teatro municipal do porto . temporada 2015 . jan fev mar
DESCRIPTION
ÂTRANSCRIPT
T E A T R O M U N I C I P A LD O P O R T O
T E M P O R A D A2 0 1 5
⁄
J A N E I R O ⁄ F E V E R E I R O ⁄ M A R Ç O
D A N Ç A • P E R F O R M A N C E • T E A T R O • P E N S A M E N T OM Ú S I C A • C I N E M A • L I T E R A T U R A
E N C O N T R O S • E X P O S I Ç Õ E S • R E S I D Ê N C I A S A R T Í S T I C A SW O R K S H O P S • M A R I O N E T A S • N O V O C I R C O
D A N C E • P E R F O R M A N C E • T H E A T R E • T H O U G H T
M U S I C • C I N E M A • L I T E R A T U R E
M E E T I N G S • E X H I B I T I O N S • A R T I S T I C R E S I D E N C I E S
W O R K S H O P S • P U P P E T R Y • N E W C I R C U S
S E A S O N 2 0 1 5⁄
J A N U A R Y ⁄ F E B R U A R Y ⁄ M A R C H
Foto
grafi
a ©
Jos
é C
alde
ira
Um Teatro Municipal no coração de uma cidade é um órgão vital. É um coração dentro de um coração. Recriá-lo com os públicos do Porto significou acelerar esse batimento, alimentado por uma grande vontade de ver o palco crescer e o teatro “representar-se”, assumindo um papel de protagonista na cultura da cidade. Sim, “fez-se Teatro”, construíram-se dinâmicas que permitiram transformá-lo, durante os últimos meses, num projeto amplamente partilhado e participa-do, aberto à dança e a outras disciplinas, artisticamente distinto e erguido à imagem da cidade que o faz renascer. E ela não hesitou. O Teatro pertence-lhe.
É para este modelo de Teatro que o nosso trabalho tem concorrido e que agora se materializa numa nova pro-gramação que alimenta a identidade e o quadro de valores que para ele definimos, há um ano atrás. Os seus dois polos, na sua diferença morfo-lógica, geográfica e tática, comple-mentam-se finalmente para compor um projeto que pretende chegar a diferentes comunidades (de públi-cos e de artistas) locais, nacionais e internacionais; complementam-se na mesma estratégia.
Depois de um período de arranque marcado por inesquecíveis momen-tos e correntes de público – como foram os d’ O Rivoli já Dança! e de outros projetos que aqui decorreram (do cinema ao pensamento, no-meadamente o Fórum do Futuro) – não temos dúvidas que o nosso Teatro está de regresso e que é, novamente, um caso (a) sério no pano-rama das artes performativas, aqui e ali, agora e depois.
Será também por isso em 2015 um dos territórios de FELICIDADE (tema transversal à atividade do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto, este ano).
A Municipal Theatre in the heart of a city is a vital organ. It’s a heart wi-thin a heart. Recreating it with the audiences of Porto meant increasing that pulse, nourished by an enormous will to see the stage grow and the theatre representing itself, assuming a leading role in the city culture. Yes, we made theatre — we built dynamics which transformed it in the past few months into a widely shared project, open to dance and to other dis-ciplines, artistically distinct and erected in the light of the city that made it rise once again. And the city didn’t flinch. The city owns its Theatre.This is the model of Theatre for which we converged our efforts, now ma-terialized on a programme that feeds the identity and values we have defi-ned for it a year ago. Its two hubs with their morphological, geographical and tactical differences, complement each other to finally bring forth a project to reach different local, national and international communities (of public and artists). They complement one another on the same strategy.After a kick-start period marked by unforgettable moments and audience numbers — like those of O Rivoli Já Dança! and other projects that took place (from cinema to the Forum of the Future) – we have no doubt that our Theatre is back and it is once again a serious case in the panorama of the performing arts, here and there, now and hereafter. For this reason, it will also be one of the HAPPINESS territories in 2015 – a traversal the-me to this year’s activities of the Culture Cabinet of the City Council of Porto. — Paulo Cunha e Silva Councillor for Culture
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Encontre este selo no decorrer da Agenda e identifique os momentos da programação associados ao tema.Look for this seal in our Programme and find which moments are associated with this topic.
P A U L O C U N H A E S I L V A V E R E A D O R D A C U L T U R A
Será também nestes primeiros meses que iniciaremos o projeto “Per-formance...Again!” com curadoria de Vera Mota, um programa de re-flexão alargada sobre a história da performance, e “Imagens Migra-tórias” com curadoria de Alexandra Balona, um atlas de imagens à volta de determinados artistas da temporada. Acolheremos mais uma edição do Fantasporto e daremos continuidade às Quintas de Leitura.
Uma intimista exposição que cruza os olhares de Álvaro Siza e de Giovanni Chiaramonte ocupará Foyer do 3º piso do TM Rivoli, servindo assim de arranque a uma ocupação contínua deste espaço polivalente.
O cinema terá presença regular tanto no TM Campo Alegre, com as sessões diárias da Medeia Filmes, como no TM Rivoli, onde todas as terças-feiras várias estruturas da cidade terão espaço para apresentar sessões especiais.
Já o CAMPO ABERTO - Programa de Residências Artísticas e Bolsas de Criação será um dos pilares do desenvolvimento artístico de várias compa-
nhias e artistas da cidade. No TM Cam-po Alegre oito companhias, projetos e diversos artistas irão desenvolver resi-dências de curta e longa duração que compreendem espaços de produção, ensaios e apresentação.Foram ainda atribuídas bolsas a seis jovens artistas, promovendo e impul-sionando, desta forma, novas ideias e dinâmicas de criação.
O PARALELO - Programa de Apro-ximação às Artes Performativas será constituído por diferentes projetos, espetáculos e ações de mediação que aproximarão, de forma criativa, ati-va e crítica os diferentes públicos aos mais diversos espetáculos, alargando assim o raio de ação de um tradicio-nal serviço educativo.
De referir ainda que um aliciante pro-grama de assinaturas, que poderá ser
construído à medida de cada um, é lançado desde já e que a nossa nova política de bilheteira teve em conta o panorama socioeconómico da ci-dade e da região, de forma a que todos possam usufruir da vasta progra-mação do Teatro Municipal do Porto.
Aproveitem ao máximo o vosso Teatro!
The international programme will always be present, anchored to dance performances that will respond to the great audience demand. In this first trimester we will present performances from Switzerland, United King-dom, South Africa, France, Belgium and Brazil. In these first few months we will also start the projects “Performance… Again!” curated by Vera Mota – a programme of broad reflection on the history of performance; and “Das Imagens Migratórias” curated by Alexandra Balona – an atlas of images around certain artists presented this season. We will welcome another edition of Fantasporto and continue with Quintas de Leitura.An intimistic exhibition crossing the visions of Álvaro Siza and Giovanni Chiaramonte will take on the 3rd floor lobby of TM Rivoli, thus beginning the continuous use of this versatile space.Cinema will have a frequent presence in TM Campo Alegre, with daily ses-sions by Medeia Filmes, and in TM Rivoli, where every week several local organisations will have a space to present special screenings.The Artistic Residency Programme and Creation Grants – CAMPO ABER-TO – will be a pillar for the artistic development of many companies and artists of this city. In TM Campo Alegre, eight companies and projects will develop short and long term residencies, comprising production facilities, rehearsal studios and stage performances.We’ve also granted six grants to young artists, promoting and propelling new ideas and creation dynamics.O PARALELO – Approach Programme to Performing Arts will be made of different projects and mediation actions, approaching different audiences to different performances in an active, creative and critic way, widening the range of a traditional educational service.It is also good to mention that an appealing season tickets programme – adaptable to each person – is now available, and that our box office poli-cy considers the socioeconomic reality of the city and its region, so that everyone may experience the vast programme of Teatro Municipal do Porto.Enjoy your Theatre to the fullest! — Tiago Guedes Director
O Teatro Municipal do Porto, através dos seus dois polos, Rivoli e Campo Alegre, apresenta um programa multidisciplinar, aberto a várias latitu-des e a diversos tipos de público, executando a estratégia implementada pelo Pelouro da Cultura desde a sua reabertura em setembro de 2014.
O arranque oficial da temporada 2015 tem lugar a 24 de janeiro, ce-lebrando o 83º Aniversário do Teatro Municipal Rivoli (inaugurado a 20 de Janeiro de 1932), com a apresentação de um programa que atravessa diferentes áreas artísticas.
Dança, performance, teatro, pensamento, cinema, música, literatura, exposições, marionetas e novo circo serão apresentados com regulari-dade, reforçando projectos que foram essenciais à reabertura do Tea-tro Municipal como o ciclo O Rivoli Já Dança! ou o Fórum do Futuro.
O equilíbrio entre o que se faz na ci-dade, o que circula no país e o que de internacional se passará a apresentar no Porto fará deste Teatro um ver-dadeiro lugar de descobertas e con-firmações artísticas. Um sítio onde diferentes abordagens serão progra-madas e apresentadas em múltiplas escalas, podendo acontecer num pe-queno camarim, num sub-palco, num foyer ou nos diferentes auditórios.
Na cidade do Porto convivem artistas, companhias e projetos que, de forma resiliente, têm desenvolvido um tra-balho de enorme importância. A nos-sa programação revelará alguns desses projetos em coprodução, estreia ou re-posição, tendo presença regular artis-tas e companhias que caracterizam o tecido cultural da cidade. O Tea-tro Municipal será também ponto de passagem obrigatória para muitos espetáculos nacionais, desafiando os artistas a propor encontros com o público e com a comunidade artística.A programação internacional será uma constante, ancorada em es-petáculos de dança que darão resposta à enorme procura por par-te do público. Neste primeiro trimestre apresentaremos espetáculos oriundos da Suíça, Reino Unido, África do Sul, França, Bélgica e Brasil.
Teatro Municipal do Porto, through its two hubs - Rivoli and Campo Ale-gre - presents a multidisciplinary programme open to a wide range of la-titudes and different kinds of audiences, carrying out the strategy laid out by the Culture Department since its reopening in September 2014.The official start of the 2015 programme is on January 24th, with the celebration of the 83rd Anniversary of Teatro Municipal Rivoli (the ope-ning was on January 20th 1932), with the presentation of a programme spanning different artistic fields.Dance, performance, theatre, thought, cinema, music, literature, exhibi-tions, puppetry and new circus will have a regular presence, reinforcing projects that were pivotal to the reopening of Teatro Municipal, like O Ri-voli Já Dança! and the Forum of the Future.The balance between what is done in this city, what is shown around the country and the international programme that will be shown in Porto from now on, will make this Theatre a venue for discovery and artistic confirmations. It will be a place where different approaches are program-med and presented on different scales, from a small dressing room to the under stage, the lobby or the different auditoriums.Artists, companies and projects live together in the city of Porto, resiliently developing a body of work of the utmost importance. Our programme will reveal some of those projects in co-production, premiere or repeat, with the presence of artists and companies that shape the cultural fabric of this city. Teatro Municipal will also be a mandatory stage for many Portuguese shows, challenging artists to propose encounters with the audience and the artistic community.
T I A G O G U E D E S D I R E T O R
P . 1 0F O C O S
H I G H L I G H T S
P . 1 4D A N Ç A ⁄ P E R F O R M A N C E
D A N C E / P E R F O R M A N C E
P . 3 2T E A T R O ⁄ M A R I O N E T A S
T H E A T R E / P U P P E T R Y
P . 4 4M Ú S I C A
M U S I C
P . 5 2C I N E M A
C I N E M A
P . 6 4L I T E R A T U R A
⁄ E X P O S I Ç Õ E SL I T E R A T U R E / E X H I B I T I O N S
P . 7 2P A R A L E L O
P R O G R A M A D EA P R O X I M A Ç Ã O
À S A R T E SP E R F O R M A T I V A S
A P P R O A C H P R O G R A M M E
T O P E R F O R M I N G A R T S
P . 8 4C A M P O A B E R T O
P R O G R A M A D ER E S I D Ê N C I A SA R T Í S T I C A S E
B O L S A S D E C R I A Ç Ã OA R T I S T I C R E S I D E N C I E S
P R O G R A M M E A N D
C R E A T I O N G R A N T S
P . 9 2Q U E M É S ?
O Q U E F A Z E S ?W H O A R E Y O U ?
W H A T D O Y O U D O ?
P . 1 0 1I N F O R M A Ç Õ E S
I N F O R M A T I O N S
C O N S U L T A R C A L E N D Á R I O / S E E C A L E N D A R
P . 1 0 4 — P . 1 0 6
Foto
grafi
a ©
Jos
é C
alde
ira
Um Teatro tem sempre várias vidas, várias histórias e vários projetos que nele se inscrevem. O agora renomeado Teatro Municipal Rivoli, tem uma história que remonta a 1913 aquando da inauguração do então Tea-tro Nacional, que ficava situado onde agora se localiza o atual edifício e a contígua Caixa Geral de Depósitos. Das obras de reestruturação do Tea-tro Nacional, projeto do engenheiro José Júlio de Brito, sai o novo Teatro Rivoli, inaugurado a 20 de Janeiro de 1932, propriedade de Manuel Pires Fernandes e do Banco Borges & Irmão. Durante anos consecutivos, teatro, ópera, música, dança e cinema (a par da passagem do cinema mudo para o sonoro) foram apresentados acompanhando as tendências nacionais e internacionais do momento. Em 1997, e após profundas obras de recu-peração, o Rivoli reabre sob a direção de Isabel Alves Costa. Em 2014 é devolvido à cidade, fruto da implementação das políticas culturais de Rui Moreira e Paulo Cunha e Silva, e em 2015 uma nova temporada inicia sob a direção de Tiago Guedes.Está então marcado o arranque oficial da temporada 2015 para o dia 24 de janeiro, celebrando o 83º aniversário deste emblemático edifício da cidade. Este dia é comemorado com um intenso programa onde serão apresenta-dos projetos de diversas disciplinas artísticas, regulares no decorrer da temporada. Um espetáculo de dança de uma das mais conceituadas com-panhias suíças da atualidade, uma peça de teatro e música para ver em família, uma performance no foyer, uma exposição que cruza os olhares de Álvaro Siza com os do fotógrafo Giovanni Chiaramonte, acompanha-da por um encontro, um percurso poético por sítios normalmente inter-ditos ao público e um inusitado cabaret no sub-palco farão deste um dia de descoberta e partilha.
Join the Teatro Municipal do Porto in this celebration and pay tribute to the his-
tory of Rivoli in this reopening of its doors into the future. A Theatre has many
lives, many stories and many projects inlaid. The newly renamed Teatro Municipal
Rivoli has a history that goes back to 1913, when Teatro Nacional was inaugurated
in this very spot, stretching to the area where Caixa Geral de Depósitos is now lo-
cated. From the restructuring project of Teatro Nacional, by architect José Júlio de
Brito, Teatro Rivoli is born. Inaugurated on January 20th 1932, owned by Manuel
Pires Fernandes and Banco Borges & Irmão. For many years, theatre, opera, music,
dance and cinema (from silent to sound movies) were regularly presented, follow-
ing the national and international trends of the ages. In 1997 Rivoli reopens after
a deep refurbishing, under the direction of Isabel Alves Costa. In 2014 Rui Moreira
and Paulo Cunha e Silva implement new cultural policies, giving the theatre back
to the city. In 2015 a new season begins under the direction of Tiago Guedes. The
official launch of the 2015 season will be on January 24th, celebrating the 83rd an-
niversary of the city’s iconic building. This day will be celebrated with an intense
programme, presenting projects from different artistic disciplines that shall main-
tain a regular presence throughout the season. A dance performance from one of
the most outstanding Swiss dance companies; a musical theatre play for the whole
family; a performance in the theatre’s lobby; an exhibition that crosses the visions
of Álvaro Siza and photographer Giovanni Chiaramonte, accompanied by a meet-
ing; a poetic route through the restricted areas of the building and a cabaret at our
understage will make for a full day of shared discovery.
Junte-se ao Teatro Municipal do Porto nesta comemoração que presta homenagem à história do Rivoli e que agora abre portas para o que vai ser o seu futuro.
S Á B 2 4 J A N
8 3 ºA N I V E R S Á R I O
T E A T R O M U N I C I P A LR I V O L I8 3 R D A N N I V E R S A R Y
T E A T R O • M Ú S I C A / 1 1 H 0 0 & 1 4 H 3 0P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
S O P A N U V E M ⁄
C O M P A N H I A C A Ó T I C A[ P Á G . 3 6 ]
C O N F E R Ê N C I A / 1 6 H 3 0P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
E X P O S I Ç Ã O • I N A U G U R A Ç Ã O / 1 7 H 3 0F O Y E R 3 º P I S O
A M E D I D A D OO C I D E N T E
V I A G E M N A R E P R E S E N T A Ç Ã O
⁄ Á L V A R O S I Z A &
G I O V A N N I C H I A R A M O N T E ( I T )[ P Á G . 6 6 ]
L I T E R A T U R A / 1 8 H 3 0V Á R I O S E S P A Ç O S
A P O E S I A À S O L T A⁄
A N T Ó N I O D U R Ã E SA D O L F O L U X Ú R I A C A N I B A L
T E R E S A C O U T I N H OP E D R O L A M A R E S
S U S A N A M E N E Z E S[ P Á G . 6 7 ]
P E R F O R M A N C E / D A S 2 0 H 0 0 À S 2 3 H 0 0F O Y E R D A E N T R A D A
P R O X I M ( A ) I D A D E⁄
T A L E S F R E Y ( B R )[ P Á G . 1 8 ]
D A N Ç A / 2 1 H 3 0G R A N D E A U D I T Ó R I O
T A R A BE S T R E I A N A C I O N A L
⁄ L A U R E N C E Y A D I &
N I C O L A S C A N T I L L O N C O M P A G N I E 7 2 7 3 ( C H )
[ P Á G . 1 7 ]
M Ú S I C A • C A B A R E T / 2 3 H 3 0C A F É - C O N C E R T O
J É R Ô M E M A R I N ( F R )
E S T R E I A N A C I O N A L[ P Á G . 4 6 ]
S E X 2 0 A D O M 2 2 M A R
F O C O M A R I O N E T A SF O C U S P U P P E T R Y
⁄ T E A T R O M U N I C I P A L R I V O L I
M A R I O N E T A SS E X 2 0 M A R / 2 1 H 3 0
P A L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O
N O T A L L W H O W A N D E R A R E L O S T⁄
B E N J A M I N V E R D O N C K ( B E )[ P Á G . 4 2 ]
P E N S A M E N T OS Á B 2 1 M A R ⁄ 1 8 H 0 0
F O Y E R 3 º P I S O
I M A G E N S M I G R A T Ó R I A S # 2⁄
A L E X A N D R A B A L O N AB E N J A M I N V E R D O N C K ( B E )
R U I C A T A L Ã OP E T E R T ’ J O N C K ( B E )
[ P Á G . 7 5 ]
M A R I O N E T A SS Á B 2 1 M A R ⁄ 1 9 H 0 0P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
O B J E C T OE N C O N T R A D O P E R D I D O
E S T R E I A
⁄ T E A T R O D E F E R R O
[ P Á G . 4 3 ]
M A R I O N E T A SS Á B 2 1 M A R / 2 1 H 3 0
P A L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O
N O T A L L W H O W A N D E R A R E L O S T⁄
B E N J A M I N V E R D O N C K ( B E )[ P Á G . 4 2 ]
No Porto são várias as companhias e projetos que têm dedicado especial atenção às marionetas e, em outubro, o FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto terá no Teatro Municipal o seu quartel-general. Lançou-se então o desafio ao Teatro de Marionetas do Porto, para a repo-sição de um dos seus mais recentes espetáculos — “Pelos Cabelos” — e o desenvolvimento de um workshop para crianças. Foram também convi-dados Igor Gandra, a estrear a mais recente criação, “Objeto Encontrado Perdido”, do Teatro de Ferro, e o multidisciplinar artista belga, Benjamin Verdonck, a apresentar “notallwhowanderarelost” e a instalar a sua gi-gante maquete animada no palco do Grande Auditório.
March 21st is the World Puppetry Day. Teatro Municipal celebrates it with a
weekend dedicated to one of the most inventive artistic disciplines with a strong
presence in this city. Porto has several companies and projects dedicated to pup-
petry, and in October we will host and headquarter FIMP – International Puppetry
Festival of Porto. Teatro de Marionetas do Porto was challenged to repeat one of their
recent creations “Pelos Cabelos” and to develop a workshop for children. Igor Gan-
dra was invited to premiere his most recent creation “Objecto Encontrado Perdido”
from Teatro de Ferro. The multidisciplinary Belgian artist Benjamin Verdonck was
also invited to present “notallwhowanderarelost” and install his gigantic animated
scale model on the stage of the Auditorium.
No dia 21 de março comemora-se o Dia Mundial da Marioneta, celebrado com um preenchido fim-de-semana dedicado a uma das mais inventivas disciplinas artísticas com forte expressão na cidade.
W O R K S H O PD O M 2 2 M A R / D A S 1 0 H 3 0 À S 1 2 H 3 0
S A L A D E E N S A I O S
P E L O S C A B E L O S⁄
T E A T R O D E M A R I O N E T A SD O P O R T O
[ P Á G . 7 8 ]
M A R I O N E T A SD O M 2 2 M A R / 1 5 H 0 0P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
P E L O S C A B E L O S⁄
T E A T R O D E M A R I O N E T A SD O P O R T O
[ P Á G . 4 3 ]
E N C O N T R OD O M 2 2 M A R / 1 7 H 0 0P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
A C R I A Ç Ã OC O N T E M P O R Â N E A :
O Q U E P O D E U M AM A R I O N E T A ?
⁄ E U G É N I A V A S Q U E S
I S A B E L B A R R O SI G O R G A N D R A
J Ú L I O V A N Z E L E RC H R I S T I N E Z U R B A C H
[ P Á G . 8 1 ]
B I L H E T E C O N J U N T O
1 5 , 0 0E U R O S
T E R 1 0 A D O M 1 5 M A R
F O C O B R A S I LF O C U S B R A Z I L
⁄ T E A T R O M U N I C I P A L R I V O L I
C I N E M AT E R 1 0 A Q U I 1 2 M A R / 2 2 H 0 0
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
C I C L O D E C I N E M A⁄
R I C A R D O A L V E S J R .M A R C E L O P E D R O S OA D I R L E Y Q U E I R Ó SG A B R I E L M A S C A R O
C I N T H I A M A R C E L L ET I A G O M A T A M A C H A D O
T I Ã O[ P Á G . 6 0 — P Á G . 6 2 ]
D A N Ç AS E X 1 3 M A R ⁄ 1 5 H 0 0 & 1 9 H 0 0
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
3 S O L O SE M 1 T E M P O
⁄ D E N I S E S T U T Z
[ P Á G . 2 8 ]
D A N Ç AS E X 1 3 M A R ⁄ 2 1 H 3 0G R A N D E A U D I T Ó R I O
M A T A D O U R O⁄
M A R C E L O E V E L I ND E M O L I T I O N I N C .
[ P Á G . 2 9 ]
E N C O N T R OS Á B 1 4 M A R ⁄ D A S 1 4 H 3 0 À S 1 8 H 0 0
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
O F I C I N A D OP E N S A M E N T O
⁄ M A R C E L O E V E L I ND E M O L I T I O N I N C .
[ P Á G . 8 1 ]
D A N Ç AD O M 1 5 M A R ⁄ 1 5 H 0 0P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
R E V E R S O⁄
T A L E S F R E Y[ P Á G . 3 1 ]
E N C O N T R OD O M 1 5 M A R ⁄ 1 6 H 0 0P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
B R A S I L P E R F O R M A T I V O⁄
N A Y S E L O P E ZD E N I S E S T U T Z
M A R C E L O E V E L I NT A L E S F R E Y
P R I S C I L L A D A V A N Z O[ P Á G . 8 1 ]
D A N Ç AD O M 1 5 M A R ⁄ 1 8 H 0 0
P A L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O
F I N I T A⁄
D E N I S E S T U T Z[ P Á G . 2 8 ]
O FOCO BRASIL é um percurso multidisciplinar pelo trabalho de autores e artistas oriundos deste país, nas áreas da dança, da performance e do cinema, representativos da produção artística contemporânea brasilei-ra. Para além dos momentos de apresentação e mostra destes trabalhos, há espaço ainda para a reflexão, que pontuará o programa através de en-contros e conversas.
A programme dedicated to cinema and performing arts in Brazil. A multidisci-
plinary trajectory through the work of Brazilian artists in dance, performance art
and cinema, representing Brazilian contemporary artistic production. Along with
the presentation of these works there is room for reflection, with meetings and talks.
Um programa dedicado ao cinemae às artes performativas do Brasil.
P E R F O R M A N C ES Á B 1 4 M A R ⁄ D A S 1 6 H 0 0 À S 1 9 H 0 0
F O Y E R 3 º P I S O
C O L E Ç Ã O⁄
P R I S C I L L A D A V A N Z O[ P Á G . 3 0 ]
D A N Ç AS Á B 1 4 M A R ⁄ 2 1 H 3 0
P A L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O
F I N I T A⁄
D E N I S E S T U T Z[ P Á G . 2 8 ]
M Ú S I C A ⁄ D JS Á B 1 4 M A R ⁄ 2 3 H 3 0
C A F É - C O N C E R T O
D J D E M O L I T I O N I N C .⁄
D E M O L I T I O N I N C .
B I L H E T E C O N J U N T O
2 0 , 0 0E U R O S
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
1 4
M A R C O D A S I L V A F E R R E I R A / H U ( R ) M A N O [ P Á G . 1 6 ]
L A U R E N C E Y A D I & N I C O L A S C A N T I L L O N – C O M PA G N I E 7 2 7 3 ( C H ) / T A R A B [ P Á G . 1 7 ]
T A L E S F R E Y ( B R ) / P R O X I M I D A D E + R E V E R S O [ P Á G . 1 8 E P Á G . 3 1 ]
P E R F O R M A N C E . . . A G A I N ! # 1 [ P Á G . 1 9 ]
J O A N A V O N M A Y E R T R I N D A D E / N A M E L E S S N A T U R E S [ P Á G . 2 0 ]
F LÁV I O R O D R I G U E S / B E V Y V E R S E $ + C Y R I L V I A L L O N ( F R ) / P R É F É R E N C E [ P Á G . 2 1 ] ( B A L L E T E AT R O )
G R E G O R Y M A Q O M A ( R S A ) – C O M PA N H I A I N S T Á V E L / F R E E [ P Á G . 2 2 ]
J O N A T H A N B U R R O W S & M A T T E O F A R G I O N ( U K / I T ) / B O T H S I T T I N G D U E T + B O D Y N O T F I T F O R P U R P O S E . C H E A P L E C T U R E + T H E C O W P I E C E [ P Á G . 2 3 E P Á G . 2 4 ]
S A R A M A N E N T E ( I T ) , M A R C O S S I M Õ E S , V O N C A L H A U ! / T H I S P L A C E [ P Á G . 2 5 ] ( N E C — N Ú C L E O D E E X P E R I M E N T A Ç Ã O C O R E O G R Á F I C A )
C A T A R I N A M I R A N D A / S H A R K + J O A N A C A S T R O / P A R T Í C U L A S D O U R A D A S N U M M U N D O Q U A S E S E M P R E V E S T I D O D E P R E T O [ P Á G . 2 6 ] ( PA L C O S I N S T Á V E I S — C O M PA N H I A I N S T Á V E L )
F L Á V I O R O D R I G U E S / G . O . D . — G O D D E S S O F D E S I R E [ P Á G . 2 7 ]
D E N I S E S T U T Z ( B R ) / 3 S O L O S E M 1 T E M P O + F I N I T A [ P Á G . 2 8 ]
M A R C E L O E V E L I N ( B R ) / M A T A D O U R O [ P Á G . 2 9 ]
P R I S C I L L A D A V A N Z O ( B R ) / C O L E Ç Ã O [ P Á G . 3 0 ]
D A N Ç A⁄
P E R F O R M A N C ED A N C E ⁄ P E R F O R M A N C E
Tarab Laurence Yadi & Nicolas Cantillon – Compagnie 7273 (CH)Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
1 6 1 7S Á B 2 4 J A N ⁄ 2 1 H 3 0
T A R A BE S T R E I A N A C I O N A L
⁄ L A U R E N C E Y A D I & N I C O L A S C A N T I L L O N
C O M P A G N I E 7 2 7 3 ( C H )
⁄ G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
1 0 , 0 0 E U R • M / 1 2
Num palco despido de vida, dez corpos seguem uma rotina de movimento que não os diferencia dos demais. São como uma coluna vertebral gigan-tesca, com movimentos ligeiros, hipnóticos, como se de um ritual se tra-tasse. Um ritmo, uma lufada de ar fresco e/ou quente que chega de parte incerta, que leva os intérpretes para parte desconhecida. São como seres com identidade, volumes que adquirem várias identidades, característi-cas que os vão modificando conforme a viagem. Laurence Yadi e Nicolas Cantillon, dois seres universais que partem do território (seu e dos outros) para o mundo (que é seu mas é de todos) criam uma nova peça centrada na identidade humana — o que é ser e estar num mundo em constante mudança. Neste novo espetáculo, os dois coreógrafos recuperam o misti-cismo oriental, com os movimentos ondulantes típicos de uma cultura do mundo a cruzarem-se com as influências urbanas, como o funk, o rock ou o R&B (aqui personificando uma cultura do mundo, massificada).
Choreographers Laurence Yadi and Nicolas Cantillon question human identi-
ty in a world in permanent change. Laurence Yadi and Nicolas Cantillon, are two
universal beings who leave the territory (theirs and other’s) into the world (which is
theirs but everyone else’s) and create a new piece based on human identity (how is it
like being in a world in constant change?). In this new piece, the two choreographers
take up eastern mysticism, with undulating movements typical of a world culture, mix-
ing it with urban influences like funk, rock or R&B (embodying a mass world culture).
Os coreógrafos Laurence Yadi e Nicolas Cantillon questionam a identidade humana num mundo em constante mudança.
Conceção e Coreografia Laurence Yadi, Nicolas
Cantillon • Interpretação Aline Lopes, Gabriela
Gomez, Gildas Diquero, Karima El Amrani, Lola
Kervroedan, Luc Bénard, Margaux Monetti,
Nicolas Cantillon, Ryan Djojokarso,
Victoria Hoyland• Desenho de Luz Patrick
Riou • Música Jacques Mantica • FigurinosOlga Kondrachina
• Direção Técnica Patrick Riou, Arnaud Viala
• Colaboração Graziella Jouan, Nicolas Field,Sir Richard Bishop
Nicolas Cantillon nasceu em 1972, em Melun, e Laurence Yadi nasceu em Argenteuil, França, em 1973. Ambos têm dividido as vidas pessoais e profissionais entre França e Suíça. A primeira peça criada em conjunto chama-se “La Vision du lapin” e data de 2003.
Nicolas Cantillon and Laurence Yadi split their personal and professional lives
between France and Switzerland. They created their first piece together in 2003. It
is called ‘La Vision du Lapin’.
P A R A L E L O
W O R K S H O PP Á G . 7 7
8 3 º A N I V E R S Á R I O T M R I V O L I
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Produção Compagnie 7273• Coprodução Association
pour la Danse Contemporaine de Genève,
Arsenic de Lausanne, Gessnerallee Zürich,
Südpol Lucerne,Reso - Réseau Danse
Suisse, com o apoio de Pro Helvetia e Ernst Göhner
Stiftung
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
Neste espetáculo é desenvolvida uma reflexão não-verbal sobre as relações e interações existentes entre o denominado “eu humano” e o chamado “nós urbano”. Em “Hu(r)mano”, os intérpretes elevam-se a uma atmosfe-ra paralela ao real, uma dimensão coletiva de consciência do “movimen-to humano urbano”. Esta é uma busca constante do significado da dança enquanto produto abstrato, uma procura partilhada, que se gera de for-ma intuitiva e em grupo, numa relação de significados e estares destes “humanos-transumanos”.Marco da Silva Ferreira remonta esta produção, numa performance que promete deixar pistas consistentes para o futuro.
Marco da Silva Ferreira reflects on human relations through contemporary and
urban dance. In “Hu(r)mano” the dancers are elevated to a parallel atmosphere, a
collective dimension of consciousness of the ‘urban human movement’. It’s a constant
search for the meaning of dance as an abstract product, a shared research, which
generates intuitively within a group, in a relation of meanings and presences of these
‘trans-human humans’. Marco da Silva Ferreira restages this piece in a performance
that promisses to leave consistent clues for the future.
S E X 2 3 J A N ⁄ 2 1 H 3 0
H U ( R ) M A N OR E M O N T A G E M ⁄ C O P R O D U Ç Ã O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
C O A P R E S E N T A Ç Ã O C O M C O M P A N H I A I N S T Á V E L ⁄ P A L C O S I N S T Á V E I S ⁄
M A R C O D A S I L V A F E R R E I R A⁄
A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E7 , 5 0 E U R • M / 1 2
Direção e coreografiaMarco da Silva Ferreira• Assistência de direção
Mara Andrade• Interpretação Anaísa Lopes, André Cabral,
Marco da Silva Ferreira e Vítor Fontes • Direção técnica e desenho de luz
Wilma Moutinho• Música Rui Lima e Sérgio
Martins • Cenografia Marco da Silva Ferreira
• Figurinos Marco da Silva Ferreira • Produção executiva Marco da Silva
Ferreira e Joana Ferreira • Produção Pensamento
avulso, associação de artes performativas
Marco da Silva Ferreira nasceu em 1986 em Santa Maria da Feira. Traba-lha profissionalmente em dança desde 2008, com coreógrafos como André Mesquita, Hofesh Schechter, Sylvia Rijmer, Tiago Guedes e Victor Hugo Pontes. Como coreógrafo estreou-se em 2012 com o solo “Nevoeiro 21”.
Marco da Silva Ferreira was born in 1986, in Santa Maria da Feira. He works as a
professional dancer since 2008, with choreographers like André Mesquita, Hofesh
Schechter, Sylvia Rijmer, Tiago Guedes and Victor Hugo Pontes.
Marco da Silva Ferreira desenvolve uma reflexão coreográfica sobre as relações humanas através da dança.
P A R A L E L O
C O N V E R S A P Ó SE S P E T Á C U L O
P Á G . 8 0
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 6
R E S I D Ê N C I A D EC U R T A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 8
Foto
grafi
a ©
Joã
o V
idal
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
1 8 1 9S E X 6 F E V ⁄ 2 1 H 3 0 E S Á B 7 F E V ⁄ 1 6 H 0 0
P E R F O R M A N C E . . .A G A I N ! # 1
⁄ P I N T U R A A I N D A : A B A N D O N O E P E R S I S T Ê N C I A
C U R A D O R I A D E V E R A M O T A⁄
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I5 , 0 0 E U R P R O G R A M A I N T E G R A L • M / 1 2
Como poderá o aqui e agora de um passado existir num outro tempo, num outro lugar? Num momento em que a performance parece reafirmar-se como linguagem privilegiada para muitos artistas, tornando-se alvo de in-teresse também por parte de diferentes instituições, impõe-se considerar a importância da reconstituição da sua história, questionar e avaliar a perti-nência da reposição de obras seminais, tomando esta hipótese como meio para uma reflexão em torno desta prática artística na contemporaneidade. “Performance... again!”, programa delineado pela performer Vera Mota, procura revisitar performances de referência, por meio da sua reprodução ou através da exibição de filmes que as documentam. “Pintura ainda: abandono e persistência”, primeiro momento deste pro-grama, irá debruçar-se sobre a relação entre pintura e performance e as diferentes formas como se materializam na obra de alguns artistas, no-meadamente Yves Klein.
