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    Teorias Evolucionistas

    MACA, 2009

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    Sumrio

    1.1. TEORIA DE LAMARCK......................................................................................... 2

    1.1.1. LEI DO USO E DESUSO...................................................................................... 2

    1.1.2. LEI DA TRANSMISSO DOS CARACTERES ADQUIRIDOS..................... 3

    1.2. TEORIA DE DARWIN............................................................................................. 3

    1.3. TEORIA SINTTICA DA EVOLUO (NEODARWINISMO)........................ 4

    2. MUTAES................................................................................................................... 5

    2.1. TIPOS DE MUTAES........................................................................................... 5

    2.1.1. GNICAS................................................................................................................ 5

    2.1.2. CROMOSSMICAS............................................................................................. 5

    2.2. RECOMBINAO GENTICA............................................................................. 7

    3. SELEO NATURAL.................................................................................................. 8

    3.1.

    ESPECIAO............................................................................................................ 8

    3.2. OS TIPOS DE ISOLAMENTO REPRODUTIVO.................................................. 9

    3.3. ESPECIAO SIMPTRICA E ALOPTRICA............................................... 10

    3.4. FATORES QUE INFLENCIAM A DIVERSIDADE DO AMBIENTE.............. 11

    3.5. EVOLUO E PRINCPIO DEHARDY - WEINBERG..................................... 11

    4. EVIDNCIAS DA EVOLUO................................................................................ 13

    4.1. EMBRIOLOGIA...................................................................................................... 13

    4.1.1. HOMOLOGIA E A IRRADIAO ADAPTATIVA....................................... 13

    4.1.2. ANALOGIA E EVOLUO CONVERGENTE.............................................. 13

    4.2. RGOS VESTIGIAIS.......................................................................................... 14

    4.3. FSSEIS................................................................................................................... 14

    4.4. CO-EVOLUO (CO-ADAPTAO)................................................................. 14

    5. REFERNCIAS........................................................................................................... 15

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    1. AS TEORIAS

    As teorias evolutivas procuram explicar os mecanismos que determinam a grande

    variedade de seres vivos. Propem as teorias evolutivas que os seres vivos so passveis

    de modificaes e sofrem alteraes morfolgicas e fisiolgicas ao longo do tempo

    (milhes de anos).

    Propem ainda que as espcies atuais tiveram origem em outras pr-existentes que

    sofreram modificaes com a finalidade de se adaptar s constantes modificaes

    ambientais ocorridas em nosso planeta.

    Pode-se concluir, portanto, que a evoluo o processo atravs do qual ocorrem

    mudanas ou transformaes nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espcies

    novas.

    Diversas teorias evolutivas j foram elaboradas, destacando-se entre elas, as teorias de

    Lamarck, a de Darwin e mais recentemente a Teoria Sinttica da Evoluo tambm

    conhecida como Neodarwinismo, sendo esta ltima a teoria mais aceita atualmente pelosbilogos.

    1.1.TEORIA DE LAMARCK

    O naturalista Francs Jean-Baptiste Lamarck (1744 - 1829) foi um dos primeiros

    cientistas a defender uma teoria sistemtica de evoluo.

    Sua teoria foi expressa com detalhes no livro Filosofia Zoolgica, publicado em 1809.Apesar de superada nos dias atuais a teoria de Lamarck foi bastante revolucionria para a

    poca em que foi publicada.

    Segundo Lamarck, o mecanismo evolutivo estava baseado em duas leis fundamentais,

    a lei de uso e desuso e a lei da transmisso dos caracteres adquiridos.

    1.1.1. LEI DO USO E DESUSO

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    Supe que o uso frequente de determinadas partes do organismo conduz a

    hipertrofia, e o desuso prolongado faz com que se atrofiem.

    1.1.2.

    LEI DA TRANSMISSO DOS CARACTERES ADQUIRIDOS

    Supe que as caractersticas adquiridas pelo uso ou perdida pelo desuso so

    transmitidas aos descendentes.

