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JORGE MARANGONI
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
DELINEAR UM MODELO DE EMBALAGEM
PARA BANANAS - UM CASO NA
ANTÔNIO SCHMITT LTDA.
Trabalho de Conclusão Desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.
Itajaí – SC, 2008
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DEDICATÓRIA
Esta dedicatória segue as pessoas que de uma forma direta ou indiretamente me ajudaram para a realização deste trabalho, ao professor Edemir orientador de estágio, colegas de classe e a minha namorada Rita de Cássia.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus e aos meus pais por te cedido espaço para a realização deste sonho. Também, a compreensão de meu orientador pelo tempo dedicado pelo apoio e compreensão, aos professores que em quatro anos criamos um vinculo de amizade. Ao supervisor de campo que se demonstrou muito empenhado no projeto, aos meus amigos no qual pude ter grandes trocas de informações que foram de grande valia para concretização da pesquisa, a empresa Ação Embalagem pelo apoio e dedicação em desenhar e modelar a embalagem. E em especial a pessoa maravilhosa que Deus colocou em meu caminho, minha querida companheira e amiga Rita de Cássia, obrigado pela sua dedicação, paciência e compreensão em me ajudar.
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EPÍGRAFE
Os valores das coisas não estão no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por “isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Fernando Pessoa.
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EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do estagiário
Jorge Marangoni.
b) Área de estágio
Marketing.
c) Supervisor do campo
João Rafael Schmitt.
d) Orientador do estágio
Professor Edemir Manoel dos Santos, M.Eng.
e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração
Professor Eduardo Krieger da Silva, M.Sc
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão social
Antônio Schmitt Ltda - ME.
b) Endereço
Rua Morros dos Monos, 900 - Bairro Santa Cruz, São João do Itaperiú - SC.
c) Setor de desenvolvimento de estágio
Marketing e Vendas.
d) Duração do estágio
240 Horas.
e) Nome e cargo do supervisor de campo
João Rafael Schmitt - Gerente Administrativo.
f) Carimbo e visto da empresa
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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
Itajaí, 03 de novembro de 2008.
A Empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA - ME. pelo presente instrumento, autoriza a
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho
de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo
acadêmico JORGE MARANGONI.
___________________________________________
ANTÔNIO SCHMITT LTDA
João Rafael Schmitt
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RESUMO
A embalagem é um item de grande valor para as organizações, pois nela pode se caracterizar o seu marketing e sua imagem. A pesquisa teve como principal objetivo desenvolver o desenho de uma embalagem para a penca da banana na empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA ME. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi usado o método qualitativo. Quanto à tipologia do trabalho usou-se a proposição de planos, se caracterizando como exploratória, e como pesquisa participante devido à escassez de conhecimento, para o levantamento de dados utilizou-se entrevista, observação participante, documentos da empresa e a historia de vida das pessoas envolvidas. Os resultados desta pesquisa foram satisfatórios para a empresa, para o acadêmico e para a universidade, pois apresentou o modelo delineado. Com base nesses estudos foram levantadas questões que podem revolucionar a comercialização da banana no Brasil. Levantou-se algumas sugestões para a empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA ME, tais como elaborar um estudo de viabilidade da nova embalagem, abertura de novos mercados com a utilização da embalagem proposta entre outra que o orientador de campo pode adquirir com o estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Marketing, embalagem, banana.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Frutas mais produzida em 2006..................................................................... 29
Figura 2 Três Maiores Produtores de Fruta em 2006.................................................. 30
Tabela 1 Destino da banana brasileira.......................................................................... 30
Figura 3 Danos mecânico sofrido pela banana............................................................ 35
Figura 4 Expositor......................................................................................................... 37
Tabela 2 Medidas da caixa de madeira........................................................................ 39
Figura 5 Caixa de Madeira .......................................................................................... 39
Figura 6 Caixa Plástica 12 kg....................................................................................... 40
Figura 7 Sede da ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME.................................................... 43
Figura 8 Organograma da ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME...................................... 44
Figura 9 Localização da empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME.......................... 45
Tabela 3 Venda de banana mensal da Empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME.... 46
Figura 10 Sigatoka - amarela, e Sigatoka – negra......................................................... 49
Figura 11 Cacho de banana ensacado.......................................................................... 50
Figura 12 Corte e transporte para casa de embalagem................................................. 51
Figura 13 Tanque de lavagem, classificação e preparo do buque................................. 52
Figura 14 Câmara de amadurecimento para banana..................................................... 53
Figura 15 Fluxo grama dos processos........................................................................... 54
Figura 16 Rascunho da embalagem.............................................................................. 57
Figura 17 Desenho do modelo de embalagem aberta................................................... 58
Figura 18 Desenho do modelo de embalagem montada............................................... 59
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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 11 1.1 Problema de Pesquisa........................................................................................ 13 1.2 Objetivo do Trabalho.......................................................................................... 14 1.3 Aspectos Metodológicos..................................................................................... 14 1.3.1 Caracterização do Trabalho de Estágio............................................................. 15 1.3.2 Contexto e participante da pesquisa.................................................................. 16 1.3.3 Procedimento e instrumento de coleta de dados............................................... 17 1.3.4 Tratamento e análise dos dados........................................................................ 18 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................. 19 2.1 Administração e suas funções............................................................................ 19 2.2 As Áreas da Administração................................................................................ 23 2.2.1 Administração financeira.................................................................................... 23 2.2.2 Administração da produção................................................................................ 25 2.2.3 Recursos Humanos............................................................................................ 26 2.2.4 Administração de Marketing............................................................................... 27 2.3 Produção e Comercialização de Frutas.............................................................. 29 2.4 Embalagens e Recipientes para Produtos......................................................... 32 2.5 Embalagem para Bananas................................................................................. 33 2.6 Transporte.......................................................................................................... 40 3 DELINEAR UM MODELO DE EMBALAGEM PARA BANANAS UM CASO NA ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME.............................................. 43 3.1 Caracterização da empresa................................................................................ 43 3.2 Descrições dos Processos de cultivo................................................................. 47 3.3 Modelo da Embalagem Proposta....................................................................... 54 3.4 Algumas Considerações Sobre a Nova Embalagem.......................................... 60
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 61
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.................................................................. 62
6 APÊNDICES I – MODELO DE ENREVISTA...................................................... 65
7 ANEXO I – PORTARIA nº 9/2005, de 13 de junho de 2005............................. 66
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1 INTRODUÇÃO
Conhecida há aproximadamente 4.000 anos, a banana é originária das
regiões tropicais da Índia e da Malaia, e seu cultivo se expandiu pelo Caribe e pela
América do Sul por intermédio dos árabes, sendo hoje, uma fruta muito popular.
Pesquisas divulgadas em 2001, pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa, concluíram que a banana é mundialmente conhecida, pois
além do seu baixo preço é uma fruta muito saborosa e rica em açúcar, fibra, cálcio,
fósforo, vitamina C e principalmente potássio; suas qualidades nutritivas e
terapêuticas são inúmeras, sendo um alimento completo e de baixa caloria. Além
disto, a pesquisa revelou que o Brasil é um dos maiores produtores desta fruta, com
500 mil hectares cultivados, onde a sua maior concentração está no Vale do Ribeira
no estado de São Paulo, e no Litoral Sul do Brasil. O que representa mais de 60%
do valor da produção agrícola, tendo o cultivo da banana como a principal atividade
econômica destas regiões, conseqüentemente assumindo uma grande parcela de
responsabilidade na geração de empregos. (www.cnpuv.embapa.br)
Assim, ciente de sua contribuição para a economia nacional e seus
benefícios para a saúde da população, propõe-se aqui um estudo sobre uma
embalagem adequada para a apresentação da fruta da bananeira, ou seja, a banana
ao consumidor final. Segundo fontes da Embrapa:
A banana é o fruto (ou melhor: uma pseudobaga) da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule [...]. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas [...]. As bananas formam-se em cachos na parte superior dos "pseudocaules". [...] em conjuntos (clusters) que se agrupam até cerca de vinte bananas em "pencas". www.cnpuv.embrapa.br
No Brasil a comercialização dessas frutas ocorre por meio de três formas
distintas, a saber: banana verde, em cachos a granel ou em pencas em caixas;
banana madura no atacado, em caixas ou em cachos; e, banana madura no varejo,
em dúzias ou por peso. No entanto, a fruta é muito sensível e não pode ser
conservada por muito tempo, por este motivo, para se conseguir um produto final de
boa qualidade, com amadurecimento uniforme e de maior valor comercial, exige se
total atenção desde a colheita até sua entrega ao consumidor final. Os cuidados
devem ser mantidos no sentido, de se evitar bater os frutos, constante controle de
temperatura, umidade, ventilação e extremo cuidado no manuseio e transporte.
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Os dados conclusivos da Embrapa revelam que grande parte da produção
brasileira de banana é comercializada internamente, onde as diversas camadas da
população brasileira consomem a fruta. Todavia, a parcela da renda gasta com a
aquisição deste produto é de apenas 0,87% do total das despesas com alimentação.
Isto porque, o preço de aquisição da banana para o consumidor final é baixo. Essa
valorização é originada por diversas causas, entre elas está à grande perda que esta
fruta apresenta, principalmente na fase de comercialização, em que a falta de
cuidados no manuseio é responsável por aproximadamente 40% de perdas do total
delas produzida no Brasil. Então, a etapa do transporte destaca-se como uma das
mais importantes, sendo que as maiores perdas acontecem na fase de transação
entre o atacado e o varejo. (www.cnpuv.embapa.br)
Nesse sentido, corrobora Bittencourt (2001), ao afirmar que para sua baixa
valorização, outro fator que contribui é a ausência de embalagens apropriadas de
acondicionamento, para evitar assim as perdas e o rebaixamento no padrão de
qualidade da fruta durante seu manuseio.
Por comercialização entende-se o conjunto de medidas que permitem ao
produtor colocar no mercado o produto colhido, com boa aparência e a preços
compensadores. É um processo tão importante quanto à produção, podendo definir
a lucratividade dos empreendimentos que atuam com produção e vendas de
bananas. Assim, a embalagem é fator fundamental na comercialização da banana e
o Ministério da Agricultura e o da Reforma Agrária, instituíram em junho de 2005 a
Portaria nº. 9/2005 (ver ANEXO 01), que padroniza as embalagens desta fruta, em
todo o seu processo de manuseio e comercialização.
Devido ao acadêmico estar intimamente envolvido com a produção e a
comercialização da fruta, observou a necessidade de desenvolver uma embalagem
para a banana que permita conservar, preferencialmente, suas características físicas
e terapêuticas. Segundo Correia (2001) “As estruturas de produtos devem ser
completas e acuradas (precisas), refletindo sempre fielmente como o produto físico é
composto”.
O estágio foi realizado na empresa: ANTÔNIO SCHMITT LTDA - ME, uma
empresa familiar, de médio porte, com comercialização de aproximadamente 126,6
toneladas por mês, oriundas de produção própria e também adquiridas de
fornecedores. Atuando no mercado interno na produção, preparação e
comercialização de bananas do tipo caturra, branca, maçã, figo, terra e banana ouro,
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tendo como principais clientes as redes: Angeloni, Mini-Preço e Supermercado
Amigão.
A pesquisa tem por objetivo geral modelar uma embalagem para os diversos
tipos de bananas, comercializadas pela unidade-caso, que possa garantir suas
principais características para o consumidor.
