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  • 8/17/2019 Textos Patristica

    1/22

    Disciplina: HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL ISemestre: 2016/1Professor: Fernando Pio de Almeida Fleck 

    1. SúmulaA disciplina, de caráter introdutório, pretende oferecer um panorama da filosofia medieal,

    destacando os principais pro!lemas filosóficos e os principais filósofos do per"odo# Ser$o estudadas asduas %pocas inclu"das na &istória da Filosofia 'edieal entendida em sentido amplo ( Patr"stica e)scolástica#

    2. Plano de Ensino2.1. Obe!i"os

    * o!+etio ltimo de uma disciplina de -istória em um curso de filosofia dee ser au.iliar arefle.$o filosófica pessoal pela e.posi$o dos randes pro!lemas filosóficos tais como discutidos pelos

     principais filósofos do passado# *s o!+etios mais pró.imos s$o, em primeiro luar, contri!uir para umais$o de con+unto da -istória da filosofia, a ser completada durante o curso em seundo luar, oferecer uma !ase para eentuais estudos ulteriores mais espec"ficos e, em terceiro luar, e.ercitar na leitura dete.tos do per"odo#

    2.2 P#o$#ama# ntrodu$o e 3uadro Sinóptico da Filosofia 'edieal## Patr"stica: 4aracter"sticas 5erais

    A# *riens: Padres Apoloetas 5reos e atinos#7# * Apoeu: A Sistemati8a$o Doutrinária: A )scola de Ale.andria: *r"enes# Santo Aostin-o#4# * Decl"nio e 9ransmiss$o da 4ultura: * Pseudo Dion"sio Areopaita# 7o%cio#

    # )scolástica: 4aracter"sticas 5eraisA# A Pr%)scolástica: ;enascimento 4arol"nio# es de Aristóteles# A nflu?ncia @ra!e e es so!re passaens de

    te.tos de filósofos medieais discutidas em aulaE, !em como na freBu?ncia e na participa$o# AfreBu?ncia m"nima para aproa$o % de 0G das aulas dadas#

    2.* +iblio$#a,ia*!ras erais dispon"eis em portuu?s ou em espan-ol# A leitura em outras l"nuas so!retudo

    em inl?sE %, no entanto, imprescind"el a BualBuer estudo Bue ultrapasse os limites de uma introdu$o#Para Buem Bueira eentualmente especiali8arse em Filosofia 'edieal, a leitura no latim do per"odo %indispensáel#7*)&H);, P-# I 5S*H, )# História da Filosofia Cristã. Petrópolis, Co8es, 1JK#4*P)S9*H, F# &istória de la Filosof"a # 2L# 7arcelona, Ariel, 1JK#F;A), 5# Historia de la Filosofía, # 2# 'adri, 7A4, 1J62#5S*H, )# A Filosofia na Idade Média# S$o Paulo, 'artins Fontes, 1JJ#;)A), 5# I AH9S);, D# História da Filosofia, # 1 Antiguidade e Idade Média. S$o Paulo, Paulus,1JJ0# encadernadoE S7H: KLMJ011MN#;)A), 5# I AH9S);, D# História da Filosofia, # 2 Patrística e Escolástica. S$o Paulo, Paulus,200L# n$o encadernadoE S7H: KLMJ20M2N

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    -ADRO SI/ÓPTI0O DA FILOSOFIA MEDIEVAL

     ANTECEDENTES NA ANTIGUIDADE 

     

     JUA!"M# PA9O* M2NLMNE

      ARISTÓTELES LKML22E

     E"$#ICI"M# s%cs# a#4# d#4#E

    Filo de Ale.andria 1 a#4#0 d,4#E

    CRISTIANISMO NEOPLATONISMO s&. III d.0.3VI4

    P*9H* 20L26JEPorf"rio 2LLL00E

     PATRÍSTICA s&s. II3VIII4

     Período Apologético s&. II4

    Pad#es 5#e$os6 Pad#es La!inos6

    S$o

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     ESCOL"STICA s%cs# CQCE Pré#E$col$tic! s%c# CQE

     *enasci&ento Carolíngio: Alcu"no c#NM0K0ME, ;a!ano 'auro c#NK0K6ES DE A-I/O 12212NME 

    Gr!nde Conden!01o Anti!/erroí$t! 12::4&enriBue de 5-ent c# 121N12JLE=O?O D/S S0OTS 126/61L0KE

     E$col$tic! T!rdi! s%cs# QCQCEia Anti2ua- Místicos- Escola $o&ista- )"dio ;omano 12ML/N1L16E Mes!#e E@a#d! 12601L2KE Escola Escotista- Francisco de 'aTronis c#12KK1L2KE 

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     Hicolau *resme c#1L201LK2E

    O /OVO TESTAME/TO E A FILOSOFIA

    I. S?O PALO E A FILOSOFIA

     Ato$ do$ Ap*$tolo$ 3 456 47#89

     P!ulo e% A!enas 3 )nBuanto os esperaa em Atenas, seu esp"rito inflamaasedentro dele, ao er a cidade c-eia de "dolos# Disputaa, por isso, na sinaoa, com os

