tocantins - repositório do conhecimento do ipea:...
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Situação Socialnos Estados
Tocantins
Situação Socialnos Estados
TocantinsBrasília, 2012
Governo Federal
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República Ministro Wellington Moreira Franco
Fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais – possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiro – e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.
PresidenteMarcio Pochmann
Diretor de Desenvolvimento InstitucionalGeová Parente Farias
Diretor de Estudos e Relações Econômicas ePolíticas Internacionais, SubstitutoMarcos Antonio Macedo Cintra
Diretor de Estudos e Políticas do Estado, dasInstituições e da DemocraciaAlexandre de Ávila Gomide
Diretora de Estudos e Políticas MacroeconômicasVanessa Petrelli Corrêa
Diretor de Estudos e Políticas Regionais,Urbanas e AmbientaisFrancisco de Assis Costa
Diretor de Estudos e Políticas Setoriaisde Inovação, Regulação e InfraestruturaCarlos Eduardo Fernandez da Silveira
Diretor de Estudos e Políticas SociaisJorge Abrahão de Castro
Chefe de GabineteFabio de Sá e Silva
Assessor-chefe de Imprensa e ComunicaçãoDaniel Castro
Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoriaURL: http://www.ipea.gov.br
SITUAÇÃO SOCIAL NOS ESTADOS
CoordenaçãoJorge Abrahão de CastroHerton Ellery AraújoAna Luiza Machado de Codes Apoio técnicoCristiane Ala DinizJanaína Carvalho dos SantosLana Torres BarretoThaysa Guimarães Souza
SUMÁRIO
ApresentAção ................................................................................................. 5
InDICADores soCIAIs nos estADos BrAsILeIros: o CAso Do toCAntIns ..................................................................................... 7
DemogrAfIA .................................................................................................... 9
preVIDÊnCIA ..................................................................................................... 11
renDA, poBreZA e DesIgUALDADe .................................................................. 14
sAÚDe ................................................................................................................ 19
segUrIDADe ..................................................................................................... 20
trABALHo e renDA Do trABALHo .................................................................. 22
eDUCAção ......................................................................................................... 25
sAneAmento e HABItAção ............................................................................. 28
CULtUrA ............................................................................................................ 31
oUtrAs perspeCtIVAs ..................................................................................... 35
AneXos ............................................................................................................. 36
ANEXO 1 .................................................................................................................... 36
ANEXO 2 .................................................................................................................... 49
APRESEntAção
A iniciativa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Ipea de publicar esta série – Situação Social nos Estados – busca suprir uma lacuna e complementar as tra-dicionais séries de análises desenvolvidas pela instituição na área social. Contribui-se, dessa forma, para o cumprimento da missão de produzir e disseminar conhecimento a fim de melhorar as políticas públicas tanto no aspecto nacional como também nas esferas mais descentralizadas do país.
Para tanto, esta publicação apresenta e analisa brevemente alguns temas sociais selecionados, utilizando um conjunto de dados e informações para entender a evolução e o quadro atual da situação social vivida pela sociedade brasileira, em cada um dos estados brasileiros e no Distrito Federal.
Os temas foram selecionados por área de interesse das políticas sociais: demo-grafia, previdência social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, saneamento e habitação, cultura e desenvolvimento agrário.
Para dar conta do tipo de abordagem proposta, a fonte de informação mais completa, em termos de abrangência territorial e periodicidade, é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE). Entretanto, quando a PNAD não foi suficiente, utilizaram-se também outras fontes de dados. Além disso, restringiu-se o período de análise a 2001-2009.
O presente documento trata do estado do Tocantins como parte específica da série. Para cada estado, é possível comparar a situação no estado à média da região a que perten-ce e à média nacional. Por outro lado, há também a possibilidade de análise intraestadual, na qual o indicador médio do estado é confrontado com suas situações urbana e rural.
As diferentes seções apresentadas servem ao propósito de conferir tratamento múltiplo aos temas. Primeiro, apresenta-se análise dos principais indicadores selecio-nados para cada tema proposto. Em seguida, o anexo 1 oferece uma série de 34 indi-cadores para que o leitor faça suas próprias análises. Por último, o anexo 2 apresenta glossário de indicadores e suas respectivas metodologias de construção.
Os Editores
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
InDICADoRES SoCIAIS noS EStADoS BRASILEIRoS: o CASo Do toCAntInS
Dois eventos, que marcaram o fim dos anos 1980 e o começo dos anos 1990 no Brasil, possibilitaram uma mudança no quadro socioeconômico do país nas últimas duas dé-cadas: a promulgação da Constituição Federal de 1988, a Constituição Cidadã, que definiu novos marcos para a abrangência das políticas sociais; e a estabilização monetá-ria obtida com o Plano Real em 1994, que permitiu ao país voltar a planejar políticas públicas com um horizonte mais controlável do ponto de vista econômico.
A primeira década dos anos 2000 já reflete os impactos decorrentes daqueles eventos. O objetivo desta série de publicações é mostrar, por meio de alguns indica-dores selecionados, as mudanças sociais que são fruto do desempenho econômico do Brasil e também das escolhas políticas feitas nesse período.
Os indicadores foram selecionados por área de atuação das políticas sociais: de-mografia, previdência social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e ren-da, educação, saneamento e habitação, cultura e desenvolvimento agrário.
Para abordar essas áreas, a fonte de informação mais completa, em termos de abrangência territorial e periodicidade, é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domi-cílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE).1 Entretanto, a PNAD não foi suficiente para tudo, sendo então utilizados os dados da Rede Interagen-cial de Informações para a Saúde do Ministério da Saúde (Ripsa/MS). Além disso, para simplificar, apresentam-se as fontes de dados de cada indicador no anexo 2.
