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Emery H. Bancroft, d.d. TEOLOGIA ELEMENTAR EDITORA BATISTA REGULAR “CONSTRUINDO VIDAS NA PALAVRA DE DEUS” Rua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - São Paulo - SP 2011 DOUTRINÁRIA E CONSERVADORA

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  • Emery H. Bancroft, d.d.

    TEOLOGIA

    ELEMENTAR

    EDITORA BATISTA REGULAR CONSTRUINDO VIDAS NA PALAVRA DE DEUS

    Rua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - So Paulo - SP2011

    DOUTRINRIA E CONSERVADORA

  • EDITORA BATISTA REGULAR DO BRASILRua Kansas, 770 - Brooklin - CEP 04558-002 - So Paulo - SP

    Telefone: (011) 5041-9137 Site: www.editorabatistaregular.com.br

    TEOLOGIA ELEMENTAR

    Terceira edio, Copyright, 1960 peloSeminrio Bblico Batista, Johnson City, New York

    Traduzido e publicado com a devida autorizao.

    Traduo:Joo Marques Bentes e W.J. Goldsmith

    Editado em portugus por:Robert Collins

    Em colaborao com:Ronald Meznar e Bernard N. Bancroft

    Dcima segunda impresso: 2011

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada em sistema de processamento de dados ou transmitida em qualquer forma ou qual-quer meio eletrnico, mecnico, fotocpia, gravao ou qualquer outro exceto para citaes resumidas com o propsito de rever ou comentar, sem prvia autorizao dos Editores.

    Superviso de produo: Edimilson L. dos SantosCapa: Edvaldo C. Matos

    ISBN 85-7414-016-3

  • Introduo Segunda edIo

    Esta a segunda edio em portugus de Teologia Elementar, Dou-trinria e Conservadora por Dr. Emery H. Bancroft. Novamente estamos certos de que muitos encontraro em suas pginas a clareza e a profundi-dade das grandes doutrinas da palavra de Deus.

    Estes estudos doutrinrios distinguem-se por sua forte nfase bbli-ca. Este volume ser, certamente, uma contribuio vital s igrejas que so leais Bblia. Nesta poca de grande confuso religiosa, motivo de profunda satisfao publicar um livro que ensina de modo to lcido a Teologia Bblica. O Dr. Bancroft apela sempre, no autoridade dos his-toriadores, nem dos telogos e nem dos chamados Pais da Igreja, seno autoridade absoluta da Palavra de Deus.

    Devido sua boa organizao teolgica e ao estilo literrio claro, este livro sobremodo apropriado para uso como texto em Institutos Bblicos e Seminrios. Grande nmero de pastores ho de descobrir que o livro de valor inestimvel para sua meditao particular, e como texto para estudos bblicos sobre doutrina em suas igrejas. Devido ao fato de que o livro expressa em linguagem simples e clara as grandes verdades bbli-cas, muitos dos assim chamados leigos recebero grandes benefcios em usar o volume para seus prprios estudos. Todos os ensinamentos so fortalecidos pelo uso abundante de citaes e referncia bblicas.

    Nossa orao que este novo livro teolgico seja grandemente aben-oado por Deus, e que milhares de obreiros aprovados possam encon-trar nele instruo, inspirao e um slido alicerce bblico para um minis-trio frutfero nos campos que j branquejam a ceifa.

    So Paulo, E.S.P., BrasilRoberto C. Collins

  • PrefcIo

    A Bblia d grande importncia doutrina, e afirma fornecer o mate-rial prprio para o seu contedo. Ela enftica em sua condenao contra o que falso. Adverte contra as doutrinas dos homens (Cl. 2:22); contra a doutrina dos fariseus (Mt. 16:12); contra os ensinos dos demnios (I Tm. 4:1); contra os que ensinam doutrinas que so preceitos dos ho-mens (Mc. 7:7); contra os que so levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef. 4:14).

    Entretanto, se por um lado a Bblia condena o falso, por outro igual-mente exorta urgentemente e recomenda a verdadeira doutrina. Entre outras cousas para doutrina que toda Escritura ... til para o ensino (II Tm. 3:16). Portanto, nas Escrituras a doutrina reputada como boa (I Tm. 4:6); s (I Tm. 1:10); segundo a piedade (I Tm. 6:3); de Deus (Tt. 2:10), e de Cristo (II Jo. 9).

    Temos procurado zelosamente fazer com que o ensino deste livro seja a expresso e a elucidao das doutrinas das Escrituras, e, por esse motivo receba a recomendao e a bno de Deus. As observaes aqui contidas tm constitudo o curso de Primeira Srie nas classes das quais o autor tem sido instrutor durante muitos anos. No planejamento e pro-psito deste volume, temos em vista no apenas classes dessas pocas em ginsios, Seminrios e Escolas Bblicas, mas igualmente em grupos de estudo e at mesmo indivduos particulares, que desejem equipar-se com o conhecimento da doutrina bblica.

    Se a Deus parecer bem fazer uso desta obra, na propagao da ver-dade do Evangelho, ser-Lhe-emos profundamente agradecidos.

    E.H. Bancroft, D.D.

  • SmboloS uSadoS

    V.A. .............................................................................Ver Ainda

    V.T. .............................................................................Ver Tambm

    a. (depois de um versculo) .....................................Primeira Cpsula

    b. (depois de um versculo) ....................................ltima Clusula

    D.D. ...........................................................................Declarao Doutrinria

  • ndIce do contedoIntroduo ........................................................................................................iiiPrefcio ............................................................................................................ivSmbolos Usados .............................................................................................v

    CAPTULO PRIMEIROA DOUTRINA DAS ESCRITURAS

    A. Sua Canonicidade ou Autenticidade ............................................................ 1 I. Significado ........................................................................................... 1 II. Provas ................................................................................................... 2 1. O Cnon do Antigo Testamento ................................................... 2 (1) A Lei ........................................................................................... 3 (2) Os Profetas ............................................................................... 5 (3) Prova Suplementar do Novo Testamento ............................ 6 2. O Cnon do Novo Testamento ..................................................... 6B. Sua Veracidade ............................................................................................. 8 I. Significado ............................................................................................ 8 II. Provas .................................................................................................... 8 1. Estabelecida por consideraes negativas .................................. 8 2. Estabelecida por consideraes positivas ................................... 9 (1) Integridade topogrfica e geogrfica .................................... 9 (2) Integridade etnolgica ou racial .......................................... 10 (3) Integridade cronolgica ........................................................ 10 (4) Integridade histrica ............................................................. 10 (5) Integridade cannica ............................................................. 11C. Sua Inspirao ou Autoridade Divina ........................................................ 12 I. Significado .......................................................................................... 12 II. Provas .................................................................................................. 12 1. O testemunho da Arqueologia .................................................... 13 2. O testemunho da Bblia ............................................................... 14 3. O testemunho de Cristo ............................................................... 20 4. O testemunho das vidas transformadas .................................... 22

  • viindice do Contedo

    CAPTULO SEGUNDOA DOUTRINA DE DEUS

    A. O Fato de Deus ........................................................................................... 22 I. Estabelecido pela Razo .................................................................... 25 1. Argumento decorrente da Crena Universal............................ 25 2. Argumento de causa e efeito....................................................... 26 3. Argumentos decorrente da evidente harmonia da crena em Deus com os fatos existentes ................................................28 II. Estabelecido pela Revelao ............................................................. 28B. A Natureza de Deus (Revelada por Seus atributos) ................................... 29 I. Atributos naturais .............................................................................. 30 1. A vida de Deus .............................................................................. 30 (1) O significado de Vida ........................................................ 30 (2) A realidade bblica da Vida como atributo divino............ 32 (3) A vida de Deus ilustrada e demonstrada nas Escrituras . 32 2. A Espiritualidade de Deus .......................................................... 33 (1) O seu significado .................................................................... 34 (2) A realidade bblica estabelecida .......................................... 34 (3) A realidade bblica iluminada.............................................. 34 (4) A realidade bblica interrogada ........................................... 35 3. A Personalidade de Deus ............................................................ 38 (1) Seu significado ....................................................................... 40 (2) A realidade bblica da personalidade de Deus estabelecida .............................................................................40 a. Pelos nomes dados a Deus e que revelam personalidade ...................................................................40 b. Pelos pronomes pessoais empregados para Deus .......44 c. Pelas caractersticas e propriedades de personalidade ... atribudas a Deus ..............................................................45 d. Pelas relaes que Deus mantm com o universo e com os homens .......................................................................... 46 4. A Tri-Unidade de Deus ................................................................ 51