     +udeus e com os adoradores de Deus e, na áora, a BualBuer -ora do dia, com os Bue afreBuentaam# At% mesmo aluns filósofos epicureus e estoicos o a!ordaam# ) alunsdi8iam: Y3ue Buer di8er este palradorZ[ ) outros: YParece um preador de diindadesestraneiras[# sto, porBue ele anunciaa

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    Passa$ens Des,a"o#"eis Filoso,ia6

     Pri%eir! Epí$tol! !o$ Coríntio$ 46 45#:;< :6 7#=3

    Pois n$o foi para !ati8ar Bue 4risto me eniou, mas para anunciar o )anel-osem recorrer _ sa!edoria da linuaem, a fim de Bue n$o se torne intil a cru8 de 4risto#4om efeito, a linuaem da cru8 % loucura para aBueles Bue se perdem, mas paraaBueles Bue se salam, para nós, % poder de Deus# Pois está escrito:

     estruirei a sa+edoria dos sá+iose re4eitarei a intelig5ncia dos inteligentes.#nde está o sá+io6 #nde está o )o&e& culto6

    *nde está o arumentador deste s%culoZ Deus n$o tornou louca a sa!edoria destes%culoZ 4om efeito, isto Bue o mundo por meio da sa!edoria n$o recon-eceu a Deus na

    sa!edoria de Deus, aproue a Deus pela loucura da prea$o salar aBueles Bue creem#*s +udeus pedem sinais, e os reos andam em !usca da sa!edoria nós, por%m,anunciamos 4risto crucificado, Bue, para os +udeus, % esc`ndalo, para os entios %loucura, mas para aBueles Bue s$o c-amados, tanto +udeus como reos, % 4risto, poder de Deus e sa!edoria de Deus# Pois o Bue % loucura de Deus % mais sá!io do Bue os-omens, e o Bue % fraBue8a de Deus % mais forte do Bue os -omens#

    Cede, pois, Buem sois, irm$os, ós Bue rece!estes o c-amado de Deus n$o -áentre ós muitos sá!ios seundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de fam"lia

     prestiiosa# 'as o Bue % loucura no mundo, Deus o escol-eu para confundir os sá!ios eo Bue % fraBue8a no mundo, Deus o escol-eu para confundir o Bue % forte e o Bue nomundo % il e despre8ado, o Bue n$o %, Deus escol-eu para redu8ir a nada o Bue %, a fimde Bue nen-uma criatura possa anloriarse diante de Deus# *ra, % por ele Bue ós soisem 4risto es da Yfilosofia[, seundo a tradi$o dos -omens, seundo os elementos domundo, e n$o seundo 4risto#

    Passa$ens Fa"o#"eis Filoso,ia6

     Epí$tol! !o$ Ro%!no$6 46 :>-

    PorBue o Bue se pode con-ecer de Deus % manifesto entre eles, pois Deus l-oreelou# Sua realidade inis"el ( seu eterno poder e sua diindade ( tornouse

    inteli"el, desde a cria$o do mundo, atra%s das criaturas, de sorte Bue n$o t?mdesculpa#

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     Epí$tol! !o$ Ro%!no$6 :6 49#4;3

    3uando ent$o os entios, n$o tendo lei, para si mesmos s$o ei eles mostram ao!ra da lei raada em seus cora>es, dando disto testemun-o sua consci?ncia e seus

     pensamentos Bue alternadamente se acusam ou defendem###

    II. O VER+O LO5OS4 /O EVA/5ELHO DE S?O =O?O

     E/!ngel?o $egundo S1o )o1o6 Pr*logo3

     Ho princ"pio era o Cer!oe o Cer!o estaa com Deuse o Cer!o era Deus#

    9udo foi feito por meio delee sem ele nada foi feito#* Bue foi feito nele era a ida,e a ida era a lu8 dos -omense a lu8 !ril-a nas treas,mas as treas n$o a apreenderam#

    &oue um -omem eniado por Deus#Seu nome era

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    e -a!itou entre nóse nós imos a sua lória,lória Bue ele tem +unto ao Paicomo fil-o nico,c-eio de raa e de erdade#

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    S?O =STI/O . 1*74

    GDedia!9#ia e A#esen!a()o do Au!o#  Apologi! I 4

      1# Ao imperador 9ito lio Antonino Pio 4%sar Auusto, a Cer"ssimo, seu fil-o,filósofo, e a cio, fil-o por nature8a do 4%sar filósofo e de Pio por ado$o, amante dosa!er, ao sarado Senado e a todo o poo romano:

    )m faor dos -omens de toda raa, in+ustamente odiados e ultra+ados, eu,

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    Te#!uliano . 1J73 . 22*4

    GA 0ondena()o da Filoso,ia  So(re ! Pre$cri01o do$ @erege$6a. :

    )is as doutrinas de -omens e demnios, nascidas doenen-o da sa!edoria mundana para encantar os ouidos# )sta % asa!edoria Bue o Sen-or c-ama de estultice, aBuele mesmo Sen-or Bue, para confundir tam!%m a mesma filosofia, escol-eu o Bue

     passa por estulto aos ol-os do mundo# )sta % a sa!edoria profanaBue temerariamente pretende sondar a nature8a e os decretos deDeus# ) as próprias -eresias $o pedir seus petrec-os _ filosofia#

