teoria crítica

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Page 1: Teoria Crítica

TEORIA DA COMUNICAÇÃOMÓDULO C

3. A COMUNICAÇÃO DE MASSA E AS PERSPECTIVAS

TEÓRICAS3.5. A Teoria Crítica

Page 2: Teoria Crítica

Contexto As teorias experimentais (Persuasão) e empíricas (Efeitos Limitados) não convenceram toda a comunidade científica…:

Os críticos de influência marxistaElaboram uma teoria crítica, em oposição às anteriores e

alternativa à funcionalista (positivista)

Continuaram a atribuir forte capacidade manipuladora aos MCM

Page 3: Teoria Crítica

CORRENTE DE INFLUÊNCIA MARXISTA - baseia-se nalguns pressupostos do marxismo para tentar perceber o funcionamento dos mcm na sociedade e da cultura de massas.

Principal influência teórica

Page 4: Teoria Crítica

Marxismo: conjunto de ideias filosóficas, económicas, políticas e sociais elaboradas por Karl Marx e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores.

A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas (valorização do capital/lucro)

A principal obra de Marx foi “O Capital” - uma extensa análise da sociedade capitalista, (defende que "a ideologia dominante" é sempre baseada nas ideias da "classe dominante"),

Para Marx, a história é o resultado do conflito e da luta de classes antagónicas. “A luta de classes é o motor da história”.

Postulados aplicados nomeadamente na antiga U. Soviética

Page 5: Teoria Crítica

T. Crítica centrou a sua preocupação na tentativa de perceber o funcionamento dos MCM no sistema capitalista

Concluíram que o papel dos MCM era o de perpetuar a lógica capitalistas mercantil – inseridos no sistema económico, ligados ao sistema político/ideológico – subordinados aos interesses dos proprietários (visam alcançar lucros)

Page 6: Teoria Crítica

A ESCOLA DE FRANKFURT – principal corrente teoria crítica marxista

Surge 1923 – pré-nazismo Nazismo e advento da sociedade de massas Criação do Instituto de Pesquisa Social, ligado à U. Frankfurt –

centrado em pesquisas sociológicas. 1ª instituição alemã de pesquisa de orientação abertamente marxista

Principais inv.: Max Horkheimer (director do Instituto em 1930), Theodor Adorno

Ascensão do Nazismo: Horkheimer é destituído do cargo de director. Judeus de origem alemã, forçados ao exílio - Paris e depois EUA – Universidade de Columbia

Page 7: Teoria Crítica

A. 40/50 - Contacto com a sociedade de massas e cultura norte-americanas

A. 50 – reinstalação na U. Frankfurt Direccionam os estudos para a cultura de massas (introdução da

análise cultural no estudo da comunicação – objecto de estudo central)

Inserem a comunicação no universo de exploração capitalista, os mcm como instrumentos de dominação da população

Atribuem o fracasso de uma revolução da massa proletária contra a classe dominante (tal como Max previra) ao papel dos MCM – a classe dominante conseguiu “condicionar a classe operária” através de um fenómeno: A CULTURA DE MASSAS”

Page 8: Teoria Crítica

A cultura de massas exprime a cultura dominante (equivale à ideologia dominante) e corresponde à forma de sociabilidade designada por massa, (a audiência dos mass media: multiplicidade de consumidores indiferentes, isolados, anónimos…)

Considerada como um meio importante pelo qual foi conseguido o sucesso do capitalismo.

Noção de cultura como meio de controlo psicológico e social (impõe pensamento, comportamentos, hábitos de consumo)

Page 9: Teoria Crítica

“A cultura de massas é uma indústria que se destina a conseguir a

integração ideológica da sociedade”

“O indivíduos não passam de fantoches manipulados pela

sociedade”

Page 10: Teoria Crítica

Conceito-chave: Indústria Cultural e Cultura de Massas 1942 – Adorno e Horkheimer “A Dialéctica do Iluminismo” – Rebaptizaram a Cultura de Massas, criando um novo:

INDÚSTRIA CULTURALFruto de uma sociedade capitalista industrializada, onde até mesmo a

cultura é vista como produto a ser comercializado.Tudo o que é produzido pelo sistema industrializado de produção

cultural (TV, rádio, jornal, revistas, etc.) elaborado de forma a influenciar, aumentar o consumo, transformar hábitos, educar,

informar…

Page 11: Teoria Crítica

O conceito de Indústria CulturalO carácter dominador da IC resulta da

sua estrutura e características:• A produção da cultural como mercadoria; obedece à lógica mercantil – visa o lucro (vender…)• Entende-se que o mercado das massas impõe o mesmo esquema de organização e planejamento administrativo das fabricações em série aos produtos simbólicos;

• Revistas, programas radiofônicos, filmes, música são tratados pela “indústria cultural” da mesma forma que a fabricação de automóveis;

Page 12: Teoria Crítica

Ritmo rápido: sequência rápida dos acontecimentos - impede a actividade intelectual/reflexão/crítica (filmes, livros acção, notícias)

De carácter reactivo, consumo passivo, sem resistência (o ind. perde o poder de decisão autónomo, aderindo acriticamente aos valores que lhe são impostos)

O receptor é um sujeito manipulado e dominado, sem condições de reflexão e resistência

Os produtos culturais são entendidos como produtos feitos para impedir a atividade mental do espectador, portanto são vistos como produtos alienantes – cultura da alienação;

Page 13: Teoria Crítica

Através desse entendimento dos produtos culturais, a Indústria Cultural anula toda a individualidade e qualquer ideia de resistência por parte da audiência;

É standardizada, estereotipada (sp igual) Produzida em série, homogenizada, padronizada Cultura torna-se “mercadoria” De nível inferior, baixa qualidade - o nível baixo dos

produtos culturais deteriora padrões culturais

Page 14: Teoria Crítica

“A ubiquidade (omnipresença), a repetitividade e a estandardização da indústria cultural fazem da moderna cultura de massa um meio de controle psicológico inaudito (singular)”.

“O homem encontra-se em poder de uma sociedade que o manipula a seu bel-prazer”

“O indivíduo não passa de um fantoche manipulado pelas normas sociais”

Adorno e Horkheimer

Cultura e sociedade de massa

Page 15: Teoria Crítica

Em suma: Escola de Frankfurt – retomou algumas ideias rudimentares da TH: intensificou o conceito de conspiração generalizada para “enganar” a população, levada a cabo pela sociedade capitalista para se manter no poder

MCM – instrumentos de controle e manipulação da população através de

mensagens ideológicas

Page 16: Teoria Crítica

Indústria Cultural

Os media adquirem de novo poder sobre a sociedade Poder dos económicamente mais fortes, tendem a calar vozes

sem capacidade económica e reforçar mensagens dos poderosos

Concepção negativa dos média (que manipula, aliena e engana);

• .

Page 17: Teoria Crítica

MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSAModo de produção capitalista

MCM - moldam os indivíduos segundo os interesses dominantes

Indivíduo alienado