trabalho comédia dos erros

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rika Moreira Machado Karina Nascimento Reimberg Solange Baiezio Silva Lima Marta Turma: 4015NA - DP

A Comdia dos Erros - Shakespeare

Trabalho realizado para a disciplina Literatura da Lngua Inglesa, solicitado pela Prof Marta

Faculdades Interlagos So Paulo, 10 de Maio de 2005 3 Semestre Letras Noturno 2005 Turma: 4013NA

ndice: 1- poca Elisabetana...............................................................Pg 1 e 2 2- Vida e peas de Willian Shakespeare................................Pg 2 3- A Comdia dos Erros..........................................................Pg 3,4,5 4- Tema.....................................................................................Pg 6 5- Concluso.............................................................................Pg 7 IntroduoEm um mundo medieval em que o homem era o centro de tudo e que agora tambm ocupava os palcos de teatro para representar as mais diversas peas, desde comdias at tragdias, onde um grande escritor nesta poca tem um grande destaque: William Shakespeare. Esta poca marcada por uma grande rainha da renascena na Inglaterra, Elizabeth I, de 1588 a 1603. Tambm chamada de poca elisabetana. Elizabeth I governa a Inglaterra com mos de ferro assim como seu pai Henrique VIII. Elizabeth I consegue ainda acalmar os nimos dos catlicos e protestantes que estava prestes a fazer uma contrareforma.Isso sem contar que na poca elisabetana foi a melhor poca da Inglaterra. A Inglaterra tornou-se uma das maiores potncia europias da poca, com Elizabeth I a Inglaterra cresceu bem politicamente e econocamente. Na Renascena tambm a Inglaterra destaca-se na poesia e na prosa. Antes desta poca no houve grandes nomes na Literatura Inglesa. Um dos maiores dramaturgos desta poca William Shakespeare, pouco se sabe da vida pessoal de Shakespeare, somente que nasceu em Stratford-upon-Avon, casou-se l, teve filhos, foi a Londres, enriqueceu-se com o teatro e voltou cidade natal para morrer rico e conhecido como um grande talento, mas suas peas so os nicos dados concretos de sua vida. As peas de Shakespeare dividem-se em duas fases: primeira as comdias e segundo as tragdias, no se sabe os motivos que levaram a Shakespeare mudar de gnero( de comdia para a tragdia), pois a vida pessoal de Shakespeare bastante oculta. Mais um dos motivos provveis a morte de um grande amigo de Shakespeare e da rainha Elizabeth I estar velha e sem sucessores para o trono. Com a morte de Shakespeare em 1616, encerra-se tambm a poca elisabetana, tendo assim o fim de umas melhores pocas para a Inglaterra, tanto para o gnero literrio, quanto para a poltica e economia. Neste trabalho vamos retratar uma pea da primeira fase de Shakespeare: A Comdia dos Erros, Uma comdia pastelo, em que h vrios acontecimentos conturbados, desencontros e vrios enganos. Tudo isto em torno da famlia do Sr Egeu e sua esposa Emilia, que so pais de dois gmeos e possuem mais dois gmeos como escravos, que em um naufrago se perde um dos outros. Se reencontram 18 anos depois em uma situao delicada, em que o Sr Egeu est condenado a morte devido a uma dvida e a confuso toda devido ao desencontros dos irmos gmeos, que causam uma grande confuso na cidade de Efso devido a semelhana entre eles e o desconhecimeto das pessoas da cidade da existncia de um irmo gmeo de Antifolo de Efso. Uma comdia bastante confusa, mas com um final feliz, com o reencontro dos irmos e do pai.