    Importncia: Alm de combater o fixismo, teoria corrente na poca, foi a

    primeira hiptese que tentou explicar seriamente a evoluo.

    Erro bsico: As caractersticas adquiridas no so hereditrias.

    1.2.TEORIA DE DARWIN

    Charles R. Darwin (1809-1882) props em 1859, em seu livro A Origem das

    Espcies, suas ideias a respeito dos mecanismos de evoluo: A teoria da Evoluo

    atravs da Seleo Natural.

    Segundo esta teoria, os organismos mais bem adaptados ao meio tm maiores chancesde sobrevivncia que os menos aptos, deixando um maior nmero de descendentes. Estes

    descendentes, melhores adaptados estariam, portanto, com maiores chances de sobreviver

    em um ambiente sob constantes mudanas.

    Os mecanismos de evoluo propostos por Darwin podem ser resumidos da seguinte

    forma:

    Os indivduos de uma mesma espcie mostram muitas variaes, no sendo, portanto,idnticos, entre si.

    Boa parte dessas variaes transmitida aos descendentes.

    Se todos os indivduos de uma espcie se reproduzissem, as populaes cresceriam

    exponencialmente.

    Como os recursos naturais so limitados, os indivduos de uma populao lutam por suasobrevivncia e de sua prole.

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    Portanto, somente alguns, os mais adaptados segundo Darwin , sobrevivem e deixam

    filhos.

    Importncia:Base da atual teoria da evoluo.

    Erro bsico:No explica a origem das variaes.

    1.3.TEORIA SINTTICA DA EVOLUO (NEODARWINISMO)

    Tambm chamada de Neodarwinismo, esta teoria faz a sntese entre as ideias de

    Darwin e os novos conhecimentos cientficos, especialmente no campo da Gentica.

    Alm da seleo natural o Neodarwinismo reconhece como principais fatores evolutivosa mutao gnica, a mutao cromossmica, a recombinao gentica e o isolamento

    reprodutivo.

    O Neodarwinismo s pode ser elaborado aps o redescobrimento dos trabalhos de

    Mendel, em gentica e com o aprofundamento do conceito de gene quando foi possvel

    determinar os principais responsveis pela variedade nos seres vivos.

    As mutaes e a recombinao gentica, fatores que Mendel desconhecia quando

    elaborou sua teoria.

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    2. MUTAES

    A transmisso das caractersticas hereditrias se faz de pais para filhos atravs da

    reproduo. Nessa ocasio, os cromossomos e o material gentico que eles contm se

    duplicam e passam descendncia atravs dos gametas. Embora existam mecanismos

    para impedir erros na replicao do DNA, eles podem ocorrer, trazendo como resultado

    modificaes nas caractersticas que determinam. Esses erros ocorrem subitamente e so

    chamados de mutaes.

    2.1.

    TIPOS DE MUTAES

    2.1.1. GNICAS

    Podem ser definidas como erros no processo de autoduplicao do DNA. A

    palavra mutao no se restringe a modificaes ocorridas em genes (mutao gnica),

    mas engloba alteraes sofridas pelos prprios cromossomos (mutaes cromossmicas).

    Estas podem envolver o nmero ou a ordem dos genes nos cromossomos ou, ainda, o

    prprio nmero de cromossomos.

    As mutaes podem ser espontneas ou provocadas. No se sabe a causa das

    mutaes espontneas, e sua frequncia muito baixa.

    As mutaes provocadas so induzidas, por agentes mutagnicos: raios x,

    radiaes beta, gama e ultravioleta, substncias qumicas como o gs mostarda, a

    colchicina (extrada de um vegetal) e o fenol.

    As mutaes ocorridas em clulas germinativas podem ser transmitidas a

    descendncia, visto que essas clulas so precursoras dos gametas. As mutaes de

    clulas somticas causam nioclificaes fenotpicas apenas nos indivduos que as

    sofreram, no sendo transmitidas.

    2.1.2. CROMOSSMICAS

    2.1.2.1. ESTRUTURAIS

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    As mutaes ou aberraes estruturais so aquelas decorrentes de alteraes na

    forma ou no tamanho de um cromossomo na clula. Elas podem ser de quatro tipos:

    deficincia, duplicao, inverso e translocao.

