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Tecnologias para Monitoramento e Mitigação de Desastres Naturais Carlos Frederico de Angelis [email protected]

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Tecnologias para Monitoramento e Mitigação de Desastres Naturais

Carlos Frederico de [email protected]

Porque os desastres naturais parecem aumentar?

“We review the evidence and argue that for some types of extreme — notably heatwaves, but also precipitation extremes — there is now strong evidence linking specific events or an increase in their numbers to the human influence on climate. “

Aumento dos eventos extremos no Brasil e consequentes impactos no regime hidrológico nos rios

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Va

es

m3

/s

Anos

Vazões Máximas Rio Ribeira de Iguape

Vazão Máxima Eldorado

Vazão Máxima Registro

Vazão Eldorado M3

Vazão Registro M3

I TAKESHITA DAEE3

Ao mesmo tempo, a evolução demográfica no Brasil

E Macedo IPT1930 2010

Anhenmbi, São Paulo Ocupação das encostas

Ocupação das várzeas

Incremento significativo do risco

Evolução dos Desastres Naturais no Brasil

Fonte: Defesa Civil Nacional

AUMENTO DA FREQUENCIA DE DESASTRES NATURAIS

Fonte: IPT

DESASTRES NATURAIS NO BRASIL

Forest fires, Floods, Drought, Mass

Moviments

Wildfires, Floods, Erosions

Flash Floods, Wind Storms, Hails, Landslides

Wildfires, Flash Floods,Floods, Droughts,

Landslides

Droughts, Floods, Flash Floods

Source: Brazilian Atlas of Natural Disasters 1991-2012

Deslizamento de encostas e enxurradas causam mais de

90% das fatalidades!

DESASTRES NATURAIS NO BRASIL

Etapas envolvidas no Plano de Reduçãoe Resposta a Desastres Naturais

Prevention

Mapping and

understanding risk

Building structural

resilience (slope,

stabilization, drainage and

flood control)

Monitoring and warning

Response

Relief and

recovery

Plano Nacional de Redução e Respostas a Desastres Naturais

Meta:Redução do número de vítimas de desastres naturais em 50% em 4 anos e em 80% em 8 anos

Meta:Redução do Impacto dos Extremos Climáticos sobre a Agricultura Familiar de Subsistência

CEMADEN

DEFESACIVIL

CENAD

Alarme e Articulação

Monitoramentoe Alerta

MS, GSI, MT, FORÇAS ARMADAS

INMET , INPE, DECEA/MD e CENTROS

ESTADUAISInformações meteorológicas

MI, MCid e IBGEAnálise de Risco e

Vulnerabilidade a Desastres

CPRMMapeamento

geológico-geotécnico

ANAInformaçõeshidrológicas

Mobilização e Resposta

PLANO NACIONAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS E RESPOSTAS A DESASTRES NATURAIS (2012)

11

PORTARIA Nº 314, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012

• O CEMADEN enviará alertas de risco de desastres naturais* para os municípios monitorados;

• O CENAD e o CEMADEN deverão manter um canal permanente de comunicação 24 horas por dia, 7 dias por semana;

• Pelo menos duas vezes por dia, serão realizadas discussões (briefings) entre as equipes técnicas do CEMADEN e do CENAD;

II.Diariamente será elaborado um boletim de previsão de riscos geo-hidrológicos para as próximas 24 horas. Em situações excepcionais;

III.A qualquer momento, por demanda de Defesas Civis Estaduais e/ou Municipais ao CENAD, este poderá consultar o CEMADEN sobre a evolução dos riscos geo-hidrológicos em uma determinada área;

IV.Em situações excepcionais ou de risco iminente de desastres naturais de rápido desenvolvimento, a comunicação do alerta poderá ocorrer via telefone ou telepresença, antes de envio do alerta;

V.O CENAD e o CEMADEN apresentarão por meio de reuniões presenciais ou virtuais relatórios de avaliação dos alertas de desastres.