1.1 Problema de Pesquisa
O problema de pesquisa normalmente norteia o trabalho cientifico, pois se
entende que o estudo deve solucionar as dificuldades para as quais ele é realizado.
Nesse sentido, nos relata Marconi e Lakatos (2000, p. 139):
Formular o problema consiste em dizer, de maneira explicita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com o qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema da pesquisa é torná-lo individualizado, especifico inconfundível.
Com o objetivo de modelar uma embalagem para os diversos tipos de
bananas comercializadas na ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME, estruturou-se como
problema de pesquisa:
Qual embalagem para a fruta banana que possa assegurar sua integridade
física até o consumidor para a empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME?
A originalidade do estudo proposto é inovador no aspecto acadêmico, por
não existir trabalhos nesta área na Universidade do Vale do Itajaí e para a unidade-
caso, apesar do tema já ter sido discutido, nenhum aprofundamento foi realizado
principalmente no que diz respeito à modelagem, e por último para o acadêmico, a
importância de vivenciar a aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Em relação à viabilidade da pesquisa, não há maiores restrições, pois não
houve custos adicionais para a unidade-caso, para a Universidade e para o
Estagiário. Sobre a amplitude do trabalho também não houve dificuldades, dado que
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a pesquisa é de interesse da ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME e o acadêmico possui
livre acesso às informações e pessoas envolvidas com o caso.
1.2 Objetivos do Trabalho
Como descrito anteriormente um dos fatores que ocasionam a baixa
valorização da banana é a ausência de embalagens de acondicionamento
apropriada para atender as necessidades dos consumidores e evitar as perdas e o
rebaixamento no padrão da fruta, uma embalagem que ao mesmo atenda a esta
necessidade e seja também pratica e atrativa para o consumidor.
Neste contexto, o presente trabalho de estágio tem como objetivo geral
desenhar um modelo de embalagem com a finalidade de melhorar o
acondicionamento e transporte do produto para o consumidor e para alcançá-lo
definiu-se os seguintes objetivos específicos:
• Conhecer a forma de produção, de armazenamento e de embalagens
das bananas da unidade-caso.
• Pesquisar as embalagens atualmente utilizadas.
• Delinear um modelo de embalagem para ANTÔNIO SCHMITT LTDA
– ME.
Pois, no entender de Oliveira (2000), a definição dos objetivos específicos é
um passo a passo para o atendimento do propósito da pesquisa.
1.3 Aspectos Metodológicos
Este item trata da metodologia usada para a realização do trabalho e
demonstra os métodos usados para sua realização e as características e análise
utilizadas para a abordagem de dados.
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1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio
A realização deste trabalho parcial deu-se pelo método qualitativo, por
analisar mais profundamente a relação de complexibilidade e interação do problema
estudado, destacando suas principais características. Oliveira (2000, p.117)
As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa, possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos.
Esse método é usado também para o desenvolvimento de pesquisas em
âmbito social, econômico, de comunicação, mercadológica, de opinião, de
administração, representando, em linhas gerais, uma forma de garantir a precisão
dos resultados, diminuindo distorções de analise e interpretação.
Para delinear a tipologia deste trabalho de estágio foi empregado o estudo
de proposição de planos, objetivando apresentar soluções para o problema já
diagnosticado. O objetivo da proposição de planos segundo Roesch (1999) é:
“apresentar propostas de planos ou sistemas para solucionar problemas
organizacionais”. E, foi desenvolvido sob o método de estudo de caso, adicionado à
pesquisa participante, segundo Roesch (2007, p.161).
Na pesquisa em organizações, tem sido utilizada pelo menos de duas maneiras: de uma forma encoberta, quando o pesquisador se torna um empregado da empresa; e de forma aberta, quando o pesquisador tem permissão para observar, entrevistar e participar no ambiente de trabalho em estudo.
A pesquisa caracterizou-se como exploratória, para melhor entendimento da
situação do problema. A opção pelo estudo de caso é para aprofundar o
conhecimento na situação específica Gil afirma (1993, p. 58):
O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimento amplo e detalhado do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados. (1993, p. 58).
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O segundo método escolhido, ou seja, a pesquisa participante foi devido à
interação do pesquisador em todas as etapas do processo, pois a transformação em
uma pesquisa exploratória é conseqüência da escassez de conhecimento do tema
abordado na ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME. Buscando conhecer com maior
profundidade o assunto, tornando-o mais claro para a condução da pesquisa. Gil
(2003, p 135.) destaca que:
Os estudos exploratórios têm como objetivo a formulação de um problema para efeitos de uma pesquisa mais precisa ou, ainda, para a elaboração de hipóteses. Além desses, os estudos exploratórios podem ter outros aspectos, tais como o de possibilitar ao pesquisador fazer um levantamento provisório do fenômeno que deseja estudar de forma mais detalhada e estruturada posteriormente, além da obtenção de informações acerca de um determinado produto. Possibilita, ainda, o levantamento de situações econômicas de uma determinada faixa do mercado consumidor. (2003, p 135.)
Desta forma, a pesquisa é qualitativa com aporte exploratória e com
características de um estudo de caso e a participação e observação do pesquisador.
1.3.2 Contexto e participante da pesquisa
Os participantes envolvidos para o sucesso desta pesquisa foram: o
acadêmico pesquisador, o representante da empresa estudada em São João do
Itaperiú – SC, o grupo familiar pela história de vida, e demais participante tais como
outros produtores, funcionários de supermercados, pequenos comerciantes, pessoas
que trabalham diretamente ligadas com a entrega da banana nos supermercados,
feiras e verdureiros, e os demais que de forma direta ou indireta, contribuíram com
fornecimentos de dados para realização desta pesquisa.
O critério escolhido para seleção destes participantes está relacionado com
as afinidades e experiências que foram ser doadas por esses participantes.
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1.3.3 Procedimento e instrumento de coleta de dados
Pela própria natureza desta pesquisa, na coleta de dados serão utilizadas
fontes primárias e secundárias.
Ambas serão analisadas para a solução do problema de pesquisa proposto.
A coleta de dados será adquirida através de entrevista, observação
participante, documentos e histórias de vida, das pessoas envolvidas nesta
pesquisa, ambas são de grande valia devido aos anos de experiência nas áreas,
sendo essas pessoas envolvidas desde a produção até a comercialização.
A técnica de análise a ser usada se desenvolverá por meio da análise de
conteúdo. Para Beuren:
Os dados de fontes secundárias normalmente são os extraídos de livros, periódicos, anais de congressos, teses, dissertações, fontes eletrônicas, entre outro. Estes têm a finalidade de dar o suporte teórico ao estudo [...]. Por sua vez, os dados de fontes primárias são os obtidos em primeira mão pelo pesquisador, por meio de observação, entrevistas, questionários ou de documentos, em suas mais variadas formas. (2004, p. 70).
A entrevista possibilitará a captação imediata das informações referentes
aos dados necessários para a concretização da pesquisa. Esta será desenvolvida de
forma não estruturada, sem roteiro pré-estabelecido, o que permite maior
flexibilidade, permitindo o aproveitamento de lacunas no aprofundamento do estudo.
A observação participante do acadêmico se desenvolverá de forma natural
por pertencer de forma integrada ao grupo pesquisado, buscando assim, investigar
mais profundamente os dados obtidos, aprimorando as fontes citadas, e
relacionando as coincidências que influenciam de forma concreta nos resultados.
A análise documental obrigatoriamente foi utilizada como instrumento de
coleta de dados por permitir um completo embasamento teórico à pesquisa, sendo
colhidos por meio de pesquisas bibliográficas, endereços eletrônicos, revistas,
documentários, entre outros.
Quanto à história de vida, busca-se trazer a esta pesquisa conhecimento de
senso comum adquiridos no decorrer do grupo familiar e da região que trazem
grande contribuição para a realização do projeto. A experiência dessas pessoas será
de grande valia á realização do estudo proposto, pois são pessoas que trabalham
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neste ramo há muitos anos, e podem trazer fatos e dados ocorridos com os anos
vividos na agricultura, e especificamente na bananicultura.
Com desenvolvimento de um modelo de embalagem pode-se proporcionar
uma alavancagem nas vendas de bananas, e para que isso ocorra foi desenvolvido
o desenho desta embalagem, com base em conhecimentos adquirido durante a
pesquisa, disponibilizando o melhor acondicionamento da fruta da bananeira,
garantindo a sua integridade física e proporcionando uma melhor aparência.
1.3.4 Tratamento e análise dos dados
O tratamento e análise dos dados desta pesquisa têm informações
abordadas por meio de observação de conteúdo, de forma á organizar, apresentar e
relatar os dados da pesquisa de forma sistêmica. Sobre a análise de dados Gil
(1999, apud BEUREN et al.): “explica que o objetivo é organizar sistematicamente os
dados de forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema da
investigação”. (2004, p. 136).
A análise ou observação de conteúdo vai proporcionar maior clareza e
ampla visualização aos dados obtidos, trazendo um desmembramento de
informações com noções mais consistentes e lógicas dos aspectos abordados.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A revisão bibliográfica possibilitará o pesquisador ter uma fonte de estudos
sobre o assunto proposto, trazendo conhecimentos necessários, com informações
consolidadas para a compreensão dos fatos á ele estudado, em que o suporte
teórico é descrito pelos autores da administração, entre outros.
2.1 A Administração e suas funções
A enorme capacidade do homem em usar seus conhecimentos e a facilidade
de relacionar-se, deu origem as organizações, que por intermédio do ato
administrativo geram riquezas ao meio em que vivem além dos diversos benefícios.
Foi através do desenvolvimento humano, e os mais diversificados estudos
realizados, que a ciência contribuiu para a formação de teorias e conceitos lógicos
para a orientação comum na arte de administrar. Neste contexto, sob a visão de
seus estudiosos os conceitos da administração se apresentam como. Chiavenato
define:
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro. (2003, p.11)
Desta forma pode ser concluído que a administração nada mais é do que o
ato administrativo, ou melhor, dizendo o desenvolvimento do trabalho administrativo.
Para Stoner e Freeman administração é:
Processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos menbros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização, para alcançar objetivos estabelecidos. (1982, p. 4).
O ato ou trabalho administrativo é a aplicação do esforço físico e mental de
uma pessoa ou grupo de pessoas, com o propósito de garantir os resultados por
meio de outras pessoas. Stoner e Freeman conceituam organização como: “Duas ou
mais pessoas trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo
especifico ou um conjunto de objetivos”. (1982, p. 4).
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É através desta conjugação de esforços, da capacidade de gestão com as
pessoas por intermedio dos atos administrativos, que as organizações ganham vida
e adquirem a capacidade de funcionamento positivo. Drucker diz que: “administrar é
manter as organizações coesas, fazendo-as funcionar”. (1998, p. 2). Para Montana:
“Administração é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para
realizar os objetivos das organizações, bem como de seus membros”. (2003, p. 3).
O desenvolvimento administrativo de uma empresa é baseado por meio do
pré-suposto de que aquele que administra está apto a desenvolver uma série de
ações, que o levam a atingir os objetivos almejados.
Para atingir estes objetivos a administração realiza ações ordenadas e de
forma clara, chamadas de funções administrativas. Estas funções ajudam o
administrador a liderar o processo e desempenhar o seu papel na busca de cada
vez mais minimizar falhas.
Foi Fayol o primeiro estudioso a definir as funções básicas do Administrador,
denominando-as de: Planejar, Organizar, Controlar, Coordenar e Comandar –
POC3. Destas funções a que sofreu maior evolução com o passar dos tempos foi o
"comandar" que hoje é chamado de Liderança.
