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TEATRO
SÉC XVI – SÉC XX
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QUINHENTISMO TEATRO PEDAGÓGICO DE JOSÉ DE ANCHIETAJosé Anchieta nasceu na EspanhaNascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias, José foi cedo à Portugal fugindo daperseguição por ser judeus. Lá ingressou no catolicismo e se tornou sacerdote.Por problemas de saúde, veio parar em terras brasileiras, acompanhando aesquadra do governador-geral Duarte da Costa.
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O APÓSTOLO DO BRASIL“Auto Representado na Festa de São Lourenço”, de José de Anchieta. José de Anchieta (1534-1597) foi gramático, poeta, teatrólogo e historiador. O Apóstolo do Brasil escreveu várias obras. Sendo padre, foi defensor do uso da literatura a serviço da religião. O “Auto Representado na Festa de São Lourenço” é a peça de seu caderno mais esplêndida e longa, com relação à extensão e aparato técnico e literário de seu texto, o que explica seu triunfo.O Auto foi escrito em castelhano, português e tupi, mas mostra-se em sua maior parte em tupi, justamente para melhorar a comunicação com os indígenas, já que foi apresentado a eles na tentativa de catequização. Apresenta-se em cinco atos, o último uma dança cantada em procissão final, objetivando converter recreando os indígenas.
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OS AUTOS
POLILÍNGUE –PERSONAGENS ALEGÓRICAS- BEM X MAL - MANIQUEÍSTA
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TEMA
◦ O texto foi todo produzido valorizando os valorescristãos. No primeiro ato, é apresentado o martírio deSão Lourenço, disposto sobre grelhas em cima de um
braseiro.No segundo ato, Guaixará (reidos diabos) chamaAimbirê e Saravaia (demônios), para ajudarem adominar a aldeia e perverter os índios. Apontam-se ospecados dos indígenas, alertando-os a converterem-seao cristianismo, pois os demônios os desejavam, já queseus rituais, danças e cultos eram consideradospecaminosos. O recurso de catequização usado paraconvencer os índios de que ser cristão é ter o amor eperdão de Deus foi fazer com que São Lourençosalvasse a aldeia, e São Sebastião levasse os demôniose os prendesse. E o ato se encerra com o Anjovitorioso aconselhando os índios a seguir o caminhode Deus, pois só assim seriam salvos.
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ANCHIETA
O PACIFICADOR
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ELABOROU O TEATRO COM A ESTRUTURA DOS AUTOS VICENTINOS
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TEATRO - ROMÂNTICO
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BIOGRAFIA◦ país, no século XIX.
◦ Luís Carlos Martins Pena (1815-1848) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de novembro de 1815. Filho de João Martins Pena e Ana Francisca de Paula Julieta Pena ficou órfão de pai com um ano de idade e com dez anos ficou órfão de mãe. Por determinação de seu padrasto, foi entregue aos cuidados de tutores e dedicou-se aos estudos.
◦ Em 1835, Martins Pena concluiu o curso de Comércio. Ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, onde estudou arquitetura, desenho e música. Dedicou-se também ao estudo de história, literatura, teatro e línguas, tendo grande facilidade para dominá-las, o que facilitou posteriormente o seu ingresso na carreira diplomática.
◦ Motivado pela criação de um teatro tipicamente brasileiro, em consonância com o clima nacionalista da época, e favorecido pelo interesse do famoso ator e encenador João Caetano, Martins Pena iniciou sua carreira optando pelo único gênero teatral que poderia se adaptar às circunstâncias históricas do Brasil: a comédia de costumes.
◦ Em 1838 a peça “O Juiz de Paz na Roça”, de sua autoria, foi apresentada no Teatro de São Pedro de Alcântara, pela companhia de teatro João Caetano. A peça satiriza os costumes rurais, os costumes da “roça”, onde a ironia – quase sempre ingênua – atinge somente os pequenos proprietários. A graça advém dos hábitos curiosos, da fala simples e da extrema candura que envolve os personagens da roça. Até os corrutos, como o juiz de paz, não deixa de ter uma inocência simpática.