(* Movimento de massa, inundação, enxurrada e alagamento severo)

Níveis de Alerta

Índices pluviométricos excepcionais nas últimas horas, associados ou não a acumulados de chuva significativos nos últimos dias indicam probabilidade muito alta de deslizamento ou inundação/enxurrada – Esperam-se deslizamentos e enxurradas generalizadas

Índices pluviométricos altos nas últimas horas, acumulados de chuva significativos nos últimos dias indicam probabilidade alta de deslizamento ou inundação. Esperam-se deslizamentos localizados, alagamentos pontuais

Índices pluviométricos altos nas últimas horas, acumulados de chuva nos últimos dias indicam probabilidade moderada de deslizamento ou inundação. Podem ocorrer deslizamentos e alagamentos

Acompanhamento das previsões de chuvas e dos Índices pluviométricos.

13

ODP

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento

Equipe multidisciplinar de especialistas: • Geólogos• Geógrafos• Engenheiros• Hidrólogos• Meteorologistas• Desastres Naturais• Profissionais de TI

• EM OPERAÇÃO DESDE DEZEMBRO DE 2011

• > 1.000 MUNICÍPIOS MONITORADOS

• 120 PROFISSIONAIS

• FUNCIONAMENTO 24 HORAS/DIA, DURANTE 7 DIAS/SEMANA

Expansão da Rede de Observação:Uso intensivo de Tecnologia para monitormamento e

mitigação de desastres

9 ETR + 900Prismas

135 PCDs AQUA

+ 9 Radares

+ 4.750Pluviômetros

+ 286Estações

Hidrológicas

+ 100Estações

Agrometeoro-lógicas

+ 550 PCDsAQUA/AGRO

Sensores de Umidade do Solo e

Precipitação

Radares meteorológicos:-Cemaden (9)-DECEA (6)-SIPAM (10)-IPMET/SP (2)-INEA/RJ (2)-Cemig/MG (1)-Simepar/PR (2)-Epagri/SC (1)-Funceme/CE (1)

NT

MCPE

SV

STSF

ALTM

JG

Rede Observacional

Estações Acqua e Agro

Campos do Jordão – Estação Total Robotizada (ETR)

Prisma

ETR

Prisma

1

ET

R

Prisma

2

ENCOSTA MONITORADA

Rede Observacional

DiagnósticoCondição atualMeteorológico Hidrológico

Prognóstico

Construção do cenário de riscoProcesso + Risco

Tomada de decisão multidisciplinar

Preparação e emissão de alertas

Geológico

Preparação e emissão de alertasEnchente, enxurrada e alagamento

Bacia – Área Urbana de Nova Friburgo

MHD – Modelo Hidrológico Distribuído (INPE / Cemaden)

Resolução: 250 metros x 250 metros2346 pontos de grade (células)168 km² de área modeladaEstação Conselheiro Paulino - INEA

Monitoramento com Radar Pico do Couto

Como classificar níveis de risco?

Nível de Risco

Geológico

Precipitação acumulada

Preparação e emissão de alertasMovimentos de Massa/Deslizamento de Encostas

Preparação e emissão de alertasMovimentos de Massa/Deslizamento de Encostas

MM

Preparação e emissão de alertasAnálise dos cenários de risco

Municípios Monitorados

32

Preparação de alertas: Geológico

Preparação de alertas: Geológico

Cada alerta é enviado para 4 listas diferentes:-CENAD-CHEFIA-OPERADORES (inclui alguns pesquisadores)-ALTO e MUITO ALTO (outros ministérios, etc)

Envio de alertas

INEA Cel. Veiga

Preparação de alertas: Enxurrada

Preparação de alertas: Enchente

Linha do Tempo

Alerta 0675/2015

SALVADOR - BA

Exemplo – Movimento de Massa

Precipitação acumulada nas estações do Cemaden até às 20h30 do dia 27/04/2015

Distribuição espacial das estações do CEMADEN e áreas de risco de movimento de massa com registro de chuva nas últimas 96 horas em Salvador- BA.

*As áreas onde foram registrados o maior número de óbitos estão circuladas em roxo (Av. San Martin e Bairro do Juá)

Estação EMBASAAlto do Peru/CEMADEN

Deslizamento próximo à Av. San Martin na Vila Barro

Branco e localização da estação do Cemaden com precipitação

acumulada de 249 mm/24h

Fonte: G1.com

A localidade do Barro Branco é uma área com recorrência de deslizamentos. Área mapeada como risco Alto desde 2004.