    Dela se oriinam os tais %ons e n$o sei Bue inmeras outrasformas, tais como a diis$o tripartida do -omem em Calentim,Bue, por sinal, foi um disc"pulo de Plat$o# Dela pro%m o Ydeusmel-or[ de 'arci$o, mel-or, entendase, raas _ suatranBuilidade pois 'arci$o iera dos estoicos# ) se -á os Bue

    afirmam Bue a alma % mortal, % porBue o aprenderam dosepicureus se -á os Bue neam a ressurrei$o do corpo, % porBue otomaram de todas as escolas filosóficas reunidas se a mat%ria %eBuiparada a Deus, % porBue tal % a doutrina de ?non e, Buandose fala de um Deus de foo, isto se dee a &eráclito# &erees efilósofos soem tratar dos mesmos assuntos: nuns e noutrosdeparamos os mesmos temas enredados: 3ual a oriem e o porBu? do malZ 3ual a oriem e a nature8a do -omemZ ), para

    citar uma Buest$o recentemente proposta por Calentim: 3ual aoriem de DeusZ ) a respostaZ Da Yent"mese[ e do Y%ctroma[isto %, do dese+o e do parto prematuroE\

    W infortunado Aristóteles, tu l-es ensinaste a dial%tica, estaarte de construir e destruir, t$o ardilosa em suas sentenas, t$oafetada em suas supostas conclus>es, t$o teimosa em seusarumentos, t$o atarefada em loomaBuias, a ponto de, enfadadaconsio própria, tudo reoar, para terminar sem -aer tratado de

    nada\

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    )is a" a oriem daBuelas fá!ulas e enealoiasintermináeis, daBuelas Buest>es est%reis, daBueles discursos Buese propaam como um cancro % contra eles Bue nos alerta oApóstolo, desinando e.pressamente a filosofia como alo de Bue% preciso acautelarse, ao escreer aos 4olossenses: Y)stai alerta para Bue ninu%m os col-a no lao da filosofia e de $ossofismas, !aseados em tradi>es -umanas[ e contrárias _ proid?ncia do )sp"rito Santo# Bue ele estiera em Atenas e, nosconressos ali reali8ados, iera a con-ecer a sa!edoria -umana,esta arremedadora e adulteradora da erdade aliás, ela mesma seencontra fracionada em numerosas -eresias, em irtude da randemultiplicidade de escolas Bue mutuamente se diladiam#

    3ue tem a er Atenas com es depois da inda de 4risto

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    OR;5E/ES . 1*32*%4

    GA E!e#nidade da 0#ia()o  So(re o$ Princípio$  I 2 174

    10# ).aminemos tam!%m o Bue % dito "a+edoria3 >3 9?E:  @ a &ais (urae&ana1ão da glória do todo7(oderoso. ), em primeiro luar, consideremos o Bue % aYlória do todopoderoso[ e, depois, perce!eremos tam!%m o Bue % sua Yemana$o[#

    Do mesmo modo Bue ninu%m pode ser pai se n$o -á fil-o, nem sen-or sem possess$o ou sero, assim, nem Deus pode ser c-amado Ytodopoderoso[ se n$o -áninu%m so!re Buem e.era poder e, por isso, para Bue Deus se possa mostrar comotodo poderoso, % necessário Bue e.ista o todo# Se, pois, alu%m, Buiser admitir Bue se

     passaram s%culos ou espaos de tempo ou como se Bueira denominar isto ( em Buenada do Bue foi criado ainda fora criado, isto, sem dida, mostra Bue naBueles s%culosou espaos de tempo Deus n$o era todopoderoso e, depois, se tornou todopoderoso,depois Bue comeou a ter so!re Buem e.ercer poder# ) da" resultaria Bue fe8 um

     proresso e alcanou o mel-or a partir do pior, pois n$o se duida de Bue % mel-or ser todopoderoso do Bue n$o ser# ) n$o % a!surdo Bue Deus n$o ten-a tido alo Bue eradino de ter e, ent$o, proredindo, o ten-a alcanadoZ Se nunca -á Buando n$o foi todo

     poderoso, % necessário tam!%m su!sistir aBuilo pelo Bue % c-amado Ytodopoderoso[,Bue sempre ten-a -aido em Bue e.ecutar seu poder e Bue isto ten-a sido oernado por )le como rei ou pr"ncipe#

    GA Suess)o dos Mundos  So(re o$ Princípio$ II % 13'4

    1# ;esta, depois disto, Bue inestiuemos se, antes deste mundo Bue e.iste aora,e.istiu um outro mundo e, se e.istiu, se foi tal Bual este Bue e.iste aora ou um poucodiferente ou inferior ou se a!solutamente n$o e.istiu um mundo, mas alo tal comoentendemos aBuele ]fim^ futuro depois de todas as coisas, 2uando for entregue o reino a

     eus Pai  Pri&eira E(ístola aos Coríntios, 1, 2ME# ###E

    L# ###E e assim parece Bue ent$o tam!%m todo uso de corpos cessa# Se cessa, bocorpo olta ao nada, assim como tam!%m antes n$o e.istia# ###E