    Deficincia ou deleo ocorre quando um cromossomo perde um ou mais genes

    por quebra. Deficincias muito acentuadas podem ser letais, uma vez que a perda de

    muitos genes altera profundamente as condies do indivduo.

    Duplicao consiste na existncia de genes repetidos no mesmo cromossomo. Ela

    decorre da quebra em posies diferentes de cromossomos homlogos, seguida de troca

    dos peDaos quebrados. Aps a troca, um dos cromossomos ficar deficiente e o outro,

    duplicado.

    Translocao a quebra seguida da troca de segmentos entre cromossomos. A

    translocao simplesseocorrer entre cromossomos homlogos, situao em que um

    deles pode ficar deficiente e o outro, duplicado. Fala-se em translocao recproca

    quando a troca acontece entre cromossomos no homlogos.

    Cromossomos homlogos entre os quais se verificou a translocao heterozigota

    pareiam-se durante a meiose, formando uma figura com a forma de cruz. Essa forma de

    pareamento identifica a translocao.

    Inverso uma mudana de posio em que genes se colocam em ordem inversa

    quela que tinham a princpio. Ela decorre da quebra de um segmento de um

    cromossomo, seguida de rotao de 180 e posterior soldagem.

    Se o segmento invertido possui centrmero, a inverso chamadapericntrica.

    Caso a inverso ocorra num segmento sem centrmero, dita paracntrica.

    Embora nos cromossomos que sofreram inverso persistam os mesmos genes,

    muitos deles perdem a sua ao. O pareamento de um cromossomo que sofreu inverso

    com o um homlogo resulta na figura que tem a forma de um lao:

    2.1.2.2.

    NUMRICAS

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    Existem dois tipos de alteraes do nmero de cromossomos:

    A euploidia a alterao de todo um conjunto de genomas de uma espcie.

    o

    Haploidia se ocorre a perda de um genoma, disso resultando indivduoshaplides (n). exemplo:os zanges, machos das abelhas so seres

    haplides.

    o Poliploidia se houver acrscimo de genoma, frequeente em vegetais e

    rara em animais. os poliplicles pocleiii ser triplide; (3n), tetraplides

    (4n). etc.

    A aneuploidia a perda ou acrscimo de um ou mais cromossomos de um

    gentipo, nunca de todo um conjunto haplide. chamada:o monossomia: Perda de um cromossomo (2n -1).

    o Ex.: Sndrome de Turner - deficincia de um cromossomo X em mulheres

    (caritipo 44A +X0).

    o inulissomia: perda de dois cromossomos (2n -2)

    o trissomia: Acrscimo de um cromossomo (2n+1)

    Ex 1: Sndrome de Klinefelter - acrscimo de um cromossomo X em

    homens (caritipo 44A+ XXY).

    o Ex 2: Sndrome de Down ou mongolismo - acrscimo de um autossomo

    ao par 21. Caritipos: homem (45A + XY), mulher (45A+ XX).

    o tetrassomia: Acrscimo de dois cromossomos (2n + 2)

    o

    2.2.RECOMBINAO GENTICA

    um mecanismo de reorganizao dos genes j existentes nos cromossomos.

    A principal forma de recombinao gentica ocorre durante a reproduo sexuada e

    se realiza em duas etapas consecutivas:

    Gametognese: Formao dos gametas.

    Fecundao: Unio dos gametas masculino com feminino.

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    3. SELEO NATURAL

    o principal fator evolutivo que atua sobre a variabilidade gentica de uma

    populao. A ao da seleo natural consiste em selecionar gentipos mais bemadaptados a uma determinada condio ecolgica, eliminando aqueles desvantajosos para

    essa condio.

    Existem diversas comprovaes da atuao da seleo natural e entre elas pode-se

    citar o caso de melanismo industrial ocorrido com mariposas em regies industrializada

    Inglaterra.

