tecnologia e ensino da matemÁtica dos anos iniciais …

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1 TECNOLOGIA E ENSINO DA MATEMÁTICA DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: O USO DE COMPUTADORES, SOFTWARES E VÍDEOS NA OTIMIZAÇÃO DA PRÁTICA EDUCATIVA TECHNOLOGY AND TEACHING MATHEMATICS IN THE EARLY YEARS OF ELEMENTARY SCHOOL: THE USE OF COMPUTERS, SOFTWARES AND VIDEOS IN THE OPTIMIZATIONS OF EDUCATIONAL PRACTICE HOLANDA, Thaiane; MANFREDI, Vanilde; SILVA, Renata 1 Eixo Temático 1. Ensino e aprendizagem por meio de/para o uso de TDIC 1.1. Aprender por meio das diferentes tecnologias – da educação básica à pós-graduação Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir como a incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação podem apoiar a construção do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental, através de diferentes formas de interação. Partindo de um breve histórico sobre a informática educativa no Brasil, e consequentemente, abordando suas aplicações no ensino da matemática, com o uso de computadores, softwares educativos e vídeos, em conjunto ao papel do professor e do aluno no processo pedagógico. O trabalho considera a relevância das transformações de linguagem e cognição, mediante o frequente uso destes dispositivos tecnológicos, por parte dos alunos, influenciando a estruturação do conhecimento dos mesmos. Debate também, a importância de ajustes nas metodologias de ensino, incluindo adequadamente o uso de tais dispositivos, tanto na formação inicial do professor, quanto na instrução do professor em exercício. Por meio do desenvolvimento do presente estudo, foi possível observar que através dos avanços da tecnologia, torna-se viável uma modernização do sistema educacional, contribuindo para o ensino e aprendizado, nas relações entre professor e aluno e na qualidade do ensino. Para isso, faz-se necessário um melhoramento tecnológico do professor e das instituições de ensino. Palavras–chave: Educação Matemática; Ensino Fundamental; Tecnologias; Softwares Educativos; Vídeos. Abstract: The objective of this analysis is to discuss how the incorporation of Information and Communication Technologies can support the construction of knowledge in the teaching and learning process in the early years of elementary school, through different forms of interaction. Starting from a brief history about educational informatics in Brazil, and consequently, addressing its applications in the teaching of mathematics, with the use of computers, educational software and videos, together with the role of the teacher and the student in the pedagogical process. This assay considers the relevance of language and cognition transformations, through the frequent use of these technological devices by the students, influencing the structuring of their knowledge. It also discusses the importance of adjustments in teaching methodologies, including adequately the use of such devices, both in initial and subsequent teacher qualification. Through the development of the present study, it was possible to observe that, through advances in technology, a modernization of the educational system becomes viable, contributing to teaching and learning, in the relation between teacher and student and in the quality of the teaching. 1 LANTE/UFF; LANTE/UFF, LANTE/UFF.

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TECNOLOGIA E ENSINO DA MATEMÁTICA DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: O USO DE COMPUTADORES, SOFTWARES E VÍDEOS NA

OTIMIZAÇÃO DA PRÁTICA EDUCATIVA

TECHNOLOGY AND TEACHING MATHEMATICS IN THE EARLY YEARS OF ELEMENTARY SCHOOL: THE USE OF COMPUTERS, SOFTWARES AND VIDEOS IN THE OPTIMIZATIONS OF EDUCATIONAL PRACTICE

