificar material, mão-de-obra, equipamentos e serviços necessários;

� Determinar prazo de execução de serviço;

� Efetuar orçamento;

� Estabelecer datas para início e conclusão e cada etapa;

� Emitir ordem de serviço (OS);

� Acompanhar custos de cada OS;

� Controlar execução, checando com o planejamento. (KARDEC et. al., 2002)

15.4 Manutenção na Wemar bombas

O tipo de manutenção usada na Wemar bombas será a manutenção centralizada,

devido suas enormes vantagens em redução de custos, melhor aproveitamento da mão-de-obra

e uma rotina mais uniforme de manutenções. Também será executada a manutenção corretiva

e preventiva nos equipamentos.

Após leitura do horímetro do equipamento, são realizadas algumas manutenções

preventivas, com o intuito de se diminuir o desgaste das peças de cada equipamento.

Conforme tabela 15.1, verificam-se alguns itens a serem inspecionados no período de horas

definido.

Page 141: TCC Wemar bombas

141

Tabela 15.1 – Lista de verificações preventiva

O plano de manutenção preventiva da empresa estabelece a sistemática para atividades

da manutenção preventivas dos equipamentos e instalações industriais, sendo sua abrangência

todos os equipamentos que são considerados críticos.

A qualquer momento um equipamento ou uma instalação pode apresentar problemas

imprevisíveis, para tanto a Wemar bombas se propõe a trabalhar com manutenção corretiva, a

fim de diminuir o impacto de tempo perdido para produção. Ao ser constatado um defeito, o

trabalhador de produção, ou líder de produção, emite uma ordem de serviço (O.S) através de

formulário, ou via correio eletrônico para o setor de manutenção e este analisará o problema.

Na tabela 15.2 tem-se um exemplo de uma ordem de serviço (O.S).

Tabela 15.2 – Ordem de serviço (O.S)

WEMAR BOMBAS Ordem de serviço (O.S)

Nº 000001-A

Data:__/__/__

hora:

Itens para checagem Defeito Ação

Abertura do molde

Sensores das tampas

Temperatura da água

Temperatura do óleo

Mangueiras

Guias do molde

250 h 500 h 750 h0 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 0

DESCRIÇÃO OBSERVAÇÕES

Wemar bombas Ltda.EQUPAMENTO Injetora Dr. Boy PROGRAMAÇÃO

Barramento guia do cabeçoteNível de óleo do hidráulico (Omala 68)Pressão do hidráulicoTemperatura da água de refrigeração do canhãoTemperatura da água de refrigeração do cabeçoteSistema de proteçãoCorrente (A) em trabalhoCorrente (A) em alivioVerificar as mangueirasVerificar vazamentosVerificar polimento do moldeVerficar os sensores de segurançaInspecionar distribuidor de graxa (Alvania R2)Verificar ruído do rolamento do motor principalVerificar aquecimento do motor

Ajustar aperto do molde

Verificar proteçõesReaperto geral dos parafusosRelubrificar guias

Page 142: TCC Wemar bombas

142

16 VIABILIDADE

A análise de investimentos consiste em coletar as informações e aplicar técnicas de

engenharia econômica, considerando as taxas de desconto, os prazos e os valores previstos em

um fluxo de caixa. A análise de viabilidade está relacionada especificamente ao estudo de um

novo produto. Versa sobre a comparação entre as receitas e as despesas do produto

considerando o tempo decorrido. Se os resultados apontam benefícios, o processo pode

prosseguir; caso contrário, o projeto deve ser ajustado ou até abandonado.

16.1 Viabilidades econômicas

Parte-se do pressuposto de que a viabilização de qualquer negócio começa sempre

pelo aspecto econômico. Dentre as várias oportunidades, existe sempre a possibilidade de se

identificar a mais atraente para escolher a melhor, um produto pelo qual se possa cobrar um

bom preço, receber rápido e que custe pouco. Tudo dentro de estimativas realistas de venda e

levantamento de custos confiáveis. Em outras palavras, busca-se inicialmente o lucro, o

benefício projetado para o futuro e alguma garantia de que ele será realmente obtido. O preço

deverá ser maior do que o custo, e as receitas, ou entradas, deverão ser maiores que os gastos,

ou saídas.

Resumindo, quando a decisão de investir está baseada apenas na análise comparativa

da quantidade de recursos entrantes e de saídas referentes ao custeio do empreendimento,

resultando em um lucro, trata-se de viabilização econômica. (SILVA, 2006)

16.2 Viabilidades financeiras

A grande maioria dos negócios exige o investimento de capital. Embora o preço seja,

superior aos custos, a receita entra no caixa bem depois da necessidade de pagamentos de

despesas. Contratos de prestação de serviços para a construção do galpão, compras de

equipamentos, ferramentas e matéria prima quase sempre exigem que se coloque

antecipadamente uma quantidade de recursos para alavancar a produção. Em suma, quando a

decisão de investir está baseada na disponibilização de recursos, com objetivo de se obter o

equilíbrio das entradas e saídas, levando-se em conta os saldos a cada momento (fluxo de

caixa), trata-se de viabilização financeira. (SILVA, 2006)

Page 143: TCC Wemar bombas

143

Portanto, o estudo de viabilidade econômico-financeira é tal que pretende caracterizar

um produto que proporcione um lucro aos investidores ao final do negócio, bem como ser

capaz de evitar saldos negativos proporcionando, conseqüentemente, um fluxo de caixa

positivo em qualquer momento.

Entretanto, não deve uma análise prévia de viabilidade, se restringir a uma análise

econômico-financeira, pois esta não leva em consideração fatores não quantificáveis que

influenciam na qualidade dos indicadores do resultado final do negócio.

16.3 Princípios de análise e indicadores da qualidade

Para que o estudo de viabilidade se aproxime da realidade, deve-se partir de um bom

cenário, dispor de um bom modelo matemático para simulação, conhecer os indicadores de

qualidade fornecidos pelo modelo de cálculo e saber interpretar os indicadores, estabelecendo

critérios particulares de decisão. (SILVA, 2006)

As características do mercado tornam muito difícil no processo de decisão de

investimento ou lançamento de novos produtos. Principalmente na análise de viabilidade, na

qual, muitas vezes, esta decisão é tomada pelo empresário de forma intuitiva, de acordo com

sua experiência e sua percepção das condições momentâneas do mercado, sem ter como base

uma análise criteriosa, embasada em dados. (GONZÁLEZ, 1999)

Visto que é grande a quantidade de fatores intervenientes e que é longo o período que

decorre entre o momento da decisão e a conclusão do produto, torna-se necessário analisar

objetivamente a viabilidade econômica e financeira do mesmo, empregando as técnicas gerais

de engenharia econômica, acrescidas das peculiaridades relativas ao mercado. No processo

decisório é importante levar em consideração a diferença entre a disponibilidade de capital no

presente e no futuro. Isto decorre da existência de incertezas e da necessidade de remunerar o

capital, através de uma taxa de juros. O dinheiro é um recurso escasso, existindo um preço,

que são os juros pagos pelo direito de uso deste bem. Como, no Brasil, as taxas de juros são

extremamente elevadas, podendo-se afirmar serem proibitivas para empresas, faz-se

necessário um controle rígido dos períodos de fluxo de caixa negativos, que, gerando juros,

corroem o lucro almejado.