    H cerca de um sculo, as populaes de mariposas Biston betularia da Inglaterra

    eram formadas por indivduos de cor clara. Muito raramente, apareciam indivduos

    escuros (melnicos).

    A partir de 1900, nas regies que se tornaram industrializadas, os tipos escuros

    tornaram-se comuns, enquanto as formas claras se tornaram raras.

    Esse fenmeno ocorre simultaneamente ao escurecimento dos troncos das rvores,

    impregnados com a fuligem liberada pelas chamins das fbricas. Os troncos eram

    anteriormente claros, cobertos por liquens acinzentados.

    Assim, um indivduo menos adaptado em um ambiente pode vir a ser o mais

    adaptado caso haja uma mudana ambiental.

    A ao seletiva dos pssaros sobre as mariposas da espcie Biston betularia pode

    ser constatada atravs de diversos trabalhos experimentais desenvolvidos por vrios

    pesquisadores. Mariposas criadas em grandes quantidades foram libertadas sobre troncosde rvores em reas rurais e urbanas (industrializadas). Observou-se, utilizando-se

    binculos e abrigos especiais, que as variedades que no "combinavam" com o fundo

    claro (zona rurais) estavam mais sujeitas ao predadora dos pssaros insetvoros.

    3.1.ESPECIAO

    Processo de formao de novas espcies. As populaes de uma mesma espcie que

    vivem em regies geogrficas diferentes, e apresentam conjuntos,gnicos diferentes,constituem raas geogrficas ou subespcies de uma espcie.

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    Se o isolamento geogrfico persistir, Os gentipos das duas espcies modificar-se-o

    devido ao aparecimento de mutaes e recombinaes. Com o passar do tempo, as

    diferenas genticas aumentam ate que ocorra o isolamento reprodutivo, Isto , se as duas

    populaes forem unidas ou desaparecer o isolamento geogrfico, no ocorrero mais

    cruzamentos entre elas. As populaes com isolamento reprodutivo passam a constituir

    duas espcies diferentes.

    Assim sendo, as populaes:

    1o Estgio:Uma nica populao em um ambiente homogneo.

    2o Estgio: Diferenciao do ambiente, migrao para novos ambientes produzem

    diferenciao.

    3o Estgio: Modificaes posteriores as migraes conduzem ao isolamento geogrfico

    de algumas raas e subespcies.

    4o Estgio: Algumas dessas subespcies isoladas se diferenciamse no tocante a

    modificaes gnicas e cromossmicas que controlam mecanismos de isolamento

    reprodutivo.

    5o Estgio: Modificaes no ambiente permitem que populaes geograficamente

    isoladas coexistam novamente na mesma regio. Elas agora permanecem distintas por

    causa das barreiras de isolamento reprodutivo que as separam podem ser reconhecidas

    como espcies distintas.

    3.2.OS TIPOS DE ISOLAMENTO REPRODUTIVO

    So descritos dois mecanismos de isolamento reprodutivo: pr-zigticos e ps-

    zigticos. Nos dois casos, estabelece-se algum bloqueio no fluxo gnico entre indivduos

    de grupos diferentes.

    Mecanismos pr-zigticos: so os que impedem o acasalamento e,

    conseqentemente, a formao do zigoto.

    o

    Sazonal ou estacional: Indivduos dos dois grupos tornam-se aptos aoacasalamento em diferentes pocas ou estaes do ano. Exemplo: grupos

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    diferentes de rs que vivem numa mesma lagoa, mas no se reproduzem

    na mesma poca.

    o Ecolgico: Deve-se ocupao de ambientes diferentes, em condies

    naturais. Exemplo: duas espcies de camundongo do gnero Peromyscus,

    uma vivendo no campo e outra em florestas.

    o Etolgico ou comportamental: Devido existncia de diferentes rituais de

    acasalamento, geneticamente determinados. Exemplo: o tangar-

    danarino, cujos machos exibem, um de cada vez, acrobacias no ar para

    uma fmea. Ela elege apenas um macho que apresente o ritual satisfatrio

    e no se acasala com machos de outro grupo.

    o

    Mecnico: Determinada pela existncia de diferenas significativas entre

    os rgos genitais, tornando invivel a cpula, como ocorre com algumas

    borboletas.

    o Isolamento gamtico: resulta de um fenmeno fisiolgico que impede a

    sobrevivncia dos gametas masculinos de uma populao no organismo

    feminino da outra.