HOLANDA, Thaiane; MANFREDI, Vanilde; SILVA, Renata1

Eixo Temático 1. Ensino e aprendizagem por meio de/para o uso de TDIC

1.1. Aprender por meio das diferentes tecnologias – da educação básica à pós-graduação

Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir como a incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação podem apoiar a construção do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental, através de diferentes formas de interação. Partindo de um breve histórico sobre a informática educativa no Brasil, e consequentemente, abordando suas aplicações no ensino da matemática, com o uso de computadores, softwares educativos e vídeos, em conjunto ao papel do professor e do aluno no processo pedagógico. O trabalho considera a relevância das transformações de linguagem e cognição, mediante o frequente uso destes dispositivos tecnológicos, por parte dos alunos, influenciando a estruturação do conhecimento dos mesmos. Debate também, a importância de ajustes nas metodologias de ensino, incluindo adequadamente o uso de tais dispositivos, tanto na formação inicial do professor, quanto na instrução do professor em exercício. Por meio do desenvolvimento do presente estudo, foi possível observar que através dos avanços da tecnologia, torna-se viável uma modernização do sistema educacional, contribuindo para o ensino e aprendizado, nas relações entre professor e aluno e na qualidade do ensino. Para isso, faz-se necessário um melhoramento tecnológico do professor e das instituições de ensino. Palavras–chave: Educação Matemática; Ensino Fundamental; Tecnologias; Softwares Educativos; Vídeos. Abstract: The objective of this analysis is to discuss how the incorporation of Information and Communication Technologies can support the construction of knowledge in the teaching and learning process in the early years of elementary school, through different forms of interaction. Starting from a brief history about educational informatics in Brazil, and consequently, addressing its applications in the teaching of mathematics, with the use of computers, educational software and videos, together with the role of the teacher and the student in the pedagogical process. This assay considers the relevance of language and cognition transformations, through the frequent use of these technological devices by the students, influencing the structuring of their knowledge. It also discusses the importance of adjustments in teaching methodologies, including adequately the use of such devices, both in initial and subsequent teacher qualification. Through the development of the present study, it was possible to observe that, through advances in technology, a modernization of the educational system becomes viable, contributing to teaching and learning, in the relation between teacher and student and in the quality of the teaching.

1 LANTE/UFF; LANTE/UFF, LANTE/UFF.

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For such, a technological improvement of both the teacher and the educational institutions is required. Keywords: Mathematical Education; Elementary School; Technologies; Educational Softwares; Videos.

1. Introdução

A educação é uma experiência vivenciada por todas as pessoas em diferentes situações em todas as sociedades. Entretanto, cada sociedade tem um tipo de educação que necessita, de forma que uma sociedade de guerreiros possui uma educação para guerreiros e uma sociedade que necessite de burocráticos tem uma educação para burocráticos (BRANDÃO, 2007).

Nos dias atuais, o hábito do uso de diversos dispositivos tecnológicos tem sido crescente, e tem gerado muitas diferenças no comportamento social, que se refletem na comunicação e na educação, produzindo mudanças na construção do conhecimento.

Em um contexto escolar, sobretudo do ponto de vista da formação cognitiva infantil, é essencial que tais dispositivos estejam disponíveis no ambiente estudantil e que os aparelhos de uso próprio do aluno, também sejam considerados nas metodologias pedagógicas. Desta forma, faz-se necessário priorizar uma pedagogia que incorpore o uso de internet e mídias, investindo em uma educação tecnológica, que é fundamental para a economia e ciência.

Isto deve ocorrer como um mecanismo de apoio à construção do conhecimento, reformulando a prática docente, através de mudanças indispensáveis nos padrões educacionais e comportamentais dos professores, coordenadores e alunos, frente às novas ações de ensino e aprendizado. Por isso, iniciativas buscando diminuir a defasagem educacional podem ser verificadas, pela existência de diversos recursos tecnológicos voltados para o ensino, assim como, de políticas públicas perscrutando a inclusão digital das classes menos favorecidas.

No caso do ensino da matemática, entende-se que o professor deve identificar as principais características dessa ciência, de seus métodos, de suas ramificações e aplicações, conhecer a história de vida dos alunos, sua vivência de aprendizagens fundamentais, seus conhecimentos informais sobre um determinado assunto, assim como, ter clareza sobre suas próprias percepções sobre a matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdo de ensino e as formas de avaliação, estão intimamente ligadas a essas concepções (BRASIL, 2001, p. 37).

A partir dos objetivos apresentados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e atualmente pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino da matemática é possível concluir que o uso da tecnologia oferece grande contribuição ao apresentar uma perspectiva inovadora que traz como característica básica a inter-relação entre pesquisa, formação e prática. Esta inter-relação permite a estruturação de conexões mais lúdicas, acessíveis e propícias ao aprendizado de crianças, dando aos professores e alunos dos anos iniciais2 diversas possibilidades para a construção do conhecimento e do raciocínio lógico e

2 Lei n. 9.394, de 20 dez. 1996. Art 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na

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permitindo desenvolver o pensamento crítico e criativo do aluno mediante a curiosidade e outras motivações do mesmo.

