trabalho ventrÍculos encefalicos (cerebrais) e tc sistema nervoso humano

137
Sistema Nervoso Caruaru Setembro de 2012

Upload: denis-caires

Post on 04-Aug-2015

435 views

Category:

Documents


37 download

TRANSCRIPT

Page 1: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Sistema Nervoso

Caruaru Setembro de 2012

Page 2: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 2

MARIA CHRYSTIANE G. BARROS JOSEILDA RUFINO DA SILVA DENIS CAIRES DE OLIVEIRA

LEILA BARBOZA GOMES

Sistema Nervoso

Trabalho apresentado a Professora

Simone Cabral da disciplina anatomia

dos Sistemas da turma III AN , turno

Noite do curso de Técnico em

Radiologia

Escola Técnica Politec Novo Rumo Caruaru - Setembro de 2012

Page 3: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 3

Sumário

SISTEMA NERVOSO ............................................................................................................................... 6

ESTRUTURAS DO SISTEMA NERVOSO ................................................................................................... 11

TECIDO NERVOSO ............................................................................................................................... 11

CLASSIFICAÇÃO DO NEURÔNIO QUANTO AOS SEUS PROLONGAMENTOS: ................................................................. 13

MEDULA ESPINHAL ............................................................................................................................. 16

SECÇÕES DA MEDULA VERTEBRAL EM TODAS AS SUAS REGIÕES ........................................................................... 18 RAÍZES NERVOSAS....................................................................................................................................... 19 RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS ........................................................................................ 19 ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL ............................................................................................................. 21 A ARACNÓIDE ESPINHAL ............................................................................................................................... 21

TRONCO ENCEFÁLICO.......................................................................................................................... 23

BULBO (MEDULA OBLONGA) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR ................................................................. 24 BULBO (MEDULA OBLONGA) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR ................................................................ 25 BULBO (MEDULA OBLONGA) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL ...................................................... 26 PONTE TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL .................................................................................... 27 PONTE TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR ............................................................................................... 28 PONTE (ESQUEMA DOS NÚCLEOS DA PONTE) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA LATERAL ................................ 29 PONTE (QUARTO VENTRÍCULO) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA LATERAL ................................................................. 30 PONTE (ASSOALHO DO QUARTO VENTRÍCULO) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR ......................... 31 MESENCÉFALO (ESQUEMA DIDÁTICO) SECÇÃO TRANSVERSAL DO MESENCÉFALO .................................................... 32 MESENCÉFALO - COLÍCULOS E CORPOS GENICULADOS TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL ..................... 33 VISTA INFERIOR DO MESENCÉFALO................................................................................................................. 34 MESENCÉFALO (ESQUEMA DOS NÚCLEOS DO MESENCÉFALO) TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR ..................... 35

CEREBELO ............................................................................................................................................ 36

CEREBELO - VISTA SUPERIOR ......................................................................................................................... 36 CEREBELO - VISTA INFERIOR .......................................................................................................................... 37 CEREBELO - SECÇÃO NO PLANO DO PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR ................................................................. 38 CEREBELO - VISTA LATERAL ........................................................................................................................... 39 CEREBELO - VISTA LATERAL ........................................................................................................................... 40

DIENCÉFALO......................................................................................................................................... 40

III VENTRÍCULO: .......................................................................................................................................... 40 DIENCÉFALO - VISTA MEDIAL ........................................................................................................................ 41

TÁLAMO: ............................................................................................................................................. 42

LIMITES DO TÁLAMO - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO ................................................................................ 44 NÚCLEOS DO TÁLAMO ................................................................................................................................. 45

HIPOTÁLAMO: ..................................................................................................................................... 45

CORPOS MAMILARES ................................................................................................................................... 46 QUIASMA ÓPTICO: ...................................................................................................................................... 46 TÚBER CINÉREO: ......................................................................................................................................... 46 INFUNDÍBULO: ........................................................................................................................................... 46 HIPOTÁLAMO - VISTA MEDIAL ...................................................................................................................... 47 FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO: ......................................................................................................................... 47

EPITÁLAMO: ........................................................................................................................................ 48

EPITÁLAMO - VISTA MEDIAL ......................................................................................................................... 48 TRÍGONO DA HABÊNULA .............................................................................................................................. 49 CORPO PINEAL ........................................................................................................................................... 49 COMISSURA POSTERIOR ............................................................................................................................... 49

Page 4: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 4

TELENCÉFALO ....................................................................................................................................... 49

SULCOS E GIROS: ........................................................................................................................................ 49 FACE SÚPERO-LATERAL: ............................................................................................................................... 51 LOBO FRONTAL: ......................................................................................................................................... 52 LOBO TEMPORAL: ....................................................................................................................................... 52 LOBO PARIETAL: ......................................................................................................................................... 53 LOBO OCCIPITAL: ........................................................................................................................................ 54 LOBO DA ÍNSULA: ....................................................................................................................................... 55 RESUMO DOS GIROS DA FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO ........................................................................ 56 FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO .............................................................................................................. 57 LOBO DA ÍNSULA ........................................................................................................................................ 57 FACE MEDIAL: ........................................................................................................................................... 58 CORPO CALOSO, FÓRNIX E SEPTO PELÚCIDO: ................................................................................................... 58 FÓRNIX E HIPOCAMPO ................................................................................................................................. 59 VISTA SUPERIOR DO FÓRNIX E HIPOCAMPO ..................................................................................................... 60 SEPTO PELÚCIDO - VISTA MEDIAL DO CÉREBRO ................................................................................................ 60 LOBO FRONTAL E PARIETAL ........................................................................................................................... 61 FACE INFERIOR DO CÉREBRO ......................................................................................................................... 65 RESUMO DOS GIROS DA FACE MEDIAL DO CÉREBRO .......................................................................................... 66 RINENCÉFALO - ANATOMIA DO NERVO OLFATÓRIO ........................................................................................... 66 MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL ......................................................................................................... 67 MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL ......................................................................................................... 67 NÚCLEO CAUDADO, NÚCLEO LENTIFORME E CORPO AMIGDALÓIDE ...................................................................... 70 NÚCLEOS DA BASE - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO ................................................................................... 71

MENÍNGES E LÍQUOR ......................................................................................................................... 72

DURA-MÁTER: ........................................................................................................................................... 73 ARACNÓIDE: .............................................................................................................................................. 75 PIA-MÁTER: ............................................................................................................................................... 77 LÍQUOR: ................................................................................................................................................... 78 CAVIDADES VENTRÍCULARES ......................................................................................................................... 79

VENTRÍCULOS LATERAIS E PREXO CORIÓIDE ........................................................................................ 80

ESQUEMA - CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR .............................................................................................................. 81

VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA ........................................................................................................... 82

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO ...................................................................................................... 82 POLÍGONO DE WILLIS: ................................................................................................................................. 82 ARTÉRIAS CAROTIDA INTERNA E VERTEBRAL ..................................................................................................... 83 POLÍGONO DE WILLIS - ESQUEMA .................................................................................................................. 84 ARTÉRIAS DO ENCÉFALO - VISTA INFERIOR ....................................................................................................... 85 ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA ........................................................................................................................ 85 VISTA ANTERIOR DAS ARTÉRIAS CEREBRAL ANTERIOR E MÉDIA ............................................................................ 86 ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA ........................................................................................................................... 86 ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR E ANTERIOR ..................................................................................................... 87 ESQUEMA DAS ARTÉRIAS CEREBRAIS............................................................................................................... 88 VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO ........................................................................................................ 89

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO ......................................................................................................... 90

NERVOS CRANIANOS ............................................................................................................................ 91 RESUMO DOS NERVOS CRANIANOS ................................................................................................................ 93 1. NERVO OFTÁLMICO ................................................................................................................................. 99 2. NERVO MAXILAR: .................................................................................................................................... 99 3. NERVO MANDIBULAR ............................................................................................................................. 100 NERVOS ESPINHAIS ............................................................................................................................. 109 RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS ...................................................................................... 109

Page 5: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 5

FORMAÇÃO DO NERVO ESPINHAL - RAÍZES VENTRAL E DORSAL ......................................................................... 110 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS ....................................................................................... 111 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS ....................................................................................... 112 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS ..................................................................................... 113 RAMO DORSAL DE UM NERVO ESPINHAL LOMBAR .......................................................................................... 114

PLEXO CERVICAL ............................................................................................................................... 115

SUPERFICIAIS ASCENDENTES: ...................................................................................................................... 115 NERVO OCCIPITAL MENOR ......................................................................................................................... 116 NERVO FRÊNICO ....................................................................................................................................... 117

PLEXO BRAQUIAL .............................................................................................................................. 119

RAMOS SUPRA-CLAVICULARES: .................................................................................................................... 121 RAMOS INFRA-CLAVICULARES: ..................................................................................................................... 122

NERVOS TORÁCICOS ......................................................................................................................... 127

RAMOS VENTRAIS DOS NERVOS TORÁCICOS ................................................................................................... 127 NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR .................................................................................................. 128 NERVO ESPINHAL TORÁCICO TÍPICO ............................................................................................................. 128

PLEXO LOMBAR ................................................................................................................................ 129

NERVO OBTURATÓRIO ............................................................................................................................... 130 NERVO FEMORAL E CUTÂNEO LATERAL DA COXA ............................................................................................ 131

PLEXO SACRAL .................................................................................................................................. 131

RAMOS VENTRAIS DOS NERVOS SACRAIS E COCCÍGEOS .................................................................................... 131

PLEXO COCCÍGEO .............................................................................................................................. 135

CONCLUSÃO....................................................................................................................................... 136

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 137

Page 6: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 6

SISTEMA NERVOSO

Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurônios surgiram na

superfície externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do

sistema nervoso é de relacionar o animal com o ambiente.

