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Eliza Coral Valéria Arriero Pereira Carlos Eduardo N. Bizzotto Organizadores Tecnologia da informação e comunicação | Série PLA TIC PLATIC PLATIC Tecnologia da informação e comunicação Florianópolis 2007 Arranjo produtivo catarinense

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LATIC

PLATICPLATICTecnologia da informação

e comunicação

Florianópolis2007

Arranjo produtivo catarinense

© Eliza Coral

Valéria Arriero Pereira

Carlos Eduardo N. Bizzotto

Catalogação na publicação por Roseli Müller Izolan - CRB14/472

T255 Tecnologia da informação e comunicação / Organizador: Eliza Coral... [et.al]. -- Florianópolis : Instituto Euvaldo Lodi, 2007. 326 p.: il. preto e branco; 16 x 23 cm. -- (PLATIC ; 1)

ISBN 978-85-87683-02-1

1. Tecnologia da informação. 2. Comunicação. I. Coral, Eliza (org.). II. Instituto Euvaldo Lodi.

CDD 658.4038 CDU 658.011.56

Editora Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC)

Conselho Editorial Dr. Nilton Cesar Flores

Dr. Oscar Dalfovo

Dr. Roberto Carlos Pacheco

Projeto gráfico, arte e-Setorial Consultorias Ltda.capa e diagramação + 55 (48) 3207-9099 www.e-Setorial.com.br [email protected] Revisão técnica Vivian C. Alves de Carvalho Secretaria Michele Copetti

Endereço Instituto Euvaldo Lodi Rod. Admar Gonzaga, 2765 Itacorubi CEP 88034001 Florianópolis - SC Brasil Telefone: + 55 (48) 3231-4600 Fax: + 55 (48) 3334-2822 Site: www.ielsc.org.br

| Lista de siglas

ABES – Associação Brasileira de Empresas de SoftwareACATE - Associação Catarinense de Empresas de TecnologiaAJAX – Asynchronous JavaScript and XMLAPL - Arranjo Produtivo LocalASSESPRO/SC - Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e InternetBLUSOFT – Blumenau Pólo de SoftwareCEE – Conselho das Comunidades EuropéiasCEFET/PR – Universidade Tecnológica Federal do ParanáCELTA - Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias AvançadasCenPRA – Centro de Pesquisa Renato ArcherCEP – Convenção Européia de PatentesCERTI – Centros de Referência em Tecnologias InovadorasCF – Constituição FederalCLT – Consolidação das Leis do TrabalhoCMM/CMMI – Capability Maturity Model Integration (Integração dos Modelos de Capacitação e Maturidade)CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCSS – Cascading Style SheetCTAI – Centro de Tecnologia em Automação de InformáticaDIRPA/ DIFELE – Diretoria de Patentes / Divisão de Física e EletricidadeDISET – Diretoria de Estudos SetoriaisDOM – Document Object ModelDQS – Divisão de Qualificação em Software do CenPRAEAD – Educação a DistânciaEBT - Empresas de Base TecnológicaEJB – Enterprise JavaBeansENANGRAD – Encontro Nacional da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração

ENAP – Escola Nacional de Administração PúblicaEP – European PatentEPO – European Patent OfficeERP - Enterprise Resource Planning (SIGE - Sistemas Integrados de Gestão Empresarial)FAPESC - Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa CatarinaFIEC – Federação das Indústrias do Estado do CearáFIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa CatarinaFINEP – Financiadora de Estudos e ProjetosFNQ – Fundação Nacional da QualidadeFUNCITEC – Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (atual FAPESC)FURB – Fundação Universidade Regional de BlumenauFURJ – Fundação Educacional da Região de JoinvilleGAP - Gap Analysis (Análise de Insuficiência)GLIST – Checklist AutomatizadoHTML – HyperText Markup LanguageIC – Instrução CorporativaIDC – International Data CorporationIEC – International Electrotechnical CommissionIEEE - Institute of Electrical and Electronic EngineersIEL/SC - Instituto Euvaldo Lodi de Santa CatarinaIGTI - Núcleo de Estudos em Inovação, Gestão e Tecnologia da Informação da UFSCINMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade IndustrialINPI – Instituto Nacional de Propriedade IndustrialIPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ISO – International Organization for StandarizationJ2EE – Java Enterprise Edition JSF – JavaServer Faces JSP – JavaServer PagesLATEG - Laboratório de Tecnologias de Gestão da UNIVALILED – Laboratório de Ensino a Distância da UFSCLPU – Laboratório de Pesquisas em Usabilidade da UNISULLQPS - Laboratório de Qualidade e Produtividade de Software da UNI-VALILQS - Laboratório de Qualidade de Software da FURBMagLab - Laboratório de Eletromagnetismo e Compatibilidade Eletromag-nética da UFSC

MCT - Ministério da Ciência e TecnologiaMEC – Ministério da Educação MEDE-PROS - Método de Avaliação da Qualidade de Produto de SoftwareMidi Tecnológico - Incubadora de Empresas MIDI TecnológicoMidiville - Incubadora de Base Tecnológica de JoinvilleMPMEs – Micro, pequenas e médias empresasMySQL – Sistema de gerenciamento de banco de dados usando a lin-guagem Structured Query LanguageNPU - Núcleo de Pesquisa em UsabilidadeP&D – Pesquisa e DesenvolvimentoPC – Personal computerPCI – Placas de Circuitos ImpressosPHP – Hypertext PreprocessorPHP - Personal Home PagesPI – Patente de InvençãoPLATIC – Plataforma de Tecnologia da Informação e Comunicação de Santa CatarinaPME – Pequenas e Médias EmpresasPMI – Project Management InstitutePNQ – Prêmio Nacional da QualidadePUC/PR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná RAC – Relatório de Ação CorretivaRAP – Relatório de Ação PreventivaRBC – Rede Brasileira de CalibraçãoREDECAP – Rede de Capacitação e Reciclagem de Competências SAVE – Sistema de Avaliação e Estatística do SENAISCAMPI - Standard CMMI Appraisal Method for Process ImprovementSENAI/SC – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa CatarinaSOFTEX - Associação para Promoção da Excelência do Software Brasi-leiroSOFTPOLIS - Núcleo de Desenvolvimento de Software de FlorianópolisSOFTVILLE – Fundação SoftvilleTI – Tecnologia da InformaçãoTIC – Tecnologia da Informação e ComunicaçãoUDESC – Universidade do Estado de Santa CatarinaUFRGS– Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFSC – Universidade Federal de Santa CatarinaUML – Unified Modeling Language

UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina UNIVALI – Universidade do Vale do ItajaíUNIVILLE - Universidade da Região de JoinvilleUS – United StatesUSC – United States CodeUSPTO - United States Patent and Trademark OfficeXML – Extensible Markup Language

Articulação e Operacionalização do PLATIC (...)

| Capítulo 1

Articulação e Operacionalização do PLATIC

- Plataforma de Tecnologia da Informação

e Comunicação de Santa Catarina, Arranjo

Produtivo Local de TIC — Um resgate histórico

Eliza CoralValéria Arriero Pereira

Carlos Eduardo N. Bizzotto

1 Introdução

Os primeiros anos deste novo século têm sido caracterizados pelo fato de que a competição está deixando de ocorrer entre empresas para acontecer entre as regiões. Dessa forma, as empresas mais competitivas são aquelas localizadas em regiões onde foi consolidada uma rede de atores que cria as condições básicas para a geração, atração e desenvolvimento de empresas.

