trabalho tectônica de placas
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FACULDADE PITÁGORAS – UNIDADE DIVINÓPOLIS
ENGENHARIA CIVIL
GEOLOGIA
PROFESSOR MARCO ANTONIO VIEIRA
TECTÔNICA DE PLACAS
André Lara Amaral
Luiz Paulo da Silva Mendes
Ordilei Melo
Rilder Andrade
Reginaldo de Oliveira Alves
Henrique Alves
Mayler Batista Braga
6º Período
Divinópolis
Março 2012
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SUMÁRIO
1 Introdução 03
2 Deriva Continental e Tectônica de Placas 04
2.2 O Supercontinente Pangea 04
2.3 Principais evidências 06
2.4 A contestação da teoria 07
2.5 Deriva Continental e Tectônica de Placas 08
2.6 A deriva continental rediscutida 09
3 Expansão do fundo dos oceanos 10
3.1 A grande síntese: 1963- 1968 12
4 As interações entre as placas tectônicas 15
4.1 Tipos de Limites Entre as Placas Tectônicas 17
4.1.1 Limites Divergentes 17
4.1.2 Limites Convergentes 18
4.1.3 Limites Conservativos 18
5 Designar as diversas placas tectônicas 18
5.1 Placas Principais 18
6 Relacionar as interações entre as placas e os fenômenos naturais
observados 20
6.1 Vulcanismo 22
6.2 Localização geográfica dos vulcões 23
6.3 Terremotos 24
2
6.4 Causas dos terremotos 24
6.4.1 Desmoronamentos internos superficiais 24
6.4.2 Causas Vulcânicas 24
6.4.3 Causas Tectônicas 25
7 Conclusão 26
8 Bibliografia 27
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1) INTRODUÇÃO
Tectônicas de Placas
Tectônica de Placas é uma teoria da geologia, desenvolvida para explicar o
fenômeno da deriva continental, sendo a teoria atualmente com maior aceitação
entre os cientistas que trabalham nesta área. Na teoria da tectônica de placas a
parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui
a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera que
inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de
anos, o manto parece comportar-se como um líquido superaquecido e
extremamente viscoso, mas em resposta a forças repentinas, como os terremotos,
comporta-se como um sólido rígido.
A teoria da tectônica de placas surgiu a partir da observação de dois
fenômenos geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início do século
XX e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de
1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60 e desde
então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as
Ciências da Terra (comparável no seu alcance com o desenvolvimento da tabela
periódica na Química, a descoberta do código genético na Biologia ou à mecânica
quântica na Física).
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2) Deriva Continental e Tectônica de Placas
A teoria da tectônica de placas é muito recente, e tem trazido grande ajuda na
compreensão dos fenômenos observados na Terra. Abraham Ortelius, um
elaborador de mapas, em 1596, sugeria que as Américas tinham sido separadas da
Europa e da África por terremotos e enchentes. Ortelius afirmava que este fato era
evidente se fosse elaborado um mapa com a junção destes continentes, verificando-
se a coerência entre as linhas de costa.
Alfred Wegener Em 1912, Alfred Wegener, um meteorologista alemão, aos 32
anos de idade, propunha a teoria da DERIVA CONTINENTAL. A teoria de DERIVA
CONTINENTAL estabelecia que, há 200 milhões de anos, todas as massas
continentais existentes estavam concentradas em um supercontinente, que ele
denominou de PANGEA.
2.2 O Supercontinente PANGEA
A quebra do supercontinente PANGEA originaria, inicialmente, duas grandes
massas continentais: a Laurásia no hemisfério Norte, e o Gondwana no Hemisfério
Sul, segundo Alexander Du Toit, um dos defensores da idéia de Wegener. A
Laurásia e o Gondwana teriam continuado o processo de separação, originando os
continentes que conhecemos na atualidade.
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Figura 1: continente antes da separação
Fonte: http://www.telescopiosnaescola.pro.br/ceu1/geofisica/deriva.
Figura 2: continente nos dias atuais
Fonte: http://www.telescopiosnaescola.pro.br/ceu1/geofisica/deriva
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Figura 3: Pangeia do incio até os dias de hoje.