As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos, aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais produtivas (MORAN, 2007a, p. 29).

Dessa forma, professores e alunos são os protagonistas nessa nova era tecnológica, tornando o ensino mais democrático, permitindo aos alunos expressarem seus pensamentos e aproximando-os do professor que por sua vez, passa a ter um papel de facilitador das interações em sala de aula. De igual modo, torna-se amplamente importante a implantação do uso destes recursos no desenvolvimento da matemática, desde a etapa de formação do professor dos anos iniciais. Mas, em contrapartida, configura-se um grande desafio na tarefa da instrução matemática do professor, devido às dificuldades educacionais acerca das metodologias de ensino dos cursos de formação de professores, sobretudo as vinculadas ao uso de tecnologias.

Por isso, neste trabalho é retratado esta falha, em um momento primordial da educação, que é a formação do professor, e também é apresentado o dever dos futuros professores em integrarem novos recursos pedagógicos à sua formação.

A respeito da necessidade de ajustes nas metodologias de professores atuantes para a introdução de recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), incluindo softwares educacionais e de uso geral, observa-se que entre todas as tecnologias disponíveis, a mais presente no cotidiano é a informática. E ao falar-se em ensino apoiado por TICs, é comum associarmos somente ao uso de computadores e internet e deixarmos em segundo plano outros recursos não menos importantes e que estão disponíveis em praticamente todas as escolas.

Sobre a importância da inserção das novas tecnologias na educação, Silveira (2007, p. 91) diz que “a educação, hoje, absorve as novas tecnologias de informação e da comunicação, como um dia absorveu o lápis, a lousa, a caneta esferográfica, as transparências, os slides e outros instrumentos, com o intuito de facilitar tanto o ensino como a aprendizagem.”

É fundamental ressaltar que somente a tecnologia não é capaz de transformar a prática de um professor. Mas, se usada de modo contextualizado, ela é capaz de aproximar a rotina em sala de aula, daquilo com que os alunos já estão acostumados na vida real, estreitando o relacionamento entre professor e aluno, que passam a compartilhar da mesma realidade.

Neste contexto, o presente trabalho, através de uma revisão de literatura, busca compreender as peculiaridades da informática, e suas variações, como apoio ao ensino da

educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017).

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matemática nas primeiras séries de ensino fundamental (1º ao 5º ano), assim como fornecer base para análise e reflexão sobre como definir sua utilização no ensino e aprendizagem, considerando os interesses e exigências da comunidade escolar e de acordo com a proposta pedagógica da escola.

2. Pressupostos teóricos

Desde o início dos tempos o ser humano busca a inovação através das ferramentas, da criação da máquina a vapor, eletricidade e tantos outros mecanismos de apoio às atividades rotineiras da sociedade. Entre estas ferramentas de modernização, a que mais se torna presente e ativa é a informática. A tecnologia é tão vigente no dia a dia que, muitas vezes, sequer percebe-se a dependência da mesma, dada a acessibilidade de utilização nos mais variados segmentos e meios de comunicação.

Historicamente, a escola tem sido objeto de transformações advindas de demandas coletivas, no que se refere ao perfil do aluno a ser formado. Na atual sociedade, a escola deve se preocupar em formar um cidadão autônomo e motivado para a aprendizagem ao longo da vida. Nesse contexto, não há mais lugar para um ensino que vise a memorização e a instrução mecânica de regras. Esta escola não pode dar-se ao luxo de ficar alheia à importância da tecnologia, no progresso dos indivíduos e não pode ignorar a facilidade das crianças, em absorver e lidar com esses novos recursos, sob pena de contribuir, para o agravamento da exclusão a que estão submetidos milhões de jovens das camadas mais populares.

Esta realidade demanda tanto da escola quanto do professor novas posturas em relação ao sistema educacional. Concebendo um professor mediador do processo de interação tecnologia/aprendizagem, que desafie constantemente os seus alunos com experiências significativas, tanto presenciais como a distância.

