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UNIESP – FACULDADE DE BIRIGUI EDSON ANTONIO DOS SANTOS SILMARA REGINA RIBEIRO DOS SANTOS MEIO AMBIENTE NO SÉCULO XXI

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Page 1: TIID finalizadoC_2_semestre

UNIESP – FACULDADE DE BIRIGUI

EDSON ANTONIO DOS SANTOS

SILMARA REGINA RIBEIRO DOS SANTOS

MEIO AMBIENTE NO SÉCULO XXI

BIRIGUI

2012

Page 2: TIID finalizadoC_2_semestre

EDSON ANTONIO DOS SANTOS

SILMARA REGINA RIBEIRO DOS SANTOS

TRABALHO INTEGRADO INTERDISCIPLINAR DE DIREITO

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Direito da UNIESP – Faculdade de Birigui, sob o tema: Desenvolvimento Sustentável. Coordenação do professor José Roberto Quintana.

BIRIGUI

2012

EDSON ANTONIO DOS SANTOS

SILMARA REGINA RIBEIRO DOS SANTOS

Page 3: TIID finalizadoC_2_semestre

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Aprovado em: ___/___/___

Banca Examinadora:

_______________________________________

_______________________________________

_______________________________________

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Direito da UNIESP – Faculdade de Birigui, sob o tema: Desenvolvimento Sustentável. Coordenação do professor José Roberto Quintana.

Page 4: TIID finalizadoC_2_semestre

Sumário1.Introdução...................................................................................................................

2.Conceito de Desenvolvimento Sustentável.................................................................

3.Instrumentos de Intervenção do Estado para preservação do Meio Ambiente...........

4.Política Ambiental.......................................................................................................

5.As empresas e o desenvolvimento sustentável..........................................................

6.Agenda para uma Economia Política de Sustentabilidade.........................................

Considerações Finais....................................................................................................

Bibliografia...............................................................................................................................................

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1.Introdução

O objetivo do trabalho é tentar mobilizar a sociedade em geral sobre

a importância da criação de um plano de ação local baseada na

Agenda 21 para que possa estabelecer um dialogo permanente e

construtivo sobre as ações humanas que impactam o meio ambiente, desde

o vizinho que coloca fogo nas folhas que acabou de varrer, de forma a

conscientizar sobre a importância social e econômica de atingir a

sustentabilidade. A agenda 21 segue o princípio de “Pensar

globalmente, agir localmente”, na mais apropriado de trabalhar

aspectos de cidadania e colocar em prática os conteúdos estudados nas

bibliografias pesquisadas.

Além disso, fazer com que essas ações sejam compartilhadas e

transmitidas para todos os setores da sociedade espalhando o

conhecimento implícito e transformando-os em conhecimento explícitos e

amplamente divulgados, para que através dessas soluções pela sociedade

possa definir prioridades em suas políticas públicas, sempre tendo em

vista o tripé da sustentabilidade meio ambiente, economia e sociedade.

O Governo é sem dúvida o grande responsável por facilitar a

implantação deste processo, que deve envolver toda a sociedade.

Por isso o objetivo é fazer com que o assunto seja pesquisado mais

afundo pelos universitários e que possa servir de iniciativa para

obtenção de apoio da prefeitura local e câmara de vereadores e outros

órgãos competentes com intuito de iniciar debate, obter apoio dos

meios de comunicação, rádios comunitárias e faculdades para aperfeiçoar

a linguagem de divulgação de forma a formar uma sociedade do

Conhecimento sobre como aliar as questões de produção material sem

gerar danos ao meio ambiente e suas consequências.

Despertar na sociedade a ideia de bem comum ou interesse geral, as

questões relativas ao meio ambiente, Propor formas de prestação de

contas e transparências das Empresas das maneiras como suas atividades

econômicas afetam o meio ambiente e os impactos sobre a sociedade.

Buscar apoio das instituições governamentais em suas três esferas

Page 6: TIID finalizadoC_2_semestre

(municipal, estadual e federal) para refletir sobre os serviços

públicos essenciais, para o crescimento e desenvolvimento sustentável, frete aos

desafios que passam pela pobreza, desigualdade e a exclusão social, pois não é

possível enfrentarem os desafios da sustentabilidade e do desenvolvimento

sustentável , sem políticas públicas que possibilitem a construção de uma relação

democrática entre Estado e Sociedade.

Page 7: TIID finalizadoC_2_semestre

2.Conceito de Desenvolvimento Sustentável

A literatura econômica nestes últimos anos apresenta um enorme número

de definições de crescimento ou desenvolvimento sustentável, porém o que

podemos distinguir é que existem dois tipos de abordagens do conceito de

desenvolvimento sustentável: uma abordagem econômica global e uma abordagem

ambiental ou ecológica.

Desta forma podemos ver a opinião de Romeiro, p.3 “a sustentabilidade é

vista como um problema de distribuição intertemporal de recursos naturais finitos, o

que pressupõe a definição de limites para seu uso (escala)”.

A noção de desenvolvimento sustentável para Tolmasquim p.334

“implica, primeiro, a gestão e manutenção de um estoque de recursos e fatores a

uma produtividade ao menos constante, numa ótica de equidade entre gerações e

entre países”.