Fonte: www.sigep.cprm.gov.br/DerivaContinental
2.3 Principais evidências
A teoria de Wegener se apoiava especialmente na similaridade entre as linhas
de costa da América do Sul e África, já notada por Ortelius; por evidências
fornecidas por estruturas geológicas presentes nos dois continentes, e pela
distribuição de fósseis e plantas em ambos os continentes.
Problemas na teoria da deriva A teoria de Wegener explicava bem a
distribuição dos fósseis, o ajuste das linhas de costa, e as dramáticas mudanças nos
climas observadas em ambos os continentes. Explicava também a presença de
sedimentos de origem glacial em locais onde hoje temos desertos, no caso da
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África. A pergunta fundamental que Wegener não conseguiu responder foi: “que tipo
força conseguiria mover tão grandes massas a tão grandes distâncias?”
Figura 4: esquema provando teoria da Pangea
Fonte: http://www.telescopiosnaescola.pro.br/ceu1/geofisica/deriva
2.4 A contestação da teoria
A teoria de Wegener foi muito contestada nos anos seguintes à sua morte,
com o principal ponto negativo sendo o fato de que as massas continentais não
poderiam se movimentar pelos oceanos da maneira proposta sem se fragmentar
inteiramente, o que foi argumentado por Harold Jeffreys, um renomado sismólogo
inglês. No início da década de 1950, porém, as idéias de Wegener foram retomadas,
face a novas observações e descobertas científicas, igadas especialmente aos
oceanos. Um novo debate surgiu sobre as provocativas idéias de Wegener e suas
implicações.
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2.5 Deriva Continental e Tectônica de Placas
• 1912-1915 Teoria da Deriva Continental Wegener
• 1915-1930 Debates e contestações
• 1930 Morte de Wegener na Groenlândia
• 1930-1950 Teoria abandonada nos EUA
• 1950-1960 Reavivamento da teoria
• Exploração do assoalho oceânico Bullard
• “Magnetismo fóssil” nas rochas Blackett
• Deriva polar Runcorn
• 1960-1962 Espalhamento do assoalho oceânico Dietz, Hess Geopoetry
• 1963 Anomalias magnéticas oceânicas Matthews associadas ao
espalhamento Vine
• 1963-1966 Reversões do campo magnético Cox
• Datação de derrames continentais
• Datação de sedimentos marinhos
• 1965-1966 Falhas transformantes
• Distribuição de terremotos
• 1967-1968 Surge a TECTÔNICA DE PLACAS Dietz, Hess
incorporando o espalhamento do assoalho oceânico e as idéias de
deriva continental
• Escala temporal de reversões
• 1968-1970 Deep Sea Drilling Project Glomar
• Geopoetry -> Geofact Challenger
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2.6 A deriva continental rediscutida
Principais descobertas científicas que causaram a retomada da discussão da
idéia de mobilidade dos continentes:
a) verificação do fato de que o assoalho oceânico é jovem e contém muitas
feições fisiográficas; Principais descobertas científicas que causaram a retomada da
discussão da idéia de mobilidade dos continentes:
b) confirmação das reversões geomagnéticas no passado da Terra; Principais
descobertas científicas que causaram a retomada da discussão da idéia de
mobilidade dos continentes:
c) aparecimento da hipótese do afastamento do assoalho oceânico e
conseqüente reciclagem da crosta oceânica; A deriva continental rediscutida
.Principais descobertas científicas que causaram a retomada da discussão da idéia
de mobilidade dos continentes:
d) comprovação científica da distribuição de terremotos e vulcanismo ao longo
de trincheiras oceânicas e cadeias de montes submarinos.
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3) EXPANSÃO DO FUNDO DOS OCEANOS
Figura 5: Fósseis do réptil Mesosaurus, com idade de 300 milhões de anos, foram encontrados
apenas na América do Sul e na África. Se o Mesosaurus pudesse atravessar o Oceano Atlântico Sul
nadando, ele poderia ter cruzado outros oceanos e se espalhado mais amplamente. O fato de ele não
ter se espalhado sugere que a América do Sul e a África estavam conectadas naquele tempo. [Fonte:
A. Hallam,"Continental Drift and the Fossil Record", Seientifie American (November 1972): 57-66].
A evidência geológica não convenceu os céticos, os quais mantiveram que a
deriva continental era fisicamente impossível. Ninguém havia proposto, ainda, uma
força motora plausível que pudesse ter fragmentado a Pangéia e separado os
continentes. Wegener, por exemplo, pensava que os continentes flutuavam como
barcos sobre a crosta oceânica sólida, arrastados pelas forças das marés, do sol e
da lua!