Dos três folhetos embrionários o ectoderma é aquele que esta em contato com

o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso.

O primeiro indicio de

formação do sistema nervoso

consiste em um

espessamento do ectoderma,

situado acima do notocorda,

formando a chamada placa

neural.

Sabe-se que a formação da

desta placa e a subseqüente

formação do tubo neural, tem

importante papel à ação

indutora da notocorda e do

mesoderma.

Notocordas implantadas na

parede abdominal de

embriões de anfíbios induzem

aí a formação de tubo neural.

Extirpações da notocorda ou

mesoderma em embriões

jovens resultaram em

grandes anomalias da

medula.

A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire

um sulco longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para

formar a goteira neural.

Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. O

ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o

assim do meio externo.

No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da goteira neural,

desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lamina longitudinal

denominada crista neural.

O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto

a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de

elementos não pertencentes ao sistema nervoso.

Page 7: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 7

Desde o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião. No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subseqüente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.

Page 8: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 8

O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as

vesículas telencefálicas laterais.

A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais cranial

do sistema nervoso e se denomina lamina terminal.

As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e

escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo.

O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que

formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que

forma a neuro-hipófise.

Page 9: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 9

Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto,

sofrendo, em algumas partes varias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto,

o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A

cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.

A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV

ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos

laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são

revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da

medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.

Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou

curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes.

A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o

prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura,

denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do

embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção

contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina.

Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem.

Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um

ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.

Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais

Page 10: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 10

O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial

(cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele

que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema

nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada

dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo.

No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico.

Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação,

ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema

nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o

meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O

componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em

receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente.

O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o

comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. O

sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o

controle das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos

originados em receptores das vísceras a áreas especificas do sistema

nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros

nervosos até as vísceras. Este componente eferente é também denominada

de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema nervoso

simpático e parassimpático.

Page 11: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 11

Estruturas do Sistema Nervoso

TECIDO NERVOSO

O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os

neurônios e as células glias. Neurônio: é a unidade estrutural e funcional

do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida. Tem a

função básica de receber, processar e enviar informações. Células Glias:

compreende as células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem

como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da

atividade neural.

Page 12: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 12

Neurônios: são células

altamente excitáveis que se

comunicam entre si ou com

outras células efetuadoras,

usando basicamente uma

linguagem elétrica. A

maioria dos neurônios possui

três regiões responsáveis

por funções especializadas:

corpo celular, dentritos e

axônios.

O corpo celular: é o centro

metabólico do neurônio,

responsável pela síntese de

todas as proteínas

neuronais. A forma e o

tamanho do corpo celular

são extremamente variáveis,

conforme o tipo de neurônio.

O corpo celular é também,

junto com os dendritos, local

de recepção de estímulos,

através de contatos

sinápticos.

Dendritos: geralmente são

curtos e ramificam-se

profusamente, a maneira de

galhos de árvore, em

ângulos agudos, originando

dendritos de menor

diâmetro. São os processos

ou projeções que

transmitem impulsos para os

corpos celulares dos

neurônios ou para os

axônios. Em geral os

dendritos são não

mielinizados. Um neurônio

pode apresentar milhares de

dendritos. Portanto, os

dendritos são especializados

em receber estímulos.

Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo

e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio

apresenta comprimento muito variável, podendo ser de alguns milímetros como

mais de um metro. São os processos que transmitem impulsos que deixam os

corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio

sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais

axônicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos.

Portanto, o axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação.

Tipos de Neurônios: São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e

interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a informação da periferia em direção

ao SNC, sendo também chamado neurônio aferente. Um neurônio motor conduz

informação do SNC em direção à periferia, sendo conhecido como neurônio

Page 13: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 13

eferente. Os neurônios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto

no SNP.

Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções básicas:

Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio

interno e externo do corpo e as conduzem ao SNC;

Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada

ou interpretada;

Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em

direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do

SNC.

Classificação do neurônio quanto aos seus prolongamentos:

a maioria dos neurônios possuem vários dendritos e um axônio, por isso são

chamados de multipolares. Mas também existem os neurônios bipolares e

pseudo-unipolares.

Nos neurônios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um

dendrito e um axônio.

Nos neurônios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo

celular.

Page 14: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 14

Sinapses: Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas,

entram em contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais

de tais contatos são denominados sinapses. Ou seja, os neurônios comunicam-

se uns aos outros nas sinapses – pontos de contato entre neurônios, no qual

encontramos as vesículas sinápticas, onde estão armazenados os

neurotransmissores. A comunicação ocorre por meio de neurotransmissores –

agentes químicos liberados ou secretados por um neurônio. Os

neurotransmissores mais comuns são a acetilcolina e a norepinefrina. Outros

neurotransmissores do SNC incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e as

endorfinas.

Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando

presente, seu envoltório de origem glial. O principal envoltório das fibras

nervosas é a bainha de mielina (camadas de substâncias de lipídeos e proteína),

que funciona como isolamento elétrico. Quando envolvidos por bainha de

mielina, os axônios são denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de

mielina as fibras são denominadas de amielínicas. Ambos os tipos ocorrem no

sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de

mielina formada por células de Schwann, no periférico e no central por

oligodendrócitos. A bainha de mielina permite uma condução mais rápida do

impulso nervoso e, ao longo dos axônios, a condução é do tipo saltatória, ou

seja, o potencial de ação só ocorre em estruturas chamadas de nódulos de

Ranvier.

Page 15: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 15

Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos

gânglios sensitivos, as fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em

feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos

espinhais e cranianos.

Curiosidade sobre o Sistema Nervoso Periférico

No sistema nervoso periférico, o axônio é envolvido por células especiais

denominadas células de Schwann, que formam a bainha de mielina do axônio.

O núcleo e o citoplasma das células de Schwann ficam por fora da bainha de

mielina e constituem o neurilema. Essa estrutura é importante nos casos em

que o nervo é seccionado, pois ela é responsável, em parte, pela regeneração

do mesmo. Assim os nervos reconstituídos cirurgicamente, podem

eventualmente restabelecer suas conexões, permitindo a recuperação da

sensibilidade e dos movimentos.

Algumas Considerações

O peso do encéfalo de um homem adulto

é de 1.300 gramas e na mulher é de

1.200 gramas. Admite-se que no homem

adulto de estatura mediana o menor

encéfalo compatível com a inteligência

normal seria de 900 gramas. Acima deste

limite as tentativas de se correlacionar o

peso do encéfalo com o grau de

inteligência esbarram em numerosas

exceções (este se refere ao peso corporal

e não ao grau de inteligência, pois ainda

não se conseguiu provar de forma alguma

qual dos dois sexos é mais inteligente). A

inteligência não se refere somente na

quantidade de massa cinzenta, mas sim

na capacidade que os seres humanos tem

de entender, raciocinar, interpretar e

relacionar o conhecimento sobre

experiências vividas e não vividas e a

capacidade adaptativa do ser humano a

novas situações.

Page 16: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 16

MEDULA ESPINHAL

Medula significa miolo e indica o que está

dentro. Assim temos a medula espinhal dentro

dos ossos, mais precisamente dentro do canal

vertebral. A medula espinhal é uma massa

cilindróide de tecido nervoso situada dentro do

canal vertebral sem entretanto ocupa-lo

completamente.

No homem adulto ela mede aproximadamente

45 cm sendo um pouco menor na mulher.

