teorizando sobre as aplicações da realidade virtual
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Teorizando sobre as Aplicações da Realidade Virtual
Aplicações da RV
“os computadores se tornaram a invenção humana mais influente na história humana...... eles estão em todo lugar e causaram uma grande revolução ........ agora, nós estamos no meio de uma mini revolução: realidade virtual (RV). RV, assim como os próprios computadores, vão tocar tudo que tem haver com a nossa vida.”
(Vince98:118)
Espaço de Aplicações
Pode-se pensar a RV sendo aplicada a um amplo espaço de possibilidades. Este espaço pode ser caracterizado por, pelo menos, 3 dimensões/coordenadas: Áreas do Conhecimento Maturidade Objetivo Informacional
O Espaço
Maturidade
Áreas
Objetivo Informacional
Áreas de Conhecimento
Áreas de Aplicação da RV(www.cnpq.br/areasconhecimento/index.htm)
Áreas de Aplicação da RV(www.cnpq.br/areasconhecimento/index.htm)
1 – Ciências Exatas e da Terra Matemática, Computação, Química, Física, ...
2 - Ciências Biológicas Genética, Anatomia, ...
3 – Engenharias Civil, Materiais, Elétrica, Mecânica, Química, Produção, ...
4 – Ciências da Saúde Psicologia, Fisioterapia, Individual, Pública, ...
5 - Ciências Agrárias 6 - Ciências Sociais Aplicadas
Administração, Economia, Arquitetura, Demografia, Museologia, .. 7 - Ciências Humanas
Arqueologia, Geografia, Psicologia, Educação, ... 8 - Lingüística, Letras e Artes
Artes (Esculturas, Arqueologia), ... 9 - Outros
Escala de Maturidade da Aplicação
Quanto a Maturidade
Escala de Brooks Evolução desde a idéia até o produto... Avalia a maturidade da aplicação (não da
tecnologia)
1 - Conceitualização2 - Protótipo3 - Produção
Estado Evolutivo das Aplicações (Brooks99:20)
Em Demonstração/Conceitualização Experimental, inovação, tentativa Não tem usuários reais
Em Produção Piloto / Protótipo Desenvolvimento Tecnológico, Aprimoramento, Benefícios e
são claros tem usuários reais mas permanece nas mãos dos
desenvolvedores ainda sob teste
Em Produção Uso cotidiano, benefícios paupáveis, métodos são claros tem usuários reais fazendo trabalhos reais e com os sistema
nas mãos do usuário
Aplicações em Estágio de Produção
Simulação de Veículos (1o. e ainda o melhor)EntretenimentoProjeto de Veículos
Ergonomia, estilo, engenharia, design reviewProjeto Arquitetônico e Estudo de Layouts
submarinos, plataformas marinhas, plantas químicas Treinamento (NASA principalmente)Medicina
Tratamentos psiquiátricos (de fobias, por exemplo)Visualização Científica
Microscopia de Varredura (Probe Microscopy)
Objetivo Informacional
Todo AV pode ser Educativo
Educativo de Entretenimento Ajudam a desenvolver habilidades cognitivas
Memória, visão espacial, concentração, abstração, percepção, raciocínio lógico, estratégica, socialização, respeito a regras, etc..
Divertem, ocupam, entretém Edutainment
Educativo Didático Promovem o aprendizado de um conteúdo específico (tem
alvo) Podem incluir habilidades específicas
Destreza visual-motora Incluem os “Jogos Sérios”
Educativo Didático
Duas ênfases Educar Treinar
Há diferenças ?Quantas são ?Quais são ?Como identifica-las ?