A ruptura veio quando os cientistas deram-se conta de que a convecção do
manto da Terra poderia empurrar e puxar os continentes à parte, formando uma
nova crosta oceânica, por meio do processo de expansão do assoalho oceânico. Em
1928, o geólogo britânico Arthur Holmes esteve perto de expressar as noções
modernas da deriva continental e da expansão do assoalho oceânico, quando
propôs que as correntes de convecção "arrastaram as duas metades do continente
original à parte, com conseqüente formação de montanhas na borda onde as
correntes estão descendo, e desenvolvimento de assoalho oceânico no lugar da
abertura onde as correntes estão ascendendo".
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Considerando os argumentos dos físicos de que a crosta e o manto da Terra
são rígidos e imóveis, Holmes admitiu que "idéias puramente especulativas desse
tipo, especialmente inventadas para atender certas postulações, podem não ter valor
científico até que adquiram o suporte de evidências independentes".
As evidências convincentes começaram a emergir como um resultado da
intensa exploração do fundo oceânico ocorrida após a Segunda Guerra Mundial. O
mapeamento da Dorsal Mesoatlântica submarina e a descoberta do vale profundo
na forma de fenda, ou rifte, estendendo-se ao longo de seu centro, despertaram
muitas especulações. Os geólogos descobriram que quase todos os terremotos no
Oceano Atlântico ocorreram próximos a esse vale em rifte. Uma vez que a maioria
dos terremotos é gerada por falhamento tectônico, esses resultados indicaram que o
rifte era uma feição tectonicamente ativa. Outras dorsais mesoceânicas com formas
e atividade sísmica similares foram encontradas nos oceanos Pacífico e Índico.
No início da década de 1960, Harry Hess, da Universidade de Princeton, e
Robert Dietz, da Instituição Scrippsde Oceanografia, propuseram que a crosta
separa-se ao longo de riftes nas dorsais mesoceânicas e que o novo fundo oceânico
forma-se pela ascensão de uma nova crosta quente nessas fraturas. O novo
assoalho oceânico - na verdade, o topo da nova litosfera criada - expande-se
lateralmente a partir do rifte e é substituído por uma crosta ainda mais nova, num
processo contínuo de formação de placa.
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3.1 A grande síntese: 1963- 1968
A hipótese de expansão do assoalho oceânico apresentada por Hess e
Dietzem 1962 explicou como os continentes poderiam separar-se por meio da
criação de uma nova litosfera em riftes mesoceânicos. Poderiam o assoalho
oceânico e sua litosfera subjacente ser destruídos e reciclados, retomando ao
interior da Terra? Do contrário, a área da superfície terrestre deveria ter aumentado
ao longo do tempo, de modo que nosso planeta deveria ter ficado cada vez maior.
Por certo tempo, no início da década de 1960, alguns físicos e geólogos realmente
acreditaram nessa idéia de uma Terra em expansão, baseados em uma modificação
atualmente desacreditada da teoria da gravitação de Einstein.
Outros geólogos reconheceram que o assoalho oceânico estava na verdade
sendo reciclado nas regiões de intensa atividade vulcânica e sísmica ao longo das
margens da bacia do Oceano Pacífico, conhecidas coletivamente como Círculo de
Fogo. Os detalhes desse processo, todavia, permaneceram obscuros. Em 1965, o
geólogo canadense J. Tuzo Wilson descreveu, pela primeira vez, a tectônica em
torno do globo em termos de "placas" rígidas movendo-se sobre a superfície
terrestre. Ele caracterizou os três tipos básicos de limites onde as placas separam-
se, aproximam-se ou deslizam lateralmente uma em relação à outra. Em uma rápida
sucessão de descobertas e avanços teóricos, outros cientistas mostraram que quase
todas as deformações tectônicas atuais estão concentradas nesses limites.