A revolução tecnológica produziu uma geração de alunos que cresceu em ambientes ricos de multimídia, com expectativas e visão de mundo diferente das gerações anteriores. Portanto, a revisão das práticas educacionais é condição necessária para que possamos proporcionar-lhes educação apropriada, por isso este trabalho tem como objetivo analisar e propor a aplicação de diversos recursos tecnológicos no ensino e aprendizagem da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Trataremos aqui os pressupostos teóricos utilizados para fundamentar a proposta do presente trabalho.

2.1. Breve histórico da informática educativa no Brasil

O uso da Informática na Educação no Brasil tem seus primeiros registros no início da década de 1970, a partir de algumas experiências na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). No ano de 1980 estabeleceu-se através de diversas atividades que permitiram que essa área possuísse hoje uma identidade própria, raízes sólidas e relativa maturidade.

De acordo com o Projeto EDUCOM (COMputadores na EDUcação) o Brasil deu os passos introdutórios no caminho da informática educativa em 1971 quando, pela primeira

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vez, discutiu-se o uso de computadores no ensino de Física na Universidade de São Paulo (USP), Campus de São Carlos, em seminário promovido em colaboração com a Universidade de Dartmouth/EUA. As entidades responsáveis pelas investigações iniciais sobre o uso de computadores na educação brasileira foram: UFRJ, UNICAMP e UFRGS. Os registros indicam a UFRJ como instituição pioneira na utilização do computador em atividades acadêmicas, por meio do Departamento de Cálculo Científico, criado em 1966, que deu origem ao Núcleo de Computação Eletrônica (NCE).

No final da década de 1970, um grupo de pesquisadores da UFRGS, liderados pela professora Léa Fagundes, começaram a utilizar a linguagem LOGO3 com o intuito de verificar as dificuldades de aprendizagem de matemática apresentadas por adolescentes e crianças das escolas públicas. Em sequência, na década de 1980, a UNICAMP incorporou junto aos seus programas de pesquisa e pós-graduação várias propostas e recursos produzidos pelo grupo de Seymour Papert, criador da linguagem LOGO, resultando, nos anos seguintes, no surgimento de métodos, técnicas e softwares educacionais voltados à realidade nacional que utilizavam tais contribuições. Nessa época, o computador era utilizado como objeto de estudo e pesquisa, propiciando uma disciplina voltada para o ensino de informática.

Em paralelo, nas décadas de 1980 e 1990, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) começa também a se preocupar com o uso de programas que associassem educação e informática (ERAILSON, 2011, p. 1), o que impulsiona essas instituições ao desenvolvimento de experiências em relação a inserção de computadores no ensino fundamental e médio.

É sabido que o uso da tecnologia viabiliza a transformação das aulas convencionais em aulas com possibilidade de interação, de troca, adaptando os dados e as informações à realidade do educando. Então é possível afirmar que o papel fundamental do ensino da informática nas escolas é disponibilizar para os alunos aulas mais dinâmicas, lúdicas e interativas. Dessa forma, os profissionais da educação precisam conhecer as funcionalidades e as tecnologias que envolvem a informática para disponibilizar aos seus alunos novos conhecimentos, através de novas formas de ensinar. Logo, a forma mais adequada de utilizar a informática na educação, demanda a integração de quatro aspectos: o computador, o software educativo, o professor e o aluno.

2.2. Ensino apoiado por tecnologias da informação e comunicação (TICs)

O aumento das tecnologias nas relações sociais, tem contribuído para uma mudança no modelo de comunicação, incorporando uma variedade de elementos textuais e de multimídia, Oechsler (2015, p. 2) destaca que essa mudança pode ser percebida também no ambiente escolar, onde os alunos utilizam smartphones para registrar aulas através da fotografia ou até mesmo para complementar os estudos por meio de vídeos e outros recursos. Observa-se que múltiplos dispositivos tecnológicos têm sido utilizados por alunos de diversas faixas etárias em ambiente escolar, porém, há um crescente uso por parte das crianças.

3 A linguagem LOGO foi elaborada por Papert e seu uso passou a ser disseminado após sua visita ao Brasil em 1975. O LOGO não é uma linguagem de programação em si e sim um modo de conceber e de usar programação de computadores.

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Sendo assim, é preciso atentar para esta realidade, principalmente na educação para os anos iniciais, que é a fase onde ocorre o desenvolvimento da linguagem e o raciocínio lógico, bases para a construção de todo o conhecimento a ser adquirido pelo aluno. Este fato, assinala a necessidade de uma evolução das práticas educativas na elaboração de conteúdos a serem trabalhados por meios tecnológicos.