De forma que ele trabalha com uma analogia entre duas forma de capital

o artificial aquele conjunto de bens de fatores de produção produzidos pelo homem

e o capital natural, isto é, recursos naturais renováveis e não renováveis exemplo

(água, solo, fauna, flora, recursos do subsolo, etc.).

Além disso, trata-se de um de um processo envolvendo agentes

econômicos cujo comportamento é complexo em suas motivações (as quais incluem

dimensões sociais, culturais, morais e ideológicas), que atuam em riscos e

incertezas, de forma que o tema desenvolvimento sustentável, nos remete

obrigatoriamente às atividades utilizadoras dos recursos naturais. Fundamentais

para o crescimento econômico, que por sua vez podem gerar impactos significativos

ao meio ambiente.

O desenvolvimento sustentável exige a aplicação de gestão específica

sobre a administração desse capital global, o Capital natural sendo indispensável e

insubstituível, a produção de bens artificiais, somente traria um fluxo de renda

constante, se esses bens naturais não fossem finitos.

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Logo a preocupação da sustentabilidade é garantir a condições naturais

mínimas para as gerações futuras, para se dispor de uma vida humana merecedora

de ser vivida, ou seja, o desenvolvimento sustentável deve, portanto, assegurar a

preservação e transmissão às gerações futuras o capital insubstituível o capital

natural.

De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, cabe ao

Poder Público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente

ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações. Onde os Sujeitos

Ativos responsáveis pela defesa do meio ambiente estão bem definidos pela Carta

Magna: O Estado e o cidadão.

De forma geral a Constituição Federal visa ou tem por objetivo o

desenvolvimento sustentável como podemos verificar nos artigos 170, II, II, VI, VII e

225 caput, como formar de buscar o desenvolvimento econômico e preservação dos

recursos naturais.

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3.Instrumentos de Intervenção do Estado para preservação do Meio Ambiente

Desde a revolução industrial podemos perceber a ação do homem no

meio em busca desenfreada por lucros a qualquer preço trouxeram resultados

nefastos ao meio ambiente degradando o meio ambiente em que vivemos.

Dessa forma acreditamos que o Estado deve intervir na Economia com

intuito de buscar um ponto de equilíbrio entre desenvolvimento e preservação do

meio ambiente, onde o Desenvolvimento sustentável deve assegurar a preservação

e transmissão às gerações futuras deste bem valioso.

Não há como negar que às grandes indústrias deveriam levar o título de

Principais agentes causadores de impacto ambiental. Por isso acreditamos que

através de instrumentos legais, possamos minimar os riscos ao meio ambiente

pelos agentes de produção em seu processo produtivo.

Os efeitos do comportamento de pessoas ou empresas no bem-estar de

outras pessoas e empresas são chamados de externalidades, positivas quando o

comportamento de um indivíduo ou empresa beneficia involuntariamente os outros,

e negativa em caso contrário. (Contador, 1981) citado por Tolmasquim apresentam

algumas características das externalidades.

A primeira é que elas resultam da definição imprecisa do direito de

propriedade, e não do comportamento perverso ou bondoso dos indivíduos e

empresas. Uma fábrica polui a atmosfera, provoca distúrbios respiratórios nas

pessoas e prejudica a vida animal e vegetal, porque não existem direitos de

propriedade sobre ar puro. Caso existissem, o seu proprietário poderia reclamar e

exigir indenização da fábrica, que seria forçada a adotar providências antipoluentes

para continuar funcionando.

A segunda característica é o seu caráter incidental, involuntário. A

indústria citada não tem interesse nenhum em poluir o ar: o seu objetivo é produzir,

digamos,cimento. A poluição é apenas uma consequência, um subproduto

desagradável de sua atividade, com efeitos incômodos em outras pessoas e

indústrias.

A fim de remediar estas deficiências do mercado, Pigou em 1920

preconiza a intervenção do Estado sob a forma de taxação das externalidades

Page 10: TIID finalizadoC_2_semestre

negativas. Dessa forma, a analise conduzida por Pigou fez a imposição de uma taxa

refletindo o custo social externo ligado a um poluição , que ficou conhecida como

custo-benefício.

Para o mestre Romeu Faria Thomé da Silva, dentre os instrumentos a serem

utilizados pelo Poder Público para incentivar a internalização dos custos da poluição

(externalidades negativas) aos custos de produção das empresa, podemos apontar

como fundamentais:

a) Fiscalização das Atividades;

b) Multas de valor Elevado;

c) Incentivos Fiscais.

Além dos instrumentos estatais, também os cidadãos devem exercer forte

pressão sobre as empresas ambientalmente irresponsáveis através do consumo

sustentável, viabilizado pela

a) Educação Ambiental;

b) Exigência da observância do princípio consumerista da informação;

Historicamente é a partir da Primeira Guerra Mundial que surge o conceito de

constituição Econômica. A intervenção do Estado na Economia torna-se mais

evidente em 1929 com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, com a crise

capitalista o Estado intervém na Economia e traz a tona a questão de garantir os

direitos sociais. Keynes em sua obra o Estado Organizado enfatiza a intervenção

do Estado na Economia e a criação de uma série de instrumentos jurídicos,

administrativos e econômicos.