Essa rede de atores, muitas vezes, é informal e envolve instituições de ensino e pesquisa, governo e empresas. Em geral, o resultado da interação entre os atores citados é a consolidação de uma ou mais áreas de negócios,

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

as quais são denominadas “aglomerações”. A disposição dos elementos inte-ragentes, quando coordenados entre si e funcionando como uma estrutura organizada nas aglomerações, caracteriza-se muito mais que apenas um pólo produtivo, mas como um sistema estruturado de cooperação.

A evolução destas aglomerações tem apontado para a consolidação de Arranjos Produtivos Locais (APLs), nos quais as relações inter-empresas e entre as empresas e outras instituições, dentro de um espaço geograficamente definido, resultam num ganho progressivo para todos da região. A transformação de aglomerações em Arranjos Produtivos não é trivial e exige uma grande capacidade de articulação e de governança.

Dentro desse contexto, o objetivo do presente trabalho é relatar a experiência de criação do Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e da Comunicação (APL-TIC) no estado de Santa Catari-na. Nesta primeira fase do trabalho, trabalhou-se com as cidades de Blumenau, Florianópolis e Joinville, em função do expressivo número de empresas de TIC existentes nestas cidades.

2 Histórico

O setor de TIC de Santa Catarina teve seu início no final da década de 60, com a criação da empresa CETIL (1969), na cidade de Blume-nau. O CETIL foi criado para ser o Centro de Processamento de Dados das indústrias têxteis da região, mas se transformou no maior bureau de serviços do país, chegando a ter filiais em quase todos os estados brasileiros.

Com o advento da microinformática, o CETIL passa a perder espaço para empresas de software voltadas para os computadores pessoais. Muitas destas empresas foram criadas por ex-funcionários do próprio CETIL, como a WK Informática, a PC Auxiliar e a Fácil Informática. Isso fez com que fosse gerado em Blumenau o primeiro pólo de empresas de TIC, com ênfase em software.

Em paralelo, em 1984, foi criada, em Florianópolis, a Fundação CERTI, que estabelece em 1986 uma incubadora de empresas de base tecnológica, atualmente denominada Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas – CELTA. Por meio desta incubadora foram geradas diversas empresas da área de TIC que contribuíram para a formação do pólo de tecnologia de Florianópolis.

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Eliza Coral | Valéria Arriero Pereira | Carlos Eduardo N. Bizzotto |

PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

O setor de TIC passa a se organizar, e as primeiras associações de empresas de tecnologia começam a surgir:

Em 1986 é criada a ACATE em Florianópolis;• O BLUSOFT é fundado, em 1992, em Blumenau;• Em 1995 é formalizada a SOFTVILLE em Joinville.•

Todas essas associações passam a contribuir significativamente para o crescimento dos respectivos pólos e para o aumento da competitividade das empresas catarinenses de tecnologia. O setor de TIC tem um grande crescimento em Santa Catarina a partir do apoio do Programa SOFTEX, cujo objetivo era ampliar as exportações brasileiras de software. O SOFTEX cria três núcleos de exportação (chamados núcleos SOFTEX): Blumenau (1992), Joinville (1993) e Florianópolis (1994). Com isso, Santa Catarina passou a ser o único estado do Brasil a ter três núcleos SOFTEX, demonstrando a força do setor de TIC catarinense.

Em 1996, a Sociedade SOFTEX, com apoio do CNPq, lançou o Programa Gênesis, cujo objetivo era criar núcleos de geração de empresas de base tecnológica nos cursos da área de informática. Em Santa Catarina foram criados três centros Gênesis: Gene-Blumenau (1996), Gene-Joinville (1999) e GENESS em Florianópolis (1998).

Em paralelo à criação dos núcleos SOFTEX e dos Centros Gênesis, foram criadas outras incubadoras de base tecnológica em diferentes cidades do estado: o TEKNOPARK em Rio do Sul (1997), o MIDI-Tecnológico em Flo-rianópolis (1998), o MIDIville em Joinville (1999), o MIDI-SUL em Criciúma (2001) e o MIDI-Oeste em Chapecó (2002).

Assim, criou-se no estado uma forte base de empresas tecnológicas, com concentração em Blumenau, Florianópolis e Joinville. Esses três pólos consolidaram-se a partir da ação conjunta das associações das empresas, das universidades, das incubadoras e de instituições como CNPq, FINEP, SEBRAE, dentre outras.

Apesar do crescimento e fortalecimento constante dos pólos de TIC de Santa Catarina, faltava uma ação sistemática conjunta entre eles. As iniciativas realizadas em conjunto eram pontuais e, em geral, focadas nas áreas comercial e tributária.

Para que os três pólos pudessem fazer uma ação conjunta de forma sistemática, era essencial a realização de um diagnóstico que identificas-se os principais gargalos que reduziam a competitividade das empresas catarinenses do setor de TIC.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Neste sentido, inicia-se em 2000, por meio de um projeto do Ins-tituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina (IEL/SC), em parceria com a Fundação CERTI e com apoio da FINEP, as primeiras ações no intui-to de identificar os principais gargalos que estavam dificultando as exportações e reduzindo a competitividade das empresas do setor de TIC catarinense. Essas ações de identificação geraram o Projeto Gargalos — Prospecção de Demandas para as Cadeias Produtivas de Santa Catarina, Identificação de Gargalos de Competitividade — que fez parte de uma ação estruturada do IEL/SC, com estudos setoriais para determinar os gargalos de competitividade de seis setores in-dustriais, dentre eles o de TIC.

Além de identificar as principais barreiras à competitividade das em-presas, o projeto Gargalos promoveu uma grande interação e ampliou significantemente a articulação entre as empresas, o governo e as uni-versidades. Todas as instituições envolvidas (dentre elas UFSC, UNIVALI, UNISUL, FURB, UDESC, IEL/SC, UNIVILLE, ACATE, SOFTPOLIS, BLUSOFT, SOFTVILLE, FUNCITEC1 e FINEP) validaram e complementaram os diag-nósticos realizados e planejaram ações no sentido de aumentar a com-petitividade do setor de TIC. Assim, representantes dessas instituições, sob a articulação e coordenação do IEL/SC, analisaram os principais pro-blemas identificados pelo projeto Gargalos e, com base nessas análises, priorizaram projetos que poderiam contribuir para solucionar as causas de tais gargalos.