    Refutao do sabelianismo, do swedenborgianismo e do tritesmo .................................................................................... 51 (1) Unidade de Ser ....................................................................... 52 a. Seus significado ................................................................. 52 b. A realidade Bblica ............................................................ 52

  • viii ndice do Contedo

    (2) Trindade de Personalidade .................................................. 53 a. Seu significado ................................................................... 54 b. A realidade bblica. ........................................................... 54 5. A Auto-Existncia de Deus .......................................................... 60 (1) Seu significado ....................................................................... 61 (2) Sua realidade .......................................................................... 61 6. A eternidade de Deus .................................................................. 62 (1) Seu significado ....................................................................... 62 (2) Sua realidade .......................................................................... 63 7. A imutabilidade de Deus ............................................................. 63 (1) Seu significado .......................................................................65 (2) Sua realidade ..........................................................................65 (3) Objees doutrina da Imutabilidade ...............................65 8. A Oniscincia de Deus .................................................................67 (1) Seu significado .......................................................................68 (2) Sua realidade ..........................................................................68 (3) Sua aplicao ..........................................................................69 9. A Onipotncia de Deus ................................................................73 (1) Seu significado .......................................................................73 (2) Sua realidade ..........................................................................74 (3) Sua aplicao ..........................................................................74 10. A Onipresena de Deus ...............................................................77 (1) Seu significado .......................................................................78 (2) Sua realidade ..........................................................................78 (3) Sua qualificao......................................................................79 Sua aplicao vida e experincia humana ..........................80 II. Os atributos morais ...........................................................................81 1. A santidade de Deus, incluindo a Retido e a Justia .............81 (1) A Santidade de Deus (propriamente dita) .........................81 a. Importncia da doutrina ..................................................81 b. Significado de santidade quando se refere a Deus .......83 c. Sua realidade bblica .........................................................84 d. Sua manifestao ...............................................................85 e. Sua aplicao ......................................................................86 (2) A retido e a Justia de Deus ...............................................88 a. A retido de Deus ..............................................................88 (a) Seu significado ............................................................ 88

  • ixndice do Contedo

    (b) Sua realidade bblica ...................................................88 b. A Justia de Deus...............................................................89 (a) Seu significado .............................................................89 (b) Sua realidade bblica ...................................................89 c. A manifestao da Retido e da Justia de Deus ..........89 2. O Amor de Deus, incluindo a Misericrdia e a Graa ............92 (1) O amor de Deus .....................................................................92 a. Seu significado ...................................................................92 b. Sua realidade bblica .........................................................93 c. Seus objetos ........................................................................94 d. Sua manifestao ...............................................................95 e. Seus vrios aspectos ..........................................................97 (2) A Misericrdia e a Graa de Deus .......................................98 a. A misericrdia de Deus ....................................................98 (a) Seu significado ............................................................. 99 (b) Sua realidade bblica ................................................... 99 b. A Graa de Deus .............................................................. 100 (a) Seu significado ........................................................... 100 (b) Sua realidade bblica ................................................. 102 c. A manifestao da misericrdia e da Graa de Deus . 102C. O Conselho de Deus .................................................................................104 I. O Plano de Deus em relao ao Universo e aos homens ........... 104 1. Seu significado ............................................................................ 104 2. Sua realidade bblica .................................................................. 105 3. Seu escopo ...................................................................................105 II. O Propsito de Deus em relao redeno ............................... 108 1. Seu significado ............................................................................108 2. Sua realidade bblica .................................................................. 108 3. Sua aplicao ............................................................................... 110 (1) No convite ou chamada geral ............................................ 110 (2) No convite ou chamada eficaz ........................................... 111 4. As objees ..................................................................................114

    CAPTULO TERCEIROA DOUTRINA DE JESUS CRISTO

    A. A Pessoa de Cristo ....................................................................................123 I. A Humanidade de Jesus Cristo, conforme demonstrada ..........125

  • x ndice do Contedo

    1. Pela Sua ascendncia humana Concepo Miraculosa ......125 2. Por Seu crescimento e desenvolvimento naturais .................136 3. Por Sua aparncia pessoal .........................................................137 4. Por possuir natureza humana e completa ..............................138 5. Pelas Suas limitaes humanas sem pecado ...........................140 6. Pelos nomes humanos que Lhe foram dados por Ele mesmo e por outros ..................................................................................144 7. Pela relao humana que Ele mantinha com Deus (O auto-esvaziamento de Cristo) ..............................................145 II. A Divindade de Jesus Cristo, conforme demonstrada ...............147 1. Pelos nomes divinos que Lhe so dados nas Escrituras ......150 2. Pelo culto divino que Lhe tributado .....................................152 3. Pelos ofcios divinos que as Escrituras atribuem a Jesus Cristo ..................................................................................154 4. Pelo cumprimento, em Cristo, no Novo Testamento, de declaraes do Antigo Testamento a respeito de Jeov ........156 5. Pela associao do nome de Jesus Cristo, o filho com o de Deus Pai ...............................................................................158 III. O Carter de Jesus Cristo ................................................................158 1. A Santidade de Jesus Cristo ...................................................... 158 (1) Seu significado ..................................................................... 158 (2) Testemunhos de sua realidade ........................................... 160 (3) Sua manifestao ................................................................. 162 2. O Amor de Jesus Cristo.............................................................. 164 (1) Seu significado ..................................................................... 164 (2) Seus objetos ........................................................................... 165 (3) Sua manifestao ................................................................. 168 3. A Mansido de Jesus Cristo ...................................................... 171 (1) Seu significado ..................................................................... 171 (2) Sua realidade ........................................................................ 172 (3) Sua manifestao ................................................................. 172 4. A Humildade de Jesus Cristo ................................................... 175 (1) Seu significado ..................................................................... 175 (2) Sua realidade ........................................................................ 175 (3) Sua manifestao ................................................................. 176B. A Obra de Jesus Cristo ............................................................................. 178 I. A morte de Jesus Cristo .................................................................. 178

  • xindice do Contedo

    1. Sua importncia .......................................................................... 179 2. Sua necessidade .......................................................................... 182 3. Sua natureza ................................................................................ 184 (1) Negativamente considerada ............................................... 184 a. A teoria de Acidente ...................................................... 185 b. A teoria de morte de Mrtir ........................................... 185 c. A teoria de influncia Moral .......................................... 186 d. A teoria Governamental ................................................. 187 e. A teoria do Amor de Deus ............................................ 188 (2) Positivamente considerada ................................................. 188 a. Predeterminada ............................................................... 188 b. Voluntria ......................................................................... 189 c. Vicria ............................................................................... 189 d. Sacrificial ........................................................................... 189 e. Expiatria.......................................................................... 190 f. Propiciatria ..................................................................... 190 g. Redentora ......................................................................... 191 h. Substitutiva ....................................................................... 192 4. Seu escopo ................................................................................... 193 5. Seus resultados ............................................................................ 195 (1) Em relao aos homens em geral ...................................... 195 (2) Em relao ao crente ............................................................ 198 (3) Em relao Satans e aos poderes das trevas ............... 204 (4) Em relao ao universo material ....................................... 206 II. A ressurreio de Jesus Cristo ....................................................... 207 1. Sua realidade ............................................................................... 209 2. Suas provas .................................................................................. 209 3. Seus resultados ............................................................................ 217

    CAPTULO QUATROA DOUTRINA DO ESPRITO SANTO

    A. A Natureza do Esprito Santo .............................................................. 226 I. A Personalidade do Esprito Santo ............................................... 226 1. Seu significado ............................................................................ 226 2. Sua prova ..................................................................................... 227 3. Sua importncia .......................................................................... 233 II. A Divindade do Esprito Santo ...................................................... 233

