tese de doutoramento - sandra ferreira - 2010.pdf

330
Sandra Marina Reis Ferreira Julho de 2010 UMinho | 2010 Comportamento Mecânico e Ambiental de Materiais Granulares. Aplicação às Escórias de Aciaria Nacionais Universidade do Minho Escola de Engenharia Sandra Marina Reis Ferreira Comportamento Mecânico e Ambiental de Materiais Granulares. Aplicação às Escórias de Aciaria Nacionais

Upload: builiem

Post on 09-Jan-2017

252 views

Category:

Documents


10 download

TRANSCRIPT

  • S

    andr

    a M

    arin

    a Re

    is Fe

    rreira

    Julho de 2010UMin

    ho |

    201

    0C

    ompo

    rtam

    ento

    Mec

    nic

    o e

    Ambi

    enta

    l de

    Mat

    eria

    isGr

    anul

    ares

    . Apl

    ica

    o

    s Es

    cri

    as d

    e Ac

    iari

    a N

    acio

    nais

    Universidade do MinhoEscola de Engenharia

    Sandra Marina Reis Ferreira

    Comportamento Mecnico e Ambiental deMateriais Granulares.Aplicao s Escrias de Aciaria Nacionais

  • Julho de 2010

    Tese de DoutoramentoDoutoramento em Engenharia Civil

    Trabalho efectuado sob a orientao doProfessor Doutor Antnio Gomes Correia

    Sandra Marina Reis Ferreira

    Comportamento Mecnico e Ambiental deMateriais Granulares.Aplicao s Escrias de Aciaria Nacionais

    Universidade do MinhoEscola de Engenharia

  • Ao Jorge Miguel, o Sol da minha vida

    Ao Artur (in memoriam), o meu Anjo da Guarda

  • A valorizao dos resduos um desafio

    inadivel para as sociedades

    contemporneas

  • i

    AGRADECIMENTOS

    O trabalho de investigao apresentado nesta tese de doutoramento deu-me a oportunidade de

    passar quatro anos no Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho. Estes

    quatro anos foram para mim tempos de formao acadmica e cientfica mas, tambm de

    enriquecimento pessoal e isso deveu-se a todos aqueles com quem fui trabalhando e

    convivendo. Assim, como esta tese o fruto do trabalho de muitos, quero expressar os meus

    agradecimentos s entidades e pessoas que me apoiaram na sua realizao, nomeadamente:

    Siderurgia Nacional, Empresa de Produtos Longos, SA e Fundao para a Cincia e a

    Tecnologia, pelo financiamento do doutoramento atravs da concesso de uma bolsa de

    doutoramento em empresa;

    ao Professor Doutor Antnio Gomes Correia, orientador cientfico deste trabalho, pelos

    ensinamentos e rigor cientfico transmitidos, pela leitura crtica do manuscrito e, sobretudo,

    pela confiana depositada;

    ao Eng. Antnio Cavalheiro, orientador empresarial deste trabalho, pelo empenho na

    concesso e manuteno da bolsa, o que me permitiu dedicar em exclusivo a esta tese;

    ao Investigador Eng. Antnio Jos Roque, pela leitura crtica do manuscrito no se que refere

    componente ambiental, o que muito contribuiu para a melhoria deste trabalho;

    ao Professor Doutor Jaime Francisco C. Fonseca e ao Tcnico Carlos Manuel A. Torres, pelo

    apoio na componente electrnica deste trabalho;

    ao Professor Doutor Jean-Marie Fleureau, pela disponibilidade manifestada para o apoio

    interpretao e anlise dos resultados e elaborao da tese;

    Professora Doutora Ktia Bicalho, pela disponibilidade manifestada para a leitura crtica do

    manuscrito e pelo carinho que sempre me demonstrou;

    ao Professor Doutor Michele Jamiolkowski, pelo envio de alguma bibliografia, o que

    contribuiu para o esclarecimento de algumas dvidas que surgiram durante o trabalho;

    aos tcnicos do Laboratrio de Engenharia Civil da Universidade do Minho, nomeadamente,

    Eng Carlos Palha, Hlder Torres, Ricardo Magalhes, Carlos Jesus, Marco Jorge, Paulo

    Caetano, Fernando Pokee e Jos Matos, por todo o apoio dado em laboratrio e, ao tcnico

    Jos Gonalves, pela colaborao em todos os ensaios de laboratrio e de campo, pela

    disponibilidade e, principalmente, pela dedicao posta em todas as actividades;

  • ii

    aos tcnicos do Laboratrio Nacional de Engenharia Civil, Rui Coelho, Joaquim Timteo,

    Antnio Gomes e amiga Ana Cristina Louro, pela colaborao nos ensaios de campo e pelo

    empenho e sentido crtico colocado no trabalho;

    Carla secretaria do Departamento de Engenharia Civil e Susana, Elsa e Irene,

    funcionrias do Centro para a Valorizao dos Resduos, pelas palavras amigas;

    aos meus colegas e amigos, nomeadamente, Marta, Tiago, Ivo, Vtor, Eduardo e Sandra,

    pelo tempo bem passado, alm disto, ao Rgis, pelas importantes trocas de impresses, ao

    Joo Paulo pelo apoio na realizao e interpretao dos ensaios de campo e ao Nuno, pela

    grande ajuda na instrumentao da cmara triaxial;

    ao primo e grande amigo, Professor Doutor Lus Manuel Ferreira Gomes, pelo estmulo;

    ao meu Pai, minha Me, ao meu Irmo, Xila e ao Gouveia, os amigos e companheiros de

    todas as horas, pelo apoio incondicional;

    ao Jorge Miguel, pela alegria que trouxe minha vida e, sobretudo, por me ensinar como

    enfrentar e reagir s contrariedades que vo surgindo no dia-a-dia.

    A todos um Muito Obrigada, do fundo do corao!

  • iii

    COMPORTAMENTO MECNICO E AMBIENTAL DE

    MATERIAIS GRANULARES. APLICAO S ESCRIAS

    DE ACIARIA NACIONAIS

    RESUMO: Nesta tese estudou-se o comportamento mecnico e ambiental de materiais

    granulares e muito particularmente os agregados processados das escrias de aciaria

    produzidas na Siderurgia Nacional, com o principal objectivo de promover a sua valorizao

    (reciclagem) como material de construo nas infraestruturas de transporte e obras

    geotcnicas.

    Neste sentido, estabeleceu-se um programa experimental para a caracterizao

    ambiental e mecnica, quer em laboratrio, quer no campo, dos agregados processados das

    escrias de aciaria nacionais, bem como de dois materiais naturais (Saibro Grantico e

    Agregado Grantico), com o propsito de se compararem as suas propriedades.

    Em laboratrio, o principal ensaio mecanicista utilizado para determinar as

    propriedades de deformabilidade dos materiais granulares tem sido o triaxial cclico,

    desenvolvido durante este programa de investigao. Uma cmara triaxial com 150mm de

    dimetro e 300mm de altura foi instrumentada internamente para medio directa da fora

    aplicada e dos deslocamentos no provete de ensaio.

    Paralelamente ao estudo sobre a valorizao dos agregados processados das escrias

    de aciaria nacionais efectuou-se um outro, relativo influncia do ndice de vazios e da

    granulometria nas caractersticas de deformabilidade dos materiais granulares. Esse estudo

    envolveu a realizao de ensaios triaxiais cclicos, em provetes com diferentes granulometrias,

    combinando diferentes dimenses mdias das partculas (D50) e diferentes ndices de vazios.

    Os resultados do estudo mostraram, claramente, que as equaes relativas ao ndice de vazios

    obtidas sobre areias, e normalmente utilizadas em materiais granulares com fraces mais

    grossas, no descrevem o comportamento destes materiais, sobretudo quando bem

    compactados. Com base nos resultados obtidos props-se para a normalizao do mdulo de

    deformabilidade em relao ao ndice de vazios uma nova expresso matemtica que

    incorpora um factor que depende da granulometria dos materiais. Os resultados mostraram

    ainda que o mdulo de deformabilidade dos materiais granulares depende da dimenso

    mxima das partculas e do D50.

    No campo, a avaliao dos desempenhos mecnico e ambiental dos materiais

    efectuou-se recorrendo construo de um trecho experimental, integrado numa estrada

    nacional em servio, constitudo por trs seces distintas. Numa foram utilizados apenas os

    dois materiais naturais (no aterro e nas camadas de leito do pavimento e base), noutra foi

  • iv

    utilizado exclusivamente agregado processado (no aterro e nas camadas de leito do pavimento

    e base) e na restante aplicou-se o Saibro Grantico, no aterro e na camada de leito do

    pavimento, e o agregado processado, na camada de base. A avaliao do desempenho

    mecnico e ambiental dos materiais efectuou-se durante e aps a fase de construo. A

    avaliao do desempenho mecnico durante a fase de construo realizou-se atravs do

    controlo dos parmetros de estado e da deformabilidade dos materiais, com recurso a

    diferentes ensaios. A avaliao do desempenho mecnico, aps a fase de construo,

    efectuou-se ao longo de dois anos, quer ao nvel interno das camadas do pavimento com

    recurso a extensmetros e do aterro atravs de vares extensomtricos instalados durante a

    fase de construo, quer ao nvel do comportamento global do aterro atravs de campanhas de

    nivelamento topogrfico de preciso e no pavimento com recurso a ensaios com deflectmetro

    de impacto pesado. A avaliao do desempenho ambiental efectuou-se, ao longo de um ano,

    com recurso a instrumentao original em Portugal nesta aplicao: instalao de dois

    lismetros.

    Os resultados experimentais obtidos neste estudo mostraram que os agregados

    processados das escrias de aciaria nacionais so inertes e apresentam um desempenho

    mecnico superior ao dos materiais naturais, contribuindo decisivamente para a sua

    valorizao em infraestruturas de transporte e obras geotcnicas. Presentemente, so

    comercializados pela Siderurgia Nacional como um novo material de construo, com

    Marcao CE e marca registada com a designao de Agregado Siderrgico Inerte para a

    Construo (ASIC).

    Palavras-chave: Valorizao; agregados naturais; agregados reciclados; pavimentos;

    aterros estruturais; propriedades ambientais; propriedades mecnicas; ensaio triaxial cclico de

    grandes dimenses; trecho experimental; monitorizao mecnica; monitorizao ambiental;

    lismetro; mdulo de deformabilidade

  • v

    ENVIRONMENTAL AND MECHANICAL BEHVIOUR OF

    GRANULAR MATERIALS. APPLICATION TO NATIONAL

    STEEL SLAGS

    ABSTRACT: This thesis studied the mechanical and environmental behaviour of granular

    materials and more specifically processed steel slag aggregates produced in National Iron and

    Steel Company, with the primary objective of promoting their use (recycling) as a building

    material in transport infrastructures and geotechnical work.

    In this context an experimental programme was established in order to environmentally

    and mechanically characterise, both in laboratory and in the field, the national processed steel

    slag aggregates, in addition to two natural materials (Granitic gravel and Granite Aggregate),

    with the purpose of comparing their properties.

    In the laboratory, the main mechanical test used to determine the deformation

    properties of granular materials has been the precision cyclic triaxial, developed during this

    research programme. A triaxial chamber 150mm in diameter and 300mm in height was

    internally instrumented for the direct measurement of displacement and applied force.