Com base nos resultados do projeto Gargalos, o IEL/SC organizou a elaboração de um projeto dentro dos princípios de uma Plataforma2. O projeto foi apresentado para a FINEP (Fundo Verde Amarelo – Ar-ranjos Produtivos Locais) e para a FUNCITEC, tendo sido aprovado por ambas as instituições. Assim surgiu o Projeto PLATIC – Plataforma de Tecnologia de Informação e Comunicação de Santa Catarina, que foi aprovado em julho de 2004 e iniciado em setembro do mesmo ano.

Na elaboração do projeto PLATIC, o IEL/SC sentiu a necessidade de validar e complementar os dados sobre a realidade do setor de TIC de Santa Catarina. Assim, os representantes dos pólos e das universida-des foram reunidos para que fosse feita uma análise crítica dos dados do projeto Gargalos, além de acrescentar as aspirações do setor.

1 Atual FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina)2 Todos os desenvolvimentos auferidos em uma plataforma são compartilhados por todos os participantes de um programa.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Dessa forma, para que o projeto PLATIC pudesse ser elaborado foram realizados três estudos:

Projeto Gargalos, o qual avaliou os principais problemas que com-• prometiam a competitividade das empresas catarinenses de TIC.

Necessidades do Setor TIC, em que foram pesquisadas 84 em-• presas catarinenses.

Formação, P&D e Serviços, no qual as empresas foram questio-• nadas sobre suas necessidades quanto a capacitação / formação, P&D e serviços.

Os resultados desses estudos serão apresentados em detalhes no próxi-mo item, de forma a demonstrar claramente o cenário das empresas de TIC catarinenses, facilitando a compreensão da estrutura do projeto PLATIC.

3 Diagnósticos do setor de TIC de Santa Catarina

O Projeto Gargalos identificou em 2001 alguns dos obstáculos que estavam dificultando o crescimento e reduzindo a competitividade das empresas do setor. Esses obstáculos foram agrupados em três macro-segmentos do setor de TIC, seguindo o critério adotado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT, conforme segue:

Macro Segmentos: Hardware, Software e Serviços técnicos -

Gargalos comunsImpostos• : elevada carga tributária nacional, aliada a poucos incen-

tivos fiscais, estaduais e municipais, impedindo a competitividade e o conseqüente desenvolvimento do setor.

Infra-estrutura incentivada• : dificuldade de acesso a infra-estru-turas incentivadas, tais como parques tecnológicos e incubadoras, poucas vagas e processo para acesso muito burocrático.

Legislação Trabalhista• : falta de flexibilidade quanto a remunera-ção variável e remuneração horas/mês, além do ônus das ações trabalhistas para a empresa, impedindo o desenvolvimento mais acelerado da cadeia de TIC. Dificuldade de implantação do trabalho em casa (tele-trabalho) devido à legislação.

Carência de iniciativas do governo estadual à capitalização das • EBT’s catarinenses: embora tenha sido ampliado o volume de capital de risco nos últimos 12 meses (2001), há poucas ações governamentais estaduais para aproveitar e ampliar o volume de recursos para as empresas catarinenses.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Dificuldade na captação de financiamento: • as empresas de TIC caracterizam-se por possuírem baixo ativo fixo e alto ativo inte-lectual. Isso faz com que elas tenham dificuldades na captação de recursos, uma vez que as instituições públicas e privadas ainda não mudaram suas metodologias de avaliação de empresas e ló-gica de financiamento para contemplar a realidade das empresas de TIC.

Falta de capacitação de mão-de-obra: • a alta velocidade de mu-dança do setor de TIC gera uma necessidade crescente de atua-lização dos profissionais. Esse gargalo torna-se mais expressivo porque não há uma interação sistemática entre as empresas e as universidades. Em termos de áreas mais carentes, identificaram-se as seguintes:

Software• : falta capacitação no uso de ferramentas de desenvolvimento;

Hardware• : a carência é em firmware;Serviços técnicos: a carência é em conhecimentos de •

gestão de negócios.Custo das Telecomunicações:• o custo de telefonia móvel, fixa

e de banda larga ainda muito alto tanto para transmissão de voz como de dados, se comparado com os preços praticados em ou-tros países.

Cultura empresarial pouco inovadora no uso de tecnologias da • informação: cultura conservadora com dificuldade de compreensão do empresariado catarinense no entendimento das novas oportu-nidades de negócios e redução de custos por meio da TIC.

Carência de legislação no comércio eletrônico:• isso dificulta o avanço do e-commerce e, por conseqüência, de toda a cadeia TIC. Dentre as principais carências foram citadas o direito do consumi-dor, segurança e direitos autorais.

Dificuldades para exportação• : decorrentes do elevado custo para manter estrutura de vendas e suporte no exterior (principalmente em software e hardware).

Dificuldades em monitoramento das tendências• : alto custo para monitorar as tendências tecnológicas e do mercado internacional.

Falta entidade que coordene a cadeia de TIC• : entidade que con-gregue e coordene a cadeia de forma mais intensa, encaminhando as questões relacionadas.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

a) Gargalos específicos em HardwareAusência de linha de crédito casada à venda de produtos:• gran-

des empresas multinacionais vendem seus produtos no Brasil com crédito para pagamento de até 2 anos, dificultando a venda das empresas catarinenses de médio porte nos mercados regionais.

Elevada importação de componentes:• os principais componen-tes de valor dos produtos de hardware são importados, faltando fornecedores nacionais.

Custo do processo de importação• : o processo de importação ainda é muito burocrático, caro e, principalmente, demorado no desembaraço aduaneiro.

Carência de empresas de serviços de projeto (design houses)• : existe um número insuficiente de empresas que elaborem e ven-dam projetos de produtos de hardware e/ou suas partes. Faltam ainda serviços específicos de elaboração de lay-out de placas de circuito impresso e design de produtos.

Falta serviço de elaboração de ferramental de injeção plástica• : os fornecedores principais estão em São Paulo, o que faz com que o prazo de entrega seja muito elevado.

Necessidade de laboratórios de testes• : mais especificamente testes de descarga elétrica e interferência eletromagnética.

Carência de serviços de treinamento em novas tecnologias• : não existe oferta de cursos avançados relacionados à convergência digital.

Serviços de apoio à aquisição de tecnologia• : necessidade de assessoria na definição de quais são os potenciais parceiros, os trâmites necessários e orientações quanto a legislação.

b) Gargalo específico em SoftwarePadronização técnica• : necessidade de adoção de sistemática

de padrões técnicos para facilitar a integração entre empresas, reduzindo o custo de integração dos sistemas interempresariais (supply chain) e mesmo intra-empresariais (ERP x aplicativo WEB).

c) Gargalos específicos em Serviços Técnicos em InformáticaEmpresas de Conteúdo• : faltam empresas catarinenses que gerem

conteúdo para internet fixa, móvel e banda larga, gerando conse-qüente demanda / tráfego e novos investimentos em infra-estrutura de telecomunicações.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Capilaridade da rede de alta velocidade• : falta demanda e sub-seqüente capilaridade da rede de alta velocidade nos municípios menores de Santa Catarina.