“Performance... again!”, a programme curated by Vera Mota, in which notable per-
formances are revisited either by reproduction or by showing them on film. “Pintu-
ra ainda: abandono e persistência” (Painting nevertheless: abandonment and per-
sistence) is the first moment of this programme, focused on the relation between
painting and performance, and the different ways they materialized in the work of
some artists, namely, Yves Klein.
Vera Mota, artista plástica e performer, vive e trabalha no Porto. É licen-ciada em Artes Plásticas – Escultura, pela Faculdade de Belas Artes, Uni-versidade do Porto. Frequentou o curso de Pesquisa e Criação Coreográfi-ca pelo Fórum Dança. Em 2008 conclui o Mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas, com uma tese dedicada à investigação da performativi-dade e presença do corpo na obra de arte.
Vera Mota is a visual artist and a performer. She has a degree in Sculpture. She
attended the Research and Choreographic Creation Course from Fórum Dança. In
2008 she concluded her Masters in Contemporary Artistic Practices.
P R O G R A M A
D E 2 A 7 F E V / E M H O R Á R I O C O N T Í N U O
V Í D E O S D E Y V E S K L E I N⁄
A N T H R O P O M É T R I E D E L ’ É P O Q U E B L E U E ( 2 ’ 2 6 ) , 1 9 6 0
T H E H E A R T B E A T O F F R A N C E( 2 ’ 4 9 ) , 1 9 6 1
Y V E S K L E I N M A K I N G F I R E P A I N T I N G S( 9 ’ 0 3 ) , 1 9 6 2
⁄ F O Y E R D A E N T R A D A
P E R F O R M A N C E / C O N C E R T O S E X 6 F E V / 2 1 H 3 0
S Y M P H O N I E M O N O T O N - S I L E N C E
⁄ D E Y V E S K L E I N
D I R I G I D A P E L O M A E S T R O R O L A N D D A H I N D E N
4 0 M I N .
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
P R O J E Ç Ã O D E F I L M E S / P E R F O R M A N C ES Á B 7 F E V / 1 6 H 0 0
P A I N T I N G F A C E D O W N– W H I T E L I N E
D E P A U L M c C A R T H Y
V Í D E O / P E R F O R M A N C E
A P A R T I R D E I L F A U T D A N S E R P O R T U G A L
D E A N T Ó N I O O L A I O
E N C O N T R O
M A G N U S A F P E T E R S E N SA N T Ó N I O O L A I O
⁄ M O D E R A Ç Ã O D E V E R A M O T A
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
S Á B 2 4 J A N ⁄ D A S 2 0 H 0 0 À S 2 3 H 0 0
P R O X I M ( A ) I D A D E⁄
T A L E S F R E Y ( B R )
⁄ F O Y E R D A E N T R A D A T M R I V O L I
E N T R A D A G R A T U I T A • M / 6
Um corpo desconhecido está perdido num espaço vazio. Está sozinho, imóvel, como que (aparentemente) desprovido de vida. Mas um corpo que (aparentemente) não vive carrega em si a velocidade da vida de quem o olha. O corpo traz consigo, agarrado, como se fossem prolongamentos das veias, a cor de balões que esvoaçam com a passagem da vida de quem o olha, atenta, admira e se espanta com este sinal dos tempos. O corpo de Tales Frey é assim o campo simbólico para converter signos que mar-cam o ritual de passagem do aniversário em anúncios de proximidade da morte. O fim é o início e o início, que se comemora, pode afinal ser o fim.
Tales Frey sees birthdays as a moment of both death and rejuvenation of the
human being. An unknown body is lost on a lifeless, stark empty space. The body is
alone and motionless, as if (apparently) devoid of life. But a body that (apparently)
doesn’t live carries in itself the speed of life of the beholder. The body has the colour
of balloons that flutter with the passing lives of those who attentively observe, ad-
mire and wonders with the sign of the times.
Tales Frey nasceu no Brasil, em 1982. É performer e dedica-se à vídeoar-te, à encenação e à crítica de arte. O ritual, o corpo e a performance são os tópicos de destaque no seu trabalho académico e performativo. É fun-dador da Cia. Excessos e da Revista Performatus.
Tales Frey was born in Brazil, in 1982. He is a performer dedicated to video art,
theatre staging and art critic. Ritual, body and performance are the topics of his ac-
ademic and artistic work.
Conceção Tales Frey• Contraregras
Paulo Aureliano da Mata, Priscila Davanzo
e Tânia Dinis
O aniversário é encarado por Tales Frey como momentode morte e rejuvenescimento do ser humano.
8 3 º A N I V E R S Á R I O T M R I V O L I
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
2 0 2 1Q U A 1 1 & Q U I 1 2 F E V ⁄ 2 1 H 3 0
B E V Y V E R S E $ + P R E F É R E N C EB A L L E T E A T R O
⁄ F L Á V I O R O D R I G U E S ⁄ C Y R I L V I A L L O N ( F R )
⁄ A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E
5 , 0 0 E U R • M / 1 2
Flávio Rodrigues nasceu em 1984, em Vila Nova de Gaia. Em 2006 conclui o curso de Dança no Balleteatro Escola Profissional. Atualmente tra-balha como coreógrafo e performer. É professor no Balleteatro.
Flávio Rodrigues was born in 1984 in Vila Nova de
Gaia. In 2006 he finished the dance course at Ballete-
atro Professional School, where he currently teaches.
He works as both choreographer and performer.
Cyril Viallon começou a dançar em 1983. Criou a Cariátides Companhia em 1996, em Lille. Desde 2003, a Companhia faz parte do Collectif Jeune Public Nord-Pas-de-Calais e do Conselho Inter-nacional de Dança.
Cyril Viallon created the Compagnie Caryatides in Lille,
1996. Since 2003, the company is part of the Collectif
Jeune Public Nord-Pas-de-Calais and the International
Dance Council, in France.
“Bevy Verse$”, de Flávio Rodrigues, é a continua-ção de um projeto iniciado em 2014, VERSE$. Nesta nova versão pretende-se a sua reconstru-ção e recriação, desta vez com um coletivo de corpos. Em BEVY VERSE$ a ideia de grupo ou comunidade é recorrente. Noções como “mani-festo”, “um só corpo”, “aglomeração”, “sobreposi-ção”, “tempestade”, “conflito”, “o pop” e “as mas-sas” são pontos de partida para dar lugar a um corpo vivo e enérgico.
“Bevy Verse$” by Flávio Rodrigues, is the sequel to a
project started in 2014, VERSE$. In this new version,
he sought for its reconstruction and recreation, but
this time with several bodies.
“Preférence” é uma proposta que reflete sobre as questões de género, a comunicação entre homem e mulher, ou outras. Nesta peça o coreógrafo Cyril Viallon questiona a importância do género na so-ciedade: ser mulher, delicada e ternurenta; ser homem, forte e viril; ser homem e/ou mulher e não se enquadrar nos padrões estabelecidos pela sociedade. Falar e viver o humano sempre foi um tema que interessou o coreógrafo francês, que, pela sexta vez, colabora com o Balleteatro.
“Preférence” is a proposal that reflects on gender issues,
on communication between man, woman and other gen-
der identities. In this piece, choreographer Cyril Viallon
questions the importance of gender in our society: be-
ing a woman, tender and delicate; being a man, virile
and strong; being a man and/or woman and not fitting
in society’s established models.
Direção Flávio Rodrigues• Interpretação Ana Ester Ribeiro, Ana Lia Moura,
Ana Margarida Silva, Ana Maria Ferreira,
António Teixeira, Bruna Silva, Diana Moreira,
Inês Macedo, Isa Silva, Iuri Costa, Joana Silva,
João Costa, Mariana Marcelino, Patrícia Viana, Paula Barata, Raquel Dos Santos, Raquel Nicolau,
Rita Ribeiro, Sara Araújo, Sara Gonçalves, Sara
Moreira, Sebastião Beki, Tânia Tedim, Telma
Gomes, Tiago Martins, Vanessa Cunha [alunos do 2º Ano do curso de dança
do Balleteatro Escola Profissional]
• Produção executivaTiago Oliveira
• Produção Balleteatro
Coreografia Cyrill Viallon • Interpretação Afonso
Cunha, Ana Filipa Sousa, Ana Rita Silva, Andreia
Alpuim, Ândria Gonçalves, Bárbara Sequeira,
Beatriz Machado, Beatriz Martins, Bruno Santos, Catarina Teixeira, Filipa Duarte, Gabriela Barros,
José Meireles, Katycilanne Reis, Luana Andrade,
Márcio Duarte,Maria Inês Portela, Paulo
Faria, Raquel Santos, Renata Calado,
Rui Machado, Sara Barbosa [alunos 3º
ano do curso de dança do Balleteatro Escola
Profissional]• Produção Executiva
Tiago Oliveira • Produção Balleteatro
O programa apresentado vai ao encontro de uma das principais missões do Balleteatro: o trabalho com jovens intérpretes e criadores, que tem como finalidade a exibição em contexto profissional de bailarinos e ato-res em início de carreira.
This programme reflects one of the main missions of Balleteatro: the dedication to
young performers and creators, aiming to show in a professional setting their work
as actors and dancers starting a professional career.
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
S Á B 7 F E V ⁄ 1 9 H 3 0
N A M E L E S S N A T U R E S⁄
J O A N A V O N M A Y E R T R I N D A D E⁄
C A F É - C O N C E R T O T M R I V O L I5 , 0 0 E U R • M / 1 2
“Nameless Natures” centra-se na imagem fotográfica e no enquadramen-to potenciado pelo elemento figurativo. Através de documentos, contex-tos e conceitos provoca a composição performativa através da resistên-cia, persistência, o caos e o excesso. A relação que se cria é direta e com emissores/recetores bem definidos: o corpo (performer) num campo de visão (espetador), que gera uma sequência de fotogramas do que é visí-vel e de um invisível ainda mais visível que aquele que descortinamos a olho nu. Um invisível que é transgressor e transcendente, que polvilha o que se desconstrói, o que se constrói, o que se movimenta, partindo de premissas base como a sua natureza, o seu significado, o seu objetivo e os seus efeitos. Tal como o título o indica, estas são imagens sem nome, sem discurso, numa contraposição que inverte o significado usual da expres-são “natureza morta”.
The action of taking a picture is seen as a go-between linking what’s visible
and invisible. “Nameless Natures” is focused on the photographic image and the
potential framing of the figure. With documents, contexts and concepts, it triggers
composition on stage through resistance, persistence, chaos and excess. The estab-
lished relation is immediate, with well-defined senders/receivers: body (the perform-
er) in a field of vision (the audience), generating a sequence of photograms of what
is visible, and an invisibility even more visible than what we see with the naked eye.
Joana von Mayer Trindade é coreógrafa, performer e professora. Fun-dadora, com Hugo Calhim Cristovão, da NuIsIs ZoBoP. É licenciada em Psicologia pela Universidade do Porto e mestre SODA - Solo Dance Au-thorship, pela Universidade das Artes de Berlim.
Joana von Mayer Trindade is a choreographer, performer and teacher. She found-
ed NuIsIs ZoBoP, and has a degree in Psychology from the University of Porto and a
SODA masters - Solo Dance Authorship by the Berlin University of the Arts.
Conceção, Criação e Coreografia Joana von
Mayer Trindade• Cocriação e Interpretação Bruno Senune e Lee Meir
• Som Jonathan Uliel Saldanha
• Consultor Artístico Hugo Calhim Cristovão
• Residência Artística Atalaia Artes, Companhia
Instável, O Espaçodo Tempo
• Apoio à Criação Fundação Calouste Gulbenkian
O ato fotográfico é visto como mediador de uma relação entreo visível e o invisível.
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A D EC U R T A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 8
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
2 2 2 3S E X 2 0 F E V ⁄ 2 1 H 3 0
B O T H S I T T I N G D U E T+
B O D Y N O T F I T F O R P U R P O S EE S T R E I A N A C I O N A L
⁄ J O N A T H A N B U R R O W S & M A T T E O F A R G I O N ( U K ⁄ I T )
⁄ P A L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
1 0 , 0 0 E U R • M / 1 2
O bailarino e coreógrafo Jonathan Burrows e o compositor Matteo Fargion têm um objetivo artístico comum: fazer qualquer plateia pensar. Pensar no que é dito, pensar no que é visto, pensar. Simplesmente pensar. Ao longo dos últimos 12 anos, elaboraram uma série de duetos que conjuga a com-posição musical mais clássica (a cargo de Fargion) com uma performance despojada, inebriante, quase desbocada (responsabilidade de Burrows). “Both Sitting Duet” é a prova disso: um espetáculo com mais de 10 anos (estreou em 2002) em que o humor, aliado à fina inteligência de dois ar-tistas sem medos do politicamente incorreto, permite entender melhor o mundo em que vivemos. Já “Body Not Fit For Purpose”, espetáculo es-treado na Bienal de Veneza em 2014, é uma forma de protesto: coloca em choque as políticas de ódio e fúria e a alegria contagiante da dança, des-vendando uma relação entre significado e ação e levantando questões so-bre o estado das coisas através do humor.
Jonathan Burrows and Matteo Fargion question the value of artistic perfor-
mance through irony. “Both Sitting Duet” (2002) is a performance with more than
10 years, in which humour is allied to the fine intelligence of two artist that are
not afraid of the politically incorrect, allowing a better understanding of the world
we live in. “Body Not Fit For Purpose” - premiered at the Venice Biennale 2014 - is
a protest: it confronts the politics of hate and fury, and the contagious happiness
of dance, unveiling a relation between meaning and action, and raises questions -
through humour - about the state of things.
InterpretaçãoJonathan Burrows,
Matteo Fargion
A dupla Jonathan Burrows e Matteo Fargion questiona o valor da performance artística através da ironia.
P A R A L E L O
I M A G E N SM I G R A T Ó R I A S
P Á G . 7 5
W O R K S H O PP Á G . 7 7
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Foto
grafi
a ©
Ben
Par
ks
Direção Gregory Maqoma• Criação musical
Giuliano Modarelli• Assistente de ensaios Cristina
Planas Leitão• Interpretação Anya Seno,
Daniela Cruz, Duarte Valadares, Pedro Rosa,
Vittoria Ferrari• Estágio João Cardoso
• Direção técnicaRicardo Alves • Figurinos ESAD
(sob a orientaçãode Maria Gambina)
• Produção Companhia Instável
S Á B 1 4 F E V ⁄ 2 1 H 3 0
F R E EE S T R E I A ⁄ C O P R O D U Ç Ã O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
⁄ G R E G O R Y M A Q O M A ( R S A ) ⁄ C O M P A N H I A I N S T Á V E L
⁄ G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
7 , 5 0 E U R • M / 1 2
África é um continente de dimensões geográficas e sociais extremas. De um lado, as guerras que consumimos no dia-a-dia, através dos meios de comunicação social; as epidemias que dizimam milhares de vidas huma-nas; a pobreza que aumenta diariamente. Do outro lado, um continente de cores, de formas, de cheiros inebriantes, de exotismos inalcançáveis em qualquer outra zona do globo. É sobre tudo isto – o pior e o melhor que um continente pode ter e dar - que falam as coreografias de Gregory Maqoma. Natural do Soweto, Maqoma propõe abordar nos seus objetos coreográfi-cos as diferenças de um território em mutação, desconstruindo, em mo-vimentos, ritmos e sons, os estereótipos criados. Através da sua história pessoal e do seu trabalho, esta é a forma encontrada para não deixar cair o território no esquecimento.
Gregory Maqoma creates an ode to the African continent, which is present in
all his choreographic body of work. Africa is a continent of extreme geographi-
cal and social dimensions.On the one hand, all the wars we consume daily through
media; epidemics that kill by the thousands; poverty that grows every day. On the
other hand, a continent full of intoxicating colours, shapes and scents, exotic like
no other place on the globe. This is what Gregory Maqoma addresses in his pieces:
the best and the worst a continent has to offer.
Gregory Maqoma constrói uma ode ao continente africano, local que percorre toda a sua obra coreográfica.
Gregory Maqoma é natural do Soweto, onde nasceu em 1973. Formou-se na P.A.R.T.S., na Bélgica, e colaborou com diferentes criadores, entre os quais Akram Khan, na peça “Variations for Vibes, Strings & Pianos”, um trabalho comemorativo dos 70 anos do compositor Steve Reich.
Gregory Maqoma has a degree from P.A.R.T.S., in Belgium, and collaborated with
different choreographers, like Akram Khan.
A Companhia Instável foi criada em 1998, na cidade do Porto, como res-posta à necessidade sentida ao nível das opções de valorização do intér-prete de dança contemporânea. A estruturação do projeto assentou num modelo que tem no seu centro a vontade de dar oportunidades de experi-mentar, praticar e divulgar linguagens coreográficas pertinentes a cada tempo. É uma das estruturas residentes no Teatro Municipal Campo Ale-gre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto.
Companhia Instável was created in 1998, in Porto, as a response to the increasing
need to provide options to improve the skills of contemporary dancers.
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 6
P A R A L E L O
C O N V E R S A P Ó SE S P E T Á C U L O
P Á G . 8 0
Foto
grafi
a ©
Suz
y B
ern
stei
n
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
2 4 2 5S Á B 2 8 F E V ⁄ 1 8 H 0 0
T H I S P L A C EE S T R E I A ⁄ C O P R O D U Ç Ã O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
⁄ S A R A M A N E N T E ( I T ) , M A R C O S S I M Õ E S , V O N C A L H A U !
⁄ N E C – N Ú C L E O D E E X P E R I M E N T A Ç Ã O C O R E O G R Á F I C A⁄
S A L A - E S T Ú D I O T M C A M P O A L E G R E5 , 0 0 E U R • M / 1 2
Sara Manente nasceu em Itália, no ano de 1978. Vive e trabalha em An-tuérpia. Marcos Simões é português e nasceu em 1975. Estudou Enge-nharia Civil no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, frequentou o curso intensivo SNDO, em Amsterdão, Dança Contemporânea na Universidade Miguel Hernandes, em Alicante, e o post-master em Artes Performativas em Antuérpia. Von Calhau! é a designação do corpo de trabalho desenvol-vido por Marta Ângela e João Alves desde 2006. Performances, concertos, projeções de filme, exposições, programas de rádio, workshops, livros e leituras são as bases do seu trabalho.
Sara Manente has a degree in Communication/Semiotics, in Bologna, and a degree
in Performing Arts, in Antwerp. Marcos Simões Studied Civil Engineering at IST, in
Lisbon, attended the intensive dance course at SNDO, Amsterdam, Contemporary
Dance at Miguel Hernandes University, in Alicante, and the post-master in Performing
Arts, in Antwerp. Von Calhau! is the designation for the body of work developed by
Marta Ângela and João Alves, since 2006. Performances, concerts, movie screenings,
exhibitions, radio shows, workshops, books and readings are the base of their work.
Sara Manente e Marcos Simões são um casal (de artistas) que gosta de pen-sar os casais (de artistas) enquanto um “casal artístico”. Para isso convidam um casal de artistas (naturais do país de apresentação) para, durante duas semanas, partilharem um espaço de trabalho e algumas práticas comuns, permitindo-lhes observar e investigar o comportamento do casal em cria-ção. O projeto tem o título de “This Place”. Como ponto de partida propõem a cada casal o mesmo kit de práticas, criado a partir de experiências de per-ceção extra sensorial que, desenvolvidas e gravadas, possuem a forma de manual de instruções para a performance e funcionam como método alter-nativo para colaboração e improvisação. No final das duas semanas, em que tudo é partilhado, é feita uma apresentação ao público.
Sara Manente and Marco Simões are a couple (of artists) that like to see artist cou-
ples as artistic couples. They have invited another artistic couple (from each country
where they present the piece) to share a working space and some common practic-
es, in order to observe and research the behaviour of the creating couple. The pro-
ject is called “This Place”.
Conceito Sara Manentee Marcos Simões
• Criação e Performanceem colaboração com
Von Calhau!• Coprodução Núcleo de Experimentação
Coreográfica (NEC) e Teatro Municipal do Porto
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 7
Foto
grafi
a ©
Von
Cal
hau!
Jonathan Burrows sabe que os limites podem ser ultrapassados (a vida assim o permite) se o humor for a arma de arremesso para consciências mais pesadas. Por isso, juntamente com o compositor Matteo Fargion, Bur-rows apresenta um programa assente no chamado nonsense. Em “Cheap Lecture”, que faz um jogo de “toca e foge” com a composição “Lecture On Nothing”, de John Cage, Burrows homenageia e questiona o modo de pen-sar que tem sustentado a dança e a performance nos últimos 30 anos. Já “The Cow Piece” testa os limites (humanos) da lógica. Duas mesas, dis-postas num mesmo local, tornam-se numa plataforma para 12 vacas de plástico fazerem o impensável: dançarem, cantarem, falarem, pensarem, dormirem, saírem juntas, regressarem sozinhas e acompanhadas e, no fi-nal, morrerem. Esta série de rituais tem encantado as plateias do mundo inteiro, através destas vacas “inteligentes” que agem como seres racionais (como todos nós, aliás).
“Cheap Lecture” plays a game of hit and run with John Cage’s piece “Lecture On
Nothing”; it pays tribute and questions the frame of mind that has sustained dance
and performance for the past 30 years. “The Cow Piece” tests the (human) limits
of logic. Two tables side by side become a platform where 12 plastic cows do the un-
thinkable: they sing, dance, talk, think, sleep, go out together, come back alone or
with company and in the end they die.
S Á B 2 1 F E V ⁄ 2 1 H 3 0
C H E A P L E C T U R E+
T H E C O W P I E C EE S T R E I A N A C I O N A L
⁄ J O N A T H A N B U R R O W S & M A T T E O F A R G I O N ( U K ⁄ I T )
⁄ G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
1 0 , 0 0 E U R • M / 1 2
Jonathan Burrows dançou 13 anos com o Royal Ballet antes de se dedi-car ao seu trabalho performativo, que começou há cerca de 12 anos. O seu foco de trabalho atual é uma série de performances com Matteo Fargion que nasceu em Milão, Itália, em 1961. Fargion vive atualmente em Lon-dres. Foi através de Merce Cunningham e da sua companhia que desper-tou para a dança contemporânea, tendo frequentado um curso de com-posição para dança. Foi aí que conheceu Jonathan Burrows, com quem colabora há mais de 20 anos.
Jonathan Burrows danced with the Royal Ballet for 13 years before he dedicated
to his work as a performer, which started 12 years ago. His present focus is a se-
ries of performances with composer Matteo Fargion who was born in Milan, Italy
in 1961. Fargion lives in London. His interest in dance emerged after seeing Merce
Cunningham and his company perform, leading him to do a course for choreogra-
phers and composers. That’s where he met Jonathan Burrows, with whom he has
been collaborating for more than 20 years.
InterpretaçãoJonathan Burrows,
Matteo Fargion
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
P A R A L E L O
I M A G E N SM I G R A T Ó R I A S
P Á G . 7 5
W O R K S H O PP Á G . 7 7
Foto
grafi
a ©
Flá
vio
Rom
uald
o G
arof
ano
Foto
grafi
a ©
Her
man
Sar
gelo
os
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
2 6 2 7
Flávio Rodrigues nasceu em 1984, em Vila Nova de Gaia. Em 2006 conclui o curso de Dança no Balleteatro Escola Profissional. Atualmente trabalha como coreógrafo e performer. É professor no Balleteatro.
Flávio Rodrigues was born in 1984 in Vila Nova de Gaia. In 2006 he finished the
dance course at Balleteatro Professional School, where he currently teaches. He
works as both choreographer and performer.
S Á B 7 M A R ⁄ 2 1 H 3 0
G . O . D .( G O D D E S S O F D E S I R E )
E S T R E I A ⁄ C O P R O D U Ç Ã O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O⁄
F L Á V I O R O D R I G U E S⁄
C A F É - T E A T R O T M C A M P O A L E G R E5 , 0 0 E U R • M / 1 2
“Till the World Ends” é o título de uma canção interpretada pelo ícone pop Britney Spears, cujo vídeo mostra a cantora numa festa subterrânea com alusões a um ambiente apocalíptico. Nesse vídeo são feitas referências ao dia 21 de dezembro de 2012, data em que, reza a crença, terminou o calen-dário Maia com um ciclo de 5125 anos. É este o acontecimento que dá início ao projeto “G.O.D.”, de Flávio Rodrigues. A partir da ideia de construção de uma árvore genealógica, emerge uma série de ramificações. Esta árvore é a simbologia encontrada para a criação de uma nova partitura coreográfica e sonora, que será a base para um corpo que se move e se metamorfoseia.
Flávio Rodrigues uses the stereotypes of today’s pop culture and the ancient
traditions of the Mayan people in a piece about the metamorphosis of a body.
“Till the World Ends” is the title of a song by pop icon Britney Spears, whose video
clip shows the singer in an underground party, alluding to a post-apocalyptic ambi-
ence. In this video we see references of December 21, 2012 – the date in which, ac-
cording to the prophecies, the Mayan calendar ended with a 5125 years cycle. This
is the event that started Flávio Rodrigues’ “G.O.D.” project.
Concepção cénica, coreográfica e musical
Flávio Rodrigues• InterpretaçãoBruno Cadinha• Documentação
Telma João Santos• Imagem
Carla Valquaresma • Apoio "Um lugar
para a dança", EIRA, Balleteatro
Flávio Rodrigues usa os estereótipos da pop atual e as tradições ancestrais do povo maia para um trabalho sobre a metamorfose de um corpo.
C A M P O A B E R T O
B O L S A S D E C R I A Ç Ã OP. 8 9
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
P A L C O S I N S T Á V E I S⁄
C O M P A N H I A I N S T Á V E L⁄
P A L C O D O A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E7 , 5 0 E U R • M / 6
S Á B 2 8 F E V / 2 1 H 3 0
S H A R KE S T R E I A
⁄ C A T A R I N A M I R A N D A
“Shark” é um exercício de controlo sobre ma-térias inanimadas, interceptando-as, norma-lizando o seu espaço, impondo a organização pela violência e manipulação, levando a situa-ções extremas, de coerção pela carne. Esta peça faz parte de uma série de solos desenvolvidos pelos elementos do coletivo Flocks&Shoals de Berlim, intitulada “snail – lamb – shark – oran-gutan – rhino / The Celestial Emporium of Be-nevolent Knowledge”.
“Shark” is an exercise of control over lifeless matter,
intercepting it, normalising its space, imposing organ-
ization through violence and manipulation, leading to
extreme situations of coercion through the flesh.
Catarina Miranda nasceu em 1982. É licenciada em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Terminou ainda o curso de Dança para a Comunidade do Fórum Dança. É cofundadora do coletivo Flocks&Shoals (Berlim) e do Espaço Cultural AltesFinanzamt (Berlim).
Catarina Miranda has a degree in Visual Arts. She also
attended the course Dance for the Community at Fórum
Dança. She’s cofounder of the Flocks&Shoals collective,
and the AltesFinanzamt cultural space, both in Berlin.
Conceito/Performance Catarina Miranda
• Apoio Dramatúrgico Jonathan Uliel Saldanha
• Música John Philip Sousa misturado live por Jonathan Uliel Saldanha• Apoio à Criação Fórum Dança/Rumo do Fumo
(Residência de Criação no Espaço da Penha 2014),
Map/p/TNSJ, Dock11 Berlin, Gestão dos Direitos
dos Artistas, Companhia Instável
S E X 2 0 M A R / 2 1 H 3 0
P A R T Í C U L A S D O U R A D A S N U M M U N D O
Q U A S E S E M P R EV E S T I D O D E P R E T O
E S T R E I A
⁄ J O A N A C A S T R O
Uma ficção sobre a crença e a circunstância, onde o humano caminha ao lado do desumano, a presença submerge na ausência e a natureza é artifício e vice-versa. É prazer que moi e doi, num preto vazio: cheio de tudo e de nada. Quan-do poderíamos chamar-lhe Paraíso, o dourado caiu em crepúsculo, ficando somente um novo ponto de partida.
“Particulas douradas num mundo quase sempre ves-
tido de preto” is a fiction on belief and circumstance
where human walks along with inhumane, presence
submerges in absence, nature and subterfuge are the
same. It’s a pleasure that aches and grinds in an emp-
ty blackness full of nothing and everything. When we
were able to call it Paradise, golden fell into twilight…
Only a new beginning remains.
Joana Castro concluiu o curso profissional em dan-ça no Balleteatro, frequentou o Fórum Dança, foi bolseira do Núcleo de Experimentação Coreográfi-ca (NEC) e participa no DanceWeb Scholarship Pro-gramme do Festival Impulstanz.
Joana Castro finished the professional course at Bal-
leteatro; attended Fórum Dança; attended Núcleo de
Experimentação Coreográfica (NEC) with a grant and
was part of DanceWeb Scholarship Programme from
Impulstanz Festival.
Conceção, direção e interpretação Joana Castro
• Música ao vivo Joana Castro e Flávio Rodrigues
Este projeto permite ainda o cruzamento de experiências artísticas e ofe-recer à cidade o contacto com linguagens coreográficas emergentes. De-senvolvido desde 2012, com a realização de residências artísticas no Lugar Instável, este projeto prevê uma programação mensal.
Palcos Instáveis (Unstable Stages) is a project by Companhia Instável and Te-
atro Municipal do Porto which has the goal to encourage the work of young
artists. This project promotes the intersection of artistic experimentation, and of-
fers the city the contact with these emerging choreographic languages. Developed
since 2012, with artistic residencies at Lugar Instável, this project contemplates a
monthly programme of emerging choreographers.
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P. 8 6
Foto
grafi
a ©
Jon
atha
n S
alda
nha
Um projeto da Companhia Instável realizado com o Teatro Municipal do Porto, que tem como objetivos incentivar o trabalho de jovens criadores.
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
2 8 2 9
Numa arena sem nome, sem cidade, sem país, vários corpos sem rosto dispõem-se num ritual de iniciação. Bombos e instrumentos de corte dão o mote para uma sucessão de movimentos que se seguem, numa correria hipnotizante (para quem a vive e para quem a segue, ao longe). São cor-pos nus, novas peles, num caminho em círculo contínuo sem fim à vista (“mas será que algum dia esta viagem terá um fim?”, pensamos). Porque correm? Para onde correm? Será que correm? Ou será que prolongam a vida presa por um fio? “Matadouro”, a peça do brasileiro Marcelo Evelin e da sua companhia Demolition Inc., investiga o corpo como uma metáfo-ra de um campo de batalha em que as lutas travadas extravasam o mero confronto físico. Questiona-se o tradicional e o marginal, a civilização e a irracionalidade que lançam a ação no espaço subjetivo do “entre”. O es-petáculo incorpora a luta no seu estado limite através de uma ação contí-nua e que é acompanhada pelo “Quinteto em C Maior” de Franz Schubert.
Marcelo Evelin presents an arena of naked bodies in a ritual of permanent move-
ment as a synonym of an emerging society. In “Matadouro” (Slaughterhouse) – a
piece by Brazilian artist Marcelo Evelin and his company Demolition Inc. – the body
is explored like a metaphor of a battlefield, where each fight goes beyond the mere
physical confrontation. Tradition and marginality are questioned, so are civilization
and the irrationality that set the action in the subjective space of ‘in between’. The
piece embodies fight in its limit state through a continuous action, accompanied by
Fanz Schubert’s “String Quintet in C Major”.
S E X 1 3 M A R ⁄ 2 1 H 3 0
M A T A D O U R O⁄
M A R C E L O E V E L I N — D E M O L I T I O N I N C . ( B R )
⁄ G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
1 0 , 0 0 E U R • M / 1 6
Interpretação e Criação Alexandre Santos,
Andrez Lean Ghizze, Eduardo Moreira,
Fagão, Izabelle Frota, Jaap Lindijer, Jacob Alves, Josh S., Layane Holanda,
Marcelo Evelin, Regina Veloso e Silvia Soter
• Projeto financiado por Bolsa de estímulo à
criação artística em dança da Funarte (2008) • apoio Lei de Incentivo Estadual
do Governo do Piauí/SIEC/FUNDAC
Marcelo Evelin é coreógrafo, pesquisador e intérprete brasileiro. Criou a companhia Demolition Inc. em 1995, depois de se ter mudado, em 1986, do Brasil para a Europa. Lecciona improvisação e composição na Escola Supe-rior de Mímica de Amesterdão e orienta workshops e projetos colaborativos na Europa, nos Estados Unidos da América, em África e na América do Sul.
Marcelo Evelin is a Brazilian choreographer, researcher and dancer. He created
his company Demolition Inc. in 1995, after moving from Brazil to Europe, in 1986.
P A R A L E L O
C O N V E R S A P Ó SE S P E T Á C U L O
P Á G . 8 0
R E S I D Ê N C I A S D EC U R T A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 8
F O C O B R A S I L
Marcelo Evelin apresenta uma arenade corpos nus num ritual em constante movimento, sinónimo de uma sociedade em eclosão.
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Foto
grafi
a ©
Ser
gio
Cad
dah
S E X 1 3 M A R ⁄ 1 5 H 0 0 & 1 9 H 0 0
3 S O L O SE M 1 T E M P O
⁄ D E N I S E S T U T Z ( B R )
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
5 , 0 0 E U R • M / 1 2
S Á B 1 4 M A R ⁄ 2 1 H 3 0D O M 1 5 M A R ⁄ 1 8 H 0 0
F I N I T A⁄
D E N I S E S T U T Z ( B R )
⁄ P A L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
7 , 5 0 E U R • M / 1 2
A memória num corpo, com ou sem memória consciente. As memórias de um tempo inscritas num corpo em desenvolvimento.“3 Solos em 1 Tempo” é uma reflexão em cena de Denise Stutz, assente na memória enquanto identidade de um corpo através de três solos: “DeCor” (2003), “Absolu-tamente Só” (2005) e “Estudo para Impressões” (2007). Nesta proposta são apresentadas as três obras numa só. Com esta abordagem, permite-se perceber que todas estas coreografias, criadas em momentos diferen-tes, simbolizam uma preocupação fundamental da arte contemporânea atual: o que fazer com a memória que nos acompanha ao longo da vida.
A body: with or without a conscious memory. The memories of an age set in a de-
veloping body. ‘3 Solos em 1 Tempo’ is Denise Stutz’s 3 solo piece based on memory
as a body’s identity: “DeCor” (2003), “Absolutamente Só” (2005) and “Estudo para
Impressões” (2007).
Texto, direção e interpretação Denise Stutz
• Direção técnicaDaniel Uryon
Tudo o que tem um início tem, mais cedo ou mais tarde, um fim. É o ciclo normal da vivência (quando não da sobrevivência) de qualquer entidade, ser ou objeto. O início traz imediatamente a ideia do fim e o fim arrasta, de forma inconsciente, a ideia de ausência. É nesta dimensão, de um fim que provoca sentimentos díspares, que se situa a peça de Denise Stutz. De-senvolvido nos últimos dois anos, o espetáculo teve como ponto de partida uma carta enviada pela sua mãe. Uma carta de ausência, de fim, de ciclos que terminam e de vidas que continuam, com a perda sempre presente. Com essa inspiração (ou ideia permanentemente na cabeça, como se de um vírus se tratasse), Denise utilizou a arquitetura cénica do teatro para elaborar o conceito de perda e trabalhar os temas do envelhecimento e da ausência sob a perspetiva da dança.
Developed in the past two years, this piece started with a letter she received from
her mother. A letter of absence, of endings, of finishing cycles and lives that go on
with an ever-present loss. Inspired by this letter (or with it permanently in her mind,
like a virus), Denise uses the theatre’s stage architecture to work on the issues of
aging and absence through dance.
