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Teologia de Deuteronômio

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Page 1: Teologia de deuteronômio

Teologia de Deuteronômio

Page 2: Teologia de deuteronômio

Título do livro

• Bíblia Hebraica - ~yrIb'D>h; hL,ae

• LXX - ΔΕΥΤΕΡΟΝΟΜΙΟΝ • Vulgata - Deuteronomium

Page 3: Teologia de deuteronômio

O texto de Deuteronômio

• Praticamente todos os estudiosos concordam que o Texto Massorético de Deuteronômio é notavelmente superior.

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Contexto histórico

• Data do Êxodo • Era do Bronze Tardio (ca. 1550–1200

a.C.) • Mundo mediterrâneo oriental

– Egito – Hicsos e os hebreus

• O nascimento de Moisés - 1526 b.c., • Fuga de Moisés durante o reninado de

Thutmose III (1504–1450) • Faraó do Êxodo: Amenhotep II

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• Falta de interesse egípcio na Palestina, principalmente na região central.

• Os Kassitas, que tinham soprepujado os Babilônios na baixa e média Mesopotâmia não demonstravam interesse no ocidente.

• Os hititas e os mitani estavam paralisados um pelo outro e por um Egito poderoso e emergente.

• Assim, as populações nativas da Palestina eram os únicos obstáculos para Israel.

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Localização de Deuteronômio

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Ocasião do livro

• Primeiro, era importante que o povo entendesse quem eles eram, onde estava sua origem e que pretensão Deus tinha para eles nos anos vindouros.

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• Gênesis – raízes nas alianças patriarcas (um povo e uma terra)

• Êxodo – crescimento, libertação e capacitação para ser um reino de sacerdotes e nação santa

• Levítico – requerimentos da aliança

• Números – movimento da aliança até a conquista

• Deuteronômio – reiteração da aliança para a nova geração

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• Segundo, Moisés estava para morrer, de modo que era essencial que ele escrevesse uma coleção completa da tradição e verdade que formavam a própria revelação de Deus.

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Estrutura

I. O ambiente da aliança (1:1–5) – uma despedida nas campinas de Moabe

às margens do Jordão (Nm 36:13).

II. Revisão histórica (1:6–4:40)

– Em consonância com os tratados hititas. – Vida nacional do Sinai até o presente.

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III. A preparação para o texto da aliança (4:41–49)

– Três cidades de refúgio

IV. Os princípios da aliança (5:1–11:32)

– Divisão central: necessidade de renovação e exortação à obediência

Page 17: Teologia de deuteronômio

A natureza do relacionamento entre Yahweh e Israel consiste

fundamentalmente no reconhecimento que Deus é único (6:4–5) e que Seu povo, se

espera desfrutar dos benefícios das promessas patriarcais, deve servi-lo com lealdade e fidelidade sem rivais (6:1–25).

Page 18: Teologia de deuteronômio

V. As estipulações específicas da aliança (12:1–26:15)

– Aplicações específicas dos princípios – Israel devia ser diferente – A nação teocrática

VI. Exortação e interlúdio narrativo (26:16–19)

– Disposição interna e obediência exterior

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VII. As maldições e as bênçãos (27:1–28:68) – Um elemento central de qualquer aliança

bilateral era a seção que descrevia as recompensas e as punições.

– Importância teológica ao longo do AT

• VIII. Epílogo: revisão histórica (29:2–

30:20) – Conclusão parcial

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IX. Depósito do texto e provisão para sua futura implementação (31:1–29)

X. O cântico de Moisés (31:30–32:44)

– Exalta ao Deus de Israel por Sua grandeza e justiça (32:2–4) a despeito da impiedade de Seu povo (32:5–6a).

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XI. Interlúdio narrativo (32:45–52) – O anúncio da morte

XII. A benção de Moisés (33:1–29)

– As bênçãos de Jacó e as bênçãos de Moisés

XIII. Epílogo narrativo (34:1–12)

– 34:10

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Temas teológicos

• Não se pode entender a teologia de Deteuronômio sem referência à aliança.

• A aliança é a principal preocupação.

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• As três principais rubricas da teologia de Deuteronômio

(1) Yahweh, o Grande Rei e idealizador da aliança; (2) Israel, o vassalo e destinatário da aliança; (3) O livro em si como o veículo da aliança.

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1. O caráter de Deus

Os atos de Deus, à medida que são vistos unidos e como parte de um padrão, constituem a própria história.

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A história teológica em Deuteronômio

Isto obviamente começa com Deus como criador (um aspecto ausente no livro) e continua, em seu relacionamento com Israel,

– como aquele que elege seu povo (Dt 26:5–9), – como seu Redentor (1:30–31; 3:24–29; 6:21–

23; 8:14–16; 11:2–7; 16:1–7; 26:6–9), – como Divino Guerreiro (2:21–22, 30–31; 7:1–

2, 20–24; 31:4), – como benfeitor de Israel (32:15–18), – e como Redentor e Juiz vindouro (7:13–16;

11:14–15; 30:3–9; 32:19–43; 33:2–29).

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• O modo mais inteligível e portanto menos ambíguo de revalação é a palavra profética. Esta palavra de Deus, naturalmente, é o próprio livro expresso em sua forma singular de aliança.