  • xii ndice do Contedo

    1. Seu significado ............................................................................ 233 2. Sua prova ..................................................................................... 234 (1) Nomes divinos so-Lhe atribudos ................................... 234 (2) Atributos divinos so-Lhe referidos ................................. 234 (3) Obras divinas so por Ele realizadas ................................ 235 (4) Aplicao de afirmao do Antigo Testamento referentes a Jeov ................................................................. 235 (5) Associao do nome do Esprito Santo aos nomes do Pai e de Cristo ....................................................................... 236B. Os nomes do Esprito Santo ..................................................................... 237 I. Nomes que descrevem Sua prpria pessoa ................................. 237 1. O Esprito ..................................................................................... 237 2. O Esprito Santo .......................................................................... 238 3. O Esprito Eterno ........................................................................ 238 II. Nomes que demonstram Sua relao com Deus ......................... 238 1. O Esprito de Deus...................................................................... 238 2. O Esprito de Jeov ..................................................................... 238 3. O Esprito do Senhor Jeov ....................................................... 239 4. O Esprito do Deus Vivo ............................................................ 239 III. Nomes que demonstram Sua relao com o Filho de Deus ...... 239 1. O Esprito de Cristo .................................................................... 239 2. O Esprito de Seu Filho .............................................................. 239 3. O Esprito de Jesus ...................................................................... 240 4. O Esprito de Jesus Cristo .......................................................... 240 IV. Nomes que demonstram Sua relao com os homens ............... 240 1. Esprito Purificador .................................................................... 240 2. O Santo Esprito da Promessa ................................................... 241 3. O Esprito da Verdade ................................................................ 241 4. O Esprito da vida ....................................................................... 241 5. O Esprito da Graa .................................................................... 241 6 O Esprito da Glria .................................................................. 242 7. O Consolador ............................................................................. 242C. A Obra do Esprito Santo ......................................................................... 243 I. Em relao ao universo material ................................................... 243 1. No tocante sua criao ............................................................ 243 2. No tocante sua restaurao e preservao ........................... 243 II. Em relao aos homens no regenerados .................................... 243

  • xiiindice do Contedo

    O Esprito: 1. Luta com eles ............................................................................... 244 2. Testifica-lhes ................................................................................ 244 3. Convence-os ................................................................................ 244 III. Em relao aos crentes .................................................................... 245 O Esprito: 1. Regenera....................................................................................... 245 2. Batiza no corpo de Cristo .......................................................... 246 3. Habita no crente .......................................................................... 247 4. Enche o crente ............................................................................. 248 5. Libera ............................................................................................ 249 6. Guia .............................................................................................. 249 7. Equipa para o trabalho .............................................................. 250 8. Produz o fruto das graas crists ............................................. 251 9. Possibilita todas as formas de comunho com Deus ............. 252 10. Revivificar o corpo do crente .................................................. 253 IV. Em relao a Jesus Cristo ................................................................ 253 1. Concebido pelo Esprito Santo.................................................. 253 2. Ungido com o Esprito Santo .................................................... 254 3. Guiado pelo Esprito Santo ....................................................... 254 4. Cheio do Esprito Santo ............................................................. 254 5. Realizou Seu ministrio no poder do Esprito........................ 255 6. Ofereceu-se em sacrifcio pelo Esprito ................................... 255 7. Ressuscitado pelo poder do Esprito ....................................... 255 8. Deu mandamentos aos apstolos, aps a Ressurreio, por intermdio do Esprito Santo ............................................. 255 9. Doador do Espirito Santo .......................................................... 256 V. Em relao s Escrituras ................................................................. 256 1. Seu Autor ..................................................................................... 256 2. Seu intrprete .............................................................................. 256

    CAPTULO QUINTOA DOUTRINA DO HOMEM

    A. Sua Criao .............................................................................................. 259 I. Sua realidade .................................................................................... 259 II. Seu mtodo ....................................................................................... 259 1. Negativamente considerado no por evoluo ................... 259

  • xiv ndice do Contedo

    2. Positivamente considerado ....................................................... 261 (1) O homem veio existncia por um ato criador ............... 261 (2) O homem recebeu um organismo fsico por um ato de formao ............................................................................ 261 (3) Foi feito completo ser pessoal e vivo por uma ao final 261B. Sua Condio Original ............................................................................. 262 I. Possua a Imagem de Deus ............................................................. 262 II. Possua Faculdades intelectuais .................................................... 264 III. Possua uma Natureza Moral Santa .............................................. 265C. A Provao ............................................................................................... 265 I. Seu significado ................................................................................. 266 II. Sua realidade .................................................................................... 266 III. Seu perodo ....................................................................................... 266D. A Queda ................................................................................................... 266 I. Sua realidade .................................................................................... 267 II. Sua maneira ...................................................................................... 267 1. O Tentador: Satans, por meio da serpente ............................ 267 2. A tentao .................................................................................... 268 III. Seus resultados ................................................................................. 269 1. Para Ado e Eva em particular ................................................. 269 2. Para a raa em geral.................................................................... 270

    CAPTULO SEXTOA DOUTRINA DO PECADO

    A. Seu significado .......................................................................................... 275 I. Negativamente considerado .......................................................... 275 1. No um acontecimento fortuito ou devido ao acaso .......... 275 2. No uma mera debilidade da criatura .................................. 275 3. No uma mera ausncia do bem ........................................... 276 4. No um bem da infncia......................................................... 276 II. Positivamente considerado ............................................................ 276 1. E o no desobrigar-se dos deveres para com Deus ............... 277 2. a atitude errada para com a Pessoa de Deus ....................... 277 3. a ao errnea em relao vontade de Deus .................... 278 4. a ao errnea em relao aos homens ................................ 279 5. a atitude errnea para com Jesus Cristo .............................. 280 6. a tendncia natural para o erro ............................................. 280

  • xvndice do Contedo

    B. Sua realidade ............................................................................................ 280 I. Um fato da revelao ....................................................................... 280 II. Um fato da Observao ................................................................... 281 III. Um fato da experincia humana ................................................... 281C. Sua extenso ............................................................................................. 281 I. Os cus............................................................................................... 281 II. A terra ................................................................................................ 282 1. O reino vegetal ............................................................................ 282 2. O reino animal ............................................................................. 282 3. A raa da humanidade ............................................................... 283

    CAPTULO STIMOA DOUTRINA DA SALVAO

    A. A Regenerao .......................................................................................... 286 I. Sua importncia ............................................................................... 287 1. Relao estratgica com a Famlia de Deus ............................ 287 2. Relao estratgica com o Reino de Deus ............................... 287 II. Seu significado ................................................................................. 288 1. Negativamente considerado ..................................................... 288 (1) No batismo ....................................................................... 288 (2) No reforma ....................................................................... 289 2. Positivamente considerado ...................................................... 289 (1) Uma gerao espiritual ....................................................... 289 (2) Uma revivificao espiritual .............................................. 290 (3) Uma translao espiritual ................................................... 290 (4) Uma criao espiritual ........................................................ 291 III. Sua necessidade ............................................................................... 291 1. A incapacidade daquilo que pertence a um reino, de passar por si para outro reino ............................................................... 291 2. Pela condio de homem: morte espiritual ............................. 292 3. A carncia, por parte do homem, de uma natureza espiritual santa, e a perversidade de sua natureza ................ 292 IV. Seu modo .......................................................................................... 293 1. Pelo lado divino: um ato soberano de poder .......................... 293 2. Pelo lado humano um duplo ato de f dependente ........... 294 V. Seus resultados ................................................................................. 294 1. Mudana radical na vida e na experincia .............................. 294