    Parallel to the study for promoting processed aggregates of national steel slags another

    laboratory study was carried out on the influence of void ratio and grading on the deformation

    characteristics of granular materials. This study involved carrying out precision cyclic triaxial

    tests on specimens with different gradations, combined with different particle size average and

    different void ratios. The results of the study clearly showed that the equations for the void ratio

    obtained for sand, and normally used in granular material with coarser fractions, do not describe

    the behaviour of these materials especially when they are well compacted. Based on the results

    obtained, a new mathematical expression that incorporates a factor that depends on the

    gradation of the material is proposed for the normalisation of the modulus of deformability in

    relation to the void ratio. The results also showed that this modulus in the granular material

    depends on the maximum size of the particles and on the particle size average.

    In the field, the assessment of the mechanical and environmental performance of the

    materials was carried out at the construction of a full scale test integrated in a national road in

    use which consisted of three distinct sections. In one section, only the two natural materials

    were used (in the embankment, capping and base layers of pavement), in another section only

    processed aggregate was used (in the embankment, capping and base layers of pavement) and

    in the remaining section Granitic Gravel was used, in the embankment and the capping layers

    of pavement, and processed aggregate was used in the base layer. The assessment of the

    mechanical and environmental performance of the materials was done during and after the

    construction phase. The mechanical performance during the construction phase was evaluated

    by controlling the state parameters and the deformability of the materials by using different

  • vi

    tests. After the construction phase this was done throughout two years by assessing the

    pavement layers by using strain gauges. Furthermore embankment performance was evaluated

    by using strain gauge rods installed during the construction phase as well by precision

    topographic levelling campaigns. The assessment of pavement performance was done by using

    tests with a heavy falling weight deflectometer. The assessment of the environmental

    performance was carried out throughout one year by means of two lysimeters, instrumentation

    that is original in Portugal in this application.

    The experimental results obtained in this study show that the aggregate of national

    processed steel slags are inert and have a better mechanical performance than that of natural

    materials, decisively contributing to the promotion of these recycled materials in transport

    infrastructures and geotechnical works. Presently, this new construction material, with EC

    marking, registered as a trademark under the name of Agregado Siderrgico Inerte para a

    Construo (ASIC) [Inert Steel Aggregate for Construction - ISAC], has led to an increased

    demand in the national market with obvious benefits for the National Iron and Steel Company.

    Key-words: Valorisation; natural aggregate; recycled aggregate; pavement; structural

    embankment; environmental properties; mechanical properties; precision cyclic triaxial test; full

    scale test; mechanical monitoring; environmental monitoring; lysimeter; modulus of deformability