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• Deste modo, não é surpresa que o nome da aliança Yahweh é frequentemente citado, cerca de 221. As raras ocorrências de Elohim (23x) e outros nomes e epitetos (18x) reforça o caráter de aliança do livro e sua atenção quase exclusiva à Israel.

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• Teologia do nome – Eichrodt traça o curso do

desenvolvimento desta teologia da ideia de Deus como manifesto em seu nome, passando por três etapas: • Nome como representação do Deus

transcendente, • Uma hipostatização virtual do Nome, • Uma equivalência do Nome com a p´ropria

essência divina

Page 29: Teologia de deuteronômio

• A revelação da pessoa de Deus em Deuteronômio segue os típicos padrões bíblicos valendo-se de termos altamente antropomórficos:

– Ele possui mãos (2:15; 3:24; 4:34), um braço

(4:34; 5:15), uma boca (8:3), uma face (5:4; 31:18; 34:10), um dedo (9:10), olhos (11:12; 12:28);

– Ele anda (23:14), escreve (10:4), cavalga (33:26).

– Ele é tanto imanente (4:7, 39; 31:8) quanto transcendente (4:12, 35–36; 5:4, 22–26), único (3:24; 5:7; 6:4, 15) e sem forma material (4:12, 15).

– Ele é soberano (10:17–18; 32:8–9) e eterno (30:20; 32:40), mas ao mesmo tempo é Pai (14:1; 32:5–6).

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• Yahweh é gracioso (5:10; 7:9, 12), amoroso (1:31; 7:7–8, 13), justo (4:8; 10:17–18), misericordioso (4:31; 13:17), poderoso (4:34, 37; 6:21–22), santo (5:11), glorioso (5:24–26), fiel (7:9, 12), e correto (32:4).

• Mas, Ele também é irado (1:37; 3:26; 9:18–20) e zeloso por sua própria honra (4:24; 13:2–10; 29:20).

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• O Grande Soberano firma aliança com um povo através de quem ele deseja reinar e manifestar-se ao mundo.

• Este direito deriva do fato de Ele ser Criador (4:32) e Redentor (5:6, 15; 6:12, 21–23; 9:26, 29). – O papel do sábado.

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2. The Nature of Israel and Humanity

– Em geral, Deuteronômio tem pouco a dizer sobre a humanidade, à parte do fato de que Deus a criou (4:32) e provê tanto suas necessidades físicas quanto espirituais (8:3). O foco principal está em Israel como nação (Dt 27:9).

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3. A natureza do relacionamento

• Aliança: forma e conteúdo.

• Definição: Yahweh, o Grande Rei e Seu povo eleito e comissionado.

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• Deuteronônio como uma renovação da aliança – Expressão de graça divina.

• A descrição técnica do relacionamento

(4:44–49). – tôrâ, ʿēdôt, ḥuqqîm, mišpāṭîm

• Cerne de suas obrigações: Decálogo e

Shemá (6:6; cf. 5:22).

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• A natureza da relação se manifestava de modo concreto nas leis religiosas e civis:

• O papel de Israel como comunidade teocrática não os eleva ao ponto de removê-los dentre a família das nações. Eles eram um povo com propósito celestial, servindo o único e transcendente Deus, mas eles tinham seus pés firmemente plantados sobre a terra.

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Deuteronômio e o AT

• História Deuteronomista e os Primeiros Profetas (Dt 1-4, 29-30) (Heilsgeschichte).

• Narra a história de Israel desde a entrada na terra prometida até o exílio babilônico. É chamada deuteronomista porque a história de Israel é julgada e avaliada à luz da teologia do Deuteronômio.

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O propósito geral: dar o ponto de vista de Deus sobre a história de

Israel.

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Princípios básicos da HDtr: 1. A obrigação de Davi e de todos os reis de seguirem a "Lei de Moisés” (1Rs2:1-Dt9:4,5). 2. Apelo frequente feito pelos reis davídicos à eleição de Israel, ao Êxodo, e à terra prometida (1Rs 8:16,20-21,34,36,53 – Dt 17:17,18). 3. O constante reconhecimento de Jerusalém como o "lugar em que YHWH escolheu“ (1Rs 8:16,44,48; 11:13,32;14:21; 2Rs 17:7;23:27 – Dt 12). 4. A importância da "teologia do Nome“ ("farei meu nome habitar ali") para a importância de Jerusalém (1Rs.8:29; 14:21; 2Rs 21:7; 23:27;- Dt.12).

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5. A confiança de que a palavra de YHWH "não falharia"(Js 21:45; 23:14; 2Rs 10:10 –Dt 13:1-5 ou 18:15). 6. O constante surgimento de profetas (Natã, Aías, Jeú filho de Hanani, Elias e Eliseu)que falaram a constante palavra do Senhor e também ensinaram Israel e Judá a guardar os mandamentos e estatutos dados por Deus a Israel (2Rs.17:13). 7. O “descanso“ prometido em Deuteronômio e Josué e a contribuição de Davi para ele (Js 21:43-45; 2Sm 7:1,11; 1Rs 5:4;- Dt 12:8-11).

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Deuteronômio e o NT

• O livro é profusamente citado no NT por Jesus e pelos apóstolos (cf. Mt 4:4, 7, 10; 5:21, 31; Mc 7:10; 12:19; Lc 10:27; Jo 8:5, 17; Rm 10:8).

• Para eles era um dos escritos fundacionais do AT que a doutrina cristã e a própria igreja deveriam estar fundamentadas.