Na prática, os parâmetros da análise sofrem ainda por influência de variáveis

monitoráveis e não monitoráveis. As variáveis monitoráveis são aquelas que o empreendedor

pode exercer algum tipo de controle ou pode alterá-las de alguma forma. As variáveis não

monitoráveis são as que fogem totalmente do raio de ação do empreendedor, sendo impostas

Page 144: TCC Wemar bombas

144

pelo mercado. Pode-se citar como variáveis monitoráveis, os custos de produção, o

cronograma físico, o cronograma de desembolso da produção, as taxas de BDI (Bônus e

Despesas Indiretas) e a remuneração dos serviços; quanto às variáveis não monitoráveis,

encontram-se, dentre outras, a expectativa de inflação e dos juros da economia, a variação no

valor dos produtos e a velocidade de vendas.

As técnicas mais comuns para a tarefa de análise econômica e financeira são a taxa

interna de retorno (TIR) e o valor presente líquido (VPL). Emprega-se também o custo

periódico (CP), período de retorno do investimento (PR) e o índice de lucratividade (IL).

Geralmente, a análise busca identificar o lucro ou se a taxa de retorno é maior do que a taxa

de atratividade.

Decidir é escolher entre alternativas disponíveis, após uma análise baseada nos

critérios da engenharia econômica. Caso haja apenas um investimento em estudo, seu

rendimento deverá ser comparado ao rendimento de aplicações financeiras correntes no

mercado, disponíveis ao investidor para o mesmo volume de recursos. As taxas destas

aplicações serão os parâmetros de comparação, definindo a taxa mínima de atratividade deste

investimento.

É sempre importante trabalhar com técnicas que considerem o momento em que

ocorrem as despesas e receitas, através de um fluxo de caixa descontado, o que não

incrementa significativamente a dificuldade de análise. A seguir são revisados conceitos sobre

as técnicas empregadas na análise financeira de investimentos. Para incorporar o custo-tempo

do dinheiro, torna-se fundamental determinar uma taxa de desconto adequada. Esta é a

primeira questão.

16.4 Fluxo de caixa

Fluxo de caixa é a apreciação das contribuições monetárias (entradas e saídas de

dinheiro) ao longo do tempo a uma caixa simbólica já construída. Pode ser representada de

uma forma analítica ou gráfica.

O fluxo de caixa de uma empresa, por ser complexo, exige a montagem de uma

matriz, que relacione as transações financeiras com os períodos em que foram efetuadas,

podendo ser chamada de matriz do fluxo de caixa.

O diagrama de fluxo de caixa é uma representação dos fluxos de dinheiro ao longo do

tempo. Graficamente, emprega-se uma linha horizontal representando o tempo, com vetores

identificando os movimentos monetários, adotando-se convenções cartesianas: fluxos

Page 145: TCC Wemar bombas

145

positivos para cima e negativos para baixo. São considerados fluxos positivos os dividendos,

as receitas ou economias realizadas; são considerados fluxos negativos as despesas em geral,

a aplicação de dinheiro, o custo de aplicações ou as parcelas que foram deixadas de receber.

Fluxos de caixa são construídos para dar apoio a decisões empresariais, estudar

aplicações de resíduos de caixa de permanência temporária e servir de base para a obtenção

dos indicadores necessários para a análise financeira. No caso do caixa da empresa, pode-se

mencionar os seguintes indicadores, entre outros:

• Exposição máxima (mês onde se verifica o maior saldo positivo);

• Prazo de retorno e

• Taxa de retorno.

Com a ajuda do fluxo de caixa, pode-se determinar o momento em que a incorporação

requisitará o ingresso de recursos de financiamento ou investimento, e ainda, determinar o

momento que parte do faturamento poderá ser transferido para o retorno.

16.4.1 Taxa de desconto do fluxo de caixa

O capital equivalente a um real aplicado durante t anos a uma taxa de juros de k%

a.a equivale a (1+k)t ao final de t anos. Para se dispor de um real ao cabo de t anos seria

suficiente aplicar hoje, a uma taxa de juros k, o valor de 1/(1+k)t. Ou seja, 1/(1+k)t é o valor

presente de um real a ser recebido dentro de t anos. Assim, um projeto será dito rentável se o

total das entradas de caixa trazidas ao presente, a uma taxa k, tiver um valor superior ao total

das saídas de caixa do projeto, também trazidas ao presente à mesma taxa k. (GALESNE et

al., 1999).

Convém discutir a taxa a ser utilizada para descontar os fluxos de caixa de um projeto,

antes de se passar à descrição destes critérios de análise. Para a avaliação um projeto de

investimento, a taxa de desconto k será a taxa mínima de rentabilidade exigida do projeto,

também chamada taxa mínima de atratividade (TMA). Esta taxa representa o custo de

oportunidade do capital investido ou uma taxa definida pela empresa em função de sua

política de investimentos. Para a análise desenvolvida neste trabalho, será considerada a taxa

de desconto k como a taxa mínima de rentabilidade que a empresa exige de seus projetos de

investimentos, ou simplesmente taxa mínima de atratividade. Em última análise, a taxa de

Page 146: TCC Wemar bombas

146

desconto k tem a finalidade de tornar os valores dos fluxos de caixa equivalentes aos valores

presentes. (GALESNE et al, 1999)

A taxa de desconto, referida como taxa mínima de atratividade, é também tratada

como custo de capital, ou como custo de oportunidade. Estes termos, contudo, não são

sinônimos e, de outra parte, o valor assumido para cada taxa depende do porte da empresa e

da conjuntura momentânea da economia. Pode-se discriminar essas taxas em:

• Custo de oportunidade do capital de terceiros (ka) – é a taxa de captação dos recursos

no mercado, seja através de instituições financeiras ou investidores privados;

• Custo de oportunidade de capital próprio (ke) – é o custo de uso do capital próprio da

empresa. Representa as oportunidades de uso de capital perdidas quando é decidida

determinada alocação de recursos;

• Taxa de reinvestimento (RS) – é a taxa de aplicações futuras dos fluxos de caixa

positivos gerados pela empresa. Não deve ser tomada como o custo do capital próprio (ke),

porque os fluxos positivos nem sempre podem ser aplicados a esta taxa, por questões de prazo

e volume de recursos. Deve ser ligada à taxa efetiva de reaplicação dos fluxos futuros, nas

aplicações em que dispõe;

• Taxa mínima de atratividade (TMA) – do ponto de vista teórico, a taxa de desconto

deveria ser igual ao custo de oportunidade do capital próprio (k=ke). Porém, pode ser

substituída por uma taxa politicamente definida pelo decisor, em função da política de

investimento da empresa (k=TMA). A taxa de atratividade representa a rentabilidade mínima

exigida pelo investidor, ou seja, sua motivação para investir. Como não tem sentido que a

TMA seja inferior ao custo de oportunidade do capital próprio, geralmente adota-se TMA ≥

ke, pois a empresa desejará obter mais do empreendimento do que obteria em uma alternativa

de investimento comparável e segura, devendo ainda incluir uma parcela de risco.

Assim, a taxa k de desconto poderá assumir um dos valores acima, conforme as

premissas e o enfoque da análise.