Texto, direção e interpretação Denise Stutz
• Colaboração Laura Samy e Clara Kutner • Iluminação
Daniel Uryon • Som Luciano Siqueira
• Coprodução Festival Panorama da Dança do
Rio de Janeiro
Denise Stutz é um dos nomes fundamentais da dança contemporânea brasileira. Iniciou os seus estudos de dança em Belo Horizonte. Em 1975 fundou o Grupo Corpo. Trabalhou com Lia Rodrigues como bailarina, pro-fessora e assistente de direção.
Denise Stutz is a fundamental name in Brazilian dance. In 1975, she founded the
Grupo Corpo. She worked with Lia Rodrigues as dancer, teacher and assistant director.
P A R A L E L O
C O N V E R S A P Ó SE S P E T Á C U L O
P Á G . 8 0
P A R A L E L O
E S P E T Á C U L O P A R A G R U P O S E S C O L A R E S
P Á G . 8 2
F O C O B R A S I L
F O C O B R A S I L
Foto
grafi
a ©
An
ton
io F
lor
Foto
grafi
a ©
Ren
ato
Man
golin
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
3 0 3 1
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
D O M 1 5 M A R ⁄ 1 5 H 0 0
R E V E R S O⁄
T A L E S F R E Y ( B R )
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
5 , 0 0 E U R • M / 1 6
O simples exercício da regressão a vida(s) passada(s), a um tempo que já não existe (mas que, todos sabemos, existiu), a momentos que ficaram na memória (ou que a memória talvez queira camuflar) é o mote para esta apresentação. “Reverso”, peça do brasileiro Tales Frey, é como uma ida ao psicanalista para uma viagem ao passado das memórias, um regresso às suas origens sem deixar o tempo presente, o momento atual, o local único que é o “agora”. Nesta performance, Tales Frey, de corpo nu, recorda todos os aniversários através de uma visão narcisista, da visão de um espelho colocado defronte do artista como a porta que o permite a entrada numa nova dimensão. A viagem, regressiva, tem um ponto de chegada identifica-do: as 20 horas do dia 20 de junho de 1982, o tal dia em que interrompeu, de forma ruidosa, a festa de aniversário da sua irmã, que completava um ano, para nascer e abandonar o conforto do útero materno.
This piece by Tales Frey is like a visit to the psychotherapist, a trip to past memo-
ries, a return to the origin without leaving the present, the present moment, the
unique place that is now.
Conceção/direção/interpretação Tales Frey
• Participação Silvana Frey • Operação de Som e Luz
Paulo Aureliano da Mata• Produção Cia. Excessos
Tales Frey nasceu no Brasil, em 1982. É performer e dedica-se à vídeoar-te, à encenação e à crítica de arte. O ritual, o corpo e a performance são os tópicos de destaque no seu trabalho académico e performativo. É fun-dador da Cia. Excessos e da Revista Performatus.
Tales Frey was born in Brazil, in 1982. He is a performer, dedicated to video art,
theatre and art critic. Ritual, body and performance are the topics of his academic
and artistic work.
F O C O B R A S I LFoto
grafi
a ©
Pau
lo A
urel
ian
o da
Mat
a
S Á B 1 4 M A R ⁄ D A S 1 6 H 0 0 À S 1 9 H 0 0
C O L E Ç Ã O⁄
P R I S C I L L A D A V A N Z O ( B R )
⁄ F O Y E R D O 3 º P I S O T M R I V O L I
E N T R A D A G R A T U I T A • M / 1 6
Priscilla Davanzo usa a pele como perpetuação da vida, transformando os objetos que recolhe em adereços indispensáveis à sobrevivência.
Esta é uma peça da artista brasileira Priscilla Davanzo, que se divide em duas partes: num primeiro momento, a artista percorrerá os bairros cen-trais do Porto, nos arredores do Teatro Municipal Rivoli, durante cerca de duas semanas, em busca de objetos doados ou emprestados pelos mo-radores ou transeuntes nesta zona. Estes objetos, de dimensões reduzi-das ou médias, serão recolhidos e colocados no espaço onde decorrerá a performance. Num segundo momento, findo o processo de recolha e cole-ção, Davanzo, sentada junto aos objetos, irá prendê-los, um a um, no seu corpo, através de costura. Esse acumular de objetos no seu corpo geram uma ideia de coleção e de decoração/design.
Priscila Davanzo uses the skin as the perpetuation of life, transforming objects
that she collects into essential props for survival. This piece by Brazilian artist
Priscilla Davanzo, is divided in two parts: on a first moment, Priscilla will walk the
central neighbourhoods of Porto, searching for borrowed or donated objects by local
residents or passers-by. On a second moment, Davanzo will sit with those objects
and attach them, one by one, to her body.
Conceção, criação e execução Priscilla Davanzo
• Apoio Performatus
Priscilla Davanzo é uma artista multidisciplinar, que vive e trabalha en-tre o Brasil e Portugal. Formada no Instituto de Artes da UNESP, desen-volveu a sua pesquisa focada no corpo humano, culminando na disserta-ção de mestrado “corpo obsoleto”, apresentada e defendida nesta mesma instituição no ano de 2006.
Priscilla Davanzo is a multidisciplinary artist. Has a degree from the Art Institute
of UNESP. Developed her research around the human body, culminating in her Mas-
ter’s dissertation, ‘Obsolete Body’, in 2006.
F O C O B R A S I L
Foto
grafi
a ©
Pau
lo A
urel
ian
o da
Mat
a
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• D
AN
ÇA
/PE
RF
OR
MA
NC
E
3 2
T E A T R O⁄
M A R I O N E T A ST H E A T R E ⁄ P U P P E T R Y
T E AT R O E X PA N D I D O ! J O Ã O S O U S A C A R D O S O / A R O N D A + O C E R E J A L + B A A L [ PÁ G . 3 4 E PÁ G . 3 5 ]
C O M PA N H I A C A Ó T I C A / S O PA N U V E M [ P Á G . 3 6 ]
R I T A B L A N C O , M A R I A J O Ã O L U Í S , M A R C E L L O U R G E G H E ( T E A T R O D A T E R R A ) / N A S O L I D Ã O D O S C A M P O S D E A L G O D Ã O [ P Á G . 3 7 ]
T E P — T E A T R O E X P E R I M E N T A L D O P O R T O / : O S M A I A S + C A S A V A G A [ P Á G . 3 8 E P Á G . 3 9 ]
O C Ã O D A N A D O / M E D E I A [ P Á G . 4 0 ]
L A M A R M I T A / A Q U E L A N U V E M . . . [ P Á G . 4 1 ]
B E N J A M I N V E R D O N C K ( B E ) / N O T A L L W H O W A N D E R A R E L O S T [ P Á G . 4 2 ]
T E A T R O D E F E R R O / O B J E C T O E N C O N T R A D O P E R D I D O [ P Á G . 4 3 ]
T E A T R O D E M A R I O N E T A S D O P O R T O / P E L O S C A B E L O S [ P Á G . 4 3 ]
notallwhowanderarelost Benjamin Verdonck (BE)
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
3 5
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
3 4
Conceção e direçãoJoão Sousa Cardoso
• InterpretaçãoRicardo Bueno e
participantes locais
Q U A 2 1 J A N / 2 1 H 3 0
A R O N D AD E
A R T H U R S C H N I T Z L E RS U B - P A L C O D O A U D I T Ó R I O
“A Ronda”, de Arthur Schnitzler (1897), é um conjunto de dez diálogos que retratam dez di-ferentes relações entre um homem e uma mu-lher, descrevendo as ligações e a erótica entre personagens de meios sociais diversos, num cír-culo de encadeamentos onde cada personagem mantém inevitavelmente um segundo relaciona-mento amoroso. Os ensaios em torno do texto do autor austríaco têm lugar no espaço confinado e obscuro do Sub-Palco do Teatro do Campo Ale-gre, numa experiência intensa capaz de proble-matizar a carne, o princípio do prazer e as ins-tâncias do poder.
“La Ronde” by Arthur Schnitzler (1897) is a set of 10
dialogues that picture different relations between a man
and a woman, describing the connections and eroti-
cism in characters from different social backgrounds,
in a chained circle where each character maintains a
parallel love affair.
A P R E S E N T A Ç Õ E SI N T E R M É D I A S
E N T R A D A G R A T U I T A
Q U A 1 4 J A N / 2 1 H 3 0S Á B 1 7 J A N / 2 1 H 3 0
João Sousa Cardoso (1977). Doutorado em Ciências Sociais pela Univer-sidade Paris Descartes (Sorbonne). Bolseiro da Fundação Calouste Gul-benkian entre 2005 e 2009. Leciona na Universidade Lusófona. Professor convidado na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Has a Doctorate in Social Sciences by Paris Descartes University (Sorbonne). Re-
ceived a Calouste Gulbenkian Foundation grant between 2005 and 2009. Teaches at
Lusófona University. Is a guest teacher at the Fine Arts University of Porto.
Q U A 2 7 F E V / 2 1 H 3 0
O C E R E J A LD E
A N T O N T C H E K H O VP L A T E I A D O A U D I T Ó R I O
“O Cerejal”, de Anton Tchekhov (1904), descreve a grande sociedade russa na transição de século, numa paisagem económica e social em profunda metamorfose e anúncio de um abalo na organiza-ção política que só alguns pressentem. A inércia e a falta de perspetiva da aristocracia dominante será progressivamente substituída pela energia da burguesia e pelo seu pragmatismo. Os ensaios de O Cerejal desenvolvem-se exclusivamente na plateia do Auditório do Teatro Municipal Campo Alegre, procurando resgatar Tcheckhov à colora-ção nostálgica e descobrir neste clássico a agita-ção cultural e a verve revolucionária.
Anton Chekhov’s “The Cherry Orchard” (1904) de-
scribes the great Russian society at the turn of the
century, in an economical and social landscape under
deep metamorphosis, announcing a shift in the politi-
cal reality only perceived by a few.
A P R E S E N T A Ç Õ E SI N T E R M É D I A S
E N T R A D A G R A T U I T A
D O M 1 5 F E V / 1 8 H 0 0Q U I 1 9 F E V / 2 1 H 3 0
S Á B 2 4 M A R / 2 1 H 3 0
B A A LD E
B E R T O L T B R E C H TT E I A D O A U D I T Ó R I O
Depois da rodagem do filme “Baal”, em 2013, Ricardo Bueno e outros atores que protagoni-zaram a longa-metragem de João Sousa Cardo-so, reencontram-se – agora no teatro – para re-gressarem, partilhando a memória da construção cinematográfica, ao texto anarquista de Bertolt Brecht (1918). Os ensaios sobre o relato da vida no fio da navalha do poeta pagão e enfurecido decorrem nos corredores suspensos em vários andares da teia de palco do Auditório do Teatro Municipal Campo Alegre.
After shooting the movie “Baal” in 2013, Ricardo Bueno
and other actors that starred in João Sousa Cardoso’s
feature film get together on stage to return to Bertolt
Brecht’s anarchist text, sharing their memories of that
cinematographic construction.
A P R E S E N T A Ç Õ E SI N T E R M É D I A S
E N T R A D A G R A T U I T A
Q U A 1 1 M A R / 1 8 H 0 0Q U A 1 8 M A R / 2 1 H 3 0
Foto
grafi
as ©
Cat
arin
a O
livei
ra
T E A T R O E X P A N D I D O !E S T R E I A S ⁄ C O P R O D U Ç Ã O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
⁄ J O Ã O S O U S A C A R D O S O
⁄ V Á R I O S E S P A Ç O S T M C A M P O A L E G R E
5 , 0 0 E U R • M / 1 2
João Sousa Cardoso propõe trabalhar vários textos emblemáticos durante o ano de 2015 e apresentá-los em vários locais do TM Campo Alegre.
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A S D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 7
Teatro Expandido! é um laboratório de investigação teatral dinamizado por João Sousa Cardoso. O projeto propõe desenvolver várias apresen-tações num regime intensivo de criação, entre Janeiro e Dezembro de 2015, revisitando um repertório dramatúrgico de 12 textos que promete abordar obras dos últimos 100 anos. A estrutura, cujo nome alude à no-ção amplamente debatida de “expanded cinema” ou “cinema expandido”, nasceu da necessidade de criação performativa que João Sousa Cardoso tem sentido nos últimos anos de se adaptar a novos autores e nova me-todologias. Teatro Expandido! é uma das estruturas residentes do Teatro Municipal Campo Alegre durante o ano de 2015, inseridas no programa Teatro em Campo Aberto.
João Sousa Cardoso will work on several texts during 2015 and shall present
them in different places of TM Campo Alegre. Teatro Expandido! is a creation
of João Sousa Cardoso, alluding to the widely debated notion of expanded cinema,
and experimenting new relations between work, staging, interpreting, architecture
and audience, in search for a theatre in process. Between January and December
2015, Teatro Expandido! Enters an intensive experimental regime, with a selection
of fundamental plays form the past 100 years.
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
3 7
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
3 6 S Á B 3 1 J A N ⁄ 2 1 H 3 0
N A S O L I D Ã OD O S C A M P O S D E A L G O D Ã O
⁄ M A R I A J O Ã O L U Í S , R I T A B L A N C O E M A R C E L O U R G E G H E
T E A T R O D A T E R R A⁄
G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I7 , 5 0 E U R • M / 1 2
Marcello Urgeghe estreia-se como ator em 1997. No cinema trabalhou com os realizadores João Botelho, Fanny Ardant, Valeria Sarmiento, Bru-no de Almeida, Zézé Gamboa, Catarina Ruivo, Teresa Villaverde, João Canijo, Raul Ruiz, Vicente Alves do Ó, João Mário Grilo, Leonel Vieira, Margarida Cardoso.
Marcello Urgeghe premiered as an actor in 1997. In cinema he worked with such
directors as José Álvaro de Morais, João Botelho, Fanny Ardant, Valeria Sarmiento,
Bruno de Almeida, Zézé Gamboa, Catarina Ruivo, Teresa Villaverde, João Canijo, Raul
Ruiz, Vicente Alves do Ó, João Mário Grilo, Leonel Vieira and Margarida Cardoso.
Como dois animais que se cruzam no mesmo território, uma hostilidade violenta submerge estes dois seres humanos, igualmente confusos, cara a cara; dois estrangeiros degladiam-se ali, num tempo e espaço argumen-tativo de diálogo ou morte. Um combate dialético dominado pelo medo, que apesar da densidade verbal, assinala um conflito que ultrapassa em muito as palavras. Sem alternativas à ausência de desejo, surge a inevitá-vel guerra e luta. Maria João Luís, Rita Blanco e Marcello Urgeghe criam uma despojada dramaturgia cénica, estratégia estética de uma geração que abdica de grandes cenografias ou dispositivos que diminuam a força da palavra deste texto fundamental.
Like two animals crossing the same territory, a violent hostility submerges these
two human beings. Equally confused and face-to-face, two foreigners duel in an argu-
mentative time and space of dialogue and death. A dialectical combat dominated by
fear, which despite the verbal density marks a conflict that goes well beyond words.
Texto Bernard-Marie Koltés • Tradução Marcello
Urgeghe e Rita Blanco• Coencenação Marcello
Urgeghe, Maria João Luís e Rita Blanco •
Interpretação Maria João Luís e Rita Blanco • Música
José Peixoto • Direção de produção e desenho de luz
Pedro Domingos• Coprodução Teatro da
Terra/ Teatro Municipal São Luiz
Maria João Luís é uma das atrizes de referência da sua geração. Iniciou-se em 1985 n’A Barraca, sob a direção do encenador Hélder Costa. Traba-lhou depois no Teatro da Casa da Comédia, ACARTE, Teatro da Malaposta e na Comuna – Teatro de Pesquisa. Em 2009 criou a companhia Teatro da Terra com Pedro Domingos.
Maria João Luís is a notable actress of her generation. She started in 1985 at A
Barraca. She worked at Teatro da Casa da Comédia, ACARTE, Teatro da Malaposta,
Teatro da Cornucópia and at Comuna – Teatro de Pesquisa. In 2009 she created the
company Teatro da Terra, with Pedro Domingos.
Rita Blanco é uma das atrizes mais reconhecidas do panorama artístico português. Conclui o Curso de Formação de Atores do Conservatório Na-cional, em 1985. Em 2012 foi considerada na Gala SPAUTORES, melhor atriz de cinema, com a interpretação no filme “Sangue do meu Sangue”, de João Canijo.
Rita Blanco is one of the most acknowledged actresses in the Portuguese artistic
scene. She finished the Drama course from Conservatório Nacional, in 1985. In 2012
she won the SPAUTORES award for best cinema actress, with her role in João Can-
ijo’s ‘Sangue do meu Sangue’.
P A R A L E L O
C O N V E R S A P Ó SE S P E T Á C U L O
P Á G . 8 0
Foto
grafi
a ©
Jos
é Fi
lipe
Cos
ta
S Á B 2 4 J A N ⁄ 1 1 H 0 0 & 1 4 H 3 0
S O P A N U V E M⁄
C O M P A N H I A C A Ó T I C A⁄
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L IA D U L T O S 5 , 0 0 E U R • C R I A N Ç A S 2 , 0 0 E U R • M / 6
Conceção e Dramaturgia António-Pedro e Caroline
Bergeron (a partir de uma ideia original de
António-Pedro) • EncenaçãoCaroline Bergeron
• Interpretação, composiçãoe realização de filme
António-Pedro• Interpretação, operação som
e vídeo Gonçalo Alegria• Desenho de luz André
Calado, Rui Alves• Interpretação-filme José
Maria Lobo Antunes, Cândido Ferreira,
António-Pedro• Câmara António-Pedro, Leonor Noivo, António
Vasques • Montagem Leonor Noivo, António-Pedro
• Pós-produção som Moz Carrapa • Coprodução CCB/ Fábrica das Artes e Centro
Cultural do Cartaxo
A sopa do avô que anima o estômago faminto é a mesma que alimenta as memórias e o coração de uma criança. A sopa do avô, polvilhada de sonhos e carinhos em doses exageradas, é a única que parece deixar o miúdo sa-tisfeito. Como satisfazer, então, este rapaz, após a morte deste avô que parece ter levado este segredo consigo?Este é o ponto de partida de uma viagem feita por um pai que sabe que, afinal, só esta sopa é capaz de aconchegar um filho em constante tormen-to pela saudade que a sopa lhe deixa. Por isso, convoca as recordações para encontrar estes ingredientes especiais. Mas será que, no final, este homem, cheio de amor pelo filho, conseguirá a receita que tanto procura?
Grandpa’s soup comforts the hungry stomach and feeds the memories and heart of
a child. Grandpa’s soup - sprinkled with generous doses of fantasy and tenderness –
seems to be the only soup that satisfies the young boy. How to satisfy this kid, now
that grandpa’s death seems to have taken away this secret?
Caroline Bergeron é autora, cenógrafa e encenadora, tendo trabalhado com a Companhia Caótica na peça “Na Barriga”. António Pedro desen-volve vários projetos e ateliers de filmes-concerto, onde filma e compõe, tentando assim aprofundar a relação entre o som e a imagem.
Caroline Bergeron is the author, set designer and director, having already directed
the piece “Na Barriga” (In the Belly) for Companhia Caótica. António Pedro devel-
ops several projects and workshops for movie-concerts, where he films and compos-
es the music, exploring the relation between sound and image.
P A R A L E L O
E S P E T Á C U L O P A R AG R U P O S E S C O L A R E S
E F A M Í L I A SP Á G . 8 2
8 3 º A N I V E R S Á R I O T M R I V O L I
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Foto
grafi
as ©
Car
olin
e B
erge
ron
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
3 9
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
3 8 Q U I 2 6 , S E X 2 7 & S Á B 2 8 M A R ⁄ 2 1 H 3 0D O M 2 9 M A R ⁄ 1 7 H 0 0
C A S A V A G AE S T R E I A ⁄ C O P R O D U Ç Ã O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
⁄ T E A T R O E X P E R I M E N T A L D O P O R T O ( T E P )
⁄ G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
7 , 5 0 E U R • M / 1 2
1830. Três cowboys portugueses, emigrados para o Faroeste norte-ameri-cano em busca de melhores condições de vida, acabam por formar uma cé-lula subversiva de uma organização secreta destinada a descobrir e a exter-minar o primeiro capitalista do mundo. A sua missão levá-los-á de volta ao Velho Mundo, a Paris (França), mais precisamente à Comédie-Française, onde assistirão à estreia de “Hernâni”, de Victor Hugo, a 25 de Fevereiro de 1830. A presença destes cowboys acabará por criar uma série inusitada de tumultos e confrontos naquele teatro – um episódio mais tarde relatado por Théophile Gautier em Histoire do Romantisme e que ficou, surpreen-dentemente, conhecido na história do teatro como “A batalha de Hernâni”.“Casa Vaga” insiste em alguns interesses e temas presentes nos últimos anos de programação do Teatro Experimental do Porto: na interpelação às reais condições de vida e trabalho em Portugal; na inquirição sobre os modos sistémicos de domínio que o modelo capitalista exerce sobre os in-divíduos e sobre as suas aspirações de felicidade; no debate de questões como a emigração, a falência do capitalismo e a importância do teatro.
Teatro Experimental do Porto premieres a new piece in this return of the compa-
ny to the city. 1830. Three Portuguese cowboys moved to the North American far west
in search for a better life. They end up forming a subversive cell on a secret organiza-
tion dedicated to finding and destroying the first capitalist in the world. Their mission
will take them back to the Old World, to Paris, France. More precisely to the Comédie
Française, where they’ll see the premiere of Victor Hugo’s “Hernani”, on February
25th 1830. The presence of these cowboys will create an unusual commotion in that
theatre – an episode told later by Théophile Gaultier in the “Histoire du Romantisme”,
which became surprisingly known in the history of theatre as “The Battle of Hernani”.
Cocriação Gonçalo Amorim, Pedro Gil, Raquel Castro e Rui Pina Coelho• Interpretação Gonçalo
Amorim, Pedro Gil, Raquel Castro • Cenografia e
Figurinos Catarina Barros• Música José Ricardo
Nogueira e Pedro João• Desenho de Luz Francisco Tavares Teles • Coprodução
Teatro Experimental do Porto e Teatro Municipal
do Porto
Teatro Experimental do Porto (TEP) é a mais antiga companhia teatral portuguesa em atividade. Estreou o primeiro espetáculo em 1953 e assu-miu a profissionalização em 1957. Estreou, até agora, 235 espetáculos. Atualmente a direção artística é de Gonçalo Amorim. O TEP é uma das oito estruturas em residência no Teatro Municipal Campo Alegre, no ano de 2015, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto.
Teatro Experimental do Porto (TEP) is the oldest Portuguese drama group in ac-
tivity. It premiered its first piece in 1953, becoming professional in 1957.
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A S D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 7
Uma estreia do Teatro Experimental do Porto no ano do seu regresso à cidade.
Imag
ens
© D
irei
tos
Res
erva
dos
Q U I 5 & S E X 6 F E V ⁄ 1 0 H 3 0 & 1 5 H 0 0S A B 7 ⁄ 1 6 H 0 0 *
: O S M A I A S⁄
T E A T R O E X P E R I M E N T A L D O P O R T O ( T E P )⁄
A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R EG R U P O S E S C O L A R E S 2 , 0 0 E U R
* A D U L T O S 5 , 0 0 E U R • C R I A N Ç A S 2 , 0 0 E U R • M / 6
Encenação e adaptação de Gonçalo Amorim • Em
cocriação com os professores Andreia Figueiredo,
Michelle Domingos, Paulo Silveira e os atores Carlos
Marques Sofia Dinger • Interpretação Andreia
Figueiredo , Carlos Marques, Catarina
Lacerda , João Melo, João Rosário , Susana Madeira • Apoio Dramatúrgico Rui
Pina Coelho • Cenografia e Figurinos Catarina Barros • Desenho de Luz Francisco Tavares Teles • Sonoplastia
Eduardo Brandão
Diz o ditado popular que “quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto”.O Teatro Experimental do Porto (TEP) adicionou a esta lógica (popular) um outro significado: para contar a célebre história da família Maia, imor-talizada por Eça de Queirós, acrescentou-lhe dois pontos. Assim, o denomi-nado “:Os Maias” (“Dois pontos Os Maias”), um espetáculo com encenação de Gonçalo Amorim, destina-se (essencialmente, mas não exclusivamente) a um público escolar. No fundo, com este título, o TEP quis sinalizar esta apresentação como de um sumário se tratasse, onde a matéria abordada é desvelada no arranque da aula para desvendar o que vai ser abordado e elaborado nos restantes minutos. Para além de possibilitar ver e sentir os amores e desamores de Carlos da Maia e Maria Eduarda, assim como contextualizar toda a obra, esta peça permite desencadear uma reflexão sobre as condições de trabalho dos professores nas escolas portuguesas na era moderna, permitindo a todos o pensamento livre sobre o que é isso de “ser docente” e “ser aluno” em pleno século XXI.
A new vision on the classical novel of Eça de Queirós directed by Gonçalo Amorim.
This piece directed by Gonçalo Amorim, is mostly but not exclusively, made for
school children. Besides allowing us to see and feel the love and lovelessness of Car-
los da Maia and Maria Eduarda, and putting “Os Maias” into context, this piece un-
chains a reflection on the working conditions of teachers in Portuguese schools in
the modern ages, leaving us all thinking freely about what is being a teacher and a
student in the 21st Century.
Uma nova visão da obra clássicade Eça de Queirós, numaencenação de Gonçalo Amorim.
P A R A L E L O
E S P E T Á C U L O P A R AG R U P O S E S C O L A R E S
E F A M Í L I A SP Á G . 8 2
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A S D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 7
Foto
grafi
a ©
Pau
lo P
imen
ta
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
4 1
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
4 0 Q U I 5 & S E X 6 M A R ⁄ 1 0 H 3 0 & 1 5 H 0 0S Á B 7 & D O M 8 M A R ⁄ 1 6 H 0 0 *
A Q U E L A N U V E M . . .C O P R O D U Ç Ã O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
⁄ L A M A R M I T A
⁄ A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E2 , 0 0 E U R • G R U P O S E S C O L A R E S
* 5 , 0 0 E U R A D U L T O S • 2 , 0 0 E U R C R I A N Ç A S • M / 3
“Pelo céu cor de violeta/que lindo, que lindo vai o poeta”. — Eugénio de Andrade É assim que começa a viagem inverosímil de um poeta que tenta, na sua cozinha, seguir uma receita. No processo de a cozinhar, o poeta é constan-temente distraído pela sua fértil imaginação, da qual nascem poemas, ora desconstruídos, ora cantados ou dançados. Assim vão surgindo as várias personagens que irão povoar este espetáculo a partir dos mais variados objetos. Cada passo que o poeta dá transforma-se numa nova ideia: gatos, cavalos e nuvens, lagartos, frutos e épicas situações. Uma viagem ao ima-ginário representado por texto, sons, movimento e objetos. Ficam no ar estas perguntas: Mas para quem é cozinhada esta receita? Conseguirá o poeta seguir a receita até ao fim com sucesso?
A poet uses his cooking recipes to create an imaginary reality. “Through the violet
coloured sky/how lovely, how lovely goes the poet” — Eugénio de Andrade. This is how the un-
believable journey of a poet starts in his kitchen while trying to follow a recipe. In his
cooking the poet is constantly distracted by his wild imagination, from which new
poems are born, sometimes dismantled, others sung or danced. This is how many
characters emerge from different objects and inhabit this piece.
Andrea Gabilondo é profissional de dança em diferentes estilos, como o ballet, a dança contemporânea, o butoh e a dança-teatro. É licenciada e mestre em coreografia. Concluiu diversos cursos de teatro, dos quais se destacam cursos orientados por Liza Mayer e Vicente Fuentes, do Roy Hart Theater. É diretora artística e programadora no La Marmita.
Andrea Gabilondo is a dance professional in different styles, like ballet, contem-
porary, butoh and dance theatre. She has a degree and masters in choreography.
Texto originalEugénio de Andrade
• Direção Andrea Gabilondo• Cocriação e interpretaçãoRui Oliveira • Sonoplastia Daniel Padure • Criação
de cenário Américo Castanheira/ Tudo Faço
Um poeta usa as suas receitas culinárias para criar uma realidade imaginária.
P A R A L E L O
E S P E T Á C U L O P A R AG R U P O S E S C O L A R E S
E F A M Í L I A SP Á G . 8 2
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Foto
grafi
as ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
S E X 2 0 & S Á B 2 1 F E V ⁄ 2 1 H 3 0D O M 2 2 F E V ⁄ 1 7 H 0 0
M E D E I A⁄
O C Ã O D A N A D O⁄
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I5 , 0 0 E U R • M / 6
A Medeia, do coletivo O Cão Danado, não é só a Medeia (clássica) de Séneca ou a Medeia de Eurípedes. A Medeia de O Cão Danado é todas elas em simul-tâneo e uma nova Medeia, que surge no cruzamento desses dois seres com textos contemporâneos. “Medeia”, a peça de O Cão Danado que parte de “Ma-terial Medeia” e “Margem ao Abandono”, de Heiner Muller, é uma proposta que coloca em confronto a Medeia (clássica) de Eurípedes e Séneca, tornan-do-a assim uma Medeia coletiva de memória e da imaginação. Em palco, uma atriz (que encarna essa Medeia nos sonhos, nos desejos, nos desesperos, nos gritos e respiros) e um músico (como se as suas notas, sopradas ao saxofone, fossem um subconsciente sem fundo) “dialogam com os mortos”, no sentido desejado e expresso pelo autor Heiner Muller nas suas obras. Um “diálogo” em que se interroga a alteridade (o estrangeiro, o outro, a mulher), o sujeito fragmentado e heterónimo (no fundo, uma interrogação sobre todos nós).
An actress and a musician merge in an interior monologue, a confrontation
between reality and sub consciousness. This piece by O Cão Danado derives from
Heiner Muller’s “Despoiled Shore Medea Material Landscape with Argonauts” and
confronts (the classic) Euripides’ and Seneca’s Medea, creating a collective Medea
of memory and imagination. On stage, an actress and a musician “speak with the
dead”, in the sense Heiner Muller expressed in his work.
O Cão Danado é uma associação cultural sem fins lucrativos criada em 2001. É uma estrutura de criação e de produção de artes, desenvolvendo o seu trabalho não só na área das Artes Performativas, mas também nas áreas das artes visuais, da música, do cinema e da formação.
O Cão Danado is a structure for the creation and production of art, developing work
not only in performing arts, but also in music, visual arts, cinema and teaching.
Dramaturgia e Encenação Sara Barbosa • Traduçao
Regina Guimarães• Interpretação Diana Sá e
Rodrigo Amado (saxofone)• Assistência de Encenação Tiago Correia • Conceção
Plástica Paulo Capelo Cardoso e Sara Barbosa• Desenho de Luz Pedro Correia/Rui Monteiro• Vídeo Sara Augusto
• Produção Pedro Barbosa
Uma atriz e um músico fundem-se num monólogo interior; um confronto entrea realidade e o subconsciente.
Foto
grafi
as ©
Rui
Fer
reir
a
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
4 3
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• T
EA
TR
O/M
AR
ION
ET
AS
4 2
O Teatro de Ferro propõe, nesta nova peça, a realização de uma investiga-ção em torno da ideia geral de “objeto”. O ponto de partida desta peça é a noção de objeto-encontrado pelas marionetas, figuras e seres que servem de guias para esta busca do objeto. O público é convidado a embarcar nesta aventura que tem como cenário os lugares e os não-lugares onde a não-vida se faz animar pela vida e vice-versa. Ao longo desta aventura, será feita a visita à secção de perdidos e achados de uma instituição identificada e a outros lugares como fábricas e aeroportos, locais aparentemente excluí-dos da dança dos objetos-mercadoria.
Teatro de Ferro proposes an investigation around the general idea of “object”. The
starting points are the objects found by the puppets – the figures that guide us in
this quest for objects. The audience is invited to join this adventure, which is set
in the places and non-places where life and non-life are enlivened by each other.
Conceito e DireçãoIgor Gandra e Carla Veloso
• Interpretação Carla Veloso, Hernâni Miranda
e Igor Gandra • Música Michael Nick • Desenho de Luz Rui Maia • Realização Plástica Hernâni Miranda
e Eduardo Mendes
O Teatro de Ferro surgiu em 1999 com Igor Gandra e Carla Veloso. O traba-lho da companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com mario-netas e objetos. Concebe a sua prática numa lógica de investigação, em que a marioneta tem assumido um valor matricial nas suas hibridações possíveis.
Teatro de Ferro was established in 1999, by Igor Gandra and Carla Veloso. The work
of this company is based in puppetry and the use of other objects.
S Á B 2 1 M A R ⁄ 1 9 H 0 0
O B J E C T O E N C O N T R A D O
P E R D I D OE S T R E I A
⁄ T E A T R O D E F E R R O
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
5 , 0 0 E U R • M / 1 2
D O M 2 2 M A R ⁄ 1 5 H 0 0
P E L O S C A B E L O S
⁄ T E A T R O D E M A R I O N E T A S D O P O R T O
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
5 , 0 0 E U R A D U L T O S • 2 , 0 0 E U R C R I A N Ç A S • M / 4
Lá longe, algures numa morada sem posto correio ou código postal, vivem seres estranhos, personagens insólitas, de olhares ausentes e alucinados, com ideias fora do comum e hábitos sem tempo definido. É um lugar qua-se extra terreno, habitado por seres que parecem não ser deste mundo. Quase todos esses “habitantes” têm uma característica em comum: os cabelos longos e desalinhados. A partir das ilustrações “Pelos Cabelos”, de João Vaz de Carvalho, o Teatro de Marionetas do Porto cria um espe-táculo onde o humor e o absurdo se fundem numa história cheia de seres animados, de novas marionetas.
Somewhere, in a far away address with no mailbox or zip code, lives some strange
creatures, remarkable characters with a delirious absent stare, with uncommon
ideas and timeless habits. It is a place almost beyond this earth, inhabited by crea-
tures that look out of this world. Almost all of them have a common trace: their hair
is long and sloppy.
Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em 1988 e, numa primei-ra fase, centra a sua atividade na criação de espetáculos que resultam da pesquisa do património popular. Desta fase, destaca-se o estudo e recons-tituição da velha tradição portuguesa do teatro dom Roberto, agora em exposição no Museu das Marionetas do Porto, projeto mais recente da companhia (inaugurado a 3 de Fevereiro de 2013).
Teatro de Marionetas do Porto was established in 1988. In the beginning it creat-
ed pieces resulting from the research of popular cultural heritage. From those roots
the company began a new and more experimental process, searching for modern
elements in puppetry.
