tipos psicologicos e iridologia

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Faculdade de Cincias da Sade de So Paulo Centro de Ensino Superior de Homeopatia IBEHE S/C LTDA

Jos Antnio de Faria da Silva

ANLISE DO IMPACTO DOS TIPOS PSICOLGICOS INTROVERTIDO E EXTROVERTIDO NOS RESULTADOS DOS CONCESSIONRIOS SAVAR E SAVARAUTO

Monografia apresentada como parte das exigncias para obteno do ttulo de especialista em Iridologia-Irisdiagnose

Porto Alegre 2005

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DEDICATRIA

Aos meus queridos pais Romeu e Marta, pela dedicao e empenho ao me proporcionar uma boa educao. minha querida e amada esposa Andra e, aos meus filhos Samuel e Samara, que nos momentos de minha ausncia devido ao empenho nos estudos, foram colaboradores e pacientes. Ao meu bondoso e amado Deus Jeov, que sempre tem me suprido de energia e coragem para enfrentar os desafios dos caminhos da vida.

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AGRADECIMENTOS

Ao professor e amigo Celso Batello, pela dedicao e carinho demonstrados na divulgao do saber, tornando as aulas de importncia significativa e fazendo com que realmente valesse estar presente. A minha amiga Fernanda Simonaio, pela colaborao nos trabalhos aqui realizados.

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RESUMO A Iridologia tem contribudo significativamente para o conhecimento do indivduo. Iridologia o estudo da ris, que abrange desde a anatomia, fisiologia, histologia, farmacologia, patologia at a possibilidade de se conhecer a constituio geral e parcial do indivduo, j que ambas esto representadas na ris. A ris revela a essncia do indivduo, todas as suas qualidades e potencialidades. Como cincia, permite entender os aspectos fsicos emocionais e mentais do indivduo. Esse trabalho utilizou-se do Mtodo Rayid (iridologia comportamental), para examinar um dos aspectos especficos da personalidade: a introverso e a extroverso, bem como, anlise do impacto dos tipos psicolgicos introvertido e extrovertido, nos resultados das vendas dos diversos segmentos, dos concessionrios de veculos Savar e Savarauto. Num segundo momento, identificou-se a correlao entre os mtodos Rayid e Quati (Questionrio de Avaliao tipolgica). O resultado desta anlise atravs do mtodo Rayid, tem como objetivo, corroborar com as demais tcnicas de seleo, oferecendo um suporte e direo, fornecendo assim, mais uma ferramenta para os profissionais envolvidos no processo seleo de pessoas. Palavras-chave: Iridologia. Tipologia. Extroverso. Introverso. ABSTRACT The iridology has contributed a lot for human knowledge. Iridology is the study of the iris, and it comprehends anatomy, physiology histology, pharmacology and pathology, even the possibility to know human general and partial constitution, since both of them are represented in Iris. Iris reveals the individual essence and all of its quality and potential. As a Science, allows us to understand human physical, emotional and mental aspects. This study was based on Rayid methods (Behavioral Iridology), to examine one specific personality aspect:: Introversion and Extroversion, and analyze the impact of introverted and extroverted psychological types in sales results from several segments of Savar and Savarauto dealers. After this study, It has been identified a correlation between Rayid and Quati (Avaliation questionnaire of human types) methods. The results of this analysis through Rayid method has as primary objective, the intention to prove that these techniques can work together with other tools used by professionals for the hiring process and selection of workers. Keys words: Iridology. Typology. Extroversion. Introversion.

5 SUMRIO

1 INTRODUO..................................................................................................... 19 2 CARACTERIZAO DA EMPRESA E DO AMBIENTE ..................................... 19 2.1 Savar S/A Veculos.......................................................................................... 20 2.1.1 Misso ........................................................................................................... 20 2.1.2 Poltica e Valores ........................................................................................... 20 2.1.3 Principais Clientes.......................................................................................... 21 2.1.4 Principais Produtos e Servios ...................................................................... 21 2.1.5 Outros Negcios ........................................................................................... 21 2.2 Savarauto ........................................................................................................ 22 2.2.1 Misso............................................................................................................ 22 2.2.2 Poltica e Valores ........................................................................................... 24 2.2.3 Principais Clientes.......................................................................................... 24 2.3 Situao Problemtica.................................................................................... 25 2.4 Justificativa e definio da amostragem ...................................................... 26 3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 26 3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 26 3.2 Objetivos Especficos .................................................................................... 27 4 REVISO DE LITERATURA ............................................................................... 27 4.1 Histria da Iridologia ...................................................................................... 28 4.1.2 A Iridologia na Amrica Latina ....................................................................... 28 4.2 A Iridologia no Brasil ..................................................................................... 29 4.3 Esquema de uma ris ...................................................................................... 30 4.4 Como escolher uma tcnica de seleo ....................................................... 31 4.5 Por que especificamente os vendedores? ................................................... 31 4.6 Histrico da Tipologia .................................................................................... 32 4.6.1 Base da Tipologia Jungiana........................................................................... 33 4.6.2 Tipos Psicolgicos ......................................................................................... 33 4.7 O inconsciente ................................................................................................ 34 4.8 Introverso e Extroverso.............................................................................. 34 4.9 A Extroverso ................................................................................................. 35

6 4.9.1 A extroverso ultrapassando os limites....................................................... 33 4.9.2 O perfil de um extrovertido............................................................................. 34 4.10 A Introverso................................................................................................. 34 4.10.1 O perfil de um introvertido............................................................................ 35 4.10.2 O introvertido e o extrovertido se complementam........................................ 33 5 MTODO ............................................................................................................. 34 5.1 Mtodo Rayid .................................................................................................. 33 5.2 Identificao da extroverso na ris .............................................................. 34 5.2.1 Identificao da extroverso pela pupila ........................................................ 34 5.3 Identificao da introverso na ris ............................................................... 35 5.3.1 Identificao da Introverso pela pupila......................................................... 34 5.4 Uso do mtodo de Avaliao Tipolgica QUATI .......................................... 33 5.4.1 Mtodo QUATI ............................................................................................... 34 5.4.2 Teste QUATI Questionrio de Avaliao Tipolgica ................................... 34 5.5 O foco de ateno - Atitude ........................................................................... 34 5.5.1 Introverso (I)................................................................................................. 33 5.5.2 Extroverso (E) .............................................................................................. 34 5.6 Teste QUATI e sua aplicao ........................................................................... 33 6 DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDOS - RESULTADOS .................................. 34 6.1 Coleta de Dados e Anlise pelo Mtodo Rayid ............................................ 33 6.2 Aplicao do Questionrio de avaliao Tipolgica (QUATI) ..................... 34 6.3 Entrevista com os Vendedores...................................................................... 34 6.4 Anlise dos Resultados..................................................................................... 35 6.4.1 Empresa Savar Vendedores de Tele-peas (televendas)........................... 34 6.4.2 Empresa Savar Vendedores de Caminho................................................. 33 6.4.3 Empresa Savar Vendedores de Peas (Balco)......................................... 34 6.4.4 Empresa Savar Vendedores de Pneus ....................................................... 34 6.4.5 Empresa Savar Vendedores de Recapagem.............................................. 35 6.4.6 Empresa Savarauto Vendedores de Veculos Importados.......................... 33 7 CONCLUSO ...................................................................................................... 34 8 REFERNCIAS ................................................................................................... 34 9 ANEXOS.............................................................................................................. 34

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LISTAS DE FIGURAS E QUADROS

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1 INTRODUO

No decorrer dos anais histricos da humanidade sempre houve uma grande preocupao e at mesmo uma certa expectativa para se encontrar pessoa certa, que pudesse realizar uma determinada tarefa, seja ela a mais simples possvel at mesmo as grandes e complexas atribuies. A guisa de exemplo, rememora-se o caso do Rei Nabucodonossor, que aps a invaso de Jerusalm em 618 AC, ordenou a seu principal oficial que selecionasse entre os nobre mancebos capturados em Jerusalm homens que no houvesse defeitos, e passou a descrever algumas caractersticas ou perfil desejado conforme lemos no relato Bblico do Livro de Daniel mencionado nas Escrituras Sagradas, o relato na sua ntegra podemos verificar abaixo: Conforme o livro Preste Ateno profecia de Daniel (1999, p. 32), em 618 AEC, ou durante o terceiro ano do reinado de Jeoiaquim como vassalo de Babilnia, que o Rei Nabucodonosor foi a Jerusalm pela segunda vez, na tentativa de siti-la, o que de fato ocorreu conforme relata, (Daniel 1:2). Nesta ocasio, alm dos tesouros de Jerusalm este Rei , fez algo que lembra da importncia do processo de seleo e, podemos assim dizer tambm, da escolha certa da pessoa para seus projetos e futuros anseios. Segundo o livro Preste Ateno a profecia de Daniel (1999, p. 32),

9 complementando o relato prossegue: O rei disse ento a Aspenaz, seu principal oficial da corte, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da descendncia real, e dos nobres, mancebos em que no houvesse nenhum defeito, mas que fossem de boa aparncia, e que tivessem perspiccia em toda a sabedoria, e que estivessem familiarizados com o conhecimento, e que tivessem discernimento daquilo que se sabe, em que houvesse tambm a capacidade de estar de p no palcio do rei (Daniel 1:3, 4). Quem foram os escolhidos? Somos informados: Aconteceu que havia entre eles alguns dos filhos de Jud: Daniel, Hananias, Misael e Azarias (Daniel 1:6). citado no livro Preste Ateno a profecia de Daniel (1999, p. 33), que para certificar-se de que os adolescentes hebreus seriam amoldados ao sistema babilnico, Nabucodonosor decretou que seus funcionrios lhes ensinassem a escrita e a lngua dos caldeus. (Daniel 1:4) No se tratava duma educao comum. The International Standard Bible Encyclopedia (Enciclopdia Bblica Padro Internacional) explica que abrangia o estudo do sumeriano, acadiano, aramaico... e de outros idiomas, bem como, a vasta literatura escrita neles. A vasta literatura consistia em histria, matemtica, astronomia, e assim por diante. Com o decorrer do tempo, tornou-se ainda maior necessidade de pessoas qualificadas.Como marco podemos mencionar, que a revoluo Industrial acelerou esta grande ansiedade da classe empresarial e dos profissionais da rea de Recursos Humanos, para encontrar ou podemos dizer selecionar o profissional que atender ao perfil para determinada funo .

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2 CARACTERIZAO DA EMPRESA E DO AMBIENTE

O grupo Savar formado pelas seguintes empresas: Savar (Concessionrio de veculos pesados Mercedes-Benz em Porto Alegre R.S.); Savarauto (Revendedora de automveis Mercedes-Benz em Porto Alegre R.S.); Savarauto (Revendedora de automveis Mercedes-Benz em Caxias do Sul R.S.); Savarauto (Revendedora de automveis Mercedes-Benz em Novo Hamburgo R.S.); Savarsul (Concessionrio de veculos pesados em Pelotas R.S.); Lagoa Sul (Revendedora de automveis Toyota em Pelotas R.S.); DVA Veculos (Concessionrio de veculos pesados Mercedes-Benz em Florianpolis S.C.); DVA Automveis (Revendedora de automveis Mercedes-Benz em Florianpolis S.C.); Savar Sud (Revendedora de Automveis Peugeot em Pelotas R.S.).