Se a revolução Francesa e a independência norte-americana trouxeram os

fundamentos filosóficos da Constituição, as duas grandes guerras e a Crise de

1929 trouxeram o conceito de constituição Econômica, que visa regular as

relações econômicas e criar políticas públicas.

As políticas públicas podem ser implementadas pelo Estado através de

instrumentos diversos e variados. De acordo com a Constituição Federal de 1988

em seu artigo 173, a atuação direta do Estado na Economia deve ocorrer nos

casos de relevante interesse coletivo e de segurança nacional, ou de forma

indireta como podemos observar no artigo 174 da CF/88 agindo como agente

normativo e regulador, exercendo as funções de fiscalização, incentivo e

planejamento.

Page 11: TIID finalizadoC_2_semestre

Tais instrumentos são fundamentais para a implementação de políticas

públicas que visem proteger, fiscalizar, regular o meio ambiente, tendo o Poder

Público condições de Agir preventivamente antes que ocorra um dano efetivo ao

meio ambiente.

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4.Política Ambiental

A política ambiental é o conjunto de metas e instrumentos que visam

reduzir os impactos negativos da ação do homem sobre o meio ambiente. Como

toda política, Possui justificativa para sua existência, fundamentação teórica, metas,

instrumentos e prevê penalidades para aqueles que não cumprem as normas

estabelecidas. Interfere nas atividades dos agentes econômicos e, portanto, a

maneira pela qual é estabelecida influencia as demais políticas públicas., inclusive

as políticas industriais e de comércio exterior , exemplo com a criação de Barreiras

não tarifárias, que visam garantiro meio ambiente através de restrições técnicas,

medidas sanitárias e fitossanitárias e amparadas internacionalmente pela OMC.

(Organização do Comércio Mundial);

Desde as primeiras manifestações de degradação ambiental,

materializadas pelo fenômeno das externalidades negativas que os diversos agentes

econômicos se impõem mutuamente, percebe-se a necessidade da intervenção

estatal no sentido de mediar e resolver conflitos daí resultantes.

Por isso podemos separar a evolução da política ambiental por fases,

mais precisamente três fases que variam de país para país.

Primeira fase, a intervenção era feita via tribunais, onde as vítimas das

externalidades negativas ambientais entram em juízo contra os agentes poluidores

ou devastadores. Assim, por exemplo, uma cidade ribeirinha, situada rio abaixo,

pode ingressar em tribunal contra outra cidade, situada rio acima, e esta última, ao

lançar seu esgoto sem tratamento, está encarecendo a potabilização de água

daquela. Na prática, a disputa nos tribunais ficou cara por conta do longo tempo

para análise dos casos e monetariamente.

A segunda fase, denominada política de comando e controle com duas

características definidas:

1-Imposição de Padrões de emissão incidentes sobre a produção final ou

sobre o nível de utilização de um insumo básico do agente poluidor.

2-Determinação de melhor tecnologia disponível para abatimento da

poluição e cumprimento do padrão de emissão.

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3- Mista: Utiliza-se de diversas alternativas e possibilidades para a

consecução de metas acordadas socialmente, visando o controle da qualidade como

meta de políticas ambientais e adoção de instrumentos econômicos com adoção de

um preço pela utilização dos recursos.

A política ambiental é necessária para induzir ou forçar os agentes

econômicos envolvidos no processo a adotarem posturas e procedimentos menos

agressivos ao meio ambiente, com a redução de emissão de poluentes.

No caso das indústrias, os recursos naturais que podem ser classificados

em três tipos: os renováveis – fauna e flora – os não renováveis – minerais e fósseis

– e os livres – água, ar, luz solar e outros são transformados em matérias-primas e

energia, gerando impactos ambientais iniciais, como desmatamento, emissões de

gases poluentes, erosão de solos, entre outros). As matérias primas são os insumos

de produção, tendo como resultado o produto final e os rejeitos industriais, como

fumaça, resíduos sólidos e efluentes líquidos, Após a utilização do produto final ele

vira lixo.

O desenvolvimento sustentável é definido no estudo da Comissão Mundial

sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, intitulado Nosso Futuro Comum,

centrando-se em três eixos principais: crescimento econômico, equidade social e

equilíbrio ecológico.

Figura 1: Utilização dos recursos naturais na indústria.

Matéria-Prima

Energia

Produção Rejeitos ou resíduos

Produto

FinalLixo

Recursos Naturais Impactos Ambientais

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Fonte: Economia e Meio Ambiente p.167(adaptado pelo autor)

A poluição industrial, está associada ao padrão de especialização da

economia e às escala de produção. Ou seja, umas empresas são mais poluidoras do

que outras, quanto maior a escala de produção maior são as emissões industriais

em termos absolutos, abaixo demonstraremos um quadro com os tipos de poluentes

mais emitidos e os tipos de industrias que os emitem para podermos termos uma

noção melhor , para podemos justificar a sistematização de normas de conduta em

relação ao meio ambiente.