  • vii

    NDICE DE MATRIAS

    1. INTRODUO

    1.1. Justificao do tema e enquadramento da tese .. 1

    1.2. Objectivos da tese.. 3

    1.3. Metodologia de estudo para atingir os objectivos. 5

    1.3.1. Programa experimental de laboratrio aplicado valorizao dos agregados. 5

    1.3.2. Programa experimental de laboratrio para o estudo da influncia do ndice

    de vazios e da composio granulomtrica no mdulo de deformabilidade

    dos materiais granulares (domnio das pequenas deformaes) 8

    1.3.3. Programa experimental de campo .. 8

    1.4. Estrutura da tese 10

    2. ESTUDO BIBLIOGRFICO SOBRE AS ESCRIAS DE ACIARIA

    2.1. Introduo 13

    2.2. Principais tipos de escrias de aciaria e processamento efectuado com vista sua

    Valorizao como agregado siderrgico 14

    2.3. Evoluo da produo de escrias de aciaria em Portugal 15

    2.4. Processos envolvidos na produo de escrias de aciaria em Portugal.. 16

    2.5. Processamento realizado nas escrias de aciaria nacionais.. 17

    2.6. Principais valorizaes das escrias de aciaria 20

    2.7. Propriedades das escrias de aciaria processadas 21

    2.8. Avaliao do comportamento ambiental 23

    2.9. Alguns estudos realizados sobre as escrias de aciaria quando utilizadas em

    infraestruturas rodovirias 24

    2.10. Principais problemas das escrias de aciaria processadas quando utilizadas nas

    infraestruturas de transporte 25

    2.11. Documentos e especificaes tcnicas para utilizao das escrias de aciaria

    processadas em infraestruturas rodovirias ........ 26

  • viii

    2.11.1. Situao internacional 26

    2.11.2. Situao em Portugal . 32

    2.12. Concluses 34

    3. ESTUDO BIBLIOGRFICO SOBRE OS FACTORES QUE INFLUENCIAM AS DEFORMAES REVERSVEIS

    E PERMANENTES DOS MATERIAIS GRANULARES QUANDO SUJEITOS A CARREGAMENTOS CCLICOS

    3.1. Introduo ... 35

    3.2. Principais factores que influenciam as deformaes reversveis .. 36

    3.2.1. Caractersticas do carregamento . 36

    3.2.2. Histria das tenses ... 37

    3.2.3. Nvel de tenso ... 37

    3.2.4. Nvel de deformao .. 40

    3.2.5. Compacidade .. 41

    3.2.5.1. Proposta de Hardin e Richart (1963) 42

    3.2.5.2. Proposta de Lo Presti et al. (1995)... 44

    3.2.5.3. Estudos de Kokusho e Yoshida (1997) 46

    3.2.6. Teor em gua .. 47

    3.2.7. Influncia da granulometria ... 48

    3.2.7.1. Percentagem em finos ... 49

    3.2.7.2. Dimenso mxima das partculas 50

    3.2.8. Mineralogia .. 50

    3.2.9. Morfologia das partculas .. 51

    3.3. Principais factores que influenciam as deformaes permanentes .. 51

    3.3.1. Repetio e frequncia do carregamento .. 52

    3.3.2. Nvel de tenso ... 53

    3.3.3. Rotao das tenses principais 57

    3.3.4. Histria das tenses ... 58

    3.3.5. Compacidade .. 59

    3.3.6. Teor em gua .. 61

  • ix

    3.3.7. Influncia da granulometria ... 62

    3.3.7.1. Percentagem em finos ... 63

    3.3.7.2. Dimenso mxima das partculas 64

    3.3.8. Mineralogia .. 64

    3.3.9. Morfologia das partculas .. 65

    3.4. Concluses . 65

    4. DESCRIO DOS ENSAIOS LABORATORIAIS. CARACTERIZAO CORRENTE DOS MATERIAIS EM

    ESTUDO

    4.1. Introduo ... 67

    4.2. Metodologia adoptada para a caracterizao dos materiais .. 68

    4.2.1. Escria da Maia .. 68

    4.2.2. Escria do Trecho .. 69

    4.2.3. Escria do Seixal 69

    4.2.4. Agregado Grantico 70

    4.2.5. Saibro Grantico .. 70

    4.3. Ensaios mecanicistas realizados para estudar o comportamento mecnico .. 70

    4.3.1. Ensaio triaxial convencional .. 71

    4.3.1.1. Equipamento 71

    4.3.1.2. Preparao dos provetes .. 72

    4.3.1.3. Procedimento de ensaio para provetes de pequena e grande

    dimenso 73

    4.3.1.4. Procedimento de ensaio para provetes de muito grande dimenso .. 74

    4.3.2. Ensaio triaxial cclico de curta durao ... 74

    4.3.2.1. Equipamento 75

    4.3.2.2. Preparao dos provetes .. 76

    4.3.2.3. Procedimento de ensaio para o estudo do comportamento elstico e

    linear ... 77

    4.3.2.4. Procedimento de ensaio para o estudo da influncia do ndice de

    vazios e da granulometria nas caractersticas de deformabilidade.. 77

  • x

    4.3.3. Ensaio triaxial cclico de longa durao .. 78

    4.3.3.1. Equipamento 80

    4.3.3.2. Preparao dos provetes .. 83

    4.3.3.3. Procedimento de ensaio para o estudo do comportamento reversvel 83

    4.3.3.4. Procedimento de ensaio para o estudo do comportamento s

    deformaes permanentes atravs de um nico nvel de tenso 85

    4.3.3.5. Procedimento de ensaio para o estudo do comportamento s

    deformaes permanentes atravs de multi-estgios de tenso . 85

    4.3.4. Ensaio de compresso unidimensional .. 86

    4.3.4.1. Equipamento 86

    4.3.4.2. Preparao do provete .. 87

    4.3.4.3. Procedimento de ensaio 87

    4.4. Caracterizao corrente dos materiais .. 87

    4.4.1. Escria da Maia .. 88

    4.4.2. Escria do Trecho .. 92

    4.4.3. Escria do Seixal 93

    4.4.4. Agregado Grantico 97

    4.4.5. Saibro Grantico .. 98

    4.5. Concluses . 100

    5. TRABALHO EXPERIMENTAL EM LABORATRIO. ESTUDO DA INFLUNCIA DO NDICE DE VAZIOS E DA

    GRANULOMETRIA NAS CARACTERSTICAS DE DEFORMABILIDADE NO DOMNIO DAS PEQUENAS

    DEFORMAES

    5.1. Introduo ... 103

    5.2. Curvas granulomtricas estudadas 104

    5.3. Estudo da influncia do ndice de vazios .. 105

    5.3.1. Caractersticas dos provetes ensaiados . 105

    5.3.2. Resultados obtidos . 106

    5.3.3. Modelos utilizados .. 107

    5.3.4. Mtodo utilizado para determinao dos parmetros dos modelos .. 107

  • xi

    5.3.5. Discusso dos resultados . 108

    5.4. Confronto entre a proposta de Hardin e Richart (1963) e a nova proposta . 111

    5.5. Estudo da influncia da granulometria .. 112

    5.5.1. Caractersticas dos provetes ensaiados . 112

    5.5.2. Resultados obtidos . 112

    5.5.3. Validao da nova proposta para a funo do ndice de vazios 113

    5.5.4. Discusso dos resultados . 114

    5.6. Concluses . 117

    6. TRABALHO EXPERIMENTAL EM LABORATRIO. ESTUDO DA RESISTNCIA E DEFORMABILIDADE DOS

    MATERIAIS EM ESTUDO

    6.1. Introduo ... 119

    6.2. Ensaio de compresso unidimensional . 119

    6.3. Ensaios triaxiais convencionais (TC) . 121

    6.3.1 Escria da Maia .. 121

    6.3.1.1. Resultados dos ensaios nos provetes de grande dimenso ... 121

    6.3.1.2. Multi-estgios e estgio simples .. 128

    6.3.1.3. Resultados dos ensaios nos provetes de muito grande dimenso 131

    6.3.1.4. Comparao dos resultados obtidos nos provetes de muito grande e

    grande dimenso .. 132

    6.3.2. Escria do Trecho .. 135

    6.3.3. Comparao dos resultados obtidos na Escria da Maia e Escria do

    Trecho ... 139

    6.3.4. Agregado Grantico 141

    6.3.5. Saibro Grantico .. 145

    6.4. Ensaio triaxial cclico de curta durao (TCCD) .. 147

    6.4.1. Escria da Maia .. 147

    6.4.2. Escria do Trecho .. 149

    6.4.3. Escria do Seixal 150

    6.4.4. Agregado Grantico 152

  • xii

    6.4.5. Saibro Grantico .. 153

    6.5. Ensaio triaxial cclico de longa durao . 154

    6.5.1. Acondicionamento e comportamento s deformaes reversveis 154

    6.5.2. Comportamento s deformaes permanentes 160

    6.5.2.1. Procedimento multi-estgios . 160

    6.5.2.2. Procedimento com um nico estgio de tenso 165

    6.5.2.3. Comparao dos resultados obtidos nos procedimentos multi-estgios

    e um nico estgio de tenso . 166

    6.6. Influncia do nvel de deformao nos mdulos de deformabilidade das Escrias da

    Maia . 167

    6.7. Concluses . 169

    7. TRABALHO EXPERIMENTAL DE CAMPO

    7.1. Introduo ... 175

    7.2. Caractersticas gerais do trecho experimental . 176

    7.2.1. Localizao .. 176

    7.2.2. Planeamento construtivo ... 176

    7.2.3. Instrumentao 177

    7.2.3.1. Instrumentao utilizada no corpo do aterro .. 178

    7.2.3.2. Instrumentao utilizada nas camadas do leito e da base do

    pavimento .. 181

    7.2.3.3. Instrumentao utilizada nas camadas betuminosas ... 182

    7.3. Caracterizao dos materiais .. 182

    7.4. Metodologia adoptada para o controlo da qualidade de construo 185

    7.4.1. Ensaios para controlo de compactao atravs dos parmetros de estado

    dos materiais 186

    7.4.2. Ensaios para controlo de compactao atravs da deformabilidade 187

    7.5. Resultados obtidos no controlo de compactao 191

    7.5.1. Resultados obtidos para os parmetros de estado dos materiais . 191

    7.5.2. Resultados obtidos para deformabilidade .. 194

  • xiii

    7.5.2.1. Resultados obtidos nas camadas de aterro e leito do pavimento .. 194

    7.5.2.2. Resultados obtidos nas camadas de base, regularizao e desgaste .. 198

    7.6. Correlao entre os mdulos de deformabilidade obtidos no campo e em laboratrio . 200

    7.7. Correlao entre os mdulos de deformabilidade obtidos no campo atravs dos

    diferentes ensaios . 203

    7.8. Resultados obtidos nas campanhas de monitorizao ... 206

    7.8.1. Monitorizao mecnica 206

    7.8.1.1.Medio dos deslocamentos internos .. 206

    7.8.1.2. Comparao dos deslocamentos internos com os deslocamentos

    superficiais . 209

    7.8.1.3.Observao do comportamento mecnico atravs de ensaios FWD . 210

    7.8.1.4.Observao das deformaes verticais ao nvel do topo do aterro e do

    topo da camada de leito do pavimento e das deformaes transversais

    e longitudinais ao nvel da base da camada de regularizao sob

    carregamento do FWD

    214

    7.8.2. Monitorizao ambiental 221

    7.9. Concluses . 225

    8. VALORIZAO DOS AGREGADOS SIDERRGICOS INERTES PARA A CONSTRUO

    8.1. Introduo ... 231

    8.2. Metodologia de estudo utilizada no estudo da viabilidade de utilizao do ASIC em

    infraestruturas de transporte 232

    8.3. Caracterizao ambiental: estudo da viabilidade ambiental .. 233

    8.4. Caracterizao mecnica: estudo da viabilidade dos ASIC atravs de ensaios

    empricos 235

    8.4.1. Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas correntes e classificao . 235

    8.4.2. Comparao das propriedades ndice com os valores estabelecidos para

    os materiais naturais nos cadernos de encargos das estradas de Portugal

    para as camadas de base, sub-base, leito de pavimento e aterro . 237

    8.5. Caracterizao mecnica: estudo da viabilidade dos ASIC atravs de ensaios

    mecanicistas .. 242

  • xiv

    8.5.1. Propriedades relativas compresso uniaxial, resistncia ao corte e

    deformabilidade ... 242

    8.5.2. Classificao do ASIC atravs do comportamento s deformaes

    reversveis 243

    8.5.3. Classificao dos ASIC de acordo com as deformaes permanentes 245

    8.6. Comparao das propriedades do ASIC com outros materiais 246

    8.6.1. Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas correntes . 246

    8.6.2. Propriedades de deformabilidade 248

    8.6.2.1. Comportamento reversvel determinado atravs de ensaios triaxiais

    cclicos de curta durao . 248

    8.6.2.2. Comportamento reversvel determinado atravs de ensaios triaxiais

    cclicos de longa durao 249

    8.6.3. Comportamento s deformaes permanentes 250

    8.7. Comparao da viabilidade do ASIC determinada atravs dos ensaios empricos e

    mecanicistas .. 250

    8.8. Concluses . 252

    9. CONCLUSES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

    9.1. Concluses . 255

    9.1.1. Concluses do programa experimental em laboratrio relativas

    valorizao do ASIC ... 255

    9.1.2. Concluses do programa experimental de laboratrio para o estudo da

    influncia do ndice de vazios e da composio granulomtrica no mdulo de

    deformabilidade dos materiais granulares (domnio das pequenas

    deformaes) ... 260

    9.1.3. Concluses do programa experimental de campo 260

    9.1.4. Concluses relativas valorizao do ASIC . 263

    9.2. Desenvolvimentos futuros 264

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .. 267

  • xv

    NDICE DE FGURAS

    1. INTRODUO

    Sem Figuras

    2. ESTUDO BIBLIOGRFICO SOBRE AS ESCRIAS DE ACIARIA

    Figura 2.1: Processamento da escria de aciaria nacional: a) em fosso; b) na zona

    impermeabilizada; c) na zona de armazenamento/tratamento. (Roque et al., 2006) . 18

    Figura 2.2: Processamento da escria de aciaria nacional: a) fragmentao; b) parte

    metlica restante aps a separao das partes metlica e no metlica (Roque et al.,

    2006) . 19

    Figura 2.3: Processamento da escria negra nacional: a) Peneirao em fraces

    granulomtricas; b) Armazenamento e maturao por hidratao ao ar livre (Roque et

    al., 2006) .. 20

    Figura 2.4: Pavimento com utilizao de escria de aciaria mal maturada (Silva, 2002); a)

    deformao excessiva; b) fendilhamento ... 26

    3. ESTUDO BIBLIOGRFICO SOBRE OS FACTORES QUE INFLUENCIAM AS DEFORMAES REVERSVEIS

    E PERMANENTES DOS MATERIAIS GRANULARES QUANDO SUJEITOS A CARREGAMENTOS CCLICOS

    Figura 3.1: Exemplos de resultados triaxiais com tenso de confinamento constante e

    varivel (adaptada de Allen e Thompson, 1974) ... 37

    Figura 3.2: Mdulo reversvel em funo do nvel de deformao para materiais

    granulares densamente compactados (Gomes Correia, 2004) .. 41

    Figura 3.3: Efeito do grau de compactao (Gc) no mdulo reversvel (Kolisoja, 1994) . 42

    Figura 3.4: Modelo de esferas uniformes (Hertz) ... 45

    Figura 3.5: Diagrama esquemtico do efeito de Cu na relao do ndice de vazios e no

    mdulo de deformabilidade. (Adaptado de Gomes Correia et al., 2001) .. 47

    Figura 3.6: Influncia da granulometria no mdulo reversvel para (adaptada de Hoff,

    1999) . 49

    Figura 3.7: Curvas granulomtricas ensaiadas por Hoff (1999) ... 49

    Figura 3.8: Efeito quantitativo da fraco fina no comportamento mecnico do agregado

    consistindo maioritariamente em partculas grosseiras (adaptado de kolisoja, 1997) 50

  • xvi

    Figura 3.9: Classificao de materiais granulares de diferentes origens geolgicas de

    acordo com as suas propriedades mecnicas (adaptado de Paute et al, 1994) . 51

    Figura 3.10: influncia do nvel de tenso na deformao plstica de alguns dos

    materiais (adaptado de Barksdale, 1972) ... 54

    Figura 3.11: Deformao permanente em funo das tenses aplicadas (Brown e Hyde,

    1985) . 54

    Figura 3.12: Diagrama esquemtico sobre a influncia do nmero de ciclos e do nvel de

    tenso no comportamento s deformaes permanentes (adaptado de Werkmeister,

    2003) . 56

    Figura 3.13: Tenses produzidas pelo movimento dos rodados nas camadas granulares

    dos pavimentos (adaptada de Gidel, 2001) 57

    Figura 3.14:Influncia da histria do carregamento na deformao permanente

    (adaptada de Brown, 1975) .. 58

    Figura 3.15:Influncia da histria do carregamento na deformao permanente

    (Monismith (1975) ... 59

    Figura 3.16: A no influncia da histria das tenses de carregamento quando a relao

    p/q constante (Adaptada de Gidel, 2001) 59

    Figura 3.17: Influncia da compacidade (expressa pelo grau de compactao) nas

    deformaes permanentes (Adaptada de Gomes Correia, 2000) 60

    Figura 3.18: Dependncia do nmero de contactos das partculas na porosidade, para

    partculas esfricas com diferentes arranjos (Cumberland e Crawford 1987) .. 60

    Figura 3.19: Deformao permanente em funo do numero de camadas utilizadas na

    compactao dos provetes (VC: Vibrocompactao; VH: Martelo vibrante) (Adaptada

    de Galjaard et al. 1996) . 61

    Figura 3.20: Evoluo da deformao permanente caracterstica em funo do teor em

    gua para diferentes materiais granulares (Hornych et al., 1998) .. 62

    Figura 3.21: Influncia da drenagem no desenvolvimento das deformaes permanentes

    (Dawson 1990) 62

    Figura 3.22: Efeito da gradao e da compactao na deformao plstica (adaptada de

    Thom e Brown, 1988) . 63

    Figura 3.23: Influncia da % de finos nas deformaes permanentes (Barksdale, 1972).... 63

    Figura 3.24: Influncia da dimenso mxima das partculas na formao das rodeiras

    (adaptado de Korkiala-Tanttu, 2008) ... 64

  • xvii

    Figura 3.25: Influncia da natureza mineralgica na evoluo das deformaes axiais e

    radiais (Hornych et al. 1993) . 64

    4. DESCRIO DOS ENSAIOS LABORATORIAIS. CARACTERIZAO CORRENTE DOS MATERIAIS EM

    ESTUDO

    Figura 4.1: Cmaras triaxiais: a)T30 (LNEC); b)T15 (LEC-UM) ... 71

    Figura 4.2:Curvas obtidas com medies externas e internas (Gomes Correia, 1985) ... 75

    Figura 4.3: LDT: a) Esquema de funcionamento; b) Sistemas de fixao (LEC-UM) .. 76

    Figura 4.4: Ensaio triaxial cclico de curta durao: a) procedimento do ensaio; b) ciclo de

    carga/descarga de muito pequena amplitude .... 77

    Figura 4.5: Procedimento do ensaio para o estudo da influncia do ndice de vazios e da

    granulometria nas caractersticas de deformabilidade . 78

    Figura 4.6: Princpio do ensaio triaxial cclico de longa durao com tenso de

    confinamento varivel (adaptado de Hornych et al., 2004) . 79

    Figura 4.7: Esquema do ensaio triaxial cclico de longa durao utilizado neste trabalho

    (Gomes Correia et al., 2010) . 81

    Figura 4.8: Sistema triaxial cclico desenvolvido: a) grupo hidrulico; b) servo-actuador

    axial; c) servo-actuador radial; d) software de ensaio; e) estrutura de reaco; f)

    cmara triaxial . 82

    Figura 4.9: Pormenor: a) da instrumentao interna para aferio das deformaes;

    b)sistema de fixao para o LDT radial .. 83

    Figura 4.10: Cmara, E50, utilizada no ensaio de compresso unidimensional ... 87

    Figura 4.11: Valores mdios da composio qumica da Escria da Maia aos 3 e 6

    meses de maturao . 89

    Figura 4. 12: Aspecto geral e de fases presentes na escria da Maia, com tempos de

    maturao de: a) 3 meses; b) 6 meses ... 90

    Figura 4.13: Valores mdios da composio qumica da Escria do Seixal aos 3 e 6

    meses de maturao .. 94

    Figura 4.14: Aspecto geral e de fases presentes na escria do Seixal .. 95

    5. TRABALHO EXPERIMENTAL EM LABORATRIO. ESTUDO DA INFLUNCIA DO NDICE DE VAZIOS E DA

    GRANULOMETRIA NAS CARACTERSTICAS DE DEFORMABILIDADE NO DOMNIO DAS PEQUENAS

    DEFORMAES

  • xviii

    Figura 5.1: Curvas granulomtricas estudadas .... 104

    Figura 5.2: Mdulo de deformabilidade em funo da tenso vertical, para provetes com

    diferentes ndices de vazios e para as curvas: a) A (0/19); b) B (0/6,35); e c) C (0/2).. 106