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2.1 Savar S/A Veculos

A Savar S/A Veculos foi criada em 06 de agosto de 1968, com o nome de Sociedade de Veculos Automotores Rio-Grandense Ltda, tornando-se a sexta revenda de Mercedes-Benz do rio Grande do Sul. Os principais acionistas so os mesmos at hoje: Toniolo Busnello S/A, Bortoncello Inorporaes Ltda e P. Garcia Participaes Ltda. O primeiro prdio da empresa, de cerca de 1000 m2, localizado na mesma rea em que ela funciona atualmente, foi adquirido da Auto Viao Cometa. Nos anos 1972 e 1973 deu-se a ampliao, com a construo do novo prdio, seguindo-se a compra de reas adjacentes. Hoje, A Savar possui um terreno de 12.000 m2 e uma rea construda de 13.000 m2, onde atuam 250 funcionrios.

2.1.1 Misso

Priorizar a busca da satisfao total dos clientes atravs da prestao de servios e produtos.

2.1.2 Poltica e Valores

Investir no crescimento profissional de seus funcionrios, buscando seu contnuo aperfeioamento;

12 Trabalhar em parceria com seus fornecedores num processo de comprometimento gerando qualidade, bom atendimento, segurana e satisfao do cliente; Contribuir para o crescimento da comunidade, buscando qualificar seus investimentos, garantindo assim a satisfao dos acionistas.

2.1.3 Principais Clientes

A clientela da Savar constituda principalmente por rgos Pblicos, Frotistas de nibus Urbanos, Frotistas de nibus Rodovirio, Transportadores de Carga, e Autnomos (Motoristas/Caminhoneiros).

2.1.4 Principais Produtos e Servios

- Veculos Novos (Pesados) Mercedes-Benz - Veculos Usados - Peas de Reposio - Assistncia Tcnica

2.1.5 Outros Negcios

- Venda de pneus novos - Venda de recapagem de pneus usados

13 2.2 Savarauto Comrcio Importao e Exportao de Veculos Ltda

A Savarauto Porto Alegre uma revendedora de automveis MercedesBenz, e atua desde 1992 em Porto Alegre, tornando-se a nica revenda de importados Mercedes-Benz do Estado, estando tambm entre as primeiras em vendas de Classe A no Brasil. Localizada em Porto Alegre, trabalha como revenda e assistncia tcnica de automveis Mercedes-Benz. responsvel por cerca de 36% do volume de carros de luxo comercializados no Rio Grande do Sul. Possui servio de socorro e oficina mecnica, sendo que todos profissionais atuantes na rea de oficina e os vendedores de veculos so treinados na fbrica em So Bernardo do Campo, So Paulo e so efetuadas reciclagens a cada seis meses.

2.2.1 Misso

A empresa Savarauto tem como misso e objetivo fornecer produtos e servios com comprometimento dos colaboradores, garantindo a satisfao dos clientes.

2.2.2 Poltica e Valores

Pontualidade - Garantir os prazos acordados; Agilidade - Eficcia na anlise e identificao das necessidades dos clientes, encontrando a soluo no menor tempo possvel;

14 Confiana / Segurana - Transparncia e honestidade no trato com os clientes;

Satisfao dos clientes externos - Capacidade de fornecer solues as expectativas dos clientes;

Satisfao dos clientes internos - Proporcionar um bom ambiente de trabalho, motivando o colaborador a desempenhar todo o seu potencial individual e em grupo;

Melhoria

contnua

- Aperfeioamento

constante

dos

processos,

utilizando indicadores de acompanhamento; Inovao - Estar atento s mudanas de mercado e avanos tecnolgicos que envolvam os servios e produtos; Garantia - Responsabilizar-se pelos produtos e servios fornecidos; Atendimento a Legislao Vigente - Cumprimento da legislao vigente; Bem Estar da Sociedade - Participar periodicamente em auxlios ou atividades que visem o bem estar social.

2.2.3 Principais Clientes

A Savarauto possui uma clientela bastante distinta por se tratar de uma empresa que trabalha com produtos diferenciados. Os principais clientes da Savarauto so em geral, pessoas fsicas de classe alta e mdia alta, como empresrios, advogados, profissionais liberais, jogadores de futebol entre outros.

15 2.3 Situao Problemtica

Analisa-se o impacto da extroverso e da introverso dos vendedores, dos dois concessionrios de veculos, relacionando os resultados obtidos pelos mesmos. Aqui, define-se resultado, como sendo o total de comisses auferidas pelo vendedor no perodo de Janeiro a Setembro de 2005. Este trabalho traz a seguinte questo problemtica a ser respondida: Quais os impactos dos tipos psicolgicos extrovertidos e introvertidos nos resultados dos concessionrios Savar e Savarauto?

2.4 Justificativa e definio da amostragem

Os vendedores fazem o time de frente, ou pode-se dizer, que representam a organizao no momento das vendas e no contato com os clientes. Devido a isso, caso o vendedor no preencha os requisitos necessrios para se posicionar corretamente perante o cliente, isto pode resultar de forma negativa para a organizao. Busca-se trabalhar uma das caractersticas da personalidade dos vendedores, a extroverso e a introverso, para assim contribuir para o bom desenvolvimento desses profissionais e, conseqentemente, em melhores resultados de vendas. A amostra para estudo do trabalho so os dois concessionrios Savar e Savarauto, mais especificamente, os seus vendedores, que foram

primeiramente separados por empresa e em seguida por segmentos de vendas especficos.

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3 OBJETIVOS

Os objetivos do trabalho esto divididos em geral e especfico. O objetivo geral busca responder a questo principal do trabalho, e os objetivos especficos, por sua vez, esto dispostos a orientar e auxiliar na obteno do objetivo geral.

3.1 Objetivo Geral

O trabalho tem como objetivo central identificar o impacto dos tipos psicolgicos Extrovertido e Introvertido nos resultados de Vendas dos concessionrios Savar e Savarauto.

3.2 Objetivos Especficos

- Identificar os Colaboradores Extrovertidos e Introvertidos de ambas empresas; - Analisar a correlao do Mtodo Rayid com o Mtodo Quati e com a percepo dos Colaboradores; - Verificar o impacto da Extroverso e Introverso sobre os resultados de Vendas.

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4 REVISO DE LITERATURA Neste captulo sero abordados assuntos relacionados histria da iridologia, a iridologia na Amrica Latina, a iridologia no Brasil, o esquema de uma ris, como escolher uma tcnica de seleo, por que especificamente os vendedores?, o histrico da tipologia, a base da tipologia jungiana, os tipos psicolgicos, o inconsciente, a introverso e a extroverso, a extroverso ultrpassando os limites, o perfil de um extrovertido, o perfil de um introvertido, o introvertido e o extrovertido se complementam, e um resumo sobre extroverso e introverso.

4.1 Histria da Iridologia

Desde os primrdios da humanidade que os olhos so objeto de fascnio pelo homem. H achados arqueolgicos que comprovam que os caldeus e os babilnios, deixaram inscries em pedras sobre a ris e a sua relao com o restante do corpo. No antigo Egito, foram encontradas cermicas com olhos pintados, inclusive com sinais iridolgicos. Na Grcia Antiga, Hipcrates tambm se interessou pelo estudo da ris como um meio de diagnose, de acordo com referncias em registros da Escala de Salermo.

18 Em 1670, Phillippus Meyens, de Dresden, em sua obra Chiromatic Medica, faz meno a sinais na ris indicando os principais, e fornecendo um entendimento bsico para o primeiro mapa da ris publicado. J em 1695, em Nuremberg, Joahann Eltholtz, escreveu trabalhos cientficos sobre sinais na ris. Cristian Haertels, passados 91 anos, em Goettinger, elaborou um trabalho fundamentado nos estudos de Meyens e Eltholtz, chamado de De culo et Signo (O Olho e Seus Sinais), que causou muita polmica na poca. Porm, coube a Ignatz Von Peczely, da Hungria, o mrito de codificar a Iridologia. Menino ainda, aos 10 anos, fraturou acidentalmente uma das patas de uma coruja e verificou o aparecimento de uma marca na ris da referida ave. Peczely tratou da fratura da coruja e notou que o sinal mudava de caractersticas medida que a fratura se consolidava, marcando

indelevelmente a ris. Segundo o Dr. Jensen, Peczely, aos 10 anos de idade, j possua noes exatas de anatomia, a ponto de desenhar perfeitamente o corpo humano, tendo sido convidado para ir Roma estudar com Michelangelo. Aos 20 anos, foi preso por exercer atividades revolucionrias, fato este que lhe permitiu se dedicar com afinco Iridiagnose. Posteriormente, como mdico, observou haver uma relao entre os rgos do corpo humano e a ris e elaborou um mapa da ris com as representaes topogrficas destes mesmos rgos. Em 1881, publicou Discoveries in the field of natural science and Medicine : Instruction in the Study of Diagnoses from the Eye. Em 1886, Peczely publicou um mapa em Die Homeopatische Monats Blatter.

19 Na mesma poca, sem mesmo conhecer Peczely, um pastor homeopata de nome Nils Liljquist, da Sucia, publicou um trabalho independente sobre o assunto designado On Degendiagnoses, que, em ingls recebeu o ttulo de Diagnose from the Eye (Diagnstico a partir do olho), que inclua um mapa com desenhos coloridos e em preto e branco. Liljquist afirmava que a ris formada por inmeras fibras nervosas (hoje comprovadas), que recebem as informaes de todo o sistema nervoso, provenientes do restante do organismo, o que fazia do olho o espelho da alma e, tambm, a janela do corpo, por onde se pode ver a constituio do indivduo. Em 1916, o Dr. Anderschou, da Noruega, publicou, em Londres, Iris Science (A Cincia da ris). O pastor Felke, da Alemanha (1856 1926), passou seus ensinamentos de forma oral e coube a discpulos, como Muller, escrever The Eye Diagnoses based upon the principles of Pastor Felke (As Diagnoses do Olho baseadas nos Princpios do Pastor Felke). Em 1904, o Dr. Henry Lahn (Lane), USA, escreveu Iridology the Diagnoses from the Eye (Iridologia o diagnstico a partir do olho). Em 1905, o Dr. Peter Thiel (Alemanha) escreveu The Diagnoses of Disiose, by observation of the Eye (O Diagnstico da Disiose atravs da Observao do Olho). O Dr. John Raymond Christopher (1909 1983), fundou a School of Natural Healing (Escola de Cura Natural), em Utah, USA. Foi professor de Iridologia, Herbalismo e Naturopatia e Tcnicas Naturais de Cura., O Dr. Rudolph Schnabel (Alemanha) escreveu trs livros sobre

20 Iridologia. Em 1918, o Dr. Collins traduziu para o ingls, o livro do Dr. Thiel. Em 1919, o Dr. J. Kritzer (USA) publicou Iris Diagnoses. Em 1922, o Dr. Henry Landlhar (USA) publicou o vol. IV, Natural Therapeutics, Iris Diagnoses, also Irisdiagnoses. Nesse mesmo ano, o Dr. Arnold funda, na Austrlia, o World Iridology Fellowship. Em 1952, o Dr. Bernard Jensen (USA) escreve o livro Science and Practice of Iridology, vol. I. O Dr. Len de Vannier, famoso e importante homeopata, publica Le Diagnostic Des maladies Par Les Yeux, em 1957, em Paris. Em 1965, Josef Deck (Alemanha), escreve Grundlagen der Irisdiagnotik. Em 1969, com traduo em ingls, Theodore Kriege (Alemanha), escreve Fundamental Bases of Iris Diagnoses. Bourdiol, R.J., publica as Bases Fundamentais do Irisdiagnstico, na Frana. Em 1970, o Dr. V. L. Fernandiz (Espanha), escreveu Irisdiagnosis. Em 1972, o Dr. Adrian Vander (Barcelona) publica Diagnostico por el Iris. Em 1976, La Dean Griffin (USA) escreve Eyes Windows of Body and soul, practitioner and teacher of iris diagnosis, herbalism and diet. Em 1978, Gilbert Jausas (Espanha) publica La Iridologia Renovada. Em 1984, Josej Rech publica o livro Refferentation of iris nice king. Em 1984, Denny Johnson (USA) publica o The eye reveals. Em 1985, o Dr. Victor Davidson publica, em Madrid, Diagnostico por el iris. Em 1988, Anton Markgraf (Alemanha) publica Die genetischen Informationem in de Visuelen Diagnostik.