Renascena: A poca Elisabetana O mundo teocntrico medieval d lugar a um admirvel mundo novo, em que o homem ocupa o centro do palco. A Renascena Inglesa se inicia no sculo XVI, comum conhec-la tambm como era elisabetana, ou seja, a do reinado de Elizabeth I, de 1588 a 1603. Foi nesta poca que a Renascena desenvolveu-se, produzindo assim uma poca de ouro no somente para a literatura, mas tambm para as outras manifestaes artsticas. A Inglaterra tornou-se uma das primeiras potencias europias, pois desenvolveu-se muito, economicamente e politicamente. A reforma religiosa de Henrique VIII foi muito importante para a Inglaterra, pois o rei moldou a Inglaterra at chegar s feies de um Estado moderno. A cultura tambm se moderniza. No final do sculo XV, William Caxton introduzir a tcnica de impresso na Inglaterra. Os sucessores de Henrique VIII so seus filhos Eduardo VI e Maria I, desastrosos reinados, mas com sua filha Elizabeth I que soube consolidar a obra do pai e reinar com mo de ferro, a idade de ouro da Inglaterra. A rainha virgem como era conhecida pela poltica externa, derrota a Invencvel Armada de Felipe II, rei da Espanha e ainda conseguiu acalmar os nimos de seus compatriotas que se dividiam em questes religiosas, principalmente, catlicos e protestantes. Com Elizabeth I a Inglaterra cresce bem, politicamente e economicamente. Em verso e prosa na era elisabetana que a literatura inglesa se destaca, um dos maiores destaques do verso e prosa John Lily com sua narrativa pastoril Euphues. O estilo de Lily, o eufusmo, d o tom da prosa e at mesmo das conversas da corte. A prosa ficcional tambm se desenvolve com Sir Francis Bacon (1561-1626), que escreve Ensaios e vrios ditados conhecidos que so utilizados at hoje como: o remdio pior que a doena ou a ocasio faz o ladro, que so palavras deste filosofo ingls da era elisabetana. Elizabeth I e seu sucessor Jaime I foram os monarcas mais absolutistas da histria inglesa. A literatura renascentista esteve sujeita a uma rgida censura poltica, zelosa de que o pensamento oficial no fosse contestado. Por exemplo, em 1599 Elizabeth I proibiu a representao de peas teatrais que o tema fosse a histria inglesa. Edmund Spenser (1552-1599) um dos maiores poetas no-dramticos, tambm sofre com esta censura. Spenser tinha o objetivo de dignificar a lngua inglesa assim como, Homero e Virgilio que haviam dignificado o grego e o latim. Com isso Spenser escreveu The Sherpherds Calendar doze clogas para cada ms do ano, so dilogos entre pastores sobre a vida simples que eles levam. Mas na poca elisabetana o gnero que tem o maior destaque o teatro. Antes de Shakespeare que a maior estrela do teatro, importante ressaltar dois tradigrafos da poca: Cristopher Marlowe e Ben Johnson. Cristopher Marlowe nascido no mesmo ano em que Shakespeare, 1564, foi um grande poeta dramtico. Suas obras Tamburlaine e The New Jew of Malta que retratam a busca do homem pelo poder. Em The New Jew of Malta fala da histria muito conhecida de Dr Faustus que vende a alma ao demnio Mefistfeles.

J Ben Johnson (1573-1637), em suas peas satiriza a sociedade e tambm os poetas de seu tempo. Suas peas mais famosas so: Every Man in his Humour, Volpone e The Alchemist. Agora vamos falar do maior dramaturgo da poca elisabetana, William Shakespeare. Pouco se sabe sobre a vida de Shakespeare, apenas que nasceu em Stratford-upon-Avon, casou-se l, teve filhos, foi a Londres, enriqueceu-se com o teatro e voltou cidade natal para morrer rico e conhecido como um grande talento. Shakespeare antes de suas grandes peas teatrais, escreve poemas. Escreve poemas bem ao gosto da aristocracia como: Vnus and Adonies e The Rape of Lucrece. Mas no se destacou muito no gnero da poesia, seu maior destaque ser no teatro. Na sua primeira fase no teatro, ele comps peas como: Henry VI, Richard II, Richard III, King John, Henry V e as comdias: The Comedy of Errors, The Taming of the Shrew, Loves Labours Lost, A Midsummer Nights Dream, The Merchant of Venice, Much Ado About Nothing e As You Like It, nestas peas Shakespeare mistura o fictcio com o romantismo. Em sua segunda fase, Shakespeare compem peas trgicas como: Hamlet, Othello, Macbeth, King Lear, Julius Caesar, Timon of Athens e Romeo and Juliet, no se sabe os motives que levaram a Shakespeare a mudar de gnero, da comdia para a tragdia, um dos provveis motivos, talvez seja a falta de sucessores da rainha Elizabeth I que se encontra velha e sem filhos ou a morte do Conde de Essex, seu amigo e protetor, no se pode afirmar com certeza que sejam estes os motivos que mudou o gnero literrio de Shakespeare, pois pouco se sabe sobre a vida dele. Suas ltimas peas so: Pricles, Cymberline, The Winters Tale, The Tempest, volta aqui o senso de humor de Shakespeare, mas mais contido e um pouco melanclico (tragicomdia). Com estas peas Shakespeare despede-se dos palcos de teatros, cinco anos antes de sua morte, mesmo no produzindo peas, Shakespeare conseguiu destacar-se ainda com seus Sonetos (154 sonetos). As maiorias destes sonetos falam do amor imutvel e perfeito, mas a outra parte deles de maior sobriedade e profundidade, devido a uma desiluso amorosa do poeta por uma certa dama escura. Com sua morte em 1616, tambm marca o fim da era elisabetana, que foi uma das melhores pocas do gnero literrio ingls.