    Figura 5.3: Relao entre o mdulo de deformabilidade medido e calculado utilizando a

    proposta de Hardin e Richart (1963) para a funo do ndice de vazios 108

    Figura 5.4: Relao entre o mdulo de deformabilidade medido e calculado utilizando a

    proposta de Lo Presti et al. (1995) para a funo do ndice de vazios 109

    Figura 5.5: Mdulo de deformabilidade normalizado para a tenso vertical em funo do

    ndice de vazios .... 110

    Figura 5.6: Variao do expoente para a funo do ndice de vazios em funo do Cu .. 110

    Figura 5.7: Extrapolao de E atravs das equaes de Hardin e Richart (1963) e a

    nova proposta 111

    Figura 5.8: Mdulo de deformabilidade em funo da tenso vertical .. 113

    Figura 5.9: Ajuste do modelo ... 114

    Figura 5.10: Mdulo de deformabilidade em funo da tenso vertical para curvas

    granulomtricas com diferentes Dmax e com a) Cu = 1; b) Cu = 17; c) diferentes

    valores de Cu 115

    Figura 5. 11: Mdulo de deformabilidade em funo da tenso vertical para curvas

    granulomtricas com igual Dmax: a) Dmax = 2mm; b) Dmax = 6,35mm; a) Dmax =

    19,1mm .. 116

    Figura 5.12: Evoluo do mdulo de deformabilidade com o D50, para diferentes

    Dmax 117

    6. TRABALHO EXPERIMENTAL EM LABORATRIO. ESTUDO DA RESISTNCIA E DEFORMABILIDADE DOS

    MATERIAIS EM ESTUDO

    Figura 6.1:Resultados do ensaio de compresso uniaxial: a) relao entre a tenso a

    deformao axial; b) compresso e expanso unidimensional 120

    Figura 6.2: Resultados dos ensaios triaxiais convencionais para o provete MT1 .. 123

    Figura 6.3: Resultados do ensaio triaxial convencional para o provete MT2 .. 124

    Figura 6.4: Resultados dos ensaios triaxiais para as curvas virgem . 127

    Figura 6.5: Tenso de desvio em funo da deformao axial, para a Escria da Maia, 128

  • xix

    para a tenso de confinamento de: a) 200kPa; b) 300kPa ...

    Figura 6.6: Envolventes de ruptura para as curvas virgem e quando se consideram os

    resultados obtidos em todos os provetes . 129

    Figura 6.7: Evoluo do ngulo de atrito interno de pico secante com a tenso de

    confinamento . 130

    Figura 6.8: Resultados dos ensaios triaxiais para os provetes de muito grandes

    dimenses . 131

    Figura 6.9: Envolventes de ruptura para o material integral (LNEC) e truncado (LEC-

    UM) . 133

    Figura 6.10: Mdulo de deformabilidade secante em funo da deformao axial, em

    provetes de grande (material truncado) e muito grande (material quase integral)

    dimenso, para a tenso de confinamento de: a) 100kPa; b) 200kPa; c) 300kPa 133

    Figura 6.11: Mdulo de deformabilidade secante, para 1% de deformao axial, em

    funo da tenso vertical total para o material, truncado (LEC-UM)) e integral

    (LNEC) 134

    Figura 6.12: Resultados dos ensaios triaxiais convencionais obtidos no provete TT1 .. 136

    Figura 6.13: Resultados dos ensaios triaxiais convencionais obtidos sobre o provete

    TT2 .. 137

    Figura 6.14: Resultados dos ensaios triaxiais convencionais obtidos nas curvas virgem. 138

    Figura 6.15: Envolventes de ruptura para a Escria da Maia e a Escria do Trecho ... 139

    Figura 6.16: Mdulo de deformabilidade secante em funo da deformao axial, para

    a Escria da Maia e Escria do Trecho, para a tenso de confinamento de: a)

    100kPa; b) 200kPa; c) 300kPa .. 140

    Figura 6.17: Mdulo de deformabilidade secante, para 1% de deformao axial, em

    funo de 1 para os agregados processados das escrias ... 140

    Figura 6.18: Resultados dos ensaios triaxiais convencionais obtidos no provete AG

    TT1.. 142

    Figura 6. 9: Resultados dos ensaios triaxiais convencionais obtidos sobre o provete AG

    TT2 .. 143

    Figura 6.20: Resultados dos ensaios obtidos nas curvas virgem .. 144

    Figura 6.21: Resultados dos ensaios triaxiais obtidos para o Saibro Grantico .. 145

  • xx

    Figura 6.22: Influncia da tenso vertical total no mdulo de deformabilidade vertical da

    Escria da Maia 148

    Figura 6.23: Influncia da anisotropia induzida nas caractersticas de deformabilidade

    da Escria da Maia .. 148

    Figura 6.24: Mdulo de deformabilidade secante em funo da deformao axial para o

    provete: a) MTP1; b) MTP2 .... 149

    Figura 6.25: Influncia da tenso vertical total no mdulo de deformabilidade vertical da

    Escria do Trecho 150

    Figura 6.26: Influncia do nvel de deformao axial no mdulo de deformabilidade

    secante da Escria do Trecho 150

    Figura 6.27: Influncia da tenso vertical total no mdulo de deformabilidade vertical da

    Escria do Seixal .. 151

    Figura 6.28: Mdulo de deformabilidade secante em funo da deformao axial, para

    o provete: a) STP1; b) STP2 .. 152

    Figura 6.29: Influncia da tenso vertical total no mdulo de deformabilidade vertical do

    Agregado Grantico .. 152

    Figura 6.30: Influncia do nvel de deformao axial no mdulo de deformabilidade

    secante do Agregado Grantico . 153

    Figura 6.31: Influncia da tenso vertical total no mdulo de deformabilidade vertical do

    Saibro Grantico 153

    Figura 6.32: Influncia do nvel de deformao axial no mdulo de deformabilidade

    secante do Saibro Grantico ... 154

    Figura 6.33: Esec/Emax em funo da deformao axial, para o Saibro Grantico .. 154

    Figura 6.34: Comportamento observado no 1 ciclo e no 20000 ciclo durante o

    acondicionamento do provete 155

    Figura 6.35: Evoluo, com o nmero de ciclos: a) tenso de desvio ao longo do

    carregamento b) deformaes vertical total e permanente; c) deformaes vertical

    reversvel 156

    Figura 6.36: Comportamento tenso/deformao durante a aplicao dos diferentes

    carregamentos triaxiais cclicos . 157

    Figura 6.37: Mdulo de deformabilidade reversvel em funo da tenso vertical . 158

    Figura 6.38: Relao entre a deformao radial e axial em funo da tenso de

    confinamento.. 158

  • xxi

    Figura 6.39: Influncia do nvel de tenso no coeficiente de Poisson reversvel .... 159

    Figura 6.40: Deformao vertical permanente para uma tenso de confinamento de

    20kPa para a: a) primeira trajectria de tenso; b) ltima trajectria de tenso 161

    Figura 6.41: Influncia das leituras interna e externa na deformao permanente .... 161

    Figura 6.42: Influncia do nmero de ciclos e do nvel de tenso nas deformaes

    verticais permanentes para a tenso de confinamento: a) 20kPa; b) 45kPa; c)

    70kPa; d) 100kPa; e) 150kPa . 162

    Figura 6.43: Influncia do nmero de ciclos e do nvel de tenso nas deformaes

    verticais reversveis para a tenso de confinamento: a) 20kPa; b) 45kPa; c) 70kPa;

    d) 100kPa; e) 150kPa .. 163

    Figura 6.44: Comportamento das deformaes em funo do nmero de ciclos

    aplicados 164

    Figura 6.45: Limites de shakdown e cedncia plsticos para a Escria da Maia ... 165

    Figura 6.46: Comportamento de deformao observado no 1 e ltimo ciclo (80000) .. 165

    Figura 6.47: Evoluo, com o nmero de ciclos: a) tenso de desvio ao longo do

    carregamento b) deformaes vertical total e permanente; c) deformaes vertical

    reversvel 166

    Figura 6.48: A influncia da histria das tenses nas deformaes verticais

    permanentes da Escria da Maia .. 167

    Figura 6.49: Mdulo de deformabilidade secante determinado com diferentes tcnicas

    de medio de deformao, para a tenso de confinamento de: a) 100kPa; b)

    200kPa; c) 300kPa ... 168

    Figura 6.50: Influncia do nvel de deformao e de tenso no mdulo de

    deformabilidade 169

    7. TRABALHO EXPERIMENTAL DE CAMPO

    Figura 7.1: a) Perfil transversal tipo E.N.; b) localizao do trecho experimental ... 176

    Figura 7.2: Mancha de emprstimo de a) Saibro Grantico; b) ASIC .... 176

    Figura 7.3: a) Estrutura do pavimento b) compactao das camadas experimentais de

    ASIC e de Saibro Grantico . 177

    Figura 7.4: Localizao do sistema de instrumentao no trecho experimental . 179

    Figura 7.5: a) Marca superficial; b) ponto de referncia .. 180

  • xxii

    Figura 7.6: Vares extensomtricos: a) pormenor da localizao; b) instrumentao .. 180

    Figura 7.7: a) Extensmetro vertical; b) colocao na camada . 181

    Figura 7.8: a) Instalao dos lismetros na seco ASIC+ ASIC; b) recolha do lixiviado

    na seco abge + Saibro (Roque et al., 2007) 181

    Figura 7.9: a) Extensmetros horizontais (transversais e longitudinais); b) colocao na

    camada .. 182

    Figura 7.10: Termopares na camada de regularizao e de desgaste . 182

    Figura 7.11: Vista em planta e corte longitudinal do trecho experimental: esquema da

    diviso das camadas (Gomes Correia et al., 2008b) . 186

    Figura 7.12: Determinao do peso volmico e teor em gua in situ com: a) ensaio de

    garrafa de areia; b) ensaio de membrana; c) gamadensmetro 187

    Figura 7.13: Ensaio de carga com pneu: a) vista geral; b) pormenor do transdutor .. 188

    Figura 7.14: FWD, pormenor: a) da barra metlica instrumentada com os geofones; c)

    da placa .. 189

    Figura 7.15: Deflectmetro de impacto ligeiro (DIP) .... 189

    Figura 7.16: Geoguage - Humboldt Stiffness Gauge (SSG) ... 190

    Figura 7.17: Ensaio de carga esttica com placa: a) ensaio in situ; b) interpretao .... 191