16.4.2 Critério do valor presente líquido (VPL)

O VPL de um projeto de investimento é igual à diferença entre o saldo dos valores

presentes das entradas e saídas líquidas de caixa associadas ao projeto e ao investimento

inicial necessário, com o desconto dos fluxos de caixa feito a uma taxa k definida pela

empresa (TMA). Todo projeto de investimento que tiver um VPL positivo será rentável; para

Page 147: TCC Wemar bombas

147

um projeto analisado, havendo mais de uma variante rentável, o de maior VPL será o mais

lucrativo. É o valor presente dos retornos diminuídos dos investimentos, descontados até a

data da análise pela taxa de juros do custo do capital. (GALESNE et al., 1999)

16.4.3 Critério do índice de lucratividade (IL)

Este critério consiste em estabelecer a razão entre o saldo dos valores presentes das

entradas e saídas líquidas de caixa do projeto e o investimento inicial. Neste critério também,

os cálculos são efetuados com base na taxa mínima de atratividade (k) da empresa. Este índice

informa a percentagem de quanto se está ganhando, além do custo do capital, em relação ao

valor presente do investimento. (GALESNE et al., 1999)

16.4.4 Critério da taxa interna de retorno (TIR)

Por definição, a taxa que anula o valor presente líquido do empreendimento é chamada

de taxa interna de retorno (TIR). É uma taxa média de desconto do fluxo de caixa, ou, em

outras palavras, é a taxa que torna o valor presente dos fluxos de caixa igual ao investimento

inicial. É a mínima taxa de retorno que garante a recuperação da quantidade investida

(GONZALEZ, 1999). Todo projeto cuja taxa de retorno seja superior à taxa mínima de

rentabilidade que o dirigente da empresa exige para seus investimentos, o negócio é

interessante. (GALESNE et al., 1999)

16.4.5 Critério do período de retorno do investimento (TR)

Consiste na análise do período necessário para se obter o retorno do investimento

inicial sem considerar nenhum tipo de juros. O que é falho neste critério é que ele é utilizado

como um critério de rentabilidade de projetos, quando, na verdade, ele se caracteriza mais

como uma medida da liquidez do capital investido no projeto. O uso deste critério pode ser

justificado quando empregado em conjunto com os critérios baseados nos fluxos de caixa

descontados, jamais como critério principal.

Page 148: TCC Wemar bombas

148

16.4.6 Aplicação da teoria da engenharia econômica aos estudos de viabilidade

Raros são os estudos especificamente direcionados à aplicação das técnicas

apresentadas acima na avaliação de empresas.

As técnicas atualmente em uso para avaliação prévia utilizam formatos mais simples,

baseando-se exclusivamente no comparativo entre custos e receitas totais. Como o tempo é

elemento significativo e a incidência de custos e receitas ocorrem em diferentes momentos, é

importante descontar (ou capitalizar) tais ocorrências para uma data única, usualmente a data

do estudo de viabilidade. Para tanto, identifica-se a taxa de atratividade e/ou custos

financeiros incidentes, para a aplicação dos métodos disponíveis, através da engenharia

econômica. (BALARINE, 1997)

16.5 Custos

A contabilidade de custos nasceu da contabilidade financeira, quando da necessidade

de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era do

mercantilismo. Seus princípios derivam dessa finalidade primeira e, por isso nem sempre

conseguem atender completamente a suas outras duas mais recentes e provavelmente mais

importantes tarefas: controle e decisão. Esses novos campos deram nova vida a essa área que,

por sua vez, apesar de já ter criado técnicas e métodos específicos para tal missão, não

conseguiu ainda explorar todo o seu potencial; não conseguiu, talvez, sequer mostrar a seus

profissionais e usuários que possui três facetas distintas que precisam ser trabalhadas

diferentemente, apesar de não serem incompatíveis entre si. (MARTINS, 2003)

Contabilidade de custos é a área da contabilidade que trata dos gastos incorridos na

produção de bens ou serviços.

A contabilidade de custos pode ser dividida em contabilidade de serviços e

contabilidade industrial. Como a contabilidade de serviços é pouco usada e aplicada no Brasil,

é comum o uso da expressão contabilidade de custos no sentido de referir-se a atividade

industrial. (MARTINS, 2003)

Parte significativa das informações produzidas pela contabilidade de custos, não se

destina ao público externo, pois são informações de cunho gerencial, ou seja, elaboradas para

a escolha certa na tomada de decisão. Nesse sentido, uma das finalidades da contabilidade de

custos é auxiliar os gestores da empresa em suas tomadas de decisão através de informações

Page 149: TCC Wemar bombas

149

fornecidas pela contabilidade de custos que além da tomada de decisão, também auxiliará no

planejamento e controle. (FERREIRA, 2007)

16.5.1 Aplicabilidade de custos na atividade industrial

A contabilidade de custos controla os estoques de matérias-primas, as embalagens e

demais materiais utilizados na produção, os custos indiretos de fabricação, os estoques de

produto em elaboração e de produtos acabados e os custos dos produtos vendidos CPV.

Uma companhia industrial pode ter diversos departamentos: administrativo, de vendas,

financeiro, de produção. A contabilidade de custos é destinada exclusivamente ao

departamento de produção. Em sentido estrito, são custos apenas os gastos incorridos na

fabricação dos produtos. Assim os salários do departamento de vendas são despesas

operacionais, ao contrário dos salários do departamento de produção, que representam custos.

A depreciação do maquinário fabril representa custos, a depreciação da frota de veículos da

administração, despesa. (FERREIRA, 2007)

16.5.2 Classificação dos custos

Custos diretos: são os custos que podem ser apropriados diretamente a cada produto

fabricado, sem necessidades de rateios, ou seja, são identificados claramente ao produto que

dizem respeito. (FERREIRA, 2007) Exemplos:

• matéria-prima;

• embalagem;

• mão-de-obra (desde que tenha sido computado o tempo que cada operário trabalhou

diretamente na confecção daquele produto).

Custos indiretos: são aqueles que realmente não oferecem condição de medida objetiva

e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes

arbitrária. (MARTINS, 2003) Exemplos:

• aluguel da fábrica;

• imposto Predial da Fábrica;

• seguro da fábrica;

• manutenção da fábrica;

• mão-de-obra indireta (vigias, pessoal da faxina, supervisão).

Page 150: TCC Wemar bombas

150

• energia elétrica.

16.5.3 Custos fixos

São os custos incorridos para se fabricar o produto (bem ou serviço), que não têm

relação com a quantidade produzida, ou seja, seu valor não varia mesmo que se produza mais

ou menos bens ou serviços. (MARTINS, 2003) Exemplos:

• seguro;

• aluguel da fábrica;

• imposto predial da fábrica;

• tarifas de água / telefones / energia elétrica.

A tabela 16.1 demonstra os custos fixos da Wemar bombas para a produção da

demanda de 140.000 bombas/mês.

Tabela 16. 1 - Custos fixos

CUSTOS FIXOS

Custos Valor (R$) Depreciação R$ 69.250,30

IPTU R$ 6.868,67 Água R$ 2.042,00

Energia Elétrica R$ 20.200,90 Telefone R$ 5.000,00

Mão-de-Obra R$ 106.636,20 Seguro R$ 45.000,00

Custo Total R$ 254.998,07

16.5.4 Custos variáveis

São custos que variam conforme a produção. Uma maior quantidade produzida

implica em maiores custos, assim como uma menor quantidade produzida implica em uma

redução dos custos. (MARTINS, 2000) Exemplos:

• matéria-prima;

• embalagem;

• impostos diretos de venda (ICMS/ PIS/ COFINS / IPI).

Page 151: TCC Wemar bombas

151

Tabela 16. 2 - Custos variáveis

CUSTOS VARIÁVEIS

Custos Valor (R$) Matéria-Prima R$ 3.997.675,50

Frete R$ 56.470,40 Embalagem e insumos R$ 26.057,50

ICMS R$ 1.270.584,00 IPI R$ 352.940,00

PIS / COFINS R$ 652.939,00

Total R$ 6.356.666,40

Os custos variáveis são determinados conforme a demanda, os valores apresentado

na tabela 16.2 são para uma demanda de 140.000 bombas/mês.