  • xvi ndice do Contedo

    2. Filiao a Deus .................................................................................294 3. Habitao do Esprito Santo ...........................................................295 4. Libertao da esfera e da escravido da carne ............................295 5. Uma f viva em Cristo ....................................................................295 6. Vitria sobre o mundo ....................................................................296 7. Cessao de pecado como prtica da vida ...................................296 8. Estabelecimento da justia como prtica da vida .......................296 9. Amor cristo .....................................................................................296B. O Arrependimento ....................................................................................296 I. Sua importncia, segundo demonstrada ......................................297 1. Nos ministrios primitivos do Novo Testamento ..................297 2. Na comisso de Cristo ...............................................................297 3. Nos ministrios posteriores do Novo Testamento .................297 4. Na expresso do desejo e da vontade de Deus para com todos os homens...............................................................................298 5. Seu papel na salvao do homem ............................................298 II. Seu significado .................................................................................298 III. Sua manifestao .............................................................................300 1. Na confisso de pecado .............................................................300 2. No abandono do pecado ............................................................301 IV. Seu modo ..........................................................................................302 1. Pelo lado divino: outorgado por Deus ....................................302 2. Pelo lado humano: realizado atravs de meios ......................302 V. Seus resultados .................................................................................304 1. Alegria no Cu ............................................................................304 2. Perdo ...........................................................................................304 3. Recepo do Esprito Santo .......................................................304C. A F ..........................................................................................................305 I. Sua importncia ...............................................................................305 II. Seu significado .................................................................................307 1. F natural: Possuda por todos .................................................307 2. F espiritual: possuda exclusivamente pelos crentes ...........307 (1) Em relao salvao ........................................................307 (2) Em relao Deus ..............................................................309 (3) Em relao orao ...........................................................310 (4) Em relao s obras ...........................................................311 (5) Em relao seu possuidor ..............................................312

  • xviindice do Contedo

    III. Seu modo ..........................................................................................313 1. Pelo lado divino: originada do Deus Trino .............................314 2. Pelo lado humano: assegurada pelo uso de meios ................314 IV. Seus resultados .................................................................................315 1. Salvao ........................................................................................315 2. Uma experincia crist natural .................................................. 316 3. Santas realizaes ........................................................................ 318D. Justificao .............................................................................................. 318 I. Seu significado ................................................................................. 319 II. Seu escopo ......................................................................................... 321 1. Remisso dos pecados ................................................................ 321 2. Atribuio da retido de Cristo ................................................. 321 III. Seu mtodo ....................................................................................... 322 1. Negativamente considerado ...................................................... 322 (1) No pelo carter moral ........................................................ 322 (2) No pelas obras da lei .......................................................... 323 2. Positivamente considerado ........................................................ 323 (1) Judicialmente, por Deus ...................................................... 323 (2) Causativamente, pela graa ................................................ 323 (3) Memria e manifestante, por Cristo .................................. 324 (4) Medianeiramente, pela f .................................................... 324 (5) Evidencialmente, pelas obras ............................................. 325 IV. Seus resultados ............................................................................... 325 1. Liberdade de incriminao ...................................................... 325 2. Paz com Deus ............................................................................ 326 3. Certeza e percepo de glorificao futura ........................... 326E. Santificao ............................................................................................... 326 I. Seu significado ................................................................................. 327 II. Seu perodo ....................................................................................... 328 1. Fase inicial: contempornea da converso .............................. 328 2. Fase progressiva: contempornea da vida terrena do crente . 330 3. Fase final: contempornea da vinda de Cristo ........................ 331 III. Seu modo .......................................................................................... 331 1. Pelo lado divino: obra do Deus Trino ...................................... 331 2. Pelo lado humano: realizada atravs de meios ....................... 332F. Orao ...................................................................................................... 334 I. Razo ou necessidade da orao ................................................... 334

  • xviii

    II. A habitao para a orao .............................................................. 336 III. As pessoas a quem dirigida a orao ......................................... 339 IV. Objetivos da orao ......................................................................... 340 1. Ns mesmos ................................................................................. 340 2. Nossos irmos em Cristo ............................................................ 341 3. Obreiros cristos .......................................................................... 341 4. Novos convertidos ...................................................................... 341 5. Os enfermos ................................................................................. 342 6. As crianas .................................................................................... 343 7. Os governantes ............................................................................343 8. Israel .............................................................................................343 9. Os que nos maltratam ................................................................344 10. Todos os homens ........................................................................344 V. Seu mtodo .......................................................................................344 1. Ocasio .........................................................................................344 2. Lugar ............................................................................................345 3. Modo ............................................................................................346 VI. Seus resultados .................................................................................347 1. Grandes realizaes ....................................................................347 2. Respostas definidas ....................................................................348 3. Cumprimento do propsito divino ..........................................348 4. Glorificao de Deus ..................................................................348

    CAPTULO OITAVOA DOUTRINA DA IGREJA

    A. Seu significado ..........................................................................................352 I. Na qualidade de organismo ...........................................................352 II. Na qualidade de organizao ........................................................353B. Sua realidade, conforme apresentada .......................................................354 I. Em tipos e smbolos .........................................................................354 1. O corpo com seus membros ......................................................354 2. A esposa em relao ao esposo .................................................356 3. O templo com seu alicerce e suas pedras ................................356 II. Nas declaraes profticas .............................................................357 1. A promessa da Igreja..................................................................357 2. A instituio prvia para a Igreja .............................................357 III. Em descrio positiva ......................................................................357

    ndice do Contedo

  • xix

    C. Suas ordenanas .......................................................................................358 I. O Batismo ..........................................................................................359 1. Ordenado por Cristo ..................................................................359 2. Praticado pela Igreja primitiva .................................................359 II. A Ceia do Senhor .............................................................................359 1. Ordenado por Cristo ..................................................................360 2. Observada pela Igreja primitiva ...............................................360D. Sua misso ................................................................................................361

    CAPTULO NONOA DOUTRINA DOS ANJOS

    A. Anjos ........................................................................................................364 I. Sua existncia ...................................................................................366 1. Estabelecida pelo ensino do Antigo Testamento ....................367 2. Estabelecida pelo ensino do Novo Testamento ......................367 II. Suas caractersticas ..........................................................................368 1. Seres criados ................................................................................368 2. Seres espirituais ..........................................................................369 3. Seres pessoais ..............................................................................369 4. Seres que no se casam ..............................................................369 5. Seres imortais ..............................................................................370 6. Seres velozes ................................................................................370 7. Seres poderosos ...........................................................................371 8. Seres dotados de inteligncia superior ....................................372 9. Seres gloriosos .............................................................................372 10. Seres de vrias patentes e ordens .............................................373 11. Seres numerosos .........................................................................374 III. Sua natureza mortal ........................................................................375 1. Todos foram criados santos ......................................................375 2. Muitos se mantiveram obedientes: confirmados em bondade .................................................................................375 3. Muitos desobedeceram: confirmados na iniqidade ............376 IV. Suas atividades ...............................................................................376 1. Dos anjos bons .............................................................................376 2. Dos anjos maus ...........................................................................378B. Satans .....................................................................................................379 I. Sua existncia ...................................................................................380

    ndice do Contedo

  • xx

    II. Seu estado original ..........................................................................380 1. Criado perfeito em sabedoria e beleza ....................................381 2. Estabelecido no monte como querubim da guarda ...............381 3. Impecvel em sua conduta ........................................................381 4. Elevado era seu corao de vaidade e falsa ambio ............381 5. Rebaixado em seu carter moral e deposto de sua exalta posio ..............................................................................382 III. Sua natureza .....................................................................................382 1. Personalidade ..............................................................................382 2. Carter ..........................................................................................383 IV. Sua posio Muito exaltada.........................................................384 1. Prncipe da potestade do ar.......................................................384 2. Prncipe deste mundo ................................................................385 3. Deus deste sculo ........................................................................385 V. Sua presente habitao ....................................................................385 VI. Sua obra .............................................................................................386 1. Originou o pecado ......................................................................386 2. Causa sofrimentos ......................................................................387 3. Causa a morte ..............................................................................387 4. Atrai o mal ...................................................................................388 5. Ilude os homens ..........................................................................388 6. Inspira pensamentos e propsitos inquos .............................388 7. Apossa-se dos homens ...............................................................388 8. Cega as mentes dos homens .....................................................389 9. Dissipa a verdade .......................................................................389 10. Produz os obreiros da iniqidade ............................................389 11. Fornece energia a seus ministros ..............................................389 12. Ope-se aos servos de Deus ......................................................390 13. Pe prova os crentes ................................................................390 14. Acusa os crentes ..........................................................................391 15. Dar energia ao Anticristo .........................................................391 VII. Seu destino......................................................................................391 1. Ser perpetuamente amaldioado ..........................................391 2. Ser tratado como inimigo derrotado que ..........................391 3. Ser expulso dos lugares celestiais .........................................392 4. Ser aprisionado no abismo por mil anos .............................392 5. Ser solto pouco tempo, aps o Milnio ................................392

    ndice do Contedo

  • xxi

    6. Ser lanado no lago de fogo ...................................................392 VIII. O caminho do crente em relao Satans .............................393 1. Apropriar-se de seus direitos de redeno ........................393 2. Apropriar-se de toda a sua armadura ................................393 3. Manter o mais absoluto auto-domnio ...............................393 4. Exercer vigilncia incessante ...............................................394 5. Exercer resistncia confiante ................................................394C. Demnios ..................................................................................................394 I. Sua existncia ...................................................................................395 1. Reconhecida por Jesus ...............................................................395 2. Reconhecida pelos setenta .........................................................395 3. Reconhecida pelos apstolos ....................................................395 II. Sua natureza .....................................................................................396 1. Natureza essencial ......................................................................396 2. Natureza moral ...........................................................................399 III. Suas atividades .................................................................................400 1. Apossam-se dos corpos dos seres humanos e dos irracionais ....................................................................................400 2. Trazem aflio mental e fsica aos homens .............................400 3. Produzem impureza moral .......................................................400