As funções administrativas estão relacionadas com o próprio sentido
existencial das organizações, que em linha geral tem como objetivo básico conseguir
a cooperação permanente das pessoas nas diversas áreas de especialização, para
assim alcançar os objetivos organizacionais específicos. Stoner e Freeman afirmam
que: “administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho
dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da
organização para alcançar objetivos estabelecidos”. (1982, p. 4).
Ao contrário das funções técnicas, que são diferentes conforme as
particularidades de cada empresa, as funções administrativas se aplicam sem
exceção a qualquer tipo de organização. De uma forma geral, as funções
administrativas são:
Planejamento – O Planejamento por definição precede a ação, pois na
realidade, sempre antes de grande parte das ações humanas, individuais ou
coletivas, está algum tipo de planejamento. Segundo Jucius e Schlender: “O
planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente que grupo
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de indivíduos deve fazer o que, e como as metas devem ser atingidas”. (1988, p.
19).
Planejar é ordenar as idéias, estabelecendo o objetivo da empresa e fixando
o tempo que levará para atingi-lo. É quantificar e qualificar os recursos que serão
utilizados e fixar as metas antes do objetivo.
Muitos autores conceituam planejamento como a primeira função da
administração, no entanto Stoner e Freeman vão mais além e descrevem:
[...] poderíamos facilmente ver o planejamento como a função inicial da administração. Mas nem mesmo esta afirmação consegue capturar a magnitude da importância do planejamento para a administração. Talvez seja melhor pensar no planejamento como a locomotiva que puxa o trem das ações de organizar, liderar e controlar. Ou talvez devêssemos pensar no planejamento como a raiz principal de uma magnífica árvore, da qual saem os ramos da organização, da liderança e do controle. (1982, p. 136).
Dentro desta função, que antecede as demais, objetiva-se algum tipo de
controle sobre o futuro, projetando-se atividades como a elaboração de previsões,
fixação de objetivos, programação, orçamentos e a definição de políticas e
procedimentos, através da união dos recursos humanos, materiais, equipamentos,
instrumentos, entre outros necessários para a execução dos planos. Segundo Jucius
e Schlender: “A organização é a função administrativa de congregar os diversos
recursos e fatores necessários para a execução dos planos após o seu
estabelecimento”. (1988, p.19).
Organização – a função de organização decorre de algum tipo de
planejamento. De fato, ao se planejar uma ação através de uma coletividade de
pessoas, cooperando-se de forma permanente, define-se a forma como as pessoas
serão agrupadas e a forma como irão trabalhar. Para Stoner e Freeman:
Organizar é o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros de uma organização, de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos da mesma. Objetivos diferentes, claro, requerem estruturas diferentes. (1982, p. 6).
Dentro desta função, estão as atividades de definição da estrutura: unidades
orgânicas a serem criadas, para desempenhar as diversas finalidades; a definição
das responsabilidades a serem atribuídas a cada uma dessas unidades; e as
relações hierárquicas e funcionais entre as mesmas.
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A forma de organizar depende em grande parte dos pressupostos que o
organizador tem sobre o comportamento das pessoas, sua capacidade de se
envolver com o trabalho, de assumir responsabilidades, motivação etc.
Liderança – liderar é dirigir, é comandar, é fazer com que as coisas se
façam. É a função que conduz a ação, engloba atividades como a tomada de
decisão, a comunicação com os subordinados, superiores e pares, a obtenção de
motivação e desenvolvimento pessoal. É determinar o que deve ser feito em cada
ação para que os objetivos sejam atingidos. De acordo com Stoner e Freeman:
“Liderar significa dirigir, influenciar e motivar os empregados a realizar tarefas
essenciais”. (1982, p. 7). Desta forma, se pode concluir que a liderança pode ser
definida como a habilidade que uma pessoa tem de exercer influência interpessoal,
utilizando os meios de comunicação que levem as outras pessoas a se envolverem e
participarem do processo operacional de uma empresa, empregando toda a sua
criatividade para atingir um determinado objetivo. Segundo Chiavenato:
A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções da administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isso é liderar. (2003, p.122.).
A liderança é essencial para um administrador, pois sem ela ele seria
apenas mais uma pessoa complementando um grupo, mas com o espírito de
liderança ele pode tornar-se um grande competidor no mercado.
Controle - a função de Controle tem como objetivo garantir que o trabalho
executado corresponda ao que foi planejado. Na visão de Chiavenato é: “Verificar
que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas”. (1994,
p.11). Na visão de Stoner e Freeman:
Esta função de controlar, exercida pela administração, e que envolve tres elementos principais: (1) estabelecer padrão de desempenho; (2) medir o desempenho atual; (3) comparar esse desempenho com os padrões estabelecidos; e (4) caso seja detectados desvios, executar ações corretivas. (1982, p. 7.).
Esta função está intimamente associada com o planejamento. Ao planejar,
se define os objetivos a serem alcançados; já ao controle cabem as atividades de
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estabelecer os padrões de desempenho, manter registros de processos e resultados
alcançados, avaliar resultados e estabelecer as medidas corretivas necessárias,
como descreve Stoner e Freeman: “Através da função de controlar, o administrador
mantém a organização no caminho escolhido”. (1982, p. 7). Ou seja, é acompanhar
de perto as operações da empresa, coletando dados relativos ao desempenho de
cada setor, avaliando este desempenho em relação aos padrões, fixando correções
no desempenho operacional da empresa.
Além de controlar, tem de ser estabelecido metas e padrões a serem
alcançados, para então se ter uma media de como as funções da organização estão
se desenvolvendo.
2.2 As Áreas da Administração
Administração é dividida em áreas específicas, onde a cada uma cabe
prestar serviços, por meio das unidades para proporcionar as condições de
desempenho do trabalho adequado. As principais áreas da administração são;
Administração Financeira, Administração da Produção, Administraçao de Recursos
Humanos e Administraçao de Marketing.
2.2.1 Administração financeira
A função financeira é uma das mais importantes partes de uma empresa ,
pois ela dirá qual é a saúde financeira da organização, para Makron ela abrange três
áreas; (1999. p, 61).
A estratégia, mediante o estabelecimento de critérios financeiros para as decisões sobre o investimento do capital; a administração do risco e as operações, para assegurar que haja recursos suficientes, sejam na forma de excedentes de tesouraria ou de linhas de crédito, para cobrir eventuais deficits de caixa. (1999. P,61).
A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para
controlar a empresa de forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão
de crédito para clientes, planejamento, análise de investimentos e, de meios viáveis
24
para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa,
visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios,
observando os melhores caminhos para a condução financeira da empresa. Para
Gitman:
A administração financeira tem como responsabilidade administrar ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Desempenha-se uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de investimentos e captação de fundos. (1997, p. 04).
As finanças fazem parte do cotidíano, no controle dos recursos em todos os
tipos de empresas, em todas as áreas administrativas e na própria existência da
empresa, onde se toma dados e informações financeiras para a tomada de decisão
na condução empresarial.
A meta da área financeira de uma empresa é a maximização de sua riqueza,
isto é algo que vai muito além da obtenção de lucros. Ela visa o aumento real do
patrimônio líquido por meio da alocação eficaz dos ativos e passivos. A sua maior
utilidade reside na capacidade de fornecer informações precisas sobre a
concretização ou não das metas estabelecidas, dando assim, ferramentas para as
tomadas de decisões coerentes em momentos oportunos. Conforme afirma
Dornelas:
Finalmente, o empreendedor deve estabelecer quais são as metas financeiras de seu negócio e, por meio de instrumentos financeiros, acompanhar seu êxito. Com as demonstrações financeiras e o planejamento financeiro, é possível estabelecer e cumprir as respectivas metas ou redefini-las se necessário. (2001, p. 162).
Sendo assim não podemos deixar de prestar atenção no que é mais
importante na empresa, a obtenção de bons resultados que, no entanto, são
diferentes para empresas de grande, médio ou pequeno porte. Indiferente de sua
estrutura todas possuem o mesmo objetivo, obter lucros, e buscar bons resultados
para o seu sucesso, sendo assim, as organizações estão em busca costante de
novas tecnícas e sistemas para auxiliar nos processos, que no qual irá deduzir os
seus custos de operações, com isto chegando em uma melhor saúde financeira.
25
2.2.2 Administração da produção
É a área administrativa responsável pela produção de bens e serviços, ou
seja, é o processo de gerir de maneira coordenada para transformar as entradas de
materiais e serviços em saídas de produtos, mercadorias ou serviços para a geração
de resultados. Segundo Slack: “A função da produção é central para a organização,
porque produz os bens e serviços que são a razão de sua existência.” (2006, p.29).
Martins e Laugeni define produção como: “o conjunto de atividades que
levam a transformação de um bem tangivel em um outro com maior utilidade,
acompanhando o homem desde a sua origem”.(2006, p. 2).
A administração de produção se preocupa principalmente com os seguintes
assuntos:
• Estratégia e planejamento de produção;
• Projeto de produtos e serviços;
• Sistemas e Arranjos de produção;
• Ergonomia;
• Estudo de tempos e movimentos;
• Planejamento e controle de projetos.
Para Maximiano “o objetivo básico da função de produção é transformar
insumos para oferecer o produto ou serviço da organização aos clientes, usuários ou
público-alvo”. (2007, p.8). Acrescenta ainda uma definição para a palavra produção:
é uma palavra genérica, que indica todos os tipos de operações de fornecimento de
produtos ou serviços. (2007, p.8).
Não podemos nos esquecer que a tecnologia é um dos fatores que fazem o
diferencial na produção, devido seu índice de tecnelogia uma empresa pode se
destacar com seu meio de produção.
A produção pode ser dividida em três níveis, a produção em massa,
produção por processo contínuo e produção unitária em pequenos lotes, a produção
em massa é padronizada para que não haja variações nos produtos, pois a
produção em massa é o fornecimento de vários produtos ou serviços idênticos.
26
A produção por processo contínuo é o fornecimento de um único produto
sem interrupção, podemos citar como exemplo a gasolina, a onde os distribuidores
trabalham como uma maquina para que haja interrupção no abastecimento dos
postos de gasolina.
A produção unitária em pequenos lotes, são os produtos ou serviços que são
oferecidos sob encomendas tais como as eleições presidenciais, corridas de formula
1, revisão periódica de automóveis e entre outros.
2.2.3 Recursos Humanos
Para desenvolver suas atividades e atingir seus objetivos, as empresas
precisam de pessoas capacitadas e motivadas, estas se constituem em uma
ferramenta de extrema importância dentro das empresas, sem a qual nada se
desenvolve. A eficiência das empresas podem ser medidas pela eficiência das
pessoas que a compõe. Para Chiavenato: “Assim, o papel da RH deixa de ser a
simples manutenção do status quo para se transformar gradativamente na área de
criar organizações melhores, mais rápidas, proativas e competitivas”. (2006, p. 141).
Chiavenato complementa relações humanas:
São ações e as atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e grupo. Cada pessoa possui uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas outras. (2003, p. 107).
A administração de recursos humanos cabe a responsabilidade de fazer com
que a empresa possua estes recursos da melhor qualidade possível. Esta função é
desenvolvida através do recrutamento de pessoas, seleção e desenvolvimento de
aptidões individuais e programas de treinamentos, para transmitir aos colaboradores
os conhecimentos necessários para o desempenho da sua função, tornando-os
motivados e eficientes, de maneira a auxiliar a organização, e atingir seus objetivos.