Cranialmente a medula limita-se com o bulbo,

aproximadamente ao nível do forame magno do

osso occipital.

O limite caudal da medula tem importância

clinica e no adulto situa-se geralmente em L2. A

medula termina afinando-se para formar um

cone, o cone medular, que continua com um

delgado filamento meníngeo, o filamento

terminal.

Forma e Estrutura da Medula

A medula apresenta forma aproximada de um

cilindro, achatada no sentido antero-posterior.

Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta

duas dilatações denominadas de intumescência

cervical e intumescência lombar.

Page 17: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 17

Estas intumescências medulares

correspondem às áreas em que fazem

conexão com as grossas raízes

nervosas que formam o plexo braquial

e lombossacral, destinados à inervação

dos membros superiores e inferiores

respectivamente.

A formação destas intumescências se

deve pela maior quantidade de

neurônios e, portanto, de fibras

nervosas que entram ou saem destas

áreas. A intumescência cervical

estende-se dos segmentos C4 até T1

da medula espinhal e a

intumescência lombar (lombossacral)

estende-se dos segmentos de T11

até L1 da medula espinhal.

A superfície da medula apresenta os

seguintes sulcos longitudinais, que

percorrem em toda a sua extensão: o

sulco mediano posterior, fissura

mediana anterior, sulco lateral anterior

e o sulco lateral posterior. Na medula

cervical existe ainda o sulco

intermédio posterior que se situa entre

o sulco mediano posterior e o sulco

lateral posterior e que se continua em

um septo intermédio posterior no

interior do funículo posterior. Nos

sulcos lateral anterior e lateral

posterior fazem conexão,

respectivamente as raízes ventrais e

dorsais dos nervos espinhais.

Page 18: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 18

Secções da Medula Vertebral em Todas as Suas Regiões

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a

forma de uma borboleta, ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três

colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior,

posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da

medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da

medula.

A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e

descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou

cordões:

Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral

anterior.

Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior.

Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano

posterior, este ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior.

Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio

posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.

Conexões com os nervos espinhais:

Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos

filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se unem para

formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As

duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em

um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.

Page 19: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 19

Raízes Nervosas

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos

medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1

coccígeo. Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais

porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.

Relação das Raízes Nervosas com as Vértebras

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 20: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 20

Topografia da medula:

A um nível abaixo da segunda vértebra lombar

encontramos apenas as menínges e as raízes

nervosas dos últimos nervos espinhais, que

dispostas em torno do cone medular e filamento

terminal, constituem, em conjunto, a chamada

cauda eqüina. Como as raízes nervosas mantém

suas relações com os respectivos forames

intervertebrais, há um alongamento das raízes e

uma diminuição do ângulo que elas fazem com a

medula. Estes fenômenos são mais pronunciados

na parte caudal da medula, levando a formação

da cauda eqüina.

Cone Medular Filamento Terminal

Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e

a medula, temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras

correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos

segmentos lombares. Para sabermos qual o nível da medula cada vértebra

corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e T10, adicionamos o

número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular

subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco

segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos

cinco segmentos sacrais.

Envoltório da medula:

A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são:

dura-máter, pia-máter e aracnóide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda

a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na

dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível

da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos

nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os

nervos.

Page 21: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 21

Envoltórios da Medula Espinhal

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um

folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que

unem este folheto à pia-máter.

A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o

tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula

termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento

esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-do-saco

dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal

recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de

filamento da dura-máter.

Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento

coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal

denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de

toda a extensão da medula.

A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da

medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e

ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se

inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com

a emergência dos nervos espinhais.

Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes

pontos de referencia em cirurgias deste órgão.

Page 22: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 22

Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica

devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como:

hematoma extradural, meningites etc.

O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal

vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo

venoso vertebral interno.

O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita

contendo uma pequena quantidade de líquido.

O espaço subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido

cérebro-espinhal ou líquor.

Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado entre

a pia-mater e o tecido nervoso.

Page 23: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 23

TRONCO ENCEFÁLICO

O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o

diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou

seja, conecta a medula espinal com as estruturas

encefálicas localizadas superiormente. A substância

branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e

enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro

e também as provenientes dele. Dispersas na

substância branca do tronco encefálico encontram-se

massas de substância cinzenta denominadas núcleos,

que exercem efeitos intensos sobre funções como a

pressão sangüínea e a respiração. Na sua constituição

entram corpos de neurônios que se agrupam em

núcleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam

em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos.

Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas

que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos

cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico.

O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, e

a ponte situada entre ambos.

Bulbo

Ponte

Mesencéfalo

Bulbo (Medula Oblonga):

O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor

continua caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha

demarcando a separação entre medula e bulbo, considera-se que o limite está

em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento

radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível

do forame magno.

Page 24: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 24

O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno

deste órgão, sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte.

A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam

na medula. Estes sulcos delimitam o que é anterior e posterior no bulbo. Vista

pela superfície, aparecem como uma continuação dos funículos da medula

espinhal. A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depressão

denominada forme cego. De cada lado da fissura mediana anterior existe uma

eminência denominada pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras

nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios

motores da medula. Este trato é chamado de trato piramidal ou trato córtico-

espinhal. Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o

plano mediano e constituem a decussação das pirâmides. É devido à

decussação das pirâmides que o hemisfério cerebral direito controla o lado

esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito. Por

exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo será acometido em toda

sua metade esquerda.

Bulbo (Medula Oblonga) Tronco Encefálico - Vista Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do

bulbo, onde se observa uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande

quantidade de substância cinzenta. Ventralmente à oliva, emerge do sulco

lateral anterior, os filamentos reticulares do nervo hipoglosso.

Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem

para formar os nervos glossofaríngeo e o vago além dos filamentos que

constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório que une se com a raiz

espinhal.

Page 25: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 25

Bulbo (Medula Oblonga) Tronco Encefálico - Vista Posterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um

estreito canal, continuação direta do canal central da medula, que se abre

para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é constituído pela metade rostral ou

porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do

bulbo, em virtude do afastamento dos seus lábios, que contribuem para a

formação dos limites laterais do IV ventrículo. Entre o sulco mediano posterior

e o sulco lateral posterior, encontra-se a continuação do funículo posterior da

medula, sendo que no bulbo, este é dividido em fascículo grácile fascículo

cuneiforme pelo sulco intermédio posterior.

Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes,

provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância

cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos

fascículos correspondentes.

Estes núcleos determinam o aparecimento de duas eminências:

o tubérculo grácil, mais medial, e o tubérculo cuneiforme, mais lateral.

Em virtude do IV ventrículo, os tubérculos grácil e cuneiforme se afastam

lateralmente como dois ramos de um "V" e gradualmente continuando para

cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme). Este, é formado

por um grosso feixe de fibras que formam as bordas laterais da metade caudal

do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para penetrar no cerebelo.

Page 26: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 26

Bulbo (Medula Oblonga) Tronco Encefálico - Vista Póstero-Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do

ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do

vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as

lesões neste órgão particularmente perigosas.

Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas

vezes chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem

fundamentais para o organismo, você pode compreender a seriedade de uma

fratura na base do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas

drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa

depressão do bulbo e morte porque a pessoa pára de respirar.

Ponte:

Page 27: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 27

Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo.

Esta situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso

occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Sua base situada ventralmente

apresenta uma estriação transversal em virtude da presença de numerosos

feixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem de cada

lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que se

penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite

entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) o ponto de

emergência do nervo trigêmeo (V par craniano). Esta emergência se faz por

duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, e outra menor, ou

raiz motora do nervo trigêmeo.

Ponte Tronco Encefálico - Vista Póstero-Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Percorrendo longitudinalmente a

superfície ventral da ponte existe um

sulco, o sulco basilar, que geralmente

aloja a artéria basilar.

A parte ventral da ponte é separada do

bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde

emerge de cada lado, a partir da linha

mediana, o VI, o VII e o VIII par

craniano.

Page 28: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 28

O VI par, o nervo abducente, emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo.

O VIII par craniano, o nervo vestíbulo-coclear, emerge lateralmente

próximo a um pequeno lobo denominado flóculo. O VII par craniano,

o nervo facial, emerge lateralmente com o VIII par craniano, o nervo

vestíbulo-coclear, com o qual mantém relações íntimas. Entre os dois,

emerge o nervo intermédio, que é a raiz sensitiva do VII par craniano.

Ponte Tronco Encefálico - Vista Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal do

bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.