    CAPTULO DCIMOA DOUTRINA DAS LTIMAS COISAS

    A. A segunda vinda de Cristo .......................................................................404 I. Sua realidade estabelecida..............................................................405 1. Pelo testemunho dos profetas ...................................................405 2. Pelo testemunho de Joo Batista ...............................................406 3. Pelo testemunho de Cristo ........................................................406 4. Pelo testemunho dos Anjos .......................................................406 5. Pelo testemunho dos apstolos ................................................407 II. Seu carter .........................................................................................408 1. Negativamente considerado .....................................................408 2. Positivamente considerado .......................................................412 III. Seu propsito ....................................................................................417 1. No tocante aos justos ..................................................................417 2. No tocante aos mpios ................................................................419 3. No tocante ao Anticristo ............................................................421

    ndice do Contedo

  • xxii

    4. No tocante a Israel ......................................................................426 5. No tocante s naes gentlicas ................................................428 6. No tocante ao Reino davdico ...................................................429 7. No tocante Satans ..................................................................432 IV. Seu valor prtico ..............................................................................433 1. Doutrina de consolo para os santos enlutados .......................433 2. Bendita esperana para os que tm recebido a graa de Deus ..............................................................................434 3. Incentivo vida santa ................................................................434 4. Motivo para uma vida de servio fiel ......................................436B. A ressurreio dos mortos ........................................................................437 I. Sua realidade ....................................................................................438 1. Ensinada no Antigo Testamento ...............................................438 2. Ensinada no Novo Testamento .................................................440 II. Seu modo ..........................................................................................442 1. Literal e corporal .........................................................................442 2. Universal ......................................................................................442 3. Dupla ............................................................................................442 III. Caractersticas do corpo ressuscitado ...........................................443 1. Do crente ......................................................................................443 2. Do incrdulo ................................................................................446 IV. Sua ocasio ........................................................................................446 1. Em relao aos crentes: antes do Milnio................................446 2. Em relao aos incrdulos: depois do Milnio .......................447C. Os julgamentos .........................................................................................447 I. Significado do julgamento divino .................................................448 II. Sua realidade ....................................................................................449 1. Conforme ensinado no Antigo Testamento ............................449 2. Conforme ensinado no Novo Testamento ..............................449 III. Personalidade do Juiz......................................................................449 1. Deus ..............................................................................................449 2. Deus em Cristo ............................................................................449 3. Santos com auxiliares .................................................................449 IV. Sua ordem .........................................................................................449 1. O julgamento da Cruz ................................................................450 2. O julgamento atual da vida ntima do crente .........................452 3. O julgamento das obras do crente ............................................452

    ndice do Contedo

  • xxiii

    4. O julgamento de Israel ...............................................................454 5. O julgamento das naes vivas .................................................455 6. O julgamento dos anjos cados .................................................457 7. O julgamento do Grande Trono Branco ..................................457D. O destino futuro dos justos e dos mpios ..................................................458 I. O cu em sua relao com o destino futuro dos justos ..............459 1. Sua realidade bblica ..................................................................460 2. Sua forma .....................................................................................460 3. Seus habitantes ............................................................................461 4. Suas atividades ...........................................................................462 II. O inferno em sua relao com o destino futuro do mpios .......462 1. Sua realidade bblica ..................................................................463 2. Sua forma .....................................................................................464 3. Seus ocupantes ............................................................................465 4. Sua durao .................................................................................466

    ndice do Contedo

  • "Procura apresentar-te a Deus aprovado,como obreiro que no tem de que se

    envergonhar, que maneja bem a Palavrade Deus".

    II Timteo 2:15

  • CAPTULO UM

    A Doutrina das Escrituras(BIBLIOLOGIA)

    As Sagradas Escrituras constituem o livro mais notvel jamais visto no mundo. So de alta antigidade. Contm o registro de aconteci-mentos do mais profundo interesse. A histria de sua influncia a histria da civilizao. Os melhores homens e os maiores sbios tm testemunhado de seu poder como instrumento de iluminao e santidade, e, visto que foram preparados por homens que falaram da parte de Deus movidos pelo Esprito Santo, a fim de revelar o nico Deus verdadeiro e Jesus Cristo a quem ele enviou, elas pos-suem por isso os mais fortes direitos nossa considerao atenciosa e reverente. Angus-Green.

    Nossa atitude para comasEscrituras emsi que determina emgrandeparteosconceitoseasconclusesque tiramosdeseusensi-namentos.Seastemosnacontadeautoridadeplenanosassuntosdequetratam,entosuasafirmaespositivasconstituemparansanicabasedadoutrinacrist.

    A. Sua Canonicidade ou Autenticidade.

    I. SeuSignificado.

    Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com padres determinados e fixos, os livros includos nelas so considerados partes integrantes de uma revelao completa e divina, a qual, portanto, autorizada e obrigatria em relao f e prtica.

    A palavra cnon de origem crist e derivada do vocbulo grego kanon, que por sua vez provavelmente veio emprestado do hebraico kaneh, que significa junco ou vara de medir, da tomou o sentido de norma ou regra. Mais tarde veio a significar regra de f, e finalmente, catlogo ou lista. Gl. 6:16.

  • 2 TEOLOGIA ELEMENTAR

    Deve ser compreendido, entretanto, que a canonizao de um livro no significa que a nao judaica, por um lado, ou a Igreja Crist, por outro, tenha dado a esse livro a sua autoridade; antes, significa que sua autoridade, j tendo sido estabelecida em outras bases suficien-tes, foi conconhecer que cada um dos livros cannicos possui uma qualidade que determinou sua aceitao. Foi percebida a sua origem divina, por isso foi aceito. A canonizao do seqentemente reco-nhecida como de fato pertencente ao Cnon e assim declarado.

    Gray.

    Deve se relivro importava em: 1) o reconhecimento de que seu en-sino era, em sentido especial, divino; 2) a conseqente atribuio ao livro, pela comunidade ou seus guias, de autoridade religiosa.

    Angus-Green.

    II.Provas.

    As Escrituras no exigem credulidade cega por parte daqueles que examinam a fim de estud-las, mas, sim, crena inteligente fundamenta-da na base de fatos crveis.

    1. O Cnon do Antigo Testamento.

    O Antigo Testamento no contm nenhum registro da canonizao de qualquer livro ou coleo de livros, mas sempre reconhece os li-vros como possuidores de autoridade cannica.

    So falhas todas as teorias que consideram a canonizao dos livros do Antigo Testamento como obra do povo. A autoridade cannica e seu reconhecimento so duas coisas distintas. Prova-se por trs con-sideraes que a deciso do povo no foi a causa da canonicidade.

    1. Naqueles tempos, a autoridade no era considerada como prove-niente do povo, mas sim de Deus. Tal teoria crtica colocaria fora o princpio da civilizao moderna nos tempos antigos. A fim de que os livros fossem reconhecidos por Israel, era necessrio possurem autoridade cannica prvia, pelo contrrio, Israel no teria reconhe-cido. Eram cannicos pelo fato de ser divinamente inspirados e de possuir autoridade divina desde sua primeira promulgao.