Encenação e Cenografia Isabel Barros • Textos
Edgard Fernandes, Isabel Barros e Rui Queiroz
de Matos • Interpretação Edgard Fernandes e Rui
Queiroz de Matos• Marionetas Sandra Neves, a partir das ilustrações de
João Vaz de Carvalho• Música e Animação
Coletivo HUSMA (João Apolinário, Nuno Cortez
e Pedro Cardoso) • Desenho de Luz Alexandre Vieira
• Produção Sofia Carvalho
F O C O M A R I O N E T A S
F O C O M A R I O N E T A S
P A R A L E L O
W O R K S H O PP Á G . 7 8
E S P E T Á C U L O P A R AG R U P O S E S C O L A R E S
E F A M Í L I A SP Á G . 8 2
Ilus
traç
ão ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
Foto
grafi
a ©
Sus
ana
Nev
es
S E X 2 0 & S Á B 2 1 M A R ⁄ 2 1 H 3 0
N O T A L L W H O W A N D E R A R E L O S TE S T R E I A N A C I O N A L
⁄ B E N J A M I N V E R D O N C K ( B E )
⁄ P A L C O D O G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
1 0 , 0 0 E U R • M / 6
No início, uma mesa surge aos nossos olhos como o campo de ação. É um dispositivo que funciona como uma caixa mágica onde todo o enredo ganha forma(s). Benjamin Verdonck, um corpo junto a este espaço inanimado, funciona como um ator e um técnico de palco, manobrador e diretor de cena. É ele que coordena o que vemos, que decide o rumo que toma, que corrige quando a história parece fugir do seu controlo. É ele que orienta o mundo artístico que cresce e desaparece à nossa frente, um universo de formas animadas com diferentes e possíveis leituras. “notallwhowandera-relost”, peça que Verdonck apresenta em duas datas, é uma performance criada com poucas palavras, muitos truques, cores e figuras geométricas, portas que se abrem e cortinas que se fecham, numa escala humana, de fácil acesso ao nível dos olhos. Uma peça centrada no universo das mario-netas, onde o humano manobra e acaba por ser, também ele, manobrado pelo que vê acontecer no palco.
A puppetry performance where the manipulative human is manipulated by
the things he sees. “notallwhowanderarelost”, the piece presented by Benjamin
Verdonck is a performance created with very few words, many tricks, colours and
geometrical figures, opening doors and closing curtains on a human scale, of easy
access at eye level. The piece is centred in the world of puppets, where the human
manipulates and ends up being manipulated by what he sees happening on stage.
Benjamin Verdonck é ator, encenador, escritor e artista visual. O seu trabalho divide-se entre as apresentações em auditório e as peças em es-paços públicos. Sob o título “Even I Must Understand”, Verdonck irá levar a cabo, nos próximos dois anos, um conjunto de trabalhos que refletem sobre a arte enquanto transmissora direta da realidade e a arte como re-flexão para a realidade em si mesma.
Benjamin Verdonck is an actor, writer and visual artist. His work is divided between
presentations in auditoriums and pieces for public spaces. Under the title “Even I
Must Understand”, Verdonck will develop in the next 2 years a series of projects re-
flecting on art as direct transmitter of reality and art as reflection of reality itself.
Direção Benjamin Verdonck, Iwan Van
Vlierberghe, Sven Roofthooft, Sébastien
Hendrickx, Han Stubbe, Louisa Vanderhaegen,
Griet Stellamans• Produção Toneelhuis, KVS
• Coprodução Kunstenfestivaldesarts, Steirischer Herbst (AT)
NXTSTP • Com o apoio da European Union’s Culture
Programme.
Um espetáculo de marionetas e formas animadas, onde o humano manobrae é manobrado pelo que vê.
F O C O M A R I O N E T A S
P A R A L E L O
I M A G E N SM I G R A T Ó R I A S
P Á G . 7 5
C O N V E R S A P Ó SE S P E T Á C U L O
P Á G . 8 0
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
J É R Ô M E M A R I N ( F R ) [ P Á G . 4 6 ]
R A Ú L C O S T A , J O Ã O D I O G O L E I T Ã O , V A S C O D A N T A S R O C H A / N O V O S T A L E N T O S [ P Á G . 4 7 ] ( C U R S O D E M Ú S I C A S I L V A M O N T E I R O )
S T U R Q E N , W H I T E H A U S , S O N O S C O P I A / U N D E R S T A G E [ P Á G . 4 8 E P Á G . 4 9 ]
M A N U E L A A Z E V E D O , H É L D E R G O N Ç A L V E S , V I C T O R H U G O P O N T E S / C O P P I A [ P Á G . 5 0 ]
Q U A R T E T O C O N T R A T E M P U S / A Q U E R E L A D O S G R I L O S + S E M A N A P R O F A N A [ P Á G . 5 1 ]
T I M E S P I N E [ P Á G . 5 1 ]
M Ú S I C AM U S I C
COPPIA Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves e Victor Hugo PontesFoto
grafi
a ©
Vic
tor
Hug
o P
onte
s
4 74 6
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • M
ÚS
ICAT
EA
TR
O M
UN
ICIP
AL
DO
PO
RT
O •
RIV
OL
I •
CA
MP
O A
LE
GR
E •
JA
NE
IRO
/ F
EV
ER
EIR
O /
MA
RÇ
O •
MÚ
SIC
A
N O V O S T A L E N T O SC U R S O D E M Ú S I C A S I L V A M O N T E I R O
⁄ C A F É - C O N C E R T O T M R I V O L I
5 , 0 0 E U R • M / 6
Os recitais são apresentados de forma pouco convencional, em diálogo com o pianista Álvaro Teixeira Lopes, e terão lugar no Café-Concerto do Teatro Municipal Rivoli pelas 18h00.O primeiro convidado será o jovem pianista Raúl da Costa, jovem músico que tocou já com a Orquestra Sinfónica Casa da Música e que irá iniciar este ciclo mensal dedicado à música erudita. Seguem-se, em fevereiro e março, João Diogo Leitão e Vasco Dantas Rocha com guitarra e piano, respetivamente.
Every month, the young musicians that stand out in the national and interna-
tional scene go on stage to present different repertoires, based on different
instruments. The concerts are presented in an unconventional setting, in dialogue
with pianist Álvaro Teixeira Lopes, at Teatro Municipal Rivoli’s café-concerto, at 6pm.
S Á B 3 1 J A N / 1 8 H 0 0
R A Ú L D A C O S T A
Raúl da Costa é bolseiro da Yamaha Musical Fou-ndation of Europe e da Yehudi Menuhin Live Music Now Foundation. Estuda desde 2011 na Hochschu-le für Musik, Theater und Medien, em Hannover.
Raúl da Costa has grants from the Yamaha Musical
Foundation of Europe and Yehudi Menuhin Live Mu-
sic Now Foundation. He studies at the Hochschule für
Musik, Theater und Medien, in Hannover, since 2011.
O Curso de Música Silva Monteiro é uma escola do ensino artístico fun-dada em 1928, com autonomia pedagógica desde 2011. Com uma implan-tação nacional de 84 anos, é uma das escolas de música mais antigas e importantes do país.
The Silva Monteiro Music Programme is an artistic school established in 1928 and
it has pedagogical autonomy since 2011. With 84 years of national implantation, it’s
one of the oldest and more important music schools in the country.
S Á B 1 4 F E V / 1 8 H 0 0
J O Ã O D I O G O L E I T Ã O
João Diogo Leitão é vencedor de mais de uma deze-na de prémios em concursos. Venceu em 2014 o Pré-mio Jovens Músicos – Nível Superior de Guitarra.
João Diogo Leitão won several competition awards.
He’s the winner of the Young Musicians Award 2014 –
Higher Level in Guitar.
S Á B 2 8 M A R / 1 8 H 0 0
V A S C O D A N T A S R O C H A
Vasco Dantas Rocha é um pianista português nas-cido em 1992. Frequenta o Mestrado em Performan-ce na Universidade de Münster, na Alemanha. Obte-ve inúmeros prémios em concursos internacionais.
Vasco Dantas Rocha Is a Portuguese pianist, born in
1992. Attends the Performance Masters at Münster
University, in Germany. Won several awards in inter-
national contests.
Foto
grafi
as ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
Todos os meses, os jovens músicos que se destacam no panorama nacional e internacional ganham um novo palco para a apresentação de diferentes repertórios, assentes em diferentes instrumentos.
S Á B 2 4 J A N ⁄ 2 3 H 3 0
J É R Ô M E M A R I N ( F R )
E S T R E I A N A C I O N A L⁄
C A F É - C O N C E R T O T M R I V O L IE N T R A D A G R A T U I T A • M / 1 6
O universo artístico de Jérôme Marin nunca será a preto e branco. É um imaginário cheio de cores, pintado a tons vivos, onde a decadência de uma determinada elite e o drama de um qualquer país são camuflados por am-bientes faustosos, exagerados e histórias que, apesar de serem as de todos nós, são cantadas como devaneios. Ao piano, transfigurado, entre lante-joulas e purpurina, resgata os anos passados, como se a memória fosse o ingrediente que falta a uma sociedade cuja memória não deve ser esque-cida. Jérôme Marin recupera, nas suas atuações e através de personagens fictícias, os ambientes dos loucos anos 20, os autores que não queremos (nem devemos) esquecer. Apropriou-se de Boris Vian e Kurt Weill. De Ser-ge Gainsbourg e Bertolt Brecht. Há um pouco de todos eles no universo (ilimitado) de Jérôme Marin, através de Monsieur K, personagem criada em 2001 que lhe permitiu abordar vários universos em diferentes espe-táculos e colaborações ao longo da sua carreira.
Jérôme Marin retrieves atmospheres from other ages, recovering the classi-
cal concept of cabaret to this day and age. The artistic universe of Jêrome Marin
will never be black and white. It’s a world full of bright colours, where the decay of a
certain elite and the drama of some odd country are camouflaged by luxuriant ambi-
ances and stories just like ours, but sang in reverie. Playing the piano, transformed
in spangle and glitter, rescuing the years gone by - as if memory was the missing in-
gredient in a society whose memory must not be forgotten.
Jérôme Marin é uma artista multidisciplinar, que junta as artes perfor-mativas com a música num conceito que oscila entre o cabaret, o teatro musical e a performance. Depois de ter frequentado o Conservatório de Artes Dramáticas de Orleáns, Marin decidiu criar, em 1997, a sua primei-ra companhia: a Compagnie de l’Eau qui dort. O seu trabalho orientou-se desde cedo para o cabaret, juntando o teatro à música, polvilhado por re-ferências a Karl Valentin e ao absurdo.
Jérôme Marin is a multidisciplinary artist, combining performance art and music
in a concept that shifts between cabaret, musical theatre and performance. After
attending the National Conservatory of Dramatic Art of Orleans, Marin decided to
create his first company in 1997: Compagnie de l’Eau qui dort (The sleeping Water
Company). His work was soon oriented towards cabaret, mixing theatre and music,
sprinkled with references of Karl Valentin and the absurd.
Jérôme Marin recupera ambientesde outros tempos, resgatando o conceito clássico de cabaret para os dias de hoje.
8 3 º A N I V E R S Á R I O D O T M R I V O L I
Foto
grafi
as ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
4 94 8
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • M
ÚS
ICAT
EA
TR
O M
UN
ICIP
AL
DO
PO
RT
O •
RIV
OL
I •
CA
MP
O A
LE
GR
E •
JA
NE
IRO
/ F
EV
ER
EIR
O /
MA
RÇ
O •
MÚ
SIC
A
S Á B 2 1 M A R / 2 3 H 3 0
S O N O S C O P I A
“Control and unpredictability” é uma série de ações que são apresentadas em forma de perfor-mance e/ou instalação sonora e onde o conteú-do das paisagens sonoras é usado como matéria prima composicional. Para esta peça, é apresentada uma versão trans-formada do ambiente sonoro local através do re-curso ao processamento de áudio e a uma ins-trumentação construída exclusivamente para o efeito. Os sons originais são repensados e apre-sentados como uma nova paisagem sonora.
“Control and unpredictability” Sonoscopia presents a
part of this piece, with a series of actions in form of
performance and/or sound installation, where the con-
tents of the sound landscape is used as raw material for
composition. A transformed version of the local sound
ambience is presented through audio processing and
instruments exclusively built for the purpose.
Gustavo Costa nasceu no Porto em 1976. Pos-sui o curso técnico-profissional de percussão (EPME), licenciatura em Produção e Tecnolo-gias da Música (ESMAE), pós-graduação em So-nologia (Instituto de Sonologia, Haia), mestrado em Composição e Teoria Musical (ESMAE) e en-contra-se neste momento a frequentar o progra-ma doutoral em Media Digitais na FEUP, Porto, sendo bolseiro da FCT. Tocou e colaborou com Três Tristes Tigres, Alfred Harth, Damo Suzuki, John Zorn´s Cobra, Fritz Hauser, Jamie Saft en-tre muitos outros. Desenvolve trabalho na área da composição electroacústica, improvisação li-vre e contracultura underground, tendo-se apre-sentado em 19 países europeus, Estados Unidos, Japão, Brasil e Líbano.
Gustavo Costa was born in Porto in 1976. He devel-
ops his work in electro-acoustical composition, free im-
provisation and underground counter culture. His work
was presented in 19 European countries, USA, Japan,
Brazil and Lebanon.
Conceção Gustavo Costa• Interpretação Gustavo
Costa, Henrique Fernandes e Alberto Lopes
• Produção executiva Patrícia Caveiro
• Produção Sonoscopia
Henrique Fernandes iniciou os seus estudos musicais no ano de 1992 na Escola Profissional e Artística do Vale do Ave, na classe de contra-baixo do professor Alexander Samardjiev. Em 2005 conclui o curso superior de música, na es-pecialidade de contrabaixo, na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, na classe do professor Florian Petzborn.Paralelamente ao universo da música erudita, in-tegra diversos projectos da música experimen-tal, tais como: Mécanosphère, Lost Gorbachevs, Two white monsters around a round table, Sek-tor 304, Stealing Orquestra, Estilhaços, Radial Chao Opera, Srosh Ensemble, Space Ensemb-le, entre outros.
Henrique Fernandes started his musical studies in
1992 at the Professional and Artistic School of Vale
do Ave, playing double bass with Alexander Samard-
jiev. He’s part of several experimental music projects.
Alberto Lopes nasceu em 1967. Tem o Curso de Construção de Instrumentos Tradicionais Portugueses ministrado por Fernando Meireles (95/96). É compositor de bandas sonoras para teatro, dança, performance, cinema e vídeo. Construtor de instrumentos alternativos. Explo-rador de sistemas interativos entre dança, vídeo e música. É autor, coordenador, diretor artístico do Co-Lab, ciclo de música experimental/impro-visada de 1999 a 2003. Toca regularmente com TwinTar, Ungala Coi, Srosh Ensemble, N.O.F.P., Cabelo, Zie Restolhos entre outros.
Alberto Lopes was born in 1967. He was the author,
coordinator and artistic director of Co-Lab - experimen-
tal/improvised music cycle, from 1999 to 2003.
Foto
grafi
as ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
U N D E R S T A G E⁄
S U B - P A L C O T M R I V O L I5 , 0 0 E U R * • M / 1 2
S Á B 3 1 J A N / 2 3 H 3 0
S T U R Q E N
Sturqen é um projeto musical que vive de disso-nâncias, de ritmos diferentes, acelerados e/ou calmos, de atmosferas inebriantes e hipnóticas. Formados em 2009 por César Rodrigues e David Arantes, o projeto tem nas máquinas analógicas o ponto de partida para a criação musical, numa constante exploração dos diferentes limites so-noros. As composições, de difícil catalogação, vão do pós-industrial mecânico até à anarquia pura, de improvisação inusitada, fazendo com que um concerto desta dupla nunca seja feito de momen-tos monótonos ou silêncios prolongados. A du-pla Sturqen abre assim o programa Understage.
Sturqen is a music project that feeds on dissonances,
different rhythms - fast and/or slow - on hypnotic and
intoxicating atmospheres. Founded in 2009 by César
Rodrigues and David Arantes, this project bases their
musical creation on analogical machines, constantly
exploring different sound limits.
S E X 2 0 F E V / 2 3 H 3 0
W H I T E H A U S
Quantos capítulos pode conter uma vida dedica-da à música? A vida de João Vieira, o vocalista/produtor/mentor do projeto White Haus, dava um livro com vários e multifacetados capítulos. Desde histórias passadas em clubes londrinos como DJ Kitten (que trouxe posteriormente para Portugal e “incendiou” a noite do Porto) até mi-rabolantes atuações enquanto vocalista dos por-tuenses X-Wife em palcos mais ou menos inusi-tados. A vida de João Vieira, aquela que dava um livro, tem hoje um novo capítulo: criado em 2013, o projeto White Haus é João Vieira a baralhar tudo (dj, produtor, o grupo X-Wife) e a dar para jogo. Em “The White Haus Album”, disco lançado em 2014, o músico fez a síntese das influências que o foram marcando nos capítulos anteriores: o rock electrónico tão ao gosto de James Murphy, dos LCD Soundsystem (que lhe teceu rasgados elogios no passado) até à música de dança. Para isso juntou alguns cúmplices (Nuno Sarafa, An-dré Simão e Graciela Coelho) para fazer um dos melhores álbuns lançados em 2014.
The life of João Vieira – lead singer/producer/mentor
of the White Haus project – could be a novel with very
different chapters. From stories in London clubs as DJ
Kitten, to extravagant performances as lead singer
of X-Wife on some unconventional stages. The life of
João Vieira has a new chapter: with White Haus pro-
ject, founded in 2013, João Vieira shuffles the cards
and deals once again.
Voz, programaçõese sintetizadores João Vieira
• Voz e sintetizadores Graciela Coelho • Baixo,
voz e sintetizadores André Simão • Bateria e percussão
Nuno Sarafa
* Bilhete com 1 Bebida Incluída
Este programa será apresentado num espaço pouco convencional do Tea-tro Municipal do Porto: o sub-palco do Teatro Municipal Rivoli, convertido assim em local de apresentação e encontro de gerações.
Understage is a monthly music program that shows new and undiscovered
talents of urban contemporary music. In an unconventional space of Teatro Mu-
nicipal Rivoli: its under stage – now converted in a venue where generations meet.
Understage é um ciclo mensal de programação musical, que procura dar a conhecernovos projetos e talentos da música atual.
5 15 0
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • M
ÚS
ICAT
EA
TR
O M
UN
ICIP
AL
DO
PO
RT
O •
RIV
OL
I •
CA
MP
O A
LE
GR
E •
JA
NE
IRO
/ F
EV
ER
EIR
O /
MA
RÇ
O •
MÚ
SIC
A
“Um fruto tem quase sempre duas metades. Se for uma coisa séria, concre-ta, física, as duas metades são exatamente iguais, síncronas e fisicamen-te siamesas. Como aquelas pinturas abstratas que fazíamos aos dez anos, quando dobrávamos uma folha em duas e uma metade imprimia na outra, uma imagem exatamente inversa dela. Neste caso, talvez se deva invocar o exemplo da moeda, duas faces do mesmo corpo, uma cara e a outra a coroa, coisas diferentes que habitam o mesmo corpo, o valorizam e que, talvez, lhe dão sentido. De um lado a Semana Profana, coisa já estreada, saída das entranhas de Regina Guimarães e Fernando Lapa, que viram mais longe, no corpo de António Nobre, um pedaço da alma de Só, numa sequência de dias e de gestos repetidos. Do outro, a estreia mundial de uma hipótese de história com tempo no bilhete de identidade, uma Querela de Grilos que Tiago Schwäbl e Fátima Fonte compuseram, à volta do santo graal da ins-piração para se construir algo verdadeiramente original.” —António Durães
“A fruit almost always has two halves. If it is a serious actual physical thing, the two
halves are exactly the same, in sync and Siamese. Like those abstract painting we
used to do when we were kids, folding a paper sheet in two to imprint the other half
with a reversed image. In this case, it’s like a coin: two sides of the same body, one
heads, the other tails, different things inhabiting the same body, adding value and
maybe some sense.” — António Durães
S Á B 2 1 F E V ⁄ 2 1 H 3 0
A Q U E R E L A D O S G R I L O S
+ S E M A N A P R O F A N A
Ó P E R A⁄
Q U A R T E T O C O N T R A T E M P U S⁄
A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E7 , 5 0 E U R • M / 6
Programa:Semana ProfanaFernando Lapa
Texto Regina Guimarães
A Querela dos GrilosFátima Fonte
Texto Tiago Schwäbl
Quarteto Contratempus, grupo de música de câmara formado na ESMAE vocacionado para música contemporânea, tem estreado várias obras de compositores portugueses. Um dos objetivos deste grupo passa pela difu-são e divulgação da música portuguesa contemporânea, assim como pela exploração de diversas formas de dinamização dos concertos, incluindo a encenação das peças.
Quarteto Contratempus is a chamber music group, born at ESMAE, dedicated to
contemporary music, having premiered several scores of Portuguese composers. This
group is dedicated to the promotion and circulation of Portuguese contemporary mu-
sic, and to exploring different ways of presenting concerts, including staged concerts.
Soprano Teresa Nunes Barítono Job Tomé
Clarinete Crispim LuzVioloncelo Susana Lima Piano Brenda Hermida
Encenação António DurãesLuz Mariana Figueroa
Figurinos Inês Mariana Moitas
S Á B 2 8 M A R ⁄ 2 2 H 0 0
T I M E S P I N E⁄
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I5 , 0 0 E U R • M / 6
É difícil catalogar a música dos Timespine. Soam a música folk com conota-ções de música clássica contemporânea. Podemos até detetar um balanço tão característico da música livremente improvisada, mas mais uma vez é uma impressão vaga, até porque são utilizadas partituras gráficas. Essa (intencional) indefinição idiomática é o resultado de se terem juntado mú-sicos com diferentes linguagens: Adriana Sá tem um percurso na música electrónica experimental, Tó Trips é um guitarrista inspirado nos blues, cofundador dos Dead Combo, e John Klima foi membro do grupo pop Pre-sidents of United States of America. No final, esta é uma música sem mé-tricas e sem relógio – apenas os tempos biológicos humanos são seguidos.
It’s hard to label the music of Timespine. They sound like a folk song but there are
also connotations of contemporary classical music. We can also detect the character-
istic swing of freely improvised music, but once again, it’s just a vague impression.
After all, they use graphic scores. This (intentional) idiomatic vagueness is the re-
sult of the meeting between musicians with different languages: Adriana Sá comes
from experimental electronic music; Tó Trips is a blues-inspired guitar player and
co-founder of Dead Combo; and John Klima was a member of pop band Presidents
of the United States of America.
Músicos Tó Trips, Adriana Sá
e John Klima
Foto
grafi
a ©
Ver
a M
arm
elo
S Á B 7 F E V ⁄ 2 1 H 3 0
C O P P I A⁄
M A N U E L A A Z E V E D O ⁄ H É L D E R G O N Ç A L V E S ⁄ V I C T O R H U G O P O N T E S⁄
G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I7 , 5 0 E U R • M / 6
“COPPIA” (palavra italiana que significa “dupla”, “par”) é Manuela Aze-vedo. É a vocalista dos Clã (e de algumas coisas mais) com total liberda-de para a criação musical e performativa. É Manuela Azevedo a delinear um espetáculo de dança que pode ser música que pode ser performance. É uma cantora que pode ser atriz que pode ser performer ou que pode ser tudo o que quiser, ao mesmo tempo. É a voz a definir um movimento para os movimentos ganharem voz e espaço. No final, é um híbrido que a vocalista dos Clã montou através da carta branca concedida pelo Centro Cultural de Belém (CCB) para a construção de uma peça em estreia. A ela juntaram-se dois “velhos” conhecidos, a seu pedido – Hélder Gonçalves, a quem cabe a direção musical, e Victor Hugo Pontes, responsável pela direção cénica e cenografia.
Musicians Manuela Azevedo and Hélder Gonçalves, and choreographer Vic-
tor Hugo Pontes meet in a hybrid performance of music and dance. “COPPIA”
(Italian word meaning ‘couple’, ‘pair’) is Manuela Azevedo. Coppia is the lead singer
of Portuguese band Clã in total musical freedom. This is Manuela Azevedo tracing a
dance show that can be music that can be performance art. This is an actress that
can be a singer that can be a performer that can be everything she wants at the same
time. It’s a voice defining a movement so that movement can gain space and a voice.
Cocriação Manuela Azevedo, Hélder
Gonçalves, Victor Hugo Pontes • Direção musical
Hélder Gonçalves• Direção cénica e Cenografia
Victor Hugo Pontes• Desenho de luz Nuno
Meira • Desenho de somNelson Carvalho
Manuela Azevedo nasceu em 1970, em Vila do Conde. Concluiu o curso geral de piano, licenciou-se em Direito e acaba por se formar advogada. No entanto, é como vocalista dos Clã que descobre a sua profissão e pai-xão. Hélder Gonçalves nasceu em Luanda em 1970. Em 1992 integrou o Sexteto de Mário Barreiros, no qual forma uma prestigiada reputação como contrabaixista. Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães em 1978. Das suas mais recentes criações como encenador/coreógrafo destacam-se “Fuga Sem Fim” (2011), “A Ballet Story” (2012), “Zoo” (2013) e “Fall” (2014).
Manuela Azevedo was born in Vila do Conde, in 1970. She finished the general piano
course and graduated to become a lawyer. However, she found her true passion and
occupation as lead singer of Portuguese pop band Clã. Hélder Gonçalves was born
in 1970, in Luanda. In 1992 he joined Mário Barreto’s Sextet, in which he became
an acknowledged double bass player. Victor Hugo Pontes was born in Guimarães, in
1978. He recently staged and choreographed “Fuga Sem Fim” (2011), “A Ballet Story”
(2012), “Zoo” (2013) and “Fall” (2014).
• Interpretação Hélder Gonçalves, Joana Castro, Manuela Azevedo, Valter
Fernandes • Textos Carlos Tê • Produção
Nome Próprio Associação Cultural • Produção
Executiva Jesse James
Os músicos Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves e o coreógrafo Victor Hugo Pontes encontram-se num híbrido de música e dança.
P A R A L E L O
C O N V E R S A P Ó SE S P E T Á C U L O
P Á G . 8 0
Foto
grafi
a ©
Vic
tor
Hug
o P
onte
s
5 3
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
INE
MA
5 2
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
INE
MA
T E R Ç A S D E C I N E M A [ P Á G . 5 4 — P Á G . 5 7 ]
S E S S Õ E S E S P E C I A I S [ P Á G . 5 8 — P Á G . 6 2 ]
M E D E I A F I L M E S [ P Á G . 6 3 ]
F A N T A S P O R T O [ P Á G . 6 3 ]
C I N E M A
Ventos de Agosto Gabriel Mascaro (2014)
5 5
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
INE
MA
5 4
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
INE
MA
H I S T Ó R I A ( S )D A D A N Ç A
E M P A R C E R I A C O M C I N E M A T H É Q U E D EL A D A N S E D E P A R I S ⁄ C E N T R E N A T I O N A L D E L A D A N S E
Em estreita parceria com a Cinemathéque de la Danse de Paris / Centre National de la Danse, serão apresentadas onze sessões com diferentes ca-racterísticas ao longo de 2015, podendo ir de um só filme numa sessão a uma montagem de pequenas obras que, em conjunto, traçam um panora-ma coreográfico. Esta viagem pela História da dança não será cronológica, privilegia antes uma deambulação que atravessa diferentes épocas e esti-los. Começará pelo hip-hop, passará por Merce Cunningham mas também por Christian Rizzo, Pina Bausch ou os movimentos americanos da Post Moderne Dance. Todas as sessões terão um convidado que as apresenta-rá, traçando uma relação entre a sua história da dança e aquela sobre a qual se debruça a sessão.
“História(s) da dança” is a cinema cycle that crosses History through the vi-
sion of different directors on the work of certain choreographers.
In a close partnership with Cinemathéque de la Danse de Paris / Centre National de
la Danse, we present eleven sessions will be presented throughout 2015, with differ-
ent characteristics - from a single movie session to an ensemble of small films that
trace a choreographic panorama. This voyage through the history of dance is not
chronological but privileges a stroll through different ages and styles. Starting with
hip-hop, moving to Merce Cunningham and Christian Rizzo, Pina Bausch and the
American movements of Post Modern Dance. All session have an invited host, tracing
the relation between their history of dance and the one being depicted.
História(s) da Dança é um ciclo de cinema que atravessa o tempo através do olhar de diferentes realizadores sobreo trabalho de coreógrafos.
1. Loie Fuller2. Isadora Duncan3. Mary Wigman
1 2
3
Foto
grafi
as ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
A terça-feira será o dia dedicado ao cinema no Teatro Municipal Rivoli. Para estes primeiros meses, três estruturas ligadas ao cine-ma e à imagem — Porto Post Doc, Medeia Filmes e Casa da Ani-mação — foram desafiadas a imaginar sessões especiais para o Pequeno Auditório. Através do cinema documental, do cinema de autor e do cinema de animação será traçado de forma regular um percurso pelo mundo através do olhar de diferentes realizadores.
Tendo a dança uma presença re-gular na programação do Teatro Municipal do Porto desenvolveu- -se também, em colaboração com a Cinemathéque de la Danse de Paris / Centre National de la Danse, uma programação de cinema intitula-da “História(s) da dança”. Através do olhar de diferentes realizadores será percorrida a história da dança e em cada mês poderá ser descoberto o universos de artistas incon-tornáveis como Loie Fuller, Mary Wignam, Pina Bausch e Merce Cunningham, ou mesmo movimentos que marcaram essa mesma história, tais como a Post Moderne Dance, o Butoh ou o Hip-Hop.
T E R Ç A S D E C I N E M A⁄
P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I3 , 0 0 E U R
Tuesdays are cinema days at Teatro Municipal Rivoli. Three structures as-sociated with cinema and image - Porto Post Doc, Medeia Filmes and Casa da Animação – were challenged to imagine special showings for the Small Auditorium. A steady path will be traced around the world through the eyes of different directors of film, documentary and animation.Because dance has a strong presence in the programme of Teatro Munici-pal do Porto, a collaboration with the Cinemathéque de la Danse de Paris / Centre National de la Danse has been developed: the cinema programme “História(s) da dança”. Through the eyes of different directors, the history of dance will be crossed, and each month the universe of outstanding ar-tists like Loie Fuller, Mary Wigman, Pina Bausch and Merce Cunningham can be discovered; along with movements that marked dance history, like Post Modern Dance, Butoh or Hip Hop.
5 7
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
INE
MA
5 6
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
INE
MA
D O C U M E N T Á R I O S C O N T E M P O R Â N E O S
P O R T O / P O S T / D O C
3 F E V ⁄ 1 8 H 3 0 & 2 2 H 0 0
⁄E L E N A
⁄P E T R A C O S T A
B R A S I L • 2 0 1 2 • 8 0 ’
B U S C A V I D A F I L M E S
Elena segue as pisadas da mãe e muda-se para Nova Iorque, com o sonho de ser atriz. Passadas 2 décadas a sua irmã Petra também vai para Nova Iorque, à procura de Elena e do sonho. Baseado numa história real, "Elena" destrói a linha entre o documentário, o diário e o onírico.
Elena follows her mother’s footsteps and moves to New
York. Her dream is to become an actress. Twenty years
later, her sister Petra also moves to New York, search-
ing for Elena and her own dream. Based on a real sto-
ry, “Elena” destroys the borders of documentary, dia-
ry and dream.
1 7 M A R ⁄ 1 8 H 3 0 & 2 2 H 0 0
⁄T I M E G O E S B Y L I K E
A R O A R I N G L I O N⁄
P H I L L I P H A R T M A N N
A L E M A N H A • 2 0 1 3 • 7 9 ’
F L U M E N F I L M
Um cineasta que sofre de cronofobia à procura de uma forma de desacelerar a passagem do tempo.
A movie director suffering from chronophobia looks for
a way to slow down time.
V E R P R I M E I R O : A N T E S T R E I A S N O
T M R I V O L I M E D E I A F I L M E S
1 0 F E V ⁄ 1 8 H 3 0
⁄N I N F O M A N Í A C A , V O L . 1
D I R E C T O R ’ S C U T
+
1 0 F E V ⁄ 2 2 H 0 0
⁄N I N F O M A N Í A C A , V O L . 2
D I R E C T O R ’ S C U T
⁄L A R S V O N T R I E R
D I N A M A R C A • 2 0 1 4 • 1 4 5 ’ + 1 8 0 ’
B I L H E T E C O N J U N T O 5 , 0 0 E U R
Depois da exibição do Vol. 1 da versão do rea-lizador (não censurada) de “Ninfomaníaca” no Festival de Cinema de Berlim, do Vol. 2 no Fes-tival de Veneza, e dos dois volumes no Lisbon & Estoril Film Festival, poderemos ver, no Porto, numa sessão exclusiva e única no Teatro Munici-pal Rivoli, a totalidade do filme de Lars von Trier, ou seja, a versão director’s cut, que tem cerca de 80 minutos inéditos em relação à versão comer-cial que estreou há um ano nas salas.
After the showing of Vol.1 of the (uncensored) director’s
cut of “Nymphomaniac” at the Berlin Film Festival, Vol. 2 at
the Venice Film Festival and the two volumes at the Lisbon
& Estoril Film Festival, Porto can finally see an exclusive
showing of the director’s cut of the Lars Von Trier’s movie
at Teatro Municipal Rivoli. The film has 80 minutes more
than the commercial versions one could see in theatres.
3 1 M A R ⁄ 1 8 H 3 0 & 2 2 H 0 0
⁄P H O E N I X
⁄C H R I S T I A N P E T Z O L D
A L E M A N H A • 2 0 1 4 • 9 8 ’
O realizador alemão Christian Petzold é um dos grandes nomes do cinema europeu contemporâneo. Em “Phoenix” volta a trabalhar com a sua atriz féti-che, Nina Hoss, no papel de Nelly Lenz, uma sobre-vivente de um campo de concentração, que o filme segue depois de ter sido submetida a uma cirurgia de reconstrução e na procura da sua vida anterior.
German director Christian Petzold is an outstanding name
in contemporary European film. In “Phoenix” he returns
to his fetish actress, Nina Hoss, in the role of Nelly Lenz,
a concentration camp survivor. The film follows her af-
ter a reconstruction surgery, in a quest for her inner life.
T E R Ç A S A N I M A D A S C A S A D A A N I M A Ç Ã O
1 7 F E V ⁄ 1 6 H 0 0 , 1 8 H 3 0 & 2 2 H 0 0
⁄O M E N I N O E O M U N D O
⁄A L Ê A B R E U
B R A S I L • 2 0 1 4 • 8 5 ’
A sofrer com a falta do pai, um menino deixa a sua aldeia e descobre um mundo fantástico do-minado por máquinas-bichos e estranhos seres. Uma inusitada animação com várias técnicas ar-tísticas que retrata as questões do mundo mo-derno através do olhar de uma criança.
Suffering from his father’s absence, a boy leaves his vil-
lage and finds a wonderful world, ruled by machine-crea-
tures and strange beings. An unusual animation recur-
ring to different artistic techniques portrays the issues
of the modern world through the eyes of a child.
H I S T Ó R I A ( S ) D A D A N Ç A E M P A R C E R I A C O M C I N E M A T H É Q U E D E L A D A N S E D E P A R I S
⁄ C E N T R E N A T I O N A L D E L A D A N S E
2 7 J A N ⁄ 1 6 H 0 0 , 1 8 H 3 0 & 2 2 H 0 0
⁄D O L I N D Y H O P
A O H I P H O P⁄
2 0 1 0 • 5 2 ’
“Do Lindy Hop ao Hip Hop” é uma montagem de imagens de arquivo de curtas e longas metragens produzidas entre 1930 e 2006. Este documen-to visual apresenta a evolução das danças afro- -americanas de meados do século XX até às artes performativas dos nossos dias, através de ícones da dança e da música como Cab Calloway, Earl “Snake Hips” Tucker ou Duke Ellington.
“From Lindy Hop to Hip Hop” is an editing of archive
images from films and short films produced between
1930 and 2006. This visual document presents the evo-
lution of Afro-American dances from the mid 20th cen-
tury until today’s performing arts, through such music
and dance icons like Cab Calloway, Earl “Snake Hips”
Tucker or Duke Ellington.