◦ Nesse mesmo ano, Martins Pena foi nomeado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a princípio como amanuense e depois como adido, viajando para Londres, em 1847. No entanto, sua realização maior se deu como dramaturgo, deixando aproximadamente 30 peças, entre sátiras, farsas, dramas e comédia. Explorou em suas peças a vida no Rio de Janeiro, na metade do século XIX, construiu um retrato do Brasil da época.
◦ Nas suas comédias teatrais, ele colocava em cenas as questões do cotidiano – rivalidades políticas, abusos das autoridades, irregularidades no comércio, tudo na boca de personagens comuns. Suas comédias urbanas efetivavam um “retrato” da vida cotidiana do Rio de Janeiro, em especial do mundo da classe média. As dificuldades diárias, os casamentos por interesse e as raras formas de ascensão social são satirizadas em peças rápidas e de poucas cenas.
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TEATRO REALISTA
ARTHUR AZEVEDO
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BIOGRAFIA
ARTHUR AZEVEDO
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◦ começou a trabalhar muito cedo no comércio,tendo posteriormente prestado um concursopúblico para amanuense da Fazenda em SãoLuís. Transferiu-se em 1873 para a capitalfederal, à época o Rio de Janeiro, ocupandocargo no Ministério da Agricultura. Já entãoestreara no teatro, com a peça Amor porAnexins (1872). Dedicou-se à tradução e àadaptação de muitas peças francesas, assimcomo ao magistério. Foi no jornalismo, noentanto, que desenvolveu suas habilidadesliterárias, tornando-se um dos maiorescontistas e teatrólogos brasileiros. Nessaárea, retratou o cotidiano e os hábitos docarioca, contribuindo para o retrato daevolução do Rio de Janeiro. Foi continuadorde autores como Martins Pena e de FrançaJúnior (1838-1890),
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OBRAS◦ Uma Véspera de Reis, 1876
◦ A filha de Maria Angu, 1876.
◦ Um Dia de Finados, 1877.
◦ A Joia, 1879.
◦ A Almanjarra, 1888
◦ A Capital Federal, 1897
◦ O retrato a óleo, 1902
◦ O Dote, 1907
◦ Vida Alheia, 1929 17/11/2020
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A CAPITAL FEDERAL, 1897OBRAS
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ESTILO
◦ Artur Azevedo explicou em um dos seus folhetins que quis fazer de ACapital Federal uma peça de grande espetáculo, não só com música,mas também com truques cênicos e apoteoses, como nas mágicas erevistas de ano. Assim, a subida de Gouveia e da família roceira paraSanta Teresa é mostrada em grande estilo, como comprova a rubricaacima transcrita, enquanto Eusébio exclama, comicamente: “Oh! acapitá federá! a capitá federá!...” (azevedo, 1965).
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BIOGRAFIA – NELSON RODRIGUES◦ Nelson Rodrigues (1912-1980) foi um escritor,
jornalista e dramaturgo brasileiro. Revolucionou o teatro, com as peças, "Vestido de Noiva", "Boca de Ouro", "A Falecida", "Toda Nudez Será Castigada", entre outras. Teve a carreira marcada pela crítica, ao explorar a vida cotidiana do subúrbio carioca, com crimes, incestos e diálogos carregados de tragédia e humor.
◦ Nelson Falcão Rodrigues nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, no dia 23 de agosto de 1912. Era o quinto dos 14 filhos de Maria Esther e Mário Rodrigues.
◦ Com cinco anos de idade Mário mudou-se com a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro, onde o pai foi tentar a vida como jornalista, em 1915.
◦ Em 1925 seu pai funda o jornal A Manhã, com o sócio Antônio Faustino Porto.
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TETRO MODERNISTA –VESTIDO DE NOIVA
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◦ A peça inicia-se com sons bastante conhecidos pelos habitantes de qualquer metrópole: "Buzina de um automóvel. Rumor de derrapagem violenta. Som de vidraças partidas. Silêncio.