21 Em 1989, Farida Sharan publica Iridology a complete guide to the diagnosing throught the iris and related forms of treatment. Em 1990, Alfredo Torti e Enzo Di Spazio publicam, na Itlia, Il Terreno Diastesico in Iridologia. Marcel Monneret (Frana) publica Cours International D Iridologie. Em 1991, Mauro Ivaldi publica , na Itlia, Iridologia, locchio specchio della salute. Em 1993, Daniele Lo Rito (Itlia) publica Il Cronorichio,nuove acquisiozine in Iridologia. Em 1994, Flavio Gazzola publica o livro Curso de Iridologia, em Barcelona na Espanha. Em 1995, Serge Jurasunas publica Iridologia Um Diagnstico Natural em Portugal. Albert Dardanelli Ackermann publicou Iridologia Moderna Ilustrada na Espanha. Este apanhado de dados seguramente deixa de refletir verdadeiramente o histrico da Iridologia mundial, pois existem muito mais obras publicadas e que no foram aqui citadas. Porm serve como uma amostragem de como a Iridologia vem se comportando em todas as partes do mundo.

4.1.1 A Iridologia na Amrica Latina

A Amrica Latina sempre teve grandes iridlogos, que, na sua imensa maioria, transmitiam e transmitem oralmente a sua sabedoria. No que se refere a obras escritas, existe um livro publicado no Chile de autoria de Lezaeta

22 Acharn, intitulado A ris Revela Sua Sade. Na Argentina, o Dr. Luis Cesar Guedes Arroyo, discpulo do Dr. Jensen, desenvolveu um trabalho importante de divulgao da Iridologia no continente.

4.2 A Iridologia no Brasil

Como na Amrica Latina, aqui, no Brasil, sempre houve iridlogos que exerciam suas atividades em seu consultrio particular. H referncias de um mdico, professor de anatomia, que j falava sobre o assunto aos seus alunos. Um iridlogo de extremo saber, um dos pioneiros, seno o primeiro iridlogo do Brasil, foi o professor Todorovic, que deixou o seu legado atravs do livro A Mquina Humana. Em 1986, Celso Batello publicou um artigo sobre Iridologia, na revista de Homeopatia, que indexada internacionalmente, fato este que aumentou a sua credibilidade a nvel mundial. Em 1988, Celso Batello escreveu : Iridologia O que os olhos podem revelar (Ed. Ground). Em 1996, com a colaborao de vrios autores, Ricardo Ghellman, Regina Valverde, Jorge Meneghello, Wu Tou Kwang, Nicole Christine Wender, Clia Mara Melo Garcia, Marilise Rossato Albuquerque Coelho, Antonio Evangelista Bueno e Walter de Oliveira Filho e Celso Batello organizaram o livro Itidologia Total Uma Abordagem Multidisciplinar (publicado pela Editora Ground). Em 1991, a Dra. Liane Beringhs publicou Via Saudvel Pela Iridologia. Em 1992, Denny Johnson publicou O Que o Olho Revela (Ed. Ground). Em 1996, foi criado o Primeiro Curso de Ps - Graduao em Iridologia

23 Irisdiagnose no Brasil, realizado pelo IBEHE. Em 1996, Celso Batello e Artenio Olivio Richter publicaram

separadamente artigos sobre Iridologia na Revista de Oxidologia, que , tambm, indexada internacionalmente. Em 1998, Celso Batello participou de uma mesa redonda falando sobre Iridologia, no IX congresso Internacional de Oxidologia e Medicina

Ortomolecular, inserindo a Irisdiagnose. Em 1998 a Dra. Regina Valverde, em parceria com Aureo Augusto, tambm contribuiu com a obra Iridologia e Florais de Bach (Ed. Ground), e, posteriormente como nica autora, com o livro Os Olhos dos Deuses. Em 1996, o Prof. Gauer, escreveu e inovou a Iridologia com o seu livro Atravs da Iridossomatologia. Essas pessoas s puderam escrever suas obras graas aos ensinamentos do Prof. Gurudev Sing Khalsa, pioneiro na prtica e divulgao de Irisdiagnose no Brasil, bem como do Prof. Adalton Vilhena Stracci, que particularmente iniciou a todos nesta cincia. Em 1992, criou-se a Associao Mdica Brasileira de Iridologia, que realizou o I Congresso Brasileiro de Iridologia, em So Bernardo do Campo, contando com a presena do maior Iridlogo de todos os tempos, o norteamericano Dr. Bernard Jensen. Em 1992, realizou-se o Congresso da ABI (Associao Brasileira de Iridologia) em Nova Friburgo-RJ sob a direo de Gurudev Sing Khalsa e com a presena de Denny Johnson, criador do mtodo comportamental. Em 1994, realizou-se o II Congresso Brasileiro de Iridologia e o I Congresso Internacional de Iridologia, que receberam o nome de Congresso Denny Johnson, em Santo Andr, de onde saiu a criao da Associao

24 Mundial de Irisdiagnose. Em 1996, foi realizado, em Valinhos (SP), o III Congresso Brasileiro de Iridologia e o II Congresso Internacional de Iridologia, que recebeu o nome de Congresso Celso Batello. Em outubro de 1998, realizou-se o IV Congresso Brasileiro de Iridologia, o Congresso Arnaldo Gauer, cujos frutos vo influenciar taxativamente a Iridologia e Irisdiagnose no Brasil e no resto do planeta. Foi o ltimo Congresso do milnio. Maria Aparecida dos Santos escolhida professora-representante no Rio de Janeiro do modelo comportamental, criado por Denny Johnson. Em 2000 Denny Johnson volta ao Rio de Janeiro, apresentando o Seminrio sobre Iridologia Comportamental e Influncia da rvore Familiar, no CREA, sob coordenao da professora Maria Aparecida dos Santos. Em 2000 realizou-se o III Congresso Internacional de Irisdiagnose com a presena de Danielle Lo Rito, destaque na Homeopatia e Iridologia Multidimensional na Itlia. Maria Aparecida dos Santos apresenta trabalhos sobre Iridologia Emocional e Comportamental. Em 2002 realizou-se o IV Congresso Internacional de Iridiagnose com a presena de trs conferencistas internacionais, Dr. Javier Griso Salom da Espanha, Dr. Patrice Ponzo da Frana e Dr. Robert Melchior da Belgica. Em dezembro de 2002 a professora Maria Aparecida dos Santos foi conferencista representante do Brasil no Congresso Internacional em PadovaItlia, apresentando trabalho na rea emocional-comportamental e somtica. Em 2003 Denny Johnson lana no Brasil o Livro rvore Familiar, sobre o desdobramento das pesquisas Iridolgicas e a relao com a rvore genealgica.

25 Iridologia o estudo das estruturas e marcas existentes na ris (rea dos olhos). Irisdiagnose a anlise que se faz, orgnica e/ou emocional comportamental, atravs do exame Iridolgico. A Irisdiagnose identifica atravs do exame da ris as qualidades e as couraas limitantes do desenvolvimento. s vezes, por diferentes razes, a pessoa no conhece todas as suas qualidades. Age de forma distorcida, ou aqum das suas potencialidades. Os motivos so os mais diversos e limitam seu desenvolvimento pessoal e profissional. Portanto o estudo da Iridologia e a Irisdiagnose vem a contribuir para os processos de recrutamento e seleo, colaborando dessa forma, com as demais tcnicas j utilizadas para o mesmo. A ris revela a essncia do indivduo, todas as suas qualidades e potencialidades.

4.3 Esquema de uma ris

Batello (1999, p.139) comentando sobre a ris a define como a parte do olho que circunda a pupila, sendo a mesma composta de milhares de estruturas nervosas altamente diferenciadas. Abaixo demonstrada sua esquematizao:

26 Figura 1 esquema de uma ris

Fonte: Batello (1999, p. 139)

4.4 Como escolher uma tcnica de seleo

Diante de tal necessidade e com avano e a aquisio de novos conhecimentos aliado o uso da tecnologia, passou-se a fazer uso de tcnicas de seleo que podemos mencionar e classificar algumas destas:

27 Quadro 1 Tcnicas de seleo 1-Entrevista de Seleo - Dirigida(com roteiro preestabelecido) - No dirigidas(sem roteiros ou livres) Gerais 2- Provas de conhecimentos ou capacidade Especficos De apitides de cultura geral de Cultura profissional De tcnicos 3- Testes Psicomtricos - Gerais - Especficas conhecimentos

Expressivos PMK Da rvore 4- Teste de Personalidade Projetivos Rorcharch TAT Szondi de motivao Inventrios de frustao De interesse

5- Tcnicas de SimulaoFonte: Chiavenato (2002, p. 233)

- Psicodrama - Dramatizao (role-playing)

Chiavenato (2002, p. 233) menciona:Comumente, escolhe-se mais de uma tcnica de seleo para cada caso. Cada tcnica auxilia as demais fornecendo amplo conjunto de informaes sobre o candidato. As tcnicas escolhidas devem representar o melhor preditor para o desempenho futuro do cargo. D-se o nome de preditor caracterstica que uma tcnica de seleo deve possuir, no sentido de predizer o comportamento do candidato, em funo dos resultados que alcanou quando submetido a essa tcnica. A validade preditiva de um teste determinada aplicando-o a uma amostra de candidatos, que aps admitidos, so avaliados quanto ao desempenho nos cargos: os resultados da avaliao do desempenho e do teste de seleo devem ser positivamente correlacionados. Obviamente, quando se fala em cincias humanas, margem de erro bastante maior em relao s cincias fsicas.

