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Colégio Anísio Teixeira – CAT Professor(a): Joselice Souza Série: 9º ano Turma: A,B,C Disciplina: História TEMA DA AULA: PRIMEIRA REPÚBLICA SUBTEMA: REVOLTAS POPULARES NO CAMPO E NA CIDADE

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Page 1: TEMA DA AULA: PRIMEIRA REPÚBLICA SUBTEMA: REVOLTAS ... · REVOLTAS POPULARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA O movimento do cangaço (sertão nordestino, fim do século XIX até meados do

Colégio Anísio Teixeira – CAT

Professor(a): Joselice Souza

Série: 9º ano

Turma: A,B,C

Disciplina: História

TEMA DA AULA: PRIMEIRA REPÚBLICA

SUBTEMA: REVOLTAS POPULARES NO CAMPO E NA CIDADE

Page 2: TEMA DA AULA: PRIMEIRA REPÚBLICA SUBTEMA: REVOLTAS ... · REVOLTAS POPULARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA O movimento do cangaço (sertão nordestino, fim do século XIX até meados do

REAÇÕES POPULARES NO CAMPO E NA

CIDADE À ORDEM REPUBLICANA

Contexto histórico:

Abolição recente do sistema escravista (1888) e a exclusão da maioria negra e pobre

República Proclamada via golpe Militar (1889) com o apoio das elites brasileiras.

Poder oligárquico nas mãos dos cafeicultores organizados em dois partidos: PRP ( Partido Republicano Paulista) e PRM ( Partido Republicano Mineiro)

Constituição republicana de 1891 estabeleceu eu apenas homens alfabetizados e maiores de 21 anos poderiam participar da vida política ( voto, concorrer às eleições)

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REVOLTAS POPULARES NA PRIMEIRA

REPÚBLICA

● O movimento do cangaço (sertão nordestino, fim do século XIX até meados do XX)

● A guerra de Canudos (1893-1897)

● A revolta do Contestado (Paraná/Santa Catarina, 1912-1916)

● A Revolta da Chibata (Rio de Janeiro, 1910)

● A Revolta da Vacina (Rio de Janeiro, 1904)

Greve de 1917( SP,RJ,MG)

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O CANGAÇO

● Contexto do sertão nordestino no fim do Império e início da República: secas, fome, abuso de autoridade pelos coronéis, etc.

● Cangaceiros confrontavam com coronéis, polícia, bandos → rivais; praticavam roubos, assassinatos, seqüestros. Honra e Vingança.

● Criminalidade OU contestação social de pessoas oprimidas?

● Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) – Morto em 1938

● O Cangaço na identidade nordestina Justiceiros, heróis → (literatura de Cordel)

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CANUDOS

● Dificuldades enfrentadas pelo povo do sertão nordestino → religião como saída → Messianismo (crença em um enviado de Deus que traria uma nova era de bonança para o povo)

● Antonio Conselheiro (líder): “A terra não tem dono. A terra é de todos.” seguidores →

● 1893 - Instalação do Arraial de Canudos, que chegou a ter 25 mil habitantes.

● População de Canudos: sertanejos semterra, ex-escravos, pequenos proprietários pobres, pessoas perseguidas por coronéis

● Organização comunitária: colheitas, rebanhos e frutos do trabalho eram repartidos e o restante vendido ou trocado com vizinhos. Propriedade privada eram exclusivamente bens de uso pessoal (roupas, móveis).

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A GUERRA DE CANUDOS

● Repressão/ A quem O Arraial sob a liderança de Antonio Conselheiro incomodava:

– Igreja Católica . Justificativa: Conselheiro desviava os fiéis;

– Proprietários de terras( Coronéis) Justificativa: Ocupação das terras, falta de mão-de-obra e não pagamento de impostos

– República( Governo central) Justificativa: Conselheiro era acusado de ser monarquista

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EXPEDIÇÕES MILITARES DO GOVERNO

CONTRA CANUDOS:

● 1ª expedição: 100 homens, cercados por 1000 de Conselheiro.

● 2ª expedição : 543 praças, 14 oficiais, 3 médicos, 2 canhões Krupp e duas metralhadoras (melhor equipamento da época) e derrota da repressão.

● 3ªexpedição: 1300 combatentes, 15 milhões de cartuchos e 70 tiros de artilharia; Derrota causa comoção nacional e é percebida por parte da população como início de uma conspiração restauradora monarquista.

● 4ªexpedição: 2 colunas com mais de 5 mil homens e preparada minuciosamente; no decorrer da luta, seus contingentes receberão reforços de 4 mil homens; Em 5 de outubro Canudos é derrotado.

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GUERRA DO CONTESTADO

● Contestado: região disputada por Santa Catarina e Paraná

● Fazendeiros, Southern Brazil Lamber andColonization e Brazil Railway (empresas que exploravam a região) empregavam em condições desumanas sertanejos sem-terra. Com o fim das obras de uma Estrada de Ferro, a crise social piorou.

● Liderança de José Maria – fundação de povoados da “Monarquia Celeste” (governo próprio e normas igualitárias) → Movimento Messiânico

● “Vilas santas” com organização própria e contrários à República

● Repressão feita pelos fazendeiros, das empresas estrangeiras e do Estado.