Núcleos da Ponte

Núcleo motor do nervo trigêmeo (V par craniano) – está situado na margem

lateral do quarto ventrículo.

Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo (V par craniano) – continuação cefálica da

coluna sensitiva da medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do

gânglio do trigêmeo dividem-se em ramos ascendentes e descendentes.

Núcleo do nervo abducente (VI par craniano) – forma parte da substância

cinzenta dorsal da eminência medial do assoalho do quarto ventrículo,

profundamente ao colículo facial.v

Núcleo do nervo facial (VII par craniano) – está situado profundamente na

formação reticular, lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela

borda do caudal entre a oliva e o pedúnculo cerebelar inferior.

Núcleo do nervo vestíbulococlear (VIII par craniano) – o núcleo da divisão

vestibular ocupam uma grande área na porção lateral do quarto ventrículo. O

núcleo da divisão coclear localiza-se na porção caudal da ponte.

Page 29: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 29

Ponte (Esquema dos Núcleos da Ponte) Tronco Encefálico - Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e a

ponte em sua face posterior e ventralmente ao

cerebelo. Continua caudalmente com o canal

central do bulbo e cranialmente com o aqueduto

cerebral, cavidade do mesencéfalo que comunica

o III e o IV ventrículo. A cavidade do IV

ventrículo se prolonga de cada lado para formar

os recessos laterais, situados na superfície

dorsal do pedúnculo cerebelar inferior.

Este recesso se comunica de cada lado com o espaço subaracnóideo por meio

das duas aberturas laterais do IV ventrículo.

Há também uma abertura mediana do IV ventrículo denominada de forme de

Magendie, ou forame mediano, situado no meio da metade caudal do tecto do IV

ventrídulo.

Por meio desta cavidade, o líquido cérebro-espinhal, que enche a cavidade

ventricular, passa para o espaço subaracnóideo.

Page 30: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 30

Ponte (Quarto Ventrículo) Tronco Encefálico - Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O assoalho de IV ventrículo ou fossa rombóide, é formado pela parte dorsal da

ponte e pela porção aberta do bulbo.

Tecto do IV ventrículo: a metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída

por uma fina lamina de substância branca, o véu medular superior, que se

estende entre os dois pedúnculos cerebelares superiores. Na constituição da

metade caudal temos as seguintes formações:

Uma pequena parte da substância branca do nódulo do cerebelo.

O véu medular inferior, formação bilateral constituída de uma fina lâmina

branca presa medialmente às bordas laterais do nódulo do cerebelo.

Tela corióide do IV ventrículo, que une as duas formações anteriores às bordas

da metade caudal do assoalho do IV ventrículo.

Page 31: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 31

Ponte (Assoalho do Quarto Ventrículo) Tronco Encefálico - Vista Posterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A tela corióide é formada pela união do epitélio ependimário, que reveste

internamente o ventrículo com a pia-máter e reforça externamente este

epitélio. Esta tela emite projeções irregulares e muito vascularizadas para

a formação do plexo corióide do IV ventrículo. Este plexo corióide tem a

forma de "T" e produz líquido cérebro-espinhal, que se acumula na

cavidade ventricular passando ao espaço subaracnóideo através das

aberturas laterais e da abertura mediana do IV ventrículo.

A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo

respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no

ritmo respiratório.

Mesencéfalo:

Page 32: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 32

Interpões-se entre a ponte e o cerebelo, do qual é representado por um

plano que liga os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à

comissura posterior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto

cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto

do mesencéfalo. Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que por

sua vez, se dividem em uma parte dorsal, otegmento e outra ventral, a base

do pedúnculo.

Em uma secção transversal do mesencéfalo,

vê-se que o tegmento é separado da base

por uma área escura, a substância negra

(nigra). Junto à sustância negra existem

dois sulcos longitudinais: um lateral, sulco

lateral do mesencéfalo, e outro

medial, sulco medial do pedúnculo cerebral.

Estes sulcos marcam o limite entre a base e

o tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco

medial emerge o nervo oculomotor, III par

craniano.

Mesencéfalo (Esquema Didático) Secção Transversal do Mesencéfalo

Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.

Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tecto mesencefalico apresenta quatro

eminências arredondadas denominadas colículos superiores e inferiores,

separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz.

Na parte anterior do ramo longitudinal da cruz, aloja-se o corpo pineal, que

pertence ao diencéfalo. Caudalmente a cada colículo inferior, emerge o IV par

craniano, o nervo troclear.

Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo

geniculado, através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu

braço. Assim o colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do

colículo inferior, e o colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo

braço do colículo superior, o qual tem o seu trajeto escondido entre o pulvinar do

tálamo e o corpo geniculado medial.

O corpo geniculado lateral encontra-se na extremidade do trato óptico.

Page 33: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 33

Mesencéfalo - Colículos e Corpos Geniculados Tronco Encefálico - Vista Póstero-Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Pedúnculos cerebrais: vistos ventralmente, os pedúnculos cerebrais aparecem

com dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e

divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro.

Delimitam assim uma profunda depressão triangular, a fossa interpeduncular,

limitada anteriormente por duas eminências pertencentes ao diencéfalo, os

corpos mamilares. O fundo da fossa interpeduncular apresenta pequenos

orifícios para a passagem de vasos. Denomina-sesubstância perfurada

posterior.

Núcleo Rubro – ocupa grande parte do tegmento. É uma massa em forma de

oval que se estende do limite caudal do colículo superior até a região

subtalâmica. É circular numa secção transversal.

Page 34: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 34

Vista Inferior do Mesencéfalo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Núcleos do Mesencéfalo

Núcleo da raiz mesencefálica do nervo trigêmeo (V par craniano) – forma

uma região dispersa na porção lateral da substância cinzenta central que

circunda o aqueduto.

Núcleo do nervo troclear (IV par craniano) – está ao nível do colículo

inferior.

Núcleo do nervo oculomotor (III par craniano) – aparece numa secção

transversal. Estende-se até o colículo superior.

Page 35: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 35

Mesencéfalo (Esquema dos Núcleos do Mesencéfalo) Tronco Encefálico - Vista Posterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Revisão dos Pedúnculos Cerebelares

Pedúnculo Cerebelar Inferior: tem origem no bulbo.

Pedúnculo Cerebelar Médio: tem origem na ponte.

Pedúnculo Cerebelar Superior: tem origem no mesencéfalo.

Pedúnculo Cerebelar Inferior

Origem: Bulbo

Pedúnculo Cerebelar Médio

Origem: Ponte

Pedúnculo Cerebelar Superior

Origem: Mesencéfalo

Page 36: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 36

CEREBELO

O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do

metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a

formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso

occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter

denominada tenda do cerebelo. Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo

cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e

superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere

fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e

inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação).

Anatomicamente, distingue-se no cerebelo,

uma porção ímpar e mediana, o vérmix,

ligado a duas grandes massas laterais, os

hemisférios cerebelares. O vérmix é pouco

separado dos hemisférios na face superior do

cerebelo, o que não ocorre na face inferior,

onde dois sulcos são bem evidentes o

separam das partes laterais.

Cerebelo - Vista Superior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 37: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 37

Cerebelo - Vista Inferior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que

delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo.

Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que

delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas.

Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é especialmente evidente em

secções deste órgão, que dão também uma idéia de sua organização interna.

Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o

corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do cerebelo,

revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex

cerebelar.

O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em

cortes sagitais, recebem o nome de "árvore da vida". No interior do campo

medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os

núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial.

Page 38: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 38

Cerebelo - Secção no Plano do Pedúnculo Cerebelar Superior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum

significado funcional e sua importância é apenas topográfica.

Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios.

A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois hemisférios.

A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium

consiste em apenas uma folha do vérmix.

Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que o

pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo

vestíbulo-coclear.

Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas

são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se

medialmente sobre a face dorsal do bulbo.

Page 39: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 39

Cerebelo - Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fissuras do Cerebelo:

- Depois da língula temos a fissura pré-central.

- Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar.

- Depois do cúlmen temos a fissura prima.

- Depois do declive temos a fissura pós-clival.

- Depois do folium temos a fissura horizontal.

- Depois do túber temos a fissura pré-piramidal.

- Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal.

- Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral.

Page 40: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 40

Cerebelo - Vista Lateral

Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.

DIENCÉFALO

O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo.

O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da

cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção

mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo,

hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo.

III ventrículo:

É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica com o IV ventrículo pelo

aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames

interventriculares.