2 4 F E V ⁄ 1 6 H 0 0 , 1 8 H 3 0 & 2 2 H 0 0
L O I E F U L L E R & I S A D O R A D U N C A N
⁄L A F É É R I E D E S B A L L E T S
F A N T A S T I Q U E SD E L O I E F U L L E R
⁄G E O R G E S R . B U S B Y
1 9 3 4 • 2 9 ’
+
I S A D O R A D U N C A N , M O V E M E N T
F R O M T H E S O U L⁄
G A Y N A G O L D F I N E & D A N G E L L E R
⁄1 9 8 7 • 5 6 ’
Loie Fuller é uma das pioneiras da dança do sé-culo XX. Chegada da music hall, Fuller é uma das primeiras artistas a usar os efeitos cénicos como parte integrante da sua coreografia, com uma finalidade narrativa. Ela é mais conhecida pela sua “Serpentine Dance”. Em 1891 ela aprende a dança da saia, um encontro entre o flamenco e o can-can francês. Neste movimento é usada a saia como percurso de ação no espaço, desenhando formas efémeras com contornos particulares e irrepetíveis. Isadora Duncan, outra das pionei-ras da chamada dança moderna, revolucionou a dança pela sua liberdade de expressão que privi-legiava a espontaneidade, inspirada nas antigas figuras gregas. Aproxima-se da dança clássica. Este filme é um retrato da dança de Isadora Dun-can através de imagens de arquivo, entrevistas e reconstituições das coreografias mais (re)co-nhecidas da autora.
Loie Fuler is one of the pioneers of 20th century dance.
Coming from music hall, Fuller is one of the first artists
to use stage effects with narrative purposes as part of
her choreographies. She is famous for her “Serpentine
Dance”. Isadora Duncan is another pioneer of modern
dance. This is a portrait of Isadora Duncan’s dance,
through archive images, interviews and the most rec-
ognized choreographic remakes of her work.
2 4 M A R ⁄ 1 6 H 0 0 , 1 8 H 3 0 & 2 2 H 0 0
M A R Y W I G M A N
⁄W H E N T H E F I R E
D A N C E S B E T W E E N T H E T W O P O L E S
⁄A L L E G R A F U L L E R S N Y D E R
1 9 8 1 • 4 3 ’
+
T O T E N M A L⁄
1 9 2 9 • 7 ’
Mary Wigman, reconhecida num primeiro mo-mento através da sua colaboração com o teórico Rudolf von Laban, focou o seu trabalho na preo-cupação entre a espiritualidade e o movimento. Move-se mais numa vertente introspetiva, numa dança que evoca a morte, a angustia e o êxtase. Este é um documento visual centrado na figu-ra de Mary Wigman acompanhado de imagens de arquivo entre 1923 e 1942 e onde se podem acompanhar alguns dos seus trabalhos mais co-nhecidos: La Danse de la sorcière, Chant séraphi-que ou Pastorale, entre outros. Já “Totenmal” é um verdadeiro monumento aos mortos e à dan-ça macabra interpretado pela coreógrafa e um grupo de bailarinos numa sucessão de movimen-tos inquietantes.
Mary Wigman is at first acknowledged for her collab-
oration with theoretician Rudolf von Laban. Her work
was focused on her concern between spirituality and
movement. Her movement is introspective, a dance that
conjures death, anguish and ecstasy. This is a visual
document focused on Mary Wigman through archive
images between 1923 and 1942, where we can follow
some of her most iconic pieces: “Witch Dance”; “Chant
Sérafique” or “Pastorale”, among others. “Totenmal” is
an absolute monument to the dead and to the dance of
death, performed by the choreographer and a group of
dancers, in a sequence of disturbing movements.
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
5 9
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
INE
MA
5 8
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
INE
MA
Bicicleta é um filme sobre o lado popular da vida que parte do conceito de vizinhança e família. António vê-se subitamente na sorte de ter um em-prego pelo qual tanto procurou. Maria, a esposa, desconfiada dos azares, ajuda-o no que pode para que garanta aquele cargo e traga para casa um salário. Sustentam a mãe de António e Guilhermina, a filha do casal, que vive iludida com as brincadeiras de criança. Contando com Blandina, a bruxa do prédio, a família vai-se desgraçando em crenças e má sorte que, acentuando o desfavorecimento laboral, resultam num crescendo trágico. Gorete, a vizinha que faz negócio montando uma espécie de mercearia a partir da sua janela da cozinha, funciona como a última hipótese de finan-ciamento para combater o cada vez mais inevitável desespero de António. Entre momentos mais difíceis e passagens de um divertido cruel, a história de António é montra para a realidade dos trabalhadores menos protegi-dos da pirâmide laboral. É uma reflexão sobre o instinto de sobrevivência e a extrema defesa da dignidade que o Bairro do Aleixo como uma cidade vertical, vendo o interior das torres como ruas ao alto, onde a sorte dos cidadãos se resolve tão longe de um Portugal dito convencional.
António lives in a housing project in Porto. In a sudden stroke of luck, he gets the
job he’s been looking for so long. His wife Maria is suspicious of misfortunes, but
helps him in anyway she can to ensure he brings home a salary. Between harshness
and some cruelly fun moments, António’s story displays the reality of workers at
the base of the work pyramid. It is a reflection on the survival instinct and the ul-
timate fight for dignity.
2 9 & 3 0 J A N ⁄ 2 2 H 0 0
B I C I C L E T AE S T R E I A
⁄L U Í S V I E I R A C A M P O S
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
3 , 0 0 E U R • M / 1 2
Montagem e RealizaçãoLuís Vieira Campos
• Argumento Valter Hugo Mãe • Interpretação
Adelaide Teixeira, Jorge Loureiro, Rute Miranda,Sandra Salomé • Músicos Alexandre Soares, Álvaro Teixeira Lopes, Ana Deus,
José Augusto Pereira de Sousa, José de Eça • Direção de Fotografia Manuel Pinto Barros
• Direção de SomPedro Adamastor• Produção Filmes
Liberdade • Produção Executiva Miguel Rubim
• CoproduçãoCimbalino Filmes
• Ficção, 48’
Luis Vieira Campos nasceu no Porto em 1964. Terminou o curso de Cine - Vídeo da ESAP - Escola Superior Artística do Porto em 1989 e foi estagiário de realização de Manoel de Oliveira na rodagem do filme “Divina Comédia”. Antes de “Bicicleta”, realizou as curtas-metragens “Dia de Visita” (2011), “Quando eu Morrer” (2006) e “aDeus” (2000). Em 2008 fundou a Filmes Liberdade, onde atualmente desenvolve a sua atividade.
Luis Vieira Campos was born in Porto in 1964. Finished his Cine-Video degree at
ESAP - Escola Superior Artística do Porto, in 1989. He did a cinema direction in-
ternship during the filming of Manoel de Oliveira’s ‘Divina Comédia’. Directed the
short films ‘Dia de Visita’ (2011), ‘Quando eu Morrer’ (2006) and ‘aDeus’ (2000). In
2008 he founded Filmes Liberdade.
Festivais e Prémios22º Curtas Vila do Conde
- Julho 2014Prémio TAP - Melhor Média-
Metragem Nacional2º Arquiteturas Film Festival
Lisboa - Setembro 2014Best National Short Film
- FictionXX Festival Caminhos do Cinema
Português - Novembro 2014Melhor Curta Metragem
Melhor Actriz Secundária (Adelaide Teixeira no papel de
Blandina)
Apresentações
29 JaneiroSessão apresentada por
João Teixeira Lopes, sociólogoe prof. universitário.
30 JaneiroSessão apresentada por
Álvaro Domingues, geógrafoe prof. universitário.
Para além das sessões regulares que a Medeia Filmes apresenta no Cine Estúdio do Teatro Municipal Campo Alegre ou das Terças de Cinema que habitam o Pequeno Auditório do Teatro Munici-pal Rivoli, serão apresentadas sessões especiais que se cruzem com a programação geral. Nesta primeira temporada será apre-sentado “Bicicleta” de Luís Vieira Campos, integralmente filmado no Bairro do Aleixo no Porto, e um ciclo integrado no Foco Brasil que mostrará, através de uma per-tinente relação com os espetácu-los que integram este foco, a força atual do cinema brasileiro. As sessões de cinema do ciclo Foco Brasil contarão com a apresentação de Ricardo Alves Júnior, que assegura a curadoria desta mostra.
S E S S Õ E S E S P E C I A I S
Along with the regular sessions presented by Medeia Filmes at the Cine Estúdio of Teatro Municipal Campo Alegre, or “Terças de Cinema” at the Small Auditorium of Teatro Municipal Rivoli, special screenings will be held, complementing the general programme. In this first season Teatro Municipal presents “Bicicleta” by Luís Vieira Campos — a film that was totally shot at the Aleixo neighbourhood, in Porto; along with a showca-se integrated in our Focus Brazil, showing the strength of contemporary Brazilian cinema in a pertinent relation with the performances presen-ted within this programme. This showcase is curated and presented by Ricardo Alves Júnior.
6 1
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
INE
MA
6 0
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
INE
MA
Q U A 1 1 M A R ⁄ 2 2 H 0 0
⁄O M U R O
⁄T I Ã O
2 0 O 8 • 1 7 ’ • M / 1 2
Alma no vazio, deserto em expansão.
Soul in emptiness, expanding desert.
Festivais e PrémiosPrêmio Regard Neuf em Cannes
B R A N C O S A I . P R E T O F I C A⁄
A D I R L E Y Q U E I R Ó S
2 0 1 4 • 9 3 ’ • M / 1 2
Dois homens negros, moradores da maior perife-ria de Brasília, ficam marcados para sempre gra-ças a uma ação criminosa de uma polícia racista da Capital Federal. A polícia invade uma festa. Tiros, correria e a consumação da tragédia: um homem fica para sempre na cadeira de rodas, o outro perde a perna após um cavalo da polícia cair sobre ele. Mas esses homens não se sentem confortáveis em contar a história de maneira di-reta e jornalística. Eles querem fabular, querem outras possibilidades de narrar o passado, abrin-do para um presente cheio de aventuras e novos significados, propondo um novo futuro.
Two black men, both living in the biggest suburb of
Brasília, are forever marked by the criminal action of
a racist cop from the Federal Capital. The police crash
into a party. Gunshots, running and tragedy: a man for-
ever stuck on a wheel chair, the other loses a leg after
being crushed by a police horse. But these men don’t feel
comfortable in telling the story to a journalist.
Festivais e PrémiosDoc Lisboa
Menção honrosa - 17a Mostra de Cinema de Tiradentes;Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba;
V CachoeiraDoc;Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Direção de Arte - 47º
Festival de Brasília de Cinema Brasileiro.
T E R 1 0 M A R ⁄ 2 2 H 0 0
⁄R U A D E M Ã O Ú N I C A
⁄C I N T H I A M A R C E L L E ,
T I A G O M A T A M A C H A D O
2 0 1 3 • 1 0 ’ • M / 6
“O carácter destrutivo não vê nada de duradou-ro. Mas por isso mesmo vê caminhos por toda a parte, mesmo quando os outros esbarram com muros e montanhas. Como, porém, vê por toda a parte um caminho, tem de estar sempre a re-mover coisas do caminho. Nem sempre com bru-talidade, às vezes fá-lo com requinte. Como vê caminhos por toda a parte, está sempre na en-cruzilhada. Nenhum momento pode saber o que o próximo trará. Converte em ruínas tudo o que existe, não pelas ruínas, mas pelo caminho que as atravessa.” —Walter Benjamin
“The destructive character sees nothing permanent. But
for this very reason he sees ways everywhere. Where oth-
ers encounter walls or mountains, there too, he sees a
way. But because he sees a way everywhere, he has to
clear things from it constantly. Not always by brute force,
sometimes he does it with refinement. Because he sees
ways everywhere, he always stands at a crossroads. No
moment can know what the next will bring. What exists
he reduces to rubble – not for the sake of rubble, but for
that of the way leading through it.” — Walter Benjamin
Festivais e PrémiosFestival de Roterdão
Semana dos RealizadoresFestival de Havana
B R A S I L S / A⁄
M A R C E L O P E D R O S O
2 0 1 4 • 7 0 ’ • M / 6
No Brasil dos últimos 500 anos, Edilson trabalhou no cultivo da cana-de-açúcar. Um dia, as máquinas chegaram e ele deixou o corte para se dedicar à sua primeira missão espacial. Um pequeno passo para ele, um salto enorme para o Brasil.
For the past 500 years in Brazil, Edilson worked on
sugar cane farming. One day the machines arrived and
he abandoned the cut to dedicate to his first space mis-
sion. A small step for himself, but a giant step for Brazil.
Festivais e PrémiosMelhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Som, Melhor Trilha
Sonora e Melhor Montagem – 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
3
1. Brasil S/A2. Rua de Mão Única
3. Branco Sai. Preto Fica
C I C L O D E C I N E M AF O C O B R A S I L
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
3 , 0 0 E U R P O R S E S S Ã O
“A junção é de certa forma tensa, pois se de um lado revela semelhanças, do outro expõe disparidades. Aqui talvez interessem mais as aproxima-ções entre os filmes, pois é o que há de similar que nos pode ajudar a pen-sar sobre o cinema que vem sendo feito hoje no Brasil. Um cinema que aproxima a encenação e a coreografia. Cinema que mistura os espaços do mundo e as ficções. A transformação do país, o mergulho do olhar, a pos-tura diante do luto: os impasses que se colocam. E diante deles a resposta vem sob a forma de novas perguntas, em que os signos se sobrepõem, as ideias são transformadas em ícones que se baralham e se fortalecem. Para existir é preciso resistir.” — Ricardo Alves Jr.
The new Brazilian cinema in a programme curated by director Ricardo Alves Jr.
“The connection is somewhat tense, as it reveals similarities and exposes disparities.
What is most interesting here are the points where these films connect – these sim-
ilarities are what help us think about the cinema that is being made today in Brazil,
combining staging and scenography, mixing places and fictions. The transformation
of the country, the plunge of a regard, the posture before mourning: the impasses
that are presented and the answers that come from them in form of new questions,
in which symbols overlap and ideas are transformed in icons that are mixed up and
strengthened. To exist one has to resist.” — Ricardo Alves Jr.
Os novos valores do cinema brasileiro, num ciclo com curadoria do realizador Ricardo Alves Jr.
F O C O B R A S I L
1
2
6 3
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
INE
MA
6 2
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
INE
MA
“A cidade do Porto, debruçada sobre o Rio Douro e este ano considerada de novo o “Melhor Destino Turístico da Europa”, recebe há 35 anos um dos festivais de cinema mais prestigiados a nível Europeu. São mais de dez dias de Festa para o Mundo do Cinema, onde produtores, realizadores, atores, atrizes, distribuidores e (muito) público se fundem num programa multi-facetado, com uma tónica de género, o Fantástico. São quatro as secções, oficiais competitivas com júris internacionais próprios, que se “alimentam” das mais recentes produções mundiais. Este ano estão 51 países presentes e mais de 220 filmes, de entre curtas e longas metragens, todos eles inéditos em Portugal, alguns na Europa e outros ainda exibidos em antestreia mun-dial. As homenagens e retrospetivas nunca faltam. Este ano celebraremos o 100º aniversário do nascimento de Orson Welles, realizar-se-á uma larga retrospetiva sobre os filmes com Fred Astaire e Ginger Rogers — estes tendo por base a celebração dos 80 anos da estreia mundial de Top Hat —, sendo o homenageado português, o produtor Fernando Vendrell, o qual, a par de outras personalidades convidadas, receberão o Prémio de Carreira do Fan-tasporto. Esta edição realiza-se entre 24 de fevereiro e 8 de março. O Porto tem os braços aberto para si. Seja bem vindo ao Mundo das Artes, ao Mundo do Cinema.” — Mário Dorminsky Diretor do Fantasporto
“The city of Porto, capital of northern Portugal, perched on the Douro River and con-
sidered this year’s “Best Touristic Destination in Europe”, has been for the past 35
years, the host of one of the most prestigious film festivals in Europe and the World.
More than ten days of celebration of cinema where producers, directors, actors and
actresses, distributors and public (a lot of it) come together in a wide programme
with a dedicated genre: Fantasy. There are four sections of official competition with
an international jury, feeding on the most recent productions from all over the world.
This year’s edition has 51 participating countries and more than 220 films, long and
short, all previously unseen in Portugal, some unseen in Europe and even some on
world premiere.” — Mário Dorminsky Diretor do Fantasporto
Há mais de vinte anos a exibir cinema em Portugal, e há dez no Teatro Municipal Campo Alegre, a Medeia Filmes aposta na qualidade e diversi-dade, com estreias em exclusivo, privilegiando o cinema europeu, o cine-ma americano independente, o “cinema do mundo”, divulgando as mais variadas cinematografias e exibindo os melhores filmes selecionados e premiados nos mais importantes festivais de cinema (Cannes, Veneza, Berlim, Locarno, Toronto, entre outros). E porque a programação do ci-nema contemporâneo deve fazer-se em diálogo com a sua história, exibe também, regularmente, clássicos em cópias novas ou ciclos de autor, como aconteceu com os ciclos dedicados a Ingmar Bergman, Ozu, ou Satyajit Ray, ou, ao longo do ano, nas Terças-feiras Clássicas.
Medeia Filmes shows films in Portugal for more than 20 years, and at Teatro Munic-
ipal Campo Alegre for 10. Medeia privileges quality and diversity, with exclusive pre-
mieres, focusing on European, American, independent and World cinema. Showing
different cinematographies and a selection of films from the most important film
festivals (Cannes, Venice, Berlin, Locarno and Toronto, among others). Because
the programme of contemporary film should dialogue with its history, Medeia also
shows classics and movie cycles dedicated to directors like Ingmar Bergman, Ozu,
or Satyajit Ray. There’s also the weekly “Terça-feiras Clássicas”.
T E R 2 4 F E V A D O M 8 M A R
F A N T A S P O R T O⁄
T M R I V O L I
D E S E G A S E X ⁄ 1 8 H 3 0 , 2 2 H 0 0S Á B & D O M 1 5 H 3 0 , 1 8 H 3 0 , 2 2 H 0 0
M E D E I AF I L M E S
⁄ T M C A M P O A L E G R E
C A M P O A B E R T O
R E S I D Ê N C I A S D EL O N G A D U R A Ç Ã O
P Á G . 8 6
Foto
grafi
a ©
Jos
é C
alde
ira
Q U I 1 2 M A R / 2 2 H 0 0
⁄T R E M O R
⁄R I C A R D O A L V E S J R .
2 0 1 3 • 1 4 ’ • M / 1 2
Um dia na vida de um homem. Ele procura a sua mulher, procura respostas, procura vida.
A day in the life of a man. He’s looking for his wife, look-
ing for answers, looking for life.
Festivais e PrémiosLocarno Film Festival – Competição Pardi di Domani
Oberhausen Film Festival - Prize of the Jury of the Ministryfor Family, Children, Youth,
Culture and Sport of North Rhine-WestphaliaFestival de Brasilia do Cinema Brasileiro – Prêmio de Melhor
Direção, Fotografia e Montagem Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte
– Melhor Filme Kinoarte Festival de Londrina
– Melhor Direção e Edição de Som Festival Internacional de curtas de São Paulo
Janela Internacional de Cinema do Recife Panorama Coisa de Cinema
FICBIC - Festival de Cinema da Bienal de Curitiba Festival Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira - Prêmio
Especial do Juri V E N T O S D E A G O S T O⁄
G A B R I E L M A S C A R O
2 0 1 4 • 7 7 ’ • M / 1 2
Shirley deixou a cidade grande para viver numa pacata vila litoral cuidando da sua avó. Ela tra-balha numa plantação de côco. Mesmo isolada, cultiva o gosto pelo punk rock e o sonho de ser tatuadora. Namora com Jeison, um rapaz que também trabalha na fazenda e faz pesca subaquá-tica. Um estranho pesquisador chega à vila para registar o som dos ventos alísios que emanam da Zona de Convergência Intertropical. Agosto marca a chegada das tempestades e das altas marés. Os ventos crescentes colocarão Shirley e Jeison numa jornada sobre perda e memória, vida e morte, vento e mar.
Shirley left the big city to take care of her grandmoth-
er in a quiet village by the shore. She works on a co-
conut farm. Even in isolation she nourishes her taste
for punk rock and her dream of becoming a tattoo art-
ist. Her boyfriend Jeison also works at the farm and
does underwater fishing. A strange researcher arrives
in the village to register the sounds of trade winds that
blow from the Intertropical Convergence Zone. August
is when the storms and high tides start. The increasing
winds will take Shirley and Jeison on a journey of loss
and memory, life and death, wind and sea.
Festivais e PrémiosMenção especial – 67o Festival de Locarno 2014;
62o Festival Internacional de Cinema San Sebastian;47o Festival de Brasília de Cinema Brasileiro;
33° Festival Internacional de Vancouver;
58° BFI Festival de Cinema de Londres;
50° Festival Internacional de Chicago;FilmFest Hamburg 2014.
2
1
1. Tremor2. Ventos de Agosto
6 4
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• L
ITE
RA
TU
RA
/EX
PO
SIÇ
ÕE
S
Á LV A R O S I Z A E G I O V A N N I C H I A R A M O N T E ( I T ) / A M E D I D A D O O C I D E N T E [ P Á G . 6 6 ]
A P O E S I A À S O L T A [ P Á G . 6 7 ]
Q U I N T A S D E L E I T U R A [ P Á G . 6 8 E P Á G . 6 9 ]
L A N Ç A M E N T O S D E L I V R O S [ P Á G . 7 0 E P Á G . 7 1 ]
L I T E R A T U R A⁄
E X P O S I Ç Õ E SL I T E R A T U R E ⁄ E X H I B I T I O N S
A Medida do Ocidente – Viagem na Representação Álvaro Siza e Giovanni ChiaramonteFoto
grafi
a ©
Gio
van
ni C
hiar
amon
te
6 7
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • L
ITE
RA
TU
RA
/EX
PO
SIÇ
ÕE
S
6 6
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• L
ITE
RA
TU
RA
/EX
PO
SIÇ
ÕE
S
S Á B 2 4 J A N ⁄ 1 8 H 3 0
A P O E S I A À S O L T A⁄
A N T Ó N I O D U R Ã E S , A D O L F O L U X Ú R I A C A N I B A L ,P E D R O L A M A R E S , S U S A N A M E N E Z E S
E T E R E S A C O U T I N H O⁄
V Á R I O S L O C A I S T M R I V O L IE N T R A D A G R A T U I T A • M / 1 2
Cinco poetas de sempre, com palavras intemporais: Adília Lopes, Alexan-dre O’Neill, Fernando Pessoa, Jorge de Sousa Braga, Mário Cesariny. Cinco ‘diseurs’ de diferentes gerações, com vozes inconfundíveis: António Du-rães, Adolfo Luxúria Canibal, Pedro Lamares, Susana Menezes e Teresa Coutinho. Cinco palcos não convencionais num espaço em plena eferves-cência. A poesia está à solta, a acompanhar a comemoração dos 83 anos do Teatro Municipal Rivoli.
Five acknowledged writers read by five unforgettable voices, discovering un-
usual places of TM Rivoli. Five timeless poets with timeless words: Adília Lopes,
Alexandre O’Neill, Fernando Pessoa, Jorge de Sousa Braga and Mário Cesariny. Five
‘diseurs’ of different generations with distinctive voices: António Durães, Adolfo Lux-
úria Canibal, Pedro Lamares, Susana Menezes and Teresa Coutinho. Five unconven-
tional stages in a space of pure effervescence. Poetry is on the loose, celebrating the
83rd anniversary of Teatro Municipal Rivoli.
António Durãeslê Jorge de Sousa Braga
Adolfo Luxúria Caniballê Mário CesarinyTeresa Coutinho
lê Alexandre O´NeillPedro Lamares
lê Fernando PessoaSusana Menezes
lê Adília Lopes
Cinco autores consagrados são lidos por cinco vozes inesquecíveis fazendo descobrir locais inusitados do TM Rivoli.
8 3 º A N I V E R S Á R I O D O T M R I V O L I
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Foto
grafi
as ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
“A Medida do Ocidente” é uma exposição dedicada a dois mestres da cul-tura ocidental: Álvaro Siza e Giovanni Chiaramonte. O primeiro é um dos nomes maiores da atualidade, referência para uma geração de arquitetos; o segundo um dos fotógrafos de referência do Velho Continente, com traba-lhos publicados e premiados um pouco por todo o mundo. “A Medida do Oci-dente” é assim a síntese do encontro entre dois intelectuais, dois viajantes com pontos de partida diferentes (Portugal e Itália), mas destinos comuns: o Mundo. Um mundo feito de ruínas antigas e ruinas do futuro. Um mundo onde a antiguidade e o contemporâneo se diluem num conceito universal.
(The measure of the West) “A Medida do Ocidente” is an exhibition dedicated to
two masters of the western culture, in two distinct areas, such as architecture and
photography - although sometimes they walk hand in hand: Álvaro Siza and Gio-
vanni Chiaramonte. The first is one of the greatest names in his field, a reference to
a whole generation of architects; the other is a reference photographer in the Old
Continent, published and awarded all over the world. This exhibition, opening at
5pm, will have a conference with the authors, in the Small Auditorium of Teatro
Municipal Rivoli, at 4pm. Free admission.
E N C O N T R O • S Á B 2 4 J A N ⁄ 1 6 H 3 0E X P O S I Ç Ã O * • I N A U G U R A Ç Ã O ⁄ 1 7 H 3 0 S Á B 2 4 J A N — T E R 3 1 M A R
A M E D I D A D O O C I D E N T E⁄
V I A G E M N A R E P R E S E N T A Ç Ã OÁ L V A R O S I Z A & G I O V A N N I C H I A R A M O N T E ( I T )
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
* F O Y E R D O 3 º P I S O D O T M R I V O L IE N T R A D A G R A T U I T A • M / 6
Álvaro Siza nasceu em Matosinhos, em 1933. Estudou Arquitetura na Es-cola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1949 e 1955. É um dos nomes mais reconhecidos da arquitetura portuguesa. Giovanni Chiaramonte nasceu em Varese, Itália, em 1948. Iniciou o seu percurso fotográfico no final dos anos 60. Dedica o seu trabalho à exploração da relação entre o lugar e a identidade do homem e ao destino do Ocidente.
Álvaro Siza was born in Matosinhos in 1933. Studied architecture at Escola Superi-
or de Belas Artes do Porto, between 1949 and 1955. He is one of the most acknowl-
edged names in Portuguese architecture. Giovanni Chiaramonte was born in Var-
ese, Italy, in 1948. He started photographing in the late 60’s. He dedicates his work
to the relation between man’s identity and his location, and the destiny of the West.
8 3 º A N I V E R S Á R I O D O T M R I V O L I
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O D A C U L T U R A 2 0 1 5
Foto
grafi
as ©
Gio
van
ni C
hiar
amon
te
6 9
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • L
ITE
RA
TU
RA
/EX
PO
SIÇ
ÕE
S
6 8
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• L
ITE
RA
TU
RA
/EX
PO
SIÇ
ÕE
S 2 9 J A N E I R O
E N T R E D O I S R I O S
Nesta sessão a convidada especial é a poeta Ana Luísa Amaral. Natural de Lisboa, onde nasceu em 1956, trocou a capital por Leça da Palmeira aos nove anos. É, atualmente, professora asso-ciada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e um dos nomes maiores da poesia em Portugal. Os seus livros de poesia estão edita-dos em vários países, tais como França, Brasil, Suécia, Holanda, Venezuela, Itália e Colômbia. Em 2007 foi galardoada com o Prémio Literá-rio Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas, com a obra "A Génese do Amor", também selecionado para o Prémio Portugal Telecom. Nesta sessão, a autora conversa com o jornalista Luís Caeta-no, enquanto os recitadores Daniel Macedo Pin-to e Paula Ventura dão voz a excertos das suas obras, perpassando os diferentes momentos de uma carreira dedicada às letras. A artista plástica Susana Bravo inspira-se no universo poético de Ana Luisa Amaral para assinar a imagem deste encontro. O momento de performance será da responsabilidade da bailarina Mariana Tengner Barros, que apresentará a peça “Aprés Le Bain”. Participação especial de Ana Bacalhau, a vocalis-ta do projeto musical “Deolinda”. Tempo ainda para ver um fragmento do documentário “Entre Dois Rios e Outras Noites”, de Nuno F. Santos e João Nuno Soares.
For this session, our special guest is the poet Ana Luísa
Amaral. Born in Lisbon, in 1956, she traded the capital
for Leça da Palmeira when she was 9. She is presently
an associated teacher at the Faculty of Letters of Por-
to University and an established author of Portuguese
poetry. Her poetry books are published in many coun-
tries like France, Brazil, Sweden, Holland, Venezuela,
Italy and Colombia. In 2007 she was awarded with the
Literary Prize Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas,
with her book “A Génese do Amor”, also short listed for
the Portugal Telecom Award. She will talk with journal-
ist Luís Caetano, while actors Daniel Pinto and Isabel
Queirós will read parts of her work, crossing different
moments of a career dedicated to writing.
Ana Luísa Amaral, Ana Bacalhau, Daniel Macedo Pinto, João Nuno Soares, Luís Caetano, Mariana Tengner
Barros, Nuno F. Santos, Paula Ventura
1 9 F E V E R E I R O *
A P O E S I A V A I A C A B A R
Sessão centrada na obra do autor Manuel Antó-nio Pina. A sua poesia, algumas crónicas e histó-rias para os mais novos serão percorridas pelas vozes de Ana Deus, Pedro Lamares, Ana Celes-te Ferreira, Celeste Pereira, Eduardo Roseira e Adriana Faria. Será feita ainda a apresentação, em estreia nacional, do filme “As Casas Não Mor-rem”, trabalho de Pedro Macedo sobre o autor. Os escritores Inês Fonseca Santos e Álvaro Ma-galhães comentam o filme e falam sobre a obra e a vida do poeta. A imagem da sessão é assinada por Lucília Monteiro, fotógrafa e amiga do au-tor, que foi captando, ao longo de muitos anos de convivência, imagens expressivas do poeta. As canções de Francisco Fanhais fecham a sessão. Terá ainda lugar nesta sessão uma performance da coreógrafa Clara Andermatt, com o músico Jo-nas Runa. Participação especial de Ricardo Caló, Joana Ilhão, Paula Ventura e Andreia Oliveira.
This session is focused on the work of Manuel Antó-
nio Pina. His poetry, some chronicles and many stories
for the young ones, will be visited by the voices of Ana
Deus, Ana Celeste Ferreira, Celeste Pereira and Eduardo
Roseira. We will also present the national premiere of
“As Casas Não Morrem”, a film by Pedro Macedo about
this author. Writers Inês Fonseca Santos and Álvaro
Magalhães comment the film and talk about the life
and work of this poet.
Adriana Faria, Álvaro Magalhães, Ana Celeste Ferreira, Ana Deus, Andreia Oliveira, Celeste Pereira, Clara
Andermatt, Eduardo Roseira, Francisco Fanhais, Inês Fonseca Santos, Joana Ilhão, Jonas Runas, Lucília
Monteiro, Paula Ventura, Pedro Lamares, Pedro Macedo, Ricardo Caló
2 6 M A R Ç O
T R O P I C A L
Álvaro Domingues é o convidado central desta sessão onde se procura dar resposta a uma per-gunta: o que é o “tropical” explicado por ima-gens? Se recorrermos ao Google, esse instrumen-to que tem sempre uma resposta para (quase) tudo, surgem atmosferas verde-azul de céus e mares, palmeiras tortas, animais vistosos, poen-tes sanguíneos, comidas e flores. Ou seja, um pa-raíso! Mas será isso o verdadeiro “tropical”? Álva-ro Domingues diz que é quase tudo mentira e é isso que irá explicar numa conferência-esquisita. A sessão contará ainda com a companhia de dan-ça Afrolatin Connection e com a participação mu-sical do trompetista Gileno Santana. De Londres chega Chullage, um dos mais importante rappers da atualidade.
Álvaro Domingues is the main guest of this session,
where we try to answer a main question: what is “tropi-
cal” explained in images? When we use Google, this tool
that has an answer for (almost) everything, it shows
us blue/green ambiences of sky and sea, crooked palm
trees, luxurious creatures, golden sunsets, food and
flowers. A paradise! But is this the real “tropical”?
Álvaro Domingues, Afrolatin Connection,Chullage, Gileno Santana
F E L I C I D A D E — T E M A P E L O U R O
D A C U L T U R A 2 0 1 5
Foto
grafi
a ©
Luc
ília
Mon
teir
o
Foto
grafi
a ©
Álv
aro
Dom
ingu
es
Q U I 2 9 J A N , 1 9 F E V * & 2 6 M A R ⁄ 2 2 H 0 0
Q U I N T A S D E L E I T U R A⁄
A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E* G R A N D E A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
7 , 5 0 E U R • M / 1 2
“Quintas de Leitura” é uma iniciativa do Teatro Municipal do Porto que teve início em 2001, mantendo-se, desde então, em atividade permanente todos os meses. Foram já realizadas 165 sessões. Em 2015, serão realiza-das mais 10 sessões, duas das quais fora do seu espaço habitual, o Teatro Municipal Campo Alegre. Mantendo o carácter intimista das “Quintas”, este ciclo afirma-se como um espaço de liberdade de expressão, um espa-ço transversal a filosofias, ideologias, credos, estéticas, géneros, sensibi-lidades e afectos. A ação do projeto continuará a assentar num depurado conceito de transdisciplinaridade e de cruzamento da palavra dita com a música, performance, dança e imagem, imprimindo à Poesia uma nova força e dimensão. Com uma programação virada para o Futuro e assente numa atitude de modernidade e de compromisso com a contemporâneida-de, não se esconde que o Amor, a Liberdade e o Sonho continuam a ser as bandeiras que animam e norteiam a ação poética das Quintas de Leitura.
Every month authors and their books are the motto for a multidisciplinary
meeting between different artists. “Quintas de Leitura” is an initiative of Teatro
Municipal do Porto, which started in 2001. Since then it became a monthly event,
counting 165 sessions. In 2015 we will have 10 more sessions, two of them outside
Teatro Municipal Campo Alegre, its usual venue. The intimist atmosphere of “Quin-
tas” will be maintained, confirming this event as a space of freedom of expression,
where different philosophies, ideologies, believes, aesthetics, genres, sensitivities
and affections meet.
Todos os meses, os livros e os seus autores dão o mote para um encontro multidisciplinar entre vários artistas.
Foto
grafi
a ©
Luí
sa C
oelh
o
7 1
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • L
ITE
RA
TU
RA
/EX
PO
SIÇ
ÕE
S
7 0
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• L
ITE
RA
TU
RA
/EX
PO
SIÇ
ÕE
S
S E X 1 3 F E V / 1 8 H 3 0
R I O T O R T OD E R U I L A G E
E D I T O R A L Í N G U A M O R T A
Rui Lage nasceu no Porto em 1975. É ensaísta, crítico literário e autor de Teatro e de literatura para a infância. É também uma das vozes mais importantes da nova poesia portuguesa. Rio Tor-to, da Editora Língua Morta, é o seu sexto livro de poemas e constitui uma espécie de primeiro “tomo” das suas memórias de infância.
Rui Lage was born in Porto in 1975. Essayist, literary
critic, children’s books writer and play-writer. He is
also an important voice of the new Portuguese poetry.
“Rio Torto” published by Editora Língua Morta is his
sixth poetry book and is the first volume of his child-
hood memories.