    2. Os dois relatos de assim-chamada canonizao no o so propria-mente. O que se refere ao livro de Deuteronmio no tempo de Josias,

  • 3nada tem a ver com canonizao. O livro era reconhecido como sen-do j autorizado, por todos que o liam. Disse Hilquias a Saf: Achei o Livro da Lei na casa do Senhor (II Rs. 22:8). Saf leu o livro diante do rei Josias, que imediatamente rasgou suas vestes e ordenou uma consulta ao Senhor a respeito das palavras do livro, dizendo Grande o furor do Senhor, que se acendeu contra ns, por quanto nossos pais no deram ouvidos s palavras deste livro, para fazerem segundo tudo quanto de ns est escrito (II Rs. 22:13). Josias ajuntou o povo e leu diante dele o livro (II Rs. 23:1-2). Semelhantemente, o registro de Neemias 8 no o da canonizao de um livro. claro que Esdras considerava o livro j cannico, caso contrrio no teria feito tanta questo de l-lo na assemblia solene do povo, que tinha a mesma opinio, pois pe-diria a Esdras que o lesse (Ne. 8:1-3) e, abrindo-o ele, todo o povo se ps em p, como evidncia dessa autoridade. Sua aceitao era apenas o reconhecimento de uma autoridade j existente. A leitura teve por objetivo a instruo do povo.

    3. No Antigo Testamento no h registro da aceitao formal pelo povo de nenhum dos livros pertencentes segunda e terceira divi-ses do cnon. No obstante, esses livros eram evidentemente con-siderados cannicos. Fosse imprescindvel ou a aceitao pelo povo, ou o endosso oficial pelos escribas para a canonizao dos livros, o registro de tal ato seria uma parte importante de cada livro ou, pelo menos, de cada diviso de cnon. Mas no existe nenhum registro dessa natureza. A explicao bvia que os livros eram reconhecidos como cannicos desde o princpio. Raven

    As Escrituras do Antigo Testamento so chamadas, dentre outros t-tulos, de a lei dos profetas (Mt. 22:40; At. 13:15; Rm. 3:21).

    (1) A Lei.

    a. Aceitao demonstrada pelo lugar recebido no templo.

    (a) Tbuas da lei preservadas na arca da aliana.

    Dt. 10:5 Virei-me, e desci do monte, e pus as tbuas na arca que eu fizera; e ali esto, como o Senhor me ordenou.

    (b) Livro da lei conservado pelos levitas ao lado da arca.

    Dt. 31:24-26 Tendo Moiss acabado de escrever integralmente as palavras des-

    A Doutrina das Escrituras

  • 4 TEOLOGIA ELEMENTAR

    ta lei num livro, deu ordem aos levitas que levaram a arca da aliana ao Senhor, dizendo: Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliana do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti.

    (c) Escrituras achadas no Templo, nos dias de Josias.

    II Rs. 22:8 Ento disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivo Saf: Achei o livro da Lei na casa do Senhor. Hilquias entregou o livro a Saf, e este o leu.

    b. Aceitao demonstrada pelo reconhecimento de sua autori-dade.

    (a) a Lei devia ser lida na presena do povo cada sete anos.

    Dt. 31:10-13 Ordenou-lhes Moiss, dizendo: Ao fim de cada sete anos, preci-samente no ano da remisso, na festa dos tabernculos, quando todo o Israel vier a comparecer perante o Senhor teu Deus, no lugar que este escolher, lers esta lei diante de todo o Israel. Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos, e o estrangeiro que est dentro da vossa cidade, para que ouam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei; para que seus filhos, que no a sou-beram, ouam, e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra qual ides, passando o Jordo, para o possuir.

    (b) O povo era exortado a obedec-las.

    II Cr. 17:9 Ensinaram em Jud, tendo consigo o livro da lei do Senhor, percor-riam todas as cidades de Jud, e ensinavam ao povo.

    (c) O rei devia ter uma cpia para regular suas decises.

    Dt. 17:18-20 Tambm, quando se assentar no trono do seu reino, escrever para si um traslado desta lei num livro, do que est diante dos levitas sa-cerdotes. E o ter consigo, e nele ler todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, par os cumprir. Isto far para que o seu cora-o no se eleve sobre os seus irmos, e no se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; de sorte que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.

    (d) Josu havia de l-las.

  • 5Js. 1:8 No cesses de falar deste livro da lei; antes media nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele est escrito; ento fars prosperar o teu caminho e sers bem sucedido.

    (e) Base do julgamento divino dos reis.

    I Rs. 11:38 Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo e te edificarei uma casa estvel, como edifiquei a Davi, e te darei Israel.

    (f) O cativeiro de Israel e Jud foi motivado pela desobedincia s Escrituras.

    Ne. 1:7-9 Temos procedido de todo corruptamente contra ti, no temos guar-dado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juzos, que ordenaste a Moiss teu servo. Lembra-te da palavra que ordenaste a Moiss teu servo, dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos; mas se vos converterdes a mim e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes, ento, ainda que os vossos rejeitados estejam pelas extremas do cu, de l os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome.

    (g) Reconhecidas pelos cativos que retornaram.

    Ed. 3:2 Levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmos, sacerdotes, e Zo-robabel, filho de Sealtiel, e seus irmos, e edificaram o altar, do Deus de Israel, para sobre ele oferecerem holocaustos, como est escrito na lei de Moiss, homem de Deus.

    (2) Os Profetas.

    a. Aceitao demonstrada pelo fato de serem os Profetas colo-cados em p de igualdade com a Lei.

    Os profetas salientavam a lei (Is. 1:10), mas consideravam suas pr-prias palavras igualmente obrigatrias. A desobedincia aos profetas era igualmente digna de castigo (II Rs. 17:13). Raven.

    b. Aceitao demonstrada pela referncia de Daniel a declara-es profticas preservadas em livros.

    Dn. 9:2 No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o nmero de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que

    A Doutrina das Escrituras

  • 6 TEOLOGIA ELEMENTAR

    haviam de durar as assolaes de Jerusalm, era de setenta anos.

    (3) Prova suplementar do Novo Testamento.

    a. Referncia de Cristo s Escrituras, como existentes e autori-zadas.

    Mt. 22:29 Respondeu-lhes Jesus: Errais, no conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.

    V.A. Jo. 5:39; 10:35; Mt. 23:35; Lc. 24:44.

    b. Referncia do apstolo s Escrituras, como dotadas de ori-gem e autoridade divinas.

    II Tm. 3:16 Toda Escritura inspirada por Deus e til para o ensino, para a repreenso, para a correo, para a educao na justia.

    V.T. II Pe. 1:20,21.

    2. O Cnon do Novo Testamento.

    (1) Composto de livros escritos pelos Apstolos ou recebidos como possuidores de autoridade divina na era apostlica.

    Jo. 16:12-15 Tenho ainda muito que vos dizer, mas vs no o podeis suportar agora; quando vier, porm, o Esprito da verdade, ele vos guiar a toda a verdade; porque no falar por si mesmo, mas dir tudo o que tiver ou-vido, e vos anunciar as cousas que ho de vir. Ele me glorificar porque h de receber do que meu, e vo-lo h de anunciar. Tudo quanto o Pai tem meu; por isso que vos disse que h de receber do que meu e vo-lo h de anunciar.

    V.A. II Pe. 3:15,16; Jo. 14:26.

    (2) Composto de livros colocados em nvel de autoridade no atingido por quaisquer outros livros.

    I Ts. 2:13 Outra razo ainda temos ns para incessantemente dar graas a Deus: que, tendo vs recebido a palavra que de ns ouvistes, que de Deus, acolhestes no como palavra de homens, e, sim, como em verdade , a palavra de Deus, a qual, com efeito, est operando eficazmente em vs, os que credes.

    (3) Composto de livros que do evidncia de uma prpria origem.

    Cl. 1:1,2 Paulo, apstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmo Tim-

  • 7teo, aos santos e fiis irmos em Cristo que se encontram em Colossos: Graa e paz a vs outros da parte de Deus nosso Pai.

    V.A. Rm. 1:1,7.

    (4) Composto de livros endossados e aprovados pela conscincia crist universal.

