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Publicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Assessoria de Comunicação Social – Ano XXVI – Nº 114 – Maio-Junho/2003 Tecnopuc impulsiona parcerias Tecnopuc impulsiona parcerias

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Publicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulAssessoria de Comunicação Social – Ano XXVI – Nº 114 – Maio-Junho/2003

Tecnopucimpulsionaparcerias

Tecnopucimpulsionaparcerias

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PUCRS

Outras seções

6 CapaTecnopuc marca mudançade perfil da Universidade

21 CiênciaA saúde embalada emgarrafas de suco de uva

24 EntrevistaPrêmio nobel alternativo revelasua arte fóssil – Adolf Seilacher,paleontólogo alemão

45 Eu Estudei na PUCRSAlexandre Garcia: umjornalista de sucesso

Nesta Edição

ReitorNorberto Francisco Rauch

Vice-ReitorJoaquim Clotet

Diretor-Editor da PUCRSInformação em Revista

Carlos Alberto Carvalho([email protected])Editora Executiva

Magda Achutti([email protected])

RepórteresAna Paula Acauan

([email protected])Paula Oliveira de Sá

([email protected])Carine Simas

([email protected])Angela Vencato

([email protected])EstagiáriasDébora BragaMariana ViciliBianca DiasFotógrafos

Marcos Colombo([email protected])

Gilson de Oliveira([email protected])

Arquivo FotográficoMaria Rosalia Rech([email protected])

RevisãoJosé Renato Schmaedecke

CirculaçãoMirela Vieira da Cunha

Carvalho([email protected])Documentação

Lauro DiasRodrigo Ojeda

([email protected])Relações Públicas

Sandra Becker([email protected])

Conselho EditorialElvo Clemente,

Délcia Enricone eMainar Longhi

Projeto Gráfico eEditoração Eletrônica

Pense DesignImpressão

Epecê-Gráfica

PUCRS Informação em Revista éeditada pela Assessoria de

Comunicação Social da PontifíciaUniversidade Católica do Rio Grande

do Sul, Avenida Ipiranga, 6681,Prédio 1, 5º andar, CEP 90619-900

Fone: (51) 3320-3500, r. 4446 e 4338Fax: (51) 3320-3603

E-mail: [email protected]: www.pucrs.br/pucinformacao

3 Espaço do Leitor4 Pelo Campus – Enfermagem comemora cinco anos5 Panorama11 Educação Aplicada – Cursos formam profissionais do transporte coletivo urbano12 Pesquisa em Foco15 Destaque – Universidade no ranking do CNPq16 Saúde – HSL realiza transplante de pâncreas isolado17 Saúde – Estudo analisa atividade física na terceira idade18 Saúde – Em teste a primeira vacina contra o HPV19 Universidade Aberta – Apoio a quem cuida de pacientes com demência20 Ciência – Tese analisa evolução de moluscos no deserto do Peru22 Ambiente – Pesquisa avalia impacto de centrais hidrelétricas23 PUCRS Virtual – Ensino a distância amplia pontos de recepção26 Tecnologia – Labelo atesta a eficiência energética de refrigeração27 Na Web – Portal da PUCRS chega a 4 milhões de acessos28 Alunos da PUCRS32 Lançamentos da Edipucrs33 Mercado de Trabalho – Fisioterapia: Quando prevenir é o melhor34 Cultura – Musipuc mostrou a identidade gaúcha35 Cultura – PUCRS adquire o maior acervo de cinema do país36 Bastidores – Biblioteca renova estrutura para melhor atender37 Memória – Psicologia comemora seu jubileu38 Sinopse42 Novidades Acadêmicas – Inaugurado pós em Biologia Celular e Molecular43 Social – Projeto promove cidadania a portadores de HIV44 Perfil – Justiça marca a trajetória de Tanger Jardim46 Ação Comunitária – Ações de saúde bucal beneficiam milhares de pessoas47 Opinião – Maurivan Ramos: Coordenador do Setor Didático-Pedagógico da PUCRS

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Pelo Campus

Em cerimônia realizada nodia 25 de março, a PUCRSconcedeu o título de Dou-tor Honoris Causa ao mi-nistro aposentado do Su-

premo Tribunal Federal (STF) JoséNéri da Silveira. A outorga foi pro-posta pela Faculdade de Direito daUniversidade. A distinção é voltadaa personalidades ilustres que se dis-tinguem pelo notório saber e pelaexpressiva contribuição ao desenvol-vimento do conhecimento em bene-fício da humanidade.

José Néri da Silveira formou-sena quinta turma da Faculdade de Di-reito da Universidade, em 1955, efoi o primeiro a receber a LáureaAcadêmica da PUCRS. Lecionou na

Instituição de 1961 a 1969. Chegouao ponto máximo da carreira ao sernomeado ministro do Supremo, em1981, e seu presidente (o mais altocargo da magistratura brasileira), de1989 a 1991.

O Reitor Norberto Rauch des-tacou que a contribuição do minis-tro às ciências jurídicas do país, suaética profissional e religiosa foramrazões fundamentais para a outorgado título. O agraciado lembrou quequando ingressou no Direito daPUCRS, em março de 1951, assistiuà entrega da mesma distinção deDoutor Honoris Causa ao fundadorda Universidade, reverendo Ir. Dé-siré Alphonse (Ir. Afonso). “Naquelaépoca, jovem universitário, jamais

poderia imaginar receber a mesmahonraria 52 anos depois”. Silveiralembrou que o título renova sua fénos valores cristãos. “Valores que, nodecorrer de minha atividade públi-ca, e na simplicidade de minha vida,me têm tornado feliz no amor a Deuse no serviço aos irmãos”.

Homenagem: Silveira e Rauch

PUCRS começou arealizar em março,um ciclo de palestrasdenominado ProjetoFé e Cultura. Trata-

se de um espaço destinado àformação, à reflexão e ao diá-logo de professores e funcio-nários. A iniciativa atende asugestões apresentadas noProjeto Reflexões e nos encon-tros de trabalho para a elabo-ração do Planejamento Estratégico da Universidade. Osparticipantes do Fé e Cultura podem refletir sobre adimensão religiosa, oportunizar o diálogo entre fé cris-

Projeto integra fé e cultura

Atã, cultura e ciências, dialogarsobre o progresso das ciênciase sua aplicação para o bemda humanidade, identificar operfil do intelectual católico,além da sua missão numa so-ciedade pluralista e ajudar nastarefas de pesquisa, docência,educação e gestão na PUCRS.A coordenação do Projetoé do Vice-Reitor JoaquimClotet. As palestras ocorrem

às 18h15min, no auditório do 9º andar do prédio 50.Informações: www.pucrs.br/feecultura e e-mail:[email protected].

Programação de 2003Data Tema Palestrante

Maio, dia 13 Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae Evilázio TeixeiraJunho, dia 10 Ecologia e Teologia Luiz Carlos SusinAgosto A Missão e o Papel do Leigo na Igreja Emílio Jeckel e Luiz Fernando BarzottoSetembro Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte Geraldo Hackmann e Manoel dos SantosOutubro A Nova Genética Humana e as suas Implicações Éticas Clarice Alho e Joaquim ClotetNovembro Cristianismo e Pluralismo Religioso Érico Hammes

Palestras: reflexão e diálogo

José Néri da Silveira éDoutor Honoris Causa

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Pelo Campus

AComunicaçãoabre as portas Alto Solimões

Fiquei muito feliz ao ler a matéria do Campus AvançadoAlto Solimões na seção Memória. Sou odontólogo, formado naPUCRS em 1981, e resido em Brasília há 21 anos. Participeida equipe 82 no Campus Avançado, em dezembro de 1980.Passei 40 dias a bordo do Igara Catuçaua atendendo as popu-lações ribeirinhas. A matéria da Ana Paula Acauan me emocio-nou muito. Apesar de 22 anos terem se passado posso melembrar de todos os detalhes daqueles dias maravilhosos echeios de aventura em que tive a felicidade e a oportunidadede estar presente e cujas fotos guardo com carinho. Esperoque o Campus Avançado possa ser reativado e os alunos usu-fruam a alegria de poder servir aqueles brasileiros que tantonecessitam de um mínimo de saúde, apoio, conforto e cari-nho.

Renato Andrino

RevistaSou acadêmica do curso de Fisioterapia da Feevale, em

Novo Hamburgo. Estive na PUCRS uns tempos atrás e li arevista PUCRS Informação. Gostei muito e adoraria recebê-laem casa. É possível? Como faço? Apesar de não ser estudanteda Universidade, gostaria de ter acesso a ela para me informare participar de cursos, palestras, enfim dos eventos relaciona-dos à Fisioterapia e à saúde.

Patrícia da Silva Rosa

N.R.: Todo o conteúdo da revista PUCRS Informação está dis-ponível no site www.pucrs.br/pucinformacao, na íntegra (em formatoPDF). A agenda semanal de eventos da Universidade e outras notí-cias também podem ser acessadas no endereço www.pucrs.br/ascom(Boletim PUCRS Notícias).

Agradeço a inclusão do livro Moinhos de Vento na últimaedição da PUCRS Informação. Recebi diversos cumprimentos.Por eles, pude constatar que a comunidade universitária lêmesmo a revista. Aproveito para cumprimentá-los pelo temade capa – a nossa querida aluna Helena Mancuso ficou famosa– e por todo o conjunto das matérias. Ela está cada vez melhor.Parabéns.

Profª Elizabeth Torresini

PUCRS Informação em revistaEscreva para a RedaçãoAv. Ipiranga, 6681, prédio 1, 5º andarPorto Alegre – RS – CEP 90619-900E-mail: [email protected]: (51) 3320-3500 ramais 4446 e 4338 Fax: (51) 3320-3603

Faculdade de Comunicação Social (Fa-mecos) realizou, em março, o projeto Co-nhecendo a nova casa de seus filhos. O ob-jetivo foi promover a integração dos fa-miliares e amigos dos calouros com acomunidade acadêmica. Os convidados

foram apresentados ao diretor da Faculdade, pro-fessor Jerônimo Braga, e aos coordenadores dos

cursos de Jor-nalismo, Publi-cidade e Propa-ganda, Rela-ções Públicas eTurismo.

O momen-to artístico e dedescontraçãoficou a cargodo aluno Sér-gio Bueno, vo-calista da ban-da Soul Addicti-on, da professo-

ra Neka Machado e da funcionária Neide Santos.No encontro, os convidados também tiveram opor-tunidade de conhecer as instalações do prédio sete,visitando os estúdios de TV, rádio e os laborató-rios de mídia digital. Para os pais da caloura Bea-triz Nunes, do curso de Publicidade, a propostade apresentar a Faculdade é ótima. “A integraçãoda Universidade com a família é muito importan-te e ficamos satisfeitos em conhecer a excelenteestrutura da Famecos”, disse Helio Nunes.

Enfermagemfaz aniversário

Faculdade de Enfermagem, Fisioterapiae Nutrição comemorou, em abril, cincoanos de criação do curso de Enferma-gem. O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Urbano Zilles, proferiu a

aula magna sobre Universidade ontem e hoje. O pro-grama de comemorações apresentou atividade cul-tural com professores e alunos e uma exposiçãocientífico-cultural. Os estudantes também aten-deram a comunidade gratuitamente na entradaprincipal do supermercado Carrefour, no bairroPartenon. Verificaram pressão arterial, mediramíndice de massa corporal e prestaram orientaçõessobre obesidade.

ACorreção

Diferentemente do que foi publicado na última ediçãoda PUCRS Informação, o número total de alunos matricu-lados (graduação e pós-graduação) na Universidade, no pri-meiro semestre de 2003, é 33.325. São 28.643 alunos degraduação (Campi Central, Zona Norte e Uruguaiana) e4.682 de pós-graduação (stricto e lato sensu).

Espaço do Leitor

Integração: Beatriz Nunes e os pais

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Panorama

APUCRS sediou, em março, a reunião regional Suldo Fórum dos Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação do Rio Grande do Sul, Santa Catarinae Paraná. Foram discutidos projetos e perspecti-vas da pesquisa e da pós-graduação para a região

Sul do país, alémdos novos modelospara a pós-gradua-ção brasileira insti-tuídos pela atual di-reção da Coordena-ção de Aperfeiçoa-mento de Pessoal deNível Superior (Ca-pes). O evento con-tou com a participa-ção do secretário deEducação a Distân-

cia do Ministério da Educação, João Carlos Teatini, da novadiretora de Programas da Capes, Margarida Luiza Vieira,dos presidentes da Fundação de Amparo à Pesquisa do RioGrande do Sul, Israel Baumvol, da Fundação de Ciência eTecnologia de Santa Catarina, Antônio Queiroz, e da Fun-dação Araucária do Paraná, Jorge Bounassar Filho, alémde 50 pró-reitores.

Pró-Reitoresreunidos na PUCRS

Renovado convêniodo Pró-Mata

A diretora de Programas da Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-rior (Capes/MEC), Margarida Luiza Vieiraanunciou no Fórum dos Pró-Reitores de Pes-quisa e Pós-Graduação um possível aumentono valor da bolsa-auxílio concedida a alunosbolsistas e o incentivo a novos programas demestrado e doutorado com conceito seis e sete.

Margarida enfatizou a necessidade deuma revolução nas universidades. Em funçãodo orçamento reduzido, manifestou a preocu-pação em atender áreas chamadas problemáti-cas. É o caso de novos programas recomenda-dos pela Capes e os doutorados seis e sete.

O valor da bolsa-auxílio oferecida a estu-dantes que desenvolvem pesquisas científicaspoderá ser reajustado. A outra possibilidadeseria de aumentar o número de bolsas concedi-das. A tendência é que seja adotada a primei-ra hipótese, para que os alunos-bolsitas de ini-ciação científica possam dedicar-se de manei-ra exclusiva ao trabalho acadêmico, sem preci-sar recorrer a outras fontes de renda.

Capes anuncia novapolítica de bolsas

s reitores daPUCRS, Nor-berto Rauch, eda Universida-de de Tübin-

gen, Eberhard Schaich, as-sinaram o terceiro termoaditivo ao convênio de co-operação de 1983 que deuinício ao Centro de Pes-quisa e Conservação daNatureza Pró-Mata, loca-lizado em São Francisco de Paula, na Serra gaúcha. As instituições mani-festaram a intenção de dar continuidade à parceria. O prazo da coopera-ção no Pró-Mata será prolongado até 20 de novembro de 2009. Além daUniversidade de Tübingen, a PUCRS recebeu delegação de reitores deUlm, Heidelberg, Karlsruhe e Mannheim. Também da Alemanha, o di-retor do Instituto de Aeronáutica e Astronáutica da Universidade Técni-ca de Berlim, Gerhard Hüttig, manteve contato com a Faculdade deCiências Aeronáuticas discutindo possível acordo.

Parceria: Schaich (esq.) e Rauch

Em debate: pesquisa e pós-graduação

OFamecos inauguralaboratório Apple

A Faculdade de Comunicação Social inau-gurou, dia 28 de abril, o Apple Training Center(ATC) – Laboratório de Extensão Famecos. É oprimeiro centro de treinamento certificado pelaApple no Rio Grande do Sul para capacitaçãoem tecnologia de ponta. O ATC/Famecos resultada parceria entre a empresa, a Faculdade e aPró-Reitoria de Extensão Universitária (Proex).Além de cursos de extensão que começam a serministrados em maio, o Laboratório permitirá adiscussão do uso das ferramentas e a contextua-lização com o campo da comunicação. O ATCenvolve as áreas de Jornalismo, Publicidade ePropaganda, Relações Públicas, Arquitetura, In-formática, Fotografia, profissionais de Multi-meios (Educação), da Indústria Gráfica e técni-cos em áudio e vídeo. Inscrições para os cursosna Proex, sala 201 do prédio 40. Informações:(51) 3320-3680 e www.pucrs.br/famecos/atc.

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Capa ANA PAULA ACAUAN – [email protected]

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Tecnopuc marca mudança

Ainauguração do Tecnopuc,Parque Tecnológico, emmaio, representa um mar-co na relação da Universi-dade com as empresas. As

parcerias mudam o perfil do ensi-no, da pesquisa e da extensão daPUCRS. Além do impacto interno,as iniciativas contribuem para o de-senvolvimento e o avanço científicoe tecnológico do Estado e do país.Um dos propósitos da PUCRS como Parque é contribuir na transfor-mação da região de Porto Alegre empólo mundial na área de pesquisa edesenvolvimento de novas tecnolo-gias. “O Tecnopuc já é um sucesso,a rapidez com que se concretiza estáacima das nossas expectativas”, sali-enta o Reitor Norberto Rauch.

Jorge Audy, diretor da Agênciade Gestão Tecnológica e Proprieda-de Intelectual (AGT), gestora do Tec-nopuc, acredita que o Parque teráum efeito positivo para a PUCRS in-ternamente e nas relações com em-presas e governos, constituindo-seem ambiente de integração com asociedade. Acrescenta que a Univer-sidade poderá ser propulsora doavanço científico e tecnológico da re-gião. Parceiros do Tecnopuc avaliamque, a longo prazo, o Rio Grandedo Sul poderá comparar-se a Ban-galore (Índia), referência internacio-nal na fabricação de software.

O Tecnopuc será oficialmenteapresentado à comunidade em maio,no dia em que se concretiza a parce-ria com a HP, terceira empresa-ân-cora do Parque e uma das maioresde Tecnologia da Informação domundo. A HP inaugurará o primei-ro prédio destinado ao departamen-to de Pesquisa e Desenvolvimento.O seu segundo empreendimento, deserviços (suporte, consulting e fábri-ca de software), deverá começar a fun-cionar em agosto.

O Centro de Tecnologia XML(eXtensible Markup Language), con-vênio Microsoft/PUCRS, com apoioda Dell, foi inaugurado em 16 deabril no Tecnopuc. Trata-se do sextodos 20 centros que a Microsoft criaráno Brasil até 2005. O XML é um pa-drão aberto que permite a comunica-ção entre diferentes computadores eaparelhos portáteis, integrando a in-fra-estrutura de Tecnologia da Infor-mação de corporações e órgãos pú-blicos. A empresa e a Universidadepromoverão conjuntamente cursosde capacitação de professores, alunose profissionais em tecnologias deponta. A Dell forneceu a infra-estru-tura de hardware e financia parte dopessoal de Pesquisa e Desenvolvi-mento que atuará no Centro.

Pólo de softwareAs atividades do Parque se inici-

aram no dia 9 de julho de 2002 coma instalação do Centro de Desenvol-vimento de Software (SDC) da Dell.A empresa decidiu descentralizar acriação de tecnologias, antes concen-trada nos EUA, e tornar o Brasil umdos seus pólos na área. Os outrosSDCs da Dell estão localizados naÍndia e na Rússia. Uma das primei-ras conquistas do Centro no Tecno-puc foi o CMM (Capability MaturityModel, modelo de maturidade paraa produção de software) de nível 2. Foia pioneira do setor no Estado a rece-ber essa certificação. Em pouco maisde um ano a Dell espera chegar aonível 3. O processo contou com oacompanhamento de professores ealunos da Faculdade de Informática.Com a vinda de outras empresas, odiretor do Centro, Jairo Avritchir,planeja a realização de treinamentosconjuntos. A Dell montará no Parqueum programa de capacitação geren-ciado e ministrado por docentes daInformática.

O Pró-Reitor de Extensão Uni-versitária, Paulo Franco, que partici-pou da negociação para a vinda dasempresas, acredita que as três multi-nacionais escolheram o Tecnopucporque a Universidade apresenta es-trutura estável de gestão, trazendosegurança quanto ao cumprimentode contratos, competência de pesqui-sadores e alunos, além da localizaçãoe da visibilidade do Campus Central.Numa visão de futuro, Franco temconvicção de que aumentará a procu-ra por cursos de base tecnológica daPUCRS. Segundo Franco, é muitoviável a ampliação do número de pa-tentes brasileiras originárias nas em-presas localizadas no Parque.

Os projetos arquitetônico e pai-sagístico no Parque estão sob respon-sabilidade da Divisão de Obras daPUCRS, que procura manter a iden-tidade visual dos antigos prédios eintegrar harmoniosamente o espaçoao restante do Campus. O Tecno-puc ocupa 5,4 hectares da área quepertenceu ao 18º Batalhão de In-fantaria Motorizada adquirida pelaUniversidade.

O Parque Tecnológico integra asações do Porto Alegre Tecnópole,composto por nove instituições querepresentam o poder público, uni-

Capacitaçãode Professores

Doutores 530Mestres 905Especialistas 300Graduados 140Total 1.875

Em formaçãoCursando Doutorado 352Cursando Mestrado 97

Fonte: Pró-Reitoria de Pesquisae Pós-Graduação/PUCRS

Dados de abril/2003 incluindotodos os Campi da PUCRS

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de perfil da Universidade

Parceria: inauguração da Microsoft

versidades, empresários e trabalhado-res. Na opinião da supervisora do De-senvolvimento Tecnológico do Muni-cípio de Porto Alegre, Ghissia Hauser,o Tecnopuc mostra que a Capital con-ta com espírito empreendedor, qualifi-cação humana e técnica. O secretáriomunicipal da Produção, Indústria e Co-mércio, Adeli Sell, diz que a iniciativase soma a outras que visam a tornar aregião de Porto Alegre uma referênciana área. O secretário estadual da Ci-ência e Tecnologia, Kalil Sehbe, apos-ta na sinergia. “O Estado deve ser má-ximo para que se crie sistema forte deciência e tecnologia.”

Incubadora tecnológicaAberta em maio, a Incubadora Rai-

ar, da PUCRS, será um núcleo de sur-gimento de empresas. Na primeirafase, há espaço para nove, em módu-los de 16 a 40 m², que receberão in-centivos do Serviço Brasileiro de Apoioàs Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).A Incubadora segue a orientação daAGT e interage com o Laboratório deGestão, o Centro de Design e empre-sas atuantes no Tecnopuc que buscamobter serviços nas incubadas e desen-volver projetos do tipo spin-off, (origi-nados nos grandes empreendimentos).