Stoner e Freeman comentam que a administração de RH: “auxilia administradores
na seleção, treinamento e desenvolvimento de membros da organização”. (1982,
p.276).
27
A ela cabe também, a criação de planos de cargos e salários, avaliação de
desempenho, produtividade e o cumprimento de todas as obrigações legais e outras
de cunho tributário, econômico-social e burocrático, tornando-se um elemento
singular e dinâmico na vida da empresa, fato este, que torna altamente complexa, o
desempenho desta atividade, porém obrigatoriamente dinâmica e flexível. Afirma
Chiavenato:
[...] não se compõe de técnicas rígidas e imutáveis, mas altamente flexíveis e adaptáveis, sujeitas a um desenvolvimento dinâmico. [...] e a RH deve levar em consideração a mudança constante que ocorre nas organizações e em seus ambientes. Por outro lado, a RH não é um fim em si mesma, mas um meio de alcançar a eficácia, e a eficiência das organizações através das pessoas, permitindo condições favoráveis para que estas alcancem seus objetivos pessoais. (2006, p. 130).
Muitas empresas estão investindo dia-a-dia na melhoria do ambiente de
trabalho, pois seus funcionários são seus maiores patrimônios.
2.2.4 Administração de Marketing
A administração de Marketing é o setor que faz a imagem da empresa. De
acordo com Bernardi: “O sucesso de uma empresa, por meio do marketing, está
diretamente relacionada à percepção do mercado quanto à imagem dela, no que
concerne a conceitos de capacidade e habilidade, confiabilidade e qualidade num
sentido global”. (2003, p.163).
Várias são as definições aplicadas a palavra Marketing, para Kotler: “é um
processo social e gerencial pelo qual indíviduos e grupos obtêm o que necessitam e
desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.” (1998,
27). Nos dicionários de língua portuguesa podemos encontrar outras tantas
diferentes definições, vejamos esta: “Conjunto de estudos e medidas econômicas
que asseguram estrategicamente o lançamento e a sustentação de um produto ou
serviço no mercado consumidor, garantido o bom êxito comercial da iniciativa.”
(Minidicionário Compacto).
Para Schewe Smith o objetivo do marketing é assegurar a satisfação no
comportamento de troca da sociedade. (1942, p. 20)
28
Uma variedade de atividades é desenvolvida pela administração de
marketing, como: pesquisa de mercado e de comportamento, análises competitivas,
estratégias de concorrentes, logística, apresentação e divulgação de promoções,
propagandas e publicidades, levantamento de custos envolvidos, investimento
tecnológico, entre outros, além de estar sempre se adequando às mudanças do
seguimento ao qual o ramo de atividade da empresa pertence, de acordo com a
satisfação dos seus clientes. Assevera Las Casas:
Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. (2004, p.15).
É uma área totalmente ligada ao mercado, é um canal de comunicação
totalmente aberto e integrado entre a empresa e os clientes, determinado de
maneira a fazer o diferencial, respondendo com atitudes eficientes, de modo a
encantar e conquistar o público alvo, atendendo suas expectativas, visando obter a
fidelidade destes, em troca do aumento da demanda e da lucratividade. Kotler nos
ensina que: “ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING é o processo de planejamento e
execução da concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços
para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. (1998, p.32).
Assim sendo, a administração de Marketing tem como função básica,
formalizar planos estratégicos onde pode identificar no mercado as necessidades e
desejos não satisfeitos, definir e medir sua magnitude, determinar a que mercado-
alvo a empresa pode atender melhor, lançar produtos, serviços e programas
apropriados para atender a esses mercados, atendendo-o da melhor maneira
possível. Para Hisrich e Peters o Plano de Marketing: “Descreve condições de
mercado e estratégia relacionadas ao modo como os produtos e serviços serão
distribuídos, apreciados e promovidos”. (2004, p. 223). Desta forma, acrescenta-se
que o verdadeiro Marketing, não é somente vender o que se produz, mas é também
determinar o que, como, quando e onde serão vendidos e produzidos.
29
2.3 Produção e Comercialização de Frutas
Dados nos revelam que a produção mundial de frutas em 2005 foi de 69,07
milhões de toneladas, e nos chama a atenção para a banana no qual foi à fruta mais
produzida no mundo com um total de 105,69 milhões de toneladas, seguida da
melancia com 99,39 milhões e da uva com 66,24 milhões de toneladas.
(www.todafruta.com.br)
Quadro 1: Frutas mais produzidas em 2006. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico. Categorizando a China como o maior produtor de frutas, tendo um total de
167 milhões de toneladas, tendo como destaque a melancia, maçã, manga, melão,
tangerina, pêra, pêssego/nactarina e ameixa, representando um total de 24,2 % da
produção mundial de frutas.
O segundo lugar foi ocupado pela Índia produzindo em 2005 um total de
57,9 milhões de toneladas, tendo como destaque para atingir esta posição a
produção de banana, coco, manga, abacaxi, limão/lima e castanha de caju.
O Brasil produziu a quantidade de 41,2 milhões de toneladas de frutas,
ocupando o terceiro lugar na produção mundial, sendo a laranja, banana, coco,
abacaxi, mamão, castanha de caju e a castanha do Pará, responsáveis pelo
destaque.
30
Quadro 2: Três Maiores Produtores de Fruta em 2006. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.
O Brasil é o terceiro maior produtor de banana do mundo, perdendo apenas
para Índia e Equador, o país se destaca como um dos maiores consumidores da
fruta. Os maiores produtores de banana do Brasil são os estados de São Paulo,
Bahia e Santa Catarina, que direcionam uma parte maior desta produção para o
mercado domestico, do próprio estado e país.
Tabela 1. Destino das exportações brasileiras de banana em 1998.
Pais Volume (Kg)
Valor (US$)
Valor unit. (US$/Kg)
Valor unit. (US$/Kg)
Volume (%)
Alemanha 1.104 4.313 3,91 3.906,70 0,00
Espanha 359.712 157.711 0,44 438,44 0,52
Itália 51.960 16.887 0,33 325,00 0,08
Países Baixos 11.424 43.506 3,81 3.808,30 0,02
Argentina 43.700.124 7.074.722 0,16 161,89 63,74
Uruguai 24.426.880 4.315.498 0,18 176,67 35,63
Cabo Verde 150 225 1,50 1.500,00 0,00
Chile 4.000 16.000 4,00 4.000,00 0,01
Total 68.555.354 11.628.862 14,33 14.317,00 100,00 Bloco
Econômico Volume
(Kg) Valor (US$)
Valor unit. (US$/Kg)
Valor unit. (US$/Kg)
Volume (%)
União Européia 424.200 222.417 0,52 524,32 0,62
Mercosul 68.127.004 11.390.220 0,17 167,19 99,38
Outros 4.150 16.225 3,91 3.909,64 0,01
Total 68.555.354 11.628.862 4,60 4.601,15 100,00
Tabela 1: Destino da banana brasileira. Fonte: Adaptado de EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
O maior concorrente do Brasil no mercado da América do Sul é o Equador,
sendo ele o principal exportador de banana do mundo, responsável por 30% da
31
exportação de banana do mundo, tendo vários fatores que ajudam o Equador atingir
esse índice, podendo se citar localização próxima a linha do Equador, a onde se
encontra os maiores países produtores de banana do mundo, devido o clima ser
propicio á produção de banana, outro aspecto que destaca o Equador como principal
exportador de banana é o Pacto Andino, que foi criado em 1969, para estabelecer
taxação zero entre os países que o compõem, no qual fazem parte o Equador, Peru,
Bolívia e o Chile, e mais tarde veio há fazer uma parceria com o MERCOSUL.
O estado da Bahia é o maior produtor de banana do Brasil, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE de 2006, foram produzidas
1.182.941 toneladas da fruta, sendo assim 44% da produção do norte do país. O
segundo maior produtor do Brasil é o estado de São Paulo com uma produção de
1.175.768 toneladas de banana, e sendo 57% da produção do sudeste do país.
O estado de Santa Catarina é o terceiro maior produtor do Brasil, produzindo
um total de 596.636 toneladas ao ano, significando um total 63% da produção do sul
do país, essa produção gera em media 30 mil empregos diretos, e a renda de cinco
mil famílias no estado. Instituto Brasileiro de Geografia e estatística, (IBGE). Em 2006 o estado de Santa Catarina exportou 93.777 de toneladas, sendo
ele o líder de exportação de banana para os países do MERCOSUL desde 1998,
tendo como 2002 o melhor ano, com um total de 162.716 toneladas de banana
exportadas para esses países. (Historia da banana em Santa Catarina. Epagri)
Essa produção é direcionada para diversos mercados, cerca de 13% desta
produção vai para industrias instaladas no estado, 21% é consumida in natura no
próprio estado, 30% é declarado como perda ou seja não aproveitamento da fruta
desde a colheita até a mesa do consumidor, e os 34% restante são destinados a
outros mercados.
Dados do levantamento agropecuário de Santa Catarina realizado em 2003
mostram que, a área plantada cresceu. Em 1999 eram ocupados 25.932 hectares
com a plantação de banana e em 2003 já eram 29.714, esse crescimento
representou 16% de aumento no plantio, o crescimento em toneladas foi de 490 mil
em 1999, para 618,4 mil em 2003, se estima que o valor da produção seja de 70
milhões anuais.
São João do Itaperiú produz 39,6 mil toneladas de banana ao ano, esta
produção é de origem de 130 famílias envolvidas com a agricultura familiar, e 30%
desta produção é exportada para a Argentina e Uruguai. (SEBRAE).
32
2.4 Embalagens e Recipientes para Produtos
Vivemos em uma era que há um grande desenvolvimento de produtos,
conseqüentemente de embalagens para atender essa demanda, não seria diferente
para a agricultura, a onde com o passar dos anos vem se buscando novas
tecnologias para garantir a integridade física dos alimentos.
O desenvolvimento da embalagem começa com a origem do homem, para
tornar o transporte mais fácil naquela época, onde eram transportados os produtos
vitais para sobrevivência, água e comida. (Moura. 1951, p. 2)
Muitos produtos físicos lançados no mercado necessitam de embalagens e
rótulos para serem comercializados. Este trabalho parcial de estagio estuda uma
forma de embalagem para a comercialização de uma fruta, a banana, especialmente
direcionado aos consumidores finais. Entre as suas características, os rótulos
descreverão os valores nutricionais da fruta. Kotler define embalagem como: “o
conjunto de atividades de design e fabricação de um recipiente ou envoltório para
um produto”. (1998, p. 406).
A embalagem faz com que um valor seja agregado ao produto, tornando-se
uma ótima ferramenta de Marketing. Para os consumidores ela cria um valor de
conveniência e aos fabricantes um valor promocional. Na língua portuguesa
embalagem significa:
O invólucro ou recipiente usado para acondicionar mercadorias ou objetos em pacotes, caixas, etc..., para protegê-los dos riscos e danos ou facilitar o seu transporte; embalagem longa vida aquela especialmente fabricada para acondicionar produtos alimentícios perecíveis. (Minidicionário Compacto).
Moura nos ensina que: nas áreas administrativas há várias visões e
definições para a embalagem.
Para a pessoa do marketing, embalagem é meio de apresentar o produto para gerar vendas, para a pessoa de distribuição é um meio de proteger o produto durante a movimentação, estocagem e transporte. E para o consumidor de varejo, embalagem é um meio de satisfazer o desejo de consumo do produto. (1951, p.10).