    M# ), por isso, creio Bue os mundos Bue surem s$o diferentes pela diersidadede suas causas assim se afasta o erro daBueles Bue afirmam Bue os mundos seriam

    iuais uns aos outros, pois, Buando se di8 Bue um mundo % iual ao outro em tudo, issosinifica Bue Ad$o e )a far$o o mesmo Bue fi8eram, Bue -aerá de noo um dilio eBue o mesmo 'ois%s condu8irá para fora do )ito um poo de seiscentos mil emnmero#

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    SA/TO A5OSTI/HO %*'3'%74

    GAs Ideias =8 Bue$te$ Di/er$!$6 K. 'J4 

    1# Di8se ter sido Plat$o Buem primeiro deu _s ideias seu nome# H$o Buese tal nome n$o e.istisse antes de ele o instituir n$o e.istiriam as próprias coisasBue ele denominou Yideias[ ou n$o seriam conce!idas por ninu%m, mas tale8fossem denominadas por aluns de um modo, por outros, de outro: podeseatri!uir BualBuer nome a um o!+eto ainda n$o con-ecido Bue n$o ten-a um nomeusual# H$o % eross"mil Bue, antes de Plat$o, ou n$o ten-a -aido filósofos, ouBue nen-um ten-a conce!ido o Bue Plat$o, como foi dito, c-ama de Yideias[, se+a

    isto o Bue for, porBue tanta sinifica$o nelas se p>e, Bue ninu%m poderia ser filósofo sem as ter conce!ido# de se acreditar tam!%m Bue ten-a -aidofilósofos em outros poos al%m do reo: o próprio Plat$o, de resto, otestemun-a suficientemente, n$o apenas pelas iaens Bue empreendeu paracompletar o seu sa!er, mas tam!%m mencionandoo em seus escritos# Sendoassim, n$o se dee considerar Bue aBueles inorassem as ideias, ainda Bue tale8as ten-am c-amado por outro nome# 'as, so!re o nome, !asta o Bue dissemosat% aBui e+amos a coisa, Bue % o Bue se dee principalmente considerar econ-ecer, dei.ando ao ar!"trio de cada um a escol-a das palaras para denominar a coisa Bue terá con-ecido#

    2# )m latim, podemos di8er Y for&ae[ formasE ou Y s(ecies[ esp%ciesE, para mostrar Bue tradu8imos literalmente# Se as c-amamos Yrationes[ ra8>esE,dei.amos de interpretar com propriedade, pois Yrationes[, em reo, se c-amamYlógoi[, n$o Yideias[, mas Buem Buiser usar este ocá!ulo n$o se afastará da

     própria coisa# As ideias s$o, com efeito, certas formas principais ou ra8>es dascoisas, estáeis e imutáeis, Bue n$o s$o elas próprias formadas e, por isso,eternas e, se encontrando sempre do mesmo modo, contidas na inteli?nciadiina# ), n$o surindo, nem se e.tinuindo, di8se, todaia, Bue, seundo elas, %formado tudo Bue pode surir e se e.tinuir e tudo Bue sure e se e.tinue#

     Hease, por%m, Bue a alma as possa intuir, a menos Bue se+a racional, e pela sua parte Bue a fa8 e.celente, isto %, pela mente e pela ra8$o, como Bue por sua face ou seu ol-o interior e intelectio# ) n$o será toda e BualBuer almaracional, mas a Bue for pura e santa esta se afirma ser apta a tal is$o, isto %, aBue tier aBuele ol-o pelo Bual se ? isto s$o, l"mpido e sereno, e similar _scoisas Bue pretende er#

    3ue -omem reliioso e instru"do na erdadeira relii$o, mesmo Bue aindan$o as possa intuir,ousará near e n$o recon-ecerá Bue tudo Bue e.iste, isto %,tudo Bue para e.istir se cont%m em seu ?nero por uma nature8a própria, foicriado tendo Deus por autorZ Bue % por este autor Bue ie tudo Bue ieZ ) Bue

    toda a consera$o das coisas e a própria ordem pela Bual as coisas Bue mudame.ecutam seus ciclos temporais de modo certo e diriido se+am mantidas e

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    oernadas pelas leis de Deus supremoZ sto esta!elecido e concedido, Buemousará di8er Bue Deus tudo fe8 irracionalmenteZ Se isto n$o pode ser retamenteacreditado ou dito, resta Bue tudo foi feito seundo a ra8$o e n$o o -omemseundo a mesma ra8$o Bue o caalo, pois % a!surdo +ular deste modo# *sindi"duos s$o, portanto, criados seundo ra8>es próprias mas onde se deeconsiderar Bue e.istem tais ra8>es sen$o na própria mente do 4riadorZ Pois elen$o intu"a nada fora de si, tal Bue, seundo esta intui$o, fa8ia o Bue fa8ia opinar assim % sacril%io# Se estas ra8>es de todas as coisas a se criarem ou criadas secont?m na mente diina, e, se só nela pode e.istir o eterno e o imutáel ( e estasra8>es, princ"pios das coisas, c-ama Plat$o de Yideias[ , ent$o n$o apenase.istem ideias, mas elas s$o erdadeiras, porBue s$o eternas, permanecendoimutaelmente o Bue s$o e % pela participa$o delas Bue e.iste tudo Bue e.iste,se+a Bual for seu modo de e.istir#