Custo de entrega• : o custo da entrega capilarizada ainda é elevado, dificultando a geração e desenvolvimento do e-business, o qual tem o efeito de alavancar toda a cadeia de TIC.

Cultura do receio de comprar pela internet• : essa cultura dificulta o desenvolvimento do e-business.

Modelos de negócio sustentáveis em e-business• : dificuldade geral dos empreendedores de e-business em definir modelos de negócios sustentáveis.

Dificuldade de penetração no mercado• : dificuldade de acesso dos pequenos fornecedores de serviços a grandes compradores, uma vez que, em geral, grandes empresas compram apenas de grandes empresas. Isso faz com que o mercado para as pequenas empresas seja muito competitivo.

Os resultados dos estudos realizados foram debatidos em workshops e reuniões posteriores, com a participação de representantes do setor produtivo e acadêmico, sendo definidas as áreas que necessitavam ser abordadas:

Metodologias de desenvolvimento de • software;Laboratório de segurança;• Metodologias de custeio de software;• Marketing• & Vendas;Abertura de mercados internacionais;• Propriedade intelectual;• Certificação de produtos;• Observatório – tendências e informações estratégicas para o setor.•

4 O Projeto PLATIC

De posse das informações obtidas nos estudos realizados, apresenta-das anteriormente, a equipe do IEL/SC utilizou as árvores de problemas e de objetivos para auxiliar no entendimento do processo e análise dos aspectos envolvidos, identificando o problema central e os problemas relacionados, conforme mostrado na Figura 1. A árvore de problemas teve por objetivo identificar o problema central e os problemas relacionados do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação de Santa Catarina, para auxiliar na priorização das ações do Projeto PLATIC.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Figura 1: Árvore de problemas elaborada para o PLATIC

O problema central diagnosticado no setor de TIC em Santa Catarina era a gestão ineficiente do negócio de software. As causas deste problema eram a insuficiente padronização dos processos de desenvolvimento, produtos pouco competitivos, dificuldade de proteção da propriedade intelectual, baixo poder financeiro das empresas e estratégias de marketing inexistentes.

Tomando como base esta árvore de problemas, as instituições envolvidas passaram a elaborar um projeto cooperativo, visando transformar uma situ-ação negativa numa situação futura desejada. Neste sentido, estabeleceu-se a árvore de objetivos do projeto (Figura 2).

Figura 2: Árvore de objetivos elaborada para o PLATIC

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| Articulação e Operacionalização do PLATIC (...)

PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Os objetivos apresentados na Figura 2 foram estabelecidos para atuar nas principais causas do problema central, de forma a atingir a situação proposta na árvore de objetivos. A partir da elaboração desta, o IEL/SC promoveu outras reuniões para validar os diagnósticos e implementar ações para a construção da plataforma para o setor de TIC, contando novamente com a participação de empresários, acadêmicos e representantes do se-tor. A partir destas reuniões foi estabelecida uma série de prioridades em termos de P&D e serviços fundamentais para tornar a gestão do negócio de software mais efetiva para as empresas de TIC dos pólos de Joinville, Blumenau e Florianópolis.

O resultado destas discussões foi o projeto PLATIC, cujo objetivo era desenvolver ferramentas de gestão do negócio, padronizar os processos e produtos de software, e disponibilizar estas ferramentas para as empresas do setor por meio do desenvolvimento de metodologias e criação de núcleos de competências nas áreas identificadas pelas empresas.

O PLATIC foi organizado em sub-projetos, de forma que cada sub-projeto solucionasse as necessidades identificadas na árvore de problemas. Uma vez definidos esses sub-projetos, foram feitas diversas reuniões com os representantes das universidades para identificar os grupos que já possuíam know-how para tratar dos problemas apontados.

Assim, para cada sub-projeto (meta) foi definida uma equipe respon-sável pela sua operacionalização. As equipes envolvidas estavam ligadas às universidades catarinenses, o que garantiu uma ampliação da interação entre as empresas e as universidades. A Figura 3 mostra um resumo dos sub-projetos (metas) do PLATIC.

Figura 3 - Sub-projetos (Metas) do PLATIC

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

No próximo item será detalhada cada uma das metas apresentadas na Figura 3, cabendo ressaltar que foram criados dois núcleos responsáveis pela melhoria de processo de software (CMMi). Isso ocorreu em função do grande número de empresas interessadas por este serviço. Assim, foram estabelecidas duas metas voltadas à melhoria da qualidade do processo de desenvolvimento.

4.1 Metas do PLATIC

Meta 1 - Rumo ao CMMI-SW Nível 2 para MPMEs: está sob a responsabilidade do Laboratório de Qualidade e Produtividade de Software da UNIVALI, campus VII, em São José/SC. Tem como objetivo o desenvolvimento e aplicação de uma abordagem para a implementação de programas de melhoria de processo com foco no nível 2 do CMMi-SW para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) de software.

Apesar de existirem vários métodos para a melhoria de processo de software, a maioria é mais adequada para as grandes empresas, reque-rendo alto custo e experiência para a sua adaptação. Assim, a abordagem desenvolvida pela Meta 1 busca facilitar a aplicação do modelo CMMi-SW para as MPMEs, permitindo um uso mais amplo em uma maior quantidade de empresas nacionais, aumentando sua competitividade no mercado interno e externo.

São objetivos dessa meta:

Desenvolver uma abordagem para melhoria e avaliação de pro-• cessos baseada no CMMi/SW;

Desenvolver procedimentos, documentos de referência, material • de treinamento e outros produtos voltados para as áreas de pro-cesso do nível 2;

Aplicar avaliação de processo e ações de melhoria alinhadas ao nível • 2 do CMMi em 5 empresas participantes da ACATE/Florianópolis;

Analisar a relação custo/benefício com base nas experiências • adquiridas nas aplicações.

Meta 2 - Melhoria de Processo – CMMi: está sob a responsabilidade da UNIVILLE, por meio do seu Departamento de Sistemas de Informação, onde foi montado um laboratório de desenvolvimento da qualidade de sof-tware. Este laboratório visa contemplar todos os requisitos da meta com a finalidade de desenvolver uma metodologia de qualificação de processo de desenvolvimento de software.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Essa meta está trabalhando com três empresas-piloto que já são certificadas pela International Organization for Standardization – ISO, mas que buscam a implantação do CMMi em seus processos. Ao final do projeto estas empresas estarão aptas a obter a certificação CMMi aplicada por qualquer órgão certificador.