Este volume sobre o Tocantins integra uma série de publicações, organizada por estado. Em cada uma delas, o leitor pode comparar a situação do estado à média da região a que pertence e à média nacional. Por outro lado, há também a possibilidade de uma análise intraestadual, na qual o indicador médio do estado é confrontado com suas situações urbana e rural.
1. Existe uma variabilidade inerente, de ano para ano, aos indicadores advindos da PNAD, por se tratar de uma pesquisa amostral. Mostraremos os indicadores calculados a partir dos microdados de cada ano. Contudo, depreenderemos dali as tendências gerais ao longo do período.
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O quadro-síntese a seguir apresenta alguns indicadores, que serviram de base para uma abordagem inicial. Entretanto, o leitor pode fazer uma análise mais completa utilizando o anexo estatístico, que oferece gama maior de indicadores para cada área em questão.
QUADRO 1Quadro-síntese da situação social – Brasil, norte e tocantins
Áreas de atuação política
IndicadoresResultados/valores mais recentes
Brasil Norte Tocantins
DemografiaTaxa de fecundidade total 1,90 2,33 2,01
Razão de dependência de idosos (60 ou mais) 15,33 10,91 14,81
Previdência socialCobertura da população idosa (60 ou mais) 77,37 68,94 73,74
Esperança de vida aos 60 anos¹ 21,30 20,50 20,40
Pobreza e desigualdade
Extrema pobreza 5,16 6,55 5,98
Renda domiciliar per capita 631,71 439,30 513,61
Índice de Gini 54,01 52,26 52,18
SaúdeTaxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos)² 20,00 22,10 21,40
Taxa de homicídio masculina (15 a 29 anos)³ 94,30 89,60 40,20
Seguridade Percentual da renda com transferências 20,74 14,92 17,18
Trabalho e rendaDesemprego 8,16 8,50 5,96
Rendimento médio do trabalho (salário) 1.116,39 931,04 953,77
EducaçãoTaxa de analfabetismo (15 anos ou mais) 9,70 10,56 13,51
Número médio de anos de estudos (15 anos ou mais) 7,55 7,12 7,25
Saneamento e habitação
Abastecimento adequado de água 87,72 62,05 84,07
Acesso à energia elétrica 98,82 95,96 93,09
CulturaTelefone celular no domicílio 81,05 73,89 79,27
Internet no domicílio 28,14 13,00 13,99
Desenvolvimento agrário
Cobertura da população idosa (rural) 86,49 75,61 77,09
Extrema pobreza (rural) 12,64 10,46 13,27
Renda domiciliar per capita (rural) 314,25 289,33 293,35
Índice de Gini (rural) 49,02 47,57 48,66
Rendimento médio do trabalho (salário) (rural) 625,45 674,51 553,63
Taxa de analfabetismo (15 anos ou mais) (rural) 22,77 18,66 22,02
Acesso à energia elétrica (rural) 93,29 82,31 75,87
Telefone celular no domicílio (rural) 54,49 42,58 59,56
Internet no domicílio (rural) 4,25 2,18 0,87
Fontes: PNAD 2009/IBGE e Ripsa/MS.
Notas: ¹ Os valores da esperança de vida aos 60 anos apresentados representam 2008.
² Os valores da taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) apresentados representam 2007.
³ Os valores da taxa de homicídio masculina (15 a 29 anos) apresentados representam 2007.
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
DEMoGRAFIA
Tocantins, estado pertencente à região Norte do Brasil, possui cerca de 1,3 milhões de habitantes, o que representa 0,7% da população brasileira e 8,5% da nortista. Mais de 25% da população tocantinense vivem nas zonas rurais de seus municípios.2 Esse per-centual é maior do que o da região Norte (22,1%) e superior à média nacional (15,6%).
A fecundidade no Tocantins é maior do que no Brasil e menor do que no Norte, encontrando-se em trajetória de queda, como as demais. O Brasil já apresenta uma taxa de fecundidade (1,90) abaixo da de reposição (2,10), o que significa que nossa população começará a decrescer daqui a cerca de 30 anos. O mesmo se dá no caso do Tocantins (2,01). No Norte (2,33), entretanto, essa taxa ainda está um pouco acima daquele patamar.
GRÁFiCO 1taxa de fecundidade total
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
3,2
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Brasil Norte Tocantins
2. As zonas rurais dos estados da região Norte, exceto Tocantins, passaram a ser incluídas na PNAD em 2004. Por isso, quando os indicadores basearem-se em dados da PNAD e envolverem comparações com as médias da região Norte, nossas análises temporais iniciam-se naquele ponto do tempo.
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A razão de dependência de idosos, por sua vez, é maior no Tocantins (14,81) do que no Norte (10,91) como um todo e inferior à nacional (15,33). Tal resultado é esperado, frente a suas taxas de fecundidade, que são menores que as da região e mais elevadas que as do país.
GRÁFiCO 2razão de dependência demográfica – idosos
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
22,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Tocantins
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 3razão de dependência demográfica – idosos – tocantins
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
22,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
PREVIDÊnCIA
Os indicadores de previdência social fornecem uma sinalização de como a população idosa do Tocantins vive de maneira mais precária que os demais cidadãos nortistas e brasileiros. A tomar pela esperança de vida aos 60 anos3 – trata-se de uma estimativa de quantos anos mais uma pessoa de 60 anos de idade ainda vai viver –, tem-se que um tocantinense, em 2001, tinha a expectativa de viver mais 19,7 anos, quando comple-tasse 60 anos de idade. Essa expectativa passou a ser de 20,4 anos, em 2008. Para um brasileiro, essa projeção era de 20,5 anos em 2001 e de 21,3 anos em 2008 e, para um nortista, de 19,8 e 20,5 anos.