A embalagem deve exercer quatro funções básicas; contenção, proteção,
comunicação e utilidade.
33
Para uma empresa desenvolver uma nova embalagem elas tem que estarem
atentas às normas técnicas, pois se essa embalagem vai ser vendida para
exportação ela tem de se basear nas normas técnicas do país exportador, não as
normas do país de origem. Moura acrescenta ainda que: a embalagem é o meio de
proteger o que vende e vender o que protege. (1997, p. XI).
O sucesso de muitos produtos é a embalagem, pois ela torna o produto
competitivo, junto com o seu design e outros fatores que na compõe. Hoje a cadeia
produtiva da embalagem tem uma função muito importante para a economia do
Brasil, pois os produtos contêm desde as mais simples até as mais complexas
embalagens, com isso há uma grande cadeia de pessoas envolvidas para o
desenvolvimento de uma embalagem. Para o grande sucesso de uma embalagem
se leva em consideração o custo de produção da mesma, pois é ela que vai
determinar o preço final do produto. Mestriner (2002, p.3)
2.5 Embalagem para Banana
No entanto até o momento, ainda não foi desenvolvido um modelo de
embalagem que acondicione a banana adequadamente, para sua apresentação e
revenda ao consumidor final. Um modelo que atenda as necessidades básicas de
acondicionamento e manuseio das frutas para a comercialização visando sua
proteção, conservação e integridade, qualitativa e quantitativa, ou seja, a
necessidade de salvar e guardar o produto tornando-o mais valorizado e diminuindo
os desperdícios, tomando vistas à preservação da competitividade.
Desta forma, classifica-se que o modelo de embalagem adequada para ser
utilizada na comercialização da banana in natura, deverá apresentar características
e vantagens que conseqüentemente iram dar a empresa vantagens competitivas e
se destacar no mercado, tais como:
• Higiene, boa apresentação, rápida identificação e informações sobre o
produto;
• Proteção e conservação de seu estado físico;
34
• Servir como fonte de marketing e agregar valor ao produto;
• Não agrida o meio ambiente, com 100% de praticidade.
Os avanços tecnológicos das ultimas décadas, tem contribuído
significantemente para aumentar a produção e melhorar a qualidade das frutas
frescas, prevenindo sua deterioração precoce.
Porém, a banana em especifico, talvez pelo fato de se produzir e ser
comercializada durante todo o ano e em todas as regiões do Brasil, o uso racional
de técnicas pós-colheita visando preservar a sua qualidade tem se restringido ao
produto destinado à exportação e a nichos locais de mercado de alto poder
aquisitivo. Mesmo assim, a única técnica usada para proteger a banana contra
danos mecânicos (arranhões, cortes, brasão e esmagamento) é o acondicionamento
das pencas ou buquês (porções da penca contendo de cinco a sete dedos) em
caixas de papelão, plástico ou de madeira. Bittencourt, Ana Maria. (2001, p. 34).
Estes tipos de embalagem, quando adequadamente fabricadas, conferem a
desejada proteção à banana. Porém, não atendem as necessidades de boa
comercialização e apresentação do produto ao consumidor final nos expositores dos
supermercados, feiras, etc.
Levando aos distribuidores desta fruta a terem a necessidade de um modelo
de embalagem que garanta a integridade do produto. Devido ao alto índice de
perdas no mercado, originados da movimentação e acondicionamento inadequados,
o alto índice de não aproveitamento da fruta devido há seu estado físico,
proporcionados pela embalagem e seu manuseio, e os danos mecânicos sofrido no
seu cultivo e beneficiamento.
No processo de beneficiamento da fruta ela é submetida a danos mecânicos,
uma das razões é a embalagem usada. Pode se observar, que a banana precisa de
muitos cuidados, a figura abaixo mostra danos mecânico sofrido na hora da colheita,
e uso de embalagens não adequadas. Foto ilustrativa.
Quando a banana é embalada se torna um momento crítico, pois é nesta
hora que são definidas as frutas que deveram ir para os mercados.
35
Figura 3: Danos mecânico sofrido pela banana. Fonte: EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Atualmente esta fruta é distribuída ao mercado consumidor através de
embalagens inadequadas, que não conservam o seu estado, que são as caixas de
madeira e de plástico. Além disso, ocorrem danos à fruta devido ao excesso de peso
nas caixas no processo de transporte, agravados pelas condições ruins das rodovias
brasileiras. Ao chegar ao atacado ou varejo para serem comercializadas elas
continuam a serem danificada, pelo manuseio inadequado das embalagens na hora
de carga e descarga.
A necessidade de uma forma melhor para acondicionamento e embalagem
do produto agrícola brasileiro já está em estudo á algum tempo pelo Conselho
Regional de Desenvolvimento Rural, aliado com as Câmeras Setoriais de frutas e
hortaliças. Eles apóiam e incentivam o Programa Paulista para Melhoria dos
Padrões Comerciais e Embalagem de Hortigranjeiros, desenvolvido pelo Centro de
Qualidade em Horticultura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São
Paulo (CEAGESP).
Existe ainda outro programa de abrangência nacional com este intuito, o
Programa de Hortigranjeiros (PBMPCEH), cujo objetivo é o aumento da
competitividade dos agros-negócios hortifruticulos no Brasil. Para destaque desta
36
competitividade este programa propõe a classificação dos produtos e a melhoria dos
padrões de qualidade e das embalagens.
No caso da banana existe um maior crescimento da comercialização,
juntamente com a necessidade de uma embalagem que tenha uma boa proteção
mecânica e fisiológica, aumentado à vida útil da fruta, conservando a qualidade da
banana até a mesa do consumidor final.
Os países do MERCOSUL são grandes consumidores de banana do Brasil,
para a exportação de banana para os países do MERCOSUL, as caixas têm de ter a
capacidade para 18 kg e devem ser rotuladas, e constar nos rótulos:
Grupo ou variedade;
Tipo, Classe ou Variedade;
Número Afidi; (número do importador, no seu país de origem).
Peso Bruto e Peso Líquido;
Origem; (“Produtor Brasileiro” ou “Produzido no Brasil”).
Nome e Endereço Completo do Exportador;
Nome e Endereço do Importador;
(Bittencourt, Ana Maria. 2001, p. 50)
E esta embalagem rotulada contém as especificações da fruta, além de
outras informações importantes, assim detalhando o valor nutricional para preservar
a saúde e facilitando a vida dos consumidores, segundo Kotler:
O rótulo desempenha varias funções. Primeiro, identifica o produto ou marca: [...] pode classificar o produto: [...] pode descrever o produto: quem o fabricou, em que, quando, o que contém, como usar, e como deve ser usado com segurança. Finalmente, pode promover o produto por meio da aparência gráfica atraente. (1998, p.408).
Alguns importadores exigem que conste no rótulo o comprimento e o
diâmetro mínimo das frutas. Bittencourt, Anna Maria. (2001, p.50). A visão de especialistas desta área é que o mercado das frutas tem muito o
que crescer. Não sendo diferente com a banana, pois desde que ela começou a ser
comercializada pouco se fez para uma apresentação adequada e atraente aos olhos
dos consumidores. Hoje se vê essa necessidade, pois a bananicultura é uma cadeia,
onde muitas pessoas e famílias estão envolvidas.
37
A embalagem seria o ponto mais criativo e oportuno para que a venda desta
fruta ganhe mais destaque e valorização, trazendo um giro maior à economia
hortifrutigranjeira, aumentando a renda dos produtores e famílias que depende da
bananicultura, como também sendo uma forte aliada que destaca o produto neste
mercado competitivo.
Os meios em que a banana é vista nos expositores de mercados e feiras é
totalmente pejorativo aos produtores, que tomam os cuidados devidos no processo
de colheita, porém, após ela sair de suas propriedades, por falta de uma embalagem
adequada aumenta sua fragilidade, ocasionando diversos danos mecânicos, fato
que poderia ser evitado com a classificação da fruta. Mas por outro lado, as
embalagens são impróprias, devido à falta de uma embalagem adequada à fruta,
classificada como de primeira, passa a ser considerada de segundo nível ou até
mesmo de terceiro. O objetivo é focar os consumidores fazendo algo que agregue
valor a fruta e que chame a atenção, pois só assim a banana pode ser vista como
uma fruta com outro nível.
Figura 4: Expositor. Fonte: ANTÔNIO SCHMITT LTDA - ME
38
Devido há muitos comentários à banana é vista como uma fruta que pessoa
de baixa renda á comercializa, e a verdade é outra, o seu preço no mercado é alto e
muitas vezes não são repassados aos produtores.
Hoje não se vê uma embalagem de fácil manuseio e que divulgue os valores
nutricionais que a banana tem e sua origem, simplesmente ela é vista em
expositores penduradas por um alça de plástico ou nas caixas, já nas casas de
embalagens há vários tipos: caixa de madeira com 24 kg (vinte e quatro quilos), 22
kg (vinte e dois quilos), caixas plásticas ou de papelão com 16 kg (dezesseis quilos),
15 kg (quinze quilos), 14 kg (quatorze quilos), 12 kg (doze quilos), 11 kg(onze quilos)
e 10 kg (dez quilos), cada tipo com uma maneira de alojar as pencas na caixa.
Bittencourt, Anna Maria. (2001, p.50).
Devido há esses fatores se propõem algo que irá ser referencia nos
mercados, temos com exemplo o morango e tomate entre outros que são
apresentados ao consumidor numa aparência agradável e de fácil armazenamento,
e são embalados na agricultura em caixas de madeira, quando estão ao ponto de
serem comercializados eles são embalados nas embalagens que agregam valor ao
produto.
Com essa embalagem não será diferente, pois irá usar apenas uma
embalagem, só para o processo de classificação e amadurecimento, e na hora de ir
para o mercado onde será embalado com a embalagem adequada.
A empresa Antonio Schmitt Ltda-ME atua com dois tipos de embalagens a
de 12 kg (doze quilos), para a rede Angeloni, e a de 10 kg (dez quilos) para a rede
de supermercados Amigão, os demais clientes de pequeno porte são atendidos com
caixas de 12 kg (doze quilos).
As embalagens de banana mais utilizadas para a comercialização que
podem ser observadas, são as caixas de madeira com capacidade para 22 kg e as
de plástico com capacidade de 12 kg. As caixas de madeiras são feitas de madeiras
que pertence à área de reflorestamento sendo estas de duas espécies: a de pinos
ou eucalipto, essas caixas tem as seguintes medidas segundo as normas de
identidade, qualidade, embalagem e apresentação da banana, Portaria N° 126 de 15
de maio de 1981.
39
Medidas da Caixa de Madeira
Comprimento .................................... 590 mm
Largura ..................................... 300 mm
Altura .................................... 240 mm
Tabela 2: Medidas da caixa de madeira. Fonte: Elaborada pelo Acadêmico.
Essas caixas de madeira têm de ser de uso único para que não haja
circulação de pragas e doenças, logo após o uso elas têm que serem queimadas.
Muitos atravessadores do mercado interno não adotam essa prática, pois muitas
destas essas caixas podem ser reutilizadas por mais vezes, o estado de Santa
Catarina faz barreira constantemente na fronteira com o Paraná, pois é a porta de
entrada para o estado, de onde muitos caminhões vêm de São Paulo ou outros
estados com caixas velhas proliferando pragas e doenças. Foto ilustrativa.
Figura 5: Caixa de Madeira Fonte: EMBRAPA.