    'as a alma racional, entre as coisas Bue foram feitas por Deus, supera atodas e está pró.ima de Deus Buando % pura e, na medida em Bue a )le se une

     pela caridade, nesta medida, de certo modo !an-ada e iluminada por )le de umalu8 inteli"el, contempla estas ra8>es ( n$o pelos ol-os corpóreos, mas pelo Buetem de principal e Bue a fa8 e.celente, isto %, por sua inteli?ncia e esta is$o atorna supremamente feli8# )stas ra8>es, como foi dito, podem ser c-amadasYideias[ ou Yformas[ ou Yesp%cies[, e a muitos % permitido denominálas como oBueiram a pouBu"ssimos, por%m, er o Bue % erdadeiro#

    GA Dou!#ina da Ilumina()o  So(re ! Trind!de NIV 1* 214

    Da" em Bue os próprios "mpios pensem na eternidade, repreendam +ustamente, louem +ustamente muitas coisas na conduta dos -omens# A Buereras se referem para +ular sen$o _Buelas em Bue eem como cada um deeier, ainda Bue eles próprios n$o iam assimZ *nde as eemZ H$o em sua

     própria nature8a, +á Bue, sem dida aluma, % pela alma Bue se eem tais coisas, pois % eidente Bue sua alma % mutáel, enBuanto Bue estas reras aparecemcomo imutáeis a Buem Buer Bue ten-a podido er nelas uma norma de idatampouco bas eem no estado -a!itual de sua alma, pois tais reras s$o rerasde +ustia, enBuanto suas almas s$o manifestamente in+ustas# *nde, pois, est$oescritas estas rerasZ *nde a alma, mesmo in+usta, recon-ece o Bue % +ustoZ *nde? Bue dee ter o Bue n$o temZ *nde, ent$o, est$o escritas sen$o no liro daBuelalu8 Bue se c-ama CerdadeZ lá Bue está escrita toda lei +usta % de lá Bue passaao cora$o do -omem Bue pratica a +ustia, n$o emirando para ele, masimprimindose nele, assim como a imaem do anel se transfere _ cera sem dei.ar o anel# ABuele Bue n$o fa8, em!ora e+a o Bue dee fa8er, dá as costas _Buela lu8,Bue, no entanto, o atine#

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    SA/TO A5OSTI/HO %*'3'%74

    GTemo E!e#nidade e 0#ia()o Con'i$$e$ NI 1231'4

    12

    GO Kue ,aia Deus an!es da #ia()o do mundo

    1M# )is o Bue respondo a Buem di8: Y* Bue fa8ia Deus antes Bue fi8esse oc%u e a terra[# ;espondo n$o aBuilo Bue ( contase alu%m teriarespondido +ocosamente, eludindo a irul?ncia da Buest$o: Ypreparaa[ ( disse ( Yo inferno para os Bue perscrutam bcoisas t$o eleadas[# =macoisa % er ,idereE, outra coisa % rir ridereE# H$o respondo isto, pois, de

     prefer?ncia, responderia YH$o sei[, o Bue n$o sei, do Bue aBuilo pelo Bualse ridiculari8a Buem peruntaa so!re bcoisas t$o eleadas e se loua aBuem responde bcoisas falsas mas dio Bue 9u, Deus nosso, %s o criador de toda criatura, e, se, pelo nome de Yc%u e terra[, se entende toda criatura,dio audaciosamente: antes Bue Deus fi8esse o c%u e a terra, n$o fa8iabcoisa aluma, pois, se fa8ia, o Bue fa8ia, sen$o uma criaturaZ ), Buemdera, sou!esse eu tudo Bue, para min-a utilidade, dese+o sa!er deste mesmomodo Bue sei Bue nen-uma criatura se fa8ia, antes Bue se fi8esse aluma

    criatura#

    1%

    GO e!e#no oe

    1# 'as se o olátil pensamento de alu%m aa por imaens de tempos passados, se ele admira Bue 9u, Deus onipotente, criador de tudo emantenedor de tudo, art"fice do c%u e da terra, 9e a!stieste de t$o rande

    o!ra, antes Bue a fi8esses, por inumeráeis s%culos, desperte e atenda, porBue admira bcoisas falsas, pois como poderiam passar inumeráeiss%culos Bue 9u n$o fi8eras, +á Bue %s o autor e o instituidor de todos oss%culosZ *u Bue tempos e.istiriam Bue fossem institu"dos sem 9iZ *u deBue modo passariam se nunca tin-am e.istidoZ Portanto, como %s o o!reirode todos os tempos, se e.istiu alum tempo antes Bue fi8esses o c%u e aterra, por Bue se di8 Bue 9e a!stin-as de toda o!raZ Pois foste 9u Buefi8este o próprio tempo, e os tempos n$o poderiam passar, antes Buefi8esses os tempos# Se, por%m, antes do c%u e da terra nen-um tempo

    e.istia, por Bue se perunta o Bue fa8ias entãoZ Pois n$o e.istia então, onden$o e.istia tempo#