28 Diante de tais fatos, ou seja, cincias humanas X cincias fsicas e a possibilidade de maior grau de erro quando se menciona a cincia humana, vislumbra-se com este trabalho corroborar com as demais tcnicas de seleo, vindo apresentar como fator agregador, os estudos da Iridologia, mais especificamente, o do Mtodo Rayid, apresentado brilhantemente por Denny Johnson criador do mtodo. Antes de se passar ao Modelo Rayid, apresentado por Denny Johnson, relembra-se que os testes de personalidade que servem para analisar os diversos traos de personalidade sejam eles determinados pelo carter (traos adquiridos ou fenotpicos), ou pelo temperamento (traos inatos ou genotpicos). Um trao de personalidade uma caracterstica marcante da pessoa e que capaz de distingui-la das demais. Conforme Chiavenato (2002, p. 248), os testes de personalidades so abrangentes quando demonstram traos genricos de personalidade em uma sntese total e so denominados de psicodiagnsticos. Esto includos nessa classificao os testes expressivos (de expresso corporal), como o PMKpsicodiagnstico miocintico de Mira y Lopes e os chamados testes projetivos (de projeo da personalidade), como o psicodiagnstico de Rorschach, o Teste de Apercepo Temtica, o teste da rvore de Kock, o teste da figura humana de Machover, o Teste de Szondi etc. Para Chiavenato (2002, p. 248), intitulam os testes de personalidade de especficos, quando buscam analisar certos traos ou caractersticas de uma pessoa, como, por exemplo, o equilbrio emocional, interesse, frustraes, motivao entre outros. Nesta classificao incluem-se os inventrios de interesses, de motivao e de frustrao. Na aplicao da correo dos testes de

29 personalidade necessita-se de profissional com formao em psicologia.

4.5 Por que especificamente os vendedores?

Devido ao fato que, estes so na verdade o corao de uma empresa e um descuido, ou uma contratao errada ou longe do perfil necessrio para esta funo, ou fora dos padres do comportamento organizacional, pode acarretar em desgaste tanto para empresa como para o contratado, sendo este um equvoco que, pode impactar diretamente nos negcios da empresa, os quais so razes de sua existncia. No afirma-se que a anlise da introverso e da extroverso, definam completamente o perfil de um vendedor, pois para isso se pode elencar inmeras outras caractersticas tais como: criatividade, iniciativa, flexibilidade, persistncia, auto confiana, disposio para correr riscos, fluncia , habilidade de trabalhar em grupo, dentre tantas outras. No entanto, segundo estudos de Carl Gustav Jung, fundador da escola analtica de psicologia, o extrovertido uma pessoa ativa que fica mais satisfeita quando est cercada por pessoas, por outro lado, o introvertido em geral, um indivduo contemplativo, que aprecia a solido e a vida ntima das idias e imaginao. Diante de tais afirmaes, este estudo contempla identificar a correlao do tipo psicolgico extrovertido e introvertido como sendo um dos aspectos da personalidade do vendedor que contribuiria para produzir melhores resultados para as empresa. Aborda- se a seguir um breve histrico sobre Tipologia.

30 4.6 Histrico da Tipologia

Segundo Zacharias (1995, p. 65), sempre foi anseio da humanidade classificar as pessoas em tipos de atitude e comportamentos. No entanto, sabendo que, nem todos agem da mesma maneira e que alguns agem de maneira semelhante, desde os primrdios da humanidade vem sendo desenvolvido vrios sistemas de tipologia, com o objetivo de identificar e classificar as atitudes do indivduo, explicando assim, as diferenas entre as pessoas. Conforme Zacharias (1995, p. 66), estes sistemas vm baseando e sendo construdos pela observao do comportamento humano, bem como, nas filosofias, smbolos mgicos ou mesmo religiosos. A guisa de exemplo, pode-se citar o exemplo da China Antiga que, introduziu a crena que com base no calendrio lunar, que menciona que, todas as pessoas podem ser influenciadas pelo animal regente do ano do nascimento da pessoa, pois, para cada ano foi designado um animal, (Rato, Boi, Tigre, Coelho ...), formando assim, um ciclo de 12 anos. Este animal corresponde ao ano do nascimento e vai moldar as caractersticas da mesma, da mesma forma que o animal que esconde no seu corao.

Zacharias (1995, p. 66) comenta que, tambm muito conhecido e divulgado foi o sistema tipolgico mgico/religioso da Astrologia que teve seu crescimento na mesopotmia e entre os caldeus. Neste sistema tipolgico postula-se que, uma pessoa que nasce sob a influncia de um dos signos pode ser influenciada pela caractersticas do signo e recebe influncia de um dos

31 quatros elementos (terra, fogo, ar e gua). Como Zacharias (1995, p. 67) refere-se, a antiga medicina grega tambm baseou-se em tipologia para classificar as pessoas de acordo com as secrees do corpo: fleugma, sangue, blis amarela e blis negra. Baseado neste fato mais tarde Galeno mdico grego definiu os quatros temperamentos humanos em fleumtico, sanguneo, colrico e melanclico. Muitos sistemas surgiram aps isto, podendo-se citar: fsigonomia (que procura definir o temperamento atravs das expresses faciais), quiromancia (anlise do temperamento e personalidade pelas linhas da mo), e a grafologia (identifica a personalidade da pessoa atravs da escrita), a qual atualmente vem sendo bastante utilizada pela rea de Recursos Humanos. Kretschmer (apud Zacharias, 1995, p. 69), professor de Psiaquiatria e Neurologia, com base na psiquiatria, apresentou a tipologia clssica de Kraepelin, como se verifica no quadro abaixo:

32 Quadro 2 Diviso Clssica de Kraepelin Temperamento Normal Intermediria Patolgica Forma Forma

ciclotmico esquizotmico

ciclide esquizide

manaco-depressivo esquizofrnico

Tipo Fsico ciclide esquizide pcnico atltico leptossmico displsicoFonte: Zacharias (1995, p. 69)

Segundo Kretschmer (apud Zacharias, 1995, p. 70), a compleio fsica corresponde a determinados traos de personalidade e, a pessoa estar classificada em um destes dois campos de definio de Kraepelin. Fisicamente, Kretschmer divide as pessoas em quatro tipos:

33 Quadro 3 Quatro tipos fsicos de Kretschmer Pcnico De estatura baixa e forte(gordo), pernas, peito e ombros arredondados. socivel, amigo, vivaz, prtico e realista, e, casos patolgicos, ficar oscilando no ciclo mania-depresso. Este tipo corresponde ao ciclotmico ou ciclide;

Leptossmico De estatura alta, esbelto, peito relativamente pequeno, pernas e face alongadas.Geralmente tende a introspeco e reflexo. Em casos patolgicos, apresenta extrema introverso e falta de contato com o mundo que o rodeia.Este tipo corresponde ao esquizotmico ou esquizide. Atltico Displsicos O tipo atltico mais proporcional entre o pcnico e o leptossmico, sendo classificado mais como esquizotmico. So pessoas que apresentam misturas incompatveis no seu desenvolvimento.

Fonte: Zacharias (1995, p. 70).

Anastasi apud Zacharias (1995, p. 70), faz meno de que aps estudos, verificou-se que os pcnicos em relao ao leptossmicos so mais distrados e, por outro lado, os pcnicos apresentam mais memria e maior percepo, so sintticos e no analticos, mais extrovertidos, sendo mais sensveis as cores do que as formas. Sheldon apud Zacharias (1995, p. 70) que foi professor da Universidade de Havard, elaborou uma tipologia semelhante de Kretschmer, ele acreditava que a unidade psicossomtica originava-se principalmente atividades

endcrinas. Para definir, gerou uma escala de sete pontos para cada um dos trs aspectos de somatotipos: Endomrfico, Mesomrfico, e Ectomrfico, obedecendo ao mesmo cerebrotnico. A tipologia de Sheldon pode ser visualizada conforme o quadro a seguir: tempo aos temperamentos viscerototnico e

34 Quadro 4 Tipologia de Sheldon 1 Tipo Fsico: Endomorfia: predomnio de formas arredondadas e macias, alm de um maior desenvolvimento das vsceras digestivas. Psquico: Viscerotonia: gosto pelo conforto fsico, prazer em comer, sociabilidade, tendncia ao romantismo e ao melodrama. 2 Tipo Fsico: Mesomorfia: predomnio do tecido sseo, muscular e conectivo. Apresenta corpo pesado, firme e retangular. Psquico: Somatotonia: tende imposio e coerso, gosta de atividades enrgicas, do poder e de correr riscos. Apresentam muita coragem fsica. 3 Tipo Psquico: Ectomorfia: predominam formas lineares e frgeis, possui maior exposio sensorial, maior sistema nervoso e maior crebro em relao ao corpo. Psquico: Cerebrotonia: tende ao retraimento e ao isolamento, inibido e tmido, prefere atividades intelectuais (Anastasi, 1974)Fonte: Zacharias (1995, p. 71)

Para Zacharias (1995, p. 71-72), tendo em vista este apanhado dos tipos psicolgicos pode-se dizer que outro grande exemplo o de Carl Gustav Jung que apresentou um modelo na tentativa de compreender o conflito pessoal e terico dele mesmo com Freud e este com Jung e Adler, e foi embasado em uma ampla viso histrica. Durante uma dcada Jung analisou os tipos j estabelecidos na literatura, bem como, na mitologia, filosofia, esttica e na Psicopatologia. Jung introduziu em sua Tipologia o conceito de energia psquica e indicou como a pessoa se orienta preferencialmente no mundo. Comparando com os modelos anteriores a seu sistema, Jung inovou, pois, as anteriores Tipologias, eram classificadas e baseadas, na observao e padres de comportamento temperamental ou emocional.

35

4.6.1 Base da Tipologia Jungiana

Zacharias (1995, p. 72), comenta que muitas das Tipologias basearamse nos sistemas mgicos, sistemas religiosos, medicina grega entre outros. No entanto, Jung no baseou sua Tipologia nestes estudos, mas descreve seu estudo do desenvolvimento sobre o inconsciente e das descobertas cientficas pessoais e de Sigmund Freud. Ballone (2004) cita que, Carl Gustav Jung foi considerado pai da psicologia analtica e, visto como um dos grandes expoentes do sculo anterior, deixando valiosas contribuies cientficas para o estudo e a compreenso da alma humana. Foi o fundador da escola analtica de Psicologia, introduzindo termos como extroverso, introverso e o inconsciente coletivo. Jung contribuiu para as vises psicanalticas de Freud, desvendando distrbios mentais e emocionais na busca do individuo de encontrar a perfeio pessoal e espiritual.

4.6.2 Tipos Psicolgicos

Jung apud Zacharias (1995, p. 101) criou e aprimorou o conceito de reflexivo e ativo para introvertido e extrovertido, entende-se para esses termos que, o introvertido d enfoque ao objeto e, a introverso, refere seu enfoque ao sujeito. Segundo Zacharias (1995, p. 101), a introverso e extroverso so atitudes naturais e, que no significam traos de patologia, representando por sua vez, o comportamento que cada indivduo, bem como, a forma de se

36 relacionar com o ambiente. Jung apud Zacharias (1995, p. 101), faz meno de que, atravs da anlise de outras particularidades para poder diferenciar as pessoas, nota-se que alguns optavam pelo no uso da inteligncia e outros indivduos inteligentes, conviviam como se no utilizassem seus sentidos, no dando ateno as suas impresses sensoriais. Por outro lado, outras pessoas demonstram insuficincia de imaginao e so dependentes constantes de sua percepo sensorial, essas pessoas vivem o hoje, sem pensar na possibilidade do amanh. Jung apud Zacharias (1995, p. 101) aps anlise constatou quatro frmulas de atividades da psique relacionadas ao mundo e denominou-as de funo da personalidade, como segue:Chamando de ectopsique, a parte do sistema psquico que relaciona os contedos da conscincia com os fatos e informaes do meio ambiente. Endopsique, a parte da psique que relaciona os contedos da conscincia com aspectos inconscientes.