São objetivos dessa meta:

Definir modelos de qualidade baseados no CMMi;• Implantar o laboratório de avaliação da qualidade de pro-•

cesso de software;Realizar aplicação piloto do serviço de avaliação da qualidade •

do processo de software;Aperfeiçoar a metodologia;• Disponibilizar serviços de qualificação de processo às em-•

presas.

Meta 3: Núcleo de Avaliação da Qualidade de Produtos de Software

Esta meta está sob a responsabilidade do Laboratório de Qualidade de Software (LQS) da FURB, localizado no Campus IV da FURB em Blumenau /SC e tem como objetivo desenvolver uma metodologia de avaliação da qualidade de produtos de software a partir de métodos existentes e a experiência adquirida com as avaliações realizadas. O foco para esta metodologia é a avaliação com base em normas inter-nacionais como a ISO/IEC 9126, ISO/IEC 12119 e ISO/IEC 14598.

Atualmente o LQS utiliza um Ambiente Web de Suporte a Avalia-ções que apóia toda a logística do processo de avaliação, desde a negociação inicial com o cliente até a geração do relatório final de avaliação.

Para esta meta foram previstas quatro avaliações de produtos de sof-tware sendo três de empresas de Blumenau e uma de Florianópolis.

Essa meta tem como objetivos:

Ampliar o Laboratório de Qualidade de Software - LQS;• Desenvolver um processo de avaliação da qualidade de •

software utilizando check-lists e métodos existentes;Implementar um Ambiente • Web de Suporte às avaliações;Realizar a avaliação de quatro produtos de software.•

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

Meta 4: Núcleo de Usabilidade

Esta meta está sob a responsabilidade do Núcleo de Pesquisa em Usabilidade da UNISUL. A equipe desta meta tem como objetivo a análise da usabilidade dos softwares produzidos pelas empresas participantes do projeto PLATIC, procurando adequá-los aos padrões sugeridos pela Norma ISO 92413, buscando assim alcançar melhores medidas de desempenho dos softwares e de satisfação dos usuários.

Com base nas pesquisas com as empresas participantes, essa meta apresentou um check-list automatizado para avaliação de interfaces. Considerando essas avaliações, as orientações às empresas abrangem também análises para reconhecimento do perfil da mesma, conhecimento sobre a usabilidade por meio dos seus projetistas, do processo de decisão na construção das interfaces, reconhecimento de problemas potenciais e de características críticas dos softwares.

Dessa forma, são propostos novos projetos gráficos para software, as principais dúvidas de navegação (utilização) são sanadas, são pro-videnciados treinamentos para conhecimento das funcionalidades dos softwares, em alguns casos para utilização de seus ambientes de ensino a distância, e também para esclarecimento de dúvidas e questionamentos sobre funcionalidades dos seus sistemas.

São objetivos desta meta:

Montagem do Laboratório de Pesquisa em Usabilidade - LPU; • Pesquisa e Revisão Bibliográfica;• Reconhecimento da realidade das empresas da região por amos-•

tra, bem como pelo resultado da produção de software oferecidos ao mercado;

Concepção da metodologia de aplicação de avaliação e adequação • à realidade das empresas desenvolvedoras de software de SC;

Aplicação da metodologia de avaliação em empresa e validação • da metodologia;

Meta 5: Núcleo de Compatibilidade Eletromagnética

Esta meta está sob responsabilidade do Laboratório de Eletromag-netismo e Compatibilidade Eletromagnética, situado no departamento de Engenharia Elétrica da UFSC. Atualmente o MagLab é um laboratório

3 Esta norma trata dos requisitos ergonômicos para trabalho de escritórios com computa-dores.

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PLATIC | Arranjo produtivo catarinense

que oferece serviços para pré-certificações. O objetivo é transformá-lo num laboratório apto a realizar certificações, desenvolvendo metodolo-gias e estudos com vistas à adequação de equipamentos às normas de compatibilidade eletromagnética.

Os objetivos dessa meta são:

Verificar os procedimentos regulamentares para análise de com-• patibilidade eletromagnética;

Desenvolver metodologia para soluções de problemas em com-• patibilidade eletromagnética;

Disponibilizar informações para as empresas;• Implantar laboratório para certificação em compatibilidade ele-•

tromagnética de equipamentos eletro-eletrônicos e de telecomu-nicações.

Meta 6: Núcleo de gestão financeira

Essa meta está sob a responsabilidade do Laboratório de Tecnologias de Gestão (LATEG) da UNIVALI. O LATEG contempla os projetos de pes-quisa do Curso de Administração, da Univali, Centro de Educação São José. Atualmente são realizados estudos envolvendo gestão de custos por atividade, avaliação de desempenho econômico-financeiro e gestão financeira para empresas de base tecnológica.

Seguindo as competências das áreas de atuação do LATEG, o objeti-vo desta meta é desenvolver e aplicar metodologia de gestão de custos para suporte à gestão financeira de empresas de desenvolvimento de software.

São objetivos dessa meta:

Pesquisar diferentes abordagens para levantamento, cálculo e • gestão do negócio;

Realizar análise comparativa das abordagens (verificar pontos • fortes e fracos);

Consolidar uma metodologia para gestão de custos evidenciando • cada etapa do negócio;

Propor uma sistemática de controle de desempenho financeiro; • Capacitar grupo de multiplicadores para difusão dos resultados.•

Meta 7: Núcleo de Precificação de software

Essa meta está sob a responsabilidade da UFSC e seu objetivo é desen-

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volver uma metodologia para orientar gestores de empresas de software na determinação dos preços de venda de seus produtos. Está sendo elaborado um modelo de referência englobando as etapas e fatores a serem conside-rados na decisão de fixar o preço de venda de produtos de informática.

São objetivos dessa meta:

Pesquisar metodologias de determinação de preço de venda;• Pesquisar fatores que afetam o preço de venda de software;• Realizar análise comparativa das metodologias, considerando os •

fatores envolvidos;Propor uma metodologia para determinação de preço de venda •

de softwares;Ajuste da metodologia.•

Meta 8: Elaboração de Contratos Padrão para Produtos e Serviços

A meta 8 está sob responsabilidade do Departamento de Propriedade Intelectual do Curso de Direito da UFSC.

Seus objetivos são:

Pesquisar a prática na contratação;• Pesquisar a legislação brasileira aplicável aos contratos;• Classificar e analisar as informações obtidas em pesquisa;• Elaborar um repertório de modelos de contratos;• Definir a arte gráfica, editar, imprimir o repertório e distribuir;• Capacitação em negociação de contratos;•

Meta 9: Rede de Capacitação

Essa meta está sob a responsabilidade do SENAI Florianópolis, per-tencente ao sistema FIESC, que atua na formação e aperfeiçoamento de profissionais para o setor industrial. Desde os anos 90, as inovações tecnológicas demandaram ao SENAI/SC novos desafios nas áreas de edu-cação profissional e desenvolvimento tecnológico. Hoje, os investimentos se direcionam prioritariamente para tecnologia de ponta, no atendimento às empresas e à comunidade por meio de atividades relacionadas à educa-ção profissional, assessoria técnica e tecnológica, informação tecnológica e pesquisa aplicada.