3. Os valores da esperança de vida aos 60 anos representam 2001 a 2008. Ainda não foram calculados os valores para 2009.
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GRÁFiCO 4esperança de vida aos 60 anos de idade
19,0
20,0
21,0
22,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Brasil Norte Tocantins
Outro indicador utilizado na área da previdência social é a cobertura da popula-ção idosa (60 anos ou mais) em relação aos benefícios previdenciários e assistenciais.4 Esses índices sinalizam a condição de vulnerabilidade em que vive a população, ao mes-mo tempo que evidenciam a abrangência da atuação do Estado na seguridade social. Em 2004, 77,4% da população idosa do Brasil eram cobertas pela previdência social. No Norte e no Tocantins, essas cifras eram de 75,8% e 76,5%, respectivamente. Em 2009, essa cobertura permaneceu no nível de 77,4% no país, sendo de 68,9% na região e de 73,7% no estado.
Com relação à população rural do Tocantins, o índice, que era de 76% em 2001, variou para 77,1% em 2009.
4. Na PNAD, não é possível distinguir a aposentadoria do Benefício de Prestação Continuada do idoso.
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 5Cobertura previdenciária da população idosa
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Tocantins
GRÁFiCO 6Cobertura previdenciária da população idosa – tocantins
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
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REnDA, PoBREZA E DESIGUALDADE
Para captar o poder aquisitivo da população, utilizamos o indicador da renda domici-liar per capita, pois ele contempla todas as fontes de renda que uma família pode pos-suir, dividido pela quantidade de componentes da família. Expressa, portanto, a parcela da renda que é efetivamente apropriada por cada membro da família para seus gastos.
O Brasil, que apresentava a renda domiciliar per capita de R$ 493,0 em 2004, subiu para R$ 631,7, em 2009, perfazendo aumento real de 28,1% no período. O indi-cador do Norte passou de R$ 338,6 para R$ 439,3 (aumento real de 29,7%). O estado do Tocantins demonstra uma trajetória superior à regional. Com um crescimento de 44,3%, o indicador, que era de R$ 356,0 em 2004, elevou-se para R$ 513,6 em 2009.
No Tocantins, as desigualdades de renda média são evidentes. A discrepância en-tre as magnitudes desses indicadores rurais e urbanos chama atenção: em 2009, o valor era de R$ 589,6 nas zonas urbanas e de R$ 293,4 nas rurais. Por mais que se argumente que a economia das cidades é mais monetizada do que a rural, diferenciais tão acentu-ados de renda são, no mínimo, desafiadores para as políticas sociais. Em suma, apesar do melhor desempenho, em termos do crescimento de renda observado nos últimos anos, o Tocantins ainda apresenta patamares muito inferiores ao nacional, sendo que, na zona rural, a situação chega a ser mais precária.
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 7renda domiciliar per capita média(Em R$)
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
700,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Tocantins
GRÁFiCO 8renda domiciliar per capita média – tocantins(Em R$)
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
700,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
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Sob o ponto de vista da pobreza extrema – ou seja, daqueles que auferem renda per capita inferior a R$ 67,07, por mês, em setembro de 2009 e para os anos anterio-res deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao consumidor (INPC)5 –, o Tocantins apresenta tendência de queda. Em 2004, 10,9% da população viviam em pobreza extre-ma, sendo que essa proporção diminuiu para 6% em 2009. Essa trajetória foi próxima à ocorrida na região Norte, em que, no mesmo período, a pobreza extrema passou de 11,2% para 6,5%. Entretanto, a comparação com o Brasil demonstra ainda uma situação de des-vantagem. Os índices nacionais são de 8,9% e 5,2% para 2004 e 2009, respectivamente.
Tendo em vista o contexto rural, os indicadores de pobreza extrema do Tocantins (31,7% em 2001 e 13,3% em 2009) demonstram tendência de queda mais acentuada que nas zonas urbanas. Isso pode ser atribuído às transferências governamentais, que contribuem para mitigar a miséria no campo e para minimizar as discrepâncias entre as condições de vida das populações extremamente pobres, nas zonas rurais e urbanas.
GRÁFiCO 9população em situação de extrema pobreza(Em %)
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Tocantins
5. Em junho de 2011, o governo federal assumiu uma linha oficial, para balizar seu programa de erradicação da extrema pobreza. É esta linha que está sendo considerada neste trabalho.
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 10população em situação de extrema pobreza – tocantins(Em %)
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
A propósito da desigualdade de renda, o indicador mais completo para medi-la é o Índice de Gini,6 pois leva em consideração os rendimentos por todo o espectro da distribuição. A série histórica desse indicador encontra-se no gráfico a seguir. Como esperado, a desigualdade vem caindo, sendo a nortista inferior à nacional. O Tocantins exibiu, durante todo o período, desigualdade superior à nortista, exceto em 2006 e 2009. Na área rural, a desigualdade é inferior à urbana.
6. O Coeficiente de Gini é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini e publicada no documento Variabilità e mutabilità, em 1912. É comumente utilizada para calcular a desigualdade de distribuição de renda, mas pode ser usada para qualquer distribuição. Ele consiste em um número entre 0 e 1, sendo que 0 corresponde à completa igualdade de renda (em que todos têm a mesma renda) e 1 corresponde à completa desigualdade (em que uma pessoa tem toda a renda, e as demais nada têm). O Índice de Gini é o coeficiente expresso em pontos percentuais (p.p.) – é igual ao coeficiente multiplicado por 100.