[...] é importante que os alunos sejam capazes de saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. Portanto, é necessário que o professor utilize, em suas aulas, outros recursos didáticos como, por exemplo: jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros materiais que têm um papel importante no desenvolvimento do aluno (ALBERTO e SOUZA, 2016, p. 2).

A incorporação da tecnologia no ensino não deve ser entendida como simplesmente um instrumento facilitador para o professor, mas sim como um mecanismo de apoio à construção do conhecimento de forma crítica e reflexiva, reformulando a prática docente e dando significado real às informações desenvolvidas na escola objetivando o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem do aluno.

2.3. Formação matemática dos professores dos anos iniciais

As mudanças sociais propõem adequações em todos os âmbitos, igualmente na educação e consequentemente, os ajustes no processo de ensino e aprendizagem, em busca de eficiência através dos recursos tecnológicos, requer a concepção de práticas educativas, inicialmente no ambiente de formação de professores, o que é visto como um desafio. Porém, pautar-se em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador, se configura de forma muito mais desafiadora para esta categoria.

Diversas literaturas especializadas citadas por Gomes (2002), ressaltam a necessidade de uma mudança na metodologia da formação dos professores, pois a mesma está fundamentada na transmissão do conhecimento como forma exclusiva de aprendizado. As faculdades de formação de professores apresentam desde muito tempo, um padrão de ensino focado em conteúdos teóricos e filosóficos, porém dissociados da realidade da prática escolar na sala de aula. Esse padrão de ensino, dificulta o desenvolvimento do aluno (futuro professor), na compreensão adequada dos conceitos fundamentais da matemática, tanto quanto, na construção de uma conduta de mediador na educação matemática.

Entretanto, o que observamos em nossa experiência profissional nos permite afirmar que a reprodução do que e como aprenderam e a ênfase nas metodologias, ainda se faz presente nos cursos de formação, o que é explicado, em boa parte dos casos, pelo fato de que a própria escolha pelo curso de Pedagogia, por exemplo, se dá pela ausência da matemática em seus currículos (GOMES, 2002, p.368).

Retrata-se então, um grande problema quanto à formação matemática de professores dos anos iniciais. Por conseguinte, a dificuldade amplia-se no que tange a utilização de ferramentas tecnológicas no ensino.

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[...] os cursos de formação de professores que atuam nos anos iniciais, como, por exemplo, cursos de Pedagogia, não têm proporcionado oportunidade para que seja inserida essa ferramenta na abordagem dos conteúdos matemáticos. Tampouco os professores que atuam na rede pública se sentem seguros para integrar a tecnologia informática nas aulas de matemática (ALBERTO e SOUZA, 2016, p. 2).

Os professores precisam se adaptar para inserir na sala de aula os recursos proporcionados pelas TICs. A formação dos futuros professores deve priorizar a inserção das tecnologias na sala de aula de forma intensiva, partindo de uma proposta de inovação curricular que tenha foco principal nas atividades de interesses dos estudantes de modo a desenvolver a capacidade de reflexão e argumentação, fundamentais ao processo de aprendizagem. Assim, é necessário observar a formação dos chamados professores alfabetizadores, e prepará-los para a difícil tarefa da alfabetização matemática vinculada ao uso de tecnologias uma vez que seu uso cada vez mais cotidiano e progressivo, faz com que os professores necessitem abandonar as tradicionais formas de ensinar e busquem condições mais favoráveis ao desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem.

2.4. A alfabetização matemática nos anos iniciais do ensino fundamental

No Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), apresenta-se uma proposta onde alfabetização matemática nos anos iniciais, pode ser trabalhada como um instrumento para a leitura do mundo, através da Alfabetização Científica, definida como: um processo que articula domínio de vocabulário, simbolismo, fatos, conceitos, princípios e procedimentos da ciência e também das relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente (BRASIL, 2014, p.19).

Ou seja, a alfabetização científica é uma forma de ensino que provoca situações onde os alunos se mobilizam para buscar e construir um entendimento acerca das relações entre teoria/prática, professor/aluno, conteúdo/forma e ensino/pesquisa (BRASIL, 2014, p.20).