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    16# ) n$o % no tempo Bue precedes os tempos de outro modo, n$o precederias todos os tempos, mas precedes todos bos tempos passados pela e.celsitude sempre presente da eternidade e superas todos os futuros,

     porBue eles s$o futuros e, Buando ierem, ser$o passados $u3 (oré&3 ésid5ntico a $i &es&o3 e os $eus anos não &orre& "al&o 101, 2KE# *s 9eusanos n$o $o, nem ?m estes nossos, por%m, ?m e $o, para Bue todosen-am# *s 9eus anos e.istem  stant E todos simultaneamente, porBue elesest$o parados  stant E, e os anos Bue $o n$o s$o e.clu"dos pelos anos Bue?m, porBue n$o passam# )stes nossos anos, por%m, e.istir$o todos, Buandotodos n$o e.istirem# #s $eus anos são u& =nico dia "egunda E(ístola de

     Pedro L, KE, e o 9eu dia n$o % um diaadia cotidieE, mas um estedia)odieE, porBue o 9eu -o+e )odiernus tuusE n$o cede ao aman-$, nemsucede ao ontem# * 9eu -o+e % a eternidade por isso, eraste o coeterno a9i, a Buem disseste: Eu )o4e te gerei "al&o 2, N E(ístola aos He+reus ,E# 9u fi8este todos os tempos e e.istes antes de todos os tempos, e emtempo alum n$o e.istia tempo#

    1'

    GO Kue & o !emo

    1N# Portanto, em nen-um tempo, n$o fa8ias alo, porBue 9u fa8ias o tempo,e nen-um tempo % coeterno a ti, porBue 9u permaneces, mas os tempos, se

     permanecessem, n$o seriam tempos# * Bue %, pois, o tempoZ 3ueme.plicaria isto fácil e !reementeZ 3uem poderia, para proferilo em

     palaras, compreend?lo em pensamentoZ * Bue, por%m, eocamos demodo mais familiar e mais con-ecido, ao falar, Bue o tempoZ ),certamente, entendemos Buando falamos e entendemos tam!%m Buandoouimos a outrem falar bso!re ele# * Bue %, portanto, o tempoZ Seninu%m me peruntar, eu sei se, peruntado, Buiser e.plicar, n$o sei#

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    SA/TO A5OSTI/HO %*'3'%74

    GO Mal omo P#i"a()o e sua 0ausa  A Cid!de de Deu$6 II6 c!p 2II#2III 4

    0aQ!ulo VII C /)o se de"e busa# a ausa e,iien!e da m "on!ade

     Hinu%m !usBue, pois, a causa eficiente da má ontade# 9al causa n$o % eficiente, masdeficiente, porBue a má ontade n$o % Yefec$o[ effectioE, mas Ydefec$o[ defectioE#Declinar deficereE do Bue % em sumo rau ao Bue % menos % comear a ter má ontade#)mpen-arse, portanto, em !uscar as causas de tais defeitos, n$o sendo eficientes, mas,como +á dissemos, deficientes, % iual a pretender er as treas ou ouir o sil?ncio# ),contudo, am!as essas coisas nos s$o con-ecidas, uma pelos ol-os e outra pelos ouidos,n$o, por%m, em sua esp%cie, mas na pria$o da esp%cie# Hinu%m, por conseuinte,

     procure aprender de mim o Bue sei Bue n$o sei, mas espere aprender a n$o sa!er o Buese dee sa!er ser imposs"el sa!er# 4om efeito, as coisas Bue n$o se con-ecem em suaesp%cie, mas na pria$o da esp%cie, se podemos falar assim, se con-ecem, de certo

    modo, n$o as con-ecendo e n$o se con-ecem, con-ecendoas# 3uando a penetra$o dool-o corporal se pro+eta so!re as esp%cies corporais, só ? as treas Buando comea an$o er# De iual modo, o sentir o sil?ncio pertence aos ouidos, n$o a outro sentido, esomente se sente, n$o ouindo# Assim, nossa mente contempla com o entendimento asesp%cies inteli"eis# 3uando faltam, por%m, conce!eas, inorandoas# 4om efeito,2ue& con)ece os delitos6 "al&o 1K, 1LE

    0aQ!ulo VIII C O amo# e#"e#so inlina a "on!ade do bem imu!"el ao bemmu!"el

    * Bue sei % Bue a nature8a de Deus +amais pode desfalecer deficereE, mas osseres feitos do nada podem# 9ais seres, Buanto mais ser t?m e mais !em fa8em ent$ofa8em alo positioE, t?m causas eficientes se, por%m, desfalecem e, em conseBu?ncia,o!ram mal Bue outra coisa fa8em, ent$o, al%m de aidadesZE , t?m causas deficientes#Sei tam!%m Bue a má ontade consiste em fa8er o Bue sem seu Buerer n$o se faria e, por isso, a pena +usta n$o se seue aos defeitos necessários, mas aos oluntários# *desfalecimento n$o se encamin-a deficitur E a coisas más &alaE, mas de modo errado&aleE, ou se+a, n$o a nature8as más, e sim desordenadamente &aleE, porBue se fa8contra a ordem da nature8a, do Bue % em sumo rau ao Bue % menos#