    Figura 7.18: Portancemtre: a) aspecto geral; b) esquema de funcionamento .. 191

    Figura 7.19: Variao da massa volmica seca determinada in situ, nas camadas

    experimentais em ASIC, em funo do nmero de passagens do cilindro 192

    Figura 7.20: Variao da massa volmica seca determinada in situ, nas camadas

    experimentais em Saibro Grantico, em funo do nmero de passagens do cilindro:

    a)1 camada; b) 2 camada; c) 3 camada .. 192

    Figura 7.21: Mdulos de deformabilidade em funo do n. de passagens do cilindro

    nos ensaios ECP e/ou DIP obtidos nas camadas experimentais: a) 1 camada; b) 2

    camada; c) 3 camada . 194

    Figura 7.22: Mdulos de deformabilidade em funo do n. de passagens do cilindro

    nos ensaios Portancemtre obtidos nas camadas experimentais: a) 1 camada; b) 2

    camada; c) 3 camada . 195

    Figura 7.23: Mdulos de deformabilidade, obtidos na camada do leito do pavimento, em

    funo do n. de passagens do cilindro nos ensaios: a) DIP, b) Portancemtre .. 195

  • xxiii

    Figura 7.24: Deflexes e mdulos de deformabilidade obtidos para a camada de base

    para 8 passagens do cilindro para os ensaios: a) FWD; b) DIP e ECP .. 199

    Figura 7.25: Deflexes obtidas nos ensaios FWD para as camadas; a) de

    regularizao; b) de desgaste 199

    Figura 7.26: Influncia do nvel de deformao no mdulo de deformabilidade do ASIC

    para um ndice de vazios de valor igual a 0,35 e uma tenso vertical de 200kPa 201

    Figura 7.27: Relao entre os valores do mdulo de deformabilidade obtidos com o

    ECP e com o DIP e Portancemtre: a) potencia; b) linear 204

    Figura 7.28: Relao entre os mdulos de deformabilidade obtidos nos ensaios

    geogauge e DIP 205

    Figura 7.29: a) Assentamentos totais da fundao nas seces em Saibro Grantico e

    ASIC; b) assentamento das camadas inferiores de aterro em Saibro Grantico e

    ASIC medidos a 1,60 m da base do aterro; c) precipitao mensal na estao

    meteorolgica de Amarante 208

    Figura 7.30: Resultados das campanhas de ensaios FWD realizadas em: a) 15-02-08;

    b) 04-04-08; c) 13-05-08; d) 17-06-08; e) 01-08-08; f) 02-10-08; g) 16-01-09; h) 06-

    07-09; i) 09-09-09; j) 06-11-09; k) 24-03-10 . 211

    Figura 7.31: a) evoluo das deflexes mximas, para uma carga aproximadamente

    igual a 47kN; b) temperatura na superfcie do pavimento; c) precipitao mensal na

    estao meteorolgica de Amarante . 212

    Figura 7.32: Evoluo da deflexo/deformao, com a tenso de pico dinmica

    aplicada pelo FWD para a seco construda em ASIC a) deflexo mxima; b)

    deformao horizontal longitudinal; c) deformao vertical no topo da camada do

    leito do pavimento; d) deformao vertical na ltima camada do corpo do aterro 214

    Figura 7.33: Evoluo, da deflexo /deformao com a tenso de pico dinmica

    aplicada pelo FWD para a seco construda em material tradicional a) deflexo

    mxima; b) deformao horizontal longitudinal; c) deformao vertical no topo da

    camada do leito do pavimento; d) deformao vertical ltima camada do corpo do

    aterro .. 215

    Figura 7.34: Deformaes verticais, para uma carga de cerca de 47kN, medidas: a) no

    topo da ltima camada do corpo do aterro; b) no topo da camada de leito do

    pavimento .. 216

    Figura 7.35: Deformaes horizontais longitudinais na base da camada de

    regularizao, para uma carga de cerca de 47kN .. 216

  • xxiv

    Figura 7.36: Evoluo no tempo a) das deformaes verticais no topo da camada de

    leito do pavimento (LP) e no topo da ltima camada do corpo do aterro (a); b) das

    deformaes horizontais longitudinais (L) e transversais (T) na base da camada de

    regularizao; c) temperatura na superfcie do pavimento; d) precipitao mensal na

    estao meteorolgica de Amarante . 217

    Figura 7.37: Evoluo e comparao de alguns elementos doseados nos lixiviados do

    Saibro Grantico e do ASIC: a) sulfatos e cloretos; b) fenis e fluoretos 225

    8. VALORIZAO DOS AGREGADOS SIDERRGICOS INERTES PARA A CONSTRUO

    Figura 8.1: Comparao das curvas granulomtricas do ASIC da Maia do ASIC do

    Trecho e do ASIC do Seixal com o fuso granulomtrico especificado no Caderno de

    Encargos das Estradas de Portugal para os materiais naturais britados a aplicar em

    camadas de base, sub-base e leito de pavimento .. 239

    Figura 8.2: Comparao das curvas granulomtricas do ASIC da Maia, do ASIC do

    Trecho e do ASIC do Seixal com o fuso granulomtrico especificado no Caderno de

    Encargos das Estradas de Portugal para os materiais naturais no britados a aplicar

    em camadas de base, sub-base e leito de pavimento ... 240

    Figura 8.3: Comparao das curvas granulomtricas do ASIC com o fuso

    granulomtrico especificado no Caderno de Encargos das Estradas de Portugal para

    os materiais rochosos a aplicar em camadas de aterro . 241

    Figura 8.4: Aptido do ASIC da Maia quando utilizado em camadas de base sob

    camada betuminosa fina . 246

    Figura 8.5: Classificao de diferentes agregados atravs dos ensaios mecnicos

    empricos 248

    Figura 8.6: Comparao do modulo de deformabilidade do ASIC com os materiais

    estandardizados para as camadas de base dos pavimentos ... 249

    Figura 8.7: Comparao da classe obtida atravs do ensaio triaxial cclico de longa

    durao para o ASIC da Maia com diferentes materiais 249

    Figura 8.8: Comparao dos limites de shakedown plstico entre os ASIC da Maia e os

    materiais naturais . 250

    Figura 8.9: A evidncia da no correlao entre as classificaes baseadas em ensaios

    empricos e mecanicistas . 251

    9. CONCLUSES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

    Sem Figuras

  • xxv

    NDICE DE QUADROS

    1. INTRODUO

    Sem Quadros

    2. ESTUDO BIBLIOGRFICO SOBRE AS ESCRIAS DE ACIARIA

    Quadro 2.1: Valores limite para a utilizao das escrias de aciaria processadas em

    infraestruturas de transporte no Japo . 28

    Quadro 2.2: Valores limite para a utilizao das escrias de aciaria em infraestruturas

    de transporte no Brasil . 29

    Quadro 2.3: Fusos granulomtricos para materiais alternativos segundo o caderno de

    encargos PG-3 para pavimentos e pontes ... 30

    Quadro 2.4: Valores limite para a utilizao das escrias de aciaria processadas em

    infraestruturas de transporte em Espanha ... 31

    Quadro 2.5: Fusos granulomtricos requeridos para os materiais alternativos utilizados

    em camadas de base e sub-base no Reino Unido . 31

    Quadro 2.6: Classes das escrias de aciaria processadas segundo a norma EN 13242.. 32

    Quadro 2.7: Valores mximos de admissibilidade previstos no Decreto-Lei n. 152/2002

    para os resduos admissveis em aterros para resduos inertes em Portugal 33

    3. ESTUDO BIBLIOGRFICO SOBRE OS FACTORES QUE INFLUENCIAM AS DEFORMAES REVERSVEIS

    E PERMANENTES DOS MATERIAIS GRANULARES QUANDO SUJEITOS A CARREGAMENTOS CCLICOS

    Quadro 3.1: Diferentes valores de B, encontrados na bibliografia, para materiais

    granulares .. 43

    Quadro 3.2: Valores para o expoente, x, para materiais granulares 44

    Quadro 3.3: ndices fsicos para diferentes arranjos das esferas (Biarez e Hicher,

    1994) 45

    Quadro 3.4: Relaes entre as deformaes axiais permanentes com o nmero de

    ciclos ... 53

    Quadro 3.5: Relaes entre a deformao axial permanente com o nvel de tenso ... 56

  • xxvi

    4. DESCRIO DOS ENSAIOS LABORATORIAIS. CARACTERIZAO CORRENTE DOS MATERIAIS EM

    ESTUDO

    Quadro 4.1: Caractersticas gerais do ensaio ... 81

    Quadro 4.2: Trajectrias de tenso aplicadas no estudo do comportamento reversvel ... 84

    Quadro 4.3: Trajectrias de tenso aplicadas no estudo do comportamento s

    deformaes permanentes atravs do procedimento multi-estgios .. 86

    Quadro 4.4: Composio qumica da Escria da Maia ... 88

    Quadro 4.5: Composio qumica do lixiviado da Escria da Maia .. 89

    Quadro 4.6: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas da Escria da Maia . 91

    Quadro 4.7: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas da Escria do Trecho . 93

    Quadro 4.8: Composio qumica da Escria do Seixal . 94

    Quadro 4.9: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas da Escria do Seixal ... 96

    Quadro 4. 10: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas do Agregado Grantico 97

    Quadro 4. 11: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas do Saibro Grantico . 98

    Quadro 4.12: Composio qumica do lixiviado do Saibro Grantico .... 99

    5. TRABALHO EXPERIMENTAL EM LABORATRIO. ESTUDO DA INFLUNCIA DO NDICE DE VAZIOS E DA

    GRANULOMETRIA NAS CARACTERSTICAS DE DEFORMABILIDADE NO DOMNIO DAS PEQUENAS

    DEFORMAES

    Quadro 5.1: Caractersticas geomtricas das curvas granulomtricas... 105

    Quadro 5. 2: Caractersticas dos provetes ensaiados para a determinao da influncia

    do ndice de vazios no mdulo de deformabilidade . 105

    Quadro 5.3: Parmetros encontrados para os modelos e respectivos coeficientes de

    determinao .. 109

    Quadro 5.4: Caractersticas dos provetes ensaiados para o estudo da influncia da

    granulometria no mdulo de deformabilidade .. 112

    Quadro 5.5: Valor do expoente da nova F(e) para as diferentes curvas granulomtricas... 113

    Quadro 5.6: Parmetros do modelo para as diferentes curvas granulomtricas e valor do

    R2 .. 114

    6. TRABALHO EXPERIMENTAL EM LABORATRIO. ESTUDO DA RESISTNCIA E DEFORMABILIDADE

    DOS MATERIAIS EM ESTUDO

  • xxvii

    Quadro 6.1: Condies de compactao dos provetes da Escria da Maia . 121

    Quadro 6.2: Sntese dos resultados obtidos para a Escria da Maia atravs do ensaio

    triaxial convencional para os provetes de grande dimenso .. 128

    Quadro 6.3: Sntese dos resultados obtidos para a Escria da Maia atravs dos

    procedimentos de ensaio multi-estgios e estgio simples 130

    Quadro 6.4: Sntese dos resultados obtidos para o material integral (LNEC) e truncado

    (LEC-UM) 135

    Quadro 6.5: Condies de compactao dos provetes ensaiados com a Escria do

    Trecho .. 135

    Quadro 6.6: Sntese dos resultados obtidos para a Escria do Trecho atravs dos

    ensaios triaxiais convencionais ... 138

    Quadro 6.7: Sntese dos resultados obtidos para a Escria da Maia (no material integral

    (LNEC) e truncado (LEC-UM)) e para a Escria do Trecho ... 141

    Quadro 6.8: Condies de compactao dos provetes construdos com o Agregado

    Grantico .. 141

    Quadro 6.9: Sntese dos resultados obtidos para o Agregado Grantico atravs do

    ensaio triaxial convencional . 144

    Quadro 6.10: Condies de compactao dos provetes construdos com o Saibro

    Grantico .. 145

    Quadro 6.11: Sntese dos resultados obtidos para o Saibro Grantico atravs do ensaio

    triaxial convencional .. 146

    Quadro 6.12: Condies de compactao dos provetes construdos com a Escria da

    Maia submetidas ao ensaio triaxial cclico de curta durao . 147

    Quadro 6.13: Condies de compactao dos provetes construdos com a Escria do

    Seixal submetidos ao ensaio triaxial cclico de curta durao 151

    Quadro 6.14: Influncia do nvel de tenso no coeficiente de Poisson reversvel obtido

    para a Escria da Maia . 160

    7. TRABALHO EXPERIMENTAL DE CAMPO

    Quadro 7.1: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas do ASIC .. 183