16.5.5 Sistemas de custos

Existem atualmente diversas formas de apurar os custos dentro de uma organização

fabril, existe o RKW (do alemão, Reichskuratorium Fur Wirtschaftlichtkeit) que apropria as

despesas aos produtos, o custeio variável ou direto que considera apenas os custos diretos e

indiretos e transfere os custos fixos para o resultado do período como se fossem despesas, o

custeio baseado na atividade (ABC – Activity-Based Costing) que apropria os custos de

acordo com as atividades desenvolvidas em cada departamento e por fim o custeio por

absorção.

16.6 Custos na Wemar bombas

O sistema de custos adotado na Wemar bombas será o sistema de custos por absorção

que está de acordo com os princípios contábeis e a legislação do imposto de renda.

16.6.1 Custeio por absorção

Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade

geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consistem na apropriação de

todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos

relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.

Page 152: TCC Wemar bombas

152

(MARTINS, 2003)

Não é um princípio contábil propriamente dito, mas uma metodologia decorrente

deles, nascida com a própria contabilidade de custos. Outros critérios diferentes têm surgido

através do tempo, mas este é ainda o adotado pela contabilidade financeira; portanto, válido

tanto para fins de balanço patrimonial e demonstração de resultados como também, na

maioria dos países, para balanço e lucro fiscais. (MARTINS, 2003)

Também o imposto de renda costumeiramente o usa: no Brasil é utilizado

obrigatoriamente, com pequenas exceções. Houve e ainda há em nossa legislação fiscal

algumas pequenas variações optativas, como, por exemplo, na depreciação. No custeio por

absorção, a depreciação dos equipamentos e outros imobilizados amortizáveis utilizados na

produção devem ser distribuídos aos produtos elaborados; portanto, vai para o ativo na forma

de produtos, e só vira despesa quando da venda dos bens. (Nossa legislação de imposto de

renda vinha admitindo que ela fosse separada dos custos de produção e tratada diretamente

como despesa, podendo ser descarregada para o resultado integralmente no período, mesmo

que parte dos produtos feitos estivesse estocada ainda no final. Hoje essa opção não mais

persiste). (MARTINS, 2003)

16.6.2 Custos e despesas

Teoricamente, a separação é fácil: os gastos relativos ao processo de produção são

custos, e os relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são despesas

(MARTINS, 2003).

Na prática, entretanto, uma série de problemas aparece pelo fato de não ser possível à

separação de forma clara e objetiva. Por exemplo, é comum encontrarmos uma única

administração, sem a separação da que realmente pertence à fábrica; surge daí a prática de se

ratear o gasto geral da administração, parte para despesa e parte para custo, rateio esse sempre

arbitrário, pela dificuldade prática de uma divisão científica. Normalmente, a divisão é feita

em função da proporcionalidade entre número de pessoas na fábrica e fora dela, ou com base

nos demais gastos, ou simplesmente em porcentagens fixadas pela diretoria. (MARTINS,

2003).

Outros exemplos mais específicos: gasto com o departamento de recursos humanos ou

pessoal; por haver comumente um único departamento que cuida tanto do pessoal da fábrica

como do pessoal da administração, faz-se a divisão de seu gasto total em custo e despesa. Ou

também o departamento de contabilidade, que engloba a contabilidade financeira e a de

Page 153: TCC Wemar bombas

153

custos, e por essa razão tem, às vezes, seu gasto total de funcionamento dividido parte para

despesa (contabilidade financeira) e parte para custo (contabilidade de custos). (MARTINS,

2003)

16.6.3 Custos de produção

É bastante fácil a visualização de onde começam os custos de produção, mas nem

sempre é da mesma maneira simples a verificação de onde eles terminam. É relativamente

comum a existência de problemas de separação entre custos e despesas de venda.

A regra é simples, bastando definir-se o momento em que o produto está pronto para a

venda. Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse momento, despesas.

Por exemplo, os gastos com embalagens podem tanto estar numa categoria como

noutra, dependendo de sua aplicação; quando um produto é colocado para venda tanto a

granel quanto em pequenas quantidades, seu custo terminou quando do término de sua

produção. Como a embalagem só é aplicada após as vendas, deve ser tratada como despesa.

Isso implica a contabilização do estoque de produtos acabados sem a embalagem, e esta é

ativada num estoque à parte.

Se, por outro lado, os produtos já são colocados à venda embalados de forma

diferente, então seu custo total inclui o de seu acondicionamento, ficando ativados por esse

montante (MARTINS, 2003).

16.6.4 Gastos dentro da produção que não são custos

Inúmeras vezes ocorrem o uso de instalações, equipamentos e mão-de-obra da

produção para elaboração de bens ou execução de serviços não destinados à venda. São

exemplos disso os serviços de manutenção do prédio, reforma e pintura de equipamentos não

fabris etc., com uso do pessoal da manutenção da fábrica. Também a produção de máquinas

ou dispositivos e moldes para a produção de outros bens ou uso próprio da empresa

encontram-se nesse problema.

Se a empresa faz uso de seu departamento de manutenção para também fazer reparos

em máquinas do departamento de contabilidade, por exemplo, ou se usa pessoal ocioso da

produção para ampliar as instalações de seu departamento de vendas, não pode incluir esses

gastos nos custos dos produtos desse período. Deve ser feito um apontamento da mão-de-obra

e dos materiais utilizados, e esse montante será tratado como despesa ou imobilização,

Page 154: TCC Wemar bombas

154

dependendo do que tiver sido realizado. Além disso, também uma parte dos custos indiretos

deverá ser adicionada ao serviço realizado, dentro dos mesmos critérios em que se basearia a

empresa caso um produto tivesse sido fabricado.

Dentro desse mesmo esquema estariam as fabricações de máquinas para uso próprio

ou então elaboração de dispositivos, ferramentas e outros itens de uso fabril, mas não de

consumo imediato. Necessário ter sempre em mente que existe a materialidade, e por isso, não

estarão dentro desse tratamento específicos pequenos consertos ou serviços que demandem

recursos da produção em proporção ínfima. (MARTINS, 2003)

16.6.5 Cálculos do preço do produto

Para a fabricação das bombas de água será utilizado o polímero PA-6.6, que foi o

escolhido para a manufatura principal da bomba. O preço foi cotado em saca de 25 kg e o

valor estipulado para o cálculo do preço do produto foi feito com base em cotações feitas no

mercado. O melhor preço orçado foi de R$ 8,72/kg pela empresa Rhodia e é o que será

utilizado para o cálculo de custo.

Serão utilizados 24.275 kg de PA-66, considerando um índice de 5% de refugo para a

produção total. Este índice foi estimado inicialmente podendo aumentar ou diminuir com base

no histórico que será obtido após o inicio da manufatura dos mesmos de matéria-prima para a

Wemar bombas. Entretanto, como a Wemar bombas é contribuinte do ICMS, PIS e COFINS,

o valor deverá sofrer abatimentos, pois serão impostos a restituir, ou seja, serão tributos

compensados com os impostos a recolher.

De acordo com o capítulo 72 da seção XV da Tabela de Incidência de Produtos

Industrializados, a tributação de IPI corresponde a 5%. Como incide na compra e venda, não

foi considerado nos cálculos.