Quadro 1: Industrias com maior potencial de emissão de poluentes

Tipo de Poluente Tipo de Indústria

Poluentes da água Carga orgânica (DBO) Metalurgia de não ferrosos;

papel e gráfica; químicos não

petroquímicos;açucar

Sólidos suspensos Siderurgia

Dióxido de Enxofre (S0²) Metalurgia de não

ferrosos;siderurgia; refino de

petróleo e petroquímica

Dióxido de nitrogênio (NO²) Refino de Petróleo e

petroquímica; siderurgia

Poluentes do Ar Monóxido de Carbono (CO²) Siderurgia; metalurgia de

não ferrosos;químicos

diversos; refino de petróleo e

eletroquímica

Compostos Orgânicos

voláteis

Refino petróleo e

petroquímica; siderurgia;

químicos diversos;

Material particulado inalável Siderurgia; óleos vegetais e

gorduras para alimentação;

minerais não metálicos.

Fonte: Economia e Meio Ambiente p.168(adaptado pelo autor)

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4.1 Instrumentos da Política Ambiental

Os instrumentos de política ambiental têm a função de internalizar o custo

externo ambiental e podem ser divididos em três grupos: instrumentos de comando

e controle ou também conhecido como Regulação Direta, instrumentos econômicos

ou de mercado e instrumento de comunicação. Todos eles possuem vantagens e

desvantagens, por isso uma adoção mista dos instrumentos vem sido adotado por

diversos países.

Instrumentos de comando e controle : O órgão regulador estabelece uma

série de normas, controles, procedimentos, regras e padrões a serem seguidos

pelos agentes poluidores e também multas, cancelamento de licenças caso não

cumpram o estabelecido.

Instrumentos Econômicos: Permitem a geração de receitas fiscais e

tarifárias por meio de cobrança de taxas, tarifas ou emissão de certifcados , promove

incentivo e prêmios ambientais.

São exemplos de instrumentos econômicos: empréstimos subsidiados

para agentes poluidores que melhorem seu desempenho ambiental, taxas sobre

produtos poluentes, depósitos reembolsáveis na devolução de produtos .

Instrumentos de comunicação: São utilizados para conscientizar e

informar os agentes poluidores e as populações atingidas sobre diversos temas

ambientais como os danos ambientais causados, atitudes preventivas, mercado de

produtos ambientais, tecnologias menos agressivas ao meio ambiente, e facilitar a

cooperação entre os agentes poluidores.

4.2 Política Ambiental e Comércio Exterior

Quando um produto ou seu método de produção adquirido no mercado

externo ou através de uma filial no País exemplo alguma multinacional no Brasil, o

país importador pode colocar barreiras ao comércio internacional. Estas barreiras

são chamadas de Barreiras não Tarifárias, pois restringem o comércio internacional

com a finalidade de proteger o meio ambiente.

Vejamos alguns tipos de danos ambientais causados pelo uso de um

produto estrangeiro, ou pelo seu processo de fabricação.

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Poluição Transfronteiriça; ocorre quando determinados PPMS (processos

e métodos de produção) afetam negativamente o ambiente de outros países

vizinhos ou de mesma região geográfica. Ex. chuva ácida ocasionada pela emissão

de dióxido de Enxofre (SO²).

Espécies migratórias e recursos vivos comuns: são animais ameaçados

de extinção quando são praticados PPMS agressivos ao meio ambiente. As

tartarugas marinhas foram ameaçadas de extinção por causa do método de pesca

inadequado de camarões.

Preocupações com o meio ambiente global : surgem quando os PPMS

afetam recursos comuns a todos os países. Por exemplo, os impactos negativos

causados pela emissão de gases tipo clorofluorcarboneto (CFC) que agridem a

camada de ozônio, as mudanças climáticas causadas pela derrubada de florestas

tropicais nativas, resultado da extração irracional de madeiras e sem reposição de

biomassa entre outros.

Preocupações com o meio ambiente local:ocorrem quando os PPMS

levam a danos ambientais no pais , exemplo poluição de água, ar ou terra.

“ Um exemplo de restrição comercial baseada em regulamentação

ambiental foi o caso da gasolina brasileira e venezuelana exportadas para os EUA.

Em 1995, o programa Clean air Act, Ação por um ar mais limpo, a agência ambienta

norte-americana (EPA) estabeleceu barreiras internacionais aos produtos

importados onde criaram um índice baseado no consumo da gasolina do ano de

1990 onde somente a gasolina importada só poderia ser vendida nos locais mais

poluídos conforme especificações que ficou conhecida como (reformulated gasoline)

e as áreas menos poluídas (conventional gasoline), que favorecia as refinarias

americanas em oposição a gasolina importada, o Brasil e Venezuela recorreram a

OMC e os EUA perderam em todas as instâncias e foram forçados a voltar atrás e

retirar as restrições às gasolinas estrangeiras”

. Esse é só um exemplo de como as barreiras não tarifárias funcionam no

mercado Internacional.

4.3 O ambiente Institucional da política ambiental do Brasil

No Brasil o meio ambiente é regulamentado em três esferas do poder –

federal estadual e municipal.

Âmbito Federal: Ministério do Meio Ambiente (MMA) é responsável pelo

planejamento da política nacional de meio ambiente. Tanto o IBAMA quanto o

Page 17: TIID finalizadoC_2_semestre

CONAMA estão vinculados ao MMA, sendo o ministro também presidente do

CONAMA.

Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) – é o órgão consultivo e

deliberativo do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA).

O CONOMA é um órgão colegiado cujos membros são representantes do

Governo e da sociedade civil que têm envolvimento com as questões ambientais e

que têm a finalidade de assessorar, estudar e propor as diretrizes de políticas

governamentais para o meio Ambiente e os recursos naturais.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA) – foi criado em 1989 e assumiu o direitos, créditos, obrigações e receitas

dos órgãos reguladores extintos pelas Leis no. 7.732 e 7.735.

Cabe ao IBAMA a responsabilidade pelo controle e fiscalização de atividades e

relatórios de impactos ambientais (RIMA) constitui-se a base de avaliação para o

licenciamento das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, sendo este o

principal instrumento disponível para a Gestão ambiental.

Nos âmbitos estadual e municipal, o controle e a fiscalização de atividades

que têm impactos negativos sobre o meio Ambiente em São Paulo temem a

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) e a nível municipal,

temos o Departamento de Águas e Energia elétrica (DAEE)

.

A seguir colocamos em forma de um roteiro as principais Legislações

ambientais brasileiras

Legislação sobre licenciamento ambiental:

- Resolução CONAMA no. 237/1997 – Dispões sobre revisão do sistema

de Licenciamento Ambiental.

Licenciamento:

LP – Licença Prévia: Concedida na fase preliminar do planejamento do

empreendimento ou atividade, aprovando a localização, a concepção e viabilidade

ambiental. Estabelece os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas

próximas fases.

LI – Licença de Instalação: Autoriza a instalação do empreendimento ou

atividade, de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e

projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais

condicionantes.

Page 18: TIID finalizadoC_2_semestre

LO – Licença de Operação: Autoriza a operação da atividade ou

empreendimento após a verificação do cumprimento do que consta nas licenças

anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados

para a operação.

Portaria IBAMA nr.113/1997 – Dispõe sobre o funcionamento do Cadastro

Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras.

São obrigadas ao registro: Pessoas Físicas ou jurídicas que se dedicam a

atividades potencialmente poluidoras ou a extração, produção, transporte e

comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim

como de minerais, produtos e subprodutos da fauna, flora e pesca.

Legislação sobre poluição e uso das águas:

Lei nr. 9433/1997 – Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria

o sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

4.4 Legislação sobre poluição do solo e resíduos sólidos:

A atual legislação confere à fonte geradora de resíduos a

responsabilidade pela coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação

final dos mesmos, independentemente da contratação de serviços de terceiros para

execução de qualquer uma das etapas. Somente os casos em que o resíduo possa

ser empregado como matéria-prima em outro processo industrial é que cessará a

responsabilidade do gerador.

Normas mais importantes em relação resíduos sólidos, líquidos e

emissões:

-Resolução CONAMA nr.258/1999 – Legislação sobre pneumáticos.

-Resolução CONAMA Nr.257/1999 –e Nr.263/1999 – Legislação sobre

pilhas e baterias.

- Resolução Interministerial Nr. 19/1981 e Instrução Normativa SEMA

01/1983 – Legislação sobre ascarel.

-Resolução CONAMA nr.09/1993 – Legislação sobre óleo solúvel e

lubrificante.

- Resolução CONAMA nr.267/2 Legislação sobre o uso de CFCs.

Mesmo com todas essas legislações existentes ainda faltam bastantes

instrumentos em frente aos grandes problemas ambientais devido a falta de

investimento e infraestrutura e serviços urbanos que são de competências

Page 19: TIID finalizadoC_2_semestre

administrativas como saneamento, transporte público, coleta de lixo, habitação

popular, persistência de grandes bolsões de pobreza, favelas e padrões de consumo

que resultam em agravamento das condições ambientais, crescimento da frota de

automóveis particulares em outros problemas.

5.As empresas e o desenvolvimento sustentávelAo longo do processo de constituição do capitalismo ocorreu uma

aparente emancipação da esfera econômica em relação à sociedade, acompanhada

de ascensão social, discussões bastante interessantes sobre as limitações da

economia tradicional, os custos incorridos pelas sociedades ao utilizar modelos

insuficientes e premissas irrealistas e as possíveis saídas para “consertar o estrago”

ocasionado por uma teoria econômica que sempre enxergou a natureza como

infinita tanto para os inputs (extração de recursos) como para os outputs (rejeitos de

materiais e poluição).

Nesse contexto, nada mais salutar do que relembrarmos a etimologia das

palavras economia e ecologia. A primeira significa algo como “administrar ou

gerenciar a casa” enquanto a segunda significa “conhecer a casa, estudar a casa”.

Como seria possível administrar algo sem o conhecer antes? Mas a economia

tradicional cometeu esse equívoco que a economia ecológica pretende corrigir.

Diversos autores do livro buscam mostrar essa relação quando reconhecem que só

após um estudo ecológico detalhado do meio em questão seria possível definir o

nível de produção e consumo máximos bem como tentar valorar parte dos serviços

ecossistêmicos “prestados” às sociedades humanas.