Logo, a utilização de tecnologias presentes na rotina do aluno, são de extrema importância para a estruturação do conhecimento do mesmo. Sendo necessário levar em consideração nesse momento introdutório do ensino, os anos iniciais, que os padrões cognitivos, perceptivos e culturais do aluno, são cada vez mais advindos de uma vivência permeada em uso de tecnologias.

Portanto, busca-se que a educação venha ser desenvolvida de forma colaborativa, onde o professor fortaleça as potencialidades dos alunos e encoraje a iniciativa e autonomia nas resoluções de problemas, explorando a curiosidade e criando estímulos para motivá-los a aprender com situações cotidianas.

Assim, quando desenvolvemos o processo de Alfabetização Científica com os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, estamos formando pessoas que podem utilizar a Ciência e a tecnologia em benefício próprio, da sociedade e do ambiente. Ainda na tecnologia, indivíduos cientificamente educados podem deixar a condição de apenas usuários dos aparatos tecnológicos e compreender os processos envolvidos. Isso pode ser extremamente importante em termos de aperfeiçoamento ou inovação tecnológica (BRASIL, 2014, p. 16).

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Trabalhar com as tecnologias (novas ou não) de forma interativa nas salas de aula requer a responsabilidade de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem.

2.5. Tecnologia e o processo ensino aprendizagem nos anos iniciais

No entanto, ao falar-se em ensino apoiado por TICs, é comum associar ao uso de computadores e internet e deixar em segundo plano outros recursos não menos importantes e que estão disponíveis em praticamente todas as escolas: a TV e o vídeo. O vídeo didático é talvez a tecnologia de mais fácil acesso como recurso de apoio ao processo de ensino aprendizagem.

Os vídeos são combinações de uma comunicação sensorial com a linguagem audiovisual, eles são compostos por diversos símbolos, cores, formas, cenários, sons e significados que aproximam da realidade e da sensibilidade humana o que torna o vídeo uma grande experiência sensorial. A visão de que o vídeo está muito relacionado ao entretenimento ocorre porque segundo Moran (1995, p.27), ele “está umbilicalmente ligado à televisão e a um contexto de lazer”, e que essa relação passa imperceptivelmente para a sala de aula. Porém, isso não prefigura um problema, pois, com efeito, os professores deveriam utilizar isso como forma de atrair o aluno para os assuntos do planejamento pedagógico.

Moran (1995) propõe formas adequadas de utilização dos vídeos, como sensibilização, ilustração, simulação, apresentação de conteúdo de ensino, produção (documentação, intervenção e expressão), como avaliação e como suporte de outras mídias ou interagindo com o computador e games. Ele também apresenta a dimensão moderna e lúdica da produção de vídeos como expressão, destacando que esta é uma atividade muito estimada pelas crianças, por permitir brincar com a realidade.

Uma pesquisa feita por Corrêa (2016, p. 3) entre crianças brasileiras de 0 a 12 anos, apresenta um progressivo consumo de vídeos online na plataforma YouTube Brasil, que tem esse país como seu segundo maior consumidor no mundo, o que demonstra o interesse pelos vídeos, por parte das crianças. Tal pesquisa, reforça a posição de Moran (1995) e faze-a atemporal, no que diz respeito à dimensão lúdica da produção de vídeos como expressão, pois constata-se o desejo das crianças em protagonizar vídeos, e nos dias de hoje, espelhando-se em influenciadores digitais, ou YouTubers, como geralmente são chamados os apresentadores dos vídeos da plataforma YouTube.

O estudo utilizou-se de dois mapeamentos4 e observou-se o rápido crescimento de visualizações nas categorias games, videobrincadeiras, e YouTubers mirins. A partir destes dados torna-se possível uma reflexão sobre a elaboração de conteúdos educativos para essa faixa etária.

4 A metodologia completa da seleção dos canais mapeados na pesquisa. Disponível em: <http://pesquisasmedialab.espm.br/criancas-e-tecnologia/>. Acesso em: 21 set. 2018. Resultados atualizados. Disponível em: < https://criancaeconsumo.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Media-Lab_Luciana_Correa_2016.pdf>. Acesso em: 16 mai. 2020.