O cálculo do valor líquido do preço da matéria-prima está demonstrado a seguir:

Preço da nota _________________________________________R$ 8,72/kg

Abatimento ICMS e PIS/ COFINS ________(R$ 8,72* 0, 2725) = (R$ 2,37)

Preço lançado em estoque ________________________________R$ 6,35/kg

Page 155: TCC Wemar bombas

155

A base de cálculo do ICMS e da PIS/COFINS é R$ 6,35/kg, portanto, para encontrar o

valor desses impostos inclusos no preço, basta multiplicarem a base de cálculo pela soma das

alíquotas dos tributos. (MARTINS, 2003)

O lançamento contábil para o caso acima seria o seguinte:

Os – Estoques de Matérias-Primas__________________________ R$ 6,35/kg

B – ICMS/PIS/COFINS a Recuperar________________________ R$ 2,37/kg

C – Fornecedores _______________________________________ R$ 8,72/kg

A produção da Wemar bombas está baseada na demanda de 140.000 unidades/mês não

trabalhando com a venda unitária ou avulsa, por se tratar de um produto específico destinado

a uma montadora.

No custo da matéria prima o frete já está incluso, pois a cotação foi realizada com o

valor agregado.

A tabela 16.3 mostra os cálculos de custo com a matéria-prima já descontado os

impostos correspondentes a 27,25%, todo o material foi negociado juntos aos fornecedores

considerando a demanda para obter a melhor compra:

Tabela 16. 3 - Custos da matéria-prima

Componentes

Utilizados Qde.

Demanda mensal

em unidades

Unidade

Preço unitário

com Impostos

(R$)

Impostos ICMS / PIS /

CONFINS ( 27,25%)

Preço unitário

sem Impostos

(R$)

Preço total sem

Impostos (R$)

Poliamida PA 6.6

0,165 24.325 Kg 1,44 0,39 1,05 25.482,90

Eixo / Rolament

o 1 147.370 Cj 25,00 6,81 18,19 2.680.291,90

Polia 1 147.370 Peça 7,00 1,91 5,09 750.481,70 Selo

Mecânico 1 147.370 Peça 4,70 1,28 3,42 503.894,90

Bucha rotor

1 147.370 Peça 0,35 0,10 0,25 37.524,10

Total 28,00 3.997.675,50

Page 156: TCC Wemar bombas

156

Os preços totais da matéria prima estão em custos variáveis, e conforme apresentado

na tabela 16.2.

16.6.6 Custos da mão-de-obra e encargos sociais

Mão de obra direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o

produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a

identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta

ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou de visões

proporcionais, desaparece a característica de direta. (MARTINS, 2003)

Mão de obra indireta é toda aquela que não esta relacionada diretamente com a

fabricação do produto em si.

O piso salarial para as indústrias de plástico no caso da Wemar bombas corresponde

a R$ 759,00. (SINDQUIM-SP, 2009)

Para o cálculo dos custos da mão-de-obra, é necessário se determinar quais as

incidências sociais (INSS, FGTS) e trabalhistas (Provisões de Férias, 13º salário) sobre os

valores das remunerações pagas, conforme tabela 16.4. (GUIA TRABALHISTA, 2009)

Tabela 16.4 - Porcentagem dos encargos (GUIA TRABALHISTA, 2009)

Encargos %

13º salário 9,75%

Férias 13,00%

DSR - Descanso Semanal Remunerado 16,99%

INSS 20,00%

SAT/até 3,00%

Sal. Educação 2,50%

INCRA/SENAI/SESI/SEBRAE 3,30%

FGTS 8,00%

FGTS/Provisão de Multa – Rescisão 4,00%

Total Previdenciário 40,80%

Previdenciário s/13º/Férias/DSR 16,21%

Vale Transporte 6,90%

Total 103,65%

Page 157: TCC Wemar bombas

157

Como mostra à tabela 16.4, a porcentagem dos encargos sociais ficou em 103,65%.

Porém, será utilizada para fins de cálculos dos encargos sociais a taxa de 120%.

A mão de obra pode ser direta e indireta caso não esteja relacionada diretamente na

produção do produto, como a Wemar bombas parte do princípio de apenas atender a demanda

de 140.000 bombas/mês utilizara apenas mão de obra direta como mostra a tabela 16.5.

Tabela 16.5 - Custos de mão de obra direta

Tipo Descrição Qde Salário mensal

Salário mensal c/ encargos sociais

Total mensal

MOD Operador de Injetora Romi 6 R$ 900,00 R$ 1.980,00 R$ 11.880,00

MOD Operador de Prensa 8 R$ 900,00 R$ 1.980,00 R$ 15.840,00

MOD Ajudante de Montagem e

Embalagem. 2 R$ 759,00 R$ 1.669,80 R$ 3.339,60

MOD Técnico de Laboratório 2 R$ 1.350,00 R$ 2.970,00 R$ 5.940,00

MOD Mecânico de Manutenção 2 R$ 1.100,00 R$ 2.420,00 R$ 4.840,00

MOD Eletricista de Manutenção 2 R$ 1.100,00 R$ 2.420,00 R$ 4.840,00

MOD Encarregado de Manutenção 1 R$ 1.600,00 R$ 3.520,00 R$ 3.520,00

MOD Operador de Empilhadeira 1 R$ 900,00 R$ 1.980,00 R$ 1.980,00

MOD Auxiliar de Expedição 1 R$ 820,00 R$ 1.804,00 R$ 1.804,00

MOD Auxiliar de Almoxarife 1 R$ 820,00 R$ 1.804,00 R$ 1.804,00

MOD Técnico Segurança Trabalho 1 R$ 1.350,00 R$ 2.970,00 R$ 2.970,00

MOD Engenheiro de Produção 1 R$ 3.500,00 R$ 7.700,00 R$ 7.700,00

MOD Programador de PCP 1 R$ 1.150,00 R$ 2.530,00 R$ 2.530,00

MOD Ajudante Geral 2 R$ 759,00 R$ 1.669,80 R$ 3.339,60

MOD Portaria 3 R$ 759,00 R$ 1.669,80 R$ 5.009,40

MOD Faxineiro 2 R$ 759,00 R$ 1.669,80 R$ 3.339,60

MOD Vendedor 1 R$ 1.100,00 R$ 2.420,00 R$ 2.420,00

MOD Comprador 1 R$ 1.100,00 R$ 2.420,00 R$ 2.420,00

MOD Técnico Financeiro 1 R$ 1.100,00 R$ 2.420,00 R$ 2.420,00

MOD Assistente Fiscal 1 R$ 1.100,00 R$ 2.420,00 R$ 2.420,00

MOD Analista de RH 1 R$ 1.400,00 R$ 3.080,00 R$ 3.080,00

MOD Gerente Geral 1 R$ 6.000,00 R$ 13.200,00 R$ 13.200,00

TOTAL MOD 42 R$ 106.636,20

O quadro de funcionários será composto por 42 colaboradores como mostra a tabela

16.5 e os salários são de acordo com o mercado de trabalho. (SINDQUIM, 2007)

Page 158: TCC Wemar bombas

158

16.6.7 Custo da energia elétrica

O custo da energia elétrica é custo direto, assim como a mão-de-obra. Por se tratar de

Custeio por absorção, as despesas de energia elétrica serão computadas como custos de

fabricação.