Seguindo as competências das áreas de atuação do SENAI/SC, o objetivo dessa meta é qualificar recursos humanos nas ferramentas de desenvolvi-mento de software, processos de telecomunicações e gestão do negócio.

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Inicialmente, o previsto para o projeto PLATIC era disponibilizar 400 horas para treinamento nas áreas de atuação do mesmo, privilegiando as necessidades das empresas participantes. Hoje, devido à extensão do calendário e à própria natureza dos temas abordados as 400 horas se transformaram em 788 horas, já concluídas.

São objetivos dessa meta:

Estruturar rede de formação e reciclagem de competências;• Mapear competências de capacitação nas universidades;• Levantar demandas de cursos junto às empresas;• Desenvolver ferramenta para gestão da rede de capacitação;• Divulgar informações sobre cursos às empresas;• Realizar os cursos de capacitação.•

Meta 10: Portal PLATIC – Observatório Tecnológico

Essa meta está sob a responsabilidade do Núcleo de Estudos em Inovação, Gestão e Tecnologia da Informação da UFSC, vinculado ao Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas e ao Programa de Pós-Graduação em Enge-nharia de Produção. Surgiu em 1997, a partir da sua competência em Inovação e Tecnologia da Informação, aplicados à gestão competitiva de negócios.

A idéia foi, a partir dessa competência, organizar um grupo de profis-sionais que aplicasse os conhecimentos adquiridos em serviços e produtos agregando ainda, as diversas competências de uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de várias regiões do país, além de estudantes de pós-graduação e iniciação científica.

Seguindo as competências das áreas de atuação do IGTI, o objetivo desta meta é implantar um observatório tecnológico para o gerenciamento de informações estratégicas de TIC.

São objetivos dessa meta:

Mapeamento da cadeia de TIC de Santa Catarina;• Elaboração do Informativo PLATIC (em parceria com a meta 12);• Observatório tecnológico para o setor TIC (Associação com projeto •

do IEL Nacional);Portal PLATIC.•

Meta 11: Propriedade Intelectual

A meta 11 está sob responsabilidade do Departamento de Propriedade Intelectual do Curso de Direito da UFSC. O objetivo da meta é disponi-

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bilizar estrutura de suporte para assegurar a propriedade intelectual dos produtos e processos de TIC de Santa Catarina.

Os objetivos dessa meta são:

Levantar informações sobre a proteção jurídica de produtos e • processos de TIC pelo regime da Propriedade Intelectual;

Cadastrar profissionais que atuam como agentes de propriedade • intelectual para o setor de produtos e processos de TIC;

Elaborar um manual sobre a proteção jurídica de produtos e • processos de TIC pelo regime do Direito da Propriedade Intelectual (patentes, registros, copyright, entre outros);

Elaborar um repertório de modelos de cláusulas para os contratos • de pesquisa e desenvolvimento, transferência de tecnologia, cessão e licenciamento de produtos e processos de TIC.

Meta 12: Gerenciamento Integrado do Projeto

Essa meta está sob a responsabilidade do IEL/SC, entidade gestora do projeto, pertencente ao sistema FIESC. O IEL/SC foi criado para fazer a interface indústria/universidade, avançou para além de suas atividades normais, agindo também no processo de inovação tecno-lógica, com a formulação de projetos e suporte técnico e tecnológico às empresas, cobrindo áreas cruciais e o desenvolvimento de várias ferramentas voltadas a fomentar a competitividade.

Seguindo as competências das áreas de atuação do IEL, o objetivo desta meta é a integração de todas as metas do projeto, a articulação entre as entidades e a governança do Arranjo Produtivo Local de Tecno-logia de Informação e Comunicação de Santa Catarina (APL-TIC / SC).

O gerenciamento do Projeto PLATIC como um todo é desenvolvido utilizando metodologias de gestão de projetos, gerando matrizes de monitoramento onde se pode acompanhar o andamento de cada uma das metas. O comitê gestor e o comitê técnico do projeto PLATIC tam-bém foram implementados por esta meta, possibilitando uma gestão democrática e participativa.

São objetivos dessa meta:

Realização de análises críticas do projeto;• Verificação de atividades do projeto;• Avaliações de satisfação do cliente;• Avaliações de satisfação da fonte financiadora;• Validação do projeto.•

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A equipe responsável por esta meta executa várias tarefas organiza-cionais e de acompanhamento do projeto, como:

monitoramento e documentação do andamento das atividades • de cada meta;

preparação e encaminhamento de relatórios para os agentes • financiadores (FINEP e FAPESC);

organização, acompanhamento e documentação dos • workshops temáticos, seminários e demais eventos do projeto;

administração das bolsas do CNPq;• coordenação e atualização do site do projeto <http://www.platic.•

ufsc.br>; convocação e acompanhamento de reuniões dos Comitês Gestor •

e Técnico, além das reuniões do APL-TIC;administração das adesões de empresas via pólos de TIC;• elaboração dos Informativos do PLATIC, juntamente com a meta •

10;organização e acompanhamento de licitações;• administração financeira dos recursos atendendo às necessidades •

de cada meta;monitoramento da satisfação das empresas participantes por •

meio de pesquisas;prestação de serviços de informação e comunicação para os par-•

ticipantes do projeto.

A seguir, algumas fotos que ilustram atividades da Meta 12 na gestão do projeto.

1 2

Fotos 1 e 2 - Reunião do Comitê Gestor do PLATIC com videoconferência

com a FINEP/RJ e SOFTVILLE/Joinville

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3 4

Foto 3 – Apresentação dos resultados parciais do PLATIC em reunião da Câmara de Tecnolo-gia da FIESC e, Foto 4 – Reunião do Comitê Técnico.

4.2 Modelo de gestão do Projeto PLATIC

Diante da complexidade do projeto, que conta com doze instituições parceiras, sendo seis instituições de ensino e pesquisa, três pólos de TIC, duas fontes financiadoras e uma instituição articuladora, foi necessário definir um modelo de governança para promover a interação entre os atores e acompanhar a execução do projeto.

O modelo de gestão do projeto PLATIC compreende um comitê gestor, um comitê técnico, um coordenador administrativo, um executor e vários co-executores, conforme apresentado na Figura 4, a seguir.

Figura 4: Modelo de gestão do projeto PLATIC

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O Comitê Gestor do projeto é responsável pelas decisões estratégicas e ajuste de ações necessárias para que os resultados esperados sejam al-cançados. Reúne-se periodicamente para analisar os resultados parciais e o andamento das atividades, assim como tomar decisões de interesse do projeto.