Diferença entre Educação e Treinamento
Aspectos Informacionais
Aplicação dos Aspectos Ed/Tr
Survey
Peso dos Aspectos
Índices de Caracterização
Diagnóstico Educacional
Taxonomia(estendido de Clua et al, 1998)
Objetivo InformacionalEscala de Hounsell et. al. (INTERTECH 2008)
1 - Educativo de Entretenimento Ambiente que diverte e, também, pode ter utilidade
educacional (qualquer AV !) 2 - Ambiente de Informações/Visualização (AVIn)
percepção do imperceptível, visualização científica 3 - AV de Treinamento (AVTr)
fazer, apreender 4 - AV de Educação (AVEd)
demonstrar, descobrir RV traz motivação e flexibilidade
5 - AV de Educação e Treinamento (AVET) Educacional Completo
Visualização (AVIn)
Definição Onde a visão do interior e do exterior são
importantes Respondem majoritariamente pelos AVIn
Tipos de Visualização Científica
campos elétricos, linhas isobáricas, distribuição de temperatura
De Informações Espacial
Visualização Científica
É utilizada para auxiliar no entendimento de: objetos muito grandes
visualização de superfície planetárias, galáxiasobjetos muito pequenos
síntese molecular, análise de comportamento de estruturas atômicas
e molecularesvisualização de conceitos abstratos
elementos matemáticos, campos elétricos, linhas isobáricas, etc.
entendimento de dados complexos análise de fenômenos físico-químicos
Visualização da Informação
Cada vez mais é necessário o acesso rápido e adequado a conjuntos complexos de informações para as mais variadas aplicações de tomada de decisão.
O espaço bidimensional é muito limitado para isto, de forma que a representação e o posicionamento de informações no mundo virtual tridimensional vem agregar um grande potencial para aplicações como: visualização financeira, visualização de informações em geral, informação virtual, visualização de simulação de sistemas complexos, etc.
VR provê modos intuitivos de explorar ambientes 3D, não importando o que ele possa ser/representar.
Visualização Espacial (Vince98:129)
Visualização de Problemas Espaciais é o forte da RV
Objetiva-se perceber as relações Todo com a Parte Tamanhos Proximidades Disposição/Existência das “coisas”
Educação (AVEd)
A área de educação tem muito a ganhar com realidade virtual, tanto no ensino convencional quanto no ensino à distância.
Algumas aplicações incluem: laboratórios virtuais, encontros remotos de alunos e professores para terem uma aula ou alguma atividade coletiva, participação em eventos virtuais, consulta a bibliotecas virtuais, educação de excepcionais, etc.
Educação (AVEd)
Possibilidade de exploração de processos, ambientes e objetos através da manipulação e análise virtual
Estudo de fenômenos físicos e químicos
Estudo de Arqueologia através da exploração de mundos virtuais simulando a antiguidade
Educação (AVEd)
RV não pode ser vista como a melhor ferramenta, é uma possibilidade a mais
Há a necessidade de se avaliar sua eficácia no processo de aprendizagem
Há a necessidade de avaliar seus efeitos alienação, isolamento social, stress visual
Ambientes Virtuais de Treinamento
Modos de Treinamento...
Modos de Treinamento: Padrões Funcionais para Ambientes Virtuais
Marcelo da Silva Hounsell, Manoel Ribeiro Filho, Edgar Luis da Silva
LARVA – LAboratório de Realidade Virtual Aplicada
UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina
UFPA – Universidade Federal do Pará
SVR – Junho 2007UFPA
Objetivo
Identificar uma possível padronização das características existentes em Ambientes Virtuais 3D voltados para Treinamento (AVTr)
Sistematizar esses “modos de treinamento”
Aspectos a Considerar
Elementos que devem ser caracterizados e que são “essenciais” num Ambiente Virtual 3D de Treinamento (AVTr): Informação, Interatividade e Aspecto Pedagógico embutido
A Informação em um AVTr
Como o aprendiz recebe e se relaciona com a informação ?
Como e qual será o Feedback ? Qual o nível de detalhe das informações
? Qual a linguagem a ser empregada ? Qual o volume de informações ?
A Interatividade em um AVTr
O quanto o aprendiz deve/precisa explicitar suas ações ?
Controle da cadencia do treinamento?
Como selecionar, manipular, navegar ?
Aspectos Pedagógicos de um AVTr
Como promover o aprendizado ?
Como será a avaliação ?
Qual a estratégia pedagógica ?