A tabela 16.6 mostra os cálculos de custo com energia elétrica:

Tabela 16.6 - Custos de energia elétrica

Item Descrição do Equipamento Qde

Potência Nominal

(kW)

Fator de

Potência

Tempo de

Utilização (h)

(kWh)

Preço de 1kWh

Subgrupo A4

Custo (R$)

kWh/dia

Custo (R$)

kWh/mês

1 Injetora Primax 150R 5 42,1 1 16 3368 0,15979 R$

538,17 11.839,80

2 Unidade Água

Gelada SAT.05.W

1 1,47 1 16 23,52 0,15979 R$ 3,76 82,68

3 Unidade Água

Gelada SAT.09.W

1 1,98 1 16 31,68 0,15979 R$ 5,06 111,37

4 Torre de Resfriamento 2 1,12 0,8 16 28,672 0,15979 R$ 4,58 100,79

5 Desumidificador SMD 2000 1 14,32 1 16 229,12 0,15979 R$ 36,61 805,44

6 Compressor 1 14,32 1 16 229,12 0,15979 R$ 36,61 805,44

7 Prensa DC-3-E-BC 4 1,27 1 16 81,28 0,15979 R$ 12,99 285,73

8 Chuveiro 19 4,4 1 1 83,6 0,15979 R$ 13,36 293,89 9 Computador 18 0,8 0,9 10 129,6 0,15979 R$ 20,71 455,59

10 Torno Convencional 1 10 1 3 30 0,15979 R$ 4,79 105,46

11 Fresadora 1 10 1 3 30 0,15979 R$ 4,79 105,46

12 Tomada de uso geral 10 0,1 0,8 10 8 0,15979 R$ 1,28 28,12

13 Iluminação Fábrica 88 0,4 0,85 16 478,72 0,15979 R$ 76,49 1.682,88

14 Iluminação Escritório 60 0,12 0,9 16 103,68 0,15979 R$ 16,57 364,47

15 Empilhadeira 1 19,2 1 4 76,8 0,15979 R$ 12,27 269,98 16 Diversos 1 15 1 16 240 0,15979 R$ 38,35 843,69

TOTAL (+ 10%) R$ 918,22

R$ 20.200,90

A demanda foi calculada com base nos dados de consumo dos equipamentos com o

maior consumo de energia elétrica, assim que a empresa entrar em operação será instalado

Page 159: TCC Wemar bombas

159

medidores de consumo nos setores para poder fazer a alocação de uma forma mais exata

destes custos.

A princípio serão considerados 10% a mais do gasto e do consumo para contratar a

empresa AES Eletropaulo fornecedora de energia e contabilizar os custos no produto.

16.6.8 Custo da água

Em função dos processos em nossa fábrica para refrigeração (refrigeração de moldes)

e uso industrial (cozinha; chuveiro; bebedouros etc.), o consumo de água será de 96,05

m³/mês.

A água utilizada pela Wemar bombas é de fornecimento da Sabesp, tendo o custo por

metro cúbico de água consumida de R$ 10,63 e o mesmo valor para o esgoto.(SABESP,

2009)

Os gastos com água e esgoto na Wemar bombas esta estimado em R$ 2.042,00 em

função dos dados expostos acima.

16.6.9 Custo com embalagens e insumos

O exemplo do que ocorrem com a mão-de-obra, os materiais também serão tratados

como custos diretos, pelas mesmas razões já apresentadas em item anterior. Entende-se por

materiais tudo aquilo utilizado na fábrica fora a matéria-prima, ou seja, desde o material de

limpeza da fábrica até o óleo utilizado nas máquinas.

A Tabela 16.7 mostra os cálculos de custo com a embalagem e insumos:

Tabela 16.7 - Custos variáveis de embalagens e insumos

Material Qde Unidade Custo

unitário (R$) Custo total por categoria (R$)

Embalagem (Papelão)+ filme plastico

450 Peça 2,35 1.057,50

Embalagem (gaiola e paletes)

80 Conjunto 150 12.000,00

Limpeza/Higiene 1 Verba 5.000,00 5.000,00 Outros 1 Verba 8.000,00 8.000,00

Total 26.057,50

A quantidade total de embalagens foi considerada em função da demanda.

Page 160: TCC Wemar bombas

160

16.7 Depreciação

A depreciação das máquinas e equipamentos caracteriza-se como custo fixo (custo

fixo repetitivo), e será apropriada diretamente ao produto.

O custo de construção da fábrica foi obtido através do CUB (Custo Unitário Básico

Global), que para a região sudeste foi de R$ 754/m².

Os cálculos de investimento com instalações foram feitos sobre percentuais relativos

ao investimento total.

Segundo Hirschfeld (2007), enquanto não se tem a publicação oficial sobre os valores

máximos da depreciação de bens, são aceitas as consagradas em jurisprudência

administrativa. Eis abaixo na tabela 16.8 as taxas de depreciação anuais aceitas pelo Fisco

federal.

Foi considerada uma taxa de depreciação acelerada adequando-se as taxas aos valores

resultantes da utilização dos coeficientes redutores pelo fato da Wemar bombas trabalhar em

dois turnos de 8 horas o coeficiente utilizado é 1,5. (HIRSCHFELD, 2007)

A tabela 16.8 mostra os cálculos de custos fixos de depreciação da fábrica.

Page 161: TCC Wemar bombas

161

Tabela 16.8 - Custos fixos de depreciação acelerada 2 turnos de 8 horas

Máquinas / Equipamentos

Qde

Valor de mercado unitário

(R$)

Valor total de Equipamentos

(R$)

Tempo de Depreciação

(anos)

Taxa anual de

Depreciação (%)

Depreciação anual (R$)

Depreciação mensal

(R$)

Injetora Primax 150R

5 370.000,00 1.850.000,00 6,7 15,00% 240.000,00 20.000,00

Unidade de Água Gelada SAT.05.W

1 11.300,00 11.300,00 6,7 15,00% 1.695,00 141,30

UNIDADE DE Água Gelada SAT.09.W

1 13.300,00 13.300,00 6,7 15,00% 1.995,00 166,30

Torre de Resfriamento

2 11.000,00 22.000,00 6,7 15,00% 3.300,00 275,00

Desumidificador SMD 2000

2 22.750,00 45.500,00 6,7 15,00% 6.825,00 568,80

Moldes 1 300.000,00 300.000,00 6,7 15,00% 45.000,00 3.750,00

Esteiras 1 35.000,00 35.000,00 6,7 15,00% 5.250,00 437,50

Empilhadeira Elétrica

1 55.000,00 55.000,00 6,7 15,00% 8.250,00 687,50

Torno Convencional

1 30.000,00 30.000,00 6,7 15,00% 4.500,00 375,00

Fresa 1 30.000,00 30.000,00 6,7 15,00% 4.500,00 375,00

Prensa DC-3-E-BC

4 220.000,00 220.000,00 6,7 15,00% 33.000,00 2.750,00

Computadores e Sistema

1 45.000,00 45.000,00 5,0 20,00% 9.000,00 750,00

Compressor 2 10.000,00 20.000,00 6,7 15,00% 3.000,00 250,00

Instrumentos de Medição

2 15.000,00 30.000,00 6,7 15,00% 4.500,00 375,00

Construção Civil (5294m²)

1 3.970.500,00 3.970.500,00 16,7 4,00% 158.820,00 13.235,00

Mobília (Escritório e

Fábrica) 1 65.000,00 65.000,00 10 10,00% 6.500,00 541,70

Total R$ 536.135,00

R$ 44.677,90

Portanto, o custo fixo total mensal de depreciação da fábrica ficará em R$ 44.667,90.

Page 162: TCC Wemar bombas

162

16.8 Cálculo do imposto predial e territorial urbano (IPTU)

O imposto calcula-se à razão de 1,5% sobre o valor venal do imóvel, para imóveis

construídos com utilização não residencial e para os terrenos.