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REVOLTA DA VACINA

● Problemas urbanos no RJ: Pobreza, desemprego, problemas de saneamento (esgoto, lixo, mosquitos) surtos de febre amarela, → peste bubônica, varíola

● Desejo do governo de transformar Rio de Janeiro na “capital do progresso” Reformas de Rodrigues Alves (presidente) e Pereira → Passos (prefeito)

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AS REFORMAS PEREIRA PASSOS

E A REVOLTA DA VACINA

● Reformas: alargamento das ruas do centro, ampliação do saneamento e reforma da zona portuária

● Demolição de cortiços e casebres e remoção forçada das famílias para favelas e regiões de periferia

● Lei da vacinação obrigatória (médico e sanitarista Oswaldo Cruz) – Não houve esclarecimento para a população – Violência na aplicação

● Reação contra o contexto de autoritarismo governamental Revolta urbana entre 12 e 15 de → novembro de 1904

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REVOLTA DA CHIBATA

● Revolta dos marinheiros (majoritariamente negros) contra as péssimas condições de trabalho: – Péssima alimentação – Salários baixos – Código de disciplina da Marinha, que punia os marinheiros com chibatadas

● Liderança de João Cândido, “o Almirante Negro”

● Tomada de alguns navios e apontar dos canhões para a cidade do RJ

● Governo engana marinheiros concedendo-lhes vitória, mas acaba prendendo e exilando revoltosos

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GREVE DE 1917 A Greve Geral de 1917 foi um movimento provocado pelos

operários e comerciantes de São Paulo nos meses de junho e julho.

CONTEXTO HISTÓRICO

Em 1917, o mundo vivia a Primeira Guerra Mundial que fazia estragos econômicos e sociais nos países europeus. Igualmente, assistia a tomada do poder por socialistas e comunistas, na Rússia.

Por sua vez, o Brasil vivia um período de instabilidade econômica provocada pela escassez de alimentos e, consequentemente, de inflação.

As primeiras fábricas, no Brasil, começaram a abrir atraindo camponeses que buscavam na cidade melhores oportunidades de salário e vida, além de imigrantes europeus já com alguma experiência no campo das lutas operárias em seus países de origem.

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GREVE DE 1917

As condições de trabalho nessas fábricas eram as piores possíveis. Não havia legislação trabalhista, as jornadas duravam até 16 horas por dia, mulheres e crianças realizavam trabalhos pesados e as questões laborais eram resolvidas com a polícia.

Influências das correntes socialista, anarquista e anarco-sindicalista : luta contra a exploração capitalista

imigrantes italianos e espanhóis, que vinham trabalhar nas fábricas paulistanas, começaram a divulgar os princípios anarquistas e socialistas através de jornais operários. Neles, chamavam a atenção para a necessidade de organização e mobilização dos trabalhadores, a fim de conseguirem direitos trabalhistas.

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GREVE DE 1917

A paralisação começou na fábrica Crespi que empregava 2000 trabalhadores, no bairro da Moca. Esse movimento se espalha por outras fábricas do bairro provocando a adesão de mais operários. Inspirados pelas ideias anarquistas divulgadas pelo jornalista Edgar Leuenroth, os trabalhadores fazem os primeiros comícios em bairros e praças públicas.

Ao longo de todo mês de junho várias fábricas somam-se à greve. Em 8 de julho é criado o Comitê de Greve, proposto pelos anarquistas. No dia seguinte, a polícia mata o sapateiro espanhol José Martinez e causa revolta entre os grevistas.

Em 12 de julho, a greve estava decretada. São Paulo amanhece com fábricas, comércios e transportes parados. Diante da forte repressão policial, os operários se recusam a negociar diretamente com os patrões e jornalistas se encarregam de formar uma comissão intermediadora.

Depois de árduas negociações, os operários conquistaram o aumento de 20% de salário, direito de associação e a não demissão dos envolvidos na greve. No dia 16 de julho, um comício realizado no Largo da Concórdia, decreta o fim da primeira greve geral do Brasil.

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GREVE DE 1917- CONSEQUÊNCIAS

A Greve Geral de 1917 deixou marcas entre os trabalhadores urbanos brasileiros. Desta maneira, podemos citar:•O operariado brasileiro adquire maior consciência de classe;•Desenvolvem-se os primeiros sindicatos a partir das ligas de classe dos bairros;•Divulgação e fortalecimento das ideias de esquerda no Brasil;•A compreensão de que a resolução de conflitos sociais não deveria ser resolvida através da polícia.

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QUESTÕES

1- O que a eclosão de movimentos no campo e na cidade revelou sobre a relação Estado brasileiro a as massas?

2- O que você compreendeu sobre messianismo?

3- Como se justifica a aplicação desproporcional da força militar em relação a Canudos? Que leitura podemos fazer do massacre?

4- Tendo como referência a chamada Revolta da Vacina, estabeleça um paralelo entre a atuação dos governos no passado e atualmente em relação à saúde pública.

5- Podemos atribuir à Revolta da Chibata uma conotação racial? Justifique .