S E X 2 0 F E V / 1 8 H 3 0
T H R O U G H T H E B A C K . S I T U A T I N G V I S I O NB E T W E E N M O V I N G
B O D I E SD E J E R O E N P E E T E R S
O dramaturgo e escritor belga Jeroen Peeters apresenta o seu novo livro sobre a condição do espetador em dança contemporânea, em conver-sa com a crítica Alexandra Balona. A obra pro-cura articular o potencial crítico de abordagens alternativas para a expressão física e a criação de imagens do corpo que são vulneráveis e per-meáveis ao mundo. Coreógrafos experimentais, como Alexander Baervoets, Boris Charmatz, Meg Stuart ou Vera Mantero, também desafiam e ex-pandem a experiência do espetador, incluindo os elementos corpóreos, tecnológicos e culturais que suportam as formas como vemos, ouvimos, sentimos e imaginamos.
The Belgian play writer Jeroen Peeters presents his
new book on the condition of the contemporary dance
spectator, in a conversation with critic Alexandra Ba-
lona. This book tries to articulate the critical potential
of alternative approaches to physical expression, and
the creation of body images that are vulnerable and
pervious to the world.
Q U I 1 9 M A R / 1 8 H 3 0
C L A V I C U L Á R I AD E M A R T A B E R N A R D E S
E D I T O R A D O U D A C O R R E R I A
Claviculária, o último livro de poemas de Marta Bernardes editado pela Douda Correria, é uma exercício de pequenos discernimentos sobre o mundo e sobre o próprio nascimento do poema. Como um livro de horas que retoma um certo sentido litúrgico laico, comprometido e lumino-so, vai abrindo a cada poema uma porta em no-vas direções.
“Claviculária”, the latest poetry book by Marta Ber-
nardes, published by Douda Correria is an exercise of
little insights on the world and the birth of a poem.
Like a Book of Hours retrieving a lay liturgical sense,
compromised and luminous, it opens with each poem
a doorway to new directions.
S Á B 2 8 M A R / 1 8 H 0 0
A T I V I D Á R I O D O T E A T R OE D I T O R A P A T O L Ó G I C O
O Teatro vai ao Rivoli. Este Teatro rompe a quar-ta parede que o separa do público, pede olhos de ver e palmas de bater. Este Teatro folheia-se para encontrar sarilhos dos bons, comédias, dramas e tragédias. É um atividário editado pelo Pato Lógico - agora transformado em animal de pal-co - que dia 28 de Março invade o Teatro Muni-cipal Rivoli para ser lançado pela embaixadora teatral Dora Batalim.
Theatre goes to Rivoli. This theatre breaks the fourth
wall that separates it from the audience, asks for seeing
eyes and clapping hands. This theatre leafs through its
pages to find good trouble, comedy, drama and tragedy.
It’s a book published by Pato Lógico.
T E R 1 0 F E V / 1 8 H 3 0
P O R D E T R Á S D O P A N O D E A N T Ó N I O M A N U E L
R I B E I R OC H I A D O E D I T O R A
“A pedrada chega com os UHF e as águas revolta-ram-se. De repente todos queriam ser como nós, a locomotiva de Almada. É este o tempo de unir as pontas da história, esquivar as falsas encruzi-lhadas (crossroads) e chamar as coisas pelo seu nome sem pruridos ou abrangências contrana-tura: não sou um gajo porreiro, sou um tipo sé-rio e sincero, como diz a canção. Não se trata de avaliar o ADN da paternidade, trata-se de reco-nhecer o grito firme e continuado que mexe com tudo, a diferença entre quem era e quem queria ser. Enquanto o produtor Carlos Gomes e o Valen-tim de Carvalho procuravam trazer Rui Veloso e a Banda Sonora para espectáculo como um todo coerente capaz de reproduzir o disco gravado, os UHF somavam palcos e conquistavam namora-das por este país fora. Sexo, Drogas & Rock and Roll.” António Manuel Ribeiro
“The ripple effect came with UHF and the waters were
disturbed. Suddenly everybody wanted to be like us, the
locomotive from Almada. Now its time to tie the loose
ends, dodge fake crossroads and call a spade a spade
with no restrictions or unnatural reach: I’m not a nice
guy, I’m like the song says, a serious and sincere guy”.
António Manuel Ribeiro
Q U I 1 2 F E V / 1 8 H 3 0
Y U K I - O N N A B L U E SD E R E N A T O F I L I P E C A R D O S O
E D I T O R A D O U D A C O R R E R I A
"Yuki-onna Blues", editado pela Douda Correria e com ilustrações de Ana Tecedeiro, é o quarto original de poesia de Renato Filipe Cardoso, poe-ta portuense. Inspirado na personagem da mito-logia japonesa Yuki-onna — espécie de sereia da neve um terço musa, um terço bruxa, um terço mulher —, o livro descreve uma viagem poética, fabulada e anacrónica, pelas aventuras e desven-turas, medos e inseguranças, ânsias e paixões de Yasiko Wing, uma dessas entidades simultanea-mente frágeis e cruéis, intimidade feminina na fímbria do impossível.
Inspired by the Japanese mythological character Yuki-onna
– a sort of snow mermaid one third muse, one third witch,
one third woman – the book describes a fabled and anachro-
nistic poetic journey through adventures and misfortunes,
fears and insecurities, angst and passions of Yasiko Wing,
an entity both fragile and cruel, a feminine intimacy on the
hems of the impossible.
L A N Ç A M E N T O S D E L I V R O S⁄
C A F É - C O N C E R T O T M R I V O L IE N T R A D A G R A T U I T A • M / 6
O Café-Concerto do Teatro Municipal Rivoli acolhe lançamentos de livros de autores consagrados e, em pé de igualdade, das novas veias comunican-tes da literatura portuguesa. Assim já aconteceu no final de 2014, onde o Café-Concerto foi palco do lançamento de livros de José Luís Peixoto, Pedro Eiras e Filipa Leal. Todos estes autores já passaram pelas “Quintas de Leitura”, também promovidas pelo Teatro Municipal do Porto, estabe-lecendo-se, assim, uma ponte lógica e previsível entre os dois projetos. Será procurado, em 2015, aprofundando e sistematizando o trabalho já realizado, e sempre em estreita colaboração com as editoras, trazer para o Teatro Municipal Rivoli os lançamentos do que melhor se faz em Por-tugal na área do romance, conto, poesia, ensaio, banda desenhada e foto-grafia, entre outros géneros.
The Café-Concerto of the Teatro Municipal Rivoli is the place where books by ac-
knowledged writers are released side by side with the new voices of Portuguese lit-
erature. This was already so in the end of 2014 when José Luís Peixoto, Pedro Eiras
and Filipa Leal released their books at our Café-Concerto. This work will be contin-
ued in 2015 in close partnership with publishers, to bring to Teatro Municipal Rivoli
the best of what is being done in Portugal in the areas of novel, fiction, short story,
poetry, essay, graphic novel, photography and other genres
S E X 3 0 J A N / 1 8 H 3 0
D A F A M Í L I AD E V A L É R I O R O M Ã O
E D I T O R A A B Y S M O
Um dos mais desafiantes escritores da atualida-de regressa com um conjunto de onze contos, al-guns deles anteriormente publicados em revis-tas como Granta ou Egoísta. Em estilo de grande crueza lírica, expande aqui o seu universo para o tema omnipresente da família, desenhando com inusitada autenticidade extraordinárias perso-nagens e ambientes apocalípticos.Na capa, um pequeno espelho, que o tempo e o uso riscarão, lembra que ninguém, nenhum dos incautos leitores, consegue escapar do retrato de família, uma qualquer família.
One of today’s most defying writers returns with a set of
eleven short stories, some of them previously published
on magazines like Granta and Egoísta. In a very crude
lyric style, he expands his universe to the omnipresent
theme of family, drawing apocalyptical ambiences and
extraordinary characters with unusual authenticity.
Foto
grafi
a ©
Jos
é C
alde
ira
7 3
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • P
AR
AL
EL
O
7 2
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• P
AR
AL
EL
O
O Paralelo — Programa de Aproximação às Artes Performativas surge da reflexão mais alargada do que são (ou do que podem ser) tradicio-nalmente os serviços educativos das instituições culturais. Desta forma são propostas diversas ações e projetos que constroem e sedimentam eixos de ligação entre o Teatro Municipal do Porto e a comunidade, dan-do a conhecer novas práticas culturais contemporâneas, fomentando um contacto mais aprofundado com a programação e desenvolvendo um apurado sentido crítico nos diferentes públicos.
O programa promove, de forma con-tínua e regular, a criação de um es-paço multidisciplinar e de partilha de ideias, alicerçado num conjunto de propostas concebidas pela equi-pa do Teatro Municipal, formadores e artistas presentes na programação.
O PARALELO será também uma im-portante ferramenta de mediação de
públicos, que no seu conjunto propõe espetáculos para grupos escola-res e famílias, conversas, workshops, encontros, visitas guiadas, tra-dução em língua gestual portuguesa e até babysitting performativo.
Todas as atividades acontecem nos dois polos do Teatro Munici-pal do Porto, promovendo assim uma saudável deambulação entre equipamentos e desenvolvendo projetos com as oito estruturas ar-tísticas em residência.
O PARALELO – this approach programme to performing arts is born from a broader reflection on what an educational service of a cultural institution is and can be. This is a way of developing different initiatives and projects that build and strengthen connection hubs between Teatro Municipal do Porto and the community, presenting new contemporary cultural prac-tices, promoting a closer contact with the programme and developing a finer critical capacity in different audiences.Through a series of activities — conceived and oriented by the team of Teatro Municipal, guest teachers and artists from the programme — the continuous and regular creation of a multidisciplinary space of shared ideas is proposed, based on a bold and sometimes challenging programme.
P A R A L E L O⁄
P R O G R A M AD E A P R O X I M A Ç Ã O
À S A R T E SP E R F O R M A T I V A S
I M A G E N S M I G R A T Ó R I A S [ P Á G . 7 4 E P Á G . 7 5 ]
W O R K S H O P S [ P Á G . 7 6 — P Á G . 7 9 ]
E N C O N T R O S / C O N V E R S A S P Ó S - E S P E T Á C U L O [ P Á G . 8 0 E P Á G . 8 1 ]
E S P E T Á C U L O S PA R A G R U P O S E S C O L A R E S E F A M Í L I A S [ P Á G . 8 2 ]
V I S I T A S G U I A D A S / B A B Y S I T T I N G P E R F O R M A T I V O / L Í N G U A G E S T U A L P O R T U G U E S A [ P Á G . 8 3 ]
P A R A L E L O⁄
A P P R O A C H P R O G R A M M E T O P E R F O R M I N G A R T S
7 5
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • P
AR
AL
EL
O
7 4
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• P
AR
AL
EL
O S Á B 2 1 F E V / 1 8 H 0 0
I M A G E N SM I G R A T Ó R I A S # 1
⁄J O N A T H A N B U R R O W S
No seu livro recente “A Choreographer’s Han-dbook” (2009), Jonathan Burrows parte não só de material que regista nos workshops que lecio-na, como do sentir e da forma da sua prática ar-tística, para propor um dispositivo de investiga-ção sobre modos e formas de coreografar. Nele se podem ler algumas das suas possíveis definições de coreografia: “choreography is a negotiation with the patterns your body is thinking” (27), ou “arranging objects in the right order that ma-kes the whole greater than the sum of the parts” (40). Trata-se de um livro de exercícios, reflexões e princípios que expõe aberta e honestamente a prática criativa do artista, e que convida à nave-gação de interessados. Neste primeiro laborató-rio, partiremos precisamente de uma montagem de imagens que o artista nos apresentará, sob o tema “Lost in process”, para uma conversa aber-ta ao público entre o crítico de dança belga Jeroen Peeters, e o curador e director do Centro Galego de Arte Contemporânea, Miguel von Hafe Pérez.
In this first lab the starting point is an assemblage of
images presented by the artist, under the theme “Lost
in process”. This opens the public talk between Belgian
dance critic Jeroen Peeters and curator and CGAC’s di-
rector Miguel von Hafe Pérez.
Convidados Jonathan Burrows, Jeroen Peeterse Miguel von Hafe Perez
Moderação Alexandra Balona
Destinatários adultos, artistas, estudantesdo ensino superior
Mediante inscrição préviaDuração aprox. 60 minutos
S Á B 2 1 M A R / 1 8 H 0 0
I M A G E N SM I G R A T Ó R I A S # 2
⁄B E N J A M I N V E R D O N C K
Com formação em teatro no Conservatório de Antuérpia, Benjamin Verdonck apresenta um corpo de trabalho que percorre várias discipli-nas, permeando os limites do trabalho de ator, das performances em palco, object-based e no espaço público, assim como instalações artís-ticas no circuito galerístico. As suas propostas combinam a subtileza com o desconcertante e a estranheza, a poesia e o onírico com o ativismo político e ecológico.Este laboratório de pensamento parte do visio-namento de imagens como aproximação à obra do artista, prosseguindo com uma conversa en-tre o crítico de artes performativas belga Pieter T’Jonck e o performer, dramaturgo e pensador português Rui Catalão.
In this lab for thought we start from the observation
of images as means of approach to the work of the art-
ist, followed by a talk between Belgian performing arts
critic Pieter T’Jonck and Portuguese performer, play
writer and thinker Rui Catalão.
Convidados Benjamin Verdonck,Rui Catalão e Peter T’JonckModeração Alexandra Balona
Destinatários adultos, artistas, estudantesdo ensino superior
Mediante inscrição préviaDuração aprox. 60 minutos
Jonathan Burrows é bailarino e coreógrafo, ten-do dançado com a companhia Royal Ballet. O seu foco de trabalho é, atualmente, uma série de due-tos com o compositor Matteo Fargion, com quem se apresenta regularmente em todo o mundo.
Jonathan Burrows is a dancer and choreographer who
danced for the Royal Ballet. His present work is focused
on a series of duets with composer Matteo Fargion, with
whom he presents their work around the world.
Jeoren Peeters é escritor, dramaturgo e perfor-mer. Vive em Bruxelas. Escreve regularmente so-bre dança contemporânea. É codiretor do “Sar-ma”, um laboratório sobre práticas discursivas na área da dança.
Jeoren Peeters is a writer, play writer and a perform-
er. He lives in Brussels and writes about contemporary
dance. He’s co-editor of “Sarma” – a lab on discursive
practices in dance.
Miguel von Hafe Pérez é crítico de arte e comis-sário de exposições. Foi responsável pela área de Artes Plásticas e Arquitetura da Porto 2001, Ca-pital Europeia da Cultura. É diretor do CGAC, em Santiago de Compostela (2009-2014).
Miguel von Hafe Pérez is an art critic and curator. He
was responsible for Visual Arts and Architecture in Por-
to 2001 – European Capital of Culture. He’s the direc-
tor of CGAC, in Santiago de Compostela (2009-2014).
Benjamin Verdonk é ator, encenador, escritor e artista visual. O seu trabalho divide-se entre espe-táculos para auditórios e peças para espaços aber-tos, das quais se destacam “Bara/ke” (2000), uma casa de árvore em pleno coração da cidade; “Hi-rondelle / Dooi Vogeltje” e “BOOT”, entre outras.
Benjamin Verdonck is an actor, writer and visual art-
ist. His work spans between performances for audito-
riums and pieces for open spaces, of which “Bara-ke”
(2000) – a tree-house in the city centre; “Hirondelle /
Dooi Vogeltje” and “BOOT” stand out.
Rui Catalão é autor e intérprete de “Canções i comentários” (2014), e dos solos “Av. Dos Bons Amigos” (2013) e “Dentro das palavras” (2010). Fez peças de grupo, trabalhou com diversos ar-tistas, escreveu argumentos cinematográficos, escreveu e editou livros, e foi jornalista do jornal Público nos anos 90.
Rui Catalão is the author and performer of “Canções i
comentários” (2014), and the solos “Av. dos Bons Ami-
gos” (2013) and “Dentro das Palavras” (2010). He’s an
author and publisher of books and was a journalist for
the newspaper Público in the 90’s.
Pieter T’Jonck é arquiteto e crítico de artes vi-suais. Desde 1980 que escreve textos em vários jornais e livros especializados.
Pieter T’Jonck is an architect and visual arts critic. Since
1980 he writes for many newspapers and books in this field.
Inscrição prévia e mais informações [email protected]
A montagem dinâmica de imagens, que migram de outros tempos e de outros media, compõe constelações (visíveis e subterrâneas) em redor do universo criativo dos artistas. Este programa visa ancorar o momento efémero de uma proposta de artes performativas numa trama de leitura visual e reflexão crítica sobre a prática e o discurso do artista. Partimos do visionamento de imagens, fixas e/ou em movimento, provenientes de diversos campos (in)disciplinares, que intuímos como gravitacionais à sua obra. Dessa cartografia imagética, que se espera tão fecunda quanto dissonante, geram-se outros espaços de pensamento, ensaios possíveis de mediação entre a imagem e o gesto, entre o visual e a linguagem. Arti-culam-se dispositivos do olhar com uma mesa de ideias, numa conversa informal entre o artista, os convidados e o público, e que parte de indaga-ções múltiplas. Numa época de voracidade pictórica, como dissecamos as imagens que permeiam a construção do social, do político e, neste caso preciso, de uma obra performativa? Que visualidade (material e imaterial) informa a prática e o discurso do artista? Como se opera a passagem das imagens do pensamento ao gesto?
In what way are the performing arts a catalyst for thought and critical action
on what is contemporary? The dynamic assemblage of images (which migrate from
other times and media) composing visible and underground constellations around
the creative universe of artists. The goal of this lab for thought is to anchor the
ephemeral moment of a performing arts proposal in a web of visual interpretation
and critical reflection on the work of the artist. The starting points are fixed and/or
moving images from different (in)disciplines, which we consider to be gravitation-
al to their work. From this imagery cartography – that we expect to be as fertile as
dissonant – we generate other fields for thought and possible trials between image
and gesture, visual and language.
I M A G E N SM I G R A T Ó R I A S
M I G R A T O R Y I M A G E S⁄
C U R A D O R I A D E A L E X A N D R A B A L O N A⁄
C A F É - C O N C E R T O T M R I V O L I3 , 0 0 E U R
De que forma as artes performativas são catalisadoras de pensamento e ação crítica sobre o contemporâneo?
Alexandra Balona é arquiteta e investigadora. Doutoranda em Media and Communications na European Graduated School, em parceria com Estudos da Cultura da FCH-UCP. Licenciada em Arquitectura (FAUP) e pós-graduada em Arte Contemporânea (UCP), a sua investigação centra-se na teoria crítica da Arquitectura, Artes Performativas e Visuais. Publi-ca crítica de artes performativas.
Alexandra Balona is an architect and a researcher. Has a degree in Architecture
from FAUP and a postgraduate in Contemporary Art from UCP. Her research is
based around the critical theory of Architecture, Performing Arts and Visual Arts.
She writes critics on performing arts.
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
7 7
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • P
AR
AL
EL
O
7 6
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• P
AR
AL
EL
O
W O R K S H O P S P A R A E S T U D A N T E S
E P R O F I S S I O N A I S D O E S P E T Á C U L O
Q U A 2 1 & Q U I 2 2 J A N
D A S 1 8 H 0 0 À S 2 2 H 0 0
M U L T I S T Y L E SF U I T T F U I T T
⁄C O M P A G N I E 7 2 7 3 ( C H )
S A L A D E E N S A I O S D O T M R I V O L I
A L I N E L O P E S E L U C B É N A R D
1 0 , 0 0 E U R
Em 2003 os coreógrafos Laurence Yadi e Nicolas Cantillon criaram a Compagnie 7273. Já apresen-taram mais de 15 peças, desde solos a espetácu-los de grupo. Em 2011 venceram o Prix Suisse de la Danse et la Choréographie.Este workshop é uma introdução à técnica de dança “Fuittfuitt” desenvolvida pelos coreógra-fos Laurence Yadi e Nicolas Cantillon nos últi-mos dez anos. Esta técnica envolve caracterís-ticas da história da dança mundial (elementos como o ballet clássico, a dança contemporânea europeia e as influências orientais) e um traba-lho sobre o Maqâm, um estilo musical praticado na parte mais oriental do globo.
In 2003, choreographers Laurence Yadi e Nicolas Can-
tillon created Compagnie 7273. They’ve presented more
than 15 pieces, from solos to group pieces. They won
the Prix Suisse 2011 de la Danse et la Choréographie.
They’ve developed a dance technique – Fuittfuitt, which
combines several eastern and western styles, creating a
new concept of performance. This workshop is an intro-
duction to the dance technique “Fuittfuitt”, developed
in the past ten years by choreographers Laurence Yadi
e Nicolas Cantillon. This technique involves character-
istics from the world history of dance (like elements
from classical ballet, contemporary dance and oriental
influences) and a work around Maqâm – a musical style
widely practiced in the East part of the globe.
Falado em português e francêsArtistas/orientadores Aline Lopes e Luc Bénard
Destinatários Estudantes e Profissionais Nº inscrições máximo 20
Mediante inscrição préviaSala de Ensaios do TM Rivoli
Material necessário Roupa Casual
Q U A 1 8 & Q U I 1 9 F E V
D A S 1 1 H 0 0 À S 1 3 H 0 0
E D A S 1 5 H 0 0 À S 1 7 H 0 0
W R I T I N G P E R F O R M A N C E⁄
J O N A T H A N B U R R O W S ( U K )
S A L A D E E N S A I O S D O T M R I V O L I
1 0 , 0 0 E U R
Jonathan Burrows é bailarino e coreógrafo, ten-do dançado com a companhia Royal Ballet. O seu foco de trabalho é, atualmente, uma série de due-tos com o compositor Matteo Fargion, com quem se apresenta regularmente em todo o mundo. Este workshop de dois dias intensivos orientado por Burrows, centra-se na investigação coreográfi-ca e processos de composição, de forma a questio-nar a validade da performance no mundo atual. O trabalho prático deste workshopo vai concentrar exercícios de avaliação do tempo e espaço, de for-ma a esclarecer a informação dramatúrgica. Um workshop para qualquer artista interessado em analisar o processo e a prática criativa.
Jonathan Burrows is a dancer and choreographer who
danced for the Royal Ballet. His present work is focused
on a series of duets with composer Matteo Fargion, with
whom he presents their work around the world. This
2 days workshop, oriented by choreographer Jonathan
Burrows, will focus on choreographic research and com-
position processes, in order to question the validity of
performance nowadays. The practice in this workshop
will concentrate exercises of time and space assess-
ment, in order to clarify the dramaturgical information.
Falado em inglêsArtistas/orientadores Jonathan Burrows
Destinatários Profissionais do Espetáculo Nº de inscrições máximo 20, mínimo 8
Mediante inscrição préviaSala de Ensaios do TM Rivoli
Material necessário Roupa Casual, Papel e Caneta
S E X 2 0 & S Á B 2 1 F E V
D A S 1 1 H 0 0 À S 1 3 H 0 0
E D A S 1 5 H 0 0 À S 1 7 H 0 0
A R T I C U L A N D OE X P E R I Ê N C I A E P R Á T I C A – W O R K S H O P D E C R Í T I C A
D E D A N Ç A⁄
J E R O E N P E E T E R S ( B E )
S A L A D E E N S A I O S D O T M R I V O L I
1 0 , 0 0 E U R
Jeoren Peeter é escritor, dramaturgo e perfor-mer. Vive em Bruxelas. Escreve regularmente sobre dança contemporânea, tendo colaborado já com a coreógrafa Meg Stuart nos livros “Are we here yet?” (2010) e “Through the Back: Si-tuating Vision between Moving Bodies” (2014). É codiretor do “Sarma”, um laboratório sobre práticas discursivas na área da dança. Em 2012, recebeu o prémio Pierre Bayle pelas suas críticas no domínio das artes performativas.Sempre emergente, a dança contemporânea pro-põe imagens alternativas do corpo e convida per-formers e espetadores a exercitar a sua atenção e imaginação de forma a experimentarem diferen-tes formas de ser. Como é que alguém se torna um espetador literato? Como é possível articular a complexa experiência da dança contemporânea através da escrita? Estas são algumas questões centrais que surgem em e através da escrita de dança contemporânea. O workshop é aberto a artistas, escritores, teóricos e estudantes inte-ressados em discursos sobre a dança e discipli-nas artísticas relacionadas.
Jeoren Peeters is a writer, play writer and a perform-
er. He lives in Brussels and writes about contemporary
dance. He’s co-editor of “Sarma” – a lab on discursive
practices in dance. How can someone become a liter-
ate spectator? How can someone articulate the com-
plex experience of contemporary dance through writ-
ing? These are some of the key questions that emerge
from contemporary dance and from writing about it.
Falado em inglêsArtistas/orientadores Jeroen Peeters
Destinatários Artistas, Escritores, Teóricos e Estudantes Nº de inscrições máximo 12, mínimo 4
Mediante inscrição préviaSala de Ensaios do TM Rivoli
Material necessário Papel e Caneta
W O R K S H O P S
Propõe-se um conjunto de workshops conectados com a programação de-finida, aproveitando a vinda de determinados artistas/pensadores/inte-lectuais ao Porto, para melhor conhecer a sua obra, experienciando em proximidade as suas metodologias, técnicas e universos.
Developed for performing arts students and professionals, children, youth and
families, and school groups. These are a series of workshops connected to the pro-
gramme. This allows the school audiences and performing arts professionals to profit
from the presence of certain artists/thinkers/intellectuals in Porto, and it promotes
a deeper knowledge of their work: their methodologies, techniques and universes.
Dirigidos a estudantes e profissionais do espetáculo, crianças, jovens,famílias e grupos escolares.
Inscrição prévia e mais informações [email protected]
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
7 9
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • P
AR
AL
EL
O
7 8
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• P
AR
AL
EL
O
W O R K S H O P S P A R A
G R U P O S E S C O L A R E S
T E R 2 4 F E V / 1 0 H 3 0 E 1 5 H 0 0
O P O R T O Q U E S E N T I M O S⁄
O F I C I N A D O T M C A M P O A L E G R E
G R U P O S E S C O L A R E S • 2 . º C I C L O D O
E N S I N O B Á S I C O
N º D E I N S C R I Ç Õ E S • M Á X . 2 T U R M A S ,
M Í N . 1 T U R M A
E N T R A D A G R A T U I T A
Vamos percorrer o centro histórico do Porto mantendo todos os sentidos bem despertos. Cada participante fará uma recolha pessoal de peque-nas descobertas: objetos, formas, cores, histó-rias, cheiros e outras sensações. O material ser-virá para construir o mapa desse percurso feito pelo grupo. Recorrendo ao desenho como exten-são da memória registaremos a nossa experiên-cia afetiva com a cidade. Este é um workshop inserido no projeto ”O meu Porto é património mundial”, da Câmara Municipal do Porto.
We’ll walk the streets of the historical centre of Por-
to with our senses wide aware. Each participant will
collect personal small discoveries: objects, shapes, col-
ours, stories, scents and other sensations. This mate-
rial will be used to create the map of the route made
by the group.
Criação e orientação Pedro Esperança
Pedro Esperança é licenciado em Artes Plásticas / Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Uni-versidade do Porto. Como formador tem colabo-rado em projetos de educação pela arte – como é o caso de “Verão em Serralves” e “Oficinas de Natal” em Serralves, o “Atelier de Teatro de For-mas Animadas”, “Atelier de Objetos Musicais” e “Atelier de Escultura” no âmbito do Projeto “Por-to de Crianças” da Câmara Municipal do Porto.
Pedro Esperança has a degree in Visual Arts / Sculp-
ture by the fine Arts Faculty of the University of Por-
to. As a teacher he collaborates in projects of educa-
tion through art.
L A B O R A T Ó R I O S D E L E I T U R A P O É T I C A
S E X 3 0 J A N A S Á B 2 8 M A R
⁄ D A S 1 9 H 0 0 À S 2 1 H 3 0
C A F É C O N C E R T O T M R I V O L I
I N S C R I Ç Ã O P R É V I A • M / 1 8
Dando seguimento ao trabalho que foi desenvol-vido, desde 2011, no Teatro Municipal Campo Alegre, com a realização de vários laboratórios na área da leitura poética, o Teatro Municipal do Porto irá lançar, já em Janeiro de 2015, uma nova edição do Laboratório de Leitura Poética. Este projeto funciona em estreita relação com o ciclo poético “Quintas de Leitura”, relação essa já concretizada através da participação de di-versos formandos, como recitadores, em espe-táculos do ciclo. Em Janeiro e Fevereiro de 2015, vários formandos integram o elenco das sessões das “Quintas de Leitura” – “Entre dois rios”, com Ana Luísa Amaral, e “A poesia vai acabar”, dedi-cada à obra de Manuel António Pina.O Laboratório, orientado por Ana Celeste Ferreira pretende transmitir as técnicas bases para uma abordagem mais profunda à palavra poética e à forma de dizer poesia. É destinado a atores, di-seurs, professores e os amantes da poesia em geral. Tem a duração de 30 horas, divididas por 12 sessões semanais e um preço de 90,00 euros por formando. As sessões decorrerão no Teatro Municipal Rivoli.
This Lab, oriented by Ana Celeste Ferreira, has a begin-
ners level and an advanced level. The goal is to teach
technical bases for a profound approach to the poetic
word and the ways of reciting poetry. It is meant for
actors, ‘diseurs’, teachers and poetry lovers in general.
It’s 30h training, divided in 12 weekly sessions. The
price is €90 per person. The sessions will take place at
Teatro Municipal Rivoli.
S Á B 2 8 M A R / D A S 1 6 H 0 0 À S 1 8 H 0 0
A T I V I D Á R I O D O T E A T R O⁄
S A L A D E E N S A I O S D O T M R I V O L I
A P A R T I R D O S 6 A N O S
N º I N S C R I Ç Õ E S • M Á X . 2 0 , M Í N . 8
E N T R A D A G R A T U I T A
O Teatro vai ao Rivoli. Este Teatro rompe a quar-ta parede que o separa do público, pede olhos de ver e palmas de bater. Este Teatro folheia-se para encontrar sarilhos dos bons, comédias, dramas e tragédias. É um atividário editado pelo Pato Ló-gico - agora transformado em animal de palco - que dia 28 de Março invade o Teatro Municipal Rivoli para ser lançado pela embaixadora teatral Dora Batalim. Pais e filhos são bem-vindos, a fa-zerem parte deste atividário, uma exposição/oficina com propostas baseadas nas atividades do livro, como por exemplo fazer uma máscara de papel e cartão ou jogos dramáticos em grupo.
This is an activity book published by Pato Lógico – now
transformed in performing creature – that will invade
Teatro Municipal Rivoli on March 28, to be released by
theatre ambassador Dora Batalim. Parents and chil-
dren are welcome to participate in this activity – an
exhibition/workshop with proposals based on the ac-
tivities of the book, like making a paper mask or group
theatre games.
Autores Atividário Texto de Ricardo Henriquese Ilustrações de André Letria – Editora Pato Lógico
Embaixadora Editora Pato Lógico Dora Batalim
Dora Batalim é coordenadora pedagógica e do-cente da Pós-Graduação em Livro Infantil da Uni-versidade Católica de Lisboa e professora na Es-cola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich. Colabora com os Setores Educativos de várias instituições culturais desenvolvendo ati-vidades de carácter artístico-pedagógico para o público infanto-juvenil e adulto.
Dora Batalim is an educational coordinator and teach-
er. Collaborates with the educational services of several
cultural institutions, developing educational and artis-
tic activities for children, youth and adults.
Ricardo Henriques já fez design gráfico, ilustra-ção, redação publicitária e escrita para a impren-sa. É editor de duas revistas, uma para adultos e outra para crianças, onde escreve sobre mi-nudências e faz reportagens. Em 2015 prepa-ra-se para lançar mais três títulos, dois do Pato Lógico e um do Município de Elvas. Usa barba e vernáculo.
Ricardo Henriques has worked as graphic designer,
illustrator, advertising and press writer. He’s the edi-
tor of two magazines – one for adults, one for children
– where he writes about minuteness and news reports.
André Letria nasceu em Lisboa, em 1973. Tra-balha como ilustrador desde 1992. Está publici-tado em diversos países, como os EUA, Brasil, Inglaterra, Espanha ou Itália. Ganhou diversos prémios como ilustrador. Criou o farol de sonhos – Encontro sobre o Livro e o Imaginário Infantil, em 2006. Em 2010, fundou a editora Pato Lógico Edições, distinguida com a menção nos Bolonha Ragazzi Awards 2014, atribuída ao livro MAR.
André Letria was born in Lisbon, in 1973. He works
as an illustrator since 1992. He is published in several
countries like the USA, Brazil, UK, Spain and Italy. He
won several awards as an illustrator.
W O R K S H O P S P A R A C R I A N Ç A S , J O V E N S
E F A M Í L I A S
D O M 2 2 M A R / D A S 1 0 H 3 0 À S 1 2 H 3 0
P E L O S C A B E L O S — T E A T R O D E M A R I O N E T A S
D O P O R T O⁄
S A L A D E E N S A I O S D O T M R I V O L I
D O S 6 A O S 8 A N O S
N º D E I N S C R I Ç Õ E S • M Á X . 1 5 , M Í N . 8
2 , 0 0 E U R
O Teatro de Marionetas do Porto propõe um mer-gulho no universo do espetáculo Pelos Cabelos, da experimentação do desenho à invenção de histó-rias, da manipulação à criação de personagens.
Teatro de Marionetas do Porto proposes a plunge in the
universe of the piece “Pelos Cabelos”. There is a lot to
discover, from drawing to the creation of stories, from
manipulation to the creation of characters.
Criação e orientação Teatro de Marionetas do Porto
O Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em setembro de 1988, uma data simbólica que coincide com a apresentação da companhia na seleção oficial do Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes, em Charleville-Mézières. A prá-tica teatral da companhia revela uma visão não convencional da marioneta. A pesquisa vai no sentido de encontrar novas formas de conceção das marionetas e novas possibilidades de explo-rar a gramática desta linguagem teatral, no que diz respeito à interpretação e à relação transver-sal com outras áreas de expressão como a dança, artes plásticas, música e a imagem.
Teatro de Marionetas do Porto was established in Sep-
tember 1988 – a symbolic date, coinciding with their
presentation at the official selection of Festivale Mondial
des Théâtres de Marionnettes, in Charleville-Mézières.
The company’s work reveals an unconventional vision
of puppetry.
Inscrição prévia e mais informações [email protected]
8 1
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • P
AR
AL
EL
O
8 0
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• P
AR
AL
EL
O
D O M 1 5 M A R ⁄ 1 6 H 0 0
⁄B R A S I L P E R F O R M A T I V O
⁄N A Y S E L O P E Z
D E N I S E S T U T Z
M A R C E L O E V E L I N
T A L E S F R E Y
P R I S C I L L A D A V A N Z O
O que define a pluralidade das artes performa-tivas no Brasil? Como é que a tradição e o ritual têm influenciado as obras coreográficas dos artis-tas? Qual a barreira entre a dança, a performan-ce e a body art apresentados neste foco? Estas e muitas outras perguntas serão a base de uma conferência informal moderada por Nayse Lopez, diretora do Festival Panorama do Rio de Janeiro, e os artistas apresentados no Foco Brasil.
What defines the variety of performing arts in Brazil?
How does tradition and ritual influence the choreo-
graphic work of artists? What is the barrier between
dance, performance art and body art presented in this
focus? These questions - along with many others – will
be the base of an informal conference moderated by
Nayse Lopes - director of Festival Panorama in Rio de
Janeiro - with the artists presented in Foco Brasil.