    (5) Composto de livros a respeito dos quais foi dado discernimento espiritual Igreja para capacit-la a discriminar entre o falso e o verdadeiro.

    Foi depois de um perodo considervel de tempo, a contar da as-censo do Senhor, que foi escrito, em realidade, qualquer dos livros contidos no cnon do Novo Testamento.

    A obra primria e mais importante dos apstolos era a de dar teste-munho pessoal dos fatos bsicos da histria evanglica. O ensino de-les foi inicialmente oral, mas, no decurso do tempo, muitos procura-ram dar forma escrita a esse Evangelho oral. Enquanto os apstolos ainda viviam, no era urgente a necessidade de registros escritos das palavras e aes de nosso Senhor. Mas, quando chegou o tempo de serem eles removidos do mundo, tornou-se extremamente impor-tante que fossem publicados registros autoritativos. Assim, vieram existncia os Evangelhos.

    Os fundadores das igrejas, freqentemente impossibilitados de visit-las pessoalmente, desejavam entrar em contato com seus con-vertidos no propsito de aconselh-los, repreend-los e instru-los. Assim surgiram as Epstolas.

    A perseguio movida por Diocleciano (302 D.C.) ps em evidncia a questo da literatura sagrada da Igreja. Os perseguidores exigiram que fosse abandonadas as Escrituras. A isso se negaram os cristos. Ento tornou-se urgente a pergunta: Que livros so apostlicos? A resposta est em nosso Novo Testamento. Pesquisas cuidadosas, re-gadas por orao, aprimoradas, mostraram quais livros eram genu-nos e quais eram falsos. Assim surgiu o cnon do Novo Testamen-to. Evans.

    D.D. Os livros das Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos, conforme os possumos hoje, tm sido aceitos pela Igreja durante toda a

    A Doutrina das Escrituras

  • 8 TEOLOGIA ELEMENTAR

    era crist como aqueles que compreendem a revelao completa vinda de Deus, e tambm que foram escritos pelos autores humanos aos quais so atribudos.

    B. Sua Veracidade.

    I. Significado.

    Por veracidade das Escrituras queremos dizer que seus registros so verazes, e que assim podem ser aceitos como declaraes dos fatos.

    O carter cannico das Escrituras, incluindo a genuinidade de sua autoria, fica assim demonstrado como fato estabelecido; porm, a ques-to de sua veracidade ainda precisa ser corroborada. Um livro pode ser genuno quanto sua autoria, e, contudo, no ser crvel quanto ao seu contedo. Por exemplo, entre as obras de fico, possumos as de Di-ckens, Shakespeare e Stevenson, com provas incontestveis de sua auto-ria. Nenhuma pessoa inteligente, entretanto, tentaria estabelecer a vera-cidade de suas narrativas. So universalmente reconhecidas como fico. Seria esse o caso da Bblia, ou ela ao mesmo tempo genuna e veraz?

    II. Provas.

    A veracidade de qualquer afirmao ou srie de afirmaes pode ser testada mediante comparao com os fatos, desde que tais fatos estejam disponveis. A veracidade das afirmaes bblicas pode ser e tem sido testada mediante fatos descobertos pela investigao cientfica e pela pesquisa histrica.

    1. Estabelecida por consideraes negativas.

    (1) No contradizem quaisquer fatos cientficos bem estabelecidos.

    Quando corretamente interpretados, suas afirmaes se harmoni-zam com todos os fatos conhecidos a respeito da constituio fsica do universo e com o mistrio dos mundos planetrio e estrelar; com a consti-tuio do homem e com sua complexa natureza e seu ser; com a natureza dos animais inferiores, e com suas vrias espcies na escala da existncia; com a natureza das plantas e com o mistrio da vida vegetal; e com a constituio da terra e suas formas e foras materiais.

    Freqentemente levantada a questo da exatido cientfica das afir-maes bblicas. Algumas vezes essa questo aliada com a alegao que

  • 9a Bblia no um livro cientfico. Apesar, porm, de ser verdade que a B-blia no tem como tema uma questo secundria como a cincia natural, mas antes, trata da histria da redeno, inclui, contudo, em seu escopo, todo o campo da cincia. Em todas as suas afirmaes, portanto, a Bblia deve falar e realmente fala com exatido.

    (2) No contradizem as concluses filosficas geralmente apoiadas concernentes aos fatos do universo.

    A Bblia se ope a certo nmero de conceitos filosficos do mundo e refuta-os: o atesmo, o politesmo, o materialismo, o pantesmo e a eter-nidade da matria (Gn. 1:1); porm, no entra em conflito ou debate com aqueles pontos de vista que tm sido provados como cientificamente sos.

    2. Estabelecida por consideraes positivas.

    (1) Integridade topogrfica e geogrfica.

    As descobertas arqueolgicas provam que os povos, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras so encontrados justamente onde as Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstncias geogrficas exatas descritas na Bblia.

    O Dr. Kyle diz que os viajantes no precisam de outro guia alm da Bblia quando descem pela costa do Mar vermelho, ao longo do percurso seguido no xodo, onde a topografia corresponde exatamente que dada no relato bblico.

    Sir William Ramsey, que iniciou suas exploraes na sia Menor como pessoa que duvidava da historicidade do livro de Atos, d testemunho da sua maravilhosa exatido quanto s particularida-des geogrficas, conhecimento das condies polticas, que somente algum vivo naquela poca e presente em cada localidade poderia saber. Ficou ele to impressionado com essas fotos que se tornou ar-dente advogado da historicidade do livro de Atos. Hamilton.

    (2) Integridade etnolgica ou racial.

    Todas as afirmaes bblicas concernentes s raas a que se referem, tm sido demonstradas como harmnicas com os fatos etnolgicos reve-lados pela arqueologia.

    A Doutrina das Escrituras

  • 10 TEOLOGIA ELEMENTAR

    Trata-se de fato bem confirmado pela pesquisa arqueolgica que, sempre que as Escrituras mencionam um povo ou suas relaes ra-ciais, sua origem ou seus costumes, ou afirmam que governaram ou serviram outras naes, ou se trate de outro fato qualquer, pode-se confiar que essas afirmaes esto exatamente de acordo com as re-velaes da arqueologia. Por conseguinte, a nica teoria que um his-toriador pode sustentar, em face de tais fatos, que o autor da gene-alogia dos povos, em Gnesis 10, deve ter tido diante de si, quando escrevia, informaes originais de primeira ordem. Hamilton.

    (3) Integridade cronolgica.

    A identificao bblica de povos, lugares e acontecimentos com o pe-rodo de sua ocorrncia corroborada pela cronologia sria e pelos fatos revelados pela arqueologia.

    A Bblia possui um sistema real pelo qual fica demonstrado como correto o perodo ao qual atribudo cada acontecimento, ficando tam-bm demonstrado que a ordem dos acontecimentos a ordem correta da sua ocorrncia, e que as circunstncias acompanhantes so corretamente colocadas no tempo e dispostas. Os primeiros elementos de uma histria digna de confiana so encontrados nos documentos bblicos. Os lugares onde se afirma que os acontecimentos ocorreram, so localizados com exatido, os povos mencionados nesta ou naquela localidade, estavam realmente ali; e o tempo dos acontecimentos registrados o tempo exato em que devem ter acontecido. Isso fornece o arcabouo da histria inteira do Antigo Testamento.

    (4) Integridade histrica.

    O registro bblico dos nomes e ttulos dos reis est em harmonia per-feita com os registros seculares, conforme estes tm sido trazidos luz pelas descobertas arqueolgicas.

    O Dr. R. D. Wilson, professor de lnguas semticas, diz que os nomes de quarenta e um dos reis citados nominalmente no Antigo Testamento, desde o tempo de Abrao at o fim do perodo do Antigo Testamento, tambm so encontrados nos documentos e inscries contemporneos, escritos no tempo daqueles reis e geralmente sob a orientao dos mes-mos, em seus prprios idiomas.

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    (5) Integridade cannica.

    A aceitao pela Igreja em toda a era crist, dos livros includos nas Escrituras que hoje possumos, representa o endosso de sua integridade.

    a. Concordncia de exemplares impressos, do Antigo e do Novo Testamentos datados de 1488 e 1516 D.C., com exem-plares impressos atuais das Escrituras.