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
GRÁFiCO 11Índice de gini
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Tocantins
GRÁFiCO 12Índice de gini – tocantins
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
SAÚDE
A mortalidade infantil no Tocantins tem diminuído. Em 2001, a taxa (mortes infan-tis por mil nascidos vivos) era de 27, caindo para 21,4 em 2007. Considerando esses valores, o estado encontra-se, por um lado, em situação desfavorável, relativamente ao contexto nacional. No Brasil, os patamares de mortalidade infantil são mais baixos: 26,3, em 2001, e 20, em 2007. Por outro lado, o Tocantins apresenta-se em vantagem, se o compararmos ao quadro delineado na região Norte, onde as taxas foram de 27,7 e 22,1, em 2001 e 2007, respectivamente.
GRÁFiCO 13taxa de mortalidade infantil
18,0
21,0
24,0
27,0
30,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Brasil Norte Tocantins
Outro indicador a ser considerado é a taxa de homicídio masculina (número de mortes por 100 mil habitantes), para a faixa etária de 15 a 29 anos. No caso do Brasil, a taxa caiu de 101,4 em 2001 para 94,3 em 2007. O Tocantins também apresenta me-lhorias ao longo do período analisado, sendo que seus níveis de violência são inferiores aos nacionais – em 2001, a taxa era de 44,3, caindo para 40,2 em 2007. Essa trajetória segue sentido oposto ao que se assiste no Norte, já que os índices regionais evidenciam uma escalada de ascensão, tanto em termos da magnitude dos indicadores como da sua velocidade de crescimento (61,6 e 89,6, em 2001 e 2007, respectivamente).
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
GRÁFiCO 14taxa de homicídios masculina – 15 a 29 anos
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Brasil Norte Tocantins
SEGURIDADE
Em sua atuação para prover seguridade social à população, o governo promove tanto políticas de prestação de serviços quanto de transferências monetárias diretas. Essas transferências compõem uma parcela da renda das famílias, que pode ser mensurada pelo percentual correspondente às aposentadorias e pensões de instituto de previdência ou do governo federal, ao abono de permanência e aos outros programas oficiais – tais como Renda Mínima, Bolsa Família, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC-Loas) e outros.7
7. As PNADs agrupam, na mesma variável, os programas de transferências governamentais e os ganhos provenientes de aplicações financeiras, como dividendos e juros. Sabemos, no entanto, que estes rendimentos tendem a ser subdeclarados, enquanto as transferências governamentais são mais bem captadas. Consideramos, portanto, que essa variável oferece boa aproximação do que queremos aferir.
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
No Tocantins, a parcela da renda correspondente à seguridade (17,2% em 2009) é inferior à do Brasil (20,7% em 2009). Entre os moradores da zona rural, essa ordem se inverte: 33,1% no Tocantins e 29,2% no Brasil. A evolução entre 2001 e 2009 mos-tra que, enquanto no Brasil houve aumento de 13,4% no indicador – o que correspon-de a 2,4 p.p. –, a elevação no Tocantins foi de 59,6% – ou 6,4 p.p.
É possível associar parte do significativo aumento da renda domiciliar per capita observado na zona rural do Tocantins (da ordem de 82,5% ao longo do período) às políticas de transferência. Ou seja, reafirma-se aqui a importância dessas políticas para elevar o nível de rendimento da população rural tocantinense, diminuindo as situações de pobreza extrema, como já se sinalizou anteriormente.
GRÁFiCO 15transferências na renda(Em %)
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Tocantins
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
GRÁFiCO 16transferências na renda – tocantins(Em %)
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
tRABALHo E REnDA Do tRABALHo
A taxa de desemprego no Tocantins encontra-se em melhor situação do que na região Norte e no Brasil. Em 2004, ela era de 4,2%, tendo se elevado para 6% em 2009. No Norte, essas taxas foram de 7,1% e 8,5% em 2004 e em 2009, respectivamente; o Brasil apresentou as cifras de 8,8% e 8,2% naqueles anos.
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 17taxa de desemprego
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Tocantins
GRÁFiCO 18taxa de desemprego – tocantins
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
Esse resultado se deve basicamente ao forte desempenho rural do Tocantins. Essa característica traz consigo o principal problema a ser enfrentado pelo estado: a baixa qualidade dos postos de trabalho tanto em termos da precariedade das ocu-pações como da remuneração. Nesses aspectos, o Tocantins encontra-se em situa-ção bastante desfavorável relativamente à média nacional; por outro lado, devido ao fato de vir apresentando tendência de melhoria nesse indicador, o estado che-gou a ultrapassar a média nortista a partir de 2007. O rendimento médio do traba-lho8 no Tocantins foi de R$ 737,72 em 2004 (sendo que, no Brasil, essa média foi de R$ 932,51 e, no Norte, de R$ 772,71) e em 2009 aumentou para R$ 953,77 (Brasil: R$ 1.116,39; Norte: R$ 931,04).
GRÁFiCO 19rendimento médio no trabalho(Em R$)
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Brasil Norte Tocantins
8. Trata-se do rendimento médio só dos que tiveram renda proveniente do trabalho. Os ocupados com renda zero foram excluídos do cálculo.
25
Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 20rendimento médio no trabalho – tocantins(Em R$)
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Total Urbano Rural
Esse problema se revela ainda mais acentuado quando se trata da zona rural. No estado, o rendimento do trabalho rural era de R$ 450,85 em 2004 e de R$ 553,63 em 2009. Há defasagem de rendimentos não apenas em relação aos trabalhadores urbanos, no próprio Tocantins, mas também em relação às médias rurais nacionais (R$ 512,51 e R$ 625,45) e nortistas (R$ 636,81 e R$ 674,51), naqueles anos.