D O M 2 2 M A R ⁄ 1 7 H 0 0
⁄A C R I A Ç Ã O
C O N T E M P O R Â N E A :O Q U E P O D E
U M A M A R I O N E T A ?⁄
E U G É N I A V A S Q U E S
I S A B E L B A R R O S
I G O R G A N D R A
J Ú L I O V A N Z E L E R
C H R I S T I N E Z U R B A C H
A partir do Porto, cidade com uma história ligada à criação e programação de espetáculos de marione-tas, de uma forma informal abrimos um espaço de reflexão sobre o universo das artes da marioneta.As marionetas como instrumentos teatrais, mas também como objetos plásticos, que permitem di-ferentes possibilidades, nas quais o público pode reconhecer personagens, estados de alma ou ob-jetos em movimento. As marionetas permitem ainda uma forte inovação nas formas teatrais. O teatro de marionetas é um teatro de formas que se move muito mais nos domínios do fantástico, do onírico e de uma certa poética, talvez gerando uma nova forma de teatro visual, em que o texto pode ter muito menos importância que nas nar-rativas teatrais tradicionais. Deste ponto de vis-ta, o teatro de marionetas é a arte cénica com maior capacidade de absorver, num cruzamento feliz, as novas tecnologias do palco, ou as novas formas teatrais, como a dança, o vídeo, a imagem.
E N C O N T R O S
S Á B 1 4 M A R ⁄ 1 4 H 3 0
⁄O F I C I N A
D O P E N S A M E N T O⁄
M A R C E L O E V E L I N
D E M O L I T I O N I N C .
A Oficina do Pensamento é uma instância de tra-balho coletivo aberta a todos, adotada como prá-tica de investigação em 2010 por Marcelo Evelin e a sua companhia. A partir de um texto, um fil-me, um artigo de jornal ou um acontecimento público, inicia-se uma conversa em rede de for-ma espontânea, a partir da qual cada um traz um novo assunto para a mesa, sem mediação ou interpelação didática.
Starting from a text, a film, a newspaper article or pub-
lic event, a network conversation begins spontaneously,
from which each one brings a new subject to the table.
No mediation or educational interpellation.
Marcelo Evelin é coreógrafo, pesquisador e intér-prete. Vive e trabalha em Teresina e Amesterdão. Colabora com artistas de várias linguagens. É um criador independente, tendo criado a companhia Demolition Inc., e ensina na Escola Superior de Mímica de Amesterdão. Orienta workshops e pro-jetos colaborativos em vários países da Europa, Estados Unidos, África, Japão, América do Sul e Brasil, para onde regressou em 2006.
Marcelo Evelin is a choreographer and performer. He
lives and works in Teresina and Amsterdam. He collab-
orates with artists of different areas.
Destinatários: Artistas, Pensadores, Público GeralPequeno Auditório do TM Rivoli
Porto is a city with a long history connected to the cre-
ation and programming of puppetry performances. We
open an informal space for reflection on the world of
puppetry art. Puppets as instruments of theatre and
visual objects that allow infinite possibilities, in which
the audience can recognize characters, states of mind
and soul or moving objects. Puppets: a powerful vehicle
of innovation in the world of theatre.
S E X 2 7 M A R ⁄ 1 8 H 3 0
⁄À V O L T A D O
T E A T R OE X P E R I M E N T A L
D O P O R T O⁄
J O S É L U Í S F E R R E I R A
G O N Ç A L O A M O R I M
A história do TEP marca de uma maneira mui-to expressiva a história do Teatro no Porto e no país. De António Pedro — um esteta de todas as linguagens que empreendeu a missão revolu-cionária de cultivar em Portugal, pela primeira vez de uma forma sistemática, a prática da en-cenação tal como a conhecemos — até Gonçalo Amorim, responsável pelo mais recente fôlego da companhia, revisitaremos mais de seis décadas de práticas de criação e transmissão, de formas de ver o mundo através do Teatro, de muitos su-cessos e rugosidades...Uma tarde de encontros breves, depoimentos, master-class disfarçada de performance, vídeos curtos, momentos musicais... Com a certeza de que, mais do que homenagear o passado, é com-preender o presente e inventar o futuro aquilo que nos anima. Todos os dias como no Dia Mun-dial do Teatro.
The history of TEP is deeply embedded in the national
history of theatre, but specially in Porto. From António
Pedro – an aesthetician of all languages that took on
the revolutionary mission of systematically exploring
the practice of staging as we know it in Portugal – to
Gonçalo Amorim - the person responsible for the most
recent phase of the company. We will revisit more than
sixty years of creation and showings, of ways of looking
at the world through theatre, of many triumphs and
tribulations… an afternoon of brief encounters, state-
ments, master classes disguised as performances, short
videos and music. We are certain that more than paying
tribute to the past it is the understanding of the present
and the invention of the future that uplifts us. Every
day is World Theatre Day.
F O C O B R A S I L
F O C O B R A S I L
F O C O M A R I O N E T A SOs encontros e conversas pós-espetáculo desenvolvem-se com o objetivo de promover uma aproximação e um entendimento mais aprofundado das ar-tes performativas. Os encontros têm uma estrutura mais formal propondo temas específicos e promovendo a articulação entre artistas e pensadores convidados. As conversas pós-espetáculo funcionam de modo mais infor-mal tendo como objetivo o debate de ideias, a reflexão e a contextualização das propostas performativas. Estas conversas serão dinamizadas por di-ferentes convidados, desafiados a assistirem aos espetáculos com o intui-to de posteriormente moderarem uma conversa entre artistas e público.
Moments for meeting and dialogue, activating a mediation of audiences. The
meetings and talks after the performances were thought as a moment of dialogue
and sharing, activating an audience mediation that Teatro Municipal do Porto wish-
es to maintain. The goal is to promote the approach and a deeper understanding of
performing arts.
E N C O N T R O S ⁄ C O N V E R S A SP Ó S - E S P E T Á C U L O
M E E T I N G S ⁄ T A L K S A F T E R P E R F O R M A N C E S⁄
E N T R A D A G R A T U I T A
C O N V E R S A S P Ó S - E S P E T Á C U L O
Duração aprox. 30 min.
2 3 J A NH U ( R ) M A N O
3 1 J A NN A S O L I D Ã O D O S C A M P O S
D E A L G O D Ã O
7 F E VC O P P I A
1 4 F E VF R E E
1 3 M A RM A T A D O U R O
1 4 M A RF I N I T A
2 0 M A RN O T A L L W H O W A N D E R A R E L O S T
2 6 M A RC A S A V A G A
Momentos de encontro e diálogo ativando uma mediação de públicos que se querem constantes no Teatro Municipal do Porto.
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
8 3
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • P
AR
AL
EL
O
8 2
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• P
AR
AL
EL
O
Estes serviços são pontuais e decorrem mediante marcação prévia. São programas específicos de relação com os públicos, de aproximação e sen-sibilização para as artes performativas, promovendo uma experiência di-ferenciadora a quem os solicita.
These services are occasional and happen by booking previously. These specific pro-
grammes are dedicated to audience involvement, to approach and sensitize to the
performing arts, promoting a different experience for those who book them.
V I S I T A S G U I A D A S ⁄ B A B Y S I T T I N G
P E R F O R M A T I V O ⁄L Í N G U A G E S T U A L
P O R T U G U E S AG U I D E D T O U R S ⁄ P E R F O R M I N G B A B Y S I T T I N G ⁄ P O R T U G U E S E S I G N L A N G U A G E
V I S I T A S G U I A D A S
As visitas guiadas ao Teatro Municipal do Porto pretendem dar a conhecer ao público geral os bas-tidores, histórias e episódios que fazem parte da memória dos espaços teatrais. Estas visitas são pontuais e decorrem uma vez por mês, de forma alternada entre os dois equipamentos do Teatro Municipal do Porto: o Teatro Municipal Rivoli e o Teatro Municipal Campo Alegre. Podem ser so-licitadas visitas extra para grupos escolares em horários e datas a acordar.
The guided tours of Teatro Municipal do Porto guide
the general public through the backstage, stories and
episodes that are part of the living memory of the the-
atrical spaces. These visits are occasional and happen
once a month, alternating between the two theatres of
Teatro Municipal do Porto: Teatro Municipal Rivoli and
Teatro Municipal Campo Alegre.
Destinatários famílias com criançasa partir dos 6 anos e grupos escolares
Lotação máximo 25, mínimo 8TM Rivoli sáb 31 jan / 16h00
sáb 28 mar / 11h00TM Campo Alegre sáb 28 fev / 16h00
B A B Y S I T T I N GP E R F O R M A T I V O
Babysitting Performativo é uma experiência des-tinada a crianças dos cinco aos dez anos. É um serviço pontual e acontece na Sala de Ensaios do TM Rivoli em simultâneo com as apresentações no Grande Auditório. Durante o babysitting performa-tivo é proposto um conjunto de atividades, criadas a partir da tipologia dos espetáculos apresentados.
Performing Babysitting is an experience for children
from five to ten. It’s an occasional service that happens
in the Rehearsal Room of TM Rivoli during the shows
of the Great Auditorium.
L Í N G U A G E S T U A LP O R T U G U E S A
Serviço de tradução em língua gestual portuguesa, um serviço pontual e disponível em espetáculos de teatro com mais de um dia de apresentação.
The Portuguese sign language service is an occasional
service available for theatre pieces that are presented
more than once.
Marcação prévia e mais informações [email protected]
Os espetáculos designados neste programa conciliam conteúdos curricu-lares e artísticos. Apresentam temáticas pertinentes, quer pelas suas es-pecificidades e características quer pela reflexão proposta sobre a arte como motor de transformação do indivíduo. São peças que dialogam com públicos específicos de forma distinta, no âmbito de uma deslocação or-ganizada ao teatro.
The performances in this programme combine curricular and artistic contents. They
present relevant themes, either by their specificity and characteristics, or by the
reflection they propose on art as an engine of self-transformation, and at the same
time a multidisciplinary space for sharing.
E S P E T Á C U L O SP A R A G R U P O S E S C O L A R E S
E F A M Í L I A SP E R F O R M A N C E S F O R S C H O O L G R O U P S A N D F A M I L I E S
S Á B 2 4 J A N / 1 1 H 0 0 & 1 4 H 3 0F A M Í L I A S
S O P A N U V E M⁄
C O M P A N H I A C A Ó T I C A
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
Q U I 5 & S E X 6 F E V / 1 0 H 3 0 & 1 5 H 0 0 G R U P O S E S C O L A R E S
S Á B 7 & D O M 8 / 1 6 H 0 0F A M Í L I A S
: O S M A I A S⁄
T E A T R O E X P E R I M E N T A LD O P O R T O
⁄ A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E
conversa no final do espetáculo (para grupos escolares)público alvo 3º ciclo do ensino básico e secundário
Q U I 5 & S E X 6 M A R / 1 0 H 3 0 & 1 5 H 0 0G R U P O S E S C O L A R E S
S Á B 7 & D O M 8 / 1 6 H 0 0F A M Í L I A S
A Q U E L A N U V E M …⁄
L A M A R M I T A
⁄ A U D I T Ó R I O T M C A M P O A L E G R E
conversa no final do espetáculo (para grupos escolares)público alvo educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico
S E X 1 3 M A R / 1 5 H 0 0G R U P O S E S C O L A R E S
3 S O L O S E M 1 T E M P O⁄
D E N I S E S T U T Z ( B R )
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
público alvo ensino secundário e ensino superior
D O M 2 2 M A R / 1 6 H 0 0F A M Í L I A S
P E L O S C A B E L O S⁄
T E A T R O D E M A R I O N E T A SD O P O R T O
⁄ P E Q U E N O A U D I T Ó R I O T M R I V O L I
Inscrição prévia de grupos escolares e mais informações [email protected]
8 5
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
AM
PO
AB
ER
TO
8 4
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
AM
PO
AB
ER
TO
Campo Aberto — Programa de Residências Artísticas e Bolsas de Criação será um dos pilares da programação do Teatro Municipal do Porto dirigido a várias companhias, projetos e artistas da cida-de. No Teatro Municipal Campo Alegre oito estruturas desenvolvem residências de longa duração que comportam espaços de produção, ensaios e apresentação. Neste primeiro ano estarão presentes qua-tro áreas diferentes — dança, teatro, cinema e novo circo — trans-formando o TM Campo Alegre num autêntico laboratório criati-
vo. Companhia Instável, Núcleo de Experimentação Coreográfica, Radar 360º, Erva Daninha, Tea-tro Experimental do Porto, Teatro Expandido! / João Sousa Cardoso, Casa da Animação e Medeia Filmes são os primeiros residentes. As re-sidências de curta duração terão lu-gar nos dois polos do Teatro Mu-nicipal trazendo à cidade artistas de várias latitudes que, mais tarde, apresentarão as criações resultan-tes destes momentos de trabalho.
As bolsas de criação foram atribuídas a seis jovens artistas, pro-movendo e impulsionando assim novos projetos para espaços dis-tintos de apresentação. Os resultados destas bolsas serão apresen-tados no decorrer de 2015.
O CAMPO ABERTO – Artistic Residencies Programme and Creation Grants will be one of the pillars for the artistic development of several compa-nies and artists of the city. In Teatro Municipal Campo Alegre, eight com-panies and projects will develop long-term residencies, comprising pro-duction facilities, rehearsal studios and stage presentations. In this first year, four areas will be represented, turning TM Campo Alegre into a real creative lab. Companhia Instável, Núcleo de Experimentação Coreográ-fica, Radar 360º, Erva Daninha, Teatro Experimental do Porto, Teatro Expandido! / João Sousa Cardoso, Casa da Animação and Medeia Filmes will be the first residents.The sort-term residencies will take place in the two hubs of Teatro Mu-nicipal, bringing to Porto artists from different latitudes, which later on will present the work resulting from these residencies. The creation grants were given to six young artists, promoting and nou-rishing new projects for different places of presentation. The results of theses grants will be presented during 2015.
C A M P O A B E R T O
⁄ P R O G R A M A D E
R E S I D Ê N C I A S A R T Í S T I C A SE B O L S A S D E C R I A Ç Ã O
R E S I D Ê N C I A S D E L O N G A D U R A Ç Ã O [ P Á G . 8 6 E P Á G . 8 7 ]
R E S I D Ê N C I A S D E C U R T A D U R A Ç Ã O [ P Á G . 8 8 ]
B O L S A S D E C R I A Ç Ã O [ P Á G . 8 8 E P Á G . 8 9 ]
C A M P O A B E R T O⁄
A R T I S T I C R E S I D E N C I E S P R O G R A M M E A N D C R E A T I O N G R A N T S
8 7
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
AM
PO
AB
ER
TO
8 6
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
AM
PO
AB
ER
TO
M E D E I A F I L M E S
Há mais de vinte anos a exibir cinema em Portu-gal, e há dez no Teatro Municipal Campo Alegre, a Medeia Filmes aposta na qualidade e diversi-dade, com estreias em exclusivo, privilegiando o cinema europeu, o cinema americano indepen-dente, o “cinema do mundo”, divulgando as mais variadas cinematografias e exibindo os melhores filmes selecionados e premiados nos mais impor-tantes festivais de cinema (Cannes, Veneza, Ber-lim, Locarno, Toronto, entre outros). E porque a programação do cinema contemporâneo deve fazer-se em diálogo com a sua história, exibe tam-bém, regularmente, clássicos em cópias novas ou ciclos de autor, como aconteceu com os ciclos de-dicados a Ingmar Bergman, Ozu, ou Satyajit Ray, ou, ao longo do ano, nas Terças-feiras Clássicas.
Medeia Filmes shows films in Portugal for more than 20
years, and at Teatro Municipal Campo Alegre for 10. Me-
deia privileges quality and diversity, with exclusive pre-
mieres, focusing on European, American, independent
and World cinema. Showing different cinematographies
and a selection of films from the most important film
festivals (Cannes, Venice, Berlin, Locarno and Toronto,
among others). Because the programme of contempo-
rary film should dialogue with its history, Medeia also
shows classics and movie cycles dedicated to directors
like Ingmar Bergman, Ozu, or Satyajit Ray. There’s also
the weekly “Terça-feiras Clássicas”.
N Ú C L E O D EE X P E R I M E N T A Ç Ã O
C O R E O G R Á F I C A — N E C
O Núcleo de Experimentação Coreográfica – NEC – iniciou a sua atividade em 1993 através de en-contros regulares entre a comunidade artística. É, desde 1997, uma associação cultural sem fins lucrativos dirigida por artistas e investigadores independentes do campo das artes performativas interessados em criar contextos de experimenta-ção, treino e apresentação que encorajem práti-cas artísticas experimentais e multidisciplinares através de projetos abertos a artistas nacionais e internacionais que contribuam para a inovação dos processos e das práticas coreográficas con-temporâneas. Dirigido atualmente por Cristiana Rocha e Luís Miguel Félix, conta com a colabo-ração de um colectivo de pessoas no desenvolvi-mento de actividades que fomentam a pesquisa e questionam dispositivos de produção conven-cionais, ativando processos de colaboração entre criadores, públicos, instituições e comunidades.
Núcleo de Experimentação Coreográfica – NEC – start-
ed in 1993 with regular encounters within the artistic
community. It is, since 1997, a non-profit association, di-
rected by independent artists and researchers in the field
of performing arts. It is dedicated to the creation of new
contexts for experimentation, training and presentation,
encouraging experimental and multidisciplinary artistic
practices through projects open to national and inter-
national artists, thus contributing for the innovation of
processes and practices of contemporary choreography.
R A D A R 3 6 0 º
A RADAR 360º Associação Cultural iniciou o seu percurso oficial em 2005. Nos anos precedentes havia já um coletivo, que apesar de não estar for-malizado, começou a trabalhar e a pesquisar so-bre as áreas de intervenção, que estão presentes actualmente no seu trabalho. No domínio curricular, foram aprofundando os conhecimentos nas áreas artísticas das artes de rua, circo e teatro físico, sob uma perspetiva de formação contínua, ao nível nacional e interna-cional. A ocupação do espaço público, a aproxi-mação das manifestações artísticas às pessoas e a utilização de espaços não convencionais para a apresentação de espetáculos passaram a ser o habitat natural desta companhia.O estudo intenso da rua como um palco levou a mergulhar neste universo tão vivo e dinâmico. São inspirados pelo espaço arquitetónico e so-cial onde coabitam comportamentos individuais e colectivos, o local da expressão pública da co-municação, a festa pública, a guerra pública, a dimensão sensorial e climatérica onde não existe a quarta parede, o teto como céu…
RADAR 360º Associação Cultural had an official start in
2005. In the years before that, it was an informal col-
lective, which started working and researching street
performance, circus and physical theatre. Since then,
they’ve been working and training continuously in these
areas, both nationally and internationally.
T E A T R O E X P A N D I D O !
Teatro Expandido! é uma criação de João Sousa Cardoso que, aludindo à noção amplamente deba-tida de expanded cinema, ensaia novas relações entre o trabalho de encenação, a interpretação, a arquitetura e o público na procura de um teatro em processo. Teatro Expandido! atravessa, entre Ja-neiro e Dezembro de 2015, num regime intensivo de experimentação, uma seleção de textos funda-mentais da dramaturgia dos últimos cem anos, de Arthur Schnitzler a Edward Bond, passando por, entre outros, Bertolt Brecht, Luigi Pirandello, Ten-nessee Williams, Harold Pinter e Heiner Müller. Todos os meses, um novo texto é tomado em mãos por João Sousa Cardoso, o ator Ricardo Bueno e um grupo sempre atualizado de participantes. O envol-vimento de uma comunidade escolhida para inte-grar cada peça – em número variável de acordo com as necessidades do texto – promove a experiência do teatro a partir do interior da sua fabricação, ex-plorando as possibilidades de um teatro cidadão.
Teatro Expandido! Is a creation of João Sousa Cardo-
so, alluding to the widely debated notion of expand-
ed cinema, and experimenting new relations between
work, staging, interpreting, architecture and audience,
in search for a theatre in process. Between January and
December 2015, Teatro Expandido! enters an intensive
experimental regime, with a selection of fundamental
plays form the past 100 years - from Arthur Schnit-
zler to Edward Bond, Bertolt Brecht, Luigi Pirandello,
Tennessee Williams, Harold Pinter and Heiner Müller.
T E A T R O E X P E R I M E N T A L D O P O R T O
É a mais antiga companhia teatral portuguesa em funcionamento, tendo estreado o primeiro es-petáculo em 1953. Sob a direção artística de An-tónio Pedro (1953-1961), o TEP foi uma compa-nhia percursora do teatro moderno em Portugal. Em 1956, inaugura o Teatro de Algibeira, onde reside até 1980. Em 1978, foi cofundador, com a Seiva Trupe, do FITEI. Em 1994, um incêndio destruiu a Sala-Estúdio, no edifício da ex-Esco-la Académica, onde os espectáculos eram apre-sentados desde Janeiro de 1981. Após o incên-dio, peregrinou por vários espaços no Porto até Fevereiro de 1999. Nesse ano transferiu-se para Vila Nova de Gaia, onde estreou até Dezembro de 2014 cinquenta e nove novos espetáculos e efetuou vinte e quatro reposições. Entre 1998 e o final de 2009, a companhia foi dirigida artisti-camente por Norberto Barroca, data após a qual Júlio Gago assumiu essa função. Em 2012, a dire-ção artística foi assumida por Gonçalo Amorim, encenador residente desde 2010.
Teatro Experimental do Porto is the oldest Portuguese
theatre company. Their first production was in 1953.
Directed by António Pedro (1953-1961), TEP was a lead-
ing company of modern theatre in Portugal. In 1956 it
opens Teatro de Algibeira, where it resides until 1980.
In 1987, they co-founded Seiva Trupe. Between 1998
and late 2009, the company was directed by Norber-
to Barroca, followed by Júlio Gago. In 2012, Gonçalo
Amorim assumed the artistic direction, being its resi-
dent stage director since 2010.
C A S A D A A N I M A Ç Ã O
A Casa da Animação nasce em 2001, com o apoio da Capital Europeia da Cultura – Porto 2001 e da Câmara Municipal do Porto.Conta, desde 2002, com o apoio do Instituto de Cinema e do Audiovisual e da autarquia para pro-mover e divulgar a animação nacional e interna-cionalmente. Em 2014 integra-se no Teatro Mu-nicipal Campo Alegre, passando a desenvolver as suas atividades regulares nos dois edifícios do Teatro Municipal do Porto: Rivoli e Campo Alegre. Presta ainda Serviço Educativo em duas vertentes: Arte e Animação, no Museu Nacional Soares dos Reis e Animação, Ritmos e Movimen-to – no Teatro Municipal Campo Alegre. É uma associação cultural sem fins lucrativos que tem por associados grande parte dos autores, pro-dutores e profissionais da animação portugue-sa, razão pela qual se tem afirmado enquanto interface e plataforma de ligação entre autores, produtores, agentes culturais, profissionais e es-tudantes da área e o público.
Casa da Animação came to life in 2001, with the support
of the European Capital of Culture Porto 2001 and the
Municipality of Porto. Since 2002 it has the support of
Instituto do Cinema e do Audiovisual and of the munic-
ipality, to promote Portuguese animation films in Por-
tugal and abroad. In 2014 it moved to Teatro Municipal
Campo Alegre, developing its regular activities in the
2 hubs of Teatro Municipal do Porto. It is a non-profit
cultural association, whose associates are many of the
Portuguese authors, producers and professionals of an-
imation. This is the reason why it is an important in-
terface for authors, producers, professionals, cultural
agents, students and public.
R E S I D Ê N C I A SD E L O N G A D U R A Ç Ã O
C O M P A N H I A I N S T Á V E L
A Companhia Instável surgiu no Porto como res-posta à necessidade de criar opções de valoriza-ção do intérprete de dança contemporânea. Foi criada uma companhia que, no seu nome, encer-ra a contradição em que trabalha: companhia enquanto elemento constante e estabelecido e instável enquanto referência à mutação carac-terística da criação contemporânea. O projeto assenta num modelo que tem no seu centro a vontade de dar oportunidades de experimentar, praticar e divulgar linguagens coreográficas per-tinentes a cada tempo da dança contemporânea. A cada edição, uma audição, um coreógrafo e uma obra, uma circulação e depois o desvanecer de um projeto e o nascer de outro, num ciclo que se renova. Passaram pela Companhia Instável cerca de 110 intérpretes e 20 coreógrafos de re-conhecido mérito, ao longo de mais de 20 obras. Criaram para a Instável, entre outros: Nigel Char-nock, Javier de Frutos, Wim Vandekeybus, Rui Horta, Madalena Victorino, Victor Hugo Pontes, Hofesh Shechter e Tiago Rodrigues.
Companhia Instável was created in Porto as a response
to the need to provide options to improve the skills of
contemporary dancers. The company was given a name
that captures the contradiction of its existence: a com-
pany as permanent and established element, but un-
stable (instável) like the ever changing conditions in
contemporary creation. The project is based on a will
to experiment, practice and promote pertinent chore-
ographic languages for every moment in time.
E R V A D A N I N H A
A Companhia Erva Daninha tem como missão a criação de circo contemporâneo explorando o diálogo entre diferentes expressões das artes performativas. Desde 2009 o trabalho da compa-nhia centra-se na investigação de novas formas de fazer e apresentar circo, procurando elevar o virtuosismo a uma forma de comunicação de ideias e emoções por excelência. A Erva Daninha é uma das poucas companhias portuguesas dedi-cadas em exclusivo à experimentação e criação do circo. Reúne uma equipa jovem, multidisci-plinar e com formação especializada. A lógica de sustentabilidade da estrutura assenta na circula-ção dos seus projetos. Tem-se dedicado também à formação e programação procurando contribuir de uma forma estratégica para o desenvolvimen-to deste género artístico. Aspirando num futuro próximo o reconhecimento e integração do circo contemporâneo nos circuitos de criação artística nacionais e internacionais.
The mission of Erva Daninha is the creation of con-
temporary circus, exploring the combination of differ-
ent expressions in the performing arts. Since 2009,
the work of the company is focused on the research of
new ways of making and presenting circus, elevating its
mastery to a distinct way of communicating ideas and
emotions. Erva Daninha is one of the few Portuguese
companies exclusively dedicated to circus experimen-
tation and creation.
8 9
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
AM
PO
AB
ER
TO
8 8
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
AM
PO
AB
ER
TO F L Á V I O R O D R I G U E S
Flávio Rodrigues (1984) nasceu em Vila Nova de Gaia. Vive e trabalha na cidade do Porto. Fre-quenta a licenciatura de Produção e Design de Fi-gurinos na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE). Conclui em 2006 o curso de Dança em Balleteatro Escola Profissional. No ano de 2007 frequenta o programa alternativo de dança contemporânea em Dance Works/Ro-terdão. Em 2008 foi bolseiro do Núcleo de Expe-rimentação Coreográfica (NEC) e em 2009 fre-quenta o curso de Arte Pública e criação de obras site specific na Universidade Lusófona.
Flávio Rodrigues was born in 1984 in Vila Nova de Gaia.
In 2006 he finished the dance course at Balleteatro Pro-
fessional School, where he currently teaches. He works
as both choreographer and performer.
J O A N A M O R A E S
Joana Moraes iniciou os estudos de teatro no ACARTE com Lúcia Sigalho, em 1997. Em 1999/2000 frequenta o Institut del Teatre de Barcelona. Conclui em 2003 a licenciatura em estudos teatrais na ESMAE, no Porto, onde tra-balhou com nomes como Polina Klimovitskaya, Denis Bernard, Rogério de Carvalho, Álvaro Cor-reia, entre muitos outros. Em 2011 conclui, na ESMAE, o Mestrado em Encenação e Interpre-tação. Como atriz trabalhou com nomes como António Durães, Catarina Lacerda, Lee Beagley, Lúcia Sigalho, Rodrigo Areias, entre outros. Em 2011 fundou a companhia Musgo, da qual é dire-tora artística, tendo cocriado e construído texto para os espetáculos “Três em linha”, “Gostava de ter um periquito…”, “A casa de Georgienne”, “Eldorado” e “nó”.
Joana Moraes began studying theatre in ACARTE with
Lúcia Sigalho, in 1997. In 2011 she founded the compa-
ny Musgo, of which she is the artistic director. She was
co-creator of “Três em linha”, “Gostava de ter um peri-
quito…”, “A casa de Georgienne”, “Eldorado” and “nó”..
B R U N O M A R T I N S
Bruno Martins é ator, encenador e criador. Di-plomado pela Academia Contemporânea do Es-petáculo e pela École International de Théâtre Jacques Lecoq. Como ator participou em diversas produções teatrais em Portugal, França e Bulgá-ria das quais se destacam: “One Man Alone”, Tea-tro da Didascália; “To be... in Labyrinth”, Museu de Arte Contemporânea de Plovdiv; “Le dernier souffle”, Centro Pompidou (Museu de Arte Mo-derna de Paris); “As Leis Fundamentais da Es-tupidez Humana”, de Carlo Maria Cipolla, cria-ção coletiva, AL-MaSRAH Teatro. Desde 2009 que desenvolve o seu trabalho como intérprete e criador, na construção de espetáculos em que se privilegia o aspeto visual aliado ao jogo físico.
Bruno Martins is an actor and director. Since 2009 he
develops his work as a performer and director, creating
performances in which he privileges aesthetics com-
bined with physical work.
J O Ã O C R A V O C A R D O S O
João Cravo Cardoso nasceu no Porto em 1991 e foi nesta cidade que se formou em Interpreta-ção pela Academia Contemporânea do Espetá-culo, curso que concluiu em 2013. Ainda assim, foi em 2012 que realizou o seu primeiro traba-lho no meio profissional, com a companhia de teatro Vivarte, numa produção de teatro de rua. Tem trabalhado na qualidade de ator em produ-ções do Teatro do Bolhão, Teatro Experimental do Porto, Ao Cabo Teatro – e noutras produções independentes com encenadores como António Júlio, Nuno Cardoso e Gonçalo Amorim.
João Cravo Cardoso was born in Porto, in 1991. He fin-
ished his training at Academia Contemporânea do Espe-
táculo in 2013. He works as an actor with Teatro do Bol-
hão, Teatro Experimental do Porto and Ao Cabo Teatro.
T I A G O C O R R E I A
Tiago Correia nasceu em Tomar, em 1987. É ator e encenador. Fundou a companhia A Turma. Tra-balhou com vários encenadores nacionais e in-ternacionais em diferentes companhias de tea-tro e participou em produções cinematográficas e televisivas. Prémio de Melhor Ator no Festival Ver e Fazer Filmes (CEC/12). Encenou “Histó-ria de Amor” (Últimos Capítulos) de Jean-Luc Lagarce e “Gaspar” a partir de Peter Handke. Criou o projeto “Do Discurso Amoroso”, para o qual encenou “Fragmento #1” e “Fragmento #2” e protagonizou, escreveu e produziu a longa-me-tragem “Ela”.
Tiago Correia was born in Tomar, in 1987. He’s an actor
and director. He founded his company A Turma. Worked
with several national and international directors and
participated in television and film productions.
R E S I D Ê N C I A SD E C U R T A D U R A Ç Ã O
D E 5 A 1 1 J A N
M A R C O D A S I L V AF E R R E I R A
T M R I V O L I
Apresentação de Hu(r)mano a 23 de janeiro no Auditório do TM Campo Alegre.
Hu(r)mano can be seen on January 23 at TM Campo Alegre’s Auditorium.
D E 2 7 J A N A 6 F E V
J O A N A V O NM A Y E R T R I N D A D E
T M R I V O L I
Apresentação de Nameless Natures a 7 de fevereiro no Café-Concerto do TM Rivoli.
Nameless Natures is presented on February 7 at TM Rivoli’s Café-concerto.
D E 1 A 1 5 M A R
M A R C E L O E V E L I N
T M R I V O L I
Coprodução Teatro Municipal do Porto com es-treia em 2016.
This is a co-production of Teatro Municipal do Porto, pre-miering in 2016..
As residências de curta duração terão lugar nos dois polos do Teatro Mu-nicipal do Porto, trazendo à cidade artistas de várias latitudes que, mais tarde, apresentarão os resultados destes momentos de trabalho e reflexão.
The sort-term residencies will take place in the 2 hubs of Teatro Municipal, bring-
ing to Porto artists from different latitudes, which later on will present the work
resulting from these residencies.
B O L S A SD E C R I A Ç Ã O
L U Í S M I G U E L C E R Q U E I R A
Luís Miguel Cerqueira é um jovem de 20 anos re-centemente formado em Interpretação pelo Bal-leteatro Escola Profissional. Trabalhou já com encenadores como Luís Mestre, Nuno M. Car-doso, Marcos Barbosa, Pedro Zegre Penim, Pe-dro Almendra, Marta Freitas, entre outros. Ainda como aluno, foi criador-intérprete de dois proje-tos teatrais de curta-duração, “Mens Vaga” (inse-rido nas Mostras BTEP 2013) e “Dear Kay Iatsy” (Prova de Aptidão Profissional), respetivamente. Em 2014 participou no espetáculo infantil “Olí-via”, de Isabel Barros, e no mesmo ano foi tam-bém estagiário da companhia Público Reservado, integrando o elenco de “A Cena” de Valère Nova-rina, numa coprodução com o Teatro Nacional São João, encenada por Renata Portas.Mais recentemente foi assistente de encenação de Luís Mestre no exercício “Escudos Humanos” de Patrícia Portela, realizado no âmbito da For-mação em Contexto de Trabalho dos alunos do 2° ano de Teatro do Balleteatro Escola Profissional.
Luís Miguel Cerqueira is a 20 years old actor. He was
trained by Balleteatro Escola Profissional. He worked
with directors like Luís Mestre, Nuno M. Cardoso, Mar-
cos Barbosa, Pedro Zegre Penim, Pedro Almendra, Mar-
ta Freitas, among others.
As bolsas de criação foram atribuídas a seis jovens artistas da cidade pro-movendo e impulsionando assim novos projetos para espaços distintos de apresentação. Os resultados destas bolsas serão apresentados no decorrer de 2015. Os artistas selecionados foram apresentados por Carla Miranda, Isabel Barros, António Júlio, Nuno M. Cardoso e Tiago Guedes.
The creation grants were given to six young artists, promoting and nourishing new
projects for different places of presentation. The results of theses grants will be pre-
sented during 2015. The selected artists were presented by Carla Miranda, Isabel
Barros, António Júlio, Nuno M. Cardoso e Tiago Guedes.
9 1
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • C
AM
PO
AB
ER
TO
9 0
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• C
AM
PO
AB
ER
TO
11
12
13
14
15
16
17
10
9
9. Marco da Silva Ferreira10. Joana von Mayer
Trindade11. Marcelo Evelin
12. Luís Miguel Cerqueira13. Flávio Rodrigues
14. Joana Moraes15. Bruno Martins
16. João Cravo Cardoso17. Tiago Correia
2
1
6
7
8
3
4
5
1. Casa da Animação2. Compainha Instável
3. Erva Daninha4. Medeia Filmes
5. Núcleo de Experimentação Coreográfica6. Radar 360º
7. Teatro Experimentaldo Porto
8. Teatro Expandido!
Foto
grafi
as ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
9 3
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • Q
UE
M É
S?
O Q
UE
FA
ZE
S?
9 2
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• Q
UE
M É
S?
O Q
UE
FA
ZE
S?
Esta peça de Bernard-Marie Koltès coloca em confronto duas persona-gens: um dealer e um cliente. O dramaturgo usa aqui uma metáfora para o capitalismo aplicado às relações humanas. São também elas uma forma de transação comercial?