    Mecanismos ps-zigticos: Impedem a viabilidade ou o desenvolvimento de

    descendentes, caso sejam superados todos os mecanismos pr-zigticos, osmecanismos ps-zigticos podem ocorrer das duas maneiras relacionadas a

    seguir:

    o Inviabilidade do hbrido: As diferenas genticas entre os hbridos de duas

    populaes impedem que os genes trabalhem de forma coordenada e

    harmoniosa durante o desenvolvimento embrionrio. Conseqentemente, o

    embrio no completa o desenvolvimento ou ento os filhos morrem antes

    de atingir a idade de reproduo;o Esterilidade do hbrido: O hbrido no capaz de produzir gametas

    funcionais. Essa dificuldade pode ser causada por falta de homologia entre

    os cromossomos que prejudica o pareamento dos cromossomos durante a

    meiose.

    o Degenerao Do F2: Os indivduos da gerao F2 no sobrevivem ou

    apresentam grandes deformaes.

    3.3.

    ESPECIAO SIMPTRICA E ALOPTRICA

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    Espcies simptricas (Simptrico, do grego sym,reunio; e ptria, terra natal) : So

    aquelas que ocupam a mesma regio.

    Espcies aloptricas (Aloptrico, do grego alo,diferente; e ptria. terra natal):

    Vivem em diferentes regies, apresentando isolamento geogrfico.

    As novas espcies surgem quando duas populaes ficam isoladas entre si, de

    modo que no possa haver intercmbio gentico entre elas. A maneira mais comum de

    interromper esse intercmbio o isolamento geogrfico. No entanto, em alguns casos, o

    intercmbio de genes pode ser interrompido sem que ocorra este tipo de isolamento;

    desse modo, podem surgir novas espcies que vivem na mesma rea geogrfica.

    A evoluo simptrica normalmente ocorre com o cruzamento de duas espcies,

    gerando um hbrido estril, que, eventualmente, pode produzir gametas anormais

    diplides, cuja fuso gera um indivduo poliplide, capaz de se reproduzir sexuadamente

    e constituir uma espcie distinta. Esse processo de formao de novas espcies

    denominado hibridizao ou hibridao.

    3.4.FATORES QUE INFLENCIAM A DIVERSIDADE DO AMBIENTE

    SELEO NORMAL

    SELEO DIRECIONAL: Aumenta a freqncia de indivduos de um dos

    extremos da curva normal.

    SELEO ESTABILIZADORA: Aumenta a freqncia de indivduos com

    fentipos intermedirios; diminui o, a freqncia de indivduos Aos extremos A

    curva normal.

    SELEO DISRRUPTIVA: Aumenta a freqncia dos indivduos dos dois

    extremos da curva normal; diminui a freqncia de intermedirios.

    3.5.EVOLUO E PRINCPIO DEHARDY - WEINBERG

    Enunciado: Se no houver influncia dos fatores evolutivos, a freqncia dos genes de

    uma certa populao continua sempre a mesma isto ; No varia.

    Postulados bsicos:

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    A populao deve ser suficientemente grande.

    Deve haver PANMIXIA na populao, ou seja, os cruzamentos devem ser ao

    acaso.

    A populao dever estar isenta de todos os fatores evolutivos: Nessa

    populao hipottica no est ocorrendo mutao, nem seleo natural, nem

    migrao, nem isolamento ou qualquer outro agente de evoluo

    Aplicaes para o monoibridismo

    Freqncia gnica

    p = A

    q = a

    P + q = 1

    Freqncia genotpica

    P2 = AA

    q2 =aa

    2pq = 2Aa

    p2 + 2pq + q2 = 1

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    4. EVIDNCIAS DA EVOLUO

    A evoluo encontra argumentos muito fortes a seu favor no estudo comparativo dos

    organismos como a homologia e a analogia de certos rgos. Nos rgos vestigiais, naembriologia e no estudo dos fsseis.