Apesar de comportar várias definições, o conceito mundialmente

consagrado de desenvolvimento sustentável foi proferido, em 1987, pela então

primeira ministra da Noruega e secretária geral das Nações Unidas, Gro Harlem

Brundtland, por ocasião da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

desenvolvimento. As concepções básicas sobre Meio Ambiente foram reunidas,

pelas primeira vez na Conferência de Estocolmo, de 1972. Entretanto, o marco

histórico do envolvimento do empresariado foi a Conferencia das Nações Unidas

para o Meio Ambiente (Eco-92) no Rio de Janeiro.

Page 20: TIID finalizadoC_2_semestre

Esta conferência representou a culminância de um processo de

discussão, registrando incontáveis manifestações a favor da sustentabilidade

ambiental, a partir daí lutar contra um modelo de desenvolvimento que cresceu em

choque com a dinâmica da natureza.

A convenção do desenvolvimento sustentável, assim como outras

convenções, nasceu a partir de uma crença difundida na sociedade de que a

sustentabilidade ambiental é um imperativo para a sobrevivência do atual padrão de

desenvolvimento econômico.

A distinção entre desenvolvimento e crescimento é bem conhecida.

Todavia, existe uma tendência, quando falamos sobre progresso, a igualar

crescimento e desenvolvimento. Isso é o que quer dizer quando propostas de

desenvolvimento são discutidas no países menos desenvolvidos .

Podem as corporações administrar o mundo? com este título prova cativo,

David Korten escreveu um dos mais contundentes manifestos contra o crescente

poder da multinacionais , onde questiona: “Podem as grandes corporações liderar a

mudança no padrão de desenvolvimento econômico hegemônico em direção ao

desenvolvimento sustentável? Podem intervir no rumo das políticas de

sustentabilidade ambiental em escala nacional e internacional ?”

Podemos ver também essa preocupação com Pablo Sólon que diz “Creio

que o desafio sinalizado pela cúpula é sermos capazes de desenvolver uma

campanha que ataque a coluna vertebral da economia verde, que é o capital

financeiro internacional especulativo”.

Sólon é radical e vai mais além, ele defende que a solução passa por pelo

menos dois níveis de governança, no Internacional, ele sugere o estabelecimento

pela ONU uma regulação mais rigorosa do capital especulativo chamado como

Movimento de capitais autônomos de Curto Prazo e o fim dos Paraísos fiscais,

Países que não tributam a Renda, que mantém sigilo bancário e que não fazem

controle das entradas e saídas de divisas.

Porém os próprios empresários de multinacionais denominados stakeholders

tem sido vítimas reais e potenciais dos impactos ambientais, com o surgimento das

ONGs, Organizações não governamentais, fenômeno social contemporâneo que

Page 21: TIID finalizadoC_2_semestre

cresceu na onda do movimento ambientalista, isso deve-se ao fato da sociedade ter

se manifestado contrario a ação de multinacionais em áreas ambientais sensíveis.

Sabedoras da ineficiência administrativa ambiental no Brasil, sobretudo no

tocante à fiscalização das atividades potencialmente poluidoras, muitas empresas

continuam produzindo seus bens utilizando-se de processos ambientalmente

inadequados.

Não sendo coagidas pelo Poder Público a substituírem seus métodos

produtivos poluentes por métodos mais limpos, acabam por beneficiarem-se

economicamente. Ao continuarem exercendo suas atividades com métodos

tecnológicos ultrapassados, estas empresas têm menor custo de produção em

comparação àquelas que investiram em técnicas mais avançadas e menos

poluentes. Com um menor custo de produção, as empresas poluentes oferecem ao

consumidor produtos mais baratos, expandindo seus negócios, em detrimento

daquelas cuja produção industrial tornou-se ambientalmente correta de forma que as

empresas repassam o custo também chamado de passivo ambiental para o

consumidor final

“Resta clara a importância da efetiva utilização do Poder de Polícia nas questões ambientais. A fiscalização das atividades poluidoras é essencial para a implementação do princípio do desenvolvimento sustentável. Trata-se de intervenção indireta do Estado no domínio econômico visando à implementação do desenvolvimento sócio-econômico em harmonia com a preservação ambiental”. SILVA, p.5

De forma que concordamos com o Princípio nr. 2 do Greenpeace, 2003 que

atribui o principio da responsabilidade corporativa. As corporações devem ser

responsabilizadas independente de culpa por todo e qualquer dano advindo de

quaisquer de suas atividades que causem dano ao meio ambiente, a propriedades

ou pessoas, incluindo remediação do local atingindo. As matrizes, bem como as

subsidiárias e empresas locais afiliadas, devem ser responsáveis pela compensação

e pela restituição. A responsabilidade das corporações por seus produtos deve se

estender por todo o ciclo de vida do produto, termo que demonstra os estágios de

vida do produto Introdução, Crescimento, Maturidade e Declinío, desde a produção

Page 22: TIID finalizadoC_2_semestre

até a disposição final. Os Estados devem responsabilizar diretores e representantes

das corporações enquanto pessoa física pelas ações ou omissões das empresas

que representam, incluindo as ocorridas nas subsidiárias.

Por fim a regra é uma só todos querem agradar seus patrões com números.