Desse modo, se verifica que a ectopsique est diretamente relacionada a parte psquica da conscincia real dos indivduos, ou seja, a que mais demonstrada em aes e atitudes, e a endopsique se relaciona a parte psquica inconsciente dos fatos. Segundo Zacharias (1995, p. 102), existem quatro funes onde a sensao, demonstra a totalidade das percepes de ocorrncias externas que so trazidas atravs dos sentidos, a sensao se refere a algo que existe, no informando o que exatamente. A funo pensamento revela o que uma coisa , juntamente de um conceito e a nomeia. A funo sentimento valoriza a coisa e revela se agrada ou no, uma forma avaliativa e no uma emotiva. A

37 funo intuio baseia-se no conhecimento adquirido no passado e a um palpite sobre o que provavelmente ocorrer no futuro. Conforme Zacharias (1995, p. 102-103), quando se menciona emoo, entende-se como um fenmeno que leva o indivduo a conseqncias sem controle de reaes. No entanto, o sentimento, no apresenta estas caractersticas, ou seja, essa funo diz se gosta ou odeia sem incluir emoes. Do mesmo modo, o sentimento no possui energia emocional, , portanto uma deciso individual. Zacharias (1995, p. 103) menciona que, atitude refere-se como a indivduo opta por focar a sua ateno ao rumo que toma a energia psquica. Existem duas formas de voltar ateno para o objeto, ou seja, no mundo externo de fatos, indivduos e coisas; ou no sujeito, em um mundo interior de significados e impresses psquicas.

4.7 O inconsciente

Segundo Zacharias (1995, p. 77), Freud levantou hipteses de que: O inconsciente se compe de uma herana de toda a vida de uma pessoa, desde a infncia; Lembrana quando reprimidas, invariavelmente so de natureza sexual; A energia propulsora da psique de carter sexual o que chamou de libido. Jung apud Zacharias (1995, p. 89-90) define o inconsciente pessoal como fatos e habilidades conhecidos, mas no presentes na conscincia: elementos esquecidos, o que os sentidos percebem mas que est abaixo do

limiar da

38 conscincia. O que se pensa, sente, recorda, quer projetar; e

tambm esto includas as expresses de pensamentos e sentimentos dolorosos.

Zacharias (1995, p. 90), faz o seguinte comentrio:O que compe o inconsciente pessoal so os complexos. Eles so psique parciais (Jung, 1991). Um complexo um grupo de idias e imagens, gravitando em torno de um ncleo central derivado de um ou mais arqutipos, caracterizado por uma tonalidade emocional comum. Os complexos adquirem independncia e, muitas vezes, podem surgir como personalidades totalmente estranhas ao Ego. Este fenmeno j havia sido observado antes como multiplicidade de personalidade.

Assim, o complexo do ncleo acaba por se originar no inconsciente coletivo, sendo estas, imagens, as quais Jung denomina de Imagens Primordiais. As Imagens Primordiais so partes herdadas da psique, so padres de estruturao do comportamento ligados ao instinto, um conceito psicossomtico que une instinto e imagens coletivas, e esperam a ocasio para se manifestar. Para este termo, Jung utilizou a palavra ARCHETYPOI ou arqutipo em 1919 para definir as Imagens Primordiais. Stevens apud Zacharias (1995, p. 90), menciona que, no decorrer da vida, os arqutipos so ativados em graus diferentes e tornam-se mais ou menos conscientes. Em muitos casos, estes complexos esto abaixo da conscincia e, quanto menos consciente for, mais autonomia o mesmo ter. Neste caso, h o risco de um complexo possa vir a dominar o indivduo. Para Zacharias (1995, p. 91), em sntese, afirma que o inconsciente pessoal na psicologia analtica , o correspondente a certos aspectos do inconsciente freudiano e, para trabalhar com este aspecto do inconsciente pessoal o Ego (ponto focal da conscincia), traz o senso de identidade e a

39 conscincia de existir, funciona como um organizador consciente das impresses internas e externas, das lembranas no reprimidas, da seqncia temporal, espacial e causal, o intermedirio entre as experincias objetivas e subjetivas que, corresponde aos campo da extroverso ou introverso, utiliza do mecanismo de defesa, como a projeo-capacidade, que possibilita ver e condenar nos outros, os prprios defeitos no assumidos; a represso capacidade de manter certas caractersticas da personalidade que a pessoa considera incompatveis com a sua imagem pessoal sob estrito controle ; e a negao - capacidade de no aceitar elementos no compatveis atuais na personalidade, fugindo destes. Isto se d porque, ao invs de reconhecer suas prprias fraquezas, os indivduos preferem manter sua imagem idealizada, a reconhecer suas prprias fraquezas pessoais. Zacharias (1995, p. 92) conceitua o Inconsciente Coletivo como uma das maiores contribuio para a Psicologia do sculo XX, com essa idia Jung abandonou de vez a idia que, a personalidade formada unicamente com o concurso do meio ambiente. Assim, Jung mostrava que os indivduos nascem com um conjunto psquico para se adequar ao meio, tanto quanto um conjunto fisiolgico. Zacharias (1995, p. 93) define o Inconsciente Coletivo, expondo que o mesmo, pode ser compreendido como, um reservatrio de imagens recebidas do passado ancestral do homem. Relaciona-se a estrutura que sustenta o surgimento da psique de todos os indivduos. Possui contedos que so globais, bem como, a estrutura fsica bsica do crebro semelhante de todos os indivduos, estes sendo denominados de arqutipos.

40 4.8 Introverso e Extroverso

Ballone (2004), comenta que:Em sua obra Tipos de Personalidade, Jung desenvolveu e introduziu os conceitos de extroverso e introverso para o estudo dos tipos de personalidades. Jung via a atividade de uma personalidade extrovertida direcionada ao mundo externo e a de pessoas introvertidas voltada para dentro do indivduo. O extrovertido, segundo o tipo de personalidade de Jung, uma pessoa ativa que fica mais satisfeita quando est cercada por pessoas. Quando esta caracterstica levada a um extremo, o comportamento uma fuga irracional para a sociedade. Por outro lado, o introvertido em geral um indivduo contemplativo, que aprecia a solido e a vida ntima das idias e imaginao. Quando tal caracterstica levada a um extremo, o mundo de fantasia e intimidade do introvertido torna-se mais importante para o indivduo do que a verdadeira realidade.

Verifica-se assim, as diferenas entre o extrovertido e o introvertido, onde a extroverso relaciona-se com o ambiente e a sociedade e a introverso faz com que o indivduo volte para fatores subjetivos ou o mundo da imaginao. Batello (1999, p.146) comenta que, todos nascemos com uma herana gentica, sendo que esta herana por sua vez, determina nossa maneira de ser e de agir. No entanto, nosso modo de agir tambm ser influenciado pelo ambiente, sendo assim, os acontecimentos em nossas vidas vo como que deixando um marca ou registro em nosso ser. Tendo em vista este fato, os indivduos apresentam uma particularidade de ser e at mesmo de adoecer e de ter uma reao diante de uma situao, seja ela, negativa ou positiva. Diante de uma m notcia, alguns desenvolvem uma enxaqueca outros uma lcera. Batello (1999, p. 46) comenta que, chamada de histria biopatogrfica a maneira e forma que fatores negativos influenciam uma pessoa e a como a

41 mesma reage. Batello (1999, p. 46) menciona que, a gentica define o fluir da energia interna. Se for um comportamento extrovertido, indica uma expanso da energia, e sendo a contrao desta energia indicativo que gera um comportamento introvertido, estas expresses podem ser influenciadas e sofrer influncias de vrios fatores. Sendo que, uma pessoa que nasceu para ser extrovertida, em uma fase de sua vida pode mudar par introverso e vice-versa.

4.9 A Extroverso

Zacharias (1995, p. 103) faz meno de que nas pessoas extrovertidas, a libido ocorre de dentro para fora, e so conduzidas para o mundo externo de objetos, fatos e pessoas. Nestes indivduos predominam a orientao para o objeto e suas particularidades, ou seja, orientao voltada para o mundo externo. Tais pessoas tm facilidade de se adaptar e caminhar junto ao mundo, mesmo que as condies no sejam adequadas. Acomodando-se ao mundo externo, o indivduo pode ser prejudicado, pois o mesmo pode esquecer-se de si, ou seja, de seu bem estar fsico e intra-psquico, podendo chegar ao limite de suas foras devido as exigncias externas, levando isso a exausto e a perda da sade fsica. Portanto, o grande perigo que o extrovertido pode confrontar ser to absorvido pelos objetos, a ponto de perder-se devido a eles. Segundo Zacharias (1995, p. 104), a disposio inconsciente de um extrovertido egocntrica e possui um carter de introverso. No seu

42 inconsciente, h uma concentrao de elementos desprovidos de energia psquica, pois foram sacrificados em funo de objetos externos. Estes elementos podem ser opinies, desejos, emoes e necessidades. Em alguns casos, tambm podem ocorrer disfunes nervosas ou fsicas no sentido de contribuir para o equilbrio da psique, pois isso ir fora uma pessoa restrio involuntria. Para Zacharias (1995, p. 104), no equilbrio ou numa condio adequada, o tipo extrovertido tambm ter processos onde ocorrem intervenes da introverso. Considera-se extrovertido o indivduo que de maneira habitual ou habitualmente sua disposio seja mais para extroverso, ficando assim, como sua funo auxiliar uma disposio introvertida. Myers e McCaulley apud Zacharias (1995, p. 104) citam que:No indivduo extrovertido, a energia psquica est voltada para o exterior, para o mundo dos objetos e dos fenmenos. Ele tende a experimentar o mundo antes de compreend-lo e seu melhor meio de expresso o discurso.

O indivduo extrovertido concentra sua energia no mundo que o cerca e, utiliza-se do mesmo para expandir sua expresso, seu mundo real, o externo das pessoas e das coisas. Zacharias (1995, p.104) comenta que medida que um extrovertido age de forma extrovertida exarcebadamente, o mesmo pode agir com

agressividade, pois os objetos externos no permitem que aspectos subjetivos (necessidades, emoes, desejos), venham a conscincia, permanecendo assim, primitivos e arcaicos. No entanto, estas reaes automticas e descontroladas dos contedos inconscientes, trazem grandes traos de egocentrismo a sua personalidade.

43 Batello (1999, p. 146), menciona que:No indivduo extrovertido o fluxo de energia fsica, mental e psquica se d para fora de si mesmo.O extrovertido tem uma funo especial no mundo que levar aos outros tudo o que existe, expandindo atravs da liberao da sua energia interna, os limites do conhecimento humano.

A pessoa extrovertida direcionada ao mundo externo e as pessoas, uma pessoa ativa que fica mais satisfeita quando est cercada por outras pessoas.