Page 41: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 41

Quando o cérebro é

seccionado no plano

sagital mediano, as

paredes laterais do III

ventrículo são expostas

amplamente; verifica-se

então a existência de

uma depressão, o sulco

hipotalâmico, que se

estende do aqueduto

cerebral até o forame

interventricular. As

porções da parede,

situadas acima deste

sulco, pertencem ao

tálamo; e as situadas

abaixo, pertencem ao

hipotálamo.

Unindo os dois tálamos observa-se freqüentemente uma estrutura formada

por substância cinzenta, a aderência intetalâmica, que aparece apenas

seccionada.

No assoalho do III ventrículo encontra-se, de anterior para posterior, as

seguintes formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos

mamilares, pertencentes ao hipotálamo.

Diencéfalo - Vista Medial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 42: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 42

A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que

se localiza acima do sulco hipotalâmico.

Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes

laterais, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se

insere a tela corióide, que forma o tecto do III ventrículo.

A partir da tela corióide, invaginam-se na luz ventricular, os plexos corióides do

III ventrículo, que se dispõem em duas linhas paralelas e são contínuos, através

dos respectivos forames interventriculares, com os plexos corióides dos

ventrículos laterais.

A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de

tecido nervoso, que une os dois hemisférios e dispõem-se entre o quiasma óptico

e a comissura anterior.

A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes

laterais do III ventrículo pertencem ao telencéfalo. A luz do III ventrículo se

evagina para formar quatro recessos na região do infundíbulo:

Recesso do infundíbulo, acima do quiasma óptico;

Recesso óptico;

Recesso pineal, na haste da glândula pineal;

Recesso suprapineal, acima do corpo pineal.

Tálamo:

O tálamo, com comprimento de cerca de 3cm,

compondo 80% do diencéfalo, consiste em duas

massas ovuladas pareadas de substância

cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de

substância branca em seu interior.

Em geral, uma conexão de substância cinzenta,

chamada massa intermédia (aderência

intertalâmica), une as partes direita e esquerda

do tálamo. A extremidade anterior de cada

tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo

anterior do tálamo, que participa da delimitação

do forame interventricular.

A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma

grande eminência, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados

lateral emedial.

Page 43: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 43

Tálamo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica,

e ambos são considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo

denominada de metatálamo.

A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo

lateral, sendo revestido por epitélio ependinário (epitélio que reveste esta parte

do tálamo e é denominada lâmina fixa). A porção medial do tálamo forma a

perede lateral do III ventrículo, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo

caloso, formações telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um fundo-

de-saco da pia-máter que, a seguir, entra na constituição da tela corióide. A face

lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe

de fibras que ligam o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face

inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo.

Page 44: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 44

Limites do Tálamo - Secção Transversal do Cérebro

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro:

Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos;

Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais;

Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as

sensações somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor.

Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos:

Grupo Anterior

Grupo Posterior

Grupo Lateral

Grupo Mediano

Grupo medial

Page 45: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 45

Núcleos do Tálamo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão

da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do

cérebro.

O tálamo classifica a informação, dando-nos uma idéia da sensação que estamos

experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja

uma interpretação mais precisa.

Funções do Tálamo:

Sensibilidade;

Motricidade;

Comportamento Emocional;

Ativação do Córtex;

Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.

Hipotálamo:

É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com

funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral.

Page 46: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 46

O hipotálamo é parte do diencéfalo e se

dispõe nas paredes do III ventrículo,

abaixo do sulco hipotalâmico, que separa

o tálamo. Apresenta algumas formações

anatômicas visíveis na face inferior do

cérebro: o quiasma óptico, o túber

cinéreo, o infundíbulo e os corpos

mamilares. Trata-se de uma área muito

pequena (4g) mas, apesar disso, o

hipotálamo, por suas inúmeras e variadas

funções, é uma das áreas mais

importantes do sistema nervoso.

Corpos mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta

evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular.

Quiasma óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe

fibras mielínicas do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tractos

óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os

pedúnculos cerebrais.

Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do

quiasma e do tracto óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-

se a hipófise por meio do infundíbulo.

Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao

túber cinéreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o

recesso do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para

constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior

continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise

esta contida na sela túrcica do osso esfenóide.

Page 47: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 47

Hipotálamo - Vista Medial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se

agrupa em núcleos. Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas

variados de fibras, como o fórnix. Este percorre de cima para baixo cada

metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar.

Impulsos de neurônios cujos dendritos e corpos celulares situam-se no

hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados na

medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos são então transferidos

para músculos e glândulas por todo o corpo.

Funções do Hipotálamo:

Controle do sistema nervoso autônomo;

Regulação da temperatura corporal;

Regulação do comportamento emocional;

Regulação do sono e da vigília;

Regulação da ingestão de alimentos;

Regulação da ingestão de água;

Regulação da diurese;

Regulação do sistema endócrino;

Geração e regulação de ritmos circadianos.

Page 48: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 48

Epitálamo:

Limita posteriormente o III ventrículo,

acima do sulco hipotalâmico, já na

transição com o mesencéfalo. Seu

elemento mais evidente é a glândula

pineal, glândula endócrina de forma

piriforme, ímpar e mediana, que repousa

sobre o tecto mesencefálico. A base do

corpo pineal se prende anteriormente a

dois feixes transversais de fibras que

cruzam um plano mediano, a comissura

posterior e a comissura das habênulas,

entre as quais penetra na glândula pineal

um pequeno prolongamento da cavidade

ventricular, o recesso pineal.

A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se

liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o

diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas

eminências triangulares, os trígonos da habênula. Esses estão situados entre a

glândula pineal e o tálamo e continuam anteriormente, de cada lado, com

as estrias medulares do tálamo. A tela corióide do III ventrículo insere-se,

lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e, posteriormente, na comissura

das habênulas, fechando assim o III ventrículo.

Epitálamo - Vista Medial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Portanto, o epitálamo é formado por:

Page 49: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 49

Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do

tálamo junto ao corpo pineal.

Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente

8mm de comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu

papel fisiológico ainda não esteja completamente esclarecido, a glândula pineal

secreta o hormônio melatonina, sendo assim, uma glândula endócrina. A

melatonina é considerada a promotora do sono e também parece contribuir para o

ajuste do relógio biológico do corpo.

Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha

mediana na junção do aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e

superiormente ao colículo superior. Marca o limite entre o mesencéfalo e

diencéfalo.

TELENCÉFALO

O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma

pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.

Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura

longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras

comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois

hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais

direito eesquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames

interventriculares.

Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces:

súpero-lateral (convexa); medial (plana); e inferior ou base do cérebro

(irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do

crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.

Sulcos e Giros:

Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta

rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a

substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se

dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários

animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou

circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do

volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex

cerebral estão “escondidos” nos sulcos.

Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o

sulco central.

Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é

subdividido em ascendente, anterior e posterior.

Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois

giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central.

As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE,

enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE.

Page 50: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 50

Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o sulco parieto-

occipital, que separa o lobo parietal do occipital.

Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação

aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal,

occipital e o lobo da ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso

do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.

A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo

lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão.

O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na

face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-

occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é arbitrariamente situado em uma

linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda

superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral,

cerca de 4 cm do pólo occipital.

Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no

ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo

temporal do lobo parietal.

Page 52: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 52

Lobo Frontal:

Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central.

Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirigi-se

anteriormente no lobo frontal. É perpendicular a ele.

Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se

para frente e para baixo.

Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro

se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor).

Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior.

Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior.

Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal

inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada.

Lobo Temporal:

Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás

paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal.

Page 53: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 53

Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente

formado por duas ou mais partes descontinuas.

Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal

superior.

Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal

inferior.

Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita

com o sulco occípito-temporal.

Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do

giro temporal superior.

A porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais,

os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal

transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro cortical da

audição.

Lobo Parietal:

Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao

sulco central.

Page 54: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 54

Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com

o qual pode estar unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital.

Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos:

Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro

pós-central que se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a

área somestésica.

Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal.

Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste,

descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvando em torno da extremidade

do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em torno da porção

terminal e ascendente do sulco temporal superior.

Lobo Occipital:

O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do

cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes.

Page 55: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 55

Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do cérebro.

Lobo da Ínsula:

O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem

forma cônica e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen

da ínsula.

Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e

dirige-se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e

giros curtos.

Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.

Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da

ínsula.

Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.

Page 56: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 56

Resumo dos Giros da Face Súpero-lateral do Cérebro

Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

Page 57: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 57

Face Súpero-lateral do Cérebro

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Lobo da Ínsula

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 58: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 58

Face Medial:

Corpo Caloso Fórnix

Septo Pelúcido

Lobo Frontal e

Lobo Parietal

Lobo Occipital

Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido:

Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um

grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e

penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas

simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos

identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente,

o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo

caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir

o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que

se continua em uma fina lâmina, alâmina rostral até a comissura anterior. Entre a

comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada

lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite

anterior do III ventrículo.