A Comdias dos Erros

Personagens: SOLINO: Duque de feso. EGEU: mercador de Siracusa. ANTFOLO DE FESO: filho de Egeu e de Emlia. ANTFOLO DE SIRACUSA: filho de Egeu e de Emlia. DRMIO DE FESO: criado dos dois Antfolos. DRMIO DE SIRACUSA: criado dos dois Antfolos BALTASAR: mercador. NGELO:ourives . Um mercador, amigo de Antfolo de Siracusa. Um segundo mercador, de quem ngelo devedor PINCH: mestre-escola e exorcista. EMLIA: esposa de Egeu, abadessa em feso. ADRIANA: esposa de Antfolo de feso. LUCIANA: sua irm. LCIA:criada de Adriana. UMA CORTES: O carcereiro, oficiais de justia e gente do sqito.

Egeu, mercador de Siracusa, naufragar quando de volta ao lar, depois de uma viagem de negcios a Epidamno em companhia de Emilia, sua esposa e de dois filhos gmeos, bem como de dois escravos tambm gmeos. Conseguira salvar-se com um filho e um dos escravos num navio que ia para Epidauro, enquanto a esposa, amarrada a um mastro com as duas outras crianas, fora presa por um barco de pescadores de Corintia e desaparecera para sempre. Feitos os dezoito anos, o filho de Egeu conseguira permisso do pai para acompanhado pelo escravo, ir procurar os desaparecidos. No voltando, o pai vai procur-lo e, depois de cinco anos de intil peregrinao, chega a Efeso de volta para casa. preso e, no podendo pagar o resgate, condenado morte de acordo com a lei promulgada para combater o trfico entre as cidades inimigas de Siracusa e Efeso. O bondoso Duque Solino, comovido com a triste histria do pobre homem, concede-lhe um dia de graa para procurar amigos e conseguir levantar a quantia estipulada para o resgate. No sabendo o paradeiro do pai e ignorando que o irmo gmeo viva em Efeso, Antfolo de Siracusa acaba de chegar cidade com seu escravo Drmio. Prevenido a respeito da lei, declara ser natural de Epidamno. O segundo Antfolo, por outro lado, que com seu escravo, o segundo Drmio, fora separado de Emilia depois de salvo do naufrgio tornara-se prspero cidado de Efeso, tido em alta conta pelo duque e nada sabe a respeito da presena dos visitantes na cidade. Quando sua esposa Adriana manda Drmio de Efeso v chamar o marido para jantar, fica admirada e irritada quando o escravo volta, depois de haver apanhado uma surra de Antfolo de Siracuas que, solteiro, ficaraindignado com a sua insistncia do servidor, especialmente quando o escravo diz nada saber a respeito do dinheiro que o siracusano acabara de enviar por Drmio para ser guardado na estalagem onde estava hospedado. Encontra, entretantoi, o dinheiro, mas bate no escravo pela aparente imprudncia do convite para jantar e, tambm, por haver mentido a respeito do dinheiro. Nesse momento, Adriana, impaciente por esperar a corrente de ouro que o marido lhe prometera, aparece com a irm, Luciana, dirigi-se ao espantadssimo rapaz pelo nome, critica-o pelo no cumprimento da promessa e leva-o para jantar em casa. O escravo Drmio, que incorrera nas iras do patro e de Adriana, pois declara nada saber a respeito do convite anterior, colocado na porta com ordens severas para no admitir visitantes. O dono da casa chega atrasado para jantar com dois convidados, ngelo e Baltasar, e fica furioso por no poder entrar na prpria casa, levando os amigos para jantar com uma cortes a quem promete, a corrente de ouro que comprara para Adriana. Manda o ourives ngelo busc-la. Enquanto isto, em casa de Antfolo de Efeso, o irmo gmeo faz declaraes de amor a Luciana, que no se mostra indiferente, e Drmio est embaraado por uma gorda cozinheira que diz ser ele seu marido. Certo de que est sendo vitima de feitiaria, o siracusano envia seu Drmio para comprar passagens no primeiro navio que deixar o porto. Encontra-se, entretanto, com ngelo, que insiste ter ele mandado buscar a corrente de ouro. No mesmo dia, mais tarde, ngelo, ameaado de ser preso por dividas, pede a Antfolo de Efeso que lhe pague a corrente. Este, contudo, nega hav-la recebido e preso. Nesse momento, Drmio de Siracusa chega com a noticia de que havia um navio pronto para zarpar e o efesiano d ordens ao escravo que pensa ser o seu para que v buscar dinheiro com a esposa a fim de pagar a fiana. Encontrando-se com o prprio dono, na volta, Drmio fica surpreendido por encontr-lo em liberdade, mas entrega-lhe os ducados de Adriana no momento justo em que a cortes aparece para reclamar a corrente de ouro em troca do diamante que ela jura haver-lhe dado durante o jantar. Ele nega e, no querendo perder o anel, a mulher conta a Adriana que o marido enlouquecera. Adriana, Luciana e a