Eles mediram as taxas e direções dos movimentos tectônicos e
demonstraram que os mesmos eram matematicamente consistentes com o sistema
de placas rígidas movendo-se na superfície esférica do planeta. Os elementos
básicos da teoria da tectônica de placas foram estabelecidos ao final de 1968. Por
volta de 1970, as evidências da tectônica de placas tornaram-se tão persuasivas,
devido a sua abundância, que quase todos os geocientistas adotaram-na. Os livros-
texto foram revisados e muitos especialistas começaram a considerar as implicações
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do novo conceito em seus campos de atuação.
Figura 6: O Círculo de Fogo do Pacífico, mostrando os vulcões ativos (círculos vermelhos grandes) e
terremotos (círculos pretos pequenos).
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Figura 7: O assoalho oceânico do Atlântico Norte, mostrando os vales em rifte em forma de fendas ao
longo do centro da Dorsal Mesoatlântica e os terremotos associados (pontos pretos).
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4) AS INTERAÇÕES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
Para entender como e a interação entre as placas tectônicas vamos
mergulhar a aproximadamente 100 km de profundidade, espessura
aproximadamente da Litosfera camada superficial que engloba o crosta terrestre e
assim as placas tectônicas.
O limite inferior da Litosfera é marcado pela Astenosfera que consiste de uma
zona no manto superior, conhecida também como “Zona de Baixa Velocidade”, por
causa da diminuição de velocidade das ondas sísmicas P e S devido ao estado algo
plástico destas zonas, pois entre 100 e 350 Km de profundidade (topo e base da
Astenosfera) as temperaturas alcançam valores próximos da temperatura de fusão
das rochas mantélicas. O processo de fusão parcial inicia-se produzindo uma fina
película liquida em torno dos grão minerais, suficiente para diminuir a velocidade das
ondas sísmicas. Desta forma o estado mais plástico desta zona permite que a
litosfera rígida deslize sobre a Astenosfera, tornando possível o deslocamento lateral
das placas tectônicas.
Hoje sabemos qual motor que faz as placas tectônicas se moverem, mas não
sabemos explicar exatamente como os processos naturais fazem esse motor
funcionar. Entretanto, nós podemos modelar as causas dos movimentos e tentar
esses modelos como base nas leis naturais. O que sabemos é que a Astenosfera e
a Litosfera estão intrinsecamente relacionadas. Se a Astenosfera se mover a
Litosfera será movida também, sabemos ainda que a Litosfera possui uma energia
cinética cuja fonte é o fluxo térmico interno da Terra, e que este calor chega a
superfície através das correntes de convecção do manto superior. O que não
sabemos com certeza é como as convecções do manto iniciam o movimento das
placas.
O principio básico de uma célula de convecção pode ser observado
esquentando uma grande panela com mel no qual boião duas rolhas de cortiça. Ao
aquecer o centro da base da panela o mel esquenta mais rapidamente no centro do
que nas bordas da panela, diminuindo ali a densidade do mel. Conseqüentemente, o
mel aquecido subira enquanto o mel mais frio da borda descera para ocupar o lugar
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do mel que subiu, instalando-se uma circulação de fluidos que afastará as duas
rolhas para a borda da panela, segundo o sentido das correntes de convecção
gerada.
Figura 8- Esquema de correntes de convecção atuantes na dorsal meso-oceânica.
De forma análoga este movimento de fonvecção ocorre no manto. Entretanto,
a convecção no manto refere-se a um movimento muito lento de rocha, que sob
condições apropriadas de temperatura elevada, se comporta como um material
plástico-viscoso migrando lentamente para cima. Este fenômeno ocorre quando um
foco de calor localizado começa a atuar produzindo diferenças de densidade entre o
material aquecido e mais leve e o material circundante mais frio e denso. A massa
aquecida se expande e sobe lentamente. Para compensar a ascensão destas
massas de material do manto, as rochas mais frias e densas descem e preenchem o
espaço deixado pelo material que subiu, completando o ciclo de convecção do
manto. O movimento de convecção das maças do manto, cuja viscosidade é 1018
vezes maior do que a água,ocorre a uma velocidade da ordem de alguns
centímetros por ano.