◦ Acende-se o plano da realidade, com várias pessoas falando pelo telefone ao mesmo tempo. São repórteres que noticiam o atropelamento. No plano da alucinação, Alaíde está num bordel.
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OS PLANOS
◦ O plano da memória registra em o diálogo entre os pais de Alaíde a respeito de Madame Clessi, antiga habitante da casa.
◦ No plano da realidade, o diálogo lacônico entre os médicos revela que Alaíde está sobre uma mesa de operação.
◦ Alternam-se os diálogos entre Alaíde e Clessi no plano da alucinação uma mulher se senta junto aos dois homens. Estão diante de um ataúde, dialogam num cínico tom de flerte. A conversa entre Alaíde e a Mulher de Véu se torna cada vez mais tensa. Alaíde revela a Clessi que a cena na qual os dois homens estão ajoelhados ante um ataúde é a do enterro da própria Madame Clessi. A identidade da Mulher de Véu é descoberta: trata-se de Lúcia, irmã de Alaíde.
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PERSONAGENS
◦ Alaíde: a protagonista. Casada com um homem importante (Pedro), é atropelada no começo da peça. A tensão dramática se constrói sob a expectativa de sua morte. Não se sabe se o atropelamento foi criminoso.
◦ Lúcia (mulher de véu): irmã de Alaíde, surge inicialmente como a Mulher de Véu. Conforme a situação se descortina, descobre-se que Lúcia fora escondida sob um véu em consequência da culpa que Alaíde sentia em relação a ela. No passado, Pedro havia sido namorado de Lúcia, que acusava a irmã de tê-lo roubado dela.
◦ Pedro: industrial bem-sucedido. Após o casamento com Alaíde, continua a desejar Lúcia, a ex-namorada, e com ela planeja matar sua mulher. Seu principal traço de caráter é o cinismo.
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PERSONAGENS
◦ Madame Clessi: antiga prostituta de luxo assassinada por um jovem amante em 1905. A casaonde os pais de Alaíde e Lúcia foram morar tinha sido a habitação de Madame Clessi e o localonde ela exercia sua profissão. Sua figura é construída na imaginação de Alaíde, que, quandopequena, encontrara no sótão da casa o diário de Madame Clessi.
◦ Dona Lígia: mãe de Alaíde e de Lúcia, mulher de costumes conservadores, representa o peso datradição e dos bons costumes, que atuam sobre os personagens principais.
◦ Gastão: marido de Dona Lígia, pai de Alaíde e de Lúcia. Sua principal aparição se dá no plano damemória, no qual está conversando com sua mulher sobre as atividades que eram exercidas nacasa na época de Madame Clessi. “O negócio acabava numa orgia louca”, o curto diálogo, no qualGastão profere essas palavras, marca profundamente a protagonista.
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CONCLUSÃO◦ “Vestido de noiva” é uma peça absolutamente inusitada, porque o argumento acima proposto é
apresentado sob uma perspectiva não linear e aparentemente caótica. A estrutura da obra, como referimos acima,
◦ como referimos acima, propõe três planos: 1) Plano da realidade – Alaíde é atropelada e levada ao hospital. Enquanto os médicos tentam recuperá-la, a imprensa divulga a notícia do trágico acidente.
◦ Não resistindo aos ferimentos, Alaíde morre. 2) Plano da alucinação – Alaíde está em busca de uma mulher misteriosa, Madame Clessi, prostituta que fora assassinada pelo namorado de dezessete anos.
◦ Os diálogos entre ambas são esclarecedores e convergentes para a resolução dos dramas da personagem central. 3) Plano da memória – as lembranças do passado de Alaíde vêm à tona e se consubstanciam com as imagens do plano da alucinação.
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REFERÊNCIA
◦ Azevedo, Artur. A Capital Federal. Rio de Janeiro: Letras e Artes, 1965.
◦ Marcílio Bittencourt Gomes Jr. Professor da Oficina do Estudante –Campinas (SP)
◦ RODRIGUES, Nelson. Obra completa .Rio de Janeiro .Editora Aguilar.1984.
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