A AGT preten-de incentivar a apro-ximação das unida-des acadêmicas pormeio dos projetosdas empresas noTecnopuc. A maio-ria refere-se às Fa-culdades de Enge-nharia, Informáticae Física, que inaugu-rou em abril labora-tórios para os Gru-pos de Energia So-lar, Estudos de Pro-priedades de Super-fícies e Interfaces,

Física das Radiações e Imagens Médi-cas. Mas há envolvimento das Faculda-des de Administração, Contabilidade eEconomia (Laboratório de Gestão), Psi-cologia (relacionamento interpessoal emotivação), Letras (cursos de línguas),Educação Física e Ciências do Desporto(ginástica laboral) e Comunicação Social(Centro de Design), além do Programade Pós-Graduação em Direito (contratos

Os projetos com a Dell envol-vem cinco professores e 19 alu-nos de mestrado com estimativade chegar a 32 estagiários degraduação neste ano. Há trêsprogramas desenvolvidos com aFaculdade de Informática. Umdeles, o de Qualificação em Tec-nologia de Software, é compostopor um conjunto de cursos com-plementares à formação acadêmica. Como a área avança rapidamente,os alunos participantes têm a oportunidade de estar sempre atualizados,o que facilita a absorção pelas empresas. O segundo programa é o de Pes-quisa e Desenvolvimento em Tecnologia da Informação. Neste ano, come-çarão pesquisas nas áreas de Processo de desenvolvimento de software,Desenvolvimento de software orientado a objetos, Teste de software, In-teração homem-máquina e Pesquisa, recuperação e tratamento da infor-mação. O terceiro programa envolve projetos em qualidade de softwaree certificação CMM.

Dell abreoportunidadesde emprego

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internacionais e propriedade intelectu-al). “Se as humanas não buscarem opor-tunidades, não será por culpa das áreascientíficas e tecnológicas que ficarão defora”, constata o Pró-Reitor de Pesquisae Pós-Graduação, Urbano Zilles.

A Pró-Reitoria de Assuntos Comu-nitários (PRAC) também vislumbra ini-ciativas a partir do Tecnopuc. Os fun-cionários das empresas poderão parti-cipar dos programas de voluntariadoe das palestras oferecidas pela PUCRS.A Dell doará microcomputador para aPRAC e elaborará sistema para o ca-dastro do Programa de VoluntariadoColméia Voluntária. A intenção é reu-nir dados para realizar o Balanço So-cial da Instituição. A Stefanini, consul-toria de Informática sediada em SãoPaulo que se instalará no Parque, ori-entará alunos da PUCRS, especialmen-te de Multimeios e Informática Educa-tiva, no seu programa de combate aoanalfabetismo digital. As empresas po-derão colaborar em eventos do PUCRSCultura por meio da Lei de Incentivoà Cultura.

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Capa

O diretor daFaculdade de En-genharia, Eduar-do Giugliani, ava-lia que a Universi-dade foi conquis-tando a vocaçãoempreendedoraantes observadaapenas em inicia-tivas isoladas. Adiretora da Facul-dade de Informá-tica, Vera LúciaStrube de Lima,concorda, apon-

tando que a PUCRS primeiro teve dediscernir seus objetivos e buscar lin-guagem comum com as empresas.Exemplifica com o padrão dos con-vênios estabelecidos a partir da AGT.

Pesquisa na graduaçãoNão apenas a pós-graduação se

beneficiou. As parcerias abrem opor-tunidades aos alunos desenvolverempesquisas desde a graduação, respon-dendo aos desafios da profissão. NaFaculdade de Informática, mais de100 estudantes participamcom bolsas de iniciação cien-tífica, o que representa 10%do total. Isso sem contar oscontratados antes da forma-tura que atuam nos projetosdas empresas na Universida-de. Na Engenharia, há 151bolsistas e estagiários do to-tal de 3.182 alunos. Em2000, eram 35. Os partici-pantes dos projetos têm a

Crescimento das parcerias com empresasEm projetos de pesquisa e desenvolvimento, sob gestão da AGT

Aferição em célula fotovoltaica

Equipe da Agência de Gestão Tecnológica

oportunidade de ir a congressos in-ternacionais e publicar os trabalhos.Precisam assumir responsabilidades eprestar contas das suas ações. O ren-dimento conquistado se traduz emmais chances e maior remuneração.

A proximidade com as empre-sas é um dos motivos apontados peladiretora Vera para a empregabilida-de de 100% dos egressos do bacha-relado em Ciência da Computação eem Sistemas de Informação daPUCRS. Os dados constam de le-vantamento realizado pela Faculda-de desde dezembro de 2000. Sobreos benefícios das pesquisas para oensino, Vera cita as disciplinas de Tó-picos Especiais em Engenharia deSoftware, do curso de Ciência daComputação, e Tópicos Especiais emSistemas de Informação, de Sistemasde Informação, em que o professorapresenta os resultados dos projetosdesenvolvidos no Centro de Pesqui-sa em Teste de Software, convêniocom a HP. Isso mostra que, mesmoquando há exigência de confiden-cialidade nos dados, o conhecimen-to gerado se torna disponível.

ANO 1999 2000 2001 2002Valores Contratados R$ 1.179.111,74 R$ 1.080.077,69 R$ 3.872.060,50 R$ 6.887.472,92Taxas/bolsas de Mestrado 6 25 63 112Estagiários 9 45 125 204Empresas Parceiras 3 7 10 22Termos Aditivos 8 18 25 55

Fonte: AGT/PUCRS

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Impulso às parceriasO Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-

Graduação, Urbano Zilles, lembraque em 1989 a Universidade convi-dou 44 empresas para iniciar conta-tos buscando realização semelhanteao Parque Tecnológico. Vieram 38,demonstrando interesse, mas Zillesconstatou que faltavam pessoas paradar conta da iniciativa. “Agora nãoprecisamos mais procurar as empre-sas, elas vêm até nós”, compara,complementando que a Universida-de conquistou reconhecimento nasáreas de pesquisa e pós-graduação.

Desde que a PUCRS criou aAGT, em dezembro de 1999, houvecrescimento significativo no númerode parcerias. Os recursos daqueleano para projetos de pesquisa e de-senvolvimento chegaram a R$ 1,179milhão. Em 2002 a Universidade re-cebeu R$ 6,887 milhões na monta-gem de laboratórios e pagamento debolsas e estágios, entre outros fins.

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As diretrizes curriculares ho-mologadas pelo Ministério daEducação dão mais espaço ao alu-no para desenvolver atividadescomplementares. Na Engenharia,por exemplo, houve redução noscursos de 800 a 1.000 horas/aula,em média 25% da duração total.“A pesquisa faz com que o alunovivencie mais a Universidade ese motive para o curso, prepa-rando-o melhor para um merca-do de trabalho competitivo”,acredita Giugliani. Outra preo-cupação da Faculdade é com aadaptação dos professores aosnovos currículos. Com o apoiodo Setor Didático-Pedagógico,oferecerá em breve programa decapacitação docente.

Necessidadesde empresas

A PUCRS formata currículossegundo necessidades específicas.As Pró-Reitorias de Graduação ede Extensão Universitária e a Fa-culdade de Administração, Con-tabilidade e Economia lançaramneste ano curso superior seqüen-cial voltado à Associação dosTransportadores IntermunicipaisMetropolitanos. Em 2002 teveinício a mesma experiência com aCarris. Há cursos de extensão eespecialização destinados à Pro-cergs e à Brigada Militar.

O Centro de Educação Con-tinuada, que passou a funcionareste ano na Pró-Reitoria de Ex-tensão, busca formar uma estru-tura ágil para oferecer cursos deaperfeiçoamento. Está ocorrendoo contato com interessados e ou-tros centros de capacitação. “AUniversidade tem a solução paraqualquer necessidade das empre-sas em relação à qualificação”, en-fatiza o coordenador da área denegociação da AGT, RobertoMosquetta.

A empresa passa a se preo-cupar em investir no aperfeiçoa-mento dos seus colaboradores evaloriza o que a Universidadetem a oferecer. O ambiente for-mado a partir do Parque Tecno-lógico estimula os profissionais abuscarem aperfeiçoamento. Nocaso da Engenharia Elétrica, em1993 havia sete inscritos para após-graduação. Hoje, são 102.Em 2002, a AES-Sul, por exem-plo, destinou 28 bolsas de mes-trado a funcionários. No Pós-Gra-duação em Ciência da Computa-ção, dos 60 alunos, 49 recebembolsas.

Acadêmicosempreendedores

Alunos de graduação e mes-trado da Faculdade de Engenha-ria que atuam no Laboratório de

Tecnologia de In-formação e Tele-c o m u n i c a ç õ e s(Metropoa) serãopioneiros na insta-lação da Incuba-dora Raiar daPUCRS. A Mobi-sol, liderada porAndré Ricardo Vi-eira, destina-se àpesquisa e ao de-senvolvimento desoluções de inter-conectividade ba-Telemon: alunos atuam na área de segurança

Alunos e professores das Engenharias Elé-trica e Mecatrônica e a AES Sul preparam ummicroônibus que percorrerá o Estado divulgan-do o uso dos recursos renováveis, a preservaçãodo meio ambiente e a eficiência energética. Aunidade móvel estará presente em feiras, even-tos, escolas e organizações. Para o funciona-mento interno, o veículo utiliza células fotovol-taicas e energia eólica. Há sistemas controladospor computador que reproduzem a utilizaçãona indústria e na agricultura, como irrigação,secagem de grãos e aspiração de resíduos. Den-tro do microônibus será possível acesso à inter-net e exibição por data show. As empresas Al-tus, Elipse, IMS, Otam Ventiladores, SchneiderMotobombas, WEG e Philips forneceram osequipamentos para os kits didáticos.

A preocupação com impacto ambiental,perspectiva de crise e racionamento de 2000alertou as empresas e os governos para a efici-ência energética. Com pessoal capacitado, aPUCRS se destaca na formação de agentes. Ocontrato entre Eletrobras, CEEE e Fiergs, de1998, indicou a Universidade para dar suportecientífico e tecnológico na área. No ano seguin-te, foi criada linha de pesquisa no Programa dePós-Graduação em Engenharia Elétrica paracapacitação em especialização e mestrado.

O Programa de Eficientização Energéticaprosseguiu com apoio da AES SUL. Com açõesda empresa e da Fiergs, foram realizados tra-balhos ou consultorias em mais de 60 indús-trias. Para este ano, no novo convênio entreEletrobras e Fiergs, que irá até 2004, caberá àPUCRS oferecer cursos a distância. A AES SULparticipará como interveniente e após, comoutras concessionárias, será agente promotorda implementação.

Microônibus divulgaráeficiência energética

Veículo utiliza células fotovoltaicase energia eólica

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Capa

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Parceria comHP começouem 1999

A inauguração do Cen-tro de Pesquisa em Teste deSoftware, em 1999, marcouo início da parceria entre aFaculdade de Informática ea HP. O Centro se dedica aoestudo de técnicas e proces-sos de teste de softwarepara o controle de qualida-de dos produtos. Várias dastécnicas e dos processos de-senvolvidos foram adotadospela empresa. Os projetoscom a HP contam com aparticipação de cinco pro-fessores, 20 alunos de mes-trado e 23 de graduação.

O Centro de Pesquisaem Software Embarcado co-meçou as atividades em2002. O laboratório desen-volve atividades na área desoftware embarcado paraimpressoras e sistemas wi-reless. Em janeiro, dois in-tegrantes da equipe realiza-ram estágio de 20 dias naHP em Boise, Estados Uni-dos. O Centro também fir-mou cooperação com o HPLabs de Bristol, Inglaterra,em projeto na área de con-versões de padrões (lingua-gem de descrição de dados).

Outra das parcerias en-tre a Faculdade e a HP re-sultou no Centro de Pesqui-sa em Alto Desempenho(CPAD). Em atividade des-de 2000, o Centro estuda autilização de máquinasagregadas (clusters) na exe-cução de aplicações que ne-cessitem de alto desempe-nho, como previsão do tem-po e seqüenciamento deDNA. Além de fazer pesqui-sa na área de suporte, asmáquinas são disponibiliza-das a usuários que necessi-tem de alto desempenho.Desde 2002, o CPAD coope-ra com o HP Labs de Gre-noble, França, na área deexploração do potencial demáquinas ociosas da Uni-versidade para a execuçãodas aplicações.

Mobisol: sistemas para telefonia celular

Grupo desenvolve projeto para RGE

seadas em redeswireless e para ainternet. Os sis-temas são apli-cados em telefo-nia celular. Aoutra incubada,Telemon, lide-rada por RafaelRehm, é focadaem ferramentasdestinadas aoconforto de uni-dades residenci-ais, à monitora-ção e ao controle de prédios, con-domínios e empresas por meio devideomonitoração, voz e acionamen-to de dispositivos via internet.

Um grupo de mestrandos edoutorandos e professores dos Pro-gramas de Pós-Graduação em Clí-nica Médica e Gerontologia Biomé-dica da PUCRS também instalará aempresa Sulgenesis na Incubadora.Atuará em consultoria, projetos naárea da saúde, ensaios clínicos nacio-nais e internacionais e desenvolvi-mento de novas tecnologias de diag-nóstico.

Bolsistas de elétricaformarão empresa

O Grupo de Sistemas de Ener-gia Elétrica (GSEE) do Departamen-to de Engenharia Elétrica tem par-ceria com seis empresas (AES, RGE,CEEE, CGTEE, Hidropan e Eletro-

car). O trabalho se expandiu tantonos últimos anos que o GSEE come-çará a atuar em parceria fora do Es-tado. Os integrantes pretendem for-mar uma empresa vinculada à Incu-badora Raiar da PUCRS.

Participam das pesquisas em Sis-temas de Energia dez bolsistas deiniciação científica, seis mestrandos,quatro engenheiros eletricistas e qua-tro consultores externos com expe-riência de mais de 25 anos em con-cessionárias de energia. Um dos pro-jetos encomendados pela RGE foi ocontrole secundário coordenado detensão. Há três anos o GSEE se de-dica ao tema, explorado em duas dis-sertações de mestrado, participaçãoem congressos com publicações na-cionais e internacionais, o que en-volve dois mestrandos e seis bolsis-tas de iniciação científica. O sistemacomputacional, que será instalado no

Centro de Operações daRGE em Caxias do Sul,serve para monitorar e si-mular ações de controle vi-sando ao controle ótimode tensão e à diminuiçãodas perdas, além de am-pliar a segurança e a qua-lidade do fornecimento deenergia aos consumidores.O projeto é único no Bra-sil com implantação práti-ca e benefícios diretos àdistribuidora gaúcha.

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Educação Aplicada

Começaram em fevereiro asaulas do curso superior deformação específica de des-tinação coletiva de GestãoEstratégica de Transporte

Coletivo Urbano, oferecido pela Fa-culdade de Administração, Contabili-dade e Economia. Resultado de umconvênio entre a Universidade e aAssociação dos Transportadores In-termunicipais Metropolitanos de Pas-sageiros de Porto Alegre (ATM), ocurso tem duração de quatro semes-tres, atendendo a 55 alunos de 11empresas do setor. Ao final das aulas,além da qualificação para o exercícioprofissional na empresa a que estãoligados, os participantes poderãovoltar à Faculdade e freqüentar cur-sos de pós-graduação lato sensu.

Entre as disciplinas ministradasneste primeiro semestre estão Plane-jamento Estratégico para TransporteColetivo, Logística no TransporteUrbano, Economia dos Transportese Administração de Recursos Huma-nos. A Faculdade desenvolve tambémestudos compartilhados com inúme-ras entidades para a criação, planeja-mento e construção de novos CursosSeqüenciais dirigidos a empresas, emsuas diversas áreas de atuação. Asaulas deverão ter início ainda nesteano.

A PUCRS oferece a empresas,instituições e organizações não-go-vernamentais a possibilidade de par-cerias para formatar Cursos Seqüen-ciais específicos à qualificação dosfuncionários. É uma forma alternati-va de curso superior já regularizadapela Lei de Diretrizes e Bases do Mi-nistério da Educação (MEC). Umexemplo disso é a parceria entre aCarris, companhia de transporte ur-bano, e a PUCRS.

Com o objetivo de qualificar osfuncionários da Carris, está sendo

desenvolvido o curso de Gestão Es-tratégica de Transporte Coletivo Ur-bano, com duração de dois anos. O

Cursos formam profissionaisdo transporte coletivo urbano

Opçõesde CursosSeqüenciaisA PUCRS oferece três mo-dalidades a empresas:• De formação específica:

possibilita a obtenção de di-ploma de nível superior comreconhecimento pelo MEC etem duração de dois anos.

• De complementação deestudos com destinaçãocoletiva: com curta dura-ção, os participantes rece-bem um certificado.

• De complementação deestudos de destinaçãoindividual: as disciplinaspodem ser escolhidas peloaluno entre os cursos degraduação da Universida-de, mas dependem da com-plementação de vagas nonível superior.

PUCRS e ATM: parceria beneficia funcionários de 11 empresas

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processo seletivo foi feito na empresae os trabalhadores não pagam ne-nhuma taxa pelas aulas. Atualmente60 funcionários da Carris participamdo curso.

Conforme o coordenador doprojeto, professor Ênio José Barbosade Leon, os alunos participam ecompartilham dos conteúdos. Sãogerentes, mecânicos, monitores e su-pervisores e não há distinção, todosparticipam e aprendem”, afirma.

A professora de Teoria Geral daAdministração, Cecília Oderich, afir-ma que a quase totalidade dos alunosé extremamente comprometida comas aulas. “Na empresa, eles relacio-nam a teoria com a prática e dão su-gestões para a melhoria da organiza-ção”, observa.

O Conselho Nacional de Educa-ção garante aos egressos dos CursosSeqüenciais de formação específica apossibilidade de freqüentar cursos depós-graduação em nível de especiali-zação. O aluno pode também apro-veitar as disciplinas caso venha a in-gressar, posteriormente, em curso degraduação.

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Pesquisa em Foco

Oprofessor Márcio Serolli Pi-nho desenvolveu ambientesvirtuais para a interação demais de um usuário. O ob-jetivo da tese de doutorado

Manipulação simultânea de objetos emambientes virtuais imersivos foi investi-gar a viabilidade de se executar tare-fas colaborativas nesse contexto. Osusuários tiveram de fazer determina-dos procedimentos de forma indivi-dual e colaborativa. Pinho avaliouseu desempenho em ambos os casos.Os testes foram realizados com 40duplas de alunos da Faculdade de In-formática da PUCRS. Em torno de90% atuaram mais rapidamente comos colegas do que sozinhos. “Os re-sultados permitiram detectar a efici-ência das técnicas propostas”, explicao autor, referindo-se ao sistema cria-do como suporte para a interação.Segundo Pinho, o desafio é que o

Ambientes virtuais commais de um usuário

ambiente virtual consiga reproduziras convenções do ambiente real noprocesso de colaboração. A tese foidefendida no Programa de Pós-Gra-duação em Informática da UFRGS.

O trabalho abre a possibilidadede que um ambiente virtual colabo-

rativo seja aplicado em áreas comoEducação, Engenharia, Medicina ouArquitetura. No ensino de Anatomia,por exemplo, os órgãos do corpo hu-mano poderão ser estudados pormeio de imagens em três dimensões(e não em duas dimensões, como nosatlas atuais), viabilizando a produ-ção de visões seletivas, habilitandoou suprimindo a exibição de subsis-temas orgânicos, como o digestivo,circulatório ou ósseo. Na Arquitetu-ra, o profissional estará apto a dis-cutir com os clientes interagindo si-multaneamente nos projetos.

Pinho desenvolveu o conceito deMetáfora Colaborativa, que define umconjunto de regras para combinar téc-nicas usadas na interação individualem ambientes virtuais. Essas normasreferem-se aos graus de liberdade quecada usuário controla durante a mani-pulação simultânea de um objeto.

Atese de doutorado Comuni-cação: o Repórter Esso e a glo-balização – uma investigaçãohermenêutica analisa a ex-pansão no mundo do mo-

delo da síntese noticiosa lançada nosanos 30 nos Estados Unidos e nadécada de 40 no Brasil. O professorLuciano Klöckner avalia as notíciasdo programa transmitido por 60emissoras, que acompanhou os prin-cipais fatos ocorridos no século 20.“O estilo jornalístico do RepórterEsso se mantém hoje no rádio e natelevisão”, diz o autor, referindo-seao formato do texto, ao fato de con-centrar as informações num horárioespecífico e até ao uso da palavrarepórter para transmitir credibilida-de. O trabalho foi defendido no Pro-grama de Pós-Graduação em Comu-nicação Social da PUCRS.

Com notícias da United Press(UP) e supervisão da agência de pu-

O Repórter Esso e a globalização

blicidade McCann-Erickson, a sínte-se noticiosa da Standard Oil of NewJersey foi ao ar em 15 países (Argen-tina, Brasil, Chile, Colômbia, CostaRica, Cuba, Estados Unidos, Hondu-ras, Nicarágua, Panamá, Peru, PortoRico, República Dominicana, Uru-guai e Venezuela), provocando reper-

cussão em outras nações por inter-médio das ondas curtas das emisso-ras irradiantes. Klöckner constata apreocupação dos Estados Unidoscom a possibilidade de a AméricaLatina apoiar o nazi-fascismo duran-te a Segunda Guerra Mundial. Tam-bém identifica a Guerra Fria, comnotícias salientando os feitos norte-americanos na corrida espacial e re-ferindo a espionagem de comunistas.

Depois da Segunda Guerra, asíntese de cinco minutos, que se ocu-pava basicamente apenas de notíci-as internacionais, produzidas pelaUP, abre espaço para informações lo-cais. O fim do Repórter Esso nasprogramações jornalísticas brasilei-ras (no rádio, em 1968, e na televi-são, em 1970) deveu-se, segundoKlöckner, à tendência de pulveriza-ção da publicidade, com investimen-to da empresa em outros programas,e ao desgaste político.

LUCIANO KLÖCKNERProfessor da Faculdadede Comunicação Social

MÁRCIO SEROLLI PINHOProfessor da Faculdade

de Informática

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Pesquisa em Foco

Oenvelhecimento não provo-ca declínio significativo nashabilidades cognitivas. Al-guns dos fatores que contri-buem para manter a me-

mória, a linguagem e a atenção são aescolaridade, o estilo de vida, a práti-ca de atividade física, o convívio soci-al e o vínculo espiritual. As conclu-sões fazem parte da tese de doutora-do Desenvolvimento cognitivo na terceiraidade, defendida pela professora Ira-ni Argimon no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS.