4.9.1 A extroverso ultrapassando os limites

Segundo Denny Johnson (1984, p. 45), a extroverso o movimento externo da vitalidade emocional e fsica. Este movimento procedente dos sistemas e atitudes de recompensas com base em gratificaes exteriores. A extroverso libera a energia e a sensibilidade que fluem pelo corpo e pela mente. Os extrovertidos se sentem atrados pelos introvertidos para relacionamentos duradouros.

44 4.9.2 O perfil de um extrovertido

Segundo Johnson (1984, p.46):

Os extrovertidos so pessoas ativas que se envolvem no que fazem. Se foram necessrios seis dias para criar o Cu e a Terra, os extrovertidos teriam desejado terminar a tarefa em quatro ou cinco dias. Eles fornecem a energia que mantm em movimento as engrenagens da sociedade e os meios atravs dos quais se concretizam os objetivos e os sonhos. Muitas das funes cotidianas da vida simplesmente se deteriam sem as suas qualidades impulsivas. Eles conseguem extrair o mximo do potencial dos que esto a sua volta e proporcionam o clima para que os outros comuniquem o que realmente esto sentindo. A energia que se origina de seu entusiasmo natural faz deles as engrenagens e rodas de muitas indstrias.

Os extrovertidos esto sempre em busca de atividades, so indivduos que desejam terminar suas tarefas, assim que as iniciam. Esto sempre se movimentando, pois essa uma maneira de atingirem suas expectativas. Sua impulsividade faz com que eles consigam extrair o mximo dos que esto ao seu redor. So pessoas que movimentam os que esto ao seu lado, fazendo com que estas pessoas tenham atitude pr-ativa. Conforme Johnson (1984, p. 46), os extrovertidos possuem a incomum qualidade de viver inteiramente no presente. Preferem a gratificao oriunda de uma entrega total ao presente, do que as fantasias extravagantes e sem muita solidez, essas provveis caractersticas do planejamento a longo prazo. Os extrovertidos devido a sua necessidade preemente de comunicao com o mundo exterior, muitas vezes so demasiadamente honestos, no

compartilhando seus pensamentos e sentimentos do ntimo.

45 Segundo Johnson (1984, p. 46):So pessoas socialmente ativas, que, ainda assim, desejam a intimidade de um relacionamento profundo com uma outra pessoa. Mesclada a essa necessidade da segurana domstica, h uma constante necessidade de reconhecimento social. Parecem desejar o melhor dos mundos, dispostos a esgotar-se totalmente para chegar a ele. Mesmo quando est em repouso, o extrovertido est sempre liberando vitalidade. Essa vitalidade o combustvel que mantm o mundo em movimento, reunindo algumas das razes para a existncia humana. Basta essa qualidade para que os extrovertidos meream o reconhecimento que tanto desejam.

A pessoa extrovertida tem sua direo voltada para o mundo externo e das pessoas. sua caracterstica a atividade, esta fica mais satisfeita quando est cercada por pessoas. Os extrovertidos vivenciam arduamente seus objetivos, caminham em passos largos. Tem a facilidade de se adaptar as circunstncias e fatos, buscam sempre o novo. Como esto sempre em movimento, conseguem interagir com as pessoas e, ao mesmo tempo, trazer alegria e resultados nos seus interesses. Socialmente esto em busca de participao e de reconhecimento, comunicador nato, se expressa como ningum. So cautelosos com respeito a expor seus sentimentos, mas brilham como ningum quando chegam em um ambiente ou lhe do a palavra.

4.10 A Introverso

Zacharias (1995, p. 104) menciona que, ao contrrio do extrovertido o introvertido, tem sua orientao para fatores subjetivos. No entanto, isto no implica em que os introvertidos rejeitem os fatos do mundo externo, primeiramente os mesmo voltam sua ateno na impresso causada por estes fatos. A libido move-se de fora para dentro no introvertido, onde os mesmos

procuram focar sua ateno no mundo interior de impresses, emoes, bem

46 como, no pensamento, sendo os seus prprios processos internos que foram acionados pelos objetos. Percoara (2005) menciona que, geralmente timidez e introverso so considerados sinnimos, mas no exatamente assim, pois o introvertido procura a solido e o tmido no teme o contato social. A timidez que definida com sentimento de embarao ou de inibio em situaes sociais, faz com que o indivduo foque sua ateno exclusivamente para si mesmo e preocupa-se com que as demais pessoas pensam sobre o que ele diz ou sente. Para Zacharias (1995, p. 105), mesmo existindo preconceitos culturais s atitudes introvertidas, destaca-se o aspecto subjetivo, o qual to slido quanto o aspecto objetivo. E ocorrendo mudanas nos aspectos objetivos e subjetivos, os mesmos tornam-se relativos. Conforme Zacharias (1995, p. 105), como se trata de cultura, o aspecto do preconceito com respeito a introverso, no se origina de indivduos extrovertidos, mas sim da cultura que foca a maneira extrovertida como correta e, at mesmo a considera benfica sade. Caracterizar o introvertido como egocntrico e at mesmo como egosta, no deve ser aplicvel, pois mesmo, antes de se ter estabelecido o conceito que diferencia o Ego, a atitude introvertida j existia. Para Zacharias (1995, p. 105), compreender o mundo antes de experiment-lo uma das caractersticas do introvertido, pois o mesmo canaliza sua energia para o interior e analisa assim o mundo, por isso, caracteriza uma certa hesitao em relao vida. O introvertido possui maior habilidade para se expressar com a escrita, tendo uma vida repleta de significados interiores. O introvertido em termos de atitude , voltado para o

47 fator subjetivo, e, o valor inconsciente para o fator objeto. Quando se torna uma pessoa de atitude consciente muito radical, o objeto tende a impor-se de forma primitiva e retrgrada conscincia, fazendo com que o indivduo seja perseguido por pensamentos imaginativos e inadequados a situao. Ballone (2004) comenta que:Devido supervalorizao do conhecimento objetivo preconizado pelo mundo moderno, os dotes sentimentais e afetivos das pessoas, qualidades estas capazes de atribuir peculiaridades pessoais todo tipo de conhecimento, acabam sendo desvalorizados. Hoje em dia comum valorizar-se exageradamente o contacto objetivo (extrovertido) com as coisas, com as formas, com as cores, com os preos, os tamanhos, etc, etc, de tal forma que a palavra "subjetivo" representa, s vezes, uma espcie de censura racionalidade pretensamente desejvel s pessoas ditas normais.

Pode-se verificar um certo preconceito em relao ao subjetivo, pois os padres da modernidade relacionam a extroverso como um padro de conduta saudvel. Conforme Ballone (2004):A disposio subjetiva dos introvertidos atm-se uma estrutura psicolgica pessoal (temperamento) que, em princpio, nos dada por herana e constitui uma caracterstica inerente pessoa. Na realidade, trata-se de uma sensibilidade psicolgica do sujeito que se apresenta antes mesmo do desenvolvimento completo de sua personalidade, por isso se diz inata.

caracterstica do introvertido ter uma atitude mais contemplativa, pois so traos inatos de sua personalidade. Batello (1999, p. 146), faz referncia de que:No indivduo introvertido o fluxo de energia fsica e mental e psquica se d para dentro de si mesmo, fato que, aumenta sua capacidade de observao, criatividade e conhecimento, uma vez que, os seus mecanismos de compensao so interiores.

48 A pessoa introvertida por outro lado, em geral, um indivduo contemplativo, que aprecia a solido e a vida ntima das idias e da imaginao. Para Ballone (2004), da mesma forma que para os extrovertidos possa parecer inconcebvel que um conceito subjetivo se sobreponha situao objetiva dos fatos, aos introvertidos tambm parecer inconcebvel que os valores objetivos dos fatos (objetos) tenha de ser um fator decisivo. Essas posies opostas dependem da sensibilidade de cada tipo de personalidade. Ballone (2004), menciona que devido a essa discrepncia no contato com a realidade o extrovertido acabar confiando que o introvertido egosta, vaidoso ou arrogante ideolgico. Pode parecer ao extrovertido que o introvertido atua sob o controle de idias, conceitos, valores ticos, morais, culturais ou mesmo poticos. O introvertido, devido a sua forma determinada, normatizadora, francamente generalizadora e, tendo opinies bem definidas sobre as coisas, apto de despertar ainda mais o preconceito dos extrovertidos. A determinao e rigidez do juzo, comuns ao introvertido em relao a tudo que for objetivamente dado, costumam dar a impresso de um forte egocentrismo. Ballone (2004) cita um exemplo como segue:A diferena introvertido-extrovertido seria a sensibilidade necessria ao introvertido para compor uma msica e a facilidade do extrovertido em danar essa msica. O arranjo de notas seria o objeto, alm do qual exerce sua sensibilidade e subjetivismo o introvertido. A apreenso rtmica (captao do objeto) e coordenao motora habilidade prpria do extrovertido.

49 O autor menciona as diferenas das habilidades de um introvertido e de um extrovertido, bem como, demonstra maior sensibilidade ao introvertido e maior poder de expresso ao extrovertido. Segundo Johnson (1984, p.51):A introverso o movimento da vitalidade emocional e fsica, voltado para dentro. Esse movimento o resultado de atitudes e sistemas de compensao baseados em gratificaes interiores. A introverso acumula energia e sensibilidade no corpo e na mente. Os introvertidos sentem-se atrados pelos extrovertidos para relacionamentos duradouros.

O Introvertido em geral, um indivduo contemplativo, aprecia a solido e comumente , um sujeito que prefere observar e imaginar. Sendo orientado para fatores subjetivos, habilidosos para expressar-se por meio da escrita, sendo que, sua vida est intimamente repleta de significados interiores.

4.10.1 O perfil de um introvertido

Para Johnson (1984, p. 52), o indivduo introvertido merece o reconhecimento como pessoa feliz e segura. A sua tranqilidade no deve ser interpretada erroneamente, como sinal de insegurana ou fraqueza. Suas caractersticas de observao e escuta em silncio lhe fornecem um tipo de fora diferente. Desenvolvendo uma segurana e um profundo conhecimento interior, os introvertidos praticam o que os sbios dizem h milhares de anos: V para dentro. com esse silncio interior que ele se torna independente e, no se entusiasma facilmente pela falsidade do estmulo exterior. O introvertido possui a semente da criatividade e a sabedoria para utiliz-la de modo correto.

50 O autor ainda faz referncia que, caso o introvertido no consiga expressar a sua sensibilidade para os outros, pode tornar-se agitado, inseguro e cheio de dvidas a respeito de si mesmo. Pode tambm se tornar distante, arrogante ou impaciente, sem conseguir concretizar suas idias criativas. Conforme Johnson (1984, p. 52), os introvertidos so timos observadores e servem-se desta qualidade, junto com sua sintonia interior, para aumentar sua compreenso das coisas, das pessoas e do mundo. Para tanto, desenvolvem tolerncia e pacincia para as maneiras e os hbitos dos que o cercam. So bons ouvintes e, quando tm oportunidade, esto entre os melhores professores e aconselhadores (por exemplo, psiclogos ou psicoterapeutas). Conforme Johnson (1984, p. 53-54), a interpretao dos olhos de um introvertido muito interessante. Ele tem uma delicada receptividade que lhe permite ouvir os comentrios dos outros. Parece tambm aceitar melhor e realmente apreciar os mistrios semi-ocultos que esto dentro de si. Sua calma interior permite que a interpretao v a profundezas mais difceis de alcanar num temperamento extrovertido. H algo de raro no reservatrio de sensibilidade de um introvertido. Uma vez agitado esse reservatrio, podem vir fervilhando superfcie muitas alegrias ou muitas dores. Esse fervilhar, que a liberao, torna bastante compensadora e agradvel a experincia de examinar os olhos de um introvertido.