    Quadro 7.2: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas do Agregado Grantico .... 184

    Quadro 7.3: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas do Saibro Grantico .. 185

  • xxviii

    Quadro 7.4: Valores de massa volmica seca e teor em gua obtidos atravs do

    gamadensmetro para a seco construda em Saibro Grantico . 193

    Quadro 7.5: Valores de mdulo de deformabilidade atravs do ensaio de carga em placa

    nas camadas experimentais .... 196

    Quadro 7.6: Valores de mdulo de deformabilidade obtido atravs dos ensaios

    geogauge e DIP para as camadas de aterro e leito do pavimento (LP) na seco

    construda com ASIC e Saibro Grantico ... 197

    Quadro 7.7: Valores das deflexes (: mm) obtidas para o ensaio de carga com pneu na

    2 camada experimental .. 198

    Quadro 7.8: Valores das deflexes (: mm) obtidas para o ensaio de carga com pneu

    nas diferentes seces . 198

    Quadro 7.9: Mdulos de deformabilidade determinados no campo atravs do ensaio de

    carga em placa e em laboratrio, para o ASIC e o Saibro Grantico 202

    Quadro 7.10: Mdulos de deformabilidade determinados em campo atravs do ensaio

    geoaguge e em laboratrio atravs do ensaio triaxial de curta durao, para o Saibro

    Grantico .. 203

    Quadro 7.11: Comparao entre os mdulos de deformabilidade determinados atravs

    do ensaio geogauge e EV2 para o Saibro Grantico tendo em conta o nvel de tenso

    e deformao .. 206

    Quadro 7.12: Assentamentos medidos atravs dos vares extensomtricos e das

    marcas superficiais 209

    Quadro 7.13: Relao entre a deflexo mxima () medida na seco construda em

    ASIC e em material tradicional, na via direita ... 212

    Quadro 7.14: Valores das deflexes mximas obtidas dos ensaios FWD para uma carga

    aproximada de 47kN e da temperatura registada pelos termopares, no lado direito da

    via . 213

    Quadro 7.15: Valores das deformaes verticais para os extensmetros colocados no

    topo da camada de leito do pavimento (LP) e no topo da ltima camada do corpo do

    aterro (A) e das temperaturas medidas pelos termopares para uma solicitao do

    FWD correspondente a uma carga de cerca de 47kN 218

    Quadro 7.16: Valores das deformaes horizontais longitudinais (L) e transversais (T)

    medidos pelos extensmetros colocados na base da camada de regularizao e das

    temperaturas medidas pelos termopares para uma solicitao do FWD

    correspondente a uma carga de cerca de 47kN .. 219

  • xxix

    Quadro 7.7: Relao entre as deformaes verticais, medidas no topo da ltima camada

    de aterro e no topo da camada do leito do pavimento, e das deformaes horizontais

    longitudinais medidas na base da camada de regularizao medidas na seco

    construda em ASIC e em material tradicional para uma solicitao do FWD

    correspondente a uma carga de cerca de 47kN .. 219

    Quadro 7.18: Amostras recolhidas no lismetro situado na seco construda com ASIC.. 222

    Quadro 7.19: Amostras recolhidas no lismetro situado na seco construda com Saibro

    Grantico .. 222

    Quadro 7.20: Resultados obtidos nas amostras de lixiviado recolhidas no lismetro da

    seco do aterro em ASIC (adaptado de Roque et al., 2009) 223

    Quadro 7.21: Resultados obtidos nas amostras de lixiviado recolhidas no lismetro da

    seco do aterro em Saibro Grantico (adaptado de Roque et al., 2009) 224

    8. VALORIZAO DOS AGREGADOS SIDERRGICOS INERTES PARA A CONSTRUO

    Quadro 8.1: Valores dos parmetros medidos no lixiviado do ASIC e valores mximos

    de admissibilidade para os resduos inertes previstos no Decreto-Lei n. 152/2002 . 234

    Quadro 8.2: Propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas correntes do ASIC .... 236

    Quadro 8.3: Classe dos agregados segundo a norma XP P 18-540 (1990) . 237

    Quadro 8.4: Propriedades ndice do ASIC e especificaes do Caderno de Encargo das

    Estradas de Portugal para os materiais naturais britados a aplicar em camadas de

    base, sub-base e leito de pavimento ..

    238

    Quadro 8.5: Propriedades ndice do ASIC da Maia, do ASIC do Trecho e do ASIC do

    Seixal e as especificaes do Caderno de Encargo das Estradas de Portugal para os

    materiais naturais no britados a aplicar em camadas de sub-base e leito de

    pavimento 239

    Quadro 8.6: Propriedades ndice do ASIC e especificaes do Caderno de Encargo das

    Estradas de Portugal para os materiais naturais rochosos a aplicar em camadas de

    aterro. 241

    Quadro 8.7: Comparao das propriedades relativas compresso uniaxial, resistncia

    ao corte e deformabilidade obtidas para o ASIC da Maia, o ASIC do Trecho e o ASIC

    do Seixal .. 242

    Quadro 8.8: Classes de desempenho dos agregados determinadas a partir de ensaios

    mecanicistas (NF P98-129, 1994) .. 244

  • xxx

    Quadro 8.9: Classes de desempenho dos agregados determinadas a partir de ensaios

    mecanicistas (EN 13286-7, 2004) ... 244

    Quadro 8.10: Comparao das propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas correntes

    do ASIC com outros materiais ..... 247

    9. CONCLUSES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

    Sem Quadros

  • xxxi

    SIMBOLOGIA1

    LETRAS LATINAS MAISCULAS

    A: Parmetro funo do material e das tenses

    Abs: Absoro de gua

    B: Parmetro da funo do ndice de vazios proposta por Hardin e Richart (1963)

    B: Parmetro de Skemptom

    C: Parmetro funo do material e das tenses

    CBR: ndice de Suporte Californiano

    CBRi: ndice de Suporte Californiano imediato

    Cc: Coeficiente de Curvatura

    Cc: Coeficiente de Curvatura

    Cc: ndice de compressibilidade

    Cr: ndice de recompressibilidade

    Cs: ndice de expanssibilidade

    Cu: Coeficiente de Uniformidade

    D: Parmetro funo do material e das tenses

    D10: Dimetro equivalente que corresponde a 10% de partculas com dimenses inferiores

    D30: Dimetro equivalente que corresponde a 30% de partculas com dimenses inferiores

    D50: Dimetro equivalente que corresponde a 50% de partculas com dimenses inferiores

    D60: Dimetro equivalente que corresponde a 60% de partculas com dimenses inferiores

    DG: Degradabilidade

    Dmax: Dimetro mximo das partculas

    Dr: Densidade relativa

    E : Mdulo de deformabilidade ou de Young

    E*: Mdulo de deformabilidade medido nos provetes

    1 Alguns dos smbolos utilizados aparecem com mais do que um significado ao longo do texto, tal

    acontece porque se tentou respeitar a simbologia adoptada por cada autor.

  • xxxii

    E*200kPa: Mdulo de deformabilidade correspondente a uma tenso de 200kPa

    E*25kPa Mdulo de deformabilidade correspondente a uma tenso de 25kPa

    EA: Equivalente de areia

    Ec: Mdulo de deformabilidade caracterstico

    EDes(CV): Mdulo de deformabilidade retirado na descarga dos ensaios triaxiais convencionais

    para as curvas virgem

    EDes(M-E): Mdulo de deformabilidade retirado na descarga dos ensaios triaxiais convencionais

    para no procedimento multi-estgios

    EDes: Mdulo de deformabilidade retirado na descarga dos ensaios triaxiais convencionais

    EDIP: Mdulo de deformabilidade determinado atravs do ensaio de deflectmetro de impacto

    ligeiro (DIP)

    Eedo : Mdulo edomtrico secante

    EG: Mdulo de deformabilidade determinado atravs do ensaio Geogauge

    )kPa200;10x1(G 3E : Mdulo de deformabilidade obtido do ensaio Geogauge normalizado para o

    estado de tenso e deformao imposto no ensaio ECP

    Eg: Mdulo de deformabilidade dos gros

    Ei: Valor do mdulo de deformabilidade medido

    ELab: Mdulo de deformabilidade obtidos em laboratrio

    Em : Mdulo de deformabilidade da mistura betuminosa

    Emx: Mdulo de deformabilidade inicial ou mximo

    Enor: Mdulo de deformabilidade normalizado

    EPortancemtre: Mdulo de deformabilidade obtido do ensaio Portancemtre

    Er: Mdulo de deformabilidade reversvel

    Esec: Mdulo de deformabilidade secante

    EV2: Mdulo de deformabilidade calculado para o segundo ciclo de carregamento do ensaio de

    carga em placa

    E : Valor mdio do mdulo de deformabilidade

    F(e): Funo de ndice de vazios

    F(e)campo: Funo de ndice de vazios para um ndice de vazios determinado em campo

    F(e)Lab: Funo de ndice de vazios para um ndice de vazios determinado em laboratrio

  • xxxiii

    F: Fora aplicada

    FI: ndice de achatamento

    FR: Fragmentabilidade

    G: Mdulo de Distoro ou de Corte

    Ga: Parmetro do modelo de Boyce

    GC: Grau de compactao

    Gp: Ordenada na origem da envolvente de rotura dos valores de pico

    Gs: Densidade das partculas slidas

    Id2: ndice de desgaste

    IP: ndice de Plasticidade

    Is50: Resistncia carga pontual

    K: Mdulo de compressibilidade volumtrico

    Ka: Parmetro do modelo de Boyce

    L: Afastamento

    L: Comprimento da trajectria das tenses

    LA: Coeficiente de Los Angeles

    LL: Limite de liquidez

    Lmax: Comprimento mximo da trajectria das tenses

    LP: Limite de plasticidade

    M: Inclinao da recta de rotura no estado crtico no plano (p,q)

    MDe: Micro-Deval

    Mp: Inclinao da recta de rotura nos valores de pico no plano (p,q)

    N: Nmero de ciclos

    N80: Nmero de eixos-padro de 80kN

    Nc: Nmero de pontos de contacto entre os gros

    R: Raio das esferas

    R2: Coeficiente de determinao

    Rf: Relao entre q e o p na rotura

    S: Seco do provete

  • xxxiv

    S: Soma do quadrado dos desvios

    S0: Seco inicial do provete

    SAterro: Assentamento do aterro

    Sfundao: Assentamento da fundao

    SI: ndice de forma ou alongamento

    Sotal: Assentamento total (fundao mais aterro)

    Sr: Grau de Saturao

    T: Temperatura

    V: Varincia

    Vb: Percentagem volumtrica de betume no volume total

    VBS: Valor de azul de metileno

    Vs: Velocidade de propagao das ondas de corte

    LETRAS LATINAS MINSCULAS

    a: Parmetro do modelo

    b: Parmetro do modelo

    c: Coeso

    e: ndice de vazios

    e0: ndice de vazios inicial

    ecv: ndice de vazios para as curvas virgem

    eec: ndice de vazios de estado crtico

    efc: ndice de vazios no final da consolidao

    ei/a: ndice de vazios quando a tenso normal mdia tem valor igual a 1kPa para a linha de

    compresso isotpica/anisotrpica

    eiso/aniso: ndice de vazios para a linha de compresso isotpica/anisotrpica

    ek: ndice de vazios quando a tenso normal mdia tem valor igual a 1kPa para a linha dos

    valores de pico

    emax: ndice de vazios mximo

    emin: ndice de vazios mnimo

    ep: ndice de vazios de pico

  • xxxv

    f(e): Funo do ndice de vazios

    f(enor): Funo do ndice de vazios para um valor normalizado

    f(N): Lei entre p1 e N

    f: Frequncia

    fi: Valor do mdulo de deformabilidade calculado

    fn(N): Factor que depende de N

    k: Declive da linha dos valores de pico

    k1: Constante do modelo K- ou do modelo de Uzan et al. (1992)

    k2: Constante do modelo K- ou do modelo de Uzan et al. (1992)

    k3: Constante do modelo de Uzan et al. (1992)