Para a exportação as caixas têm a mesma medida, com uma pequena
diferença no diâmetro da madeira que as compõem, e pelo fato de irem para
exportação as caixas não podem exceder o peso, devido a esse fator os fabricantes
40
utilizam a madeira com uma espessura mais fina, e no caso de exportação as caixas
são descartáveis.
As caixas plásticas de 12 kg têm seus clientes já direcionados, pode-se
observar que algumas regiões do país têm preferência por essa caixa, como por
exemplo, a região sul. Eles optam por essa embalagem devida ela ser de fácil
manuseio, e pela qualidade que a fruta chega ao destino, essa qualidade é resultado
do tipo em que as pencas de bananas são alojadas na caixa. Foto ilustrativa:
Figura 6: Caixa Plástica 12 kg. Fonte: Mercoplasa.
Essas embalagens não permitem que a banana alojada dentro caixas, entre
em contado com a parte inferior de outra caixa quando empilhadas, pois não há
excesso de peço, outro fator em que essas caixas se destacam é pela higiene, pois
elas são lavadas e higienizadas após o uso.
2.6 Transporte
Na área de hortefruti pode-se identificar vários tipos de transporte, quase
todos feitos pelo transporte terrestre, mas não descartando o transporte marítimo e
aéreo, as conseqüências com o transporte terrestre para a fruta são devido ao mal
estado das rodovias brasileiras e pela frota inadequada e velha que o Brasil oferece.
Na maioria das vezes, os caminhões que fazem o transporte da banana não
possuem o baú, requisito de estrema importância para manter a integridade da fruta.
41
O baú permite que a banana seja transportada numa temperatura ideal, e
protegendo do vento durante a viagem, já que se a banana for submetida a uma
temperatura inferior a 12C°, a sua qualidade será prejudicada, causando o
escurecimento da casca, perda de sabor, aroma e amadurecimento inadequado da
fruta. Esse fator que muitas empresas desconhecem, é responsável por mais de
40% das perdas pós-colheita no Brasil. (EMBRAPA).
No Brasil a banana é transportada por caminhões até o seu destino, sendo
eles os mercados e atacadistas, e até mesmo os portos a onde elas são transferidas
para os navios.
O transporte marítimo é usado apenas para a exportação, os navios
bananeiros oferecem estrutura para que a banana esteja na umidade e temperatura
ideal para garantir sua integridade. Por oferecer uma estrutura de alto custo e de
alto tempo de entrega ao destino, o transporte marítimo é pouco usado no Brasil, um
dos pontos que favorece o transporte marítimo, é que a fruta pode ser
acondicionada em contêineres nas estações de embalagem, e permanece sem ser
movimentada até o destino. Com isso a probabilidade dos danos mecânicos e o
nível de perda pós-colheita diminuem conseqüentemente. Este tipo de transporte é
mais comum na Europa, a onde os grandes exportadores de banana da Europa são
os países da Ásia. Bittencourt, Ana Maria. (2001, p. 64).
O transporte aéreo é o menos freqüente, é usado apenas para abastecer
grandes redes de mercados, onde os produtos atingem alto preço de consumo. A
banana é pré-resfriada, em seguida colocada em um contêiner isolado, e os vôos
são de pequena duração. No Brasil o transporte aéreo não é utilizado para a
exportação de banana, são poucos países que adotam essas características um
deles é a Tailândia que exporta banana para Hong Kong.
Estudos feitos pelo EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária), em 2001 publicado na revista Banana Pós-colheita mostram que a
banana não pode ser transportada com outra fruta ou legume, e até mesmo com a
banana em outro estágio de maturação, está ação ocorre devido o etileno produzido
pelas frutas em estágio de amadurecimento, este fator pode prejudicar uma carga
por inteiro, por ocorrer este ação de liberação de etileno não se recomenda
transportar bananas verdes com outras que já estão em faze de amadurecimento,
essas cargas mistas não são comuns, pois as cargas verdes são destinadas
diretamente as câmeras de amadurecimento, e as que já atingiram o estágio de
42
amadurecimento são direcionadas para as redes de distribuição tais como
supermercados e verdureiros. Bittencourt, Anna Maria. (2001, p. 62).
Indiferente do tipo de transporte a ser adotado o sucesso do transporte da
banana se justifica pelo local a aonde a fruta é carregada, esse local se refere a
casa de embalagem, produtor, funcionários responsáveis pela classificação e
embalagem da fruta e entre outros fatores que se agregam neste item, outro fator
que leva ao sucesso do transporte é a qualidade da fruta, devido a estes fatores os
cuidados nas casas de embalagem e na produção são fundamental para o sucesso
do transporte.
43
3 DELINEAR UM MODELO DE EMBALAGEM PARA
BANANAS - UM CASO NA ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME
Neste capítulo demonstram-se os resultados da pesquisa. Iniciando com a
apresentação da unidade-caso pesquisada, após apresenta-se os resultados desta
pesquisa, contendo os estudos sobre os objetivos propostos.
3.1 Caracterização da empresa
A empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME é uma empresa familiar de
pequeno porte que foi fundada em 1990, com a necessidade de atender outra
demanda de mercado, pois seria mais um diferencial para a empresa, no qual não
atuava no mercado com frutas maduras. Com esse diferencial ela começou a
atender outro mercado, mais exigente em relação à qualidade não só da fruta, mas
dos serviços prestados.
Figura 7: Sede da ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME Fonte: Arquivos da unidade de caso
Fundada e administrada por Antonio Schmitt, empreendedor que hoje tem
mais de 50 (cinqüenta) anos, suas atividades estão na área alimentícia, e com o
passar dos anos os filhos vieram a ter funções de responsabilidade na gestão da
44
empresa, um dos filhos o mais experiente atua na área do plantio diretamente ligado
com o bananal, que hoje tem por volta de 34,000 (trinta e quatro mil) pés de banana,
o outro filho atua na área de embalagem, venda e no financeiro da empresa, devido
a necessidade de ter mais pessoas na gestão administrativa, o mais novo foi
incumbido desta função. (informações coletadas através de documentos internos da
empresa).
Figura 8: Organograma da ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.
A diretoria é composta pelo o Sr. Antônio Schmitt e seus filhos André e João
Rafael Schmitt, no qual tem uma ótima relação tanto familiar como profissional, a
esta diretoria fica a função de saber e reunir os fatos que ocorrem na empresa, e
buscar as melhores soluções para tais.
A produção esta extremamente relacionada com o cultivo da banana, seu
plantio, e todos os processos até a chegada na casa de embalagem, este processo
fica a cargo do filho mais experiente do Senhor Antônio.
A embalagem e comercio é de responsabilidade de João Rafael, que no
qual faz todo o serviço de embalagem e venda da banana, e também é responsável
pela compra de materiais ligados a produção e embalagem da banana, e mantém
um relacionamento com fornecedores da fruta, pois a produção da ANTÔNIO
SCHMITT LTDA – ME, não é suficiente para atender a demanda.
Devido ao reconhecimento e atuação no mercado a empresa estabeleceu a
seguinte missão:
45
Nossa missão é oferecer sempre o melhor produto com a responsabilidade
de satisfazer uma fatia cada vez maior do mercado, baseada em confiança,
qualidade e satisfação do cliente, proporcionando uma maior qualidade de vida.
Para complementar a missão elaborou a seguinte visão:
Ser a melhor no ramo em que atuamos, garantindo um bom atendimento
não só para nossos clientes, mas também para nossos fornecedores, fortalecendo
relações através de parcerias duradouras. Dessa forma, temos a certeza de que não
apenas produzimos, mas também vendemos o melhor.
Figura 9: Localização da empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME. Fonte: Fornecida pela empresa
Seu faturamento gira em media de 120.000,00 (cento e vinte mil reais) por
mês, sua venda de banana madura (in natura), atinge a média de 150 (cento e
cinqüenta) toneladas mês, e a banana passa tem uma venda estimada em 5 (cinco)
toneladas mês, com uma estimativa de aumentar quando a nova unidade de
produção estiver funcionando, pois a produção não atende a demanda dos
mercados.
A força de trabalho conta com 20 (vinte) colaboradores, que nos quais 30%
(trinta por cento) têm o ensino médio, os 70% (setenta por cento) restante tem o
ensino fundamental.
Seus principais clientes são a rede Angeloni, no qual a empresa atende 5
(cinco) lojas na região de Joinville, Jaraguá do Sul, Florianópolis e Blumenau, e a
rede Amigão no qual a empresa atende 4 (quatro) lojas em Blumenau. O
46
atendimento a esses pontos são realizados 3 (três) vezes por semana, e seu
consumo será assim demonstrado, no caso da rede Angeloni será demonstrado
apenas o consumo da loja de Joinville.
Tabela 3: Venda de banana mensal da Empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.
Os clientes têm como exigência o bom atendimento, pontualidade na
entrega, e o fornecedor em dia com suas obrigações fiscais. A empresa Antônio
Schmitt Ltda – ME conta com alguns produtos diferenciados para sair na frente dos
concorrentes, tais como a banana passa, e condições especiais de pagamentos.
Além de sua produção a empresa Antônio Schmitt Ltda – ME conta com o
fornecimento do produto por outros produtores do próprio município. O município de
São João do Itaperiú tem mais de 100 (cem) produtores, onde cada um possui uma
média de 7 (sete) hectares de plantio, esses produtores vendem sua produção para
atravessadores, que no qual revendem para várias regiões do país, ou exportam
para atender a demanda da Argentina e Uruguai.
O principal concorrente da empresa Antônio Schmitt Ltda – ME é a empresa
Bananas São Tomé, localizada em Massaranduba, atua apenas com banana in
natura, mas possui um potencial maior, devido à rede de clientes que atende, sendo
seu principal cliente a rede Big de supermercados.
A instalação da empresa Antonio Schmitt Ltda - ME, está equipada com 3
(três) câmeras de amadurecimento e uma de resfriamento, 4 (quatro) fornos para a
industrialização da banana passa, um produto no qual a empresa vem investindo por
ter um custo de produção baixo e fácil de venda, a empresa conta ainda com 6 (seis)
caminhões para escoar sua produção atual, com 20 (vinte) colaboradores diretos e
indiretos para ajudar na área de limpeza de bananal, no qual a empresa oferece
todos os EPI’s (equipamento de proteção individual).
A empresa tem como objetivo para curto prazo, a implementação de um
novo software, novo parque industrial para aumentar a produção da banana passa, e
Principais Clientes da ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME. Clientes Quantidade Kg
Branca Caturra Total
Angeloni 32.000 26.000 58.000
Amigão 7.500 15.000 22.500
Mini-Preço 1.000 2.500 3.500
Total 40.500 43.500 84.000
47
com esses objetivos vem acompanhados alguns obstáculos, tais como o treinamento
de funcionários, legalizações para o funcionamento da nova sede, entre outros. Para
o futuro se pensa na industrialização de bala de banana, um projeto para agregar
valor ao produto, que é um risco que tem que ser assumido, pois o mercado está
muito concorrido e esse diferencial irá cada vez mais valorizar a empresa Antônio
Schmitt Ltda-ME e seus produtos.
Até o presente momento o principal produto da empresa Antônio Schmitt
Ltda - ME é a banana in natura, com segmentação para a banana passa, mas com o
passar do tempo à empresa espera ter como principal produto a banana passa.
A empresa enfrentou conflitos legais e governamentais, devido às
burocracias, o que ocasionou demora para começar a comercializar a banana passa
que entrou no mercado somente no ano de 2004 (dois mil e quatro).