51 4.10.2 O introvertido e o Extrovertido se complementam

Para Batello (1999, p. 146), o introvertido e o extrovertido podem ser comparados ao Yin e Yang, utilizados na medicina chinesa. Maike (1995, p. 35-36), comenta que:A teoria de Ying Yang e os cinco elementos foram dois tipos de viso da natureza na china antiga. A teoria defende que todo objeto ou fenmeno, consiste de dois aspectos opostos denominados Yin e Yang, que so, por princpio conflitantes e interdependentes. A teoria de Yin-Yang esclarece principalmente a oposio, a interdependncia, o suporte ao consumo e relao de transformao recprocas do Yin e Yang. A relao de interdependncia de Yin e Yang significa que um dos dois aspectos a condio para existncia do outro e nenhum dos dois podem existir isolados.

A pessoa introvertida do tipo Yin, onde ocorre a contrao desta energia e um comportamento, Yang ou extrovertido, indica uma expanso da energia. Ainda que, uma pessoa seja extrovertida pode ter perodos de

introverso e, o mesmo se d com o introvertido, aplicando-se o conceito Yin Yang, onde o Yang contm o Yin e os dois so interdependentes e se atraem. Assim como, o introvertido e extrovertido atraem-se mutuamente e aprendem o equilbrio entre si. Johnson (1984, p. 58) menciona que, a extroverso e a introverso possibilitam a profundidade e a clareza, ao modo como os indivduos lidam com a energia e a vitalidade que permeia por seus organismos. A direo do fluxo dessa vitalidade e dessa energia um indicativo do comportamento extrovertido ou introvertido.

52 Johnson (1984, p. 58) faz referncia de que, a personalidade extrovertida libera mais energia do que recebe. Os indivduos com uma composio de olho extrovertida so otimistas e tm um relacionamento positivo para com os demais. So pessoas ativas na sua relao com a sociedade em geral. A extroverso amplia a auto-expresso, e a sensibilidade diminui. Johnson (1984, p. 58) cita que a introverso possui um detalhe interessante que o acmulo de energia e sensibilidade que h no indivduo. O fluxo de energia proporciona uma viso interior e traz profunda inspirao, inveno e reflexo, e melhora a fora vital no organismo. Quando a vitalidade no expressa, esta pode se tornar destrutiva para o corpo e a mente. A atrao e a interao naturais das estruturas de olho introvertidas e extrovertidas estimulam a transferncia de energia entre os dois tipos, conduzindo ambas ao equilbrio, eleva a energia acumulada pelo introvertido e tambm propicia um canal para a expresso das idias e descobertas deste ltimo. Segue abaixo, os quadros referentes ao Resumo Visual dos contedos explanados e, o quadro de Amplitude de percepo entre introvertidos e extrovertidos.

53 Quadro 5 Resumo Visual A EXTROVERSO

Aumenta a comunicao Diminui a sensibilidade Honestidade Traz realizao Traz tranqilidade Servidor social Libera a energia Lio: a imobilidade A INTROVERSO

Diminui a comunicao Aumenta a sensibilidade Aumenta a sabedoria Capacidade de ensino Reteno da respirao Acumula energia Lio: a expressoFonte: Johnson (1984, p. 56)

54 Quadro 6 Amplitude da Percepo Amplitude da Percepo Extrovertidos Todo mundo est olhando mim.

Introvertidos

Eu estou observando todo mundo Extrovertido: normalmente inspiram pela boca e expiram pelo nariz Introvertidos: normalmente inspiram pelo nariz e expiram pelo boca EXTROVERTIDO E INTROVERTIDO -Em geral sentem-se atrados uns pelos outros -Aprendem o equilbrio uns dos outros. A INTROVERSO ensina habilidade da energia voltada para o interior, como o escutar, a observao e a pacincia. A EXTROVERSO ensina habilidade da energia voltada para o exterior, como a expresso, o envolvimento e a realizao.Fonte: Johnson (1984, p. 57)

55 At o presente exposto, analisam-se as caractersticas dos tipos introvertidos e extrovertidos e, com base nestes, apresenta-se a seguir o quadro comparativo das atitudes: Quadro 7- Comparativo entre Extroverso e Introverso

EXTROVERSO Impulsivo No pode compreender a vida at que a tenha vivido Atitude relaxada e confiante Esperam que as guas provem ser rasas e mergulham prontamente em experincias novas e no tentadas Ateno voltada para o exterior Interesse e ateno dirigida a acontecimentos objetos, principalmente os de seu ambiente imediato. Seu mundo real o externo das pessoas e coisas Os gnios que civilizam Pessoas de ao que alcanam a prtica Vo da ao considerao e retornam ao Conduta governada por condies objetivas em assuntos essenciais Dedicam-se exageradamente a exigncias externas Compreensveis e acessveis sempre sociveis, sentem-se mais vontade no mundo das pessoas e coisas do que no mundo das idias Expansivos e menos impressionveis Descarregam as emoes na medida em que elas vem Fraqueza tpica: tendncia para a superficialidade intelectual A sade e integridade da personalidade, dependem de um desenvolvimento balanceado da atitude oposta. Exemplos:Freud, Darwin, Theodore Roosevelt e Franklin Rooseelt Fonte: Myers apud Zacharias (1995, p. 56)

INTROVERSO Hesitante No pode viver a vida at que a tenha compreendido Atitude reservada e questionadora Esperam que as guas provem ser profundas e fazem uma pausa para sondar o novo. Ateno voltada para o interior Interesse e ateno voltados para eventos interiores Seu mundo real o interno das idias e da compreenso Os gnios da cultura Pessoas de idias e invenes abstratas Vo das consideraes para a ao e voltam para as consideraes Conduta governada por valores subjetivos em assuntos essenciais Defendem-se o possvel de exigncias internas em favor da vida interior Impenetrveis, taciturnos e tmidos, ficam mais vontade no mundo das idias do que no mundo das pessoas e coisas Internos e apaixonados Retm suas emoes e as guardam como sendo explosivas Fraqueza tpica: tendncia no praticidade A sade e integridade da personalidade, dependem de um desenvolvimento balanceado de atitude oposta Exemplos:Jung, Alder, Estein e Lincon

56

5 MTODO

Neste capitulo descrito o mtodo utilizado para alcanar os objetivos propostos no trabalho. Para Yin (2001, p. 19), estudos de caso representam a ttica mais utilizvel quando se possui questes do tipo como e por que, quando o pesquisador analisa eventos dos quais no tem controle, sob uma realidade de acontecimentos recentes. A pesquisa caracterizada como sendo uma pesquisa qualitativa e quantitativa, pois a mesma, necessita de observao e coleta de dados para quantificao e mensurao dos resultados. A seguir demonstrado em forma de fluxograma as etapas do mtodo definido e utilizado para a pesquisa.

57

Figura 2 - Fluxograma do Mtodo de PesquisaFonte: Autoria prpria, 2005.

58 5.1 Mtodo Rayid

O Mtodo Rayid traz uma nova dimenso cincia e arte da Iridologia, menciona Gurudev Singh Khalsa, no prefcio do livro de Denny Johnson, intitulado o olho revela. O futuro provar que o Mtodo Rayid ir liderar as tcnicas da psicologia. Utilizando-o junto com o que j conhecemos sobre o comportamento, podemos resolver os problemas de modo mais completo e integrar questes sobre opes na educao , na carreira e no casamento e sobre como se pode mudar atitudes e comportamentos pessoais, em relao aos pais e outros, mencionou Hester Lewis, M.D , professor e psiquiatra da faculdade de medicina de Havard. A tcnica Rayid uma abordagem revolucionria para a interao mais produtiva dos seres humanos. O Rayid poderia ser beneficamente utilizado entre professores e alunos ou psiclogos e clientes. a mais recente inovao no campo da linguagem do corpo, James R. Neal, PhD, professor de Educao Sacramento State University.

Celso Batello (1999, p. 138) define o mtodo Rayid:Ray quer dizer Raio, por definio, a menor partcula emitida por uma fonte de luz, ou como diz webster, um nico fio de luz que emana de um ponto central.Id designa o conjunto de forcas energticas, instintos primrios e necessidades, dominado pelo princpio do prazer. um termo freudiano usado para indicar os nveis mais profundos da mente.

O autor comenta que o mtodo Rayid possibilita o conhecimento de como o Id emite seus raios para conhecer e se dar a conhecer.

59 Johnson apud Batello (1999, p. 138), descobriu que, o Id com todas as suas necessidades est impresso na ris e, se expressa atravs dela. Na ris encontra-se inscrita toda a histria da vida do indivduo. O mtodo Rayid uma nova maneira de compreender a linguagem da ris que ensina quais os padres bsicos estruturais da personalidade, que so a base do que pensamos, como agimos e por que escolhemos os nossos relacionamentos. Batello (1999, p. 138) comenta que no modelo Rayid existem trs padres bsicos que so representados na ris: Flor, Jia (ou diamante) e Corrente (ou rio). Um padro intermedirio se apresenta entre as estruturas Flor e Jia, chamado Agitador ou Ponta de lana. Com base neste modelo pode-se identificar se um indivduo nasceu com tendncia para ser introvertido ou extrovertido, ainda se pode revelar se o mesmo est passando de introverso para extroverso ou vice-versa. Igualmente fornece uma idia bsica de qual o lado cerebral predomina, ou seja, qual o hemisfrio cerebral que rege o modo de ser, se o direito ou esquerdo. Johnson apud Batello (1999, p. 138), elaborou um mapa da ris contendo 46 reas conhecidas, que representam pensamento, sentimentos e atitudes. Foi demonstrado que, na raiz de cada rea da ris, existe um medo caracterstico como medo do escuro, da pobreza e outros. So cinco os Padres Bsicos do relacionamento que podem ser observado atravs do mtodo Rayid:

60 a) Padro dos complementos b) Padro dos coraes solitrios c) Padro dos semelhantes d) Padro do amor-dio e) Padro de mudana Ao se utilizar o mapa Rayid, pode-se compreender e perceber os diferentes temperamentos dos indivduos. Batello (1999, p. 138), indica que se pode fazer uma anlise pelo mtodo Rayid seguindo as seguintes etapas:

61 Quadro 8 Etapas para anlise de uma ris pelo mtodo RayidJia diamante(mental) Rio ou Refletem ou Modos de aprendizado e expresso Identificao comportamento Os padres Introvertido As 2 direes do fluxo ETAPAS As 2 polaridades Hemisfrio esquerdo Refletem Hemisfrio direito 1-Criao 2-Perdo 3-Graa 4-Criatividade Combinao de padres Relacionamentos 5 relacionamentos tpicos Fonte: Batello (1999, p. 139) Padres de mudanas Extrovertido Refletem Mudanas dos padres Influncia comportamento no efeitos das dos do

Os 3 padres bsicos corrente(sinestsico) Flor(emocional)

combinaes

dominantes

reas especficas

4 bsicas

localizaes

Celso Batello (1999, p.139), comenta que o olhos so uma extenso do prprio crebro. Sendo que o sistema nervoso central recebe, integra e interpreta os estmulos luminosos atravs dos olhos que por sua vez caracteriza o nosso sentido da viso. Muitas vezes nos deparamos com pessoas que nos transmitem alegria, tristeza, dio e outros sentimentos atravs dos olhos.