Fonte: http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/ha-19-anos-localidade-do-barro-branco-sofreu-deslizamento-que-deixou-treze-mortos/?cHash=e96a7c3adb94fb797adea83e83b7316a

Estação EMBASAAlto do Peru/Cemaden

Estação EMBASAGomeia/Cemaden

Av. San Martin/Vila Barro Branco

Bom Juá

Região mais afetada de Salvador, com indicação das regiões em que houve óbitos e estações do Cemaden com acumulados em 24h (26/04/2015 às 07h ao 27/04/2015 às 07h – horário local)

Polígonos laranja indicam áreas de risco de movimentos de massa(CODESAL/CPRM).

249mm/24 h 243mm/24 h

Deslizamento na Av. San Martin

Fonte: http://bahianoar.com/n/bombeiros-contabilizam-sete-mortos-apos-deslizamento-em-salvador#.VT9ViiFVhBc

Deslizamento em Bom Juá deixou 5 mortos(Foto: Romildo de Jesus/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Fonte: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/04/crianca-morre-apos-desabamento-na-regiao-da-san-martin-em-salvador.html

“feedback” do CENAD

Plano Nacional de Redução e Respostas a Desastres Naturais

Meta:Redução do Impacto dos Extremos Climáticos sobre a Agricultura Familiar de Subsistência

Cenário de Precipitação com composição de ElNinos

Fonte: análises de precipitação interpolada (0,5 graus) (CPC/NCEP/NOAA)

Cenário El Niño Forte

Descrição:

1) Composição da precipitaçãomensal (a partir da prec. diária)durante as estações chuvosasde 1982-83 e 1997-98.

2) Gráficos em porcentagem daclimatologia (1979 - 2014)

OUT NOV DEZ

JAN FEV MAR

ABR MAI

Inicia-se do volume registrado pelo boletim de Acompanhamento dos Reservatórios do Nordeste (SAR/ANA)

Progressão durante o

mês

Computam-se as perdas e ganhos (balanço diário) durante o mês em questão:• Demanda por município (Fonte: planilha enviada pela ANA);• Cenário de precipitação durante El Niño• Cenário de evapotranspiração potencial (ETP) máxima climatológica (1999 – 2014; modelo de balanço hídrico) durante o mês em questão (P-EVT-Demanda)

Volume após 1 mês

Metodologia Cálculo de Tempo até o esvaziamento do reservatório

Tempo até o esvaziamento: razão do volume após 1 mês pela demanda média do município (Fonte: planilha enviada pela ANA)

Volume inicial no

reservatório

Municípios sob Colapso Hídrico: Cenário Atual

População correspondente com risco de colapso:

• Até 180 dias: 9.454.744

Cenário Atual – Outubro

Critérios Utilizados:

1) Considerando apenas demanda pormunicípio sem considerar BalançoHídrico (Entradas de Chuva)

1) Dados reservatórios setembro/2015 –Fonte: ANA

OUT

LEGENDA

TEMP_NOV

0 - 180180 - 360360 - 540540 - 720720 - 900900 - 1080> 1080

LEGENDA

TEMP_NOV

0 - 180180 - 360360 - 540540 - 720720 - 900900 - 1080> 1080

150 Municípios

Cenário Novembro

População correspondente com risco de colapso:• Até 180 dias: 9.607.297 pessoas

NOV

136 Municípios36 Municípios

Cenário Janeiro

População correspondente com risco de colapso:• Até 180 dias: 6.572.012

LEGENDA

TEMP_NOV

0 - 180180 - 360360 - 540540 - 720720 - 900900 - 1080> 1080

JAN

141 Municípios

Cenário Março

População correspondente com risco de colapso:• Até 180 dias: 6.662.487

LEGENDA

TEMP_NOV

0 - 180180 - 360360 - 540540 - 720720 - 900900 - 1080> 1080

MAR

LEGENDA

TEMP_OUT

0 - 180180 - 360360 - 540540 - 720720 - 900900 - 1080>1080

Cenário Maio

População correspondente com risco de colapso:• Até 180 dias: 6.727.409

MAI

Monitoramento dos impactos da seca em áreas de PASTAGENS e AGRÍCOLAS - VSWI

Anomalia Positiva VSWI Agosto/2015

Impactos da Seca

Anomalia Positiva VSWI setembro/2015 – Parcial (13/09)

Monitoramento dos impactos da seca em áreas de PASTAGENS e AGRÍCOLAS - VSWI

Área total de pastagens e agrícolas impactadas pela seca entre agosto e setembro (Km2)

• A maior parte dos Estados possuem mais de 50% das áreas de pastagens e agrícolas em condição de seca;

• Situação esperada em função da estação seca na Região.