O trabalho foi dividido em duasetapas. No primeiro estudo Irani in-vestigou 121 idosos de 60 a 95 anosresidentes em Veranópolis. Procurouidentificar possíveis diferenças do de-senvolvimento cognitivo conforme asfaixas etárias. Foram selecionadas

Habilidades cognitivascom o passar da idade

pessoas sem doenças sérias, sem de-mência e que mantêm independên-cia na vida diária. Na segunda parteparticiparam 66 idosos entre 80 e95 anos. Quarenta e seis do segun-

do grupo voltaram a ser testados trêsanos depois.

Irani verifica que, mesmo haven-do diminuição nos escores dos idosos,eles não são suficientes para caracte-rizar declínio pelo fato de ter passadoum período de três anos. Quantomais elevada a faixa etária dos pes-quisados, menores são suas lembran-ças dos fatos atuais. A professoraidentifica depressão, doenças crôni-cas e problemas clínicos graves comoaspectos que favorecem o declíniocognitivo. “O crescimento significati-vo dessa população traz o desafio àcompetência dos profissionais quantoao atendimento de necessidades es-pecíficas”, constata. A pesquisa terácontinuidade integrando projetos doInstituto de Geriatria e Gerontologiada PUCRS em Veranópolis.

Atese de doutorado Avaliaçãoradiográfica da idade óssea emcrianças infectadas pelo HIVpor via vertical ressalta a im-portância desse conheci-

mento para o cirurgião-dentista noplanejamento ou na realização deseu trabalho cotidiano. Esse tipo depesquisa direciona o atendimentoodontológico a portadores de síndro-mes que atingem também o sistemaestomatológico (boca e suas estrutu-ras). A infecção vertical é a adquiridada mãe portadora por via placentá-ria, no parto ou no pós-parto, pelaamamentação. O estudo foi defendi-do pela professora Helena Willhelmde Oliveira no Programa de Dou-torado em Estomatologia Clínicada Faculdade de Odontologia daPUCRS e integra a linha de pesquisade Diagnóstico por Imagem.

Participaram da pesquisa 100 cri-anças com idade de 4 a 12 anos: 50portadoras do HIV, sob tratamento

Idade óssea de portadores de HIV

contínuo no Hospital de Clínicas dePorto Alegre para o controle da cargaviral e 50 não-infectadas. Todas rece-bem tratamento odontológico curati-vo e preventivo na Faculdade deOdontologia da PUCRS. Para maiorsemelhança entre os grupos, foi prio-

rizado que as crianças tivessem condi-ções socioeconômicas similares.

Os resultados obtidos, utilizandodois métodos comparativos aceitosinternacionalmente como indicado-res de idade óssea, demonstraramuma diferença significativa para ogrupo feminino das crianças porta-doras do HIV, mais acentuada na fai-xa etária a partir dos sete anos,quando ocorre o surto de crescimen-to da segunda infância. Helena lem-bra que os estudos com crianças por-tadoras do HIV começaram na déca-da de 90. “No Brasil e especialmenteno Rio Grande do Sul, a populaçãotem acesso a recursos técnicos e me-dicamentos, o que contribui para ocontrole dos sintomas e a progressivacronicidade da doença”, destaca. Se-gundo ela, isso favorece os estudoslongitudinais, que poderão trazernovas descobertas sobre o processoetiológico e propiciar melhor quali-dade de vida aos portadores.

HELENA WILLHELMDE OLIVEIRA

Pró-Reitora de AssuntosComunitários e professora

da Faculdade de Odontologia

IRANI ARGIMONProfessora da Faculdade

de Psicologia

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Novosmestres edoutoresAutor: Felipe de Avila Pozzebon –Faculdade de DireitoDissertação: A prova documentale a internetLocal de defesa: Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS

Autora: Milene Selbach Silveira –Faculdade de InformáticaTese: Metacognição designer-usu-ário na interação humano-computa-dor: design e construção do sistemade ajudaLocal de defesa: Programa dePós-Graduação em Informática daPUCRJ

Autora: Amélia Elisabeth Stürmer– Faculdade de DireitoDissertação: Família e direitosfundamentais: uma nova hermenêu-tica da igualdade conjugalLocal de defesa: Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS

Autor: Ivan Carlos Almeida dosSantos – Faculdade de Administra-ção, Contabilidade e EconomiaDissertação: Regulação bancária:influência do Acordo de Basiléia noBrasilLocal de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis daUFRGS

Autor: João Marcelo Medina Ket-zer – Faculdade de Filosofia e Ciên-cias HumanasTese: Diagenesis and sequence stra-tigrafy: na integrated approach toconstrain evolution of reservoir qua-lity in sandstonesLocal de defesa: Universidade deUpsala/Suécia

Autor: Luiz Henrique Burnett Jú-nior – Faculdade de OdontologiaTese: Avaliação da resistência à tra-ção de um sistema adesivo à super-fície interna de resinas compostaspara restaurações indiretasLocal de defesa: Programa de Pós-Graduação em Odontologia da USP

Pesquisa em Foco

Aprofessora Jea-nine Marchiorida Luz desen-volveu um pro-tótipo para me-

dir deslocamento emtrês dimensões sem con-tato para ser utilizadoem locais inóspitos e dedifícil acesso. Uma dasmotivações do trabalhofoi elaborar um sistemapara identificar movi-mentos mandibulares. Oaparelho, que pode auxi-liar no diagnóstico depossíveis disfunções naarticulação têmporo-mandibu-lar, como o bruxismo, é fabrica-do apenas no exterior. O protó-tipo elaborado por Jeaninepode futuramente gerar equi-pamento a um custo bem me-nor do que os importados, per-mitindo uso mais extensivo porparte dos profissionais da áreade Odontologia. A professoradefendeu a tese Medição de des-locamento através de sensores mag-netorresistivos aplicada ao movi-mento mandibular no Programade Pós-Graduação em Enge-nharia Elétrica da UFRGS.

O aparelho para avaliardeslocamentos mandibularestem por princípio básico a me-dida da variação do campomagnético de um superímã co-locado sobre o dente incisivoinferior do paciente quandoele realiza movimentos deabrir e fechar a boca. A preci-são alcançada está na ordemde décimos de milímetros. Se-gundo a autora, o sensor esco-

Protótipo medemovimentosmandibulares

JEANINE MARCHIORIDA LUZ

Coordenadora doDepartamento deEngenharia Elétrica

lhido para o trabalho, o mag-netorresistivo, nunca havia sidoutilizado para medir desloca-mentos mandibulares.

O processo consiste emdeterminar a trajetória de ummagneto que se move no es-paço delimitado por meio deoito sensores dispostos paracaptar a variação do campomagnético quando o magnetose desloca. Essa variação alte-ra os valores da tensão de saí-da dos sensores, que são trans-feridos para um microcompu-tador através de placa de aqui-sição de dados. Pelo processa-mento dessas informações, éidentificado o movimento domagneto no espaço. A técnicautilizada também pode seraplicada à robótica na deter-minação de posicionamentosdesejados. Para a montagemdo protótipo, Jeanine contoucom a colaboração do Institu-to de Pesquisas Científicas eTecnológicas da PUCRS.

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Destaque

m 2002, a PUCRS passou a liderar o rankingdos grupos de pesquisa do Conselho Nacionalde Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tec-nológico (CNPq), entre as instituições particu-lares. Na lista geral, a Universidade ficou em

15º lugar entre 268 avaliadas. A PUCRS cadastrou noano passado 210 grupos, que envolvem 709 pesquisa-dores e 408 doutores. O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Urbano Zilles, lembra que a colocação re-flete não apenas o dado quantitativo, mas também aqualidade dos projetos, que passaram por órgãos nacio-nais e do exterior antes de serem aprovados.

Os programas da Universidade (24 de mestrado e 15de doutorado) formaram 90 doutores e 367 mestres em2002. “Esses dados mostram que nos destacamos no ce-nário nacional”, afirma o Pró-Reitor. A PUCRS começaráa investir na pós-graduação em áreas novas, como Enfer-magem, Fisioterapia, Nutrição, Educação Física e Ciênci-

Universidadeno rankingdo CNPq

E

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Urbano Zilles, ea professora Alice CamposMoreira, da Faculdade de Le-tras da PUCRS, receberam o

prêmio Fapergs na categoria Pesquisa-dores Destaque 2002. A distinção refe-re-se ao trabalho realizado nos últimoscinco anos. Zilles salientou-se nas áreasde Ciências Humanas e Sociais e Alice,nas de Artes e Letras.

Zilles concluiu o Doutorado emTeologia na Alemanha, em 1969, naUniversidade de Münster. Graduou-secomo bacharel em Teologia no Theolo-gische Hochschule Beuron, Alemanha,e em Filosofia na Faculdade de Filoso-fia Nossa Senhora Imaculada Concei-ção. Começou a atuar na PUCRS em1969. Entre 1973 e 1978 dirigiu o Ins-tituto de Teologia e Ciências Religiosas(hoje Faculdade de Teologia) e no pe-ríodo de 1973 a 1982 coordenou oCurso de Pós-Graduação em Filosofia.Foi diretor do Instituto de Filosofia e

Ciências Humanas (atualmente Fa-culdade) de 1979 a 1987. Logo apósassumiu como Pró-Reitor de Pesquisae Pós-Graduação, função que exerceaté hoje. Publicou 38 livros, 22 capí-tulos de obras, 186 artigos em perió-dicos (registrados), 35 em jornais e15 em revista. Orientou 44 disserta-ções de mestrado concluídas e quatrode doutorado. Em 1989 ingressoucomo membro efetivo e perpétuo daAcademia Brasileira de Filosofia.

Alice tem projetos na linha depesquisa Memória e História, doPós-Graduação em Letras. Dedica-sea estudos sobre acervos de escritoressul-rio-grandenses e de edições digi-tais de periódicos literários e catálo-gos. Além da Letras, trabalha emparceria com o Instituto de PesquisasCientíficas e Tecnológicas, o MundoJovem e a Agência Experimental daFaculdade de Comunicação Social. Aprofessora realizou toda a formaçãona PUCRS. Concluiu em 1988 o

Doutorado em Lingüística e Letras. A dis-sertação de mestrado na área foi defendi-da em 1977. Graduou-se em Letras Clás-sicas em 1959. Tem seis livros publicados,16 capítulos de obras, nove artigos emperiódicos, dez trabalhos em anais deeventos. Orientou quatro dissertações demestrado e uma tese de doutorado con-cluídas. Desde 1982 é professora da Uni-versidade e em 2000 assumiu como vice-diretora da Faculdade de Letras.

O

Teses e dissertaçõesdefendidas pela PUCRS*

PROGRAMAS DOUTORES MESTRES TOTALLetras 21 36 57Filosofia 5 18 23História 13 29 42Educação 3 31 34Psicologia 7 51 58Teologia — 4 4Serviço Social 6 13 19Administração e Negócios — 17 17Direito — 33 33Ciências Criminais — 13 13Comunicação Social 8 22 30Ciências Sociais — 1 1Estomatologia Clínica 5 — 5Cirurgia e Traumatologia BMF 6 14 20Odontologia — 15 15Clínica Médica 7 13 20Medicina (Pediatria) — 7 7Gerontologia Biomédica — 13 13Biociências 9 6 15Engenharia Elétrica — 14 14Engenharia e Tec. de Materiais — 2 2Ciência da Computação — 15 15TOTAL 90 367 457

Fonte: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação/PUCRS* Dados de 2002

as Aeronáuticas, além de Ciências Contábeis, no CampusUruguaiana. Entre os consolidados, Zilles cita os gruposdos Institutos de Geriatria e Gerontologia e de PesquisasBiomédicas, o Projeto Genoma e a Bioquímica.

Pesquisadores Destaque 2002

Zilles e Alice recebem prêmio Fapergs

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Saúde

OHospital São Lucas daPUCRS realizou, pela pri-meira vez no Rio Grandedo Sul, transplante de pân-creas isolado em paciente

portador de diabetes melito tipo 1.A paciente transplantada, de 33anos, foi operada em março e seusníveis de glicose sangüínea vêm semantendo dentro da normalidade.A equipe que atuou na cirurgia émultidisciplinar, integrada por cirur-giões gerais e vasculares, urologis-tas, nefrologistas e clínicos, entre ou-tros profissionais. “Queremos reali-zar novas cirurgias e já temos paci-entes em lista de espera”, informa onefrologista David Saitovitch.

No Brasil existem mais de 5 mi-lhões de diabéticos. O diabetes maiscomum é o do tipo 2, associado aoenvelhecimento da população, ali-mentação inadequada, pouca ativi-dade física, estresse e obesidade. Deacordo com o médico, atualmente,o transplante de pâncreas é a me-lhor possibilidade de cura para dia-betes tipo 1 – que se caracteriza peladeficiência na produção de insulinae afeta indivíduos jovens.

Chances de sucessoComo o pâncreas é a glândula

que produz esse hormônio, regulan-do o nível de glicose no sangue, ometabolismo dos glicídios, a substi-tuição da célula danificada por umasaudável tem boas chances de suces-so. O tratamento convencional para

HSL realiza transplantede pâncreas isolado

a enfermidade é a terapia com insu-lina, dieta e tratamento da hiper-tensão arterial, que apenas contro-lam a doença e não evitam compli-cações decorrentes.

A paciente transplantada era di-abética desde os 16 anos e apresen-tava perda de visão, alteração dosnervos periféricos (perda de sensibi-lidade do tato) e doença renal, comperda de proteínas pela urina e al-teração da função dos rins, todas emestágio inicial, derivadas do diabe-tes.

A diabetes exige cuidado em seutratamento para evitar o desenvolvi-mento de complicações secundárias.Antes da indicação do transplanteexiste um protocolo a ser cumpridoque envolve a realização de uma sé-rie de exames. “Se o diabetes põeem risco a qualidade ou a própriavida do paciente e ele se encaixa noscritérios de indicação, ele deve pro-curar o transplante o quanto antes”,conclui.

A cirurgia de transplante depâncreas é realizada com sucesso noEUA desde os anos 60. Não é indi-cada para o diabetes tipo 2, caracte-

rizado por uma resistência dos teci-dos em absorver a insulina e nãopela deficiência na sua produção,como a do tipo 1.

O nefrologista David Saitovitchcoordena a equipe juntamente comos nefrologistas Domingos d’Ávila eMoacir Traesel e os cirurgiões Mar-celo Hartmann e Salvador GulloNeto. Saitovitch explica que as com-plicações cirúrgicas podem ocorrer,predominantemente, poucos dias ousemanas depois do transplante, en-quanto as infecciosas até meses de-pois. “Além de uma boa cirurgia, umbom acompanhamento pós-operató-rio é fundamental para o sucesso dotransplante”, conclui.

Equipe médica que atuou no caso

Hospital São Lucas da PUCRSServiço de NefrologiaInformações: Setor de Hemodiáli-se do HSL, 3º andar, telefone: (51)3336-7700.

Onde procurar ajuda

EntendamelhorO transplante de pâncreasisolado é indicado para pa-cientes diabéticos dependen-tes de insulina tipo 1, queapresentam dificuldade decontrole da doença ou este-jam desenvolvendo compli-cações secundárias visuais,neurológicas e gástricasainda em estágio inicial.

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Saúde

ados epidemiológicos daOrganização Mundial daSaúde indicam que, em2025, os idosos serão cercade 14% da população, colo-

cando o Brasil em sexto lugar mundi-al em número de habitantes nessa fai-xa etária. Conhecer melhor essa po-pulação, estudando o perfil do idosogaúcho em relação à prática da ativi-dade física, foi a proposta da mestran-da Alessandra Scarton, do curso dePós-Graduação em Gerontologia Bio-médica da PUCRS, que realizou umaanálise a partir de pesquisa feita com7.821 idosos no Estado.

O trabalho foi desenvolvido peloConselho Estadual do Idoso em par-ceria com a Universidade e outras ins-tituições, em 79 municípios gaúchos.Os professores do Pós-Graduação emGerontologia Biomédica, Angelo Bóse Claus Stobäus, orientaram a análise.

Os resultados mostram que o ní-vel de escolaridade e a autonomia fi-nanceira exercem influência na práti-ca de exercícios. Mais da metade dosentrevistados (62%) não praticam es-porte e 20% são regularmente ativos.

Os homens (46%) praticam mais ativi-dade física do que as mulheres (34%).

Católicos praticantesA religião também parece inter-

ferir na freqüência da prática despor-tiva. “Idosos evangélicos representamo maior percentual de indivíduos quenão realizam atividade física, em opo-sição aos católicos, espíritas ou os quenão manifestaram alguma religião”,explica Alessandra. Cerca de 75% sãocatólicos, enquanto 25% seguem ou-tras religiões.

Estudo analisa atividadefísica na terceira idade

D

Exercícios: gostar de viver auxilia na longevidade

xistem hoje no mundo 580milhões de pessoas com 60anos ou mais. Estima-se queesse número subirá para 1bilhão, em 2020. O rápido

aumento fez com que um grupo deespecialistas e pesquisadores do Ins-tituto de Geriatria e Gerontologia daPUCRS desenvolvesse estudos sobreos principais fatores que influenci-am a longevidade. A cidade de Ve-ranópolis, município com a maiorlongevidade média do Estado, é ob-jeto de investigação há muitos anose deu origem à obra Projeto Veranó-

polis: reflexões sobre envelhecimento bemsucedido, lançada em outubro.

De acordo com a bióloga Ivanada Cruz, uma das coordenadoras doProjeto, o principal objetivo da obraé mostrar, a partir da experiênciados idosos longevos e da leitura ci-entífica feita pelos pesquisadores, ascausas e a receita de bem viver quelevam os habitantes do pequeno mu-nicípio localizado na Serra gaúcha avencer a marca dos 80 anos com vi-talidade, saúde e alegria.

A publicação reúne trabalhos de42 pesquisadores que colaboraram

Lições do Projeto Veranópolis em livro

E

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Para 27,9% dos idosos, um dosfatores que auxiliam na longevidade éo gostar de viver, 20% acreditam queé conseqüência de boa alimentação e14% a relacionam aos hábitos saudá-veis. Os dados ainda indicam que56% dos que se consideram saudáveisfazem exercícios mais de três vezespor semana. Desses, 85,8% são adep-tos da caminhada, sendo que 49% afazem mais de três vezes por semana.Segundo Alessandra, a caminhada é aatividade mais praticada por ser umesforço seguro, de menores riscos.

com o Projeto, coordenado peloprofessor Emilio Moriguchi. Os ca-pítulos tratam de temas como men-tiras e verdades sobre o envelheci-mento, biologia do envelhecimen-to, além de testes, recomendações,dicas e receitas de saúde para osque almejam ter um envelhecimen-to bem-sucedido.

O livro pode ser adquirido porR$12 na secretaria do Instituto deGeriatria e Gerontologia do Hospi-tal São Lucas. Mais informaçõespelo telefone (51) 3320-3000, ra-mal 2590.

Foto: Divulgação

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Técnica de ponta trataaneurisma cerebral

Raupp explica que o aneurisma éuma dilatação da parede da artéria. “Co-meça com um enfraquecimento do vaso,que se dilata progressivamente. “O novomaterial aplica-se com mais sucesso aaneurismas médios e gigantes de maiorrisco ao tratamento cirúrgico convencio-nal”, esclarece Raupp.

O aneurisma pode ocorrer em qual-quer artéria do corpo. O Onyx destina-se a tratar o problema na região do cé-rebro. De acordo com o neuroradiolo-gista, a técnica representa um avançoporque trata um tipo de aneurisma queapresenta maiores riscos na cirurgia emque o crânio é aberto. O procedimentoteve a colaboração do neuroradiologis-ta paulista, Ronie Tiske.

O Hospital São Lucas da PUCRS foi um dos 100 hospitais esco-lhidos para integrar o Programa Brasileiro de Hospitais Sentinelas. Oprojeto estabelece ações que buscam melhorias nas áreas de seguran-ça, efetividade, qualidade e racionalidade dos medicamentos, hemo-derivados, materiais médico-hospitalares, equipamentos, kits de labo-ratório e saneamento, entre outros. Os dados obtidos serão enviadosà Agência Nacional de Vigilância Sanitária e farão parte das estatísti-cas, possibilitando alertar os demais hospitais sentinelas e auxiliar namensuração dos problemas, a partir da troca de informações.

São Lucas é escolhidohospital sentinela

Vigilância sanitária: ações buscam melhorias

O polímero Onyx é injeta-do dentro do aneurismapor via endovascular, pormeio de um microcateter.A aplicação da técnicaleva cerca de duas horaspara ser concluída.

Entenda oprocedimento

ServiçoNeuroradiologia Interven-cionista – Departamento deHemodinâmica do Hospi-tal São Lucas da PUCRSTelefone: (51) 3320-3380

Saúde

Oprimeiro caso de tratamento deaneurisma cerebral, sem neces-sidade de cirurgia convencio-nal, tratado com a substânciadenominada Onyx, foi realiza-

do no Hospital São Lucas numa pacien-te de 54 anos. A técnica, aplicada pelaprimeira vez no Estado pelo neuroradio-logista intervencionista Eduardo Raupp,consiste num microcateter que, introdu-zido na artéria femural do paciente, des-loca-se para o cérebro. Uma vez dentrodo aneurisma, a substância é injetada ese solidifica e, desta forma, preenche oespaço dilatado da artéria, reparando ovaso danificado. O procedimento evitaa abertura do crânio, o que ocorre nasintervenções clássicas.

Em teste a primeiravacina contra o HPV

Médicos do Hospital São Lucas daPUCRS, em parceria com a Prefeitura deGravataí, testam em voluntárias com idadesentre 18 e 23 anos a primeira vacina emformação contra o papilomavirus humano(HPV) em nível mundial. As cem partici-pantes do estudo recebem atenção clínicagratuita no HSL durante a duração da pes-quisa (quatro anos), além de orientações so-bre doenças sexualmente transmissíveis ecâncer ginecológico em oficinas e consultasmédicas. Neste período, as mulheres farãooito visitas ao HSL.