A entidade gestora do projeto é composta por um coordenador admi-nistrativo, responsável pela operacionalização das ações de integração e acompanhamento do andamento das metas, atuando também como moderador entre equipes e empresas participantes do projeto. Tam-bém é de responsabilidade dessa coordenadoria a gestão da comuni-cação entre as entidades do APL de TIC, além da gestão dos recursos financeiros do projeto e a condução e motivação dos envolvidos para o cumprimento dos termos do projeto.

A gestão operacional do projeto é realizada por meio de metodo-logia de gestão de projetos orientados a resultados, utilizando como ferramenta uma matriz de monitoramento das atividades, em que as variáveis de metas físicas e indicadores de resultado das atividades são monitorados constantemente pelos coordenadores técnico e ad-ministrativo.

Existe também um Comitê Técnico, o qual é composto por todos os coordenadores de metas e suas respectivas equipes, e tem a função de integrar as metas do projeto, gerenciar as atividades de pesquisa e discutir as questões técnicas referentes ao cumprimento dos objetivos estabelecidos. Reúne-se trimestralmente e possui um coordenador técnico, pertencente à entidade executora do projeto, que representa as necessidades e aspirações do grupo perante o Comitê Gestor.

A seguir, fotos de algumas das Universidades e Instituições de Ensino e Pesquisa envolvidas no projeto PLATIC.

Foto 5 – SENAI - CTAI/SC

Centro de Tecnologia em Automação e Informática

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Foto 6 – UFSC

Universidade Federal de Santa Catarina

Foto 7 – UNIVALI, campus São José

Universidade do Vale do Itajaí

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Foto 8 – UNIVILLE

Universidade da Região de Joinville

Foto 9 – FURB

Universidade Regional de Blumenau, entidade executora do PLATIC

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Foto 10 – FURB

Universidade Regional de Blumenau, entidade executora do PLATIC

4.3 Participação das empresas no projeto

O projeto PLATIC foi articulado em 2002 e 2003. Mudanças políticas ocasionaram um atraso na sua aprovação, que ocorreu somente em junho de 2004. Em função do tempo decorrido entre a adesão inicial das empre-sas e a efetiva possibilidade de início das atividades, houve a necessidade de realizar um novo trabalho de adesão das empresas e dos pólos.

Para retomar a motivação de participação das empresas no projeto PLATIC, foram criadas algumas formas de incentivo:

As empresas participantes do projeto tiveram direito a uma cota • de horas de capacitação para seus funcionários (de 200 a 400 horas, dependendo de sua contrapartida financeira);

Os cursos de capacitação oferecidos no âmbito do projeto foram or-• ganizados de acordo com a demanda das empresas participantes;

As empresas participantes do projeto também se beneficiam das • tecnologias desenvolvidas através da implantação de projetos piloto nas suas empresas, bem como redução de custos na certificação de processos e produtos, após o desenvolvimento das metodologias propostas,

As empresas participantes do projeto recebem acesso às infor-• mações de tendências de mercado via observatório tecnológico e priorizam novas necessidades para projetos, conforme a sua demanda.

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O projeto PLATIC contou com a participação direta de 49 empresas que apoiaram o desenvolvimento das tecnologias e a consolidação dos núcleos de excelência.

Além disso, foram organizados sete workshops temáticos e um seminá-rio de conscientização, distribuídos nas cidades dos três pólos participantes do projeto com o objetivo de promover a aproximação das empresas com os grupos de pesquisa:

I Seminário de Conscientização: Introdução à qualidade de • Software em 01/09/2005– Florianópolis/SC (Foto 11);

I Workshop Temático do PLATIC “Propriedade Intelectual” em • 30/05/2005 – Joinville/SC;

II Workshop Temático do PLATIC “Contratos” em 27/07/2005 – • Blumenau/SC;

III Workshop Temático do PLATIC “Contratos e Propriedade Inte-• lectual” em 19/09/2005 – Florianópolis/SC;

IV Workshop Temático do PLATIC “Qualidade de Produto de • Software” em 30/11/2005 – Blumenau/SC;

V Workshop Temático do PLATIC “Compatibilidade Eletromagné-• tica” em 05/04/2006 – Joinville/SC (Fotos 12 e 13);

VI Workshop Temático do PLATIC “Usabilidade para Empresas de • Software” em 06/07/2006 – Florianópolis/SC (Foto 14);

VII Workshop Temático do PLATIC “Gestão de Custos e Determi-• nação de Preços de Venda para empresas de desenvolvimento de software” em 04/08/2006 – Blumenau/SC.

Foto 11 – “I Seminário de Conscientização: Introdução à Qualidade de Software”

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Foto 12 – “V Workshop Temático do PLATIC: Compatibilidade Eletromagnética”,

transmitido via videoconferência para Florianópolis e webconferência para Blumenau.

Foto 13 – “V Workshop Temático do PLATIC: Compatibilidade Eletromagnética”,

transmitido via videoconferência para Florianópolis e webconferência para Blumenau.

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Foto 14 – “VI Workshop Temático do PLATIC: Usabilidade para Empresas de Software”,

transmitido via webconferência para Blumenau e Joinville.

Esses workshops possibilitaram que alguns dos coordenadores de metas expusessem conteúdos relacionados às suas linhas de pesquisa e, especificamente, com relação às metas sob sua coordenação. Dessa forma, os empresários puderam avaliar em detalhes a adequação das diferentes metas às suas necessidades.

4.4 Resultados alcançados pelo PLATIC

Os números apresentados no Quadro 1, a seguir, mostram alguns dos resultados alcançados na trajetória do projeto, caracterizando o envol-vimento das empresas de TIC com os pólos e entidades pesquisadoras e uma intensa produção bibliográfica que permite o compartilhamento do conhecimento produzido na sua interação.

Verifica-se também a operacionalização de laboratórios estratégicos para o setor de TIC, que possibilitam o aprofundamento de estudos e a aplicação de conhecimentos para o alcance de objetivos práti-cos e certificações, todos de grande importância para as empresas envolvidas.

Além disso, os números referentes à Rede de Capacitação4 do PLATIC são bastante expressivos, demonstrando o êxito obtido da adequação dos cursos à demanda das empresas.