Áreas agrícolas e de pastagens

Monitoramento dos impactos da seca em áreas de PASTAGENS e AGRÍCOLAS - VSWI

Porcentagem de Área de pastagens e agrícolas impactadas pela seca: ago-set (Km2)

• 210 Municípios com mais de 80% de sua área impactada pela seca;

• 758 Municípios com mais de 50% de sua área impactada pela seca.

Plano Nacional de Redução e Respostas a Desastres Naturais

Meta:Redução do número de vítimas de desastres naturais em 50% em 4 anos e em 80% em 8 anos

Fonte: INMET / INEA / Geo Rio / Secretaria Nacional de Defesa Civil / Prefeituras Municipais

Desastres Naturais recentes no Estado do Rio de Janeiro

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Petrópolis 23 de Dezembro de 2001 300mm/48 h 38

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Petrópolis 23 de Dezembro de 2001 300mm/48 h 38

Angra dos Reis 09 de Dezembro de 2002 143mm/24h 35

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Petrópolis 23 de Dezembro de 2001 300mm/48 h 38

Angra dos Reis 09 de Dezembro de 2002 143mm/24h 35

Teresópolis 21 de Dezembro de 2002 140mm/4h 22

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Petrópolis 23 de Dezembro de 2001 300mm/48 h 38

Angra dos Reis 09 de Dezembro de 2002 143mm/24h 35

Teresópolis 21 de Dezembro de 2002 140mm/4h 22

Petrópolis 11 de Janeiro de 2003 140mm/40 min 17

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Petrópolis 23 de Dezembro de 2001 300mm/48 h 38

Angra dos Reis 09 de Dezembro de 2002 143mm/24h 35

Teresópolis 21 de Dezembro de 2002 140mm/4h 22

Petrópolis 11 de Janeiro de 2003 140mm/40 min 17

Angra dos Reis 01 de Janeiro de 2010 275mm/24h 53

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Petrópolis 23 de Dezembro de 2001 300mm/48 h 38

Angra dos Reis 09 de Dezembro de 2002 143mm/24h 35

Teresópolis 21 de Dezembro de 2002 140mm/4h 22

Petrópolis 11 de Janeiro de 2003 140mm/40 min 17

Angra dos Reis 01 de Janeiro de 2010 275mm/24h 53

Rio de Janeiro 06 de Abril de 2010 236mm/36h 68

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Petrópolis 23 de Dezembro de 2001 300mm/48 h 38

Angra dos Reis 09 de Dezembro de 2002 143mm/24h 35

Teresópolis 21 de Dezembro de 2002 140mm/4h 22

Petrópolis 11 de Janeiro de 2003 140mm/40 min 17

Angra dos Reis 01 de Janeiro de 2010 275mm/24h 53

Rio de Janeiro 06 de Abril de 2010 236mm/36h 68

Teresópolis 06 de Abril de 2012 216mm/6h 05

Local Data Chuva Vítimas Fatais

Desastres Naturais recentes no Brasil

20112012

20132014

2015

15

45

0

472

2641

115

518

26 388

3

7914 36 35

20

1070

71 11949 38

ÓbitosnoBrasil

Alagamentos Deslizamentos Enxurradas Inundações Total

168 184

620

1023

71121

49 38

915

1681

1390

1617

846

679 682

367

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2010 2011 2012 2013 2014 2015

EventoseóbitosnoBrasil(2008-2015)Alagamento,Enxurrada,InundaçãoeMovimentosdeMassa

Óbitos

Eventos

Fonte:CENAD

Obrigado!WWW.CEMADEN.GOV.BR

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