Definindo “Modos de Treinamento”
Com base nos elementos descritos anteriormente, encontram-se pelo menos 4 tipos de “modos de treinamento”:
Diálogo ou Descoberta; Demonstrativo, Automático ou de
Apresentação; Guiado, e; Exploratório ou Livre.
AVTr: Modo de Diálogo
Expõe o aprendiz às informações conceituais e teóricas do conteúdo procedimental
Permite o aprendiz descobrir/entender a forma e a relação espacial entre os objetos
AVTr: Modo de Diálogo
Estratégia “learn by knowing”Avaliação contínua (formativa) ou ao
final (somativa)Baixíssima interatividade
Serve para “ambientação”
AVTr: Modo Demonstrativo
Se relaciona diretamente com o procedimento em si
Feedback textual é rico em informações extras
Estratégia “learn by watching” ou “teaching by showing”
AVTr: Modo Demonstrativo
Baixa Interatividade Conduz a cadência das demonstrações Aprendiz age indiretamente nos objetos Sem manipulação 3D Navegabilidade restrita
Avaliação somativa (ao final)
AVTr: Modo Guiado
o AVTr vai guiando o aprendiz pelo procedimento
Apresentam locuções/sons/comandos sucintos, sobre o quê fazer
Feedback mais técnico e direto, erros são sinalizados
AVTr: Modo Guiado
Seleção de objetos/ações é induzida (sistema evita erros, mostra objeto)
Manipulações simplificadas (parciais) Disponibiliza “virtual lines” e “SNAPs”
Navegação é livre ou pouco restritaEstratégia “learn by doing”Avaliação contínua (formativa)
AVTr: Modo Exploratório
O aprendiz tem que tomar a iniciativa de ir explorando o AV e ir executando as tarefas
Navegação é totalmente livre
Não há nenhum tipo de condução/indicação
Manipulação de posicionamento e orientação
AVTr: Modo Exploratório
Feedbacks minimizados, sem comandos indicando o quê fazer
Feedback é basicamente visualErros costumam ser punidos severamente
ou enfatizadosModo “certificador” pois a avaliação é
somativa (ao final, criteriosa)Estratégia “Learn by assessment”
AVTr: Considerações Finais
Há uma lógica cognitiva e uma seqüência evolutiva entre os 4 modos identificados, em função dos elementos apresentados antes (informação, interação e modelo pedagógico)
AVTr: Considerações Finais
A informação textual vai ficando mais sucinta e técnica
A interatividade vai aumentandoA navegabilidade vai ficando mais
livreO controle do aprendiz vai
aumentando e sua avaliação por parte do sistema também
AVTr: Considerações Finais
Os AVTr devem dispor do maior número possível de “modos de treinamento” para melhor acomodar o processo de aprendizagem
A padronização dos modos traz um guia do que deve ser contemplado neste tipo de sistema de Realidade Virtual
Visão Geral da Dimensão Informacional
DiálogoDemonstrativoGuiadoExploratório
Modos deTreinamento
IntegradoModular
CientíficaDe DadosEspacial
Visualização
Tamanho do Espaço das Aplicações
A intersecção entre Área, Objetivo Informacional e Maturidade gera um leque “quase infinito” de aplicações da RV mas que dá uma idéia clara da abrangência, estágio de desenvolvimento da área e utilidade da RV.
Áreas
Objetivo Informacional
Maturidade
Referências
Frederick P. Brooks, “What´s Real about Virtual Reality?”. IEEE CG&A, Vol. 19(6):16-27, Dec 1999.
Hounsell, M. S.; Silva, Edgar Luis da; Kemczinski, Avanilde. MEDINDO AS ÊNFASES EM EDUCAÇÃO E TREINAMENTO DE AMBIENTES VIRTUAIS 3D. In: Proceedings, International Conference on Engineering and Technology Education, Santos, SP - Brasil. INTERTECH 2008. ISBN 85-89120-54-6. pp. 646-650. 2008.
Vince, John. Capítulo 7 do “Essential Virtual Reality Fast: How to Understand the Techniques and Potential of Virtual Reality”, ISBN 1-85233-012-0, Springer-Verlag London Ltd. 1998.