    Assim, a aare8a n$o % "cio do ouro, mas do -omem, Bue ama

    desordenadamente  (er,erseE o ouro, por ele a!andonando a +ustia, Bue dee ser infinitamente preferida a esse metal# ) a lu.ria n$o % "cio da !ele8a e da raa docorpo, mas da alma, Bue ama desordenadamente os pra8eres corporais, despre8ando atemperana, Bue nos une a coisas espiritualmente mais !elas e incorruptielmente maisc-eias de raa# ) a +act`ncia n$o % "cio do louor -umano, mas da alma Bue amadesordenadamente ser louada pelos -omens, desden-ando o testemun-o da própriaconsci?ncia# ) a so!er!a n$o % "cio de Buem dá o poder ou do poder mesmo, mas daalma Bue ama desordenadamente seu próprio poder, despre8ando o poder mais +usto e

     poderoso# Por isso, Buem ama desordenadamente o !em, se+a de Bue nature8a for,mesmo conseuindoo, se torna miseráel e mau no !em, ao priarse do mel-or#

    ).tra"do de: Santo Aostin-o# A Cidade de eus contra os Pagãos. Petrópolis, Co8es, 1JJ0# # 2, p# 6JN0# 9rad# *scar Paes emeE#

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    SA/TO A5OSTI/HO %*'3'%74

    GA I$ualdade no Amo# ao P#98imo  So(re ! Pri%eir! Epí$tol! de S1o

     )o1o Homilia * 4

    ###E Dás de comer aos Bue t?m fome mel-or seria Bue n$o -ouessefamintos, nem ninu%m Bue necessitasse de teus pr%stimos# Dás de estir aos nus seria mais rato ao c%u se todos os -omens dispusessem deestuários e n$o fosse necessário dar de estir a ninu%m# ###E 9rata deeliminar a mis%ria entre os -omens, e, assim, as o!ras de misericórdia ser$osup%rfluas# 4r?s Bue isto teria o efeito de e.tinuir o ardor da caridadeZ Aocontrário: -á maior perfei$o em amar um -omem feli8 a Buem nada se

     pode dar um tal se ama com amor mais puro e mais sincero# 4om efeito,Buem dá esmolas ao po!re, tale8 o faa com o dese+o secreto de dominálo, de su+eitálo a si próprio# ###E * Bue se dee dese+ar % Bue ele se torneiual a nós\ #(ta ae2uale&E 9ua aspira$o dee ser esta: Bue am!oseste+ais su+eitos _Buele a Buem nada podeis dar#

    ).tra"do de: 7*)&H);, P-# I 5S*H, )# História da Filosofia Cristã. Petrópolis, Co8es,1JK, p# 1J0# 9rad# ;aimundo Cier, *#F#'#E

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    +O

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    diante de si mesmo, possuindo a sua própria presena, como ter presente ainfinitude do tempo móel#

    Da" n$o estarem corretos aBueles Bue, ao ouirem a opini$o de Plat$o Bueeste mundo n$o tem in"cio temporal, nem terá fim, consideram Bue, deste modo,o mundo criado se torna coeterno ao criador# , por%m, uma coisa, ser condu8ido

     por uma ida intermináel, o Bue Plat$o atri!uiu ao mundo outra coisa ter a!raado +untamente  (ariter E toda a presena de uma ida intermináel, o Bue %manifesto ser próprio da mente diina# ) Deus n$o dee parecer mais antio doBue as coisas criadas por uma Buantidade de tempo, mas, antes, pela propriedadeda nature8a simples# Pois o moimento infinito daBuelas coisas temporais imitaeste estatuto presencial de uma ida imóel, e, como n$o pode retratálo, nemiualálo, da imo!ilidade decai ao moimento, da simplicidade da presenadecresce _ Buantidade infinita do futuro e do passado e, como n$o pode possuir con+untamente toda a plenitude de sua ida, +ustamente por, de alum modo,nunca dei.ar de ser, parece, em aluma medida, emular o Bue n$o pode

     preenc-er e e.primir, liandose a BualBuer presena de um momento e."uo eolátil, Bue, por conter uma certa imaem daBuela presena permanente, fa8 comBue tudo aBuilo em Bue toca parea ser# 4omo, por%m, n$o pde permanecer,toma o camin-o infinito do tempo, e, deste modo, se torna tal Bue continuaseuindo uma ida cu+a plenitude n$o pode ser completada, permanecendo#Assim, se Bueremos impor nomes conenientes _s coisas, diamos, seuindoPlat$o, Bue Deus % eterno o mundo, por%m, perp%tuo#

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    GA Di,e#en(a en!#e E!e#nidade e Semi!e#nidadePe#e!uidade  So(re !Trind!de6 III4

    ###E * Bue, por%m, % dito de Deus Ye.iste sempre[  se&(er est E sinifica somente uma coisa: Bue ele como Bue e.istiu em todo o passado, e.iste,de Bue modo for, em todo o presente, e.istirá em todo o futuro# Seundo osfilósofos, isto pode ser dito do c%u e dos demais corpos imortais, mas de Deusn$o bpode ser dito assim# )le e.iste sempre porBue Ysempre[ nele % do tempo

     presente e tal % a rande diferena entre o presente de nossas coisas, Bue % oaora, e o das diinas: Bue o nosso aora, como Bue corrente, fa8 o tempo e asempiternidade o aora diino, por%m, permanecendo, n$o se moendo edetendose, fa8 a eternidade, a cu+o nome, se acrescentas Ysempre[, fa8es daBuiloBue % o aora o curso constante e incansáel e, por isso, perp%tuo Bue % asempiternidade#

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    PSEDO DIO/;SIO AREOPA5ITA . *77 d. 0.4

    TEOLOGIA MÍSTICA

    ...4

    0aQ!ulo III C O ue $igni'ic!% teologi! !'ir%!ti/! e neg!ti/!