    Kcv: Declive da linha de compresso isotrpica para as curvas virgem

    Kiso/aniso: Declive da linha de compresso isotrpica/anisotrpica

    n(): Declive n funo do nvel de deformao

    n: Expoente

    n: Parmetro do modelo

    p*: Interseco entre a recta de rutura o e o eixo p no plano (p,q)

    p*: Tenso mdia com parmetro de anisotropia no modelo de Hornych e tal. (1998)

    p: Presso de contacto do pneu

    p': Tenso mdia efectiva

    p: Tenso normal mdia

    pa: Presso de referncia de valor 100 kPa

    pec: Tenso normal mdia de estado crtico

    pmax: Tenso normal mdia mxima

    pp(CV): Tenso normal mdia de pico para as curvas virgem

    q*: Tenso de desvio com parmetro de anisotropia no modelo de Hornych e tal. (1998)

    q: Tenso de desvio

    q0: Tenso de desvio prxima de zero

    qc: Tenso de desvio cclica

    qec: Tenso de desvio no estado crtico

  • xxxvi

    qmax/2: Metade do valor da tenso de desvio mxima

    qmax: Tenso de desvio mxima

    qp(CV): Tenso de desvio de pico para as curvas virgem

    qp: Tenso de desvio de pico

    qp: Tenso normal mdia de pico

    s: Ordenada na origem da linha de rotura do material

    w: Teor em gua

    wOPM: Teor em gua ptimo referido ao ensaio Proctor modificado

    wOPN: Teor em gua ptimo referido ao ensaio Proctor normal

    x: Expoente da funo do ndice de vazios proposta por Lo Presti et al (1995)

    LETRAS GREGAS MAISCULAS

    D: Deslocamento relativo entre o centro das esferas

    : ndice de vazios quando a tenso normal mdia tem valor igual a 1kPa no estado crtico

    LETRAS GREGAS MINSCULAS

    : Parmetro que define o limite de skakedown plstico

    : Parmetro do modelo de Boyce

    : Parmetro que define o limite de skakedown plstico

    : Deflexo mxima

    ABGE: Deflexo mxima medida na seco construda em ABGE e Saibro

    ASIC: Deflexo mxima medida na seco em ASIC

    Saibro: Deflexo mxima medida na seco em Saibro

    1: Deformao vertical

    3: Deformao horizontal

    q : Deformao de corte

    T: Deformao horizontal transversal

    v

    t : Deformao limite sem variao volumtrica

  • xxxvii

    v: Deformao volumtrica

    p

    v : Deformao volumtrica permanente

    1c

    : Deformao axial caracterstica

    ps : Deformao permanente de corte acumulada aps N ciclos

    S95,0 : Deformao a 95% da tenso esttica mxima

    p1 : Deformao axial permanente

    *p1 : Deformao axial permanente acumulada a partir dos 100 primeiros ciclos

    pult,1 : Deformao axial permanente ltima

    01p

    : Deformao dos N0 primeiros ciclos

    )( refp N1 : Deformao axial permanente acumulada a partir de Nref ciclos

    ( )50001p : Deformao axial permanente acumulada aos 5000 ciclos

    ( )30001p : Deformao axial permanente acumulada aos 3000 ciclos

    r1 : Deformao axial reversvel

    : Dimetro

    ec: ngulo de atrito interno de estado crtico

    p: ngulo de atrito interno de pico

    p(sec): ngulo de atrito interno de pico secante

    : Coeficiente de anisotropia

    : Parmetro que define o limite de cedncia plstico

    : Parmetro que define o limite de cedncia plstico

    : Declive da linha do estado crtico

    : Soma das tenses principais

    : Massa volmica do solo

    d: Massa volmica seca

    dOPM: Massa volmica seca mxima referida ao ensaio Proctor modificado

  • xxxviii

    dOPN: Massa volmica seca mxima referida ao ensaio Proctor normal

    g: Massa volmica dos gros

    i: Massa volmica do material impermevel

    s: Massa volmica das partculas saturadas

    : Tenso normal

    : Tenso efectiva normal

    1: Tenso vertical

    1max: Tenso vertical mxima

    pD: Tenso de pico dinmica

    3: Tenso de confinamento

    : Tenso tangencial, corte ou cisalhamento

    : Tenso de corte efectiva

    : Coeficiente de Poisson

    r: Coeficiente de Poisson reversvel

    g: Coeficiente de Poisson dos gros

    : Factor que depende dos parmetros elsticos e do arranjo das esferas

    SMBOLOS ESPECIAIS

    Variao

    Derivada

    Proporcional

    ABREVIATURAS MAIS UTILIZADAS

    ASIC: Agregado Siderrgico Inerte para a Construo

    BDE: Bolsa de Doutoramento em Empresa

    CE: Condutividade Elctrica

    CVR: Centro para a Valorizao de Resduos

    DNER: Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

  • xxxix

    EAF: Forno de Arco Elctrico

    ECP: Ecole Centrale Paris

    EP: Estradas de Portugal

    IBS: Instituto Brasileiro de Siderurgia

    ISRM: International Society of Rock Mechanics

    LEC UM: Laboratrio de Engenharia Civil da Universidade do Minho

    LNEC: Laboratrio Nacional de Engenharia Civil

    LDT: Local Deformation Transducer

    LVDT: Linear Variable Deformation Transducer

    NP: No plstico

    TCC: Tenso Confinamento Constante

    TCV: Tenso Confinamento Varivel

    UM: Universidade do Minho

  • 1

    1. INTRODUO

    1.1. JUSTIFICAO DO TEMA E ENQUADRAMENTO DA TESE

    As polticas ambientais tm vindo a limitar fortemente a extraco de materiais naturais e a

    incentivar a utilizao de materiais obtidos a partir de resduos, incluindo os resduos das obras

    de engenharia. A utilizao de resduos, ou de produtos obtidos a partir do seu processamento,

    que apresentem propriedades mecnicas e ambientais adequadas em obras de engenharia,

    permitir adaptar a sua utilizao aos princpios do desenvolvimento sustentvel,

    nomeadamente, atravs da reduo das quantidades de resduos a depositar em aterro, da

    criao de um novo e importante mercado nacional e da preservao dos materiais naturais

    no renovveis.

    Sendo os agregados naturais, o terceiro recurso natural mais utilizado em todo o

    mundo e a indstria produtora de ao, uma grande geradora de resduos (escrias) com

    potencial de serem valorizados como agregados, o seu estudo fundamental, luz das actuais

    polticas de gesto integrada de resduos.

    De facto, a Siderurgia Nacional (SN) prev que a mdio prazo a produo anual de

    escrias de aciaria nos seus fornos de arco elctricos seja de cerca de 400 000 toneladas,

    sendo a gesto deste importante volume de resduos uma fonte de preocupao para a

    Empresa e para o Pas. neste quadro que a SN e a Fundao para a Cincia e a Tecnologia

    (FCT) apoiam a realizao deste trabalho, quer atravs de uma Bolsa de Investigao de

    Doutoramento em Empresa (BDE), quer ainda atravs de um Projecto de Investigao e

    Desenvolvimento (I&D) PPCDT/ECM/56952/2004 intitulado Aplicao de resduos em

    infraestruturas de transporte e obras geotcnicas Valorizao de escrias de aciaria, em que

    a autora deste trabalho participou como bolseira de investigao. O Projecto de I&D

    coordenado pelo Laboratrio Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e nele participam tambm a

    Universidade do Minho (UM) e o Centro para a Valorizao de Resduos (CVR). Este Projecto

    contou ainda com o apoio das Estradas de Portugal (EP) e do Instituto dos Resduos (INR,

    actualmente integrado na Agncia Portuguesa do Ambiente).

  • 2

    De acordo com os ensaios e os critrios normalmente utilizados para os materiais

    naturais, comummente de base emprica, os materiais no tradicionais so normalmente

    considerados inapropriados para trabalhos geotcnicos, nomeadamente, quando utilizados nas

    camadas granulares, quer dos pavimentos quer das vias-frreas. De facto, quando se pretende

    avaliar o desempenho tcnico e ambiental de um novo produto para o mercado h que dar

    prioridade aos ensaios de laboratrio relacionados com as propriedades mecnicas

    (determinadas atravs de ensaios mecanicistas) e ambientais, bem como aos ensaios de

    campo. A monitorizao para observar o desempenho do novo material no campo deve permitir

    aferir o mesmo tipo de propriedades que as determinadas em laboratrio (Gomes Correia et al.,

    2009a).

    por estas razes que, no sentido de avaliar a viabilidade tcnica de utilizao dos

    agregados processados das escrias negras de aciaria, produzidos pela SN, na construo de

    infraestruturas virias e obras geotcnicas, durante o Projecto de I&D em curso, e durante este

    trabalho, para alm de se dar prioridade aos ensaios de laboratrio relacionados com as

    propriedades ambientais, as quais so relevantes para os materiais no naturais, se d

    tambm prioridade s propriedades de engenharia relacionadas, sobretudo, com as

    propriedades mecanicistas, bem como aos ensaios de campo, envolvendo monitorizao,

    seguindo assim as recomendaes mais relevantes dos projectos da Comunidade Europeia

    (COURAGE, 1999, ALT-MAT, 1999 e SAMARIS, 2005).

    Uma vez que os mtodos de dimensionamento correntes so muito simplistas, no

    sendo possvel ainda hoje utilizar todas as potencialidades do desempenho dos materiais

    granulares, quando utilizados nos pavimentos e nas vias-frreas, h uma forte necessidade de

    melhorar esta situao com repercusses ambientais e econmicas na concepo,

    dimensionamento, construo e explorao deste tipo de estruturas. Para isso, necessrio

    desenvolver e introduzir no dimensionamento parmetros mais realistas resultantes de ensaios

    mecnicos apropriados que traduzam o desempenho do comportamento, quer s deformaes

    reversveis, quer s deformaes permanentes. De facto, uma vez que estes materiais quando

    utilizados nestas aplicaes so sujeitos a aces de carregamentos cclicos, estes so os dois

    tipos de comportamento mais significativos na resposta da estrutura.

    Relativamente ao comportamento reversvel deste tipo de materiais sabe-se, que para

    alm do nvel de deformao, do estado de tenso, da histria do pr-carregamento, entre

    outros, um parmetro que influncia o mdulo de deformabilidade o ndice de vazios. No caso

    dos materiais granulares, este parmetro na avaliao da deformabilidade elstica

    considerado muito importante por diversos autores (Iwasaki e Tatsuoka, 1977 e Gomes Correia

    et al., 2001). Contudo, as propostas existentes para a influncia do ndice de vazios nas

    caractersticas de deformabilidade so na maioria baseadas em estudos sobre areias,

    sabendo-se muito pouco sobre esta influncia no caso de materiais com fraces mais grossas

    e, sobretudo, quando bem compactados e de granulometria bem graduada. Outro parmetro

  • 3

    tambm muito pouco estudado a influncia da granulometria no comportamento reversvel

    destes materiais.