No caso de empresas produtivas significa lucros e taxa financeiras de retorno, para

executivos do governo emprego e crescimento do PIB, ou seja formas de medir e

quantificar a riqueza alcançada maximizando seus lucros ao menor custo, não se

importando se irão explorar à até a exaustão dos recursos ou pela incapacidade de

absorção dos resíduos no meio ambiente.

Page 23: TIID finalizadoC_2_semestre

6.Agenda para uma Economia Política de Sustentabilidade

A agenda 21 – o acordo básico elaborado durante as deliberações da ECO-

92 (CNUMAD) no Rio de Janeiro em junho de 1992 – está permeada de referências

quanto a necessidade da internalização dos custos ambientais nos preços dos

commodities, da terra e dos recursos da propriedade comum.

Como temos visto no presente trabalho diversos fatores negativos decorrem

dos efeitos perversos do desenvolvimento econômico frequentemente de difícil

identificação devido à multiplicidade de fontes, trajetórias obscuras e interações

ambíguas. Os custos de transação entre a fonte e o receptor tornaram inatingíveis

as soluções de mercado, as quais em teoria poderiam reverter as externalidades ,

por isso o aparato jurídico faz-se necessário em prol daquele vitimados por alguma

externalidade.

Temos visto que nos países em desenvolvimento, o exercício dos direitos

soberanos de explorar e degradar os recursos naturais é concebido como essencial

para que seus povos alcancem qualidade de vida desfrutada pelas nações

industrializadas. Qualquer movimento no sentido de ir contrário a esse pensamento

é interpretar a perpetuação da pobreza ou ciclo de Ferro da pobreza, de Celso

Furtado.

O desenvolvimento sustentável que asseguraria às gerações futuras pelo

menos as mesmas oportunidades da atual quanto ao progresso econômico sem

prejudicar a qualidade do ambiente físico, não no sentido de uma negociação

ganha-perde, mas sim no sentido de cooperação para o Desenvolvimento das

nações mais pobres.

Portanto esse trabalho visa levantar alguns pontos de reflexão para de forma

integrar as questões econômicas, políticas e sócio-ambientais, no que se refere a

realidade dos países mas pobres e em desenvolvimento.

Nesse sentido buscamos compreender e tentar gerar nova postura aos

agentes sociais envolvidos em conflitos gerados por esses problemas. Como não

poderia deixar de ser extremamente importante a consideração as diferenças

étnicas e culturais das diferentes formações sócias existentes atualmente.

Não conseguiremos abordar todos os fatores históricos e culturais que

levaram essa sociedade a chegar no estágio atual pois demandaria muito tempo e

pesquisa de campo mais aprofundada, no sentido Local de Birigui especificamente o

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que podemos propor de alguma forma algo que possa promover reflexão no que

tange ao combate da desigualdade econômica, através de um plano de ação.

6.1 O que é a Agenda 21

Agenda 21 é um plano de ação formulado internacionalmente para ser

adotado em escala global, nacional e localmente por organizações do sistema das

Nações Unidas, pelos governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a

ação humana impacta o meio ambiente. Reflete um consenso mundial e

compromisso político, que estabelece um diálogo permanente e construtivo

inspirado na necessidade de atingir uma economia em nível mundial mais eficiente e

equitativa.

Constitui a mais abrangente tentativa já realizada de orientação para um novo

padrão de desenvolvimento no século 21 , cujo alicerce é a sinergia da

sustentabilidade ambiental, social e econômica, perpassando em todas as suas

ações propostas. A agenda 21 segue o princípio de “Pensar globalmente, agir

localmente”.

Objetivo:

A agenda enumera os objetivos a serem atingidos pelas sociedades para

atingir a sustentabilidade. É um processo público e participativo que propõe o

planejamento e a implementação de políticas para o desenvolvimento sustentável

por meio de mobilização de cidadãos

1). Passo : Mobilizar para sensibilizar governo e sociedade;

- Sociedade sustentável

- justiça ambienta

- cidadania ativa

- democracia participativa;

2) Criar fórum da Agenda 21 Local

Sem imposição de solução

3) Elaborar o diagnóstico participativo

Estratégias de ação rumo a sustentabilidade

4) Elaborar o Plano Local de Desenvolvimento sustentável;

Visão, metas, objetivos, estratégias, indicadores

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5) Implementar o plano local de desenvolvimento sustentável

Lei orgânica, Plano Plurianual, Lei da diretrizes orçamentárias LDO– Lei do Orçamento anual LOA;

6) Monitorar e avaliar o plano Local de desenvolvimento sustentável;

6.2 Economia Solidária como ferramenta para iniciação de um plano de Ação.

A sugestão de proposta seria a construção de uma política pública de

Economia Solidária e sobre sua importância, com apoio de Entidades

Governamentais e não governamentais Locais a construção de espaços de

mobilização articulação fóruns e redes, conferências sobre Economia Solidária.

A economia solidária avançou, recentemente, na sua articulação politica,

econômica, social e humana, e vem constituindo uma nova mentalidade avançando

em sua organização com a constituição de fóruns municipais, regionais e estaduais.