O objetivo do trabalho é investigar asegurança, a imunidade e a eficácia da vaci-na. Segundo o ginecologista Fernando Ans-chau, do Serviço de Ginecologia do Hospi-tal São Lucas, em quatro anos deve-se terum resultado concreto. O HPV é um vírusque ataca 50% das brasileiras sexualmenteativas e causa o câncer de útero, doença quemata dez mulheres por dia no Brasil. Infor-mações pelo telefone (51) 3339-2222.

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Universidade Aberta

om a idéia de orientar aque-les que tratam de pessoasidosas com quadro de de-mência, entre elas a Doençade Alzheimer, o Hospital São

Lucas criou o Grupo de Cuidadoresde Pacientes com Demência. Desde2001, a equipe realiza encontros gra-tuitos nos quais informa sobre a doen-ça, novidades em relação ao tratamen-to, como prestar o melhor atendimen-to, os aspectos biopsicossociais, o su-porte jurídico e, principalmente, o es-tresse sofrido pelo cuidador. De modogeral os encarregados de atender oenfermo são familiares, que se dedi-cam em tempo integral.

Paralelamente à atividade, minis-trada pela geriatra Maria CristinaBerleze, são desenvolvidos dois estu-dos. Um deles é o tema do doutoradoda farmacêutica bioquímica Cristina

Jeckel. Ela avaliará o estresse do cui-dador a partir da dosagem de hormô-nios que indicam o estresse (cortisol eadrenalina). A outra pesquisa é dadentista Juliana Hiegert, que busca nogrupo pessoas com mais de 50 anospara verificar como o estresse modifi-ca o quadro de periodontite.

O paciente com demência torna-se mais dependente e requer atençãoconstante. Entre os sintomas apresen-tados estão perda dememória, dificuldadenas tarefas domésti-cas, desorientação emrelação a tempo e es-paço, dificuldade dejulgar situações, pro-blemas de raciocínioe de fala, mudançasde humor ou com-portamento e perdade iniciativa. Para Vilma Elaine Pon-tim, participante do grupo, “os en-contros dão força, é como se a gentetomasse um energético”.

Vilma toma conta, há quatroanos, de sua mãe, que em 2002 desco-briu ter demência. Desde então, con-ta, a mãe passou a ser o centro detudo na sua vida. “Não tenho maisvontade de me arrumar, de passear,

Apoio a quem cuida depacientes com demência

C

• É a principal causadora da demên-cia. A segunda maior causa é a De-mência Vascular.

• É um problema cerebral e não faz par-te do envelhecimento normal.

• Atinge cerca de 5% da populaçãocom mais de 65 anos e entre 15% e20% com mais de 80 anos. Atual-mente, de 17 milhões a 25 milhõesde pessoas são afetadas no mundotodo, sendo que há maior incidên-cia em mulheres.

• Os primeiros sintomas são perda dacapacidade de concentração e da me-mória para fatos recentes e falta decoordenação motora.

• A idade é o principal fator de risco,mas histórico de doença em parentede primeiro grau aumenta a chance.

• Não existe prevenção nem cura.

Doença deAlzheimer

Grupo reúne-se quinzenalmente no Hospital São Lucas

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de cuidar de mim”, relata Vilma. Noinício, a filha diz que ficava desespera-da com a mudança no comportamen-to da mãe, pois em alguns momentosreagia de forma agressiva.

Além de ensinar a lidar melhorcom essas situações, os encontros en-fatizam a saúde do cuidador, às vezesesquecida devido ao envolvimentocom o paciente. Nesses casos, o re-sultado é o aumento no risco de de-

senvolver câncer, do-enças cardiovascula-res, enfarte, arterios-clerose e úlcera. Ou-tros problemas acarre-tados são irritabilida-de, insônia, falta deauto-estima e depres-são. Para combateresse quadro, é indica-do que a pessoa se

mantenha socialmente ativa e busqueapoio psicológico.

O grupo reúne-se a cada 15 dias,das 9h às 10h, no auditório C do Hos-pital São Lucas, localizado no segun-do andar, ao lado do Banco de San-gue. Para participar, não é precisose inscrever. Mais informações po-dem ser obtidas pelo telefone (51)3320-3000, ramal 2588.

Vilma cuida de sua mãe

ANGELA VENCATO — [email protected]

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Ciência

Tese analisa evoluçãode moluscos no Peru

ras, sendo três de prática, o curso érealizado pelo menos uma vez acada mês, desde 1999, nos turnosda manhã, tarde e noite, com tur-mas de até 20 participantes. A pro-fessora responsável é Berenice De-david auxiliada pelos técnicos doCentro.

O Microscópio Eletrônico deVarredura oferece a possibilidadede análise de amostras através deimagens com resolução de até 3mme a identificação de elementos quí-micos por EDS (Energy DispersiveX-ray Spectrometer). O atendimen-

to aos usuários é realizado em trêsturnos. Além do microscópio, ospesquisadores da PUCRS contamcom equipamentos para a prepa-ração de amostras: Metalizadora,Ponto Crítico, Ultra-som, entre ou-tras, assim como um corpo técnicoqualificado para discutir, sugerir eparticipar das investigações micros-cópicas. Outras informações podemser obtidas diretamente na sala 34do prédio 30 do Campus Central,pelo www.pucrs.br/cemm ou pelotelefone (51) 3320-3500 ramal4490.

Microscopia atualiza pesquisadores

Costa desértica do Peru é alvo de pesquisa

El Niño influencia no desenvolvimento de espécies

ficativas”, afirma Rina. O trabalho também conta coma coorientação do professor Sandro Bonatto na pesqui-sa da Biologia Molecular.

Foto: Rina Ramírez

Professora da Universidad Nacional Mayor deSan Marcos, em Lima, Peru, Rina Ramírez rea-liza doutorado em Zoologia na PUCRS sobre aevolução de espécies de moluscos da costa de-sértica do país com base na Biologia Molecular.

Busca descobrir os processos evolutivos e as implicaçõeszoológicas, geográficas e climatológicas que fizeram comque a população chegasse à formação atual. “Os peque-nos animais com seus nichos ecológicos bem delimita-dos são indicadores ambientais privilegiados devido àsua grande sensibilidade às alterações”, afirma o coor-denador do Laboratório de Malacologia, professor JoséWillibaldo Thomé, orientador de Rina.

Como os moluscos estão presentes em regiões úmi-das do deserto (lomas – ecossistemas caracterizados porsazonalidade, apresentando vegetação herbácea, em ge-ral anual), um dos fenômenos estudados é o El Niño ea sua influência no desenvolvimento das espécies porprovocar chuvas abundantes. Uma das conseqüências éa explosão demográfica. Rina realiza o trabalho decampo, dividindo o deserto em 30 localidades. Hásituações ambientais diversas, algumas áreas com vege-tação herbácea predominante em determinada épocado ano endêmicas de lomas e outras apenas com dunasde tilânsias (bromélia). “Investigações como essa per-mitem que enxerguemos o passado com os dados bio-lógicos de hoje. Também podemos nos preparar parao futuro, inferindo se as mudanças climáticas são signi-

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Centro de Microscopia eMicroanálise da PUCRS(CEMM) reiniciou em mar-ço mais uma série do Cur-so de Credenciamento para

novos usuários. O curso, destinadoaos alunos de mestrado, doutora-do, professores e pesquisadores daUniversidade tem como objetivoprincipal informar os pesquisado-res sobre as possibilidades de pes-quisa e como utilizar o CEMM e oMicroscópio Eletrônico de Varredu-ra para o desenvolvimento de seustrabalhos. Com duração de seis ho-

O

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Ciência

uem não gostaria de esco-lher e de poder comprarsaúde nas prateleiras do su-permercado? Isto pareceestar cada dia mais próxi-

mo da realidade. Estudos recentes epreliminares desenvolvidos pela Fa-culdade de Química da PUCRS de-mostram que altas concentrações deresveratrol – molécula orgânica en-contrada no vinho – também podemser identificadas nos sucos de uvaecológicos. A molécula é responsávelpela prevenção de doenças como aaterosclerose, o câncer e doenças docoração. De acordo com o coordena-dor da pesquisa, químico André Sou-to, as amostras analisadas demostra-ram que os sucos de uva ecológicosapresentam maiores teores de resve-ratrol do que os comerciais.

Souto explica que a diferençapode ser atribuída ao processo de fa-bricação do suco e ao tipo de cultivoda uva. Na preparação dos sucos co-merciais, por exemplo, emprega-se oaquecimento direto, já no ecológico,o vapor é utilizado para evitar a de-gradação do fruto da videira. Alémdisso, no cultivo da uva ecológica não

são aplicadosdefens ivosagrícolas.

Casca da uva“A produção

dos sucos de uvaecológicos é facil-mente induzida emvideiras submetidasa condições de es-tresse”, diz Souto. Asmaiores concentra-ções se encontramnos tecidos da pelí-cula do fruto (cascada uva). Entretanto,as videiras, maisprecisamente a es-pécie Vitis vinifera,parecem apresentaruma concentraçãomaior do composto.Os vinhos e sucosproduzidos a partirdas variedades tintas apresentamconcentrações relativamente eleva-das, enquanto vinhos rosados e bran-cos mostram teores mais baixos.

O próximo passo será investi-gar os motivos da alta concentraçãoda molécula nos sucos ecológicos. Aidéia é coletar amostras em váriasregiões do Estado para comprovar ahipótese de que os sucos ecológicoscontêm mais resveratrol do que ovinho.

A saúde embaladaem garrafas de suco

Q

O resveratrol é encontrado em uvas de diver-sas variedades, na amora, no amendoim e em ou-tras 70 espécies de plantas. A molécula faz parte deum conjunto de compostos – chamados fitoalexinas– produzidos pelos vegetais para protegê-los do es-tresse causado por fungos patogênicos, metais pe-sados e radiação ultravioleta. Na espécie Vitis vi-nifera, o composto é sintetizado com ambos os obje-tivos, sobretudo para se defender de fungos, queatacam as folhas da videira.

Conheça a molécula

Bom colesterolAlguns estudos demonstram que

o consumo moderado de vinho tin-to pode proteger contra doenças docoração. A molécula é capaz de in-duzir a hipoagregação plaquetária eaumentar a concentração de HDL –o bom colesterol. Ele também seriaresponsável pelo paradoxo francês,fenômeno relacionado à baixa inci-dência de distúrbios cardiovascula-res entre os franceses que consomemmais vinhos e alimentos gordurososdo que os povos nórdicos.

Conforme o químico, a vanta-gem é que as pessoas proibidas deconsumir álcool teriam a opção deencontrar o composto em sucos deuva. “No futuro, a indústria farma-cêutica poderá utilizar o resveratrolcomo matéria-prima para desenvol-ver medicamentos”, conclui Souto.A pesquisa teve o apoio da Fapergse contou com a participação dos bol-sistas do curso de Farmácia Alessan-dro Jäger e Renata Terra.

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Foto: Divulgação

Amostras são analisadas em laboratório

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Ambiente

OLaboratóriode Dinâmi-ca Popula-cional daFaculdade

de Biociências reali-za uma pesquisa demonitoramento damigração de peixesnos rios Carreiro ePrata, localizados nabacia hidrográficaTaquari-Antas, na re-gião nordeste do Es-tado. O trabalho visaà emissão de um lau-do técnico sobre a necessidade detransposição de peixes em cinco Pe-quenas Centrais Hidrelétricas queestão previstas para construção nosdois rios.

Além do fornecimento de ener-gia e armazenamento de água para

Salto Carreiro: barreira natural

Pesquisa avalia impactode hidrelétricas

abastecimento e irrigação, as repre-sas artificiais representam focos deatração turística para a pesca e ativi-dades ao ar livre. Entre os aspectosnegativos dos empreendimentos,destacam-se os impactos sobre a co-munidade ribeirinha, o alagamentode áreas de mata ciliar e o isola-mento das populações de peixes einvertebrados aquáticos.

PreservaçãoO projeto, desenvolvido pelo

professor Nelson Fontoura, refere-se à preservação dos peixes encon-trados na região onde serão instala-das as hidrelétricas, com ênfase es-pecial na identificação de migraçõesreprodutivas da Pia-va, do Dourado edo Grumatã, peixesde importância co-mercial na bacia dorio Jacuí.

Segundo Fon-toura, a transposi-ção artificial de pei-xes se faz necessá-ria para “garantir osprocessos de migra-ção reprodutiva, as-

Complexodo RioCarreiro

O Complexo do Rio Carreiro seráformado pelas Pequenas Centrais Hi-drelétricas Caçador, Linha Emília eCotiporã, totalizando 41 MW (mega-watts), energia suficiente para abaste-cer uma cidade de 100 mil habitan-tes. No Rio da Prata está prevista aconstrução de duas PCHs, Jararaca eda Ilha. As duas usinas juntas produ-zirão 54 MW de potência, o equiva-lente ao abastecimento de uma cida-de com 120 mil pessoas. As constru-ções abrangem as áreas das cidadesde Veranópolis, Nova Roma do Sul,Guaporé e Serafina Corrêa.

sim como para mini-mizar o isolamento ge-nético das espécies en-volvidas e diminuir aprobabilidade de ex-tinção local”. Comosubsídio às informa-ções obtidas, o Labo-ratório realizou o le-vantamento de cole-ções ictiológicas, entre-vistas com moradorese pescadores locais eamostragem de espé-cies através de cincoexpedições à região.

O relatório elaborado pelo La-boratório de Dinâmica Populacionalfoi encomendado por determinaçãoda Fundação Estadual de ProteçãoAmbiental (Fepam) e identificou bar-reiras naturais no percurso dos riosCarreiro e Prata. O Salto Carreirotem de três a quatro metros e inten-so fluxo de corrente. “Esse ponto éuma barreira efetiva para a transpo-sição dos peixes”, afirma Fontoura.O “Boião do Prata” é um afunila-mento do rio com pequeno declive,mas intenso fluxo de corrente. “Em-bora dificulte a transposição, nãopode ser considerada uma barreiraabsoluta para a migração da ictio-fauna”, ressalta Fontoura.

Cascudo preto é um dos peixes da região

Fotos: Divulgação

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PUCRS Virtual

PUCRS Virtual ampliou suarede de salas distantes paramais de 80 pontos de re-cepção nas principais cida-des do país. Hoje a Univer-

sidade atende cerca de 3.500 alunosresidentes em 300 municípios brasi-leiros. No quarto ano de atividadeoferece novos cursos: MBA em Ges-tão Hospitalar, especializações emAgronegócios, Gestão Pública, Ori-entação Educacional, Educação In-fantil, Eficiência Energética e exten-sões em Jornalismo Comunitário,Pesquisa de Mercado e Avaliação Ge-rencial em Eficiência Energética.

A diretora da PUCRS Virtual,Marilú Medeiros, informa que a ofer-ta do curso de graduação em Educa-ção para Séries Iniciais é uma dasmais recentes novidades. A gradua-ção capacitará professores da redeprivada e estadual. “O curso atendeos dispositivos legais previstos na Leide Diretrizes e Bases da EducaçãoBrasileira e tem como parcerias assecretarias municipais de educação”,explica Marilú.

Outra modalidade em fase deimplantação como alternativa paraos alunos acessarem as aulas é a vi-deoconferência em tempo real. Pormeio do sistema real player (transmis-são via internet), o aluno pode acom-

panhar o professor no exato momen-to em que ele desenvolve sua expla-nação. Os encontros gerados tam-bém são gravados em CD-Rom e fi-cam disponíveis para empréstimo.Além disso, o estudante pode acessara página do seu curso e assistir a au-las que tenha perdido, pois os encon-tros ficam à disposição pelo sistemade vídeo on demand.

Dar visibilidade aos projetos de-senvolvidos na PUCRS Virtual temsido um dos ideais perseguidos pelaequipe e corpo docente do EAD.Três trabalhos científicos e dois pôs-teres foram aprovados e serão apre-

sentados durante a22ª Conferência Mun-dial de Ensino a Dis-tância, em junho, emHong Kong. Os temasabordados falam so-bre a experiência demodelagem de ambi-entes de aprendiza-gem da PUCRS Virtu-al, propostas pedagó-gicas e educação supe-rior para adultos tra-balhadores.

Os convênios com instituições,órgãos públicos e empresas serãoampliados em 2003, com a finalida-de de atender outras áreas. Em breveserão firmadas parcerias com as uni-versidades de Pelotas, Paraná e Per-nambuco. “Queremos compartilhar aidéia de educação a distância cominstituições de todo o país”, ressalta adiretora Marilú.

A recente experiência com alu-nos do Ensino Médio, no interior doEstado, também motivou os professo-res a dar continuidade ao bem-suce-dido pré-vestibular on line. A partir depequenas aulas e dicas de vestibular,os estudantes podem resolver dúvidasde matemática, física e química.

Ensino a distância ampliapontos de recepção

A

Onde [email protected]: (51) 3320-3651e 0800-5107562Fax: (51) 3320-3649

Vantagensdo método• Acesso on-line às disci-

plinas dos cursos.• Disponibilização de ma-

terial de consulta, apos-tilas, listas de exercíciosatravés da internet.

• Especificação e entregaeletrônica de trabalhos.

• Correções de exercícios.• Grupos de discussão.• Distribuição do conheci-

mento em larga escala(abrangência mundial).

• Diferentes técnicas de en-sino: texto, imagens, co-municação em tempo realentre professores e alunos.

• Aumento da compreen-são pela diversidade.

• Ampliação da capacida-de de raciocínio.

• Investimento e desenvol-vimento das habilidadespessoais, individuais eem grupo.

• Auto-administração dotempo.

• Funcionamento 24 horaspor dia.

Sala de geração de aulas

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Entrevista

ADOLF SEILACHER

Prêmio nobel alternativorevela sua arte fóssilAdolf Seilacher, renomado paleontólogo alemão, apresentou na PUCRS, pela primeira vez na AméricaLatina, a técnica que lhe valeu, em 1992, o Crafoord Prize by The Royal Swedeshe Academy ofScience, da Academia Sueca de Ciências, considerado um Prêmio Nobel Alternativo. Seilacher foicondecorado com o Crafoord por seu pioneirismo em confeccionar cópias leves e transportáveis defósseis de grandes superfícies rochosas com mais de 600 milhões de anos, preservando assim o meioambiente. Elas demonstram processos físicos ou escavações de alguns animais, formando verdadeirasobras de arte por suas formas e colorido. O pesquisador e professor nas Universidades de Tübingen(Alemanha) e Yale (EUA) trouxe a exposição temporária Arte Fóssil ao Museu de Ciências e Tecnologiada Universidade. Antes de vir a Porto Alegre, a mostra foi vista por mais de 1 milhão de espectadoresna Alemanha, EUA e Japão. A exposição é composta por 37 reproduções dispostas em painéis,pertencentes ao Instituto de Geologia da Universidade de Tübingen. Na PUCRS, Seilacher tambémministrou um curso inédito intitulado Traços Fósseis – a interpretação e os métodos de cópia.

que representa para o se-nhor ser paleontólogo?

É como trabalhar com a ci-ência criminal. A paleontologiatem a vantagem de ofereceruma grande quantidade de de-

talhes narrativos e, ao mesmo tempo, uti-lizar todos os instrumentos analíticos daciência moderna. Isso é fascinante. Pre-cisamos entender os acontecimentos parapensarmos na nossa origem e na sua in-fluência sobre o meio ambiente.

Há quanto tempo o senhor atua?Desde os 14 anos. Hoje tenho 78 e

a curiosidade que me move é a mesma.Desenvolvi pesquisas em todos os conti-nentes, menos na Antártica. É impossí-vel dizer quantas descobertas fiz nessesanos de atividade como paleontólogo. Há60 anos saiu a minha primeira publica-ção científica numa revista internacional.Tive uma vida intensa de pesquisas, ondecada descoberta é única. Uma surpresaatrás da outra.

O que mostra a exposição ArteFóssil?

As peças expostas são de diferentesformas, dimensões e cores, confecciona-das em plásticos modernos, como acríli-co, e pintadas de maneira a reproduzirde forma exata as características da ro-cha original. Demonstram processos físi-cos ou escavações de alguns animais, queformam verdadeiras obras de arte porsuas formas e colorido. As superfícies re-

presentadas surgiram antes do apareci-mento do homem, sendo a mais antigacom 1,8 bilhão de anos. Háréplicas de rochas da Aus-trália, África, EstadosUnidos, Portugal, Es-panha, Arábia eoutros países.

Por que o se-nhor decidiudesenvolveresta técni-ca?

É dolo-roso paraum pesqui-sador cortarcom a serraum lindofóssil pararevelar es-truturas in-ternas. Porisso utiliza-mos um mol-de da peça.Co lec ionartambém temseus problemaséticos. Hoje osfósseis são vistoscomo objetos de valor, como patrimô-nio cultural e, comprar, vender e exportaresse material é ilegal. Os moldes de silico-ne ou látex são tão semelhantes ao origi-nal que é preciso um microscópio eletrôni-

co para reconhecê-los. Os moldes não sãoapenas fáceis de transportar, mas mos-tram como os fósseis estavam posiciona-dos e no lugar onde foram encontrados.

A técnica possibilita seguir um pensa-mento evolutivo, sem agressão ao

meio ambiente. A arte e a ci-ência não são antíteses,

elas convergem na suasobreposição e nos

caminhos para oseu conhe-

cimento.

O

PAULA OLIVEIRA DE SÁ — [email protected]

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Ikebana: Adolf Seilacherjunto à reprodução de umfóssil encontrado numarenito do Cretáceo, pertode Osaka (Japão), que parececom plantas carbonizadas,como as folhas usadas para

arranjos florais no Japão.

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Como o senhor vê a expansão daarte fóssil pelo mundo?

É uma técnica a ser explorada pelospaleontólogos. Esta exposição na PUCRSé algo muito diferente. Ela deveria servista também por pessoas que não são daárea. Abre um novo ramo no mercado dearte, atraindo pessoas que normalmentenão vão aos museus de história natural.Esse tipo de mostra pode ser uma ponteentre as áreas cultural e científica. Se aspessoas, por intermédio da contempla-ção desses objetos, ficarem interessadaspela história da Terra, terei alcançadomeu objetivo.

Quando surgiram os primeirosfósseis?