Divisões do Corpo Caloso e Fórnix - Face Ínfero-medial do Cérebro

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 59: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 59

Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção

à comissura anterior, está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não

pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro.

É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e

unidas entre si no trajeto do corpo caloso.

A porção intermédia em que as duas metades se unem constitui o corpo do

fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do

fórnix (anteriores) e os ramos do fórnix (posteriores).

As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a

parede lateral do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada

lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo.

No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um

lado para o outro, formando acomissura do fórnix.

Fórnix e Hipocampo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 60: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 60

Vista Superior do Fórnix e Hipocampo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Septo Pelúcido - Vista Medial do Cérebro

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 61: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 61

Lobo Frontal e Parietal

Na parte medial do cérebro, existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o

lobo parietal:

Sulco do Corpo Caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o

tronco e o esplênio do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o

sulco do hipocampo.

Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é

separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente em dois sulcos: ramo

marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do cíngulo que cruza a

margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente

em direção ao sulco parieto-ocipital.

Sulco Paracentral: Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior

do hemisfério, que delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo

paracentral.

Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo

istmo do giro do cíngulo. É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do

cíngulo.

Lóbulo Paracentral: localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Na

parte anterior e posterior deste lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas

relacionadas com a perna e o pé.

Pré-cúneos: está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo

parietal.

Page 62: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 62

Giro Frontal Superior: já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro.

Lobo occipital:

Sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto

arqueado em direção ao pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o

centro cortical da visão.

Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal.

Cúneos: localiza-se entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro

complexo de forma triangular. Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré-

cúneos.

Page 63: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 63

Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do sulco calcarino. Esse giro

continua anteriormente com o giro para-hipocampal, do lobo temporal.

Face inferior:

Lobo Temporal

Lobo Frontal

Lobo temporal:

Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros occipito-temporal lateral e

occipito-temporal medial.

Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente. O sulco

colateral pode ser contínuo com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do

giro para-hipocampal do resto do lobo temporal.

Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde

continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde

termina separando o giro parahipocampal do úncus.

Page 64: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 64

Sulco calcarino: é melhor visualizado na face medial do cérebro. Na face inferior,

separa a porção posterior o giro para-hipocampal do istmo do giro do cíngulo.

Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região lateral da face inferior do

cérebro circundando o giro occipito-temporal medial e o giro para-hipocampal.

Giro Occipito-temporal Medial: é visualizado também na face medial do cérebro,

porém ocupa uma área significativa na face inferior. Está localizado entre o giro

occipito-temporal lateral, giro para-hipocampal e o istmo do cíngulo.

Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um

giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o

istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, parte

importante dosistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o

controle do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal

se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o úncus.

Page 65: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 65

Lobo Frontal:

A face inferior do lobo frontal apresenta as seguintes estruturas: o sulco olfatório,

profundo e de direção ântero-posterior; o giro reto, que localiza-se medialmente

ao sulco olfatório e continua dorsalmente como giro frontal superior. O resto da

face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares,

os sulcos egiros orbitários.

Face Inferior do Cérebro

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 66: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 66

Resumo dos Giros da Face Medial do Cérebro

Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

Rinencéfalo:

O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que

continua posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório.

O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o nervo olfatório.

Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias lateral e

medial, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono

olfatório e adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo uma série de

pequenos orifícios para passagem de vasos, a substância perfurada do anterior.

Rinencéfalo - Anatomia do Nervo Olfatório

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 67: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 67

Morfologia dos Ventrículos Laterais:

Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo

líquido cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se

comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame,

cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três

cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se

projetam para o pólo frontal, occipital e temporal respectivamente, são o corno

anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do

ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso.

Morfologia do Ventrículo Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Morfologia do Ventrículo Lateral

Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

Page 68: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 68

Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais:

Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex

cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro medular do

cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância branca existem massas

de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro.

Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas.

Distinguem-se dois grupos de fibras: de projeção e de associação. As fibras de

projeção ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de associação

unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro.

As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna.

O fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a

formação do centro branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente nesta

página.

A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no

córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo

lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados

medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam

a constituir a coroa radiada.

Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do

núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e um ramo posterior, bem maior, situada

entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna

encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna.

Page 69: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 69

As fibras de associação são divididas em fibras de associação intra-

hemisféricas einter-hemisféricas.

Dentre as fibras de associação intra-hemisféricas, citarei os quatro fascículos mais

importantes:

Fascículo do Cíngulo - Une o lobo frontal e o temporal.

Fascículo Longitudinal Superior - Une os lobos frontal, parietal e occipital.

Também pode ser chamado de fascículo arqueado.

Fascículo Longitudinal Inferior - Une o lobo occipital e temporal.

Fascículo Unciforme - Une o lobo frontal e o temporal.

Dentre as fibras de associação inter-hemisféricas, ou seja, aquelas que

atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios,

encontramos três comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura do fórnix e

comissura anterior, já estudadas acima.

Page 70: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 70

Núcleos da base:

Núcleo caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substância

cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua

extremidade anterior é muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, que

proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo lateral. Ela continua

gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte

central do ventrículo lateral. Este se afina pouco a pouco para formar a cauda do

núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada, estendendo-se até a

extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua

forma fortemente arqueada, o núcleo caudado aparece seccionado duas vezes em

determinados cortes horizontais e frontais do cérebro. A cabeça do núcleo

caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme.

Núcleo Caudado, Núcleo Lentiforme e Corpo Amigdalóide

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Núcleo lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-

pará. Não aparece na superfície ventricular, situando-se profundamente no

interior do hemisfério. Medialmente relaciona-se com a cápsula interna, que o se

separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da

ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustro.

O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de

substância branca, a lâmina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é

maior que o globo pálido, que se dispõem medialmente. Em secções transversais

do cérebro, o globo pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen em

virtude da presença de fibras mielínicas que o atravessam. O globo pálido é

subdividido por uma lâmina de substância branca, a lâmina medular medial, em

partes externa e interna (ver figura abaixo).

Claustro: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da

ínsula e o núcleo lentiforme. Separa-se do córtex da ínsula por uma fina lâmina

branca, a cápsula extrema. Entre o claustro e o núcleo lentiforme existe uma

outra lâmina branca, a cápsula externa (ver figura abaixo).

Page 71: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 71

Corpo amigdalóide: é uma massa esferóide de substância cinzenta de cerca de 2

cm de diâmetro situada no pólo temporal do hemisfério cerebral. Faz uma discreta

saliência no tecto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral. O corpo

amigdalóide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador do

comportamento sexual e da agressividade (ver figura acima).

Núcleo Accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união

entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado.

Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base

do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido, região

conhecida como substância inominata. Contem neurônios grandes ricos em

acetilcolina.

Núcleos da Base - Secção Transversal do Cérebro

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 72: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 72

Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas

importantes considerando o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente,

a divisão por lobos e sulcos é apenas didática, pois o cérebro funciona como um

todo independente dos lobos, porém algumas áreas são específicas e bem

localizadas, tais como as indicadas na figura abaixo:

MENÍNGES E LÍQUOR

O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de

proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, menínges, líquido cerebrospinhal

(líquor) e barreira hematoencefálica. Nesta página, abordarei as menínges e o líquido

cerebroespinhal, estruturas que envolvem o SNC e são de extrema importância para a

defesa do nosso corpo.

Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas

meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A

aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes

consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter

que é mais espessa é conhecida como paquimeninge.

Page 73: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 73

Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido

conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois

folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do

crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica

(nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência

da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na

medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea

média, ramo da artéria maxilar.

Folhetos da Dura-máter

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo

Page 74: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 74

não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana

se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça.

Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do

externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se

comunicam amplamente. As principais pregas são:

Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura

longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios.

Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos

occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do

crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ousupratentorial, e

outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada

incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo.

Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do

cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares.

Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica,

deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisiára.

Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do

encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém

o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue,

constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção

das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema

cardiovascular junto com o sistema venoso.

Page 75: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 75

Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa

por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido

necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-

se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, havendo grande

comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula. Considera-se

também como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o

espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóides. Estas

trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnóide.

Dura-máter e Aracnóide

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham

apenas grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a

esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância

entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é muito

variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se

afasta da parede craniana.

Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas

subaracnóideas, que contém uma grande quantidade de líquor. As cisternas mais

importantes são as seguintes:

Cisterna magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do

bulbo e do tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da

medula e liga-se ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a

maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de líquor através de

punções.

Page 76: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 76

Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte.

Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular.

Cisterna quiasmática: situada diante o quiasma óptico.

Cisterna superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o

esplênio do corpo caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte,

àcisterna ambiens, termo usado pelos clínicos.

Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco

lateral de cada hemisfério.

Cisternas e a Circulação do Líquor

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Granulações aracnóides: em alguns pontos da aracnóide, formam-se pequenos tufos que

penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas,

mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnóideas levam pequenos

prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos

quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada

Page 77: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 77

camada de aracnóide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor,

que neste ponto, vai para o sangue.

Granulações Aracnóides

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo

e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais.

Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido

nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos

nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os

vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a

parede externa dos espaços perivasculares. Neste espaço existem prolongamentos do

espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um manguito protetor em torno dos

vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido

circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais

calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do

vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos

astrócitos do tecido nervoso.

Page 78: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 78

Espaço entre as menínges:

O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real mas apenas um

espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter.

Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural.

Líquor:

É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades

ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central.

Page 79: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 79

Cavidades Ventrículares

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido

nos plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a

partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem

plexos corióides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais

contribuem com maior contingente líquorico, que passa ao III ventrículo através dos

forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.

Page 80: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 80

Ventrículos Laterais e Prexo Corióide

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço

subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se

projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo

sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o

espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o

líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica

ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-

máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.

Circulação do Líquor

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a

Page 81: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 81

determinam. Sem dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em

outra já são o suficiente para causar sua movimentação.

Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a

pressão líquorica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das

granulações aracnóideas.

Esquema - Circulação do Líquor

Page 82: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 82

VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA

O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que

exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e

oxigênio.

O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um

fluxo sangüíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no

sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sangüíneo ao encéfalo

não são toleradas por um período muito curto.

A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda

da consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são

irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram.

O fluxo sangüíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e

do coração.

Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue

aproximadamente igual ao seu próprio peso.

Vascularização Arterial do Encéfalo

Polígono de Willis:

O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas:

vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas internas).

Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo.

Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de

Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.

Page 83: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 83

Artérias Carotida Interna e Vertebral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

As artérias vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na

goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a

parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.

As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média

e uma artéria cerebral anterior.

As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que

é a artéria comunicante anterior.

As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas

através das artérias comunicantes posteriores.

Page 84: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 84

Polígono de Willis - Esquema

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Polígono de Willis - Esquema

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 85: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 85

Artérias do Encéfalo - Vista Inferior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artéria Carótida Interna

Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais

ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo

do osso temporal.

A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, dividi-se

em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior.

A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral

irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e,

infelizmente, comum.

Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são freqüentemente

referidos como a circulação anterior do encéfalo.

Page 86: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 86

Vista Anterior das Artérias Cerebral Anterior e Média

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artéria Cerebral Média

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artéria Vertebral e Basilar (Sistema Vértebro-basilar)

Page 87: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 87

As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a

partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço.

Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais,

perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnóide, penetrando

no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e,

aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um

tronco único, a artéria basilar.

As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores

posteriores. A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina

anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita

e esquerda.

A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias:

cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim

áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo.

O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos

clinicamente como a circulação posterior do encéfalo.

Artéria Cerebral Posterior e Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 88: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 88

Esquema das Artérias Cerebrais

Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica:

Page 89: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 89

Vascularização Venosa do Encéfalo

As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo

maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de

onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem

praticamente todo o sangue venoso encefálico. As veias jugulares externa e

interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço.

As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias

subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias

jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço.

Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios

venosos do crânio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se

com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o

sangue para a veia cava superior. As veias do cérebro dispõem-se em dois

sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. Embora

anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas

anastomoses. Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca

subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que

desembocam nos seios da dura-máter. Sistema Venoso Profundo – Drenam o

sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais como: corpo

estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do

cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de

Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do

cérebro.

Vascularização Venosa do Encéfalo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 90: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 90

Vascularização Venosa do Encéfalo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes

dos axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras

nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o

sistema nervoso central. É composto pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos

espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo.

Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um

dispositivo captador que é denominado receptor e uma expansão que a coloca em

relação com o elemento que reage ao impulso motor, este elemento na grande

maioria dos casos é uma fibra muscular podendo ser também uma célula

glandular. A estes elementos dá-se o nome de efetor.

Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema

nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao

efetor, quando o impulso é motor.

As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema. São

três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro

(envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os

feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo

que envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande

resistência aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais, pois estes são

mais expostos aos traumatismos.

Page 91: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 91

Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar. Nestes

casos não há bifurcação ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um

reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou que se destacam

de um nervo para seguir outro.

NERVOS CRANIANOS

Nervos cranianos são os que fazem conexão com

o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos

recebem uma nomenclatura específica, sendo

numerados em algarismos romanos, de acordo

com a sua origem aparente, no sentido

rostrocaudal.

As fibras motoras ou eferentes dos nervos

cranianos originam-se de grupos de neurônios no

encéfalo, que são seus núcleos de origem.

Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas

fibras corticonucleares que se originam dos

neurônios das áreas motoras do córtex, descendo

principalmente na parte genicular da cápsula

interna até o tronco do encéfalo.

Page 92: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 92

Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados

fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos

órgãos dos sentidos.

Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se

em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta

da medula espinhal.

De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser

classificados em motores, sensitivos e mistos.

Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os

músculos látero-posteriores do pescoço. São eles:

III - Nervo Oculomotor

IV - Nervo Troclear

VI - Nervo Abducente

XI - Nervo Acessório

XII - Nervo Hipoglosso

Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são

chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade

geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são:

I - Nervo Olfatório

II - Nervo Óptico

VIII - Nervo Vestibulococlear

Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro:

V - Trigêmeo

VII - Nervo Facial

IX - Nervo Glossofaríngeo

X - Nervo Vago

Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica

periférica do sistema autônomo. São os seguintes:

III - Nervo Oculomotor

VII - Nervo Facial

IX - Nervo Glossofaríngeo

X - Nervo Vago

XI - Nervo Acessório

Page 93: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 93

Resumo dos Nervos Cranianos

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A seqüência craniocaudal dos nervos cranianos é como se segue:

I II III IV V VI

Olfatório Óptico Oculomotor Troclear Trigêmeo Abducente

VII VIII IX X XI XII

Facial Vestíbulococlear Glossofaríngeo Vago Acessório Hipoglosso

I. Nervo Olfatório

As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal

que recebe o nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande

quantidade de fascículos individualizados que atravessam separadamente o crivo

etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de

nervo olfatório (direito e esquerdo).

É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios,

sendo classificados como aferentes viscerais especiais. Mais informações sobre o

nervo olfatório podem ser encontradas em Telencéfalo (Rinencéfalo).

Page 94: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 94

Nervo Olfatório

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Olfatório

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 95: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 95

Localização

Passagem

II. Nervo Óptico

É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina,

emergem próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio

pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando

o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam

no tracto óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é um nervo

exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-

se como aferentes somáticas especiais.

Nervo Óptico

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 96: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 96

Localização

Passagem

III. Nervo Oculomotor

IV. Nervo Troclear

VI. Nervo Abducente

São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior,

distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes:

elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto

lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior.

Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto

lateral e do oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos nervos abducente

e troclear. As fibras que inervam os músculos extrínsecos do olho são

classificadas como eferentes somáticas.

O nervo oculomotor nasce no sulco medial do pedúnculo cerebral; o nervo

troclear logo abaixo do colículo inferior; e o nervo abducente no sulco pontino

inferior, próximo à linha mediana.

Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no interior do crânio, para

atravessar a fissura orbital superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir

aos músculos extrínsecos do olho.

O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, que vão à musculatura

intrínseca do olho, a qual movimenta a íris e a lente.

Page 97: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 97

Nervo Oculomotor, Troclear e Abducente

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização Nervo Oculomotor

Passagem Nervo Oculomotor

Page 98: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 98

Localização Nervo Troclear

Passagem Nervo Troclear

Localização Nervo Abducente

Passagem Nervo Abducente

V. Nervo Trigêmeo

O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo

consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva

é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no

gânglio trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do

osso temporal.

Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal

formam, distalmente ao gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo

oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade

somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam

como aferentes somáticas gerais. A raiz motora do trigêmeo é constituída de

fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos

mastigatórios.