6.3 Necessidades De uma Política Pública de Economia solidária

Um dos principais desafios que a Economia solidária enfrenta no Brasil é

tornar as políticas atuais, em políticas permanentes, de Estado , respeitando o Pacto

Federativo, com definição e divulgação dos recursos orçamentários e seus critérios

de partilha com a criação de um Fundo de Desenvolvimento da Economia Solidária

– FDES, isso somente será possível com apoio popular.

O estabelecimento de políticas públicas de fomento à Economia solidária

torna-se parte da construção de um Estado Democrático, pois reconhece a

existência de sujeitos sociais em sua maior parte excluidos, de novos direitos de

cidadania e de novas formas de produção, reprodução e distribuição social.

“A política de Economia Solidária deve ser uma politica de

desenvolvimento sustentável, com participação democrática

comunitária e popular; portanto, não relegada às políticas de

corte assistencial ou compensatório, e sim, integrada a estas,

como alavanca emancipatória, também, para os atuais

beneficiários daquela política( Anais da I CONAES, 49)”

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Para viabilizar as prioridades acima é fundamental o apoio do Estado,

para garantir a articulação e integração com outras políticas setoriais, tais como:

políticas públicas de trabalho e emprego, transferência de renda, de reforma agrária,

de agricultura familiar rural e urbana, de saúde, de educação, de comunicação, de

cultura, de igualdade racial, de reconhecimento e garantia de direito dos povos

indígenas, de meio ambiente, de pesca e aquicultura, de meio ambiente, de

mineração, de ciência e tecnologia, e tributária de forma a agir em todas essas áreas

e outras visando o desenvolvimento sustentável.

De forma que Estado e sociedade junte forças para desenvolvimento,

aperfeiçoamento, fiscalização e avaliação dos planos de ação propostos,

constituindo um processo pedagógico;

As conferências públicas de Economia Solidária representam um

importante espaço de formação e difusão, e servir de base para definição de uma

diretriz que norteará as politicas públicas dessa área.

No Caso podemos destacar uma iniciativa do Governo Federal em

parceria com Estadual e Municipal, no Projeto Mulheres Mil que ocorre na Cidade de

Birigui no IFSP – Instituto Federal de Ciência e Tecnologia , para resgatar e

capacitar as mulheres do Bairro Porta da Perola I e II, com capacitação profissional,

curso de empreendedorismo, curso de manicure e cabeleireiro motivando e

despertando o Espirito empreendedor e fazendo o que J.Schumpeter chama de

desconstrução Criativa.

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Considerações Finais

A necessidade de preservação não só da natureza, mas do meio ambiente

como um todo, para futuras gerações, e a crescente preocupação com o ambiente à

sua volta, vem tomando forma , e vemos no Direito Ambiental uma luz no fim do

túnel a fim de regular e controlar as ações dos agentes empresas e pessoas

consumidoras vista a escassez dos recursos e a satisfação das necessidades

humanas.

Necessário é que se ultrapasse a utilização dos princípios do direito

ambiental, criando-se uma cadeia de valores destinados a proteção dos recursos

ambientais, sob pena de esgotamento dos mesmos no futuro.

Não resta dúvida da ocorrência do dano ambiental causado pelo

desenvolvimento industrialista desenfreado, a necessidade de se tutelar a proteção

do meio ambiente, na busca de uma proteção ambiental e o desenvolvimento

sustentável com uma sustentabilidade ambiental, certamente, trará medidas eficazes

para uma aplicação racional dos recursos naturais em busca de uma qualidade de

vida essencialmente humana.

Esse trabalho visa introduzir os alunos participantes nos termos das

discussões sobre a conciliação do desenvolvimento econômico com a proteção ao

meio ambiente, assim como propiciar a percepção das dificuldades de

implementação de certas políticas ambientais criadas por lei.

Não temos a pretensão de acreditar que somente esse trabalho é

suficiente, o que buscamos é fazer com que ele torne referencia para o objetivo

maior que é a discussão permanente de um tema que interessa a todos nós no

presente, quanto aos nossos descendentes. Se queremos que as futuras gerações

possam contar a nossa história precisamos fazer a hoje, para que eles possam

contar nossa história amanhã e fiquemos conhecidos como homens que lutaram

pela preservação da vida Futura.

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Bibliografia

ANON, M. G. (2004). A Axenda 21 Local. Proceso e Evaluación [Versão electrónica]. Revista Galega de Economia, 13 (1-2), 407-428.

BOFF, Leonard, Historia da sustentabilidade. Disponível em www.silcon.com.br

CAVALCANTI, Clóvis (org.). Desenvolvimento e Natureza: Estudos para um sociedade sustentável – 5º ed. - São Paulo: Cortez

FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin de. CURSO DE DIREITO AMBIENTAL. 4.Ed. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2011.

GOLDEMBERG, José; BARBOSA, L.M.A legislação ambiental do Brasil e em São Paulo. Revista ECO 21, a.XIV, n.96, Nov.2004.

MAY, Peter H.(org.). ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE: Teoria e Prática – Rio de Janeiro,RJ: Elsevier, 2010.

Retirado do site do Ministerio do Meio Ambiente www.mma.gov.br/agenda21

SMITH, Adam. Riquezas das nações.; Recife, PE: Fundação Joaquim Nabuco, 2009.