A vida na Terra começou há 3,5 bi-lhões de anos no Pré-Cambriano inferi-or (período em que as rochas surgiramna superfície do planeta) com os orga-nismos microscópicos unicelulares, massomente há milhões de anos aparece-ram os primeiros grandes fósseis, no sulda Austrália, chamados de Fósseis deEdiacara. Seu significado ainda é muitodiscutido. Eles eram tidos como corposmoles, ainda sem esqueleto, ancestraisdos animais marinhos de hoje – comoas medusas e vermes. Fósseis são objetosfascinantes devido a sua história e for-

ma. Eles resultamda ação con-junta dosprocessos fí-

sicos e bio-lógicos.

Como o senhor vê o estudo da evolu-ção humana hoje?

É um ramo da ciência cheio de armadi-lhas. De modo geral, vê-se a árvore genealó-gica do homem moderno como um troncolinear, com uns poucos galhos. Na realidade,cada fóssil descoberto pode significar varia-ções inesperadas, com o surgimento de no-vas espécies de hominídeos, como são cha-mados os membros da família humana.

Quais locais o senhor considera devalor paleontológico no Brasil?

O solo do Brasil é repleto de depósitosfósseis. A formação Irati, do Centro-Oeste aoSul do país, é conhecida no mundo inteiro.Lá estão depositados esqueletos de répteis

que viviam na água na glaciação do perío-do Permiano. Um outro local onde foramencontrados fósseis muito importantes éa Formação Santana, no nordeste doBrasil, onde estão conservados, em pla-cas calcárias do Cretáceo, peixes, pte-rossauros e até mesmo insetos, comgrande riqueza de detalhes.

Exposiçãomescla artee ciência

A exposição temporária ArteFóssil ficará até junho no terceiropavimento do Museu de Ciências eTecnologia (MCT). O acervo trazréplicas de fósseis produzidas porAdolf Seilacher e sua equipe, cui-dadosamente pintadas à mão, quemostram como era a vida na Ter-ra até 1,8 bilhão de anos atrás. Asplacas estão dispostas em painéisde 1,25m por 2,3m, identificadoscom dados e história de cada ro-cha. Os fósseis ali representadossurgiram antes do aparecimento dohomem. Eles são resultado de pro-cessos físicos ou das escavações dealguns animais. Outras placasmostram verdadeiros fósseis de es-pécies muito raras e especiais.

O MCT localiza-se no prédio40 do Campus da PUCRS. Estáaberto de terça a domingo, das9h às 17h. Informações pelo tele-fone (51) 3320-3597 ou no sitewww.mct.pucrs.br.

Entendaa técnica

Os especialistas derramamlátex sobre o fóssil. O látex endu-rece e assume a forma exata dofóssil, mas de maneira inversa (seo original é côncavo, a cópia éconvexa). Uma nova substância(geralmente um composto plásti-co) é derramado dentro do mol-de, para que assim se obtenha aforma exata do original. O últi-mo passo é pintar à mão o mate-rial, seguindo à perfeição o mo-delo de origem, como artrópodese algas de milhões de anos.

Fóssil encontrado na regiãomontanhosa da Umbria (Itália).No período Mesozóico, os trilobitasescavadores foram ecologicamentesubstituídos por crustáceos do tipodos camarões (Decapoda), cujaspernas mais esquelotonizadas erígidas eram capacitadas paracavar extensos sistemas de túneis,como os que aparecem nessa placa.

Foto: Divulgação

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Tecnologia

Desde 2001, quando foramregistradas faltas de luz emdiversos estados brasileiros,os chamados “apagões”,cresceu o interesse das in-

dústrias em oferecer produtos cadavez mais econômicos em termos deenergia. Para informar o grau de efi-ciência do equipamento, são emiti-das etiquetas indicando o consumodos aparelhos, classificados de A a G,sendo G o menos eficiente. Até o anopassado, apenas um laboratório noBrasil fornecia esse serviço dentro doPrograma Brasileiro de Etiquetagem,coordenado pelo Inmetro.

A partir de março de 2003, osLaboratórios Especializados em Ele-troeletrônica (Labelo), a convite doInmetro, passaram a atender a de-manda das empresas que querem ob-ter as etiquetas para os seus produ-tos. Estão sendo testados refrigerado-res e condicionadores de ar. Confor-me o coordenador do Labelo, ÁlvaroTheisen, a tendência é que todos osaparelhos de refrigeração venham aser etiquetados quanto à eficiência

Labelo atesta a eficiênciaenergética de refrigeração

energética. O pró-ximo aparelho aentrar nessa listadeve ser o freezer.

CalorímetroO selo não é

uma exigência doInmetro, mas aprocura das empre-sas é cada vez mai-or. A estimativa éde que sejam certi-ficados cerca de100 produtos porano no Labelo. A eficiência é medi-da pelo consumo de energia e a ca-pacidade de refrigeração do apare-lho, reflexo da qualidade do isola-mento térmico do mesmo. Os produ-tos que apresentam a etiqueta A che-gam a consumir 50% menos energiaem relação aos da categoria G.

Para oferecer o serviço, o Labeloe a Faculdade de Engenharia desen-volveram dois calorímetros com tec-nologia própria. Os equipamentossão uma espécie de câmara onde os

aparelhos são testados. No caso dorefrigerador, ela é instalada dentrode um deles e é simulado o ambientede uma cozinha. Os condicionadoresde ar são colocados entre as duas câ-maras; uma delas simula o ambienteexterno e a outra o interno. Theisenestima que o Labelo conquiste aomenos 50% do mercado de certifica-ção de refrigeradores. Desde o anopassado, os laboratórios realizam tes-tes de qualidade com fogões exigidospelo Inmetro.

Como falar ao telefone via internet

rede, um monofone e um microfone li-gado à placa de som. O projeto seráaberto à comunidade acadêmica. Ogrupo também estuda formar parceri-as com empresas que queiram ter pro-dutos próprios relacionados à área.

Fazer ligações internacionaisao preço de uma chamadalocal. Falar com quantas pes-soas quiser ao mesmo tempo.Essas são algumas das facili-

dades que a telefonia IP (Internet Pro-tocol) procura oferecer. Por enquanto ouso restringe-se a algumas empresasdo exterior e em ambientes corporati-vos. É nessa área que a Faculdade deEngenharia tem um projeto para de-senvolver tecnologia de comunicaçãode voz sobre IP. O trabalho, um dospoucos sobre o assunto no Brasil, co-meçou em fevereiro e foi aprovadopelo CNPq e pela Finep. As instituiçõesfinanciam a instalação de um laborató-

rio específico para o estudo, que temna equipe 15 pesquisadores coordena-dos pelos professores Ricardo Balbinote Jorge Guedes Silveira.

Uma das metas é obter qualidadena transmissão de voz, deixando-a se-melhante a uma ligação convencional.Além da voz sobre IP ser uma opçãoeconômica de comunicação, traz van-tagens como a possibilidade de cadacomputador ter uma linha própriacom secretária eletrônica e permitir acada usuário personalizar as ligaçõesdo seu número.

Num primeiro momento, a comu-nicação funcionará por meio de umsoftware, um computador com acesso à

Teste: consumo em refrigeradores e ar-condicionados

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Na Web

eunir, em umaúnica mídia, ima-gem, áudio e tex-to. Essa é umasdas possibilidades

da internet e que está sen-do cada vez mais usadapelo jornalismo no mundotodo. Para testar essa novalinguagem, o curso de Jor-nalismo da Faculdade deComunicação Social criou oProjeto de Pesquisa sobreConvergência de Mídias. Os traba-lhos realizados pelos estagiários e vo-luntários do grupo estão no sitewww.pucrs.br/famecos/convergencia.

Segundo os coordenadores,Eduardo Pellanda e Mágda Cunha, oprojeto busca testar essa nova ten-dência de integração das mídias epreparar o estudante para trabalharem todos os meios. “A pesquisa deveestar junto com a graduação para

acompanhar a mudança no mercadode trabalho”, ressalta Mágda. O pro-jeto é uma nova opção de estágiocurricular para os universitários. Nofinal do semestre, os alunos fazemartigos narrando a experiência quetiveram. “O Convergência está ino-vando não apenas por proporcionaro estudo das linguagens e suas trans-formações e desdobramentos, maspor agregar a essa proposta a união

Rde conhecimentos teóricose práticos. É uma perfeitasintonia entre a graduaçãoe a pós-graduação”, desta-ca a professora AndréiaMallmann.

A equipe trabalha deforma integrada. Os acadê-micos produzem as maté-rias para serem veiculadasno site e são responsáveispor captar e transmitir asinformações por meio de

texto, áudio, vídeo, fotos, gráficos eanimações em Flash. Durante as reu-niões de pauta, estuda-se qual a lin-guagem será a mais adequada paratransmitir a notícia. “O fato diz comodeve ser narrado”, explica Pellanda.A próxima etapa será publicar o con-teúdo em inglês, para permitir o in-tercâmbio e o diálogo com pesquisa-dores de outros países e transformá-la em revista científica indexada.

o dia 10 de maio de 2002,entrou no ar o site daPUCRS (www.pucrs.br) to-talmente reformulado, daforma como está hoje. Ao

completar um ano, a página terá al-cançado mais de 4 milhões de acessos,contados desde dezembro do anopassado, quando foi instalada a ferra-menta de monitoramento de Hitbox.Com a tecnologia, é possível saber onúmero de acessos (é contado cadavez que se entra numa página do site,como, por exemplo, a de uma facul-dade), a origem do usuário, o horá-rio, o tipo de navegador e o caminhopercorrido dentro do endereço.

Tomando como base o mês demarço, o número de acessos foi

447.957, o que dá uma mé-dia de 14 mil por dia. A se-ção mais procurada foi a deDestaques da Semana, com10.672 acessos. Há visitasde países inusitados, comoEgito, Finlândia, Holanda,Índia, Irã e Japão. Os inter-nautas do Brasil são os quemais entram no portal, seguidos pe-los de Estados Unidos, Uruguai, Por-tugal, Alemanha, Espanha, Argenti-na, Grã-Bretanha, Canadá e França.De segunda a sexta-feira, os horáriosde maior movimento são entre 10h e11h e entre 17h e 18h. No final desemana, a quantidade de visitas émenor, mas se mantém equilibradadurante todo o dia.

No período de um ano, o con-teúdo do site se multiplicou. O nú-mero de arquivos com textos, some imagem somava cerca de 11 mil.Atualmente são mais de 100 mil. Aresponsabilidade pela manutençãodo portal é da Gerência de Web,mas cada unidade tem um infomas-ter capacitado para inserir dados emodificar a página do setor.

Portal da PUCRS chegaa 4 milhões de acessos

N

Grupo de pesquisa testaa convergência das mídias

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Futuros engenheiros ensprojeto automotivo

Alunos da PUCRS

Amaior competição de auto-mobilismo acadêmico dopaís, o SAE Brasil de MiniBaja, contou pela quintavez com a participação de

alunos da PUCRS. Os estudantes Ca-mila Bortoluzzi, Fabiano Zanon, Fe-lipe Ferreira, Leonardo Ungaretti eMarçal Chachamovich, do curso deEngenharia Mecânica e Mecatrôni-ca, representaram a Universidade nadisputa. Os minibajas são veículosleves projetados de acordo com a re-gulamentação da SAE (Society of Au-tomotive Engineers) Brasil.

O evento, realizado em abril nacidade paulista de Piracicaba, con-tou com aproximadamente mil alu-nos, de mais de 50 universidades,que testaram suas habilidades comoempreendedores, projetistas, cons-trutores e pilotos. Todo o projeto,

da elaboração à execução, ficou acargo dos alunos. “Foi uma ótimaoportunidade de praticarmos a teo-ria e de trabalharmos em equipe”,diz Zanon. A competição teve pro-vas estáticas, nas quais são analisa-dos itens como conforto, segurançae estrutura. No enduro entre as equi-pes, foram quatro horas de rali numterreno muito acidentado.

O prêmio para os dois melhoresgrupos é participar da SAE MidWestMini Baja Competition, nos EUA,em junho. O objetivo da competiçãoé fornecer engenheiros qualificadospara as indústrias do setor automo-tivo. A equipe da PUCRS conta como patrocínio da GKN Automotive, doCentro Acadêmico da Engenharia,do DCE e da empresa Germany Ro-lamentos, além da infra-estruturaoferecida pela Universidade.

Alunos realizamestágio na HP

Os mestrandos do cursode Ciências da Computação,Felipe Meneguzzi e PauloHenrique Schneider, realiza-ram estágio numa das sedesda HP, na cidade de Boise, emIdaho (EUA). Os bolsistas ti-veram contato direto com aspessoas que fabricam ossoftwares com os quais traba-lham no Laboratório do Cen-

tro de Pesquisa em Software Embarcado, da Faculdadede Informática. “Foi gratificante a experiência de co-nhecer o ambiente de trabalho de uma das maiores em-presas de informática do mundo”, afirma Meneguzzi.Durante o estágio, os estudantes sanaram dúvidas e co-nheceram novidades tecnológicas. Segundo Schneider,as inovações demoram a chegar ao Brasil e lá eles ti-veram a chance do contato imediato. “Os programas eos ensinamentos que trouxemos serão utilizados no tra-balho desenvolvido no laboratório”, informa.

Direito internacionalOrientado pela professora Fernanda Medeiros, um grupo de

acadêmicos da Faculdade de Direito conquistou o segundolugar na fase nacional do The 2003 Phillip C. Jessup Internati-onal Law Moot Court Competition, realizada em fevereiro, emSantos, São Paulo. Trata-se da maior competição de Direito in-ternacional público, reunindo alunos de Direito de todo o mun-do. A equipe é formada por Alexandre Curvelo, João PauloForster, Juliana Castro, Pedro Guilherme Adamy eMartha Ferreira.

O Jessup é um desafio sobre uma questão de direito interna-cional público, que simula a interpelação à Corte Internacionalde Justiça. A cada ano é proposto um caso envolvendo dois paí-ses fictícios que se submetem à Corte para solucionar suas ques-tões. Nesta edição, o caso apresentado tratou dos conflitos entreos países de Annolay e Reston, envolvendo a situação de mulhe-res e crianças após a guerra civil ocorrida na antiga Disfunctia.Os alunos da PUCRS foram classificados para disputar as semi-finais com a USP, participando da rodada final com a UFMG.

Minibaja: veículo feito pelos acadêmicos

Prêmios

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aiam Lançado o 4º Salãode Iniciação Científica

Oficina literáriaO Prêmio Casa de las Américas foi entre-

gue ao ex-aluno da Oficina de Criação Li-terária do Programa de Pós-Gradua-ção em Letras, Amilcar Bettega, por seulivro Deixe o quarto como está. Trata-se damaior premiação internacional da América La-tina, e dela participam centenas de escritoresdo continente. A obra é um livro de contos. Aspersonagens demonstram, em sua trajetória fic-cional, uma permanente busca da felicidade.Jerônimo Teixeira, também ex-aluno da Ofi-cina, foi o terceiro colocado na categoria na-cional do Prêmio Cruz e Sousa 2002 – Con-curso Nacional de Contos, instituído pela Fun-dação Catarinense de Cultura e Academia Ca-tarinense de Letras, pelo trabalho Pedacinhodo Céu. A oficina é ministrada pelo escritor eprofessor Luiz Antonio de Assis Brasil.

Radionovela AmigasUm grupo de alunas da Faculdade de Comuni-

cação Social conquistou o 2º lugar na 11ª edição doPrêmio Unirádio/FM Cultura, oferecido pela FundaçãoCultural Piratini. A premiação destaca a produção ra-diofônica realizada por estudantes de Comunicação So-cial de universidades gaúchas. A radionovela Amigas,produzida pelas acadêmicas Viviane Rosa, LetíciaJardim, Cristina Piccoli e pelas recém-formadasMarilise Santos e Ana Carolina Bolsson, baseou-se na crônica Reencontro, de Luis Fernando Verissimo.O programa, elaborado para a cadeira de Radiojorna-lismo III, disputou com outros de 22 grupos de estu-dantes do Estado. Os trabalhos participantes da seleção foram veiculados em2002 no programa Unirádio, FM Cultura, que vai ao ar às terças-feiras, às21h30min. A comissão avaliadora contou com representantes da Associação Rio-grandense de Imprensa, da Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Tele-visão, do Sindicato dos Jornalistas e da FM Cultura. A entrega do prêmio ocor-reu durante a comemoração dos 14 anos da emissora, em março.

Foto: Alfonso Abraham/PP

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduaçãolançou, em março, a 4ª edição do Salão de Inicia-ção Científica. Na ocasião, também foram premia-dos os alunos destaque do 3º Salão. ConformeMaria Helena Abrahão, coordenadora do evento,a novidade deste ano é que todas as pesquisas de-senvolvidas na Universidade com bolsistas de ini-ciação científica deverão participar do Salão. Ospainéis serão padronizados e dispostos de maneiraque facilitem a visualização. As inscrições serão re-alizadas somente pela internet (www.pucrs.br/sa-lao), por meio de formulário eletrônico, no perío-do de 15 de maio a 30 de junho, e de envio doresumo. Informações pelo (51) 3320-3500, ramal4431. Confira as unidades acadêmicas da PUCRSe o respectivo número de pesquisas-destaque no3º Salão de Iniciação Científica:

Faculdades: Administração, Contabilidade eEconomia – 2 (Economia), Arquitetura e Urba-nismo – 1, Biociências – 16 (Ecologia, Parasitolo-gia, Genética, Imunologia, Fisiologia, Zoologia e

Bioquímica), Comunicação Social – 1, Direito – 3,Educação – 3, Enfermagem, Fisioterapia e Nutri-ção – 1 (Enfermagem), Engenharia – 4 (Elétrica eQuímica), Farmácia – 4, Filosofia e Ciências Hu-manas – 4 (Ciências Políticas e História), Física –2, Letras – 4 (Lingüística), Medicina – 4, Odonto-logia – 1, Psicologia – 1 e Serviço Social – 2.

para competição

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Trote é voltado à integraçAlunos da PUCRS

mio uma rapadura de12 kg, o “molecão”.

A Faculdade deMedicina, por meio deseu diretório acadêmi-co, realizou pela quartavez o Bixo tour. Os alu-nos Mateus Ramos e Fá-bio Caldana receberamos calouros e os levarampor um passeio pelasalas do Hospital SãoLucas. Durante o per-curso, os novos acadê-micos entregaram rosas aos pacien-tes.

Uma turma do segundo semes-tre da Faculdade de Serviço Socialarrecadou cerca de 40 kg de alimen-tos e materiais pedagógicos. O mate-

rial foi doado à creche comunitária do Cam-po da Tuca, em Porto Alegre. Os mantimen-tos foram doados pelos calouros e os jogos ebrinquedos pelo Colégio Champagnat.

O Diretório Acadêmico da Faculdade dePsicologia realizou o trote solidário em três

Psicologia: ajuda ao Lar São José

Vitória na disputade júri simulado

urante a 2ª Jornada Lia Pires de Tribunal doJúri, promovida pelo Diretório AcadêmicoMaurício Cardoso e pela Faculdade de Direito,ocorreu o PUCRS x UFRGS em júri simulado.Foi uma competição entre os alunos das duas

universidades na qual a equipe da PUCRS sagrou-sevencedora.

Os alunos Daniel Duarte, Flávio Ordoque, GilbertoGonçalves, Gustavo Pires, Lodovino Todeschini e Rodri-go Gonçalves fizeram parte da equipe de defesa, orien-tados pelo advogado Oswaldo de Lia Pires. Os estudan-tes da UFRGS integraram a promotoria, orientados pelodesembargador Tupinambá de Azevedo. O cargo de ju-

íza foi representa-do pela acadêmicaRoberta Centeno.O caso, baseadoem um fato verídi-co de assassinato,foi julgado por umjúri popular e oparecer final de-terminou a absol-vição do réu porquatro votos con-tra três.

Calouro é vice-campeãogaúcho de kart

Desde criança o estudante de Engenharia Mecatrônica Joãode Moraes, 18 anos, gosta de carros, motores e velocidade. Aos16 anos, participou de sua primeira competição de kart. Hojeele é o vice-campeão gaúcho do esporte. Seguindo os passosdo pai, que se formou Engenheiro Mecânico pela PUCRS, em1983, Moraes saiu desua cidade, Estrela,para estudar na Uni-versidade. “Ondemorava havia umcurso de Mecatrôni-ca, mas optei pelaPUCRS por conhe-cer a qualidade doensino daqui”, con-ta. Além do título device-campeão, João de Moraes também conquistou o vice-cam-peonato da Prova Festiva de Longa, categoria duplas. Trata-sede uma disputa onde o percurso é maior, sendo necessário umrevezamento entre pilotos. Em 2003, na situação de vice-cam-peão, Moraes adquiriu a titulação de piloto graduado B pelaConfederação Brasileira de Automobilismo.

Agora o piloto e sua família estão à procura de empresasinteressadas em patrociná-lo. “O automobilismo é minha pai-xão, mas é um esporte muito caro”, observa. Interessados po-dem fazer contato pelo e-mail [email protected].

João de Moraes estuda Engenharia

Foto: Arquivo Pessoal

Avolta às aulas no primeirosemestre contou com inú-meras atividades promovi-das para recepcionar os ca-louros. Ações de integração

entre os alunos, doação de alimen-tos e interação com a comunidadeenvolveram veteranos e bixos, pro-movendo um trote diferente.

O Centro de Pastoral Universi-tária realizou a 9ª edição do Standde Calouros. Os calouros conversa-ram, cantaram e receberam informa-ções sobre a PUCRS e a educaçãomarista. Cerca de 3 mil estudantesparticiparam do Stand. Durante asvisitas, os alunos elaboraram um pa-inel sobre o curso no qual ingressa-ram. A turma de Ciências Sociais fezo melhor cartaz e recebeu como prê-

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Lia Pires orientou os alunos

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ão e ao social

etapas. Na primeira, aconteceu o “apadrinhamento” en-tre calouros e veteranos. Depois, promoveu-se a coleta de ali-mentos que foram doados ao Lar São José. Por último, umavisita das crianças da instituição ao Museu de Ciências e Tec-nologia. A Faculdade de Biociências, por meio de seu CentroAcadêmico, participou do trote social promovendo o Bixo nolixo.