Porém acredita-se as correntes de convecção do manto por si só não seriam
suficiente para movimentar as placas litosféricas mas constituiriam apenas um
dentre outros fatores que em conjunto produziriam esta movimentação. O processo
de subducção teria inicio quando a parte mais fria e velha da placa se quebra e
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começa a mergulhar por debaixo de outra placa menos densa. Estes outros fatores
incluem:
a) Preção sobre placa provocada pela criação de nova litosfera nas zonas de
dorsais meso-oceânicas, o que praticamente empurraria a placa tectônica para
os lados.
b) Mergulho da litosfera para o interior do manto em direção à Astenosfera, puxada
pela crosta descendente mais densa e mais fria do que a Astenosfera mais
quente a sua volta.
c) A placa litosférica torna-se mais fria e mais espessa a medida que se afasta da
dorsal meso-oceânica onde foi criada. Como conseqüência, o limite entre a
litosfera e a astenosfera é uma superfície inclinada. Mesmo com uma inclinação
muito baixa o próprio peso da placa tectônica poderia causar uma movimentação
de alguns centímetros por ano.
Figura 9- Processos geológicos que causam a movimentação das placas tectônicas.
4.1 Tipos de Limites Entre as Placas Tectônicas
Os limites entre as placas tectônicas podem ser de três tipos distintos.
4.1.1 Limites Divergentes: marcados pelas dorsais meso-oceânicas, onde as
placas tectônicas afastam-se uma da outra com a formação de nova crosta
oceânica.
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4.1.2 Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a mais
densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a
partir de processos de fusão parcial da crosta que mergulhou.
4.1.3 Limites Conservativos: onde as placas tectônicas deslizam lateralmente
uma em relação a outra sem destruição ou geração de crostas.
É em torno destes limites de placas que se concentra a mais intensa atividade
geológica do planeta, como sismos, vulcanismo e orogêneses.
5) Designar as diversas placas tectônicas.
Uma placa tectônica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência
e/ou zonas de subducção. Atualmente, a Terra tem sete placas tectônicas principais
e muitas mais sub-placas de menores dimensões. Segundo a teoria da tectônica de
placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência, ou "zonas de
rifte”, e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre
placas que se registram a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas.
5.1 Placas Principais
a) Placa Africana
b) Placa da Antártida
c) Placa Australiana
d) Placa Eurasiática
e) Placa do Pacífico (rodeada pelo Círculo de Fogo do Pacífico)
f) Placa Norte-americana
g) Placa Sul-americana
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Figura 10: A configuração do mosaico atual e dos tipos de limites de placas. Esta vista cartográfica da
Terra e do relevo do fundo domar mostra os três tipos básicos de limites de placas: limites
divergentes, onde as placas separam-se ; limites convergentes, onde as placas aproximam-
se ; e limites de falhas transformantes, onde as placas deslizam uma em relação à outra
. As setas mostram em quais direções as placas estão se movendo em relação às outras e aos
seus limites comuns. Os números próximos a elas indicam as velocidades relativas das placas em
mm/ano. [Limite de placas por Peter Bird, UCLA]
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6) Relacionar as interações entre as placas e os fenômenos naturais
observados
Segue abaixo três tipos de limites convergentes.
(a) Subducção de uma placa oceânica outra placa oceânica, formando uma fossa
profunda e um arco de ilha vulcânico.(b) Subducção de uma placa oceânica em uma
margem continental, formando um cinturão de montanhas vulcânico na margem
deformada do continente em vez de um arco de ilha.(c) a colisão de placa
continente-continente, que amassa e espessa a crosta continental, formando altas
montanhas e um amplo planalto:
Figura 11: Quando duas placas oceânicas convergem, formam uma fossa de mar profundo e um arco
de ilhas vulcânico.
Figura 12: Quando uma placa oceânica encontra uma placa continental, a placa oceânica entra em
subducçâo e um cinturão de montanhas vulcânico é formado na margem da placa continental.
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Figura 13: Quando duas placas continentais colidem, a crosta é amassada e espessada, formando
altas montanhas e um amplo planalto.
Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de
manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como
continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de
energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses
eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e
instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se
refletem na superfície, modificando-a. Por outro lado, também existem formas lentas
de manifestação da dinâmica interna terrestre. Conforme a teoria da Tectônica de
Placas, as placas tectônicas incluem continentes e partes de oceanos, que se
movem em mútua aproximação ou distanciamento, a velocidades medidas de alguns
centímetros por ano, assim contribuindo para a incessante evolução do relevo e da
distribuição dos continentes e oceanos na superfície terrestre.
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6.1 Vulcanismo
Chamamos de vulcanismo os fatos e fenômenos geográficos relacionados
com as atividades vulcânicas, através dos quais o magma do interior da terra chega
à superfície. O estudo do vulcanismo abrange todas as manifestações de atividades
internas da Terra que, em decorrência da alta temperatura e pressão das rochas,
culmina com a efusão do magma. Nos pontos de contato entre diferentes placas,
onde a crosta terrestre é menos estável, ocorrem erupções vulcânicas. Atualmente
todos os vulcões em atividade possuem o aspecto mais ou menos perfeito de uma
montanha cônica cuja altitude varia de algumas dezenas de metros até
aproximadamente 7500 m (Aconcágua).
É preciso lembrar que as erupções vulcânicas não ocorrem somente na terra.
Ocorrem também nos oceanos. São as chamadas erupções submarinas. A pouca
profundidade, elas são explosivas. Nesse caso, cinzas e fragmentos de lava atingem
grande altitude e se tornam visíveis acima do nível do mar. A maiores
profundidades, a pressão da água oceânica não permite erupções explosivas. Nos
dois casos, a água faz as lavas esfriarem rapidamente. Nas áreas onde ocorreram
erupções vulcânicas, formam-se planaltos basálticos. É por isso que geralmente
essas áreas são densamente povoadas.
Os solos que resultam da decomposição das rochas vulcânicas são muito férteis. O
que sempre atraiu o ser humano em sua luta pela sobrevivência.
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6.2 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DOS VULCÕES
A grande maioria dos vulcões, cerca de 82%, acha-se agrupada em
determinadas zonas, principalmente ao longo dos oceanos formando, na região do
Pacífico, o chamado Círculo de Fogo. Cerca de 12% situam-se nas cadeias meso-
oceânicas, e os 6% restantes distribuem-se em zonas de rifts (termo utilizado para
designar vales formados e limitados por falhamentos geológicos) isolados no interior
das placas continentais e em áreas de hot spots(pontos de anomalia termal no
interior da terra, ligados a sistemas de convecção do manto e responsáveis pelo
vulcanismo que ocorre no interior de placas tectônicas) desenvolvidas em ambiente
intraplaca continental.
Figura 14: Erupções fissurais: nem todas as erupções são provocadas pela pressão dos gases. As
erupções fissurais ocorrem quando o magma corre para fendas no solo e escapam para a superfície.
Isso acontece freqüentemente onde o movimento das placas provocou grandes fraturas na crosta
terrestre, podendo haver difusão em torno da base do vulcão com um conduto central. As erupções
fissurais são caracterizadas por uma cortina de fogo, uma cortina de lava que cospe a uma altura
pequena acima do solo. As erupções fissurais chegam a produzir fluxos intensos, apesar do
movimento vagaroso do fluxo de lava.
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6.3 TERREMOTOS
São movimentos naturais da crosta terrestre, que se propagam por meio de
vibrações, podendo ser percebidos diretamente com os sentidos, ou por meio de
instrumentos. Esses movimentos, tremores ou abalos são casados pela liberação
repentina de energia acumulada durante longos intervalos de tempo em que as
placas tectônicas sofreram esforços para se movimentar. Quando o atrito entre elas
é vencido (subducção) ou quando partes se rompem (separação de placas) ocorrem
os abalos. Esses abalos têm intensidade, Horacio e freqüência variáveis. Os abalos
sísmicos perigosos ao homem ocorrem em numero de cerca de 20 a 30 por ano,
esse numero demonstra que a crosta terrestre se acha continuamente perturbada
por tremores. Os tremores mais fracos são constatados por aparelhos chamados
sismógrafos. As estações sismográficas possuem geralmente vários aparelhos que
registram as vibrações horizontais e verticais, esses registros são denominados
sismogramas.