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De fato, computadores, softwares educativos e vídeos, tornam-se imensamente valiosos nos processos de ensino e perfeitamente alinhados com as práticas pedagógicas, desde que ocorra um gerenciamento adequado, favorecendo a autonomia dos educandos. E à vista disso, a matemática é muito privilegiada em relação às diversas tecnologias presentes no mundo moderno: jogos, internet, simuladores e diversas aplicações, surgem como instrumentos para auxiliar a aprendizagem, criando ambientes que possibilitem novas formas de pensar e de agir, e que valorizem o experimental trazendo significados para o estudo dos conceitos matemáticos.

Figura 1. Organograma dos pressupostos teóricos.

Fonte: Autoria própria.

3. Considerações finais

Os chamados softwares educativos trouxeram novas perspectivas para o uso da informática no ensino. Um software educativo é compreendido como aquele que pode ser usado para fins educacionais mesmo que não tenha sido projetado para este fim, como é o caso das planilhas ou processadores de textos.

Muitos softwares apesar de possuírem interface com interessantes recursos de hipermídia (som, imagem, animação, texto não linear), nada mais oferecem aos alunos do que ler definições e propriedades, e aplicá-las em exercícios práticos (tipo tutorial) ou testar e fixar ‘conhecimentos’ através da realização de exercícios protótipos e repetitivos, que no máximo avançam em grau de dificuldade (tipo prática de exercícios) (GRAVINA, 1998, p.85-86).

Neste cenário, as tecnologias devem ser utilizadas em todo o aspecto educacional, já que há motivação para que ferramentas tecnológicas passem a ser indispensáveis ao ensino. Considerando que o professor adeque sua metodologia e obrigando as escolas a repensar seu papel como educadora e assumir um papel responsável na introdução dessas ferramentas no processo de ensino e aprendizado de seus alunos.

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Estão disponibilizados na internet uma grande quantidade de softwares de uso gratuito para serem explorados e utilizados por professores e alunos. Como pode-se observar alguns, na Tabela 1.

Tabela 1: Softwares e suas aplicações.

Softwares5 Aplicação

CINDERELLA É um software de construção que nos oferece “régua e compasso eletrônicos”

para construção de figuras geométricas.

GEOGEBRA É um software livre que aborda diversos conteúdos com construções interativas

de objetos e figuras.

TANGRAM Permite que se construa uma grande variedade de figuras a partir das sete

peças do Tangram.

WINARC Possui uma variedade de jogos como labirinto, cubo mágico, resta um, entre

outros.

POLY É um software que aborda figuras geométricas e permite explorar e construir

poliedros.

SCRATCH Ensina programação de uma maneira simples, intuitiva, lúdica e criativa.

Fonte: Autoria própria.

3.1. A utilização de um software matemático

Especificamente no Ensino da Geometria, o GEOGEBRA se tornou um grande aliado do professor, pois é uma ferramenta onde há diversas possibilidades de abordagens, podendo ser criados aplicativos, figuras geométricas e objetos. Apresentando uma interface simples, e exigindo mais conhecimentos matemáticos do que competências informáticas, tornando-o um dos softwares mais utilizados por docentes da área de matemática. Mas no que diz respeito aos anos iniciais, torna-se essencial, uma ampliação do uso dessas aplicações, que acabam ficando restritas a áreas específicas.

Nas séries iniciais, o lúdico é essencial para o desenvolvimento matemático, facilitando o aprendizado, a expressão e a construção do conhecimento, por isso, os recursos deste aplicativo utilizados em sala de aula permitem ao aluno construir conceitos matemáticos que não seriam possíveis se fossem utilizados apenas com o uso do lápis e do papel.

5 Softwares pesquisados disponíveis em:

<http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/softwares/softwares_index.php>. Acesso em 29 de out. 2018.

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Figura 2. Interface do GEOGEBRA.

Fonte: http://ultradownloads.com.br/download/GeoGebra/

3.2. O uso do vídeo na educação dos anos iniciais

Com relação ao uso de vídeos na educação, o assunto tem sido estudado por diversos autores há tempos. E tem sido utilizado de diversas formas: adotando o vídeo para introduzir um novo assunto, para simular experiências custosas, demoradas ou perigosas, para ilustrar algo que foi citado pelo professor e outras formas. Para aplicações desse gênero, observa-se no presente, através de uma simples busca na internet, canais do YouTube com grande diversidade de vídeos relacionados aos principais temas dos anos iniciais: números e operações, espaço e forma, e grandezas e medidas.