Medicina: rosas para os pacientes no Bixo tour

Escritorainfantil retrataPorto Alegre

Robô participade competiçãointernacional

Alunos do curso de Engenharia Mecânica e Mecatrônicaparticiparam pela primeira vez da FIRST Robotics Competi-tion 2003. Em parceria com o colégio marista Pio XII, deNovo Hamburgo, os estudantes Tiago Cesa, Rodrigo Prado eFabiano Zanon, supervisionados por Leonardo Ungaretti, ela-boraram a estratégia, modelagem, fabricação e montagemdas peças do robô Vulture.

A competição ocorreu em abril em Nova Jersey (EUA).Trata-se de uma disputa entre equipes profissionais e emformação que constroem robôs para realizar tarefas e solu-cionar problemas de modo empolgante e competitivo. Osalunos da PUCRS, aplicaram os conhecimentos de discipli-nas como Mecanismos e Ciência dos Materiais, sendo res-ponsáveis pela execução de todo a modelagem do protótipono software Pro/Engineering. O robô teve sua fabricação assis-tida por computador. “Utilizamos a tecnologia da engenha-ria virtual com as ferramentas CAD/CAM”, conta Ungaretti.

O Vulture (abutre, em inglês) tem 1,6 metro, 92 centíme-tros e 39 kg. Seu braço, com duas garras, serve para derru-bar e empilhar caixas, uma das tarefas a serem cumpridas.Para a montagem, foram utilizados utensílios fornecidos pelaorganização, como motores de furadeira elétrica, de porta devan, de carrinho de brinquedo e de vidro elétrico de auto-móvel. Os alunos também usaram carcaças de alumínio, pe-daços de ferro e outros materiais de sucata. Para Tiago Cesafoi uma boa oportunidade de praticar a profissão. “Proble-mas surgidos no decorrer da fabricação tiveram de ser solucio-nados e isso foi muito bom para nosso aprendizado”, diz.A

paixonada por literatura infantil, a estu-dante Léia Cassol, do quarto semestre deLetras, acaba de escrever sua primeira obra.O livro Um dia especial, ilustrado por Marí-lia Pirillo, destinado a crianças de oito a

nove anos, faz um passeio pelas ruas e pontos turís-ticos de Porto Alegre e fala de valores como a amizade, ética, meio ambiente epluralidade cultural.

Empenhada em despertar nos pequenos o prazer pela leitura, Léia desenvol-ve o projeto Descobrindo, colorindo e construindo Porto Alegre em colégios particula-res. A autora visita escolas, juntamente com os personagens de seu livro, Fê, Betoe Bibi, que foram inspirados em seus colegas de aula da Faculdade de Letras.Depois desse contato, promove uma gincana entre os alunos e por último um citytour por Porto Alegre.

“Eles vivenciam cada trecho do livro, sentindo como se fizessem parte dahistória”, conta. Um dia especial trata de História, Geografia, Português e Ciências.“Muitas escolas solicitam que façamos o projeto com seus alunos e o retorno estásendo maravilhoso”, orgulha-se. A obra destina-se a alunos da 3ª série de PortoAlegre (estudam a cidade) e da 4ª série do interior (que aprendem sobre a Capital).

Para 2004, está previsto o lançamento de um novo livro e a realização de umprojeto no interior do Estado em parceria com a Câmara do Livro. Contatos com aautora Léia Cassol podem ser feitos pelo e-mail [email protected].

Foto: Divulgação

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Cinco novostítulos

Lançamentos da Edipucrs

FÍSICA E PSICOLOGIAJoão Bernardes da Rocha Filho – 139p.No livro, as fronteiras do conhecimentocientífico aproximam a Física e a Psico-logia Junguiana, contribuindo parauma integração interdisciplinar. É desti-nado a profissionais de ajuda, psicólo-gos, médicos, enfermeiros e professo-res, abordando os conceitos de mente,consciência e realidade, a partir de umaperspectiva fundamentada na FísicaModerna.

ÉTICA EM PESQUISA:REFLEXÕESDélio José Kipper

Caio Coelho MarquesAnamaria Feijó (orgs.) – 150p.

Além de uma grande ajuda aos Comi-tês de Ética em Pesquisa existentes nopaís, a obra é uma contribuição ímparpara o debate público sobre algumasdas questões fundamentais decorrentesdo progresso da Biologia, da Medicinae da Farmácia. Um princípio de caráterético perpassa os diferentes estudosapresentados neste volume: o respeitodos direitos humanos deve prevaleceraos interesses de toda pesquisa.

APRENDENDO ADEMOCRACIA NAAMÉRICA LATINA:ATORES SOCIAIS E

MUDANÇA CULTURALPaulo J. Krischke – 314p.

O autor apresenta em seu trabalho umaretrospectiva das ações e articulaçõesque ocorreram na sociedade civil e nasociedade política brasileira, nos últi-mos vinte anos. O texto destaca os pro-cessos de aprendizagem gerados pelasações de atores sociais e políticos emtermos de visão de mundo, construçãode identidade e práticas democráticas,assim como elementos para a compre-ensão das estruturas institucionalizadasde participação sociopolítica nos paísesda América Latina.

DEUS ESCREVE DIREITOPOR LINHAS TORTAS –

O ROMANCE-FOLHETIM DOSJORNAIS DE PORTO ALEGRE

ENTRE 1850 E 1900Antonio Hohlfeldt

321p. – Coleção Memória das Letras, 12

A história do folhetim é revisada na Europa e noBrasil e demarcado o lugar do Rio Grande doSul no mapa desse gênero. Com base em levan-tamento de 250 narrativas publicadas em PortoAlegre entre 1851 e 1898, o autor analisa trêsdelas, situadas em diferentes décadas, comomodelos reduzidos daquilo que autores radica-dos no Estado escreveram, caracterizando a pró-pria evolução do romance em terras sulinas.

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JUSTIÇA E POLÍTICA –HOMENAGEM

A OTFRIED HÖFFENythamar Fernandes de OliveiraDraiton Gonzaga de Souza (orgs.)

694p. – Coleção Filosofia 156

O presente volume reúne os trabalhosapresentados no II Simpósio Interna-cional sobre a Justiça, realizado naPUCRS, de 21 a 25 de agosto de 2000.O evento reuniu renomados filósofosbrasileiros e estrangeiros, descatando-sea presença do Prof. Dr. h. c. OtfriedHöffe (Universidade de Tübingen), ho-menageado do congresso.

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Mercado de Trabalho

Habilidade manual, facilida-de para lidar com o públi-co, sensibilidade e atençãoaos detalhes são caracterís-ticas essenciais ao fisiote-

rapeuta. Este profissional atua demaneira interdisciplinar na preven-ção e no tratamento de doenças elesões. Torcicolos, dores muscularesou dificuldades nos movimentos po-dem ser sintomas de disfunções cau-sadas por acidentes, má-formaçãogenética ou vício de postura. Amaioria desses problemas podem serprevenidos com a ajuda de um fisio-terapeuta.

As pessoas ainda associam a fi-sioterapia à reabilitação, mas ela éprincipalmente preventiva. Além deajudar na recuperação de pacientesacidentados ou portadores de dis-túrbios neurológicos, cardíacos ourespiratórios, o profissional trabalhacom idosos, gestantes, crianças e por-tadores de deficiências físicas e men-tais. A base de seu trabalho são mo-vimentos, fontes de calor ou mesmoágua. Uma série de equipamentos,cada vez mais diversificados pela tec-nologia, ajudam a atuar de acordocom o quadro clínico dos pacientes.

De acordo com a OrganizaçãoMundial de Saúde, para cada mil ha-bitantes deveria haver um fisiotera-peuta. No Brasil, onde há mais de170 milhões de habitantes, há apro-ximadamente 50 mil profissionais.Por tratar-se de um curso novo epela escassez de pós-graduações es-pecíficas, existe a carência de profis-sionais que se dediquem à docência.A demanda por professores qualifi-cados poderá absorver boa parte dosegressos do curso.

O trabalho do fisioterapeuta érecomendado por médicos em dife-rentes tipos de cirurgias e em cercade 80% dos distúrbios ortopédicos.

FISIOTERAPIA

Quando prevenir é o melhorOs recém-for-mados encon-tram oportu-nidades emclínicas espe-cializadas, mashá vagas emhospitais, con-sultórios mé-dicos, acade-mias de ginás-tica, clubes es-portivos, em-presas, cre-ches, asilos, es-colas e univer-sidades. Omercado voltado para a segurançado trabalho é promissor, devido aosprogramas de reeducação posturaladotados por empresas.

Com o crescimento da popula-ção idosa, há aumento de demandano tratamento de seqüelas do reu-matismo, artrite e de doenças circu-latórias. Outro segmento com boasoportunidades é a Fisioterapia Es-portiva. Em ascensão ainda estão asáreas de cardiologia e pneumologia,nas quais o profissional atua no tra-tamento de pacientes nas fases prée pós-operatória.

A categoria dos fisioterapeutasainda não tem um piso salarial esta-belecido. Existe o referencial de ho-norários do Conselho Federal de Fi-sioterapia e Terapia Ocupacional,que serve como base mínima de co-brança aos serviços prestados. A car-ga horária máxima é de 30 horassemanais.

Criado em agosto de 2000, ocurso de Fisioterapia da PUCRS en-fatiza a experiência prática dos alu-nos durante a graduação. A partirdo segundo semestre, o estudantecomeça a participar de estágios cur-riculares em creches, asilos e hospi-

tais. Em parceria com a Faculdadede Educação Física e Ciências doDesporto, o curso de Fisioterapiacontará com laboratórios para diver-sas áreas.

O Laboratório de Recursos Físi-co-Funcionais será composto pelosLaboratórios de Eletrofototermote-rapia e do Movimento Humano. Pro-gramas de Pós-Graduação interdis-ciplinares como a Gerontologia, Clí-nica Médica, Educação e BiologiaCelular oferecem alternativas ao fi-sioterapeuta, que também pode op-tar por cursos de especialização,como Acupuntura, Fisioterapia Res-piratória e Terapias Manuais, entreoutros. No Brasil, existem apenastrês cursos de Pós-Graduação StrictoSensu em Fisioterapia.

Onde cursarFaculdade de Enferma-gem, Fisioterapia e Nutri-ção – Campus Central –Av. Ipiranga, 6681, pré-dio 12. Informações: (51)3320-3646, [email protected] e www.pucrs.br/faenfi.

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Cultura

Os músicos buscavam palcona década de 70 e encon-traram nos festivais o veí-culo para mostrar seu ta-lento e reunir-se com quem

tinham afinidades. O Musipuc, rea-lizado pelo Centro Acadêmico San-to Tomás de Aquino, do Institutode Filosofia e Ciências Humanas daPUCRS (hoje Faculdade), marcouépoca porque representou a expres-são da identidade da música gaú-cha.

Além de exibir e premiar os par-ticipantes, o evento permitiu inter-câmbio com estudantes de outras ins-tituições – os integrantes do grupoAlmôndegas se conheceram na Uni-versidade – e aproximação com opúblico acadêmico. As letras dos con-correntes precisavam ser inéditas eantes da apresentação passavam pelacensura do Departamento de PolíciaFederal do Ministério da Justiça.

Vento NegroNa primeira edição, em 1971,

ocorrida no Theatro São Pedro, oex-senador José Fogaça, então alu-no de Direito da PUCRS, apresen-tou pela primeira vez em público a

Musipuc mostrou aidentidade gaúcha

música Vento Negro. Recebeu um dosprêmios da noite e iniciou a amiza-de com os pelotenses Kleiton e Kle-dir Ramil, os irmãos de sucesso quehoje residem no Rio e, na época,eram acadêmicos de Engenharia.

O grupo que se conheceu naUniversidade formou o Almôndegas,lançou em 1975 o primeiro disco egravou composições de Fogaça. Osintegrantes eram Kleiton (voz e violi-no), Kledir (voz e violão), Zé Flávio(guitarra, viola e vocal), João Batista(baixo, vocal) e Gilnei Silveira (bate-ria e percussão). Em 1976, eles volta-ram ao Musipuc para apresentar seushow. O festival então se realizava noSalão de Atos da PUCRS. Entre osmúsicos que se destacaram no Musi-puc estão Peri Souza, Toneco, Fer-nando Ribeiro, Nei Lisboa e NelsonCoelho de Castro.

Valores de mercadoFogaça lembra que as músicas

lançadas no Rio de Janeiro e no cen-tro do país predominavam no mer-cado musical na década de 70. Quan-do muito eram interpretadas porgaúchos. “O Musipuc trouxe uma lin-guagem nova e autêntica”, comenta.

Troféus em festivais: Kledir, Gilnei e Kleiton

O Musipuc foi um festival muito importante para nós. Nosso grupo erabasicamente de caras vindos do interior, a maioria de Pelotas, e não conhe-cíamos muita gente em Porto. Apresentamos várias músicas, mas apenas melembro de Ruídos, do Kleiton. O que ficou foi a integração com outroscompositores que estavam buscando, como nós, a criação de uma novamúsica gaúcha. Foi nesse festival que conhecemos José Fogaça, Zé Flávio,Fernando Ribeiro e vários outros. Acabamos formando um grande bando deamigos que queria cantar e mudar o mundo. Coisa dos anos 70. Isso foi oembrião do Almôndegas.

Não gosto do caráter competitivo dos festivais. O novo modelo, que setransformou em padrão de sucesso pelo mundo todo, é o que Woodstockindicou e vislumbramos aqui em Porto Alegre sob os efeitos do delírio de queera possível um mundo cheio de paz e amor. Continuo acreditando nisso.

Kledir Ramil

O jornalista Gilmar Eitelvain con-corda que não havia mais espaçopara imitações. “Era preciso criar,mas não havia palco para as bandasnem gravadoras”, afirma. Kledir re-conhece que hoje é mais fácil en-contrar palcos, estúdios e equipa-mentos. Mas adverte para dificulda-des diferentes: “Os valores são os demercado e a gurizada tem de mos-trar logo resultados comerciais parapoder sobreviver”.

Um bando de amigos queria mudar o mundo

Folha da Manhã: junho de 1976

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CRS

Foto: Arquivo Pessoal

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PUCRS adquiriu o acervoda Cinemateca P.F. Gastal,considerado o mais comple-to do Brasil sobre cinemaantigo. O arquivo perten-

cia a Paulo Fontoura Gastal, um dosmaiores críticos de cinema do Esta-do. O material foi entregue oficial-mente, em março, ao Reitor Nor-berto Rauch e ao diretor da Biblio-teca Central, César Mazzillo, pelaviúva, Dinah Araújo Gastal, 82 anos,e pelo filho, jornalista Ney Gastal.

Fazem parte do acervo mais de3 mil livros e 14 mil revistas sobrecinema; cerca de 600 cartazes de fil-mes brasileiros e estrangeiros; maisde 20 roteiros originais do cinemabrasileiro; caixas-arquivo completassobre os Festivais de Gramado, da1ª à 28ª edição; 60 mil fotos de di-vulgação de filmes; o acervo do Clu-be de Cinema de Porto Alegre, en-tre outras preciosidades do cinemanacional e internacional.

RecuperaçãoO acervo, que estava armazena-

do no Senac, será recuperado e ca-talogado para depois receber um an-dar especial no novo prédio da Bi-blioteca Central da Universidade.Para Mazzillo, a cinemateca terágrande importância para a socieda-de e beneficiará principalmente os

estudantes da Faculdadede Comunicação Social.“Trata-se de uma gran-de aquisição. A Bibliote-ca da PUCRS será suacasa definitiva, onde oacervo poderá ser aces-sado por toda a comuni-dade e ter o cuidado me-recido”, afirma o diretor.

A previsão é de queem dois anos todo o ma-terial esteja disponívelpara consulta. A mudan-ça está sendo planejada por umaequipe de bibliotecários. Além darestauração, alguns filmes poderãopassar por um processo de mudan-ça, de rolo para DVD, sendo preser-vadas suas “latas” originais no local,apenas por sentido histórico.

O filho de P. F. Gastal lembraque o pai encarava o cinema comouma religião. “Sua bíblia era a revis-ta francesa Cahiers du Cinéma”, con-ta. Todas as peças da casa eram ha-bitadas por centenas de cartazes elivros sobre cinema e roteiros origi-nais. “Cresci admirando pôsteres deestrelas de Hollywod espalhados pelomeu quarto”, lembra Ney Gastal.

A paixão por Charles Chaplin,John Ford e Orson Welles podia serobservada nos comentários feitos porGastal sobre os filmes produzidos

PUCRS adquire o maioracervo de cinema do país

A

Ney Gastal e o material que foi do pai

O acervo• Mais de 3 mil livros e

14 mil revistas sobre ci-nema

• 20 roteiros originais docinema brasileiro

• 60 mil fotos de divulga-ção de filmes

• Cerca de 600 cartazes defilmes brasileiros e es-trangeiros

• Caixas-arquivo de 28edições do Festival deGramado

Nascido em Pelotas, o jornalista Paulo Fontoura Gastal (1922-1996) foi um dos pioneiros da crítica cinematográfica gaúcha.Responsável pela formação de várias gerações de cinéfilos, come-çou a publicar seus artigos em 1941, passando pelos mais impor-tantes veículos de imprensa do Estado, como os jornais Correio doPovo e Folha da Tarde. Principal mentor do Clube de Cinema dePorto Alegre, que ajudou a criar em 1948, e um dos idealizadoresdo Festival de Gramado, em 1973. Parte de sua obra está reunidano livro Os cadernos de cinema de P. F. Gastal (1997).

pelos cineastas. Ele sabia todos osnomes de filmes, atores, diretores,roteiristas, produtores e técnicos. Co-nhecimento adquirido na sua gran-de busca solitária e introspectiva pe-los acontecimentos e histórias queenvolvessem a sétima arte.

O cinéfilo

Cultura

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Bastidores

Biblioteca renova estruturapara melhor atender

ANGELA VENCATO — [email protected]

Auto-empréstimoEm abril deste ano, foi instala-

do o primeiro serviço de auto-em-préstimo da América do Sul, atual-mente em fase de testes. O Emprés-timo Automático permite ao própriousuário registrar o material a ser re-tirado. A devolução continua sendono balcão. Apenas em 2002, foramregistrados 313.858 empréstimos.

Outro projeto é a criação da bi-blioteca digital, que possibilitará oacesso on-line a trabalhos produzi-dos na Universidade e fora dela. Atu-almente, além do acervo dos Cam-pi, é possível solicitar materiais deoutras universidades por meio dosserviços de comutação bibliográfica,como Ligdoc, Comut, bibliolink eoutros. Os pedidos devem ser feitospara a Hemeroteca e para o Setorde Multimeios.

A inserção das informações nocatálogo on-line e a identificação doacervo são responsabilidade da áreade Processamento Técnico. Os livroscom desgaste são encaminhados aoLaboratório de Recuperação e Pre-servação do Acervo, no qual são re-cuperados. Quem atende o público,realiza os empréstimos, recebe as de-

Curiosidades• O livro mais retirado é Fun-

damentos de Física, de DavidHalliday.

• A área mais procurada é o Di-reito.

• O livro mais antigo é Fisono-mia di polemone: tradotta digreco in latino, de Carlo Mon-tecuccoli, datado de 1622.

voluções e repõe oslivros nas estantes éo Setor de Referên-cia. O Suporte tratada área dos softwaresutilizados pela Bibli-oteca Central e damanutenção do site.

A Hemerotecadispõe, para consul-ta local, de 12 jor-nais diários e revis-tas de atualidades ecientíficas (nacionaise estrangeiras). Oacervo tem cerca de

5 mil títulos e 290 mil exemplares.Um scanner também é oferecido parauso dos alunos. No Setor de AcervosEspeciais estão as obras raras, a co-leção iconográfica e a coleção espe-cial da Universidade, formada porobras da Edipucrs. Materiais didáti-cos em CDs, fitas de vídeo, DVD,acesso à internet e base de dadospodem ser encontrados no Setor deMultimeios. Os bibliotecários orien-tam quanto à aplicação de normastécnicas na área de documentação,como apresentação de trabalhos, ci-tações e resumos, e realizam treina-mento para o uso do catálogo e osrecursos existentes na homepage.

À área atual serão somados 14 andares

436

Mais de 668 milexemplares, en-tre livros, perió-dicos, teses, dis-sertações, revis-

tas e materiais especiais,distribuídos em 10 milmetros quadrados deárea e mantidos por 61funcionários. Assim é aBiblioteca Central IrmãoJosé Otão, que recebe emmédia 4.630 usuários pordia. Separada em cincosetores, a equipe atendesolicitações de materiaisda comunidade interna e externa etem no site www.pucrs.br/bibliotecaum aliado. Nele estão os serviços ofe-recidos e é possível solicitar pedidosde pesquisas e acessar bases de da-dos e publicações de diversas áreas.

Toda essa estrutura ficará aindamelhor com a reforma prevista parainiciar em 2003. À área atual serãoacrescidos cerca de 10 mil metrosquadrados divididos em 14 pavimen-tos com espaços modernos e confor-táveis. Está em andamento a instala-ção do ar-condicionado, para o qualforam construídos dutos e uma novasubestação de energia no prédio. Arefrigeração estará funcionando nopróximo verão.

Laboratório de Recuperação do Acervo

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Psicologia comemoraseu jubileu

O

Memória

primeiro curso de Psico-logia fundado na regiãoSul do país completa 50anos no dia 30 de ju-nho, com a marca de

3.770 alunos formados. Inicial-mente criado como especializa-ção, deu origem em 1953 ao Ins-tituto de Psicologia da PUCRS,idealizado pelo Ir. José Otão, naépoca diretor da Faculdade deFilosofia, Ciências e Letras, e Ir.Faustino João. A iniciativa tam-bém foi motivada pela vinda dopsicólogo húngaro Bela Székely,que ministrou cursos e conferên-cias na Universidade. O psicote-rapeuta teve influência mundialnas investigações sobre a crimina-lidade infantil e suicídio.