3.2 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE CULTIVO
Para se conhecer o cultivo da banana, desde seu plantio até a sua
comercialização, a seguir descrevem-se de forma resumida os processos.
Vários fatores interferem na produção da banana, tais como o solo e o clima,
já que determinadas regiões do país são mais favorável para a lavoura de banana
que em outros, devido ao clima que em algumas áreas de plantio exigem que haja
irrigação, ocasionadas pelo calor e a seca. Mas as áreas a onde existe o calor
favorável e uma irrigação eficiente à produtividade do bananal é favorecida, pois o
que a planta mais gosta é o calor e a chuva, e a irrigação compõem a chuva em
determinadas épocas.
A banana é uma fruta que produz o ano todo, desde que seja tratada e
cultivada corretamente, pois dentro de uma plantação existem certas deformidades
no crescimento da planta. Por este fato o ciclo da banana mesmo sendo o ano todo,
há a necessidade de um período de tempo estimado entre 15 á 20 dias, onde deve-
se estar fazendo a colheita para que os cachos não passem do ponto de corte.
EMBRAPA
Em algumas regiões do país o processo de plantio ocorre durante o ano
todo, já na região sul do Brasil se recomenda plantar após o inverno, em meados de
48
Agosto, devido ao período de chuva e da temperatura, que nesta época já começa a
esquentar. A temperatura ideal para que não ocorra percas na lavoura é de 22 a 31
graus, as temperaturas baixas prejudicam a plantação ocasionando queimas das
folhas, escurecimento das frutas e dependendo da intensidade da temperatura e
quantidade em que a ocorre pode levar a morte da planta.
Alguns dos fatores que justificam as safras ocorrerem no ano todo, é que a
plantação não cresce na mesma proporção, e o solo influência nesta questão, pois
há regiões em que o solo oferece mais alimentos para a planta se desenvolver mais
rápido, isso se falando em pequenas e em grandes áreas de terras, onde a
desigualdade do solo é freqüente, com áreas mais fracas e outras mais favoráveis.
As áreas mais indicadas para a produção de banana são as áreas mais
úmidas com chuvas regulares, as regiões a aonde a temperatura é inferior a 10
graus não são recomendadas, pois elas não suportam geadas e o frio como já
descrevemos acima, e as regiões que superam os 40 graus, não são recomendadas
devido à planta sofrer muito com os fungos, pois com calor eles se manifestam mais
freqüentemente, podemos citar o norte do país e outras regiões a onde as
temperaturas são altas, nessas regiões vimos e ouvimos falar sobre a Sigatoka
Negra (Mycosphaerella fijiensis Morelet), que se desenvolve muito rapidamente e
leva o bananal ao seu fim de produção (morte), essa doença que na realidade é um
fungo ataca as folhas da bananeira e age secando-as levando a planta á morrer,
esse fungo se prolifera pelo ar e o próprio vento contamina outras áreas.
Em nossa região é comum a Sigatoka Amarela (Mycosphaerella musicola),
no qual tem o mesmo principio ativo, mas com um índice de manifestações menor,
por ela ser combatível com o uso de fungicidas, e devido ao inverno com
temperaturas baixas a onde o fungo não se manifesta. É notável a presença da
Sigatoka Amarela a partir de agosto e setembro quando as temperaturas já estão
mais quentes, o auge deste fungo é de novembro a março, neste período é
freqüente a pulverização dos bananais com fungicidas, para manter o controle.
49
Figura 10: A esquerda Sigatoka - amarela, e a direita Sigatoka - negra. Fonte: Embrapa
Outro fator que ocorre e que prejudica a plantação de banana são as áreas que
ocorrem alagamentos, pois o excesso de água ocasiona o apodrecimento das
raízes, no qual é por onde as plantas buscam a maior parte de seus alimentos, cerca
de 70% das raízes da planta estão nos primeiros 30 centímetros do solo.
O espaçamento recomendado para o plantio é de 3 x 2 ou 3 x 3, no qual vai
determinar o espaçamento do bananal por um bom período, esse espaçamento é
recomendado para melhorar a produção do bananal, as covas a onde as mudas
serão plantada devem ter um tamanho de 30 x 30 cm com uma profundidade de 30
cm.
Para a adubação devem-se usar adubos químicos e orgânicos dependendo
do solo, pois o solo onde se tem mais carência deve-se usar mais freqüentemente o
adubo orgânico, e nas áreas a onde o solo tem uma maior sustentabilidade
recomenda-se usar mais adubos químicos que vão balancear e reativar os micro-
nutrientes da planta. A grande diferença entre o químico e orgânico é que o químico
reage diretamente na planta, e o adubo orgânico faz um trabalho de recuperação do
solo, no qual o adubo químico e os agrotóxicos danificam. Recomenda-se fazer
sempre uma análise de solo antes de usar adubos químicos, pois essa análise dirá a
melhor formulação de adubo a ser aplicado para a plantação.
As mudas devem ser extraídas de plantações já adultas, e não
apresentando sintomas de doenças tais como o Mal do Panamá (Fusarium
oxysporum f. sp. cubense), nematóide e da broca da bananeira (Cosmopolites
sordidus), os bananais adultos apresentam mudas com mais facilidade para extrair
da tosa da bananeira. As mudas devem ser limpas retirando todas as partes secas,
terra e raízes, assim as raízes brotarão com mais facilidade diminuindo o risco de a
muda morrer.
Para o plantio das mudas deve-se usar um tratamento químico, com o
carbofuran líquido, para a aplicação deste produto devem-se usar os equipamentos
de proteção individual, pois o carbofuran é altamente tóxico. Após esse tratamento
químico as mudas devem ser colocadas nas covas e serem cobertas por uma
camada de 15 a 20 centímetros de terra.
Após o plantio, basta cultivar a plantação mantendo-a limpa e adubando
corretamente. Ao decorrer de alguns meses estimados entre 10 a 12 meses, a
50
planta deve gerar o cacho de banana, em seguida deve-se ensacá-lo para diminuir o
contato com o vento e fungos e deixando também a fruta com uma cor mais clara,
após algum período estimado em no máximo 90 dias, o cacho já deve de estar
pronto para ser cortado, de onde segue para a casa de embalagem, para assim
entra em outro processo o de classificação, embalagem, entre outros.
Figura 11: Cacho de banana ensacado. Fonte: Elaborada pelo Acadêmico.
Portanto para plantar banana devem-se seguir alguns passos no qual vão
levar a plantação ao sucesso.
• Preparar a terra;
• Fazer as covas com um diâmetro de 30 por 30 centímetros, com
30 centímetros de fundura;
• Arrancar as mudas:
• Usar o carbofuran nas mudas para evitar doenças:
51
• Plantar;
• Cultivar, limpando, tratando com o adubo químico e orgânico,
ensacar, e após um período estimado em 12 meses ou um
pouco menos o fruto da bananeira esta pronto para passar pelo
o processo abaixo descrito. (agrobyte)
Depois da banana plantada, cultivada e tratada chega à hora de corta os
cachos que estiverem no ponto de corte, em seguida segue para as casas de
embalagem, para esse deslocamento é usado tratores, camionetes e até mesmo
mini-tratores, as tobátas, esses veículos possui carrocerias de madeiras no qual são
forradas por folhas das bananeiras e por espumas, para que não haja tanto impacto,
para o empilhamento é utilizado uma espuma coberta com plástico bolha, para não
haver atrito entre os cachos de bananas, esse é o processo mais complexo a onde
as frutas são classificadas e recebem um tratamento de preparação para seguir ao
seu destino, esse processo será assim descrito.
Figura 12: Corte e transporte para casa de embalagem. Fonte: ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME.
52
Tudo começa pela seleção de cachos e pencas a onde são separados os
cachos mais gordos ou magros, retirada das pencas queimadas pelo sol ou qualquer
outra natureza que afetam a qualidade de aparência da fruta. Em seguida é retirado
detritos e despistilagens, estes detritos são ninhos de formigas, folhas secas, frutas
podres e danificadas, entre outros, e a despistilagem é a retirada de uma florzinha
que é encontrada na ponta da banana. Em seguida, os cachos são levados para os
tanques de lavagem a onde ocorre o despencamento, que nada mais é que a
retirada das pencas de banana da ráquis, conhecido como engaço. Depois da
retirada as pencas são colocadas num tanque com água limpa e detergente neutro,
numa quantia de 200 a 400 ml por 1.000 litros de água, e junto com o detergente é
adicionado o sulfato de alumínio numa proporção de 200 a 400 g por 1.000 litros de
água, esses produto tem a função de cicatrizar os cortes ocorridos nas pencas de
banana, esse processo ajuda a resfriar a fruta assim aumentando a vida útil dela.
Figura 13: Tanque de lavagem, classificação e preparo do buque. Fonte: ANTÔNIO SCHMITT LTDA - ME
Na retirada do tanque as frutas são classificadas, em alguns casos as frutas
já são classificadas na hora da despencagem, essa classificação tem o objetivo
separar as frutas por tamanho e espessura, este processo é mais comum de se
encontrar nas bananas que são destinadas para exportação.
53
Após a classificação as pencas são submetidas à confecção de buquês, que
é a contagem de cinco a sete frutas juntas da almofada, que é a parte a onde elas
são presas. Após esta separação elas são colocadas em outro tanque, contendo
água e a mesma quantia de sulfato de alumínio acima, esse processo ocorre para
facilitar a acomodação das frutas na hora da embalagem.
Depois de ser embalada em caixas, a fruta segue para o caminhão, sendo o
transporte mais usado no Brasil para a sua locomoção. Às caixas são empilhas
numa determinada altura tudo depende da quantidade de caixas que o caminhão
suporta, logo em seguida é posto uma lona por cima delas. Nos caminhões que não
tem baú, a lona irá proteger do pó, chuva de granizo, frio e entre outros fatores
naturais que podem afetar a carga durante o seu trajeto, que normalmente são os
CEASAS, pontos estratégicos para a distribuição de frutas e legumes.
Ao termino de seu trajeto as caixas de banana segue para uma câmara, no
qual ela é submetida há o gás etileno e acetileno, numa temperatura de 12 a 18
graus Celsius, que facilitará o aceleramento da respiração da fruta, com isso diminui
o tempo de amadurecimento, o tempo pelo qual a fruta fica nesta câmera varia
dependendo do clima e do estado em que a fruta se encontra, esse tempo é
estimado entre 24 a 48 horas. Bittencourt, Ana Maria. (2001, p. 38).
Figura 14: Câmara de amadurecimento para banana. Fonte: ANTÔNIO SCHMITT LTDA - ME
54
Em seguida, a banana está pronta para seguir aos supermercados, feiras e
outros pontos de revendas ao consumidor final onde são expostas em bancas ou
nos expositores. Á baixo segue o fluxograma dos processos para melhor entender,
demonstrados de forma simples e com grandes informações para o entendimento do
assunto.
Figura 15: Fluxo grama dos processos. Fonte: Elaborada pelo Acadêmico.
O estudo proposto irá agregar mais um processo, que será transferir as
pencas de banana das caixas para a embalagem proposta, no qual será feito um
estudo junto com o teste de viabilidade para saber se ela será vendida por peso ou
unidades.
3.3 MODELO DA EMBALAGEM PROPOSTA
Para melhor manuseio da fruta para o consumidor final e conservação de
sua integridade física neste momento, concluí-se que o modelo da embalagem
proposta deve atender aos objetivos específicos definidos na pesquisa, no
conhecimento das embalagens usuais no mercado e as características inerentes
discutidas na ANTÔNIO SCHMITT LTDA.