    Esses exemplares impressos, ao serem comparados, concordam nos seus aspectos principais com as Escrituras impressas que possumos hoje em dia, e assim provam, de uma vez, que tanto o Antigo como o Novo Testamento, na forma em que os possumos agora, j existiam h quatro-centos anos passados. Evans.

    b. Aceitao da integridade cannica base de 2000 manuscri-tos bblicos possudos por eruditos no sculo XV, em con-fronto com a aceitao de escritos seculares base de uma ou duas dezenas de exemplares.

    Quando essas Bblias foram impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Kennicott reuniu 630 manuscritos e DeRossi mais 743 para a edio crtica da Bblia hebraica. Acima de 600 outros manuscritos foram coligidos para a edio do Novo Testamento grego. Esse nmero sem dvida suficiente para esta-belecer a genuinidade e autenticidade do texto sagrado. Tm servido para restaurar ao texto sua pureza original, e tambm nos fornecem absoluta certeza e proteo contra corrupes futuras.

    A maioria desses manuscritos foram escritos entre 1.000 e 1.500 D.C. Alguns remontam ao sculo IV. O fato de no possuirmos manuscri-tos anteriores ao sculo IV explica-se sem dvida pela destruio em massa dos livros sagrados no ano de 302 D.C. por ordem do impera-dor Diocleciano. Evans.

    c. Confirmao por parte das quatro Bblias mais antigas, da-tadas entre 300 e 400 D.C. e escritas em diferentes partes do mundo, que em conjunto contm as Escrituras como as pos-sumos atualmente.

    D.D. O contedo verdico das Escrituras tem sido plenamente com-provado apelando-se para os registros regulares e para os fatos reais reve-

    A Doutrina das Escrituras

  • 12 TEOLOGIA ELEMENTAR

    lados pela pesquisa cientfica.

    C. Sua inspirao ou Autoridade Divina.

    I. Significado.

    Por inspirao das Escrituras queremos dizer que os escritores foram de tal modo capacitados e dominados pelo Esprito Santo, na produo das Escrituras, que estas receberam autoridade divina e infalvel.

    H diferena entre a afirmativa da inspirao e da integridade. Em referncia primeira, as Escrituras afirmam ser a palavra de Deus no sentido de que suas palavras, embora escritas por homem e trazendo as marcas indelveis de sua autoria humana, foram escritas, no obstante, sob influncia do Esprito Santo a ponto de serem tambm as palavras de Deus, a expresso adequada e infalvel de Sua mente e vontade para co-nosco. Embora o Esprito Santo no tenha escolhido as palavras para os escritores, evidente que Ele as escolheu por intermdio dos escritores.

    Assim sendo, a credibilidade da Bblia significa somente que ela se situa entre os melhores registros histricos de produo humana, enquanto que a inspirao da Bblia subtende que, ainda que se as-semelhe a tais registros histricos, pertence ela a uma categoria intei-ramente distinta; e que, diferentemente de todos os demais escritos, ela no apenas geralmente digna de f, mas no contm erros e incapaz de erro; e que assim porque se distingue absolutamente de todos os outros livros, visto que em si mesma, em cada uma de suas palavras, a prpria palavra de Deus. Green.

    II. Provas.

    Os sinais do que divino sempre podem se distinguir, visto que evi-denciam aquilo que acima do natural. Assim, as Escrituras se distin-guem de todas as produes humanas pelo fato de possurem caracte-rsticas que tornaram necessria a sua classificao como sobrenaturais e divinais.

    (1) O Testemunho da Arqueologia Evidncia corroborativa da p e da picareta quando exatido das Escrituras.

    O testemunho da arqueologia, quanto veracidade ou integridade das Escrituras, tambm pode ser considerado como evidncia que cor-

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    robora sua inspirao. Se as Escrituras devem ser reputadas como decla-raes da verdade, sem qualquer mistura de erro, ento seu testemunho a respeito de sua prpria inspirao pode ser aceito como digno de con-fiana. As citaes abaixo ilustram o testemunho da arqueologia quanto exatido dos registros bblicos.

    H quem imagine que a histria de Abrao no deve ser crida mais que a histria de Aquiles, de Enias ou do rei Arthur, mas a verdade que tm sido trazidos luz documentos escritos no tempo de Abrao e na terra onde ele cresceu. Foi descoberta a cidade onde ele nasceu; os detalhes da sua viagem ao Egito conforme se conhece agora do todas as evidncias de historicidade, e temos provas grandemente confirmatrias a respeito de sua famosa batalha contra os reis con-federados, mencionada em Gn. 14. At mesmo Melquisedeque, com quem Abrao se encontrou, no mais o mistrio que era conforme demonstram as tabuinhas de barro de Tel el-Amarna. Gray.

    A cidade tesouro, Piton, edificada para Ramss II, pelo trabalho es-cravo dos hebreus, durante o tempo de sua dura escravido no Egito (x. 1:11), foi recentemente desenterrada perto de Tel-el-Kebir; e as paredes das casas, segundo se verificou, foram feitas de tijolos secos ao sol, alguns com palhas e outros sem palhas, exatamente de acordo com x. 5:7, escrito h 3.500 anos: Daqui em diante no torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos... Collett.

    Exploraes recentes tm esclarecido certas questes importantes referentes s jornadas pelo deserto. Por exemplo, o ponto de travessia do Mar Vermelho; o verdadeiro carter do deserto; a localizao da transmisso da lei; de Cades-Barnia e outros lugares importantes. Muita luz tem sido projetada sobre a histria e o carter de diversos dos povos que habitavam na terra de Cana, especialmente os heteus e amorreus, revelando o motivo da ira de Deus contra eles devido sua repulsiva iniqidade, e mostrando a necessidade da interveno sobrenatural para que os israelitas pudessem triunfar sobre eles.

    Gray.

    Outro caso a meno, feita no livro de Daniel, ao rei Belsazar, onde aparece como rei dos caldeus. At bem recentemente no se encontrava tal nome em toda a histria caldaica ou antiga, embora houvesse uma

    A Doutrina das Escrituras

  • 14 TEOLOGIA ELEMENTAR

    lista aparentemente completa de reis babilnicos, no permitindo espao para a insero de qualquer outro nome. Nessa lista aparece o nome de Nabonidos, o rei que em realidade reinava no tempo que a Bblia atribui ao reinado de Belsazar.

    Em 1854, Sir Henry Rawlinson descobriu, em Ur dos Caldeus, alguns cilindros de terracota, contendo uma inscrio do acima mencionado Na-bonidos, na qual ele faz meno de Belsazar, meu filho mais velho. No obstante, permanecia ainda uma dificuldade: Como que ele podia ter sido rei dos caldeus, se todos os registros antigos mostram que seu pai, Nabonidos, foi o ltimo monarca reinante?

    Em 1876, trabalhadores sob a ordens d e Sir Henry Rawlinson esta-vam a escavar em uma antiga regio da Babilnia quando descobri-ram algumas jarras cheias de mais de duas mil tabuinhas de barro com inscries cuneiformes. Uma delas continha uma narrao ofi-cial, por um personagem que no era menos que Ciro, rei da Prsia, a respeito da invaso da Babilnia, e na qual, aps afirmar que Nabo-nidos primeiramente fugiu e depois foi aprisionado, acrescenta que, certa noite, o rei morreu. Ora, visto que Nabonidos, que fora feito pri-sioneiro, viveu por tempo considervel aps a queda da Babilnia, esse rei no pode ter sido outro seno Belsazar, sobre quem a antiga mas desacreditada Bblia registra h muito: Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus. evidente que Belsazar servia de regente, durante a ausncia de seu pai. Dessa forma veio luz o fato que Nabonidos e Belsazar, seu filho, estavam ambos reinando ao mesmo tempo, o que explica a oferta de Belsazar a Daniel, de fazer deste o terceiro no reino (Dn. 5:16), uma vez que Nabonidos era o primeiro, e Belsazar, o regente, era o segundo. Collett.

    2. O Testemunho da Bblia Provas internas de sua origem divina.

    (1) Sua unidade.

    A unidade da Bblia sem paralelo. Nunca, em qualquer outra lu-gar, se uniram tantos tratados diferentes, histricos, biogrficos, ti