EDUCAção
O Tocantins tem escolaridade, medida pela média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais, menor do que a nacional em todos os anos, de 2004 a 2009, e menor que a regional até 2007, vindo superá-la a partir de 2008. No estado, essas médias são de 6 e 7,2 anos de estudo, enquanto, para a região, elas são de 6,2 e 7,1 anos e, para o país, de 6,8 e 7,5 anos, respectivamente. Considerando o crescimento de ponta a ponta no período, nota-se que o Tocantins teve desempenho (19,8%) superior ao na-cional (10,7%) e ao nortista (13,9%). Cabe notar que a população rural do Tocantins encontrava-se ainda, em 2009, com escolaridade baixa: 4,9 anos de estudo.
26
S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
GRÁFiCO 21média de anos de estudo
3,0
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Brasil Norte Tocantins
GRÁFiCO 22média de anos de estudo – tocantins
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Total Urbano Rural
27
Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
Observando-se a questão do analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais, o Tocantins também apresenta padrões menos favoráveis que a média nacional e a nortis-ta. Em 2004, 17,2% dos tocantinenses eram analfabetos, contra 12,7% dos nortistas e 11,4% dos brasileiros. Em 2009, essa situação de desvantagem permaneceu: os analfa-betos compunham 13,5% da população do Tocantins, enquanto, no Norte e no Brasil, eles representavam 10,5% e 9,7% das pessoas, respectivamente.
GRÁFiCO 23taxa de analfabetismo
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Brasil Norte Tocantins
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
GRÁFiCO 24taxa de analfabetismo – tocantins
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Total Urbano Rural
A situação se torna ainda mais séria quando se focalizam os índices referentes às populações rurais do Tocantins. Ainda que as tendências de queda tenham sido mais intensas nessas zonas, os patamares continuam alarmantes. A taxa de analfabetismo passou de 31%, em 2001, para 22%, em 2009.
SAnEAMEnto E HABItAção
No Tocantins, acessos adequados a abastecimento de água estão aquém da média na-cional e além da nortista. Ademais, as disparidades entre as áreas rurais e urbanas reve-lam desigualdades ainda preocupantes.
Durante o período em questão, a água encanada no Brasil aumentou sua cobertura, passando de 81,4%, em 2001, para 87,7%, em 2009. As diferenças regionais, apesar de diminuírem no período, ainda são elevadas e, notadamente no caso do Tocantins, mais de 15% de sua população continuavam sem esse atendimento em 2009. Esse baixo valor médio se deve basicamente à zona rural, onde o percentual de cobertura era de 54,8% em 2009.
29
Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 25Abastecimento adequado de água(Em %)
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Brasil Norte Tocantins
GRÁFiCO 26Abastecimento adequado de água – tocantins(Em %)
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30,0
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Total Urbano Rural
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
Com relação à energia elétrica, o Tocantins encontra-se em pior situação do que o Norte como um todo, e ainda aquém da média brasileira. Este serviço está ca-minhando para a universalização, mas na área rural do Tocantins 24% da população ainda estão no escuro.
GRÁFiCO 27Acesso à energia elétrica(Em %)
30,0
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Brasil Norte Tocantins
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 28Acesso à energia elétrica – tocantins(Em %)
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60,0
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Total Urbano Rural
CULtURA
Os indicadores selecionados de acesso a bens culturais mostram, em geral, diferenças expressivas entre a média nacional e a nortista, revelando desigualdades regionais for-tes nesses aspectos. No Tocantins, as diferenças entre os espaços rurais e urbanos são ainda acentuadas.
O acesso a telefone celular no Brasil encontra-se em plena ascensão. Em 2001, a posse de celular, por pelo menos um morador do domicílio, atingia a cifra de 31%. Esta cobertura subiu para 81,1%, em 2009. As trajetórias do Norte e do Tocantins seguem de perto a nacional, chegando, em 2009, às coberturas de 73,9% e 79,3%, respectivamente.
32
S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
No Tocantins, ainda há fortes desigualdades de cobertura entre as zonas urbanas e as rurais. No caso da população rural, a situação é mais acirrada, pois meros 3,5% possuem telefone fixo e apenas 60% dos domicílios dispõem de telefone celular. Os demais, aqueles que não contam com esses acessos, vivem, pois, uma restrição de co-municação que beira o isolamento.
GRÁFiCO 29telefone celular no domicílio(Em %)
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Brasil Norte Tocantins
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
GRÁFiCO 30telefone celular no domicílio – tocantins(Em %)
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Total Urbano Rural
Com relação ao acesso à internet, é plausível afirmar que esse item ainda pode ser considerado um “luxo”, mesmo em nível nacional, pois apenas 28,1% da população brasileira o possuíam em 2009. Apesar da velocidade de expansão do seu acesso nos últimos anos, a população rural está praticamente alijada desse processo. As diferenças regionais são intensas e, no Tocantins, a internet no domicílio ainda é um evento raro, sendo a taxa de acesso de 18,5% para a população urbana e, para a rural, o acesso ainda é praticamente nulo.
34
S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
GRÁFiCO 31Acesso à internet(Em %)
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Brasil Norte Tocantins
GRÁFiCO 32Acesso à internet – tocantins(Em %)
0,0
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10,0
15,0
20,0
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Total Urbano Rural
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
oUtRAS PERSPECtIVAS
O texto anterior é uma leitura, entre tantas possíveis, da evolução das condições de vida das populações, por unidade da Federação (UF). Os anexos a seguir oferecem uma série de 34 indicadores para que o leitor criativo faça suas próprias análises. Fechamos aqui a nossa parte, abrindo oportunidade para a projeção de outras perspectivas.