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Assim, após esse entendimento e rascunhos desenvolvidos, procurou-se
uma empresa prestadora de serviço para desenvolver o desenho proposto da
embalagem que atendesse as necessidades, entre outras:
• Higiene, boa apresentação e a rápida identificação das embalagens e
das informações do produto;
• Proteção e conservação de seu estado físico;
• Fonte de marketing e agregação de valor;
• Não agrida o meio ambiente, e que tenha maior praticidade no uso.
Para que estes processos ocorram, alguns estudos foram realizados, para
se saber as facilidades de manuseio e o melhor material para a futura embalagem.
Para o produto ter uma aparência natural e saudável, desenvolveu-se a idéia
de um modelo de embalagem que contenha como fonte de matéria prima à fibra da
banana, sendo ela à base da embalagem, e para complementar a parte superior, a
onde o produto ficará visível para o consumidor, será indicado o uso de plástico
transparente. Segundo pesquisas realizadas pelo Acadêmico o melhor plástico para
esta etapa é o cloreto polivinílico (Saran), que torna a embalagem impermeável ao
aroma dos alimentos, esse material é composto pela sintetização e polimerização
das moléculas de cloreto polivinílico (CH2 = CCI2), Howstuffworks.
Para um melhor conhecimento sobre a fibra da banana e como ela é retirada
do pé da bananeira, e mostrar essa fonte de matéria prima de alta qualidade e de
grande resistência, levantou-se um estudo realizado pela EMBRAPA, que detalha
que uma bananeira após a retirada do cacho fornece 18,5 kg de fibra. No Brasil à
fibra da bananeira é usada em artesanatos regionais e em restaurações de quadros
antigos.
A retirada da fibra é feita com uma faca e depois ela é colocada num tanque
com água, lá ela fica por alguns dias, para que os fios da fibra se soltam, depois ela
passa por um cilindro para aplainar a bainha e extrair o excesso de água. Na
seqüência há a separação das fibras finas e grosas, e o encaminhamento para a
secagem ao sol ou em fornos, esse período de secagem ao sol leva alguns dias,
aproximadamente 4 dias dependendo do clima. Após esse período a fibra já esta
pronta para ser utilizada, basta apenas umedecer para que não haja rompimentos
56
dos fios, eles estando umedecidos fica mais macio para o manuseio e com menos
probabilidade de rompimento.
No processo de seleção a fibra mais grossa é usada para fazer os trabalhos
que necessitam de resistência, e as partes mais frágeis serve para fazer o
acabamento do trabalho, ela facilita este trabalho por ser mais flexível. Para pintura
manual do artesanato de fibra de banana usam-se folhas ou sementes de urucum,
eucalipto, casca de cebola ou açafrão em lugar de produtos químicos. (SEBRAE-SC)
Devido à fibra de banana ter um processo trabalhoso, recorremos a outro
material, para se ter uma opinião sobre qual material deveria ser utilizado na
construção da embalagem. Para isso fomos à busca de informação e de pessoas
que atuam na área de embalagem, e se levantou a questão de usar como matéria
prima base da embalagem o papelão, por ser de uso único e proporcionar um custo
diferenciado atualmente, devido a estes fatores e por haver um crescimento desse
material no ramo alimentício.
Também se observou a necessidade de utilizar uma camada de espuma fina
para a proteção da banana, essa espuma servirá como proteção e nela será
empresa alguma receita alimentícia que no qual a banana seja um ingrediente. Esta
estratégia é para que os clientes se alimentem de banana de diversas formas
naturais, sendo de forma in-natura ou fazendo parte de alguma receita de alimentos.
Após realizar um estudo para se saber qual o material, que no atual
momento podem fazer parte da confecção da embalagem, realizou-se um
levantamento de informações para apurar as medidas da embalagem, e para estas
informações o acadêmico realizou um estudo detalhado, e a medida da embalagem
inicialmente serão as seguintes: 22 cm de largura, 24 cm de comprimento e 16 cm
de altura, essas medidas podem sofrer alterações após as embalagens começarem
a ser usadas.
Segue a seguir o rascunho da embalagem desenvolvido pelo acadêmico,
este rascunho serviu como base para o desenvolvimento do desenho.
57
Figura 16: Rascunho da embalagem. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.
Após o desenvolvimento deste rascunho o acadêmico entrou em contato
com a empresa Ação Embalagens localizada em Joinvile, para o desenvolvimento
do desenho, a empresa se mostrou bastante motivada para realizar a tal, até mesmo
de um protótipo em papelão, para se ter uma melhor visão da embalagem.
Em cima deste rascunho, o desenhista usando o programa chamado core
draw 12, conseguiu desenhar de uma forma ampla o modelo da embalagem, para o
desenvolvimento dela em papelão. À embalagem terá a forma de uma folha, se
dobrando e se transformando na tal, para permanecer fechada ela terá um recorte
que serão feitos na própria maquina e que na hora da montagem serão usados para
garantir a permanência da embalagem fechada.
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Figura 17: Desenho do modelo de embalagem aberta. Fonte: Ação Embalagem
A embalagem terá esse formato, quando chegado à hora de usá-la é só
montar algo simples, no qual não exige muito tempo e conhecimento para
realização. Foi pensado em algo desta maneira, pois se ganha tempo e agilidade, no
qual não precisa de uma pessoa especifica para realizar a montagem, qualquer
pessoa que estiver na linha de produção poderá montar a embalagem facilmente
para a utilização.
Ao decorrer desta montagem, ela estará pronta para que haja o processo de
preparação do alojamento da penca da banana, nesta ação a embalagem recebe
uma espuma em forma de folha, que no qual ajudará para que não haja atrito com a
penca da banana. Receberá também um folheto contendo o valor nutricional da fruta
e algumas receitas de alimentos que tenha a banana como ingrediente.
59
Figura 18: Desenho do modelo de embalagem montada. Fonte: Ação Embalagem
Na parte superior da embalagem contem um ganchinho que será
composição da penca da banana, pois esse gancho dará sustentação para a
embalagem quando for posta em expositores, se pensou em outra forma para essa
sustentação, mas não foi abordada por não dar à segurança necessária para o
produto.
Para haver circulação de ar dentro da embalagem serão realizados alguns
cortes na embalagem na parte de trás, e conterá também os encaixes que além de
manter a embalagem fechada darão uma pequena entrada de ar, não suficiente para
a fruta por isso que serão realizados cortes para realização deste empecilho.
A frente da embalagem conterá o rotulo da empresa, contendo os dados
dela e a origem da fruta que será: tipo da fruta (Branca ou Caturra), nome do
produtor e seu registro, entre outros dados que serão estudos para agregar e
garantir a qualidade do produto.
60
A parte da frente desta embalagem será composta por plástico como já
justificado anteriormente, sendo assim o uso deste material para facilitar a
visualização da fruta.
3.4 Algumas considerações sobre a nova embalagem
Se tratando em desenvolver algo que tenha muitos objetivos a serem
compridos como esta embalagem, pode-se concluir que se chegou a um estágio de
realização, pois foram coletados dados suficientes na visão da empresa ANTÔNIO
SCHMITT LTDA – ME e do Acadêmico, para se saber qual a melhor embalagem
para a penca da banana no atual momento. Esses dados foram de exuma
importância para o acadêmico, pois pode ter uma base científica sobre o seu
conhecimento empírico.
Essa nova embalagem necessitará de alguns estudos futuros tais como, por
exemplo, um estudo de viabilidade, no qual permitirá saber se a embalagem é viável
para ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME. Após um protótipo feito poderá haver
mudanças devido o tamanho da embalagem, pois as frutas não são todas de um
mesmo tamanho, este fator pode ocasionar uma futura embalagem em tamanho
maior. O uso desta embalagem irá trazer muitas melhorias, tais como:
• Melhorias na aparência da fruta;
• Facilidade no manuseio da fruta para reposição nos expositores;
• Fonte de marketing para empresa;
• Destacar as fontes nutricionais e origem da fruta;
• Abertura de novos mercados;
• Mudança na visão dos consumidores a respeito da banana, que até
então vêem a banana como uma fruta que pessoas de baixa renda
consomem, e entre outras melhorias, não só para a empresa e ao
consumidor, mas também a comunidade, gerando novos empregos.
Com a implantação desta embalagem no mercado, a empresa e os
consumidores terão outra opinião a respeito, diante os resultados obtidos.
61
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O problema de pesquisa buscou propor um novo modelo de embalagem
para banana na empresa ANTÔNIO SCHMITT LTDA – ME, no atendimento aos
objetivos específicos, buscou-se saber quais os meios que a banana é
comercializada e em seguida delinear um desenho para a criação de um protótipo
da embalagem.
Podemos perceber que as embalagens atualmente usadas para o processo
de climatização e transporte não são corretamente manuseadas, acarretando danos
mecânicos à fruta, e percebeu-se ainda uma grande carência de uma embalagem
que atenda ao consumidor final, sendo ela de fácil manuseio, e que conserve a
característica da fruta.
A pesquisa realizada mostrou-se positiva em vários aspectos. Tanto para a
UNIVALI, quanto para o acadêmico, que trabalhou junto para a realização da
pesquisa, que teve como tema um assunto inovador, sem base para o
aprimoramento, pois não há nada semelhante ao que foi desenvolvido.
Para a empresa pode-se dizer que ela foi muito importante, pois pode
levantar dados científicos que poderão ajudar em seus processos, e ter outra visão
sobre o desenvolvimento de novos produtos.
As sugestões apresentadas pelo acadêmico visam viabilizar o estudo, e ter
um aprofundamento no material que possa viabilizar e demonstrar características
que agreguem valor ao produto. Devido à limitação de tempo, esta pesquisa de
viabilidade não pode ser realizada, porém ela demonstra que a embalagem tem um
valor agregado a fruta, conseqüentemente o preço da embalagem poderá ser
repassado sem grandes esforços e isso é importante para a empresa, pois ela
poderá ser a pioneira neste seguimento.
62
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
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APÊNDICES
APÊNDICE I
Modelo de Entrevista
Data: ____/____/____
Local: ANTÔNIO SCHMITT LTDA - ME.
Entrevistado: __________________________________________________________
Entrevistador: Jorge Marangoni
1) Qual o contexto da produção e comercialização da banana em SC? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Quais os processos necessários para a produção, embalagem e comercialização da banana? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Em relação aos concorrentes qual sua percepção? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Por que desenvolver uma nova embalagem para a ANTÔNIO SCHMITT LTDA.? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5) Qual a importância do fibra da bananeira para a ANTÔNIO SCHMITT LTDA.? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6) Qual a sua percepção em relação esta nova embalagem, ela será aceita nas redes atendidas pela empresa? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
70
DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO
A ANTÔNIO SCHMITT LTDA - ME declara, para os devidos fins que o estagiário
Jorge Marangoni, aluno do curso de Administração do Centro de Ciências Sociais
Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, de 02/03/2008 a
03/11/2008, cumpriu a carga horária de estagio prevista para o período, seguindo o
cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estagio e respeitou nossas normas
internas.
São João do Itaperiú (SC), 03 de novembro 2008.
_________________________________
João Rafael Schimitt
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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
________________________________________
Jorge Marangoni
Estagiário
________________________________________
João Rafael Schimitt
Orientador de campo
________________________________________
Professor Edemir Manoel dos Santos, M.Eng.
Orientador de estágio
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Professor Eduardo Krieger da Silva
Responsável pelo estágio supervisionado