cortes trazem o Dr. Pinch, um exorcista, para expulsar o esprito mau de seu esposo, o qual bate no doutor, sendo, entretanto, dominado e conduzido para casa. A caminho do navio, em companhia de Drmio, Antfolo de Siracusa, se encontra com ngelo, o qual aponta a corrente de ouro que o siracusano est usando. H uma briga, durante a qual Adriana e Luciana aparecem e os dois homens vo pedir proteo a um priorato prximo, onde abadessa se recusa a receb-los. Adriana pede a proteo do duque, que estava passando no momento com o velho Egeu, a caminho de execuo, e Antfolo de Efeso, que, juntamente com o escravo escapara da priso, pede justia ao duque. A confuso se torna cada vez maior, no meio da qual aparece a abadessa com Antfolo e Drmio de Siracusa, os quais reconhecem Egeu, o mesmo se dando com abadessa, que no passa de Emilia. O duque manda soltar o pobre homem, enquanto os gmeos se abraam. Antfolo de Efeso faz as pazes com a esposa e seu irmo faz a corte a Luciana DADOS HISTRICOS: A pricipal fonte usada para a inspirao desta comdia foi a farsa de Plauto, cujo titulo Menaechmi ou Os Gmeos. A cena primeira do Terceiro Ato inspirada no Anfitrio do mesmo Plauto. Esta pea foi representada pela rpimeira vez a 28 de dezembro de 1594.

TemaO tema abordado nesta pea de Shakespeare a famlia. A famlia de Egeu perde-se um dos outros, mas ele no perde a esperana de reencontr-los. Passam-se muitos anos, Egeu esta individado e condenado morte por isso e seu filho est em busca do irmo perdido. Depois de muitos desencontros os irmos se encontram em uma situao delicada, de enganos, confuses e at de morte(a condenao de Egeu pela divida). Esclarecidos os enganos. O filho de Egeu paga sua divida e a famlia novamente encontra-se reunida depois de muitos anos. Tambm deve-se levar em conta nesta pea que a palavra anteriormente valia mais do que um contrato escrito hoje em dia, e que a honra de uma famlia era algo que devia-se zelar muito, pois a honra da famlia era o rtulo da famlia, ou seja, o modo como as outras pessoas viam aquela determinada famlia. Tambm deve-se ressaltar o respeito que os filhos tinham pelos pais e como a mulher era submissa a deciso do patrono da famlia, neste caso Egeu, que era o pai.

ConclusoA Comdia dos erros uma comdia muito diferente das outras produzidas por Shakespeare, pois as outras comdias seguem a linha do romance entre mulheres solteironas convictas como Catarina da Megera Domada, homens galanteadores no caso de Benedict de Muito Barulho por nada ou at mesmo rsticos no caso de Petruquio da Megera Domada. Enfim, retratam romances conturbados que no final depois de muita confuso do certo. No caso da Comdia dos erros o centro no um romance, mas a famlia que era feliz e que perdeu-se um dos outros. Uma separao dolorosa para ambos os lados, tanto para Egeu(pai) e seu filho(Antfolo), mas seu outro irmo nada se recordava aps o naufrgio. Cada um dos irmos foram morar em cidades diferentes(Efeso e Siracusa). Um deles tornou-se um homem rico e outro que morava com o pai acabou ficando em uma situao nada boa, pois o pai estava individada, Depois de muitos desencontros, os irmos se reencontram depois de muita confuso e de enganos, pois os dois eram gmeos e a tal semelhana entre eles causou toda a confuso. Quando o pai Egeu percebe que em sua frente esta o filho que mora com ele e outro que eles procuram h anos, fica emocionado, mas foi exatamente na hora em que iria ser executado por no cumprir com a sua palavra e pagar a divida. Seu filho que estava rico paga a divida, e ambos reconciliam-se e vivem bem aps tantos enganos. Enfim, um final feliz para Egeu que se proclamava um homem sem sorte e desgraado, por no saber o paradeiro do filho e da esposa, e estava at disposto a morrer, pois a vida sem seus familiares no tinha mais sentido e por isto aceitaria pagar com sua desgraada vida a divida que no poderia pagar. Uma comdia bastante diferente das convencionais, mas bastante divertida pelos enganos, tornando-se assim uma boa opo de leitura e de representao em teatro.