    4.1.EMBRIOLOGIA

    O estudo da embriologia mostra a grande semelhana existente nos embries de

    animais de classes diferentes quando nas etapas iniciais do seu desenvolvimento.

    medida que o embrio se desenvolve, surgem caractersticas individualizadas e as

    semelhanas diminuem.

    Embries de vertebrados diversos. Note a grande semelhana nos primeiros estgios

    do desenvolvimento.

    4.1.1. HOMOLOGIA E A IRRADIAO ADAPTATIVA

    A embriologia e a anatomia comparadas mostram que nossos braos, as patas

    dianteiras dos vertebrados e as asas das aves tm a mesma origem embrionria. Os rgosde espcies diferentes que tm a mesma origem embrionria, embora possam ter funes

    diferentes, so chamados rgos homlogos. As diferenas entre os rgos homlogos

    devem-se adaptao a ambientes diversos.

    Assim, atravs de um processo chamado, irradiao adaptativa ou evoluo

    divergente, as patas dianteiras dos Mamferos sofreram modificaes, que as adaptaram a

    diferentes atividades, como correr (cavalo), manipular objetos (homem), nadar (baleia),

    cavar (tatu) e at voar (morcego). Portanto, a presena de rgos homlogos serve para

    mostrar o grau de parentesco entre diversos grupos aparentemente diferentes, servindo

    tambm como uma evidncia a favor da evoluo: se as espcies tivessem surgido

    separadamente, no haveria motivo para esperarmos semelhanas entre rgos de funes

    diferentes.

    4.1.2. ANALOGIA E EVOLUO CONVERGENTE

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    A embriologia e anatomia comparadas mostram tambm que as asas dos insetos e as

    das aves tm origem embrionria diferente, embora desempenhem a mesma funo.

    Trata-se, neste caso, de rgos anlogos.

    Assim, o fato de aves e insetos terem asas no significa que haja parentesco entre

    eles. Indica apenas um fenmeno de convergncia ou evoluo convergente, ou seja, que

    dois seres no-relacionados resolveram de forma semelhante os problemas de adaptao

    ao mesmo tipo de ambiente. Outro exemplo de convergncia dado pelo formato do

    corpo e outras adaptaes vida aqutica de animais to diversos quanto o golfinho,

    ictiossauro (rptil fssil) e o tubaro.

    4.2.RGOS VESTIGIAIS

    So estruturas pouco desenvolvidas em alguns grupos, geralmente sem funo, mas

    em outros aparecem desenvolvidas e funcionais, revelando a existncia de um parentesco

    evolutivo entre eles. Exemplos na espcie humana:O cccix que um vestgio da cauda

    observada em outros animais como o macaco. O apndice vermiforme que bem

    desenvolvido em alguns animais (coelho) e atrofiado no homem.

    4.3.FSSEIS

    Os fsseis so restos de seres vivos de pocas passadas ou qualquer vestgio deixado

    por eles. Os fsseis permitem que sejam feitas comparaes entre seres que existiram h

    milhares de anos atrs e os seres vivos, atuais.

    4.4.CO-EVOLUO (CO-ADAPTAO)

    Quando duas ou mais populaes interagem, de tal modo que cada uma constitui

    importante fora seletiva para a outra ocorre ajustamento simultneo. Exemplos:

    Um dos mais importantes, em termos de nmero de espcies e de indivduos

    implicados, foi a co-evoluo das flores e seus polinizadores.

    Outro; exemplos incluem o caso do morcego e da mariposa noctuda, o das

    formigas e seus jardins de fungos.

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    5. REFERNCIAS

    AMABIS, Jos Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das clulas. 2004.

    AMABIS, Jos Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia dos organismos. 2004.

    AMABIS, Jos Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: biologia das

    populaes. Moderna, 2005.