    No sentido de se responder a todas estas questes, nesta tese estuda-se o

    comportamento mecnico e ambiental dos materiais granulares, nomeadamente dos

    agregados processados das escrias negras nacionais produzidas nos fornos elctricos de

    arco da SN da Maia e do Seixal, de um Saibro Grantico e de um Agregado Britado de

    Granulometria Extensa, de origem grantica (Agregado Grantico). Os trabalhos descritos e

    desenvolvidos durante esta tese, que vo muito alm dos desenvolvidos no mbito do Projecto

    I&D, pretendem promover a valorizao de materiais alternativos, muito particularmente os

    agregados processados das escrias negras produzidas nos fornos elctricos de arco da SN,

    como material de construo de infraestruturas de transporte e obras geotcnicas.

    Paralelamente a este estudo de valorizao dos agregados processados das escrias

    negras de aciaria nacionais, ainda efectuado um outro estudo, de natureza cientfica mais

    fundamental, relativo influncia do ndice de vazios e da composio granulomtrica, nas

    caractersticas de deformabilidade dos materiais granulares no domnio das pequenas

    deformaes.

    1.2. OBJECTIVOS DA TESE

    O principal objectivo deste trabalho o de estudar o comportamento mecnico e ambiental dos

    materiais granulares, nomeadamente um Agregado Grantico e um Saibro Grantico e, em

    particular, os agregados processados das escrias negras produzidas nos fornos elctricos de

    arco da SN da Maia e da SN do Seixal, para promover a sua valorizao como material de

    construo de infraestruturas de transporte e obras geotcnicas.

    Relativamente ao comportamento mecnico dos materiais enumerados, para alm dos

    parmetros de resistncia, pretende-se estudar em laboratrio, muito particularmente, o

    comportamento reversvel e o comportamento s deformaes permanentes, uma vez que

    quando os materiais so utilizados nas camadas granulares de pavimentos so sujeitos a

    cargas cclicas e estes so os principais tipos de comportamento exibidos pelos materiais.

    Quanto ao estudo da resistncia, pretende-se no s avaliar os parmetros de

    resistncia dos materiais em estudo, como tambm verificar se o procedimento de ensaio multi-

    estgios (aplicao de vrios carregamentos sobre o mesmo provete) nos agregados

    processados das escrias negras, conduz a valores de ngulos de atrito interno de pico

    idnticos aos obtidos do procedimento tradicional (aplicao de um nico estgio de tenso),

    tal como acontece nos materiais naturais (Folque e Pinto, 1970).

    Quanto ao estudo do comportamento reversvel pretende-se, para alm de estabelecer

    a lei constitutiva do comportamento dos materiais em estudo, avaliar e classificar o

    desempenho dos agregados processados das escrias negras produzidas na SN quando

    determinado atravs de ensaios mecanicistas (muito particularmente o ensaio triaxial cclico de

    longa durao), e compar-lo com o comportamento observado nos materiais naturais. Alm

  • 4

    disso, pretende-se estudar o ndice de vazios e a influncia da granulometria nas

    caractersticas de deformabilidade dos materiais granulares. Com o estudo da influncia do

    ndice de vazios nos materiais granulares, tambm se pretende obter a funo de ndice de

    vazios mais adequada aos materiais com fraces mais grossas (dimetro superior ao das

    areias).

    Do estudo do comportamento s deformaes permanentes pretende-se avaliar e

    classificar o desempenho dos agregados obtidos das escrias negras de aciaria, determinado

    atravs de ensaios mecanicistas (ensaio triaxial cclico de longa durao), e ainda comparar o

    seu desempenho com o observado em materiais naturais. Alm disso, pretende-se tambm

    verificar se, no caso do agregado processado das escrias negras produzidas pela SN, o

    procedimento de ensaio multi-estgios, preconizado na norma europeia EN 13286-7 (2004),

    conduz a valores idnticos aos obtidos quando se aplica um nico estgio da tenso, tal como

    acontece nos materiais naturais.

    Para alcanar estes objectivos necessrio realizar ensaios que simulem to prximo

    quanto possvel as condies de carregamento cclico existentes nos pavimentos. Os ensaios

    comummente utilizados na caracterizao dos materiais granulares so os triaxiais cclicos

    porque permitem estudar, tanto o comportamento reversvel, como o comportamento s

    deformaes permanentes. Alm disso, o material pode ser ensaiado em condies

    representativas das existentes in situ (teor em gua e ndice de vazios), em condies

    drenadas, podendo ainda ser simuladas diferentes condies de carregamento, como por

    exemplo, carregamento monotnico ou cclico, com a tenso de confinamento constante ou

    varivel. Estes ensaios devem ser objecto de instrumentao interna dos provetes de ensaio na

    cmara triaxial em virtude dos nveis de deformao envolvidos para as solicitaes

    representativas das condies in situ (pequenas a mdias deformaes).

    Assim, um outro objectivo no decorrer deste trabalho o de implementar uma cmara

    triaxial com 150mm de dimetro, na Seco de Geotecnia do Laboratrio de Engenharia Civil

    da Universidade do Minho. Esta cmara instrumentada internamente com transdutores de

    deslocamento internos tipo LDT (Local Deformation Transducer Goto et al., 1991) e clula de

    carga interna. Pretende-se ainda implementar um sistema de aplicao de carregamentos

    cclicos, de modo a ser possvel o estudo do comportamento reversvel e do comportamento s

    deformaes permanentes, para um nmero elevado de cargas cclicas.

    Relativamente ao comportamento ambiental dos agregados processados das escrias

    negras, pretende-se avaliar em laboratrio a sua perigosidade, ou seja, verificar se os resduos

    em estudo representam um risco para a sade pblica e para o meio ambiente.

    Um outro objectivo do trabalho o de calibrar os resultados laboratoriais e avaliar o

    desempenho mecnico e ambiental dos agregados processados das escrias negras

    produzidas na SN quando colocados em obra, ao nvel das camadas de aterro, de leito de

    pavimento e de base. Neste sentido, construiu-se um trecho experimental em aterro num

    itinerrio em servio, com diferentes seces, tendo-se utilizado os materiais naturais em

  • 5

    estudo e os agregados processados das escrias negras. Para comprovar e avaliar o

    desempenho mecnico dos materiais procede-se medio das deformaes e dos

    deslocamentos a diferentes nveis das seces. A avaliao do desempenho ambiental realiza-

    se com recurso instalao de lismetros.

    Finalmente, pretende-se comparar o desempenho mecnico dos agregados

    processados das escrias negras produzidas na SN, avaliado a partir da monitorizao da

    obra, com os desempenhos previstos quando se utilizam as normas que classificam os

    materiais atravs de ensaios empricos correntes (Los Angeles e micro-Deval) e atravs de

    ensaios mecanicistas (triaxiais cclicos de longa durao).

    1.3. METODOLOGIA DE ESTUDO PARA ATINGIR OS OBJECTIVOS

    Como j referido, o principal objectivo desta tese o de estudar o comportamento mecnico e

    ambiental dos materiais granulares em geral e, em particular, o dos agregados processados

    das escrias negras produzidas nos fornos elctricos de arco da SN da Maia e da SN do

    Seixal, para promover a sua valorizao como material de construo de infraestruturas de

    transporte. Paralelamente, efectua-se ainda outro estudo, de natureza cientfica mais

    fundamental, relativo influncia do ndice de vazios e da composio granulomtrica nas

    caractersticas de deformabilidade dos materiais granulares, no domnio das pequenas

    deformaes.

    A metodologia de estudo que se realiza para conseguir estes objectivos envolve um

    vasto programa experimental de laboratrio e de campo, sobre os agregados obtidos das

    escrias negras produzidas nos fornos elctricos de arco da SN da Maia e da SN do Seixal e

    os dois materiais naturais (um Agregado Grantico e um Saibro Grantico).

    1.3.1. Programa experimental de laboratrio aplicado valorizao dos agregados

    Uma vez que aos resduos exigida, para alm da sua caracterizao mecnica, a sua

    caracterizao ambiental, esta com o objectivo de evidenciar o potencial poluente do material

    para o meio ambiente, o programa experimental a realizar em laboratrio, com o intuito de

    valorizar os agregados processados das escrias produzidas na SN, envolve ensaios de

    caracterizao mecnica e ambiental. O programa experimental envolve ainda a caracterizao

    ambiental e mecnica de dois materiais naturais, com o propsito de se compararem as suas

    propriedades laboratoriais com as dos agregados processados das escrias produzidas na SN.

    i) Caracterizao mineralgica, qumica e ambiental

    A caracterizao qumica, mineralgica e ambiental em laboratrio dos agregados processados

    das escrias produzidas na SN realiza-se atravs de vrios ensaios, nomeadamente:

    espectrometria de fluorescncia de raios X, para determinar a sua composio qumica;

    difraco de raios X, complementada por observao em microscopia electrnica de

  • 6

    varrimento, para determinar a composio mineralgica; perda ao rubro, para determinar a

    estabilidade com a temperatura; ensaios de sulfato de magnsio e ensaio de lixiviao. Os

    valores obtidos do ensaio de lixiviao, so comparados com os valores limites de lixiviao

    para resduos admissveis em aterros para resduos inertes (uma vez que as entidades

    reguladoras do sector s permitem a utilizao em obra destes resduos) previstos pela

    legislao portuguesa, que data da realizao do trabalho o Decreto-Lei n. 152/2002, de

    23 de Maio.

    A caracterizao ambiental em laboratrio do material natural (Saibro Grantico)

    realiza-se atravs do ensaio de lixiviao utilizado na caracterizao dos agregados

    processados das escrias da SN, cujo objectivo o de permitir a comparao da sua

    composio com a dos lixiviados obtidos nos agregados processados das escrias.

    ii) Caracterizao mecnica

    A caracterizao mecnica em laboratrio envolve o estudo das propriedades geomtricas,

    fsicas e mecnicas correntes e das propriedades mecnicas, designadamente resistncia e

    deformabilidade, muito particularmente a compressibilidade, o comportamento reversvel e o

    comportamento s deformaes permanentes. Note-se que a caracterizao mecnica envolve

    a realizao de ensaios mecanicistas e correntes com o intuito de se confrontarem os

    desempenhos dos materiais obtidos atravs destes ensaios com os observados em obra.

    O estudo das propriedades geomtricas, fsicas e mecnicas correntes tem como

    objectivo, para alm da caracterizao dos materiais, compararem-se os valores obtidos nos

    agregados processados das escrias com os valores estabelecidos no Caderno de Encargos

    das Estradas de Portugal para os materiais naturais a aplicar nas camadas de base, de sub-

    base, de leito de pavimento e em aterro.

    Para o estudo relativo resistncia dos agregados processados das escrias

    produzidas na SN da Maia realizam-se ensaios triaxiais convencionais, utilizando contudo

    cmaras triaxiais com dimenses pouco vulgares (150mm e 300mm de dimetro). A realizao

    dos ensaios triaxiais com diferentes dimenses das cmaras tem por objectivo verificar se a

    composio granulomtrica influencia as caractersticas de resistncia dos agregados

    processados das escrias. O estudo relativo resistncia dos materiais naturais faz-se

    igualmente atravs de ensaio triaxiais convencionais com dimenso da cmara triaxial de

    150mm, no caso do Agregado Grantico e de 100mm no caso do Saibro Grantico. Estes

    ensaios realizam-se com dois procedimentos de ensaio distintos, multi-estgios (aplicao de

    diferentes nveis de tenso sobre o mesmo provete) e procedimento tradicional (aplicao de

    um nico estgio de tenso), com o objectivo de se avaliar se as caractersticas de resistncia,

    no que se referem ao seu valor de n