Sem dúvida. Há um deal permanente, uma com-pra e uma venda de tudo na vida. Neste texto, o Koltès chama a atenção para o facto de as rela-ções humanas estarem muitas vezes dependen-tes de transações de vários tipos e a vários níveis.
Isso resulta em solidão?Mais do que a solidão, a ideia do desejo e da curio-sidade é, quanto a mim, onde assenta o texto de Koltès. Interessou-nos [o espetáculo é co-ence-nado com Marcello Urgeghe e Rita Blanco] ex-plorar o desejo sob todas as suas formas, sendo que também ele está na base destas transações. Este texto é mais positivo do que aquilo que pa-rece e a nossa abordagem é um bocado mais es-perançosa, menos focada na solidão e no aban-dono, menos negra.
Desde que criou o Teatro da Terra, em Ponte de Sor (Alentejo), que as suas peças têm uma forte presença de mulheres. E de mulheres fortes. Pensou logo na Rita Blanco para contracenar consigo neste espetáculo?
As coisas acontecem-me um bocado por acaso…. Vou-me rodeando de mulheres mas também de homens. Felizmente tem passado muita gente pelo Teatro da Terra, mesmo nestes tempos de crise. Neste caso eu queria interpretar o texto do Koltès e, para mim, não fazia sentido ser um homem e uma mulher. Por variadíssimas razões. Uma delas tem a ver com o desejo, com o jogo do desejo físico, com o desejo homossexual. É a primeira vez no mundo que esta peça é interpre-tada por duas mulheres. Tem sido feita sempre por dois homens.
M A R I A J O Ã OL U Í S
⁄ A T R I Z E E N C E N A D O R A P O R T U G U E S A
5 1 A N O S
Maria João Luís apresenta-se no Grande Auditório do TM Rivoli com Na Solidão dos Campos de Algodão, dia 31 de janeiro às 21h30.
Qual é a sua relação com este texto?Eu queria muito fazer este espetáculo desde que o vi interpretado pelo Mário Viegas e pelo João Perry no Teatro Aberto, com encenação do João Lourenço, em 1990. O texto ficou-me gravado de uma forma muito particular. Achei que o Bernar-d-Marie Koltès era talvez o dramaturgo que mais perto se encontrava de uma zona minha, de uma zona que eu entendia muito bem. Era um texto que não tinha a ver com a estrutura convencio-nal do teatro e que dizia muito à minha geração. Que falava de tudo o que eu queria falar: sobre o ser humano, sobre ir dentro da verdade daquilo que é dito, sobre este deal constante nas relações, sobre esta falta de verdade para se fazer um co-mércio supostamente bem feito.
Foto
grafi
a ©
Alíp
io P
adilh
a
Q U E M É S ? O Q U E F A Z E S ?⁄
E N T R E V I S T A S P O R M A R I A N A D U A R T E
Um Teatro é feito de artistas, companhias e da equipa que os recebe, tornando possível a apresentação dos seus espetáculos. Desta forma, em cada agenda de temporada, será dado a ler um conjunto de entrevistas que desvendam um pouco melhor o universo e o trabalho de um conjunto de pessoas que de forma direta, através da apresentação dos seus projetos, ou indireta, através do trabalho regular, fazem o Teatro Municipal do Porto funcionar diariamente.
9 5
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • Q
UE
M É
S?
O Q
UE
FA
ZE
S?
9 4
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• Q
UE
M É
S?
O Q
UE
FA
ZE
S?
O que faz um responsável pelos serviços administrativos de um teatro?Muitas coisas. Tenho o dia todo preenchido. Faço a requisição de todo o material necessário para a execução dos espetáculos; peço os serviços de limpeza e de vigilância para o teatro; trato dos horários da bilheteira e da agenda do diretor; te-nho o fundo de maneio a meu cargo; coordeno todos os telefonemas; faço a ligação entre a dire-ção do Teatro Municipal e a Câmara do Porto…. É um misto entre recursos humanos e gestão. O meu trabalho consiste em fazer as coisas bem e rapidamente para que os dirigentes consigam planear as suas tarefas.
Como veio parar ao TM Rivoli?Precisavam de alguém que contribuísse para um melhor desenvolvimento do Gabinete de Teatros da Câmara do Porto e eu aceitei esse desafio. Foi há pouco mais de dois anos.
E é mesmo um desafio.É mesmo. É uma área completamente diferente de toda aquela em que já tinha trabalhado, ape-sar de ter feito coisas bastante variadas durante o meu percurso na Câmara do Porto. Quando vim para cá isto era um mundo à parte, mas os meus colegas ajudaram-me a entrar na orgânica do tea-tro. E tenho aprendido bastante sobre esta área.
J O Ã O P E D R O V I L A Ç A
⁄ A S S I S T E N T E D E S A L A
2 4 A N O S
V I T Ó R I A S O U S A
⁄ R E S P O N S Á V E L P E L O S S E R V I Ç O S
A D M I N I S T R A T I V O S5 2 A N O S
Como é ser assistente de sala no renascido TM Rivoli?Eu entrei antes desta nova fase. Agora temos mais trabalho, com mais regularidade, e isso é bom. Estamos sempre com públicos diferentes e poder ajudá-los, orientá-los na sala, é muito gra-tificante. Ver os espetáculos aqui apresentados também é uma mais-valia.
Já teve de lidar com alguma situação mais complicada?No espetáculo do Marcelo Evelin [De Repente Fica Tudo Preto de Gente, apresentado em se-tembro n’O Rivoli Já Dança!] os performers esta-vam pintados de negro e entravam em contacto físico com o público, que partilhava o palco com eles. Muitas pessoas ficaram com manchas pretas na roupa. No final disseram que não estavam à es-pera daquilo e perguntaram-me se o Rivoli pagava a lavandaria (risos). Eu expliquei que a tinta saía muito facilmente e que foi opção do coreógrafo não avisar, pois fazia parte do conceito da peça.
Vem da área das artes performativas?Não, estou a terminar o mestrado em arquitetu-ra. Mas quando era pequeno vinha ao teatro com os meus pais e achava que seria interessante um dia poder fazer o trabalho dos assistentes de sala. E agora sou um deles.
Foto
grafi
aa ©
Jos
é C
alde
ira
D E N I S ES T U T Z
⁄ C O R E Ó G R A F A E B A I L A R I N A B R A S I L E I R A
5 7 A N O S
“Os trabalhos com os outros são transformadores do meu trabalho de base, os solos”. Esta sua afirmação é evidente em 3 Solos em 1 tempo, onde o seu corpo mapeia memórias e trabalhos com outros artistas.
Sim. Eu digo em cena que percebi que a minha memória é a memória dos outros. Tenho a cer-teza de que hoje faço o que faço por causa dos encontros que tive na vida. Foram eles que me ensinaram, todos estes encontros estão presen-tes no meu corpo. Falo dos meus professores de ballet e de dança moderna; pessoas com quem trabalhei, como a Lia Rodrigues [figura de proa da dança contemporânea do Brasil]; lugares por onde passei, como o Grupo Corpo [fundado por Denise em 1975 juntamente com outros dez bai-larinos]; amigos parceiros que visitavam a minha sala de ensaio na época em que comecei a pensar e a criar DeCor, o meu primeiro solo…
3 Solos em 1 tempo é uma releitura de três trabalhos anteriores: DeCor (2003), Absolutamente Só (2005) e Estudo para Impressões (2007). O que os une é, então, a memória?
É a memória do meu corpo na dança. O meu corpo foi sendo formado pela memória de outros cor-pos. DeCor foi o meu primeiro solo. Nasceu da minha necessidade de responder a uma pergun-ta que me foi feita por três pensadores da dança [Helena Katz, Yan Ritsema e Thomas Lemen] no Festival Panorama da Dança do Rio de Janei-ro, em 2003. A questão era: porque é que você se move? A minha resposta foi DeCor, um solo au-tobiográfico sobre o meu percurso, a minha his-tória na dança. Depois veio o Absolutamente Só, um trabalho sobre as minhas questões íntimas em cena, as minhas angústias como intérprete, e, por fim, Estudo para Impressões, que é o meu corpo despido, colocado como um diário, e sendo sempre atualizado pelo tempo.
Denise Stutz apresenta dois espetáculos no TM Rivoli: 3 Solos em 1 tempo, no Pequeno Auditório, dia 13 de março às 15h00 e às 19h00; e Finita, dias 14 e 15 de março no Grande Auditório, às 21h30 e às 18h00 respetivamente.
Finita (2013) é um solo sobre a ausência. Como a trabalha em palco?Tento que cada um pense nos seus desapareci-dos, nas suas ausências. Pense em alguém que lhe desapareceu. Enquanto você existir essa pes-soa não se apaga.
Nestas duas peças que vai apresentar no Teatro Municipal Rivoli procura integrar o público na narrativa do espetáculo, sobretudo através da pala-vra. Uma espécie de discurso dançado.
Estranho, não é? Não sei o que tenho eu com as palavras. Elas foram surgindo como movimento. A palavra também me aproxima do outro, gosto de estar em cena com o público e não estar para ele. Passei muitos anos a dançar sem ver quem me assistia. Hoje prefiro ver quem está comigo no teatro, com quem eu me estou a encontrar e quem se está a encontrar comigo. Espero que no Porto seja um lindo encontro.
Foto
grafi
a ©
Dir
eito
s R
eser
vado
s
9 6
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• R
IVO
LI
• C
AM
PO
AL
EG
RE
• J
AN
EIR
O /
FE
VE
RE
IRO
/ M
AR
ÇO
• M
ÚS
ICA
PA R C E R I A S
A P O I O I N S T I T U C I O N A L F O C O B R A S I L
A L G U M A S I N I C I A T I V A S D O T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O C O N T A M C O M A P O I O S E S P E C I A I S :
A M E D I D A D O O C I D E N T E — V I A G E M N A R E P R E S E N T A Ç Ã O H I S T Ó R I A ( S ) D A D A N Ç A
M E D I A PA R T N E R S
A P O I O S
A P O I O S E P A R C E R I A S⁄
T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
Foto
grafi
aa ©
Jos
é C
alde
ira
1 0 11 0 0
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • M
ÚS
ICAT
EA
TR
O M
UN
ICIP
AL
DO
PO
RT
O •
RIV
OL
I •
CA
MP
O A
LE
GR
E •
JA
NE
IRO
/ F
EV
ER
EIR
O /
MA
RÇ
O •
MÚ
SIC
A
I N F O R M A Ç Õ E S
Ficha Técnica da Publicação
Diretor Tiago GuedesEditores Francisco Malheiro, José Reis
Entrevistas Mariana DuarteFotografia TMP José Caldeira
Tradução e Retroversão Pietro RomaniRevisão Ângela Azevedo
Design White StudioImpressão Empresa Diário do Porto
Papel Munken Pure 90gr.Tiragem 2300 exemplares
Periodicidade 3 agendas anuais
A agenda do Teatro Municipal do Portofoi escrita ao abrigo
do Novo Acordo Ortográfico de 2009
* Academia Contemporânea do Espetáculo** Mala Voadora
C Â M A R A M U N I C I P A L D O P O R T O
Presidente Rui Moreira
Vereador da Cultura Paulo Cunha e Silva
P E L O U R O D A C U L T U R A
Adjunto Guilherme Blanc
Diretora Municipal Olga Maia
Diretora de Departamento Sofia Alves
Comunicação Patrícia Campos
Produção Pedro Oliveira
E Q U I P A
T E A T R O M U N I C I P A L D O P O R T O
R I V O L I E C A M P O A L E G R E
D I R E Ç Ã O
Direção e Programação Geral Tiago Guedes
Coordenação Geral Manuela Rezende (Chefe de
Divisão) e João Fontes (Chefe de Unidade)
Assistente de Direção Francisco Malheiro
P R O G R A M A Ç Ã O
João Gesta
Programa Paralelo Dina Lopes, Rute Pimenta
P R O D U Ç Ã O
Coordenação Cristina Oliveira e Ricardo Freitas*
Carla Moreira**, Patrícia Vaz, Paulo Covas**
C O N T E Ú D O S E D I V U L G A Ç Ã O
Bruno Malveira, José Reis
F R E N T E S D E C A S A
Teresa Ribeiro**, Vânia Ferreira
A P O I O A D M I N I S T R A T I V O
Vitória Sousa, Marta Silva, Ana Viegas,
Emília Sousa, Floriano Pinto
T É C N I C A
Coordenação Jorge Soares, Marco Silva
Direção de Cena Patrícia Gilvaia**, Vanessa Freitas**
Som Luís Carlos Pereira,
Nuno Coelho*, Tiago Pinto*
Luz Diogo Barbedo, Luis Silva*, Romeu Guimarães*
Maquinaria António Silva
Audiovisuais Luís Miguel Sousa
M A N U T E N Ç Ã O
Coordenação João Bastos, Francisco Choupina
A P O I O I N F O R M Á T I C O
DMSI / Paulo Moreira
B I L H E T E I R A
Armanda Rodrigues, Carlos Ribeiro,
Maria da Glória Ribeiro, Paulo Vasconcelos
S E G U R A N Ç A
Polícia Municipal do Porto
Securitas
L I M P E Z A
Euromex
Foto
grafi
aa ©
Jos
é C
alde
ira
1 0 31 0 2
TE
AT
RO
MU
NIC
IPA
L D
O P
OR
TO
• RIV
OL
I • CA
MP
O A
LE
GR
E • JA
NE
IRO
/ FE
VE
RE
IRO
/ MA
RÇ
O • M
ÚS
ICAT
EA
TR
O M
UN
ICIP
AL
DO
PO
RT
O •
RIV
OL
I •
CA
MP
O A
LE
GR
E •
JA
NE
IRO
/ F
EV
ER
EIR
O /
MA
RÇ
O •
MÚ
SIC
A
C O M O C H E G A R
T E A T R O M U N I C I PA LR I V O L I
Praça D. João I4000-295 Porto
De carro Coordenadas GPS: Latitude 41° 08’ 51” N
Longitude 8° 36’ 34” O
De comboio Estação de São Bento
De metroTrindade ou Aliados
De autocarro200, 207, 302, 904, 22, 11M
T E A T R O M U N I C I PA LC A M P O A L E G R E
Rua das Estrelas s/n4150-762 Porto
De carroCoordenadas GPS: Latitude 41° 09’ 03” N
Longitude 8° 38’ 21” O
De comboioCampanhã (e metro até Casa da Música)
De metroCasa da Música
De autocarro200, 204, 207, 209, 1M
T M C A M P O A L E G R ET M C A M P O A L E G R E
C A S A D A M Ú S I C A
T M R I V O L I
C A S A D A M Ú S I C A
C Â M A R A M U N I C I P A L D O P O R T O
P A L Á C I O D E C R I S T A L
E S T A Ç Ã O S . B E N T O
P A L Á C I O D E C R I S T A L
E S T A Ç Ã O S . B E N T O
P R A Ç A D . J O Ã O IP R A Ç A D . J O Ã O I
R U A D A S E S T R E L A S
T M R I V O L I
R U A D A S E S T R E L A S
B I L H E T E I R A
Espetáculos Internacionaisno Grande Auditório TM Rivoli
10,00 eur
Espetáculos Nacionais no Grande AuditórioTM Rivoli, Espetáculos no Auditório
TM Campo Alegre7,50 eur
Espetáculos no Pequeno Auditóriodo TM Rivoli e noutros espaços do
TM Campo Alegre5,00 eur
Espetáculos do Programa Paralelo5,00 eur preço adulto;2,00 eur preço criança
(até aos 12 anos de idade);2,00 eur por aluno, professores
acompanhantes com entrada gratuita(Grupos Escolares)
O programa Paralelo não se encontra aoabrigo dos descontos previstos.
Cinema3,00 eur TM Rivoli (preço único);
5,50 eur Medeia Filmes no TM Campo Alegre (sujeito a descontos específicos)
Teatro Municipal RivoliSegunda 13h00 – 18h00
Terça a Sábado 13h00 – 20h00Domingo (apenas dias de espetáculo)
13h00 – 18h00Em dias de espetáculo a bilheteira mantém-se
aberta até 30 mins. depois do início do mesmo.Tel. 22 339 22 01
Teatro Municipal Campo AlegreSeg a Dom 14h30 – 19h00
e 19h30 – 22h30Tel. 22 606 30 00
Bilhetes também disponíveis emhttp://www.bilheteiraonline.pt
R E S E R V A S
Os bilhetes reservados deverão ser obrigatoriamente levantados num período
máximo de cinco dias, após o qual serão automaticamente cancelados. No caso de serem efetuadas reservas nos cinco dias
anteriores à iniciativa, estas manter-se-ão até 72 horas antes da iniciativa.
Não se efetuam reservas nos três dias (72 horas) que antecedem o espetáculo.
D E S C O N T O S
50% Cartão de Amigo,
Colaboradores da Câmara Municipale Empresas Municipais do Porto
40%Professores e alunos da Universidade do Porto;
Outras instituições e empresas protocoladas
30%Menores de 30 anos, maiores de 65 anos,
portadores de Cartão Jovem, profissionais do espetáculo, desempregados e estudantes
O programa Paralelo e as sessões de cinema não se encontram ao abrigo destes descontos.
C A R T Ã O D E A M I G O R I V O L I A L E G R E
Como aderir?O Cartão de Amigo é oferecido na compra simultânea de 3 bilhetes para espetáculos
distintos.Tem a validade de um ano.
O desconto do Cartão de Amigo é aplicável a apenas um bilhete por espetáculo.
Quais os benefícios?Desconto de 50% na aquisição de bilhete
para todos os espetáculos;Convites para ensaios abertos;Convites para conversas com
o Diretor do Teatro Municipal do Porto (marcação prévia)
A S S I N A T U R A S
ASSINATURA O RIVOLI (JÁ) DANÇA!7 Espetáculos por 25,00 eur + 50%
de desconto em todos os outros espetáculosdesta agenda.
Para esta temporada, os sete espetáculos incluídos nesta assinatura são Hu(r)mano, Tarab, Coppia, Free, Both Sitting Duet +
Body Not Fit for Purpose ou Cheap Lecture + The Cow Piece, Matadouro, Finita ou 3
solos em 1 tempo.
ASSINATURA 10Esta assinatura permite um desconto
de 60% na compra simultânea de 10 bilhetes para espetáculos.
Pode incluir um máximo de 2 bilhetes por espetáculo. Para qualquer outro espetáculo desta agenda, os portadores da assinatura
podem usufruir de 50% de desconto.O Programa Paralelo e as sessões de cinema
não se encontram ao abrigo desta assinatura.
As assinaturas são limitadas à disponibilidade.
O U T R A S I N F O R M A Ç Õ E S
Todas as salas têm acesso e lugares disponíveis para espetadores com mobilidade reduzida.
Não é permitida a entrada nas salas após o início do espetáculo, salvo indicação em
contrário dos assistentes de sala. Em caso de atraso e impossibilidade de entrada, o valor do
bilhete não será devolvido.
Espetáculos de entrada livre estão sujeitos à lotação do espaço e pode ser necessário o
levantamento prévio de bilhete.
Os menores de 3 anos podem assistir a espetáculos classificados “Para todos os públicos”
(Decreto-Lei 23/2014 de 14 de fevereiro).
A participação nos workshops é feita mediante inscrição prévia, limitada à lotação definida.
Informações e pedidos de inscrição através de [email protected]
A informação presente nesta agenda poderá ser alterada por motivos imprevistos.
A rede 5 Sentidos foi criada em 2009, no âmbito do QREN 2007-2013, com o intui-to de promover a programação cultural e a produção artística em rede. Atualmente composta por onze equipamentos culturais do país, a 5 Sentidos procura apoiar e dinamizar o desenvolvimento das artes performativas em Portugal organizando di-gressões de espetáculos e apoiando a produção de novas criações através de cofinan-ciamentos, coproduções e residências. A estratégia da rede 5 Sentidos – assente na troca de saberes, processos e experiências de trabalho – visa fortalecer o desempenho dos parceiros, dinamizar a criação artística e alargar os públicos. Os equipamentos que integram esta rede de programação cultural são: Teatro Municipal do Porto Ri-voli Campo Alegre (Porto), Teatro Viriato (Viseu), Centro Cultural Vila Flor (Guima-rães), Centro de Artes de Ovar (Ovar), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), Tea-tro Académico Gil Vicente (Coimbra), Maria Matos Teatro Municipal (Lisboa), Teatro Micaelense (Ponta Delgada), Teatro Municipal da Guarda, Teatro Nacional São João (Porto) e Teatro Virgínia (Torres Novas).
R E D E D E P R O G R A M A Ç Ã O
F E V E R E I R O
D I A H O R A D I S C I P L I N A T M R I V O L I T M C A M P O A L E G R E E S PA Ç O
TER 3 18H30, 22H00 CINEMA ELENA DOCUMENTÁRIOS CONTEMPORÂNEOS PEQUENO AUDITÓRIO
QUI 5 10H30 TEATRO :OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO AUDITÓRIO
15H00 TEATRO :OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO AUDITÓRIO
SEX 6 10H30 TEATRO :OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO AUDITÓRIO
15H00 TEATRO :OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO AUDITÓRIO
21H30 PERFORMANCE PERFORMANCE... AGAIN! VÁRIOS CONVIDADOS PEQUENO AUDITÓRIO
SÁB 7 16H00 PERFORMANCE PERFORMANCE... AGAIN! VÁRIOS CONVIDADOS PEQUENO AUDITÓRIO
16H00 TEATRO :OS MAIAS TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO AUDITÓRIO
19H30 PERFORMANCENAMELESS NATURES
JOANA VON MAYER TRINDADECAFÉ-CONCERTO
21H30 MÚSICACOPPIA MANUELA AZEVEDO,
HÉLDER GONÇALVES, VICTOR HUGO PONTESGRANDE AUDITÓRIO
TER 10 18H30 LITERATURALANÇAMENTO “POR DETRÁS DO PANO”
ANTÓNIO MANUEL RIBEIROCAFÉ-CONCERTO
18H30, 22H00 CINEMANINFOMANÍACA VOL.1, NINFOMANÍACA VOL.2
VER PRIMEIROPEQUENO AUDITÓRIO
QUA 11 21H30 DANÇA BEVY VERSE$ + PRÉFERENCE BALLETEATRO AUDITORIO
QUI 12 18H30 LITERATURA LANÇAMENTO “YUKI-ONNA BLUES”
RENATO FILIPE CARDOSOCAFÉ-CONCERTO
21H30 DANÇA BEVY VERSE$ + PRÉFERENCE BALLETEATRO AUDITÓRIO
SEX 13 18H30 LITERATURA LANÇAMENTO “RIO TORTO” RUI LAGE CAFÉ-CONCERTO
SÁB 14 18H00 MÚSICA NOVOS TALENTOS JOÃO DIOGO LEITÃO CAFÉ-CONCERTO
21H30 DANÇA FREE GREGORY MAQOMA / COMPANHIA INSTÁVEL GRANDE AUDITÓRIO
DOM 15 18H00 TEATROO CEREJAL TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)
PLATEIA AUDITÓRIO
TER 1716H00,18H30,
22H00CINEMA O MENINO E O MUNDO TERÇAS ANIMADAS PEQUENO AUDITÓRIO
QUA 18QUI 19
11H00—13H0015H00—17H00
WORKSHOPWRITING PERFORMANCE
JONATHAN BURROWSSALA DE ENSAIOS
QUI 19 21H30 TEATROO CEREJAL TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)
PLATEIA AUDITÓRIO
22H00 LITERATURA * QUINTAS DE LEITURA VÁRIOS ARTISTAS GRANDE AUDITÓRIO
SEX 20SÁB 21
10H30—13H0015H00—17H00
WORKSHOPARTICULANDO EXPERIÊNCIA E PRÁTICA
JEROEN PEETERSSALA DE ENSAIOS
SEX 20 18H30 LITERATURA LANÇAMENTO DE “THROUGH THE BACK.
SITUATING VISION BETWEEN MOVING BODIES” JEROEN PEETERS
CAFÉ-CONCERTO
21H30 DANÇA * BOTH SITTING DUET + BODY NOT FIT FOR
PURPOSE JONATHAN BURROWS & MATTEO FARGIONPALCO GRANDE AUDITÓRIO
21H30 TEATRO MEDEIA O CÃO DANADO PEQUENO AUDITÓRIO
23H30 MÚSICA UNDERSTAGE WHITE HAUS SUB-PALCO
SAB 21 18H00 PARALELO IMAGENS MIGRATÓRIAS #1 VÁRIOS CONVIDADOS FOYER 3º PISO
21H30 DANÇA* CHEAP LECTURE + THE COW PIECE
JONATHAN BURROWS & MATTEO FARGIONPALCO GRANDE AUDITÓRIO
21H30 TEATRO MEDEIA O CÃO DANADO PEQUENO AUDITÓRIO
21H30 MÚSICAA QUERELA DOS GRILOS + SEMANA PROFANA
QUARTETO CONTRATEMPUSAUDITÓRIO
DOM 22 17H00 TEATRO MEDEIA O CÃO DANADO PEQUENO AUDITÓRIO
TER 2410H3015H00
WORKSHOP O PORTO QUE SENTIMOS PEDRO ESPERANÇA OFICINAS
16H00, 18H30, 22H00
CINEMALA FÉÉRIE DES BALLETS FANTASTIQUES DE
LOIE FULLER + ISADORA DUNCAN, MOVEMENT FROM THE SOUL HISTÓRIA(S) DA DANÇA
PEQUENO AUDITÓRIO
SEX 27VÁRIAS/
21H30CINEMA/TEATRO
FANTASPORTO O CEREJAL TEATRO EXPANDIDO! VÁRIOS/
PLATEIA AUDITÓRIO
SAB 28VÁRIAS/
18H00CINEMA/
PERFORMANCEFANTASPORTO
THIS PLACESARA MANENTE, MARCOS SIMÕES & VON CALHAU!
VÁRIOS/SALA-ESTÚDIO
VÁRIAS/21H30
CINEMA/DANÇA
FANTASPORTO SHARK CATARINA MIRANDA VÁRIOS/AUDITÓRIO
J A N E I R O
D I A H O R A D I S C I P L I N A T M R I V O L I T M C A M P O A L E G R E E S PA Ç O
QUA 14 21H30 TEATROA RONDA TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)
SUB-PALCO AUDITÓRIO
SÁB 17 21H30 TEATROA RONDA TEATRO EXPANDIDO! (APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)
SUB-PALCO AUDITÓRIO
QUA 21QUI 22
18H00—22H00 WORKSHOP MULTI STYLES FUITTFUITT COMPAGNIE 7273 SALA DE ENSAIOS
QUA 21 21H30 TEATRO A RONDA TEATRO EXPANDIDO! SUB-PALCO AUDITÓRIO
SEX 23 21H30 DANÇA HU(R)MANO MARCO DA SILVA FERREIRA AUDITÓRIO
SÁB 24 11H00 TEATRO * SOPA NUVEM COMPANHIA CAÓTICA PEQUENO AUDITÓRIO
14H30 TEATRO * SOPA NUVEM COMPANHIA CAÓTICA PEQUENO AUDITÓRIO
16H30 ENCONTROENCONTRO A MEDIDA DO OCIDENTE ÁLVARO
SIZA E GIOVANNI CHIARAMONTEPEQUENO AUDITÓRIO
17H30 EXPOSIÇÃO* INAUG. EXPOSIÇÃO A MEDIDA DO OCIDENTE
ÁLVARO SIZA E GIOVANNI CHIARAMONTEFOYER 3º PISO
18H30 LITERATURA * A POESIA À SOLTA VÁRIOS AUTORES VÁRIOS ESPAÇOS
20H00—23H00 PERFORMANCE PROXIM(A)IDADE TALES FREY FOYER DA ENTRADA
21H30 DANÇA * TARAB COMPAGNIE 7273 GRANDE AUDITÓRIO
23H30 MÚSICA JÉRÔME MARIN CAFÉ-CONCERTO
TER 2716H00, 18H30,
22H00CINEMA
DO LINDY HOP AO HIP HOP HISTÓRIA(S) DA DANÇA
PEQUENO AUDITÓRIO
QUI 29 22H00 CINEMA BICICLETA LUÍS VIEIRA CAMPOS PEQUENO AUDITÓRIO
22H00 LITERATURA QUINTAS DE LEITURA VÁRIOS ARTISTAS AUDITÓRIO
SEX 30 18H30 LITERATURA LANÇAMENTO “DA FAMÍLIA” VALÉRIO ROMÃO CAFÉ-CONCERTO
22H00 CINEMA BICICLETA LUÍS VIEIRA CAMPOS PEQUENO AUDITÓRIO
SÁB 31 18H00 MÚSICA NOVOS TALENTOS RAÚL DA COSTA CAFÉ-CONCERTO
21H30 TEATRONA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE ALGODÃO
TEATRO DA TERRAGRANDE AUDITÓRIO
23H30 MÚSICA UNDERSTAGE STURQEN SUB-PALCO
C A L E N D Á R I OT E M P O R A D A 2 0 1 5
⁄ J A N E I R O ⁄ F E V E R E I R O ⁄ M A R Ç O
A Medeia Filmes apresenta sessões diárias de cinema no Cine Estúdio TM Campo Alegre.De segunda a sexta às 18h30 e 22h00; sábados e domingos às 15h30, 18h30 e 22h00.
Espetáculos 83º AniversárioTM Rivoli
FocoBrasil
FocoMarionetas
Felicidade — Tema Pelouro da Cultura 2015
M A R Ç O
D I A H O R A D I S C I P L I N A T M R I V O L I T M C A M P O A L E G R E E S PA Ç O
DOM 1 A QUA 4
VÁRIAS CINEMA FANTASPORTO VÁRIOS
QUI 5VÁRIAS/
10H30CINEMA/TEATRO
FANTASPORTO * AQUELA NUVEM... LA MARMITA VÁRIOS/AUDITÓRIO
VÁRIAS/15H00
CINEMA/TEATRO
FANTASPORTO * AQUELA NUVEM... LA MARMITA VÁRIOS/AUDITÓRIO
SEX 6VÁRIAS/
10H30CINEMA/TEATRO
FANTASPORTO * AQUELA NUVEM... LA MARMITA VÁRIOS/AUDITÓRIO
VÁRIAS/15H00
CINEMA/TEATRO
FANTASPORTO * AQUELA NUVEM... LA MARMITA VÁRIOS/AUDITÓRIO
SAB 7VÁRIAS/
16H00CINEMA/TEATRO
FANTASPORTO * AQUELA NUVEM... LA MARMITA VÁRIOS/AUDITÓRIO
VÁRIAS/21H30
CINEMA/DANÇA
FANTASPORTO G.O.D. FLÁVIO RODRIGUES VÁRIOS/SALA-ESTÚDIO
DOM 8 16H00 TEATRO * AQUELA NUVEM... LA MARMITA AUDITÓRIO
TER 10 22H00 CINEMARUA DE MÃO ÚNICA + BRASIL S/A
CICLO DE CINEMA FOCO BRASILPEQUENO AUDITÓRIO
QUA 11 18H00 TEATROBAAL TEATRO EXPANDIDO!
(APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)TEIA AUDITÓRIO
22H00 CINEMAO MURO + BRANCO SAI. PRETO FICA
CICLO DE CINEMA FOCO BRASILPEQUENO AUDITÓRIO
QUI 12 22H00 CINEMATREMOR + VENTOS DE AGOSTOCICLO DE CINEMA FOCO BRASIL
PEQUENO AUDITÓRIO
SEX 13 15H00, 19H00 DANÇA 3 SOLOS EM 1 TEMPO DENISE STUTZ PEQUENO AUDITÓRIO
21H30 DANÇA * MATADOURO MARCELO EVELIN GRANDE AUDITÓRIO
SÁB 14 14H30 ENCONTRO OFICINA DO PENSAMENTO MARCELO EVELIN PEQUENO AUDITÓRIO
16H00 PERFORMANCE COLEÇÃO PRISCILLA DAVANZO FOYER 3º PISO
21H30 DANÇA FINITA DENISE STUTZ PALCO GRANDE AUDITÓRIO
DOM 15 15H00 PERFORMANCE REVERSO TALES FREY PEQUENO AUDITÓRIO
16H00 ENCONTROBRASIL PERFORMATIVO
NAYSE LOPEZ E CONVIDADOSPEQUENO AUDITÓRIO
18H00 DANÇA FINITA DENISE STUTZ PALCO GRANDE AUDITÓRIO
TER 17 18H30, 22H00 CINEMATIME GOES BY LIKE A ROARING LIONDOCUMENTÁRIOS CONTEMPORÂNEOS
PEQUENO AUDITÓRIO
QUA 18 21H30 TEATROBAAL TEATRO EXPANDIDO!
(APRESENTAÇÃO INTERMÉDIA)TEIA AUDITÓRIO
QUI 19 18H30 LITERATURALANÇAMENTO DE “CLAVICULÁRIA”
MARTA BERNARDESCAFÉ CONCERTO
SEX 20 21H30 TEATRONOTALLWHOWANDERARELOST
BENJAMIN VERDONCKPALCO GRANDE AUDITÓRIO
21H30 DANÇAPARTÍCULAS DOURADAS NUM MUNDO QUASE SEMPRE VESTIDO DE PRETO JOANA CASTRO
AUDITÓRIO
SAB 21 18H00 PARALELO IMAGENS MIGRATÓRIAS #2 VÁRIOS CONVIDADOS FOYER 3º PISO
19H00 TEATROOBJETO ENCONTRADO PERDIDO
TEATRO DE FERROPEQUENO AUDITÓRIO
21H30 TEATRONOTALLWHOWANDERARELOST
BENJAMIN VERDONCKPALCO GRANDE AUDITÓRIO
23H30 MÚSICA UNDERSTAGE SONOSCOPIA SUB-PALCO
DOM 22 10H30-12H30 WORKSHOPPELOS CABELOS
TEATRO DE MARIONETAS DO PORTOSALA DE ENSAIOS
15H00 TEATROPELOS CABELOS
TEATRO DE MARIONETAS DO PORTOPEQUENO AUDITÓRIO
17H00 ENCONTROA CRIAÇÃO CONTEMPORÂNEA: O QUE PODE UMA MARIONETA? EUGÉNIA VASQUES E CONVIDADOS
PEQUENO AUDITÓRIO
TER 2416H00, 18H30,
22H00CINEMA
WHEN THE FIRE DANCES BETWEEN THE TWO POLES + TOTENMAL HISTÓRIA(S) DA DANÇA
PEQUENO AUDITÓRIO
21H30 TEATRO BAAL TEATRO EXPANDIDO! TEIA AUDITÓRIO
QUI 26 21H30 TEATRO CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO GRANDE AUDITÓRIO
22H00 LITERATURA QUINTAS DE LEITURA VÁRIOS ARTISTAS AUDITÓRIO
SEX 27 18H30 ENCONTROÀ VOLTA DO TEATRO EXPERIMENTAL DO
PORTO JOSÉ LUÍS FERREIRA E CONVIDADOSPEQUENO AUDITÓRIO
21H30 TEATRO CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO GRANDE AUDITÓRIO
SÁB 28 16H00-18H00 WORKSHOP ATIVIDÁRIO DO TEATRO PATO LÓGICO SALA DE ENSAIOS
18H00 MÚSICA NOVOS TALENTOS VASCO DANTAS ROCHA CAFÉ-CONCERTO
21H30 TEATRO CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO GRANDE AUDITÓRIO
22H00 MÚSICA TIMESPINE PEQUENO AUDITÓRIO
DOM 29 17H00 TEATRO CASA VAGA TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO GRANDE AUDITÓRIO
DOM 31 18H30, 22H00 CINEMA PHOENIX VER PRIMEIRO PEQUENO AUDITÓRIO