O problema médico mais freqüentemente observado em relação ao trigêmeo é a

nevralgia, que se manifesta por crises dolorosas muito intensas no território de

um dos ramos do nervo.

Page 99: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 99

1. Nervo oftálmico: atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III,

IV, VI pares cranianos e a veia oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos

terminais, que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal.

O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu

conteúdo, enquanto o nervo óptico é sensorial (visão).

2. Nervo maxilar: é o segundo ramo do nervo trigêmeo. Ele cruza a fossa

pterigopalatina como se fosse um cabo aéreo para introduzir-se na fissura orbital

inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a se chamar

nervo infra-orbital.

O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo

soalho da órbita, passando sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra-

orbital e através desse último se exterioriza para inervar as partes moles situadas

entre a pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (n.nasal) e lábio superior (n.

labial superior).

O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece como ramos

colaterais o nervo alveolar superior médio e o nervo alveolar superior anterior,

que se dirigem para baixo.

Nas proximidades dos ápices das raízes dos dentes superiores, os três nervos

alveolares superiores emitem ramos que se anastomosam abundantemente, para

constituírem o plexo dental superior.

Page 100: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 100

3. Nervo mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio

pelo forame oval e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo

que os dois ramos principais, são o nervo lingual e alveolar inferior.

O nervo lingual dirige-se para a língua, concedendo sensibilidade geral aos seus

dois terços anteriores.

O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do

osso pelo canal da mandíbula até o dente incisivo central.

Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar inferior emite

um ramo colateral, que é o nervo mental (nervo mentoniano), o qual emerge pelo

forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade geral às partes moles do

mento.

Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém seus

ramos se anastomosam desordenadamente para constituir o plexo dental inferior,

do qual partem os ramos dentais inferiores que vão aos dentes inferiores.

A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios (temporal,

masseter e pterigóideo medial e lateral), com nervos que tem o mesmo nome dos

músculos.

Nervo Trigêmeo - Ramos Oftalmico e Maxilar

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 101: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 101

Nervo Trigêmeo - Ramo Mandibular

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização

Passagem

VII. Nervo Facial

É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial

gustatória. Ele emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o

nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo

Page 102: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 102

intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do

nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo

intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso

único que penetra no canal facial.

A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente dito, enquanto a

sensorial recebe o nome de nervo intermédio.

Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior e se dirigem paralelamente

ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o nervo

vestibulococlear.

No interior do meato acústico interno, os dois nervos (facial e intermédio)

penetram num canal próprio escavado na parte petrosa do osso temporal, que é

o canal facial.

As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face, onde dão dois

ramos iniciais: o temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam em leque

para inervar todos os músculos cutâneos da cabeça e do pescoço.

Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hióideo e ao ventre posterior do

digástrico.

As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do nervo facial que é a corda

do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo

do trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se nos dois terços

anteriores da língua.

O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se

utilizam do nervo intermédio e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela

corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para inervar as glândulas

lacrimais, nasais e salivares (glândula sublingual e submandibular).

Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para todos os músculos cutâneos

da cabeça e pescoço (músculo estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico).

Nervo Facial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 103: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 103

Localização

Passagem

VIII. Nervo Vestibulococlear

Costituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam,

respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente

sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a

emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos

facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal.

A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos

do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio.

A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do

gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição.

As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas

especiais.

Nervo Vestibulococlear

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 104: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 104

Localização

Passagem

IX. Nervo Glossofaríngeo

É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de

filamentos radiculares, que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos

reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo

forame jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois

gânglios, superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio,

o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua

e na faringe. Desses, o mais importante é o representado pelas fibras aferentes

viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da

língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos.

Merecem destaque também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à

divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e que terminam no gânglio

óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do nervo aurículo-temporal que vão

inervar a glândula parótida.

Nervo Glossofaringeo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 105: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 105

Localização

Passagem

X. Nervo Vago

O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior

do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o

nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o

tórax, terminando no abdome.

Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que inervam a faringe e a

laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação

autônoma das vísceras torácicas e abdominais.

O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio superior, situado ao nível do

forame jugular; e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os

dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório.

Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na

faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.

Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática

das vísceras torácicas e abdominais.

Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da laringe.

As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as fibras

sensitivas nos gânglios superior e inferior.

Page 106: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 106

Nervo Vago

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização

Passagem

Page 107: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 107

XI. Nervo Acessório

Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por

filamentos que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos

cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame

magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco

lateral posterior do bulbo.

O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno une-se ao vago

e distribui-se com ele, e o externo inerva os músculos trapézio e

esternocleidomastóideo.

As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são:

Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe;

Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas.

Nervo Acessório

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 108: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 108

Localização

Passagem

XII. Nervo Hipoglosso

Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a

forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo.

Este, emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos

intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da

mesma). Suas fibras são consideradas eferentes somáticas.

Nervo do Hipoglosso

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 109: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 109

Localização

Passagem

NERVOS ESPINHAIS

São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela

inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31

pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que

correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São 8 pares de nervos

cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.

Relação das Raízes Nervosas com as Vértebras

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 110: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 110

Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral

(motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral

anterior da medula através de filamentos radiculares.

A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas

radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo

ao forame intervertebral.

A raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas

prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para

formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal.

As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para

formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame interespinhal.

O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo

espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa.

Está próximo ao forame intervertebral.

Formação do Nervo Espinhal - Raízes Ventral e Dorsal

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral,

imediatamente após a junção das duas raízes.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais

Os ramos dorsais dos nervos espinhais, geralmente menores do que os ventrais e

direcionados posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e

quinto sacrais e o coccígeo) em ramos medial e lateral para inervarem os músculos

e a pele das regiões posteriores do pescoço e do tronco.

Ramos dorsais dos nervos espinhias cervicais

O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao

arco posterior do atlas e inferior à artéria vertebral. Ele penetra no trígono

suboccipital inervando os músculos retos posteriores maior e menor da cabeça,

oblíquos superior e inferior e o semi-espinhal da cabeça.

O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem

entre o arco posterior do atlas e a lâmina do axis, abaixo do músculo oblíquo

inferior por ele inervado, recebendo uma conexão proveniente do ramo dorsal do

primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo

Page 111: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 111

lateral. O ramo medial é denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo

occipital menor, inervam a pele do couro cabeludo até o vértice do crânio. Ele

inerva o músculo semi-espinhal da cabeça. O ramo lateral inerva os músculos

esplênio, longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da cabeça.

O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo

medial corre entre os músculos espinhal da cabeça e semi–espinhal do pescoço,

perfurando o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminar na pele.

Profundamente ao músculo trapézio, ele dá origem a um ramo, o terceiro nervo

occipital, que perfura o músculo trapézio para terminar na pele da parte inferior

da região occipital, medial ao nervo occipital maior. O ramo lateral

freqüentemente se une àquele do segundo ramo dorsal cervical.

Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos

medial e lateral. Os ramos mediais do quarto e do quinto corrrem entre os

músculos semi-espinhal do pescoço e semi-espinhal da cabeça, alcançam

processos espinhosos das vértebras e perfuram o músculo esplênio e o músculo

trapézio para terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode não alcançar a

pele. Os ramos mediais dos três nervos cervicais inferiores são pequenos e

terminam nos músculos semi-espinhal do pescoço, semi-espinhal da cabeça,

multífido e interespinhais. Os ramos laterais inervam os músculos iliocostal do

pescoço, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Cervicais

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 112: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 112

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Cervicais

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos

Dividem-se em ramos medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulação

e as margens mediais do ligamento costo-transversário superior e o músculo

intertransversal, enquanto que cada ramo lateral corre no intervalo entre o

ligamento e o músculo intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre

o lado medial do músculo levantador da costela.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Torácicos

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 113: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 113

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Torácicos

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos dorsais dos nervos espinhais lombares

Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos

intertransversários, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais

correm próximo dos processos articulares das vértebras para terminarem no

músculo multífido; eles estão relacionados com o osso entre os processos

acessórios e mamilares e podem sulcá-lo.

Além disto os três superiores dão origem aos nervos cutâneos que perfuram a

aponeurose do músculo latíssimo do dorso na margem lateral do músculo eretor

da espinha e cruzam o músculo ilíaco, posteriormente, para alcançarem a pele da

região glútea.

Page 114: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 114

Ramo Dorsal de um Nervo Espinhal Lombar

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos dorsais dos nervos espinhais sacrais

Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se em

ramos medial e lateral. Os ramos mediais são pequenos e terminam no músculