terras do bem virá resumo

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RESUMO Documentário: Nas terras do Bem-virá Este filme retrata os conflitos fundiários sucedidos na Amazônia, marcado pelo trabalho escravo e devastação do meio ambiente. Muitos trabalhadores vislumbrados em encontrar na Amazônia uma melhor qualidade de vida se arriscaram em uma promessa enganosa. Deparando-se com o mar de sofrimentos. Fazendeiros que impunham a seus trabalhadores uma dívida sem fim, descontrolada, que nunca acabava. Ficando o trabalhador honesto obrigado a pagar. Sem alternativa, não podiam fugir, pois eram ameaçados e sujeitos a açoites e humilhação. No documentário os fazendeiros relatavam uma realidade não vivenciada pelos seus trabalhadores e diziam desconhecer os maus tratos que os peões sofriam. Alegando que davam serviço para os favelados e famintos. Eram trabalhadores de baixa e sem nenhuma escolaridade, brasileiros considerados inexistentes. A realidade dos fazendeiros que foram pegos usufruindo de mão-de-obra escrava se resumia em pagar o que já deviam. E nunca ninguém foi preso e nem suas terras foram confiscadas, suas penas foram transformadas em acertos administrativos. E pouquíssimos tiveram seu nome inscrito em ficha suja, restringindo a créditos. Com isso o trabalho escravo era mantido novamente. Já que as penalidades para esse crime eram brandas. Segundo relatos do bispo, esses fazendeiros atualmente mudaram de roupagem e apareceram como agronegócio, devastando o meio ambiente e dando continuidade a opressão. Dando lugar a conflitos do agronegócio, de um lado a pecuária extensiva, soja, eucalipto, extração madeireira, etc.

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RESUMO

Documentário: Nas terras do Bem-virá

Este filme retrata os conflitos fundiários sucedidos na Amazônia, marcado pelo

trabalho escravo e devastação do meio ambiente. Muitos trabalhadores vislumbrados em

encontrar na Amazônia uma melhor qualidade de vida se arriscaram em uma promessa

enganosa. Deparando-se com o mar de sofrimentos. Fazendeiros que impunham a seus

trabalhadores uma dívida sem fim, descontrolada, que nunca acabava. Ficando o trabalhador

honesto obrigado a pagar. Sem alternativa, não podiam fugir, pois eram ameaçados e sujeitos

a açoites e humilhação. No documentário os fazendeiros relatavam uma realidade não

vivenciada pelos seus trabalhadores e diziam desconhecer os maus tratos que os peões

sofriam. Alegando que davam serviço para os favelados e famintos. Eram trabalhadores de

baixa e sem nenhuma escolaridade, brasileiros considerados inexistentes. A realidade dos

fazendeiros que foram pegos usufruindo de mão-de-obra escrava se resumia em pagar o que já

deviam. E nunca ninguém foi preso e nem suas terras foram confiscadas, suas penas foram

transformadas em acertos administrativos. E pouquíssimos tiveram seu nome inscrito em

ficha suja, restringindo a créditos. Com isso o trabalho escravo era mantido novamente. Já que

as penalidades para esse crime eram brandas. Segundo relatos do bispo, esses fazendeiros

atualmente mudaram de roupagem e apareceram como agronegócio, devastando o meio

ambiente e dando continuidade a opressão. Dando lugar a conflitos do agronegócio, de um

lado a pecuária extensiva, soja, eucalipto, extração madeireira, etc. e na outra parte

trabalhadores que tentam sobreviver de forma digna e que se encontravam executando suas

atividades de sustento a mais de vinte anos em determinadas terras. Terras sem dono, onde

trabalhadores foram despejados para dar lugar aos donos do agronegócio. Um verdadeiro

modelo de exclusão social, onde homens pobres eram mantidos como escravos e suas

mulheres como prostitutas. A partir daí fortaleceu o Movimento dos Sem Terras. Conflitos

estes que, causou aos manifestantes mortes e feridas que nunca iam cicatrizar-se. Lembranças

tristes aos sobreviventes que jamais seriam apagadas enquanto existissem. Iniciando um

drama no país, a busca pela Reforma Agrária. A realidade de um verdadeiro faroeste, com

presença de violência estrutural permanentemente e atuação extremamente danosa por parte

dos policiais. O estado sequer era capaz de cumprir com a Reforma Agrária, se fazendo

ausente. Silenciando a imprensa. E houve a ocorrência de crimes policiais como a ocultação

de cadáveres e emissão de documentos forjados. Prevalecendo a impunidade. Aumentando os

crimes de assassinatos causados por pistolagem, a tornado uma profissão sustentada pelos

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donos de grandes latifúndios. O filme pontua a chegada da missionaria Dorothy Stang, que

trouxe consigo a missão de orientar, direcionar e organizar a população camponesa daquela

área a utilizar os recursos naturais de maneira sustentável e mostrar-lhes soluções para os

conflitos fundiários. Sendo solidaria e defendendo o povo do campo. Não agradando aos

interesses de muitos fazendeiros e madeireiros, que insatisfeitos com sua conduta, fizeram

varias ameaças de morte. Mas não foi suficiente para abalar o objetivo dessa guerreira, de

lutar pela melhoria de vida daquele povo sofrido. E em uma manha do dia 12 de fevereiro de

2005, assassinaram covardemente a missionaria Dorothy Stang. O filme mostra os relatos

tanto dos agricultores que conviviam com a missionaria, que perderam sua líder, como dos

grandes fazendeiros, que diziam que ela tinha morrido por culpa própria. Esse documentário

mostra a impressionante total impunidade dos fazendeiros.

K.Silva