No princípio foram ofereci-dos cursos introdutórios, com atitulação de assistente em psico-logia. Visavam à preparação cien-tífica nas três áreas da psicologiaaplicada: escolar, organizacionalou do trabalho e psicoterapia.Em 1957, o diretor do Instituto,Ir. Hugo Danilo (José Hugo Si-mon), ampliou o curso de doispara três anos, conferindo aos es-tudantes o título de psicólogo.Ampliado para cinco anos, o cur-

so começoua funcionarna forma debachareladoe de licencia-tura. Mas foiem 1969 queo Instituto setransformouem unidadeacadêmicaautônoma.

A pri-meira turma de psicólogos graduadosque cumpriu o regime acadêmico reco-nhecido por lei formou-se em 1967. Atéessa data, o Instituto de Psicologia, ane-xo à Faculdade de Filosofia, funcionavano antigo prédio da Universidade, noColégio Rosário.

O Centro Psicotécnico começou afuncionar em 1971 e o Serviço de Atendi-mento Psicológico, em 1975. O Mestradoem Psicologia Aplicada, interrompido em1973, teve seu foco de concentração naárea de Psicologia Social e da Personalida-de, além das áreas em Psicologia Clínica.

Novos temposEm 1975, o Instituto de Psicologia foi

transferido para o prédio do ColégioChampagnat, no Campus Central, ondepermaneceu até 1999. Atualmente a Fa-

culdade está instalada no prédio11. O Pós-Graduação abrangemestrado, com ênfase em Psico-logia Clínica e em Psicologia So-cial e da Personalidade, além dodoutorado. Também são ofereci-das especializações, na modalida-de de ensino a distância, nas áre-as de Psicologia dos ProcessosEducacionais, Psicooncologia,Psicologia nas Organizações e Psi-cologia nas Comunicações. Se-gundo a diretora da Faculdadede Psicologia, Jacqueline Morei-

ra, mais de 90% do corpo docente éformado por ex-alunos da instituição.“Esse número nos orgulha e mostra aexcelência do curso”, afirma.

Os 50 anos de criação serão co-memorados com a celebração deuma missa, um jantar e a realizaçãode simpósio coordenado pelo Serviçode Atendimento Psicológico. As festi-vidades se estenderão ao longo dosemestre e vão reunir professores,alunos, ex-alunos e funcionários emtorno de debates, atividades cultu-rais, científicas e jornada acadêmica.

Novidades acadêmicasPara o próximo ano está prevista

a concretização de um curso noturnode Psicologia, sediado em Viamão, naantiga Faculdade de Filosofia NossaSenhora da Imaculada Conceição.Outra novidade se refere à imple-mentação de novo currículo. Está sen-do concluído o estudo para sua refor-mulação que foi realizada pela equipede professores, com sugestões dos es-tudantes. O programa dará maiorênfase e flexibilização à prática profis-sional e à orientação psicopedagógicado início ao fim do curso, disciplinaseletivas, além das obrigatórias, e valo-rização das atividades extracurricula-res, como participação em seminá-rios, congressos e práticas.

Solenidade de fundação em 1953

Perfil aos 50 anos

Foto: Arquivo PUCRS

2003/1º semestre

Alunos de graduação 923Alunos de mestrado 59Alunos de doutorado 40Mestres em Psicologia Sociale da Personalidade 170Mestres em Psicologia Clínica 104Doutores em Psicologia 23

Fonte: Faculdade de Psicologia

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Sinopse

SHOW DO MILHÃOO jornalista Alexander Goulart, do

Centro de Pastoral da PUCRS, lançou olivro Show do Milhão – Imaginário de SilvioSantos e do SBT, publicação da editoraChampagnat. O autor resgata os concei-tos de âncora, fait divers, poder, mito eimaginário para explicar a estrutura delinguagem utilizada no programa. O livrotambém aborda a história do SistemaBrasileiro de Televisão e a vida de SilvioSantos, que iniciou sua atividade profis-sional como camelô até chegar a empre-sário de sucesso e comandar uma dasmais importantes redes de TV do país.

REITORIAO professor Mario Hamilton Vilela

assumiu a Chefia de Gabinete da Reitoriada PUCRS. Substitui Paulo Galia que seafastou para atender assuntos de interes-se particular. Até meados de março, Vile-la atuou como assessor da Pró-Reitoriade Pesquisa e Pós-Graduação.

DA PAZ

No dia 10 de abril, o DiretórioCentral dos Estudantes da PUCRS, jun-tamente com diretórios e centros acadê-micos, promoveu uma paralisação de30 minutos buscando a conscientizaçãoe a união pela paz. O evento, com umAto-Show, realizado no largo central doCampus, contou com apresentações debandas formadas por alunos da Univer-sidade. Uma bandeira de 15 metros decomprimento, com mensagens de pazescritas por estudantes, foi penduradano prédio 8.

BIBLIOTECAA Biblioteca Central Ir. José Otão

coloca à disposição, em sua homepage(www.pucrs.br/biblioteca), os seguintesdocumentos eletrônicos: Orientaçõespara Apresentação de Citações em Docu-mentos segundo NBR 10520, Guia paraApresentação de Trabalhos Acadêmicos,Teses e Dissertações. O acesso é exclusivopara alunos, professores, pesquisadores efuncionários da PUCRS. Os documentosforam elaborados pela equipe de bibliote-cários da Biblioteca Central, tendo comoobjetivo auxiliar seus usuários na nor-malização de impressos.

SERVIÇO SOCIALO Centro Coordenador de Investi-

gação da Federação Internacional deUniversidades Católicas, com sede naFrança, promoveu o 2º Colóquio Interna-cional, reunindo as seis instituições uni-versitárias da América Latina — Brasil,Argentina, Colômbia e Peru — que inte-gram o Projeto Laboratório InternacionalUniversitário de Estudos Sociais (Labin-ter). A PUCRS, única Universidade brasi-leira participante do Projeto, foi repre-sentada pelas professoras Leonia Capa-verde Bulla, coordenadora do Labinter, eJussara Mendes, diretora da Faculdade deServiço Social, e pela doutoranda MariaBernadette Medeiros, do Programa dePós-Graduação em Serviço Social, queapresentaram o trabalho Desvendando aexclusão social expressa na vida de rua.

ARQUITETURAA Faculdade de Arquitetura e Urba-

nismo promoveu a exposição Arquiteturada Maior à Menor Escala, com projetos doarquiteto Nelson Saraiva. A mostra expôs74 painéis fotográficos com os projetosdesenvolvidos pelo autor, que é professordas universidades de Brasília e Federal deSanta Catarina.

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MEMÓRIA LITERÁRIAA professora Maria da Glória Bordi-

ni, do Programa de Pós-Graduação daFaculdade de Letras, realizou estágio depesquisa no Institut des Textes et Manus-crits Modernes (ITEM), em Paris. Pormeio de um intercâmbio entre a PUCRSe o ITEM, são oferecidos workshops e con-ferências de pesquisadores francesespara as equipes do Centro de MemóriaLiterária, onde a professora é coordena-dora. O estágio permitiu à Universidadedifundir, entre os especialistas em arqui-vos literários mais importantes da Fran-ça, seu trabalho de preservação e difusãoda memória literária sulina.

FARMÁCIA

Dois professores da PUCRS atuamcomo representantes das instituições uni-versitárias no Conselho Consultivo daFundação Estadual de Produção e Pesqui-sa em Saúde. Sérgio Lamb (esq., na foto)diretor da Faculdade de Farmácia, foi in-dicado como representante titular e Jor-ge Seadi, como suplente, pelo ReitorNorberto Rauch. O Conselho decide so-bre as diretrizes gerais da Fundação.

CENTENÁRIOSProfessores e estudantes da Universi-

dade realizam pesquisa para traçar aradiografia dos centenários porto-ale-grenses. Mais de cem pessoas já foram ca-dastradas e a equipe que organiza o traba-lho espera receber mais voluntários. Se-gundo o Censo 2000, há pelo menos 200centenários na capital gaúcha. O trabalhoé coordenado pelos docentes Ângelo Bós eBeatriz Dornelles. Também participamacadêmicos de Nutrição, Medicina, Edu-cação Física, Fonoaudiologia, História ePsicologia. Quem conhece alguém comidade superior a 95 anos pode fazer conta-to com o Instituto de Geriatria e Geronto-logia pelo telefone (51) 3336-8153.

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EDIPUCRS

Uma série de livros foi lançada recentemente pela Edipucrs. O verso e o anversode uma história: o acidente e a morte no trabalho, de Jussara Mendes (foto), O castelo dosmacacos: uma fábula da empresa pública, de Sílvia Generali da Costa, Negociação coletivade trabalho, de Dóris Krause Kilian, Física e Psicologia: as fronteiras do conhecimentocientífico – aproximando a Física e a Psicologia Junguiana, de João Bernardes da RochaFilho, e Turismo na Pós-Modernidade – (Des) Inquietações, com trabalhos de um grupode professores do curso de Turismo. O diretor da Edipucrs, Antoninho Muza Naime,foi eleito titular do Conselho Fiscal na nova diretoria do Clube dos Editores do RioGrande do Sul para o biênio 2003/2005.

COLÉGIO MILITAR

A PUCRS e o Colégio Militar dePorto Alegre firmaram acordo visando àcooperação técnica e educacional, aper-feiçoamento de recursos humanos e pes-quisa. O convênio, assinado pelo ReitorNorberto Rauch e pelo comandante, te-nente-coronel Paulo César Cabrita, pro-moverá atividades de pesquisa, extensãoe comunitária, cessão mútua de recursoslaboratoriais, intercâmbio de professorese estagiários e formação de pessoal emnível superior. Cerca de 20 docentes doColégio Militar serão qualificados emprogramas de Pós-Graduação destinadosao Magistério de Educação Básica.

MÚSICAO Coral e a Orquestra da PUCRS

realizaram, em março, concerto em co-memoração à Semana de Porto Alegre. Aapresentação ocorreu no Anfiteatro Pôr-do-Sol. Como homenagem especial foiapresentado um arranjo para coral e or-questra da música Porto Alegre é Demais, deJosé Fogaça, sob a regência do maestroFrederico Gerling Junior, entre outrasmúsicas como Sento una forza indomita (daópera O Guarani) e Nessun Dorma (daópera Turandot).

FÍSICA MÉDICADe 14 a 16 de maio a Faculdade de

Física e a Associação Brasileira de FísicaMédica promovem o 8º Congresso Brasi-leiro de Física Médica. O evento reuniráassociados, profissionais e estudantes,que apresentarão resultados de suas pes-quisas mais recentes e discutirão temassobre a aplicação dos métodos própriosda Física. As principais áreas a seremabordadas são Radiodiagnóstico, Medici-na Nuclear, Radioterapia, RadiaçõesNão-Ionizantes, Biomateriais, Educaçãoem Física Médica, Proteção Radiológica,Legislação e Normatização. Informaçõese inscrições pelo site http://ailha.com.br/fisicamedica.

FEIRAS DO LIVROA Edipucrs participou da Feira

do Livro de Maputo, em Moçambi-que (África). Além da divulgação de50 de seus títulos junto ao estande daAssociação Brasileira das EditorasUniversitárias, ainda colaborou coma Editora da Universidade Mondla-ne, em Maputo, doando material. NaPUCRS, promoveu a 7ª edição daFeira do Livro no mês de abril. Du-rante seis dias, a Editora concedeudescontos de 50% em todos os 2 miltítulos vendidos.

ODONTOLOGIAA Faculdade de Odontologia

promove, de 28 a 31 de maio, a 16ªJornada Odontológica dos Formandos daPUCRS – Odontologia Multidisciplinarda Infância à 3ª Idade. Na programa-ção, cursos teóricos, teórico-práticos,teórico-demonstrativos, multidiscipli-nares, workshops de especialidadesodontológicas e médicas. A jornadaocorre há 15 anos na Universidade eé organizada pela turma de forman-dos. O evento, considerado o maiorem número de adesões no Rio Gran-de do Sul, reúne profissionais, acadê-micos e professores da área da saúde.

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MUNDO, BRASILE PORTO ALEGRE

As Pró-Reitorias de Assuntos Comunitá-rios e de Extensão Universitária promovemdois cursos de história abertos à comunida-de. O Brasil e o Mundo no século 21 aborda aorigem do homem, os efeitos da globaliza-ção no Brasil, a Área de Livre Comércio dasAméricas, a violência da programação na TVaberta e a crise argentina, entre outros te-mas. Porto Alegre: história atual e cultura geralenfoca a origem da fundação de Porto Ale-gre, ideologia na imprensa gaúcha, os mu-seus da Capital, Lupicínio Rodrigues, tradi-cionalismo, Grêmio x Internacional, ensinonas escolas da cidade, entre outros assuntos.Os cursos iniciaram em abril.

OUVIDORIAA Ouvidoria Institucional, sob a respon-

sabilidade da Pró-Reitoria de Assuntos Co-munitários, é um serviço instituído na Uni-versidade para melhor atender a comunida-de, prestando informações, respondendo adúvidas e recebendo opiniões da comunida-de acadêmica e externa. Todas as solicita-ções são pesquisadas, encaminhadas e res-pondidas por e-mail, telefone ou pessoalmen-te. Entre em contato: [email protected],(51) 3320-3508, ramal 4361, ou prédio 1, doCampus Central, sala 109.

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Sinopse

ENGENHARIA

Representantes da Empresa Schneider Eletric visitaram o Departamento de En-genharia Elétrica para doar um Controlador Lógico Programável, que será utilizadono Laboratório de Ensino de Automação e Controle de Sistemas. O equipamentoserá empregado para desenvolver atividades práticas, proporcionando aos alunos doscursos de Engenharia Elétrica, Engenharia de Controle e Automação e Engenhariade Computação a utilização de tecnologias modernas em nível mundial.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

A implantação do Núcleo de Estudos Internacionais da PUCRS, órgão multidis-ciplinar criado em 2002 para desenvolver seminários, palestras e cursos, ganhoumaior visibilidade com o início do curso de extensão Introdução às Relações Internacio-nais. A promoção é da Pró-Reitoria de Extensão, em parceria com a Assessoria deAssuntos Internacionais e as Faculdades de Direito, Comunicação Social, Administra-ção, Contabilidade e Economia e Filosofia e Ciências Humanas. O número de inte-ressados extrapolou em muito as 121 vagas oferecidas e o Núcleo de Estudos Interna-cionais estuda uma segunda edição do curso, além de outras atividades pertinentes.

GERIATRIAO chefe do Serviço de Geriatria do

Hospital São Lucas, Emilio Moriguchi,participou, em Genebra, de workshoppromovido pela Organização Mundial deSaúde. Moriguchi integrou um grupo de17 médicos de todo o mundo convidadosa participar de uma pesquisa prática etreinamento para tratamento de doençascrônicas e prevenção.

PSICOPEDAGOGIAO curso de Psicopedagogia da Fa-

culdade de Educação e a Associação Bra-sileira de Psicopedagogia-Seção RS pro-movem a jornada Psicopedagogia: Refle-xão e Prática sobre o (Não) Aprender, com apsicanalista e psicopedagoga argentinaAlícia Fernandez. O evento ocorre de 15a 17 de maio com dois cursos e umaconferência. Entre os temas abordadosestão psicanálise, psicoterapia, interven-ção psicopedagógica e histórias clínicas.O tema da conferência será Os processosvinculares do ensinar e do aprender. Inscri-ções na Proex, sala 201 do prédio 40 e(51) 3320-3680.

SECRETARIADOEXECUTIVO

O IV Seminário Internacional deSecretariado Executivo do Mercosul, or-ganizado pelos alunos do curso de Se-cretariado Executivo da Faculdade deLetras, será realizado no dia 4 de ju-nho, no auditório do prédio 9. O even-to foi criado em 2000, com a finalidadede aproximar o conhecimento da práti-ca e do uso da língua espanhola. Os es-tudantes convidam palestrantes do idio-ma e têm vivências significativas domundo dos negócios. O ingresso será umquilo de alimento não-perecível que serádoado à Campanha Fome Zero. Infor-mações e inscrições no 4º andar do pré-dio 8 até o dia 29 de maio.

SOLIDARIEDADEDe 17 a 24 de maio, o Projeto Soli-

dariedade promove a 9ª edição da Se-mana da Solidariedade. Neste ano, asfaculdades participarão do evento comdiversas atividades dirigidas à campanhacontra a fome e em assuntos ligados aosidosos, tema da Campanha da Fraterni-dade 2003. No dia 24 de maio ocorre aFeira da Promoção da Saúde, das 9h às19h, no Supermercado Carrefour dobairro Partenon.

FRATERNIDADEE IDOSOS

O Projeto Solidariedade promove o7º Concurso de Monografias sobre otema Fraternidade e Pessoas Idosas. Partici-pam professores, alunos e funcionáriosda PUCRS e do Hospital São Lucas. Aentrega dos resultados ocorre em junho.Os três primeiros colocados serão pre-miados.

PSICOONCOLOGIAJoão Bernardes da Rocha Filho, pro-

fessor da Faculdade de Física, foi convi-dado a integrar a nova diretoria da So-ciedade Brasileira de Psicooncologia(SBPO)/Regional Sul. Presidirá a Comis-são Científica para o biênio 2002-2004.A SBPO congrega profissionais de diver-sas áreas que trabalham com pacientescom câncer e suas famílias.

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COMUNICAÇÃOE CULTURA

O Programa de Pós-Graduação emComunicação realizou aula inauguralcom a presença do professor BernardValade, da Universidade Paris V – Sor-bonne. Valade falou sobre o tema Comu-nicação e Cultura no Cotidiano. O profes-sor também proferiu palestra sobre Mul-ticulturalismo e Modernidade.

PROJETO REFLEXÕESNos dias 11, 12 e 13 de abril, a PUCRS promoveu mais uma edição do Projeto

Reflexões, no Hotel Dall’Onder, em Bento Gonçalves. O encontro proporcionou aosmembros do corpo docente um espaço de escuta, reflexão e diálogo sobre a identida-de e as finalidades da Instituição. Simultaneamente, o evento propõe congregargrupos de professores e funcionários da comunidade universitária para pensar edialogar sobre a realidade da PUCRS, suas potencialidades, limitações e desafiosfrente à missão e rumos para o novo milênio.

RELAÇÕES EXTERIORESO advogado Antônio Paulo Cachapuz

de Medeiros, professor licenciado da Fa-culdade de Direito e há seis anos consul-tor jurídico do Itamaraty, no Ministériodas Relações Exteriores, foi convidado apermanecer mais um ano no cargo a con-vite do governo federal.

ZOOLOGIAO Programa de Pós-Graduação em

Zoologia da Faculdade de Biociênciascompletou 25 anos de profícua ativida-de. Nesse período foram defendidas 24teses de doutorado e 210 dissertaçõesde mestrado. A data foi comemoradacom um almoço no restaurante Panora-ma, no Campus. O professor José Willi-baldo Thomé, ainda em atividade, foi oprimeiro coordenador do Programa.

CARDIOLOGIAO Serviço de Cardiologia do Hospital

São Lucas participou do Congresso da As-sociação Americana do Coração, em Chi-cago (EUA). O trabalho Administração Oralde Amiodarona reduz a incidência de Fibrilaçãoe Flutter Atrial no período pós-operatório de ci-rurgia cardíaca, coordenado pelos professo-res João Guaragna, Luiz Carlos Bodanesee João Petracco, da Faculdade de Medici-na, foi considerado muito expressivo nasua área, além de ser o único do estado.

PARCERIAA Faculdade de Engenharia rece-

beu a visita de comitiva do College of En-gineering, University of Cincinatti, Ohio(EUA). Liderados pelo professor MutharAl-Ubaidi, os visitantes conheceram asinstalações da Faculdade, Diretoria deEnsino a Distância, Museu de Ciências eTecnologia e Tecnopuc. Em breve, deve-rá ocorrer parceria no projeto conjuntoSenior Capstone Design Project, com apoioda National Science Foundation, direcio-nado, principalmente, às áreas de Mecâ-nica e Controle e Automação.

ADMINISTRAÇÃOA PUCRS, por meio da Faculdade de

Administração, Contabilidade e Economiae o Conselho Regional de Administraçãodo RS assinaram convênio para a realiza-ção de três cursos de pós-graduação a dis-tância. Os cursos são na área de GestãoEmpresarial, Gestão em Agronegócios eGestão em Saúde — ênfase hospitalar. Oobjetivo é promover o aperfeiçoamentoprofissional dos bacharéis em Administra-ção do Rio Grande do Sul, que voltam àUniversidade de uma maneira facilitada.Serão oferecidos descontos ao administra-dores registrados no Conselho.

FUTEBOLA Faculdade de Educação Física e

Ciências do Desporto realizou o “penei-rão” de futebol de campo masculino. Par-ticiparam da seleção alunos de graduaçãoe pós-graduação que se submeteram ateste de habilidades. Os escolhidos passa-ram a integrar a equipe universitária defutebol de campo da PUCRS. Tambémfoi realizado o “peneirão” para formar anova equipe de voleibol feminino.

DIREITOO primeiro escalão da administra-

ção do governo gaúcho conta com a par-ticipação de três ex-alunos do curso deDireito da PUCRS. O deputado federalJosé Otávio Germano, graduado em1985, foi escolhido para Secretário daJustiça e Segurança. Luiz Alfredo Schutz,formado em 1975, é o Defensor-Geral doEstado. A Procuradoria-Geral ficou sob aresponsabilidade de Helena Maria Coe-lho, que concluiu o curso em 1978.

CLONES ETRANSGÊNICOS

Milton Menegotto, ex-diretor da Fa-culdade de Biociências, lançou o livroClones e Transgênicos: Controvérsias, fatos,mitos e medos. A obra, em linguagem di-dática e agradável, não pretende apre-sentar novidades, mas esclarecer algunsequívocos sobre essa temática tão polê-mica. Menegotto foi professor do Ensi-no Médio e Superior, além de fundadordo curso pré-vestibular Mauá. O livroteve ampla repercussão na última Feirado Livro de Porto Alegre. A orelha foiescrita pelo Ir. Elvo Clemente.

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Novidades Acadêmicas

Inaugurado pósem Biologia Celulare Molecular

Conforme a necessidade de cadadisciplina, o programa é oferecidono sistema de módulos, atendendouma carga horária que varia de duasa cinco horas diárias. O aluno demestrado deverá cumprir 24 crédi-tos e o de doutorado 36. Um con-junto de oito disciplinas integram ocurrículo e são optativas dependen-do da linha de pesquisa escolhida.Outras informações sobre o Progra-ma de Pós-Graduação em BiologiaCelular e Molecular podem ser obti-das pelo telefone (51) 3320-3568 oue-mail: [email protected].