    ###E Aora, pois, Bue iremos penetrar nas treas Bue est$o al%m dointeli"el, n$o mais se tratará mesmo de concis$o, mas de uma cessa$ototal da palara e do pensamento# á, onde nosso discurso descia dosuperior ao inferior, _ medida Bue ele se afastaa das alturas, seu olumeaumentaa# Aora Bue ascendemos do inferior ao transcendente, _ medidamesmo Bue nos apro.imamos do cume, o olume de nossas palaras seestreitará no termo ltimo da ascens$o, estaremos totalmente mudos e

     plenamente unidos ao inefáel#  'as, dirás, por Bue partir das mais altas, Buando se trata das

    afirma>es, das mais !ai.as, Buando se trata das nea>esZ ;espondo Bue, para falar afirmatiamente daBuele Bue transcende a toda afirma$o, era preciso Bue nossas -ipóteses afirmatias se apoiassem so!re o Bue % o mais pró.imo dele# 'as, para falar neatiamente daBuele Bue transcende todanea$o, comease, necessariamente, por near dele o Bue está mais

    afastado dele# H$o % mais erdadeiro, com efeito, Bue ele %, antes, ida ou !em Bue ar ou pedra, e Bue mais se comete erro ao nomeálo rancoroso oucol%rico do Bue o supondo e.prim"el ou pensáelZ

    0aQ!ulo IV C Bue ! c!u$! tr!n$cendente de tod! re!lid!de $en$í/el n1oé El! %e$%! n!d! de $en$í/el 

    Di8emos Bue a causa uniersal, situada al%m do unierso inteiro, n$o% nem mat%ria isenta de ess?ncia, de ida, de ra8$o ou de inteli?ncia, nem

    corpo Bue n$o tem nem fiura, nem forma, nem Bualidade, nemBuantidade, nem massa Bue n$o está em luar alum, Bue escapa a todaapreens$o dos sentidos Bue n$o perce!e, nem % perce!ida Bue n$o estásu+eita nem _ pertur!a$o, nem _ desordem so! o c-oBue das pai.>esmateriais Bue os acidentes sens"eis n$o a dominam, nem a redu8em _impot?ncia Bue n$o % priada de lu8 Bue n$o %, nem possui muta$o, nemdestrui$o, nem parti$o, nem pria$o, nem flu.o, nem nada, em uma

     palara, Bue pertena ao sens"el#

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    0aQ!ulo V C Bue ! c!u$! tr!n$cendente de todo inteligí/el n1o é n!d!de inteligí/el 

    )leandonos mais alto, di8emos aora Bue esta causa n$o % nem

    alma, nem inteli?ncia Bue n$o possui nem imaina$o, nem opini$o, nemra8$o, nem inteli?ncia Bue n$o se pode e.primir, nem conce!er Bue n$otem nmero, nem ordem, nem rande8a, nem peBuene8, nem iualdade,nem desiualdade, nem similitude, nem dissimilitude Bue n$o permaneceimóel, nem se moe Bue n$o se mant%m em tranBuilidade Bue n$o possui

     pot?ncia, nem % pot?ncia Bue n$o % lu8 Bue n$o ie, nem % ida Bue n$o% ess?ncia, nem perpetuidade, nem tempo Bue n$o se pode apreend?laintelectiamente Bue n$o % nem ci?ncia, nem erdade, nem reale8a, nemsa!edoria, nem uno, nem unidade, nem deidade, nem !em, nem esp"rito, nosentido em Bue o podemos entender nem filia$o, nem paternidade, nemnada do Bue % acess"el ao nosso con-ecimento, nem ao con-ecimento dealum ser Bue n$o % nada do Bue pertence ao n$oser, mas nada tam!%m doBue pertence ao ser Bue ninu%m a con-ece tal Bual ela %, mas Bue elamesma n$o con-ece ninu%m tal Bual ele % Bue escapa a todo racioc"nio, atoda denomina$o, a todo sa!er Bue n$o % treas, nem lu8, nem erro, nemerdade Bue dela n$o se pode a!solutamente nem afirmar, nem near nadaBue, Buando fa8emos afirma>es e nea>es Bue se aplicam a realidadesinferiores a ela, dela mesma n$o afirmamos, nem neamos nada, porBuetoda afirma$o permanece aBu%m da causa nica e perfeita de todas as

    coisas porBue toda nea$o permanece aBu%m da transcend?ncia daBueleBue % simplesmente despo+ado de tudo e Bue se situa para al%m de tudo#