4 REDECAP

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Empresas Participantes 49

Pólos de TIC participantes 3

Entidades Pesquisadoras Envolvidas 6

Pesquisadores Envolvidos 61

Artigos Publicados / Monografias e Teses 26

Livros em Publicação – Série PLATIC 2

Laboratórios Implantados ou Aperfeiçoados (LQPS/Univali, LAPS/Univille, Ma-gLab/UFSC, LQS/FURB, LPU/Unisul)

5

REDECAP – PLATIC / SENAI-CTAI-SCCursos Programados (100% concluídos) 38

Horas de Capacitação Realizadas 788

Total de participantes das Capacitações 310

Certificados de Capacitação expedidos 989

Satisfação com os cursos da REDECAP 85%

Quadro 1 – Resumo de alguns dos resultados do Projeto PLATIC

5 Considerações finais

O Projeto PLATIC, desde o início, tem sido uma iniciativa desafiadora, devido a sua complexidade, abrangência e importância para a organiza-ção do setor. O PLATIC reúne os três principais pólos de TIC do Estado, seis instituições de ensino e pesquisa, 61 pesquisadores (graduados, mestres e doutores) ligados a essas instituições e que desenvolvem seus trabalhos nas doze metas do projeto, além dos dois órgãos financiadores e da instituição gestora. Incluem-se aqui também como participantes as 49 empresas de TIC de Santa Catarina, que beneficiadas diretamente pelos trabalhos desenvolvidos nas equipes das metas, contribuem com a contrapartida financeira.

Inicialmente, o PLATIC sofreu com os atrasos na aprovação do projeto e, posteriormente, com as dificuldades na liberação dos recursos pela fonte financiadora do Estado durante a execução das ações. Isso afetou negativamente a credibilidade das instituições envolvidas na gestão do projeto e das fontes financiadoras perante as empresas.

No entanto, devido ao empenho das lideranças do setor e da gestão do projeto, as dificuldades foram transpostas ao longo do tempo. Foi necessário sensibilizar as instituições governamentais para a importância do projeto, assim como realizar um processo de articulação das empresas para que aderissem às ações coletivas propostas pelo projeto. Outro ponto

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crítico foi o estabelecimento de uma governança local capaz de mobilizar as empresas. Somente a partir dos primeiros resultados, as empresas passaram a acreditar nas instituições envolvidas e recuperou-se a credi-bilidade do projeto cooperativo.

No âmbito do PLATIC foi viabilizada a implantação e/ou ampliação de cinco laboratórios especializados: ampliação do Laboratório de Qualidade de Software – LQS, situado na FURB; implantação do Laboratório de Pes-quisa em Usabilidade - LPU, situado na UNISUL; implantação do Labora-tório de Avaliação de Processo de Software, situado no departamento de informática, no campus da UNIVILLE; ampliação do LQPS – Laboratório de Qualidade e Produtividade de Software da UNIVALI e ampliação do Laboratório de Compatibilidade Eletromagnética, na UFSC.

Outro resultado importante a ser destacado foi a criação do CETIC – Conselho das Entidades de TIC de Santa Catarina, também incentiva-do pelo projeto PLATIC. O CETIC é um fórum agregador das entidades representativas do setor, empenhadas em defender causas comuns e significativas para o desenvolvimento econômico, tecnológico e social do Estado de Santa Catarina. Foi criado para fortalecer, promover e coorde-nar o entendimento das entidades representativas da classe empresarial, fomentando as discussões sobre TIC e assuntos correlatos.

Um ponto fundamental da relevância do projeto foi a concretização do Arranjo Produtivo Local de TIC de Santa Catarina (APL-TIC), que por meio do Comitê Gestor operacionalizado na vigência do PLATIC, vem crescendo e se estruturando para atender mais prontamente às demandas apre-sentadas pelas empresas do setor no Estado. Além disso, os resultados alcançados no âmbito do PLATIC proporcionaram a inclusão do APL-TIC nos editais FINEP/SEBRAE de 2005 e 2006, ampliando a participação das empresas de TIC. Devido à esta inclusão, foram aprovados 5 projetos de Santa Catarina, com a participação de 15 empresas, que captaram mais R$ 2 milhões de reais para o desenvolvimento de novos produtos.

O projeto favoreceu a aproximação das empresas com os centros de pesquisa e sedimentou a criação de núcleos de excelência, que estão aptos a atender as empresas do setor em futuros projetos de pesquisa e na prestação de serviços oriundos das metodologias desenvolvidas no âmbito do PLATIC. Dessa forma, criou-se e ampliou-se a competência das instituições do Estado para prestarem suporte ao processo de de-senvolvimento e aumento da competitividade das empresas. Destaca-se que outros projetos estão sendo elaborados em parceria, como desdobra-

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mento das ações do estabelecimento do Arranjo Produtivo de Tecnologia da Informação e Comunicação de Santa Catarina.

6 Referências

CONCURSO IEL – PARANÁ DE MONOGRAFIAS SOBRE A RELAÇÃO UNIVERSIDADE/EMPRESA, 4.ed., 2005, Curitiba. Arranjos Produtivos Locais no Paraná – APLs/4. Curitiba: IEL, 2006. 349 p.

Consórcio: Instituto Gene-Blumenau (Coordenador), Centro GENESS, SOFTPOLIS; Parceiros: SEBRAE-NA, ASSESPRO-SC, ReCEPET, ACIB, UFSC, FURB, UNIVALI, Complex Informática, Prefeitura Municipal de Florianópolis. SOFTWARE TIPO EXPORTAÇÃO – Proposta para a Softex. Documento interno do IEL/SC. Junho, 2003.

FAJNZYLBER, Pablo; COUTINHO, Luciano G; FERRAZ, João Carlos. Competitividade da indústria de informática (relatório final). São Paulo: [s.n.], 1993, 128p. (Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira; 01).

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Relatório Setorial - Setor de Tecnologia da Informação. Documento interno do IEL/SC, 2002.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Setor Econômico-Estatístico. Santa Catarina em Dados. Florianópolis: FIESC, 1990. V.10. Documento interno do IEL/SC.

NICOLAU, J. A. ; CAMPOS, Renato Ramos ; CÁRIO, S. A. F. ; LINS, H. N. ; BARBOSA, C. R. F. Reestruturação industrial e aglomerações setoriais locais em Santa Catarina. Florianópolis: Sebrae/UFSC/PNUD, 2001 (Texto para discussão).

NICOLAU, J. A. ; CAMPOS, Renato Ramos ; CÁRIO, S. A. F. ; LINS, H. N.; BARBOSA, C. R. F. Alta tecnologia em Santa Catarina: a nascente indústria de software. Florianópolis: Sebrae/UFSC/PNUD, 2001 (Texto para discussão).

NICOLAU, José Antônio e ALMEIDA, Carla C.R. de. Arranjos Produtivos de Informática: Blumenau, Florianópolis e Joinville. In: Paulo F. Vieira. (Org.). A Pequena Produção e o Modelo Catarinense de Desenvolvimento. Brasília: , 1999, v. , p. 173-203.

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Plataforma de tecnologia da Informação e Comunicação – Termo de Referência. Documento interno do IEL/SC. Agosto, 2004.

Prospecção de Demandas para as Cadeias Produtivas de Santa Catarina - Identificação de Gargalos de Competitividade. Coordenação Técnica: Fundação CERTI. Documento interno do IEL/SC, 2001. 214 p

SOARES, Felipe; PETTRES, Bárbara. Evolução Tecnológica. Revista expressão. Ano 11, n. 114, 2001 Pg. 24.