62 Atravs das marcas registradas indelevelmente na ris pode-se compreender e ter a possibilidade de conhecer a construo geral e parcial do indivduo, alm de nos disponibilizar informaes sobre os aspectos mentais, psquicos e espirituais.

5.2 Identificao da extroverso na ris

Conforme Johnson (1984, p.46,47): fcil interpretar a estrutura do olho de um verdadeiro extrovertido. Antes de iniciar a sua interpretao, em geral eles comeam explicando o que voc provavelmente ver. A necessidade de auto-expresso dos extrovertidos pode ter l seus momentos compensadores e tambm os momentos irritantes. Se voc conseguir mant-los quietos por um breve perodo, certamente notar na ris os dois padres caractersticos da extroverso.

O extrovertido se deixa conhecer, mesmo antes da anlise de sua ris. Pelos aspectos de sua personalidade vibrante e descontrada, que pode deixar alguns incomodados. Johnson (1984, p. 46-47) cita que:O primeiro padro caracterstico da extroverso a ausncia da colorao dourada ou alaranjada na rea que imediatamente rodeia a pupila. A ausncia dessa colorao em volta da pupila em geral permite que se observe o anel da expresso.

Para distinguir a extroverso da introverso deve-se verificar que a rea que circunda a pupila deve estar com uma colorao mais clara que o restante total da ris, as cores dourada ou alaranjada no devem estar presentes nesta regio que circula a pupila.

63 Sobre o anel de expresso, Johnson (1984, p. 46-47), comenta que:O anel da expresso uma estria ou cordo estreito que circunda completamente a pupila. Esse segundo padro caracterstico da extroverso pode ser mais difcil se distinguir. Quando entendido corretamente, o anel da expresso permite que se compreenda muito bem o estilo e os hbitos da expresso particular de uma pessoa. Conforme aumenta a distncia entre o anel da expresso e a pupila, voc notar que o tpico comportamento extrovertido tambm aumenta proporcionalmente. Quando o anel da expresso perfeitamente redondo, o comportamento, em geral, tem uma natureza mais firmee uniforme. Se a forma do anel irregular, o comportamento tem muitos altos e baixos, segundo o humor da pessoa. Como acontece na maioria dos relacionamentos, as qualidades opostas do extrovertido e as do introvertido se equilibram. a busca desse equilbrio que leva o extrovertido a procurar o tranqilo conforto de um introvertido silencioso.

Pelo anel de expresso, ou pode-se dizer, como uma linha estreita que contorna a pupila, observa-se e entende-se as diferentes formas de como as caractersticas particulares de um extrovertido. 1 - Quanto maior a distncia do anel e a pupila, pode se entender que ter uma aumento na mesma proporo no comportamento do extrovertido; 2 - Quando o anel de expresso regular tendendo para um crculo, indica um comportamento mais firme e uniforme; 3 - Caso o anel tenha picos, indicando irregularidades, indicativo de variaes no humor da pessoa.

5.2.1 Identificao da extroverso pela Pupila

Main (2004, p. 21) comenta que se as pupilas so habitualmente mais largas do que um tero do raio de sua ris, a pessoa est sob a influncia do sistema nervoso simptico. Tem tendncia para ser ativo, sair, ser franco e confiante e gostar dos desafios da vida. Se o alongamento for muito grande, pode ter tendncia para hiperatividade ou hiperestimulao das glndulas

64 supra-renais. Isso pode ser um preldio de exausto, pelo que deve passar em revista o seu estilo de vida e as exigncias que est a fazer ao seu organismo. Talvez esteja a trabalhar demais ou privilegiar os interesses alheios em detrimento dos seus. provvel que precise estabelecer limites firmes, para contar e preservar os seus nveis enrgicos.

Figura 3 - Exemplo de Extroverso

Fonte: Johnson apud Batello (1999)

Lio: imobilidade, tranqilidade

5.3 Identificao da introverso na risJohnson (1984, p, 52) menciona duas caractersticas essenciais usadas na identificao de um introvertido pela estrutura da ris.A mais comum e mais simples de se identificar a existncia de uma faixa de um dourado - claro ou marrom claro em volta da pupila. Em geral, essa faixa comea perto da pupila e vai desaparecendo na direo da borda da ris. Essa caracterstica faz a ris ter, aparentemente, uma cor esverdeada ou castanhoclaro. Num olho castanho, isso faz com que a rea prxima pupila parea mais escura do que o resto da ris.

65 A anlise de colorao ao redor da pupila, define a introverso, sendo que, o aparecimento de uma faixa de cor marron-clara ou faixa dourada, permanecendo a cor em torno da pupila mais escura do que o restante da ris. Conforme o grau de introverso da pessoa maior, a intensidade da cor dessa faixa tambm aumenta, pois Johnson (1984, p. 52), comenta que:A intensidade dessa cor pode variar desde um dourado-claro a um laranja-escuro. Se a intensidade da cor chega a um laranjaqueimado ou marrom-escuro, a pessoa pode comear a apresentar um comportamento hiperativo ou hiperverbal (falar demais). Essa hiperatividade conseqncia da energia acumulada, que produz a necessidade de expresso do corpo e da mente.

Pode-se verificar o grau de introverso, a medida que, a cor em torno da pupila se torna mais escura. Caso, a cor chegue, a um laranja amarelado ou marron escuro, cabvel uma investigao, pois a pessoa pode apresentar um comportamento hiperverbal, indicativo este de necessidade de se comunicar. Johnson (1984, p. 53), menciona que assim como na extroverso, o introvertido, tambm pode ser entendido pela anlise do anel de expresso. No olho do introvertido, se v que o anel est bem prximo da pupila, e em alguns casos, no pode ser identificada. Cabe uma ressalva de que, se possvel verificar, se uma pessoa passou de extroverso para introverso ou no sentido inverso. Isso se d quando, o anel de expresso estiver bem visvel e a colorao entre a pupila e o mesmo estiver mais escura. Neste caso, indicativo de extroverso passando para introverso, quando a cor maior for fora do anel de expresso, indica introverso, passando para extroverso. Ambos os casos, so provenientes de experincias traumticas que envolvem raiva, dor ou imensa alegria.

66 5.3.1 Identificao da Introverso pela pupila

Main (2004, p. 21) menciona que se as pupilas so geralmente menores do que a mdia, a pessoa encontra-se sob a influncia do sistema nervoso parassimptico. Pode ser mais solitrio ou introvertido, ou, pode ser que, no confie facilmente nas pessoas e tenha muito cuidado com a forma com que usa sua energia.

Figura 4 Exemplo de Introverso

Fonte: Johnson apud Batello (1999)

5.4. Uso do mtodo de Avaliao Tipolgica Quati

Com objetivo de se validar os dados disponibilizados pelo mtodo Rayid, aplica-se a mesma amostragem de vendedores, o mtodo de avaliao tipolgica QUATI (verso II) de Jos Moraes Zacharias 2003, que baseou seus estudos nas terias de Carls Gustav Jung, isto permite ter a anlise, tanto do mtodo Rayid, bem como, do mtodo QUATI e, a correlao entre os mesmos.

67 5.4.1 Mtodo QUATI

Conforme Zacharias (2003, p. 7-8), as tipologias buscam nomear, de modo geral, o que alguns indivduos tm em comum uns com os outros e, tambm suas diferenas.O modelo jungiano de tipologia, apresenta-se como uma tentativa de, em linhas gerais, definir estilos cognitivos e comportamento individual, classificando semelhanas e diferenas em determinados grupos. No entanto, sua tipologia no um fim em si mesma, mas est intimamente ligada s concepes de homem e mundo desenvolvidas por Jung em sua Teoria da Personalidade. No pretenso da tipologia de Jung mostrar o indivduo por inteiro. A individualidade de cada indivduo e sua dinmica psquica ultrapassam os limites do sistema tipolgico e fogem dessa forma das crticas de qualquer abordagem psicolgica. Zacharias (2003, p. 8) cita que os sistemas psicolgicos determinam e compreendem o comportamento humano no em uma totalidade, mas uma compreenso mais aproximada do fenmeno psquico. A tipologia Jungiana, diferentemente, de outros sistemas tipolgicos, para ser utilizada, requer um avanado conhecimento da base da psique, conforme a teoria analtica. Exclusivamente, com a compreenso e o dinamismo consciente/inconsciente, como pares complementares, que se poder fazer bom uso da tipologia jungiana. Do mesmo modo a tipologia junguiana pode tornar-se instrumento de grande ajuda para compreenso da psique, sabendo que a psique dinmica, e as constantes trocas de contedos conscientes e inconscientes, alm de uma infinidade de elementos estranhos e desconhecidos que habitam a psique, tornam o ser humano um fenmeno que no se pode conhecer na totalidade.Toda

68 anlise da conscincia deve levar em conta o imprevisvel representado pelo inconsciente. Jung apud Zacharias (2003, p. 8) alerta que qualquer descrio de um tipo, mesmo a mais completa possvel, nunca ser fiel, embora seja aplicvel a muita gente. Uma das facetas do homem a singularidade e outra a conformidade. Conforme Zacharias (2003, p. 8), todas estas observaes no chegam a anular o valor prtico da tipologia jungiana escolar e profissional.Quando se est em um emaranhado de dados psicolgicos sobre algum, o modelo tipolgico oferece uma direo, um suporte terico para podermos lidar mais adequadamente com tantos elementos psquicos. Para Zacharias (2003, p. 9), a avaliao tipolgica baseada em testes e questionrios pode ser de grande valia, visto que, o resultado puro simples destes instrumentos de avaliao e esttico, enquanto a personalidade bastante dinmica e apresenta um duplo aspecto de estabilidade e mudana, entre as instncias conscientes e inconscientes.

5.4.2 Teste QUATI Questionrio de Avaliao Tipolgica

O

presente

questionrio

de

Avaliao

Tipolgica

(QUATI),

foi

desenvolvido no Brasil, no bojo de vrias pesquisas desenvolvidas no Instituto de Psicologia da Universidade de So Paulo, sob orientao da Prof. Dr Anna Mathilde P.C. Nagelschmidt, desde 1989, com tipologia jungiana, e, resultou na construo de um Questionrio dirigido populao brasileira e sua cultura. Deve ser utilizado com o indivduo a partir da oitava srie do primeiro grau.

69 Este questionrio pretende avaliar a personalidade atravs das escolhas situacionais que cada indivduo faz. Duas respostas so possveis, o que definir uma entre duas possibilidades opostas de atuao e escolha. Os resultados sero fornecidos em conjunto de trs cdigos que definiram a at