Ao valor do imposto adiciona-se o desconto ou o acréscimo, calculado sobre a porção

do valor venal do imóvel compreendida em cada uma das faixas de valor venal da tabela 16.7,

sendo o total do desconto ou do acréscimo determinado pela soma dos valores apurados (Lei

13.698 de 24/12/03) (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2009)

Tabela 16.9 - Cálculo do IPTU para propriedades comerciais e industriais (PREFEITURA

DE SÃO PAULO, 2009)

Faixas de valor venal Desconto/Acréscimo

até R$ 78.632,30 -0,3%

acima de R$ 78.632,30 até R$ 157.264,60 -0,1%

acima de R$ 157.264,60 até R$ 314.529,21 +0,1%

acima de R$ 314.529,21 +0,3%

O valor venal é a soma do valor da construção civil com o valor da compra do terreno.

Como o valor da construção civil é de R$ 3.970.500,00e o valor da compra do terreno é de:

VC = c * t (106)

VC = R$130,00 * 11.660

VC = R$ 1.508.000,00

Onde:

VC = valor da compra do terreno

c = valor do metro quadrado para a compra do terreno

t = área utilizada

O valor venal fica em R$ 5.478.500,00 Portanto, o cálculo do IPTU fica da seguinte maneira:

Page 163: TCC Wemar bombas

163

IPTU = VV*i*a

IPTU = 5.478.500,00 *0, 015*1, 003 (107)

IPTU = R$ 82.424,03 Onde:

VV = valor venal

i = alíquota progressiva – uso não residencial e terrenos acima de R$314.529,21.

a = alíquota base de 1,5%

Portanto, o IPTU, caracterizado como custo fixo, terá um valor de R$ 82.424,03 por

ano, ou seja, R$ 6.868,67 por mês.

16.9 Custo total

O custo direto variável total de produção corresponde à soma de todos os custos

calculados anteriormente de matéria prima, portanto o custo direto variável do produto será

obtido dividindo-se o custo total pelo número de bombas fabricado. Os cálculos estão

demonstrados na tabela a seguir:

Tabela 16.10 - Custo direto variável

CUSTO TOTAL

Custo direto variável total R$ 3.997.675,50

Custo direto variável unitário R$ 28,55

O custo direto variável apresentado é correspondente a um mês de produção da

Wemar bombas atendendo a demanda de 140.000 bombas, para se obter o custo direto

variável unitário divide-se pela demanda chegando ao valor de R$ 28,55.

16.10 Formação do preço de venda

Na formação do preço de venda (PV), serão considerados os seguintes fatores:

• custos direto variável unitário (CDV);

• somatória das despesas (ICMS, PIS, COFINS, IPI, IR);

Page 164: TCC Wemar bombas

164

• margem de lucro desejada.

A fórmula para o cálculo do preço de venda é a seguinte:

Preço de venda sem impostos:

PV= _____CDV_____ (MARTINS, 2003) (108)

(1- ML)

O CDV já foi calculado e equivale a R$ 28,55, conforme demonstrado na tabela 16.10:

• margem de lucro desejada – 10%.

PV= ___28,55____

(1-0,10) (109)

PV= R$ 31,73 (sem Imposto)

Margem de Contribuição:

MC = PV – CDV (110)

MC = 31,73 – 28,55

MC = R$ 3,17

Preço de venda com impostos:

• ICMS – 18%;

• PIS/COFINS – 9,25%;

• IPI – 5%

PVi = __________PV____________ + (IR*MC) (111)

(100%-(%Impostos) – (%CF))

PVi = _______31,73__________ + (30%*3,18)

(100% - 32,25% - 3,61%)

PVi = R$ 50,42

Page 165: TCC Wemar bombas

165

O preço de venda com impostos é denominado PVi, e conforme a fórmula acima

chegou-se no valor de R$ 50,42 o preço unitário de venda da bomba com os impostos.

16.11 Receita

A receita na Wemar bombas foi obtida através da simples multiplicação do preço

unitário de venda pela demanda mensal. Abaixo seguem os cálculos:

Receita = PVi x Demanda (MARTINS, 2003)

(112)

Receita = R$ 50,42 * 140.000

Receita= R$ R$ 7.058.800,00 / mês 16.12 Margem de contribuição

É o valor, ou percentual, que sobra das vendas, menos o custo direto variável e as

despesas variáveis. A margem de contribuição representa o quanto a empresa tem para pagar

as despesas fixas e gerar o lucro líquido.

MC = PVi – CDV – DV

(113)

MC = 50,42 – 28,55 – 16,86

MC = R$ 5,01

MC = R$ 5,01 x 140.000

MC = R$ 702.133,60

A margem de contribuição da Wemar bombas é R$ 702.133,60.

MC – margem de Contribuição

PVi – preço de venda com imposto

CDV – custo direto variável

DV – despesas variávell

Page 166: TCC Wemar bombas

166

16.13 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio (também denominado Ponto de Ruptura – Break-even Point)

nasce da conjugação dos Custos Totais com as Receitas Totais. Estas, numa economia de

mercado, têm uma representação macroeconômica também não linear; isto é, para um

mercado como um todo – de computadores, por exemplo -, tende a haver uma inclinação para

menos, já que cada unidade tenderia a ser capaz de produzir menor receita. Para uma empresa

em particular, é quase certo que isso não ocorra, por ter ela um preço fixado para seu produto,

fazendo com que sua receita total seja tal preço vezes o número de unidades vendidas; com

isso, sua representação seria de fato linear.

Simplificando a visualização e admitindo como absolutamente lineares as

representação tanto das Receitas quanto dos custos e Despesas.

Até esse ponto, a empresa está tendo mais custos e despesas do que receitas,

encontrando-se, por isso, na faixa de prejuízo; acima, entra na faixa do lucro. Esse ponto é

definido tanto em unidades (volume) quanto em reais (Martins, 2003)

A fórmula para o cálculo é a seguinte:

PE= ___________custos + despesas fixas______________ (114)

Preço de venda – (CDV+ despesas variáveis)

Onde:

PE = ponto de equilíbrio

Portanto, o cálculo do ponto de equilíbrio para a Wemar bombas fica da seguinte

maneira:

• Custos Fixos: é a soma dos valores de custos de energia elétrica, depreciação, IPTU e

água totalizando R$ 254.998,07

• Custos Variáveis: é a soma dos valores de custos de matéria-prima, e embalagem

divididas pela demanda do mês, totalizando R$ 45,41.

• Preço de venda: conforme calculado no item 16.13, fica em R$ 50,42.

Page 167: TCC Wemar bombas

167

Então:

PE= ___254.998,07_ (115)

50,42 – 45,41

PE = 50.845 bombas

PE = 50.845 x R$ 50,42

PE = R$ 2.563.586,77

16.14 Demonstrativo de resultado

Está apresentado na tabela 16.11 o demonstrativo de resultado mensal previsto para a

Wemar bombas.

Em face do resultado obtido é que será feito o estudo de viabilidade econômica da

empresa.

Page 168: TCC Wemar bombas

168

Tabela 16.11 - Demonstrativo de resultados

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

RECEITA R$ 7.047.600,00

VENDAS R$ 7.047.600,00

CUSTOS MATÉRIA PRIMA E INSUMOS R$ 5.521.144,00

(-) ICMS 18% R$ 993.805,92

(-) PIS/COFINS 9,25% R$ 510.705,82

CUSTOS SEM IMPOSTOS 3.997.675,50

CUSTOS FIXOS

(+) Mão de Obra Direta e Indireta R$ 106.636,20

(+) Depreciação R$ 44.677,90

(+) IPTU R$ 6.868,67

(+) Água R$ 2.042,00

(+) Energia elétrica R$ 20.200,90

(+) Telefone R$ 5.000,00

(+) Seguro R$ 45.000,00

CUSTOS E DESPESAS TOTAIS R$ 230.425,67

(+) Lucro desejado 10 % R$ 399.767,55

(+) IR sobre o Lucro 30 % R$ 119.930,27

(+) IPI / PIS / COFINS / ICMS 32,25 % R$ 1.780.568,94

= Preco de Venda R$ 50,42

TAXA DE RENTABILIDADE 4,71%

PRAZO DE RETRORNO (Meses) 3,04 anos

16.15 Investimento inicial

O principal elemento que justifica a existência de uma empresa é a geração de lucro.