No entanto, há uma forma de utilização de vídeos como expressão (MORAN, 1995, p.31), onde os alunos são incentivados a produzir vídeos de forma moderna e lúdica. E nos dias de hoje, este gênero de produção de vídeo, vem sendo analisado, como veremos a seguir dentro das perspectivas do professor e do aluno.

3.2.1. A produção de vídeos pelos professores

LEANDRO et al. (2017), relatam a experiência de professores dos anos iniciais na criação de filmes durante uma oficina no III Encontro de Educação Matemática nos Anos Iniciais (III EEMAI), a qual objetivava a elaboração de roteiros e de um filme curta-metragem como produto final. Os autores citam que alguns professores explicitavam a falta de familiaridade com o uso de computadores, com os diferentes formatos de arquivos e com a instalação de softwares. “Os professores [...] apontaram que a sua própria formação não possibilita tal trabalho e entendem que o modo como se relacionam com as tecnologias é diferente do modo como os estudantes se relacionam.” (LEANDRO et al. 2017, p.107).

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3.2.1. A produção de vídeos pelos alunos

Um estudo feito por Oliveira e Silva (2010), com alunos do 5º ano em uma escola pública do interior de Alagoas, apontou que utilizando esta metodologia, o desenvolvimento linguístico tornou-se significativo, devido a leituras e análises de textos, na elaboração de roteiros e também ocorreu a prática de interdisciplinaridade. A experiência gerou ressignificação de saberes, interrompendo a separação entre saberes da escola e do mundo, gerando inclusão e democratização, pois as gravações e edições ampliaram a autoestima dos alunos, fazendo-os perceberem suas competências.

Tabela 2. Vantagens e desvantagens na produção de vídeos.

Produção de vídeos

Por professores Por alunos

Vantagens Gera material permanente que pode ser utilizado posteriormente.

Desenvolve interdisciplinaridade e inclusão.

Desvantagens Demanda tempo na elaboração de roteiros, e produção do vídeo.

Exige muito a postura mediadora do professor durante todo o processo.

Fonte: Autoria própria.

Observa-se então, por parte dos professores, uma grande dificuldade técnica na prática de criação de vídeos, a exigência de uma postura mediadora mais ativa e a necessidade de gestão de tempo na elaboração e produção do vídeo. No entanto, como vantagens, obtém-se resultados produtivos e duradouros.

3.3. Conclusão

No desenvolver deste trabalho foi possível observar que incorporar o computador ao ensino da matemática facilita a participação ativa do aluno e torna o ambiente de ensino mais agradável por permitir melhor visualização dos conteúdos abordados e perceber a aplicabilidade dos conceitos. Aqui professor e aluno trabalham juntos para construir o aprendizado e o professor deixa de ser apenas um repassador de conceitos para se transformar em mediador neste novo ambiente de aprendizagem.

Também foi possível perceber que existe uma variedade de aplicações que podem ser utilizadas no auxílio do processo de ensino da matemática à disposição do professor, que deve estar preparado para identificar qual, ou quais, são as mais adequadas ao seu objetivo e ao projeto pedagógico da escola.

Em relação aos vídeos em seus diferentes formatos de uso, observa-se que são ferramentas introdutórias às demais tecnologias, principalmente por causa da internet, local onde a maioria deles estão, e dos smartphones que cada vez mais, estão evoluindo seus recursos de fotos e gravação de vídeos.

E a percepção geral, sobre a formação dos profissionais da educação, indica uma carência na capacitação dos docentes dos anos iniciais, com relação aos recursos tecnológicos. Sendo assim, ocorre uma exigência de dedicação e aprimoramento por parte dos professores

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que quiserem romper com a realidade tradicional do ensino, e atuar implementando os dispositivos tecnológicos disponíveis.

Consideravelmente, a forma natural como as crianças utilizam as tecnologias, é algo que precisa ser preservado, para que futuramente jovens e adultos tenham cada vez mais autonomia para estudar, pesquisar e desenvolver a ciência, estabelecendo maior eficiência na educação presencial e principalmente à distância, onde requer disciplina e dedicação muito maiores por parte do aluno.

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