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
AneXo 2
glossário de indicadores – informações por estados
InFoRMAçÕES IMPoRtAntES
• Para construção dos indicadores, foram utilizadas as fontes Ripsa/MS ePNAD/IBGE.
• TodososindicadorescomfontePNAD/IBGEforamelaboradosparaapopu-lação residente em domicílios particulares permanentes.
• Ocritérioutilizadoparaaclassificaçãodapopulaçãoemurbanaeruralparaindicadores com fonte PNAD/IBGE é o mesmo para a classificação da situ-ação do domicílio. Como situação urbana, consideram-se as áreas correspon-dentes às cidades (sedes municipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urba-nas isoladas. A situação rural abrange toda a área situada fora desses limites.
• Pessoasocupadas:foramclassificadascomoocupadasnasemanadereferênciaas pessoas que tinham trabalho durante todo ou parte desse período ou que não exerceram o trabalho remunerado que tinham na semana de referência por motivo de férias, licença, greve etc.
• Pessoasdesocupadas:foramclassificadascomodesocupadasnasemanadere-ferência as pessoas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva de procura de trabalho nesse período.
• PEA: aspessoas economicamente ativasna semanade referência compuse-ram-se das pessoas ocupadas e desocupadas nesse período.
• Populaçãonãoeconomicamenteativa:aspessoasnãoeconomicamenteativasna semana de referência compuseram-se das pessoas que não foram classifica-das como ocupadas nem como desocupadas nesse período.
50
S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
DEMoGRAFIA
população residente – pnAD/IBge
Total de pessoas que tem a unidade domiciliar como local de residência habitual e estão presentes na data da entrevista, ou ausentes, temporariamente, por período não supe-rior a 12 meses em relação àquela data.
taxa de fecundidade – ripsa/ms
Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por mulher ao fim do seu período repro-dutivo, em determinado espaço geográfico.
A taxa é estimada para um ano no calendário determinado, a partir de informa-ções retrospectivas obtidas em censos e inquéritos demográficos.
Método de cálculo:
• Ataxadefecundidadetotaléobtidapelosomatóriodastaxasespecíficasdefecundidade para cada idade das mulheres residentes de 15 a 49 anos.
• As taxasespecíficasde fecundidadeexpressamonúmerodefilhosnascidosvivos tidos por mulher, por ano das faixas etárias de 15-19, 20-24, 25-29, 30-34, 35-39, 40-44 e 45-49 anos. Essas taxas são estimadas por meio de me-todologias demográficas sofisticadas, geralmente aplicadas a dados censitários e a pesquisas domiciliares.
Podem-se encontrar mais informações no link: <http://www.ripsa.org.br/fichas IDB/record.php?node=a.5&lang=pt&version=ed4>.
razão de dependência demográfica – jovens (0 a 15 anos) – pnAD/IBge
Razão entre o total de pessoas com 0 a 15 anos de idade e o total de pessoas com 16 anos ou mais de idade.
51
Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
Método de cálculo:
População de 0 a 15 anos de idade ×100População de 16 anos ou mais de idade
razão de dependência demográfica – idosos (60 anos ou mais) – pnAD/IBge
Razão entre o total de pessoas com 60 anos ou mais de idade e o total de pessoas com 16 anos ou mais de idade.
Método de cálculo:
População de 60 anos ou mais de idade ×100População de 16 anos ou mais de idade
saldo migratório – pnAD/IBge
É o saldo entre imigrantes (número de pessoas que entrou) e emigrantes (número de pessoas que saiu) de uma determinada unidade geográfica nos últimos cinco anos.
Método de cálculo:
Saldo = imigrantes - emigrantes
PREVIDÊnCIA E SEGURIDADE
Cobertura da população idosa – pnAD/IBge
Proporção (em porcentagem) de idosos com 60 anos ou mais de idade que recebem aposentadoria e/ou pensão de instituto de previdência federal (Instituto Nacional do Seguro Social – INSS), estadual ou municipal ou do governo federal na semana de referência. Para se obter esse dado de cobertura, elimina-se a dupla contagem naqueles casos em que a mesma pessoa recebe aposentadoria e pensão.
52
S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
Método de cálculo:
População de 60 anos ou mais de idade que recebe aposentadoria e/ou pensão ×100
População de 60 anos ou mais de idade
proporção de contribuintes na população economicamente ativa – pnAD/IBge
Percentual de pessoas economicamente ativas que contribuem para a previdência.
São consideradas as pessoas de 16 anos ou mais que fazem contribuição para instituto de previdência em qualquer trabalho na semana de referência, empregados com carteira de trabalho assinada, militares, funcionários públicos estatutários, traba-lhadores domésticos com carteira de trabalho assinada, além de pessoas que possuíam trabalho secundário da semana de referência, como militar do Exército, da Marinha de Guerra ou da Aeronáutica, funcionários públicos estatutários ou que tinham carteira de trabalho assinada nesse trabalho secundário.
Método de cálculo:
PEA que contribui para previdência ×100PEA
esperança de vida aos 60 anos – pnAD/IBge
Número médio de anos adicionais de vida que se espera para um sobrevivente de 60 anos, mantido o padrão de mortalidade existente, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Método de cálculo: a partir de tábuas de vida elaboradas para cada área geográfica, com base no método atuarial, toma-se o número de indivíduos de uma geração inicial de nascimentos que completou 60 anos de idade (l60). Determina-se, a seguir, o tempo cumulativo vivido por essa mesma geração, desde os 60 anos até a idade limite (T60). A esperança de vida ao nascer é o quociente da divisão de T60 por l60.