Educaçãopromove novasespecializações

O Pós-Graduação em Educaçãoinaugura nos próximos semestres espe-cializações nas áreas de Educação So-cial, Pedagogia Universitária e Alfabeti-zação e Epistemologia Genética. Deacordo com o coordenador, Juan Mos-quera, os novos cursos, com a duraçãode um ano, são inovadores e propõemvisões distintas na área educacional.“Vamos promover espaços de reflexão einvestigação científica com o eixo cen-tral na ação-intervenção educativa e so-cial, a partir de diferentes metodolo-gias, disciplinas e temáticas”, destaca.

Em Alfabetização e Epistemolo-gia Genética, o foco será a discussãocrítica sobre os desafios da alfabetiza-ção no século 21. O aluno terá acessoàs novas tendências da educação es-colar e das pesquisas interdisciplina-res, por meio de uma fundamentaçãocrítica transformadora.

Contribuir para o aprofundamen-to das competências profissionais doseducadores e dos professores no cam-po da ação social será o desafio deEducação Social. As atividades da es-pecialização serão voltadas às linhasde investigação para o desenvolvimen-to da educação e da ação social, emdiferentes contextos sociais, culturais,econômicos e institucionais.

O pós-graduação em PedagogiaUniversitária terá como finalidadepossibilitar aos docentes do ensino su-perior uma revisão de conhecimentose métodos pedagógicos inovadores.Conforme Mosquera, a formação pro-fissional também se pauta pelo esfor-ço contínuo de interação da teoriacom a prática possibilitando aos par-ticipantes a análise e discussão dassuas vivências e experiências. Novida-des também abrangem o curso de es-pecialização em Psicopedagogia, queserá aprofundado e reestruturado. In-formações complementares no Pós-Graduação em Educação, pelo telefo-ne (51) 3320-3620.

Foto: Divulgação

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AFaculdade de Bio-ciências inaugu-rou, em abril, ocurso de Pós-Gra-duação em Biolo-

gia Celular e Molecular. Oquadro docente é formadopor 21 doutores, sendo que76% são vinculados à Fa-culdade de Biociências. Ocurso formará profissionaiscom níveis avançados dequalificação, com ênfase naelaboração e execução depropostas científicas, tecno-lógicas e políticas relacio-nadas ao estudo e a mani-pulação da célula. “Quere-mos ser referência no Bra-sil em pesquisa e na for-mação de recursos huma-nos”, destaca a coordena-dora Clarice Alho.

O programa oferececinco linhas de pesquisa:Análise molecular e funcio-nal da célula vegetal; Ca-racterização e modulaçãodos processos bioquímicosda célula; Avaliação de ca-racterísticas morfológicas e estrutu-rais da célula; Identificação molecu-lar de genomas e características ge-neticamente determinadas e Estudoe determinação celular e moleculardos mecanismos fisiopatológicos.

O curso atinge dois públicos-alvo. O primeiro, é formado porprofissionais atuantes em ativida-des de ensino, pesquisa e extensãoda região Sul. O segundo com re-cursos humanos destinados a atuarem empresas públicas e privadas,como hospitais e clínicas de diag-nósticos.

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Social

Do início da década de 80 até2002, o Ministério da Saú-de notificou mais de 237mil casos de Aids no Brasil.Nos primeiros casos da do-

ença no país atribuía-se a determina-dos grupos a responsabilidade porsua proliferação. Mesmo que o con-texto social da Aids se tenha altera-do, o preconceito ainda permanece.Com o objetivo de garantir o acessoa direitos sociais básicos e instaurarações que previnam a doença eacompanhem portadores do vírusHIV, a Faculdade de Serviço Socialdesenvolve, no Campus Aproximadoda Vila Fátima, o projeto Ação Anti-Aids – Orientação e Prevenção.

O trabalho começou a partir datese de doutorado do professor Fran-cisco Kern, Os Sentidos das Teias e Re-des Sociais no Contexto da Aids. “A idéiaera realizar um projeto que vinculas-se a graduação ao pós, de modo quetambém fosse possível tirar a tese dopapel”, ressalta Kern. As atividadessão realizadas por três acadêmicas deServiço Social que realizam estágiocurricular, sob a supervisão de Kerncomo professor assistente social. Asações pretendem criar estratégias defortalecimento por meio da articula-ção de recursos em redes sociais deapoio para eliminar ou pelo menosdiminuir os efeitos da doença sobreas bases econômicas e sociais das pes-soas afetadas.

Ações e atençãoA Ação Anti-Aids é desenvolvida

há aproximadamente um ano emeio. Cerca de 50 pessoas foram en-caminhadas ao projeto por profissio-nais da Vila Fátima. Receberamorientações, assistência e, acima detudo, atenção. A ação vai desde o en-caminhamento para confecção de

Projeto promove cidadaniaa portadores de HIV

documentos pessoais dosusuários, como carteira detrabalho, identidade e CPF,até o atendimento de ques-tões que envolvem a doença.Conforme Kern, os portado-res do HIV chegam ao Cam-pus fragilizados e cansadosde esbarrar em limites insti-tucionais. “Apesar disso, al-guns demonstram relutânciaem aceitar o tratamento”,conta. A estratégia e metodo-logia adotadas voltam-se aofortalecimento da cidadania,da autonomia e da identida-de dos soropositivos partici-pantes do projeto, atuandona articulação e construçãode uma rede social de apoioque resgate o sentimento deinclusão social.

Num primeiro momen-to, a equipe realizou, emPorto Alegre, um mapeamento poráreas profissionais e seus respectivosprojetos sociais comunitários quepossibilitem a integração na rede deatendimento a portadores de Aids eDSTs. A segunda parte do trabalhorefere-se ao planejamento de ações.O centro de apoio do Ação Anti-Aidsatua em conjunto com essas iniciati-vas voltadas ao acompanhamento in-dividualizado, grupos de auto-ajuda,salas de espera, palestras informati-vas e formativas em escolas, inclusivecom visitas domiciliares. “Nosso obje-tivo é passar da prática assistencial àprática política, proporcionando aemancipação dos usuários para queconstruam estratégias auto-sustentá-veis”, observa Kern.

O critério para participar doAção Anti-Aids é estar vinculado aum ou mais projetos comunitários doCampus da Vila Fátima, o que garan-

te a organização interna da rede detrabalho. O principal compromisso éagir na potencialização das teias eredes sociais do paciente de Aids.V.B.M., 38 anos, recebe acompanha-mento há quatro meses. Moradorado bairro Bom Jesus, ela é usuária dedrogas. “Quando venho aqui é a úni-ca oportunidade que tenho de con-versar com alguém e ainda receberatendimento médico”, conta.

Quem deseja fazer doaçõesou entrar em contato com ogrupo do Projeto AçãoAnti-Aids – Orientaçãoe Prevenção pode entrarem contato pelo (51)3339-7103 ou e peloe-mail [email protected].

Beneficiados: moradores da Vila Fátima

ComoParticipar

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Perfil

Tetraneto de José Gomes deVasconcelos Jardim, o pri-meiro presidente da Repú-blica Riograndense de Pi-ratini, o desembargador e

professor da Faculdade de Direito daPUCRS, Guilherme Tanger Jardim,53 anos, é uma personalidade domundo jurídico com intensa atua-ção na sociedade. Com passagempor juizados, tribunais, câmaras econselhos, ministra há 17 anos a dis-ciplina de Direito Civil na Universi-dade. Convidado incontáveis vezespara ser paraninfo de turma, ele dizque deve o bom relacionamento comos alunos ao fato de tentar transmi-tir o Direito não só em tese, mastambém na prática.

A vocação para a vida jurídicanasceu no ambiente familiar. Seu paiera comissário de polícia — o quedespertou nele, logo cedo, a vonta-de de entrar para o mundo das leise da justiça. Em 1973, formou-se emDireito pela UFRGS, mas no quartoano do curso foi aprovado no con-curso para delegado de polícia. Dois

anos mais tarde,passou a exercera atividade dejuiz, atuando emvárias comarcas

no interior doEstado.

Justiça marca a trajetóriade Tanger Jardim

Pequenas causasO início de carreira, em Pinheiro

Machado, ainda traz lembranças como“o cheiro da lenha queimando na la-reira”. Permaneceu por lá três anos edepois passou a trabalhar em Saran-di, no norte do Estado. Mas foi noperíodo entre 1980 e 1986, na cidadede Rio Grande, que Jardim considerater realizado seu grande feito — ainstalação do primeiro Juizado de Pe-quenas Causas do país. “Implementa-mos um sistema consolidado no exte-rior e que acabou evoluindo para osJuizados Especiais Cíveis no Brasil”.

Em 1986, assumiu como juiz emPorto Alegre, permanecendo durantecinco anos na jurisdição de família.“Foi um período marcante, no qualaprendi a compreender melhor o dra-ma dos outros”.

Desde que chegou à Capital, dedi-cou-se à carreira docente e passou aministrar cursos na Escola Superior deMagistratura, com sede em Brasília,onde hoje é diretor-presidente. NaPUCRS, em 1986, foi convidado pelodiretor da Faculdade na época, Rober-to Geraldo Coelho Silva, a ministrar adisciplina de Direito Civil. Para Tan-ger Jardim, estar em sala de aula é ummomento de riqueza profissional e detranqüilidade. “Essa geração dá umanova mentalidade às carreiras jurídi-cas. Eles trazem ideais de justiça, agili-dade, vontade de ajudar o próximo eagem com menos formalismos”, co-menta.

ConquistasNa passagem pelo Tribunal

Regional Eleitoral, ficou conheci-do pelo rigor com que chefiou afiscalização da propaganda elei-toral nas eleições de 1989, cum-prindo à risca a lei. Tambématuou como corregedor e encer-rou sua atividade como juiz, noTribunal de Alçada, em 1991, sen-do promovido a desembargadordo Tribunal de Justiça do Esta-do, em abril de 1997.

Uma de suas resoluções,como vice-presidente do Tribu-nal de Justiça (1980 a 1981), foicriar um sistema para receber es-tagiários nas comarcas. Hoje to-dos os fóruns têm alunos desem-penhando alguma função jurídi-ca. “Sempre sustentei e defendi apresença dos jovens nos tribu-nais. Não podemos negar ao es-tudante a oportunidade de parti-lhar experiências que só a práti-ca proporciona”, conclui.

Tanger Jardim sente-se gra-tificado de ter participado do pro-cesso de reconstrução do Judiciá-rio na República de El Salvador— que viveu dez anos de guerracivil. Na época, ele dirigia a Es-cola Superior de Magistratura erecebeu o convite da Organiza-ção das Nações Unidas para au-xiliar na formação de uma escolaque pudesse criar uma nova ge-ração de juízes.

“Não podemos negar aoestudante a oportunidadede partilhar experiênciasque só a prática proporciona”

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Eu estudei na PUCRS

Alexandre Gar-cia, 62 anos,veio estudarJornalismo naPUCRS sem

pretensões. Aos 27, tra-balhava no Banco doBrasil e queria apenasescrever uma coluna nojornal Correio do Povo.A dedicação ao estudo –obteve as melhores no-tas da turma nos quatroanos de faculdade – talvez expliquepor que teve destino diferente. É re-pórter especial da Rede Globo, assi-na artigo semanal em 43 jornais,além das revistas da TAM e da CNT,e faz comentários diários em 80emissoras de rádio. “Comecei no Jor-nal do Brasil, o mais importante dopaís, na época, e em dois anos tra-balhava no exterior. Acabei na capi-tal federal e na maior emissora deTV, fatos com os quais jamais so-nhei”, analisa.

Nascido em Cachoeira do Sul,Garcia recebeu influência do pai, quetrabalhava em rádio e lhe ensinou aperceber a notícia. Ainda criança,acompanhava-o em coberturas e re-portagens. Desde os sete anos, tinha

contato com o microfone,fazendo ao vivo pa-

péis em radio-novelas. Mo-

rava em En-cantado equando pas-

sou no vesti-bular pediu

transferência noBanco para PortoAlegre. Em maio,

no último anode faculdade,1971, ingres-

Alexandre Garcia: umjornalista de sucesso

sou como estagiário na sucursal doJornal do Brasil, onde atuou pornove anos.

PUC ou POC?Na Famecos, foi presidente do

Centro Acadêmico Arlindo Pasqua-lini (CAAP) e participou da luta paraampliar o currículo do curso. “Nes-se período fui literalmente me quei-xar ao bispo”, conta, referindo-se àreivindicação pela redução das men-salidades, quando Garcia se encon-trou com o Arcebispo Dom VicenteScherer. Lembra que o então ReitorIr. José Otão atendeu aos pedidos.Não esquece ainda as noites de sex-ta-feira, após a aula, no bar Tortugaou em boates da avenida Indepen-dência. Entre os colegas, cita Antô-nio de Jesus Machado Cabreira, quese tornou destaque na RBS TV deFlorianópolis, com um programapróprio, o colunista do jornal ZeroHora José Barrionuevo e Leo Ta-vejnhansky, diagramador do Jornaldo Brasil.

Outro fato curioso do tempo deestudante foi na vinda do então pre-sidente Emílio Médici ao Rio Gran-de do Sul. Garcia cobriria a visitapelo Jornal do Brasil, mas a creden-cial foi negada. Por um vizinho mi-litar, ficou sabendo de problemas na

sua ficha no Departa-mento de Ordem Políti-ca e Social (Dops). Foiprestar depoimento edescobriu que confundi-am POC, de PartidoOperário Comunista,com PUC. Como presi-dente do CAAP, ao par-ticipar de gincana pin-tou várias vezes no car-ro a sigla da Universi-dade. Garcia também foi

professor da PUCRS entre março de1972 a outubro de 1973.

27 anos em BrasíliaPelo Jornal do Brasil, trabalhou

na Argentina e no Uruguai e depoispassou a cobrir o Palácio do Planal-to. Os 27 anos que reside em Brasí-lia renderam dois livros, Nos Basti-dores da Notícia e João Presidente – foisubsecretário de Imprensa da Presi-dência da República por 18 mesesno governo Figueiredo. Entre as li-ções, aponta a visão global do po-der: “Observo como é transitório,efêmero e sem graça”. Segundo Gar-cia, o jornalista deve ter sensibilida-de para identificar a notícia, domde transmiti-la com simplicidade,clareza, veracidade e humildade, evi-tando que a própria personalidadese imponha aos fatos.

Garcia acorda às 5h para fazer oBom Dia Brasil e volta para casa, emgeral, às 14h, depois de apresentar onoticiário do meio-dia na Globo deBrasília. No resto do dia se dedica àfamília. Às vezes viaja para dar pales-tras ou substituir os âncoras do Jor-nal Nacional, do Fantástico ou doGlobo Repórter. Diz que é caseiro enão tem vida social. A filha Júlia, 17anos, está no segundo ano de Jorna-lismo, “por vontade dela”.

1968: o presidente da aula saúda Alberto Dines

ANA PAULA ACAUAN — [email protected]

Fotos: Arquivo Pessoal

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Ação Comunitária

OPrograma de Ações Comu-nitárias de Extensão daPUCRS esteve na cidade deRosário de Sul, na frontei-ra oeste do Estado, reali-

zando atividades de saúde para a co-munidade local. O grupo formadopor 12 alunos do 9º semestre deOdontologia, orientado pelo profes-sor Dênis Dockhorn e coordenadopelo professor Edgar Erdmann, pres-tou atendimento odontológico amais de 2.800 pessoas.

Por meio de um convênio fir-mado com a Prefeitura de Rosáriodo Sul, a equipe da Universidadefoi ao município no período das fé-rias escolares de verão. Em julho de2002, outra equipe, também integra-da por estudantes de Odontologia,realizou ações de saúde bucal na co-munidade rosariense. Na oportuni-dade, em apenas uma semana, 1.960pessoas receberam atendimento paraa prevenção e tratamento de lesõesou enfermidades bucais.

Prestação de serviçosA última ação foi desenvolvida,

em fevereiro, durante 12 dias. Aprestação de serviços odontológicosocorreu em seis pontos da cidade

Ações de saúde bucalbeneficiam milhares de pessoas

de Rosário, in-clusive, emduas unidadesmóveis. Osalunos da Fa-culdade de O-d o n t o l o g i a ,supervisiona-dos pelos pro-fessores daPUCRS, reali-zaram restau-rações, limpe-zas, pequenascirurgias etransmitiram informações sobre hi-giene e saúde bucal. Alguns dos den-tistas da cidade, em férias, acompa-nharam o atendimento à populaçãofeito pelos acadêmicos.

O contato direto com a profis-são, desenvolvido em disciplinas es-pecíficas da Faculdade, possibilitoumaior aproximação dos estudantescom a prática do ofício. “Tivemosde agir como profissionais e decidirqual o procedimento a executar”,conta Maria Angélica Maccari, umadas alunas participantes do projeto.Para o estudante Lucas Antunes, foia oportunidade de conhecer outrarealidade. “Vimos como funciona osistema de saúde pública e conse-guimos desenvolver bem o trabalho”,afirma.

Os equipamentos, todos de ex-

celente padrão, utilizados no aten-dimento aos pacientes, pertencem àPrefeitura de Rosário. As ações de-senvolvidas pela PUCRS tambémcontaram com o apoio da SecretariaMunicipal da Saúde.

CoberturaA imprensa de Rosário do Sul

fez uma ampla divulgação do traba-lho realizado pela equipe da PUCRS.A Rádio Marajá realizou entrevistasdiárias com os alunos e professores.A RBS TV de Santa Maria cobriu oevento com reportagens sobre o Pro-jeto Praia da Prevenção, no qual asações de saúde bucal eram presta-das em unidades móveis, na beirada praia de Areias Brancas.

Os veículos impressos publica-ram notícias e fotos das atividadesdesenvolvidas. “A população da ci-dade é muito hospitaleira, fomosbem recebidos durante todo o tem-po em que estivemos lá”, diz DanielPozza, acadêmico de Odontologia.Edgar Erdmann agradece o apoioda Prefeitura e adianta que novasações estão sendo planejadas paraRosário do Sul. “Queremos expan-dir o trabalho realizado na cidade,pois os benefícios estão sendo posi-tivos e recíprocos”, diz.

Atendimento na praia de Areias Brancas

Professor e alunas em Rosário

Rosário do Sul

Fotos: Divulgação

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Opinião

Oensino superior passa porprofundas transformações.As demandas sociais, omercado e o desenvolvi-mento científico-tecnológi-

co impõem grandes modificações naformação dos profissionais de todasas áreas. Cada vez mais, espera-seque os egressos do ensino superiortenham uma formação com qualida-de técnica e política.

A primeira significa sólida for-mação geral na área de atuação,capacidade crítica para analisar osseus próprios conhecimentos e vi-vência das ferramentas da pesquisapara continuar aprendendo em es-treita relação com a prática. Signifi-ca ainda que os futuros profissio-nais saibam comunicar-se, o que im-plica ter habilidades de leitura, es-crita e argumentação, entre outrascompetências.

A segunda expressa-se por sabertrabalhar em equipe, ter iniciativa,espírito empreendedor e autonomia,com condições de exercer plenamen-te sua cidadania, respeitando, comopessoa e como profissional, o direitoà vida e ao bem-estar dos outros.Para isso, é muito importante fortale-cer a articulação da teoria com a prá-tica, valorizando a pesquisa indivi-dual e coletiva, assim como os mo-mentos de exercício da prática profis-sional através do estágio obrigatórioe dos não-obrigatórios e da partici-pação em atividades de extensão comação na comunidade.

Essas expectativas estão explici-tadas nas Diretrizes Curricularespara os Cursos de Graduação. Nessaperspectiva, os cursos de graduaçãoda PUCRS estão sendo repensados.Em 2002, 13 cursos tiveram seus cur-rículos revisados e neste ano outrosestão passando por esse processo.

Capacitação docentepara os novos tempos

No entanto, revisar currículosnão consiste somente em modificartítulos de disciplinas, ementas, con-teúdos e cargas horárias. A redefi-nição da matriz curricular inclui re-ver nossas representações e teoriase a nossa prática em relação à sele-ção de conteúdos, à dinâmica queempreendemos nas aulas, ao usodos recursos disponíveis, aos pro-cessos de avaliação que emprega-mos, ao modo como nos relaciona-mos com os alunos e com os cole-gas e à interação que estabelecemoscom o mundo real do trabalho.

Por isso, a busca de capacitaçãopara essa nova realidade deve fazerparte da agenda dos professores.Capacitar-se, nesse contexto, con-siste em participar de um processoreflexivo, partindo das experiênciase dos conhecimentos que cada umjá tem, na busca da auto-superação.Mas, vivenciar o novo é preciso.Isso inclui desafiar os alunos, pro-blematizar o seu conhecimento so-bre a realidade, através do diálogoe da investigação. Esses procedimen-tos fazem com que o professor tor-ne-se consciente das dificuldades,faltas e carências dos seus alunos edas suas próprias. É a consciênciada incompletude que gera a neces-sidade da busca de capacitação paralidar com o novo.

Com a intenção de contribuirpara a melhoria da ação docentena PUCRS, o Setor Didático-Peda-gógico está iniciando um programade módulos de estudos, com vistasà reflexão continuada dos professo-res sobre os aspectos envolvidos naação em sala de aula, o empregode recursos tecnológicos, a avalia-ção da aprendizagem e do ensino,o vínculo da linguagem com a cog-nição e a aprendizagem, o relacio-

namento interpessoal e a pesquisaem sala de aula. Esses módulos se-rão oferecidos em várias edições,atendendo assim, aos anseios da co-munidade universitária.

Somente será possível ajudar osnossos alunos a vencerem suas bar-reiras e a construírem seus projetosde vida se nos capacitarmos paraisso.

“Somente serápossível ajudar

os nossos alunosa vencerem suas

barreiras e aconstruíremseus projetosde vida se noscapacitarmospara isso. ”

MAURIVANGÜNTZEL RAMOS

Professor da Faculdade deQuímica e Coordenador doSetor Didático-Pedagógico

da PUCRS

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