Para os investidores, porém, não basta que o projeto tenha um resultado positivo. Para um

projeto de desenvolvimento ser atrativo, é preciso que a quantidade de lucro gerado, o retorno

Page 169: TCC Wemar bombas

169

do projeto, seja melhor do que aquele que a empresa poderia obter com outros investimentos,

por exemplo, aplicando no mercado financeiro. Portanto, a essência da avaliação econômico-

financeira é medir o retorno do projeto de maneira comparável com outros investimentos.

Dado importante para os cálculos de viabilidade econômica é o valor do investimento

inicial, que é apresentado na tabela abaixo:

Tabela 16.12 – Investimento inicial

INVESTIMENTO

Equipamentos Fábrica R$ 2.412.100,00 Equipamentos Escritório R$ 110.000,00 Terreno R$ 1.508.000,00 Construção R$ 3.970.500,00 Capital de Giro R$ 1.500.000,00

Total R$ 9.500.600,00

16.16 Taxa de retorno

A melhor maneira de se avaliar o grau de sucesso de um empreendimento é

calculando o seu retorno sobre o investimento realizado (MARTINS, 2003)

Sem entrar em muitos detalhes sobre esse conceito, define-se como a forma ideal de

se avaliar a taxa de retorno a divisão do lucro obtido antes do imposto de renda e antes das

despesas financeiras pelo ativo total utilizado para a obtenção do produto. (MARTINS, 2003).

TR = __L___ (116)

A

Onde:

TR = Taxa de retorno

L = Lucro antes do imposto de renda e antes da despesa financeira

A = Ativo total

Portanto, a taxa de retorno na Wemar bombas fica da seguinte maneira;

TR = __447.135,53_ x 100 (117)

9.500.600,00

Taxa de retorno = 4,71%

Page 170: TCC Wemar bombas

170

16.17 Prazo de retorno e retorno descontado

O prazo de retorno simples de um projeto é definido como o número de anos que a

empresa espera levar para recuperar o desembolso com o investimento inicial mediante a

implantação do projeto. O critério de decisão é dado como um número máximo de anos acima

do qual as propostas de investimento de capital devem ser rejeitadas. Isso implica que quanto

mais curto o prazo de pagamento tanto melhor o projeto. É verdade, todavia essa regra

apresenta duas grandes falhas. Em primeiro lugar, ela deixa de reconhecer o valor do dinheiro

no tempo. Nenhum investidor ficaria satisfeito investindo determinada quantia hoje, para

resgatar exatamente o mesmo valor depois de certo período de tempo, por mais curto que

fosse esse período. Em segundo lugar, a regra desconsidera os fluxos de caixa que o projeto

deverá gerar depois do período limite.

As empresas geralmente usam a regra do retorno descontado para corrigir a distorção

causada por negligenciar o valor temporal do dinheiro. Esse método envolve o cálculo do

período de retorno em termos do valor presente dos fluxos de caixa futuros a serem gerados

pelo projeto. Contudo, a regra não atribui algum peso aos fluxos de caixa depois da data-

limite arbitrariamente adotada. Logo, seu uso deve ser restrito à comparação de projetos com

perfis de fluxo de caixa bastante semelhantes. Um exemplo seria uma área do setor

imobiliário para a qual se prevê que vários investimentos produzam uma renda, na forma de

aluguéis, uniformemente distribuída ao longo do tempo (MACKENZIE, 2008).

O Método do Prazo de Retorno ou Método do Prazo de Recuperação do Investimento

é utilizado com freqüência em virtude de sua objetividade. Através desse método tem se uma

noção do tempo necessário para o retorno do investimento, fator importante para a análise da

viabilidade deste (HIRSCHFELD, 2000).

O cálculo do prazo de retorno do investimento (PR) da Wemar bombas está

demonstrado a seguir:

PR = __Investimento__ (118)

Lucro Líquido

Onde o investimento é o custo total exposto na Tabela 16.8 e o lucro líquido descrito

no demonstrativo de resultados.

PR = 9.500.600,00

312.994,87

PR= 30,35 meses

Page 171: TCC Wemar bombas

171

16.18 Valor presente líquido

O método do valor presente líquido (VPL) tem como finalidade determinar um valor

no instante considerado inicial, a partir de um fluxo de caixa formado de uma série de receitas

e dispêndios.

Ao analisar o fluxo de caixa referente a determinada alternativa (j), terá vários

valores envolvidos, ora como receitas, ora como dispêndios. A somatória algébrica de todos

os valores envolvidos no (n) períodos considerados, reduzidos ao instante considerado inicial

ou instante zero e sendo (i) a taxa de juros comparativa, se chama valor presente líquido.

Valor presente líquido de fluxo de caixa de uma alternativa (j) é, portanto, a

somatória algébrica dos vários valores presentes (P) envolvidos neste fluxo de caixa.

Logo: n

n

ii

iLucrotoinvestimenVPL

)1(

1)1(.

+

−−+−=

Onde:

VPL = valor presente líquido

n = número de períodos envolvidos em cada elemento da série de receitas e dispêndios do

fluxo de caixa

i = taxa de juros comparativa de atratividade.

n

n

ii

iLucrotoinvestimenVPL

)1(

1)1(.3

+

−−+−= (119)

3

3

3)10,01(10,0

1)10,01(87,994.31200,600.500.9

+

−−+−=VPL

3VPL = -160.137,08

4

4

4)10,01(10,0

1)10,01(87.994.31200,600.500.9

+

−−+−=VPL

39,219.405.24 =VPL

Agora fazendo a interpolação, temos:

Page 172: TCC Wemar bombas

172

08,137.16039,219.405.2

039,219.405.2

34

4

+

−=

− x (120)

X= 3,04 anos

Portanto o payback será em 3,04 anos ou 36,48 meses.

Page 173: TCC Wemar bombas

173

CONCLUSÃO

Após o estudo apresentado, foi observado que 1 turno de trabalho em horário

comercial, tempos de maquina e tipos de equipamentos citados, a fabrica trabalharia

aproximadamente com 93% da sua capacidade de produção e um custo de 31% do

investimento. A possibilidade de trabalhar com 2 turnos, com os tempos de máquina e tipos

de equipamentos apresentados, a fabrica trabalharia com aproximadamente 80% da sua

capacidade de produção e um custo de aproximadamente 19% do investimento. Para a

viabilidade do projeto em questão fez-se necessário operar com 2 (dois) turnos de produção o

que possibilitaria uma redução do investimento e um funcionamento de 80% da sua

capacidade, com isso a Wemar bombas estaria preparada para uma futura variação imediato

de demanda de aproximadamente 15%. Chegou-se a conclusão de que 2 (dois) turnos seria

mais atrativos para os investidores , que obteriam um retorno a curto prazo de 2,65 anos, ao

invés de 1 (um) turno que teria uma menor flexibilidade da sua capacidade produtiva e seria

necessário a instalação de mais equipamentos, o que acarretaria em um investimento maior e

um retorno a longo prazo de 3,7 anos.

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