Podem-se encontrar mais informações no link: <http://www.ripsa.org.br/fichas IDB/record.php?node=a.12&lang=pt&version=ed4>.
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
percentual das transferências na renda – pnAD/IBge
Percentual do rendimento de todas as fontes provenientes de programas de transferência de renda. Fazem parte dos programas de transferência de renda: rendimento de apo-sentadoria de instituto de previdência ou do governo federal, rendimento de pensão de instituto de previdência ou do governo federal, rendimento de abono de permanência – e juros de caderneta de poupança e de outras aplicações financeiras, dividendos, programas sociais e outros rendimentos –, que recebia, normalmente, no mês de referência.
Método de cálculo:
Soma do rendimento proveniente de programas de transferência de renda ×100
Soma do rendimento de todas as fontes
PoBREZA E DESIGUALDADE
extrema pobreza – pnAD/IBge
A pobreza é vista como uma condição de insuficiência de renda. Para o cálculo desse indicador, utilizou-se a renda domiciliar per capita como referência para a aferição de pobreza na população brasileira. Definiu-se como extremamente pobre a população com renda domiciliar per capita (RDPC) abaixo de R$ 67,07 em 2009, calculando-se assim o percentual de pessoas que vivem nesta situação. Os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e estão apresentados a preços de 2009.
Método de cálculo:
População extremamente pobre ×100População total
renda domiciliar per capita – pnAD/IBge
É a soma dos rendimentos de todas as fontes de todos os moradores do domicílio divi-dida pelo número de moradores do domicílio. Os pensionistas – locatários de cômodos ou vagas em domicílios –, empregados domésticos e parentes de empregados domésti-cos são excluídos do cálculo.
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
Para o cálculo da renda média de acordo com categorias selecionadas, é feita mé-dia das rendas domiciliares per capita das pessoas residentes nas categorias selecionadas.
Método de cálculo:
Soma das rendas domiciliares per capitaPopulação total
em que a renda domiciliar per capita é:
Soma da renda dos moradores de determinado domicílioNúmero de moradores no domicílio
Índice de gini – pnAD/IBge
É comumente utilizado para calcular a desigualdade na distribuição de rendimento, mas pode ser usado para qualquer distribuição. Ele consiste em um número entre 0 e 1, em que 0 corresponde à completa igualdade de rendimento (em que todos têm o mesmo rendimento) e 1 corresponde à completa desigualdade (em que uma pessoa tem todo o rendimento, e as demais nada têm). O Índice de Gini é o coeficiente expresso em pontos percentuais (é igual ao coeficiente multiplicado por 100).
Calcula-se o Coeficiente de Gini como uma razão das áreas no diagrama da curva de Lorenz. Se a área entre a linha de perfeita igualdade e a curva de Lorenz é a, e a área abaixo da curva de Lorenz é b, então o Coeficiente de Gini é a/(a+b). Esta razão se expressa como porcentagem ou como equivalente numérico dessa porcenta-gem, que é sempre um número entre 0 e 1.
a
b
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
O Coeficiente de Gini pode ser calculado com a fórmula de Brown, que é mais prática:
G = K = n –1
K = 0
1 – (X – X ) (Y –Y )∑ K+1 K+1 KK
em que:
G = Coeficiente de Gini
X = proporção acumulada da variável “população”
Y = proporção acumulada da variável “renda”
Se existe perfeita igualdade, então todos têm a mesma renda e pode-se esco-lher quaisquer dois indivíduos para colocar na fórmula que dará o mesmo resultado. Escolhendo-se o primeiro e o último indivíduo, então (Xk+1 – Xk = 1) e (Yk+1 + Yk = 1), e G fica igual a 0. No caso de desigualdade máxima, apenas um indivíduo detém toda a renda do país, quaisquer indivíduos escolhidos dará (Yk+1 + Yk = 0), e G fica igual a 1. Esta soma é, então, sempre um número entre 0 e 1.
SAÚDE
taxa de mortalidade infantil – ripsa/ms
Número de óbitos de menores de 1 ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Método de cálculo:
Direto:
Número de óbitos de residentes com menos de 1 ano de idade ×1.000Número de nascidos vivos de mães residentes
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
Indireto: estimativa por técnicas demográficas especiais. Os dados provenientes desse método têm sido adotados para os estados que apresentam cobertura do Sinasc inferior a 90% ou que não atingem o valor de 80% de um índice composto, especial-mente criado, que combina a cobertura de óbitos infantis com a regularidade do Siste-ma de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Podem-se encontrar mais informações no link: <http://www.ripsa.org.br/fichas IDB/record.php?node=c.1&lang=pt&version=ed4>.
taxa de homicídio masculina (15 a 29 anos) – ripsa/ms
A taxa de homicídio masculina faz parte da taxa de mortalidade específica por cau-sas externas, que é o número de óbitos por causas externas, no caso, homicídios, por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Método de cálculo:
Número de óbitos de homens jovens por homicídios ×1.000População de homens jovens ajustada ao meio do ano
Podem-se encontrar mais informações no link: <http://www.ripsa.org.br/fichas IDB/record.php?node=c.9&lang=pt&version=ed4>.
tRABALHo E REnDA
taxa de desemprego – pnAD/IBge
Percentual da população residente economicamente ativa que se encontra sem trabalho na semana de referência.