6.4 CAUSAS DOS TERREMOTOS
Os terremotos são originados por três causas diferentes, motivados por três
diferentes processos geológicos.
6.4.1 Desmoronamentos internos superficiais – Provocados pela
dissolução de rochas pelas águas subterrâneas. Esse tipo de terremoto é de
pequena intensidade e local. Trata-se de uma região calcaria, onde pode dá-se o
desmoronamento de cavernas profundas. Quando se trata de abalos locais e de
pequena intensidade, tudo indica tratar-se de causas atectônicas, sendo provável o
fenômeno da dissolução de rochas calcárias e a consequente acomodação de
blocos superiores.
6.4.2 Causas Vulcânicas – As atividades vulcânicas também podem
ocasionar terremotos locais, afetando somente as imediações do centro do abalo.
Resultam de explosões internas, ou de colapsos, ou acomodações verificadas nos
vazios resultantes da expulsão do magma. Com certa freqüência os tremores
antecedem as erupções vulcânicas.
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6.4.3 Causas Tectônicas – São as mais importantes, as responsáveis pela
formação de grandes terremotos, que podem propagar-se por toda a terra. As
vibrações denominadas macrosismos, atingem de um a dois mil quilômetros do local
onde se originou o abalo. Os grandes terremotos são originados de movimentações
tectônicas profundas, situadas entre 8 a 15 km abaixo da superfície.
Observação: O local onde se originam os terremotos, dentro da crosta terrestre, é
denominado hipocentro ou foco. O terremoto cujo foco se situa a menos de 8 km da
superfície é geralmente de alcance local, não se propagando a grandes distâncias.
O ponto da superfície terrestre situado acima do hipocentro recebe o nome de
epicentro.
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7) Conclusão
São características geológicas dos limites das placas, além dos cinturões de
terremotos, muitas feições geológicas de grandes proporções, como estreitos
cinturões de montanhas e cadeias de vulcões, estão associadas com os limites das
placas. As margens convergentes são marcadas por fossas de mar profundo,
cinturões de terremotos, montanhas e vulcões. Os Andes e as fossas do oeste da
América do Sul são exemplos modernos. As convergências ancestrais podem
mostrar-se como antigos cinturões de montanhas, como os Apalaches e os Urais.
Os limites divergentes são tipicamente marcados por atividade vulcânica e
terremotos na crista das dorsais mesoceânicas, como a Dorsal Mesoatlântica. Os
limites das falhas transformantes, ao longo das quais as placas deslizam uma em
relação à outra, podem ser reconhecidos por formas lineares do relevo, atividades
de terremotos e deslocamento nas bandas de anomalias magnéticas.
Pode se determinar a idade do assoalho oceânico por meio da comparação
das bandas de anomalias magnéticas, mapeadas no fundo oceânico com a
sequência de reversões magnéticas determinadas em terra. Os geólogos podem,
atualmente, desenhar isócronas para a maioria dos oceanos, habilitando-se a
reconstruir a história da expansão do assoalho oceânico durante os últimos 200
milhões de anos. Usando esses métodos e outros dados geológicos, os geólogos
construíram um modelo detalhado de como a Pangéia fragmentou-se e os
continentes derivaram para a sua atual configuração.
O sistema da tectônica de placas é movido pela convecção do manto e a
energia vem do calor interno da Terra. As placas têm um papel ativo nesse sistema.
Por exemplo, as forças mais importantes na tectônica de placas vêm da litosfera em
resfriamento à medida que ela desliza do centro de expansão e mergulha de volta
no manto em zonas de subducção. As lascas litosféricas, estendem-se tão
profundamente que alcançam até o limite núcleo-manto, indicando que todo o manto
está envolvido no sistema de convecção que recicla as placas. As correntes de
convecção ascendentes podem incluir plumas do manto, que são intensos jorros do
manto profundo, causando vulcanismo localizado em pontos quentes, como no
Havaí.
27
8) Bibliografia
PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. E JORDAN, T. H. Para Entender a
Terra. 4° ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
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