Método de cálculo:
População desocupada de 16 anos ou mais ×100PEA de 16 anos ou mais
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
rendimento médio do trabalho – pnAD/IBge
É a média do rendimento mensal de todos os trabalhos para pessoas de 16 anos ou mais de idade. Consideraram-se apenas os ocupados com renda maior do que zero.
Método de cálculo:
Soma do rendimento mensal de todos os trabalhos da população de 16 anos ou mais
População ocupada de 16 anos ou mais, com rendimento maior do que zero
taxa de participação – pnAD/IBge
É o percentual das pessoas economicamente ativas em relação ao total de pessoas.
Método de cálculo:
PEA de 16 anos ou mais ×100População de 16 anos ou mais
EDUCAção
média de anos de estudos – pnAD/IBge
A média de anos de estudos fornece a média de séries concluídas com aprovação por uma determinada população.
Os anos de estudos, ou grau de instrução, foram obtidos a partir da série e do grau que a pessoa estava frequentando ou havia frequentado, considerando a última série concluída com aprovação. Cada série concluída com aprovação está relacionada a um ano de estudo.
Método de cálculo:
Soma dos anos de estudo da população de 15 anos ou maisPopulação de 15 anos ou mais
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
taxa de analfabetismo – pnAD/IBge
Percentual de pessoas analfabetas, ou seja, que não sabem ler e escrever. Considerou-se como alfabetizada a pessoa de 15 anos ou mais de idade capaz de ler e escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que conhece.
Método de cálculo:
População que não sabe ler e escrever de 15 anos ou mais×100
População de 15 anos ou mais
taxa de frequência à escola ou creche das crianças de 0 a 5 anos – pnAD/IBge
Identifica a parcela da população na faixa etária de 0 a 5 anos que frequenta escola ou creche.
Método de cálculo:
População de 0 a 5 anos que frequenta escola ou creche×100
População de 0 a 5 anos
taxa de frequência líquida à escola – ensino fundamental (6 a 14 anos) – pnAD/IBge
Identifica a parcela da população na faixa etária de 6 a 14 anos que está no nível de ensino adequado a essa faixa etária, ou seja, ensino fundamental.
Método de cálculo:
População de 6 a 14 anos que frequenta o ensino fundamental ×100População de 6 a 14 anos
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
taxa de frequência líquida à escola – ensino médio (15 a 17 anos) – pnAD/IBge
Identifica a parcela da população na faixa etária de 15 a 17 anos que está no nível de ensino adequado a essa faixa etária, ou seja, ensino médio.
Método de cálculo:
População de 15 a 17 anos que frequenta o ensino médio ×100População de 15 a 17 anos
proporção de jovens que frequentam a universidade ou estão formados (18 a 24 anos) – pnAD/IBge
Identifica a parcela da população na faixa etária de 18 a 24 anos que frequenta a uni-versidade ou já está formada.
Método de cálculo:
População de 18 a 24 anos que frequenta ou já concluiu ensino superior, ou frequenta ou já frequentou mestrado ou doutorado ×100
População de 18 a 24 anos
SAnEAMEnto E HABItAção
Abastecimento adequado de água – pnAD/IBge
Proporção da população residente em domicílios com abastecimento adequado de água.
Método de cálculo:
População residente em domicílios em que a proveniência da água é de rede geral de distribuição para área urbana, ou de rede geral,
poço ou nascente para área rural×100
População total
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
Acesso à energia elétrica – pnAD/IBge
Proporção da população residente em domicílios com acesso à energia elétrica.
Método de cálculo:
População residente em domicílios cuja forma de iluminação é elétrica×100
População total
esgotamento sanitário adequado – pnAD/IBge
Proporção da população residente em domicílios cobertos com serviços de esgotamen-to sanitário adequados.
Método de cálculo:
População residente em domicílios servidos por rede coletora ou fossa séptica ligada a rede coletora para área urbana, ou servidos por rede coletora,
fossa séptica ligada a rede coletora ou fossa séptica não ligada a rede coletora para área rural ×100
População total
Coleta de lixo – pnAD/IBge
Proporção da população residente em domicílios atendidos por serviços adequados de coleta de lixo.
Método de cálculo:
População residente atendida, direta ou indiretamente, por serviço regular de coleta de lixo no domicílio ×100
População total
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Indicadores Sociais nos Estados Brasileiros – Tocantins
Domicílios adequados – pnAD/IBge
Proporção da população residente em domicílios considerados adequados.
Método de cálculo:
População residente em domicílios com abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo adequados, e que têm até dois moradores por dormitório ×100
População total
CULtURA
Acesso à internet no domicílio – pnAD/IBge
Percentual de pessoas residentes em domicílios com acesso à internet.
Método de cálculo:
População residente em domicílios com acesso à internet ×100População total
existência de computador no domicílio – pnAD/IBge
Percentual de pessoas residentes em domicílios com computador.
Método de cálculo:
População residente em domicílios com computador ×100População total
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S i t u a ç ã o S o c i a l n o s E s t a d o s
existência de telefone fixo no domicílio – pnAD/IBge
Percentual de pessoas residentes em domicílios com telefone fixo.
Método de cálculo:
População residente em domicílios com telefone fixo×100
População total
existência de telefone celular no domicílio – pnAD/IBge
Percentual de pessoas residentes em domicílios em que pelo menos um morador possui celular.
Método de cálculo:
População residente em domicílios com celular ×100População total
existência de televisão no domicílio – pnAD/IBge
Percentual de pessoas residentes em domicílios com televisão.
Método de cálculo:
População residente em domicílios com televisão ×100População total
existência de rádio no domicílio – pnAD/IBge
Percentual de pessoas residentes em domicílios com rádio.
Método de cálculo:
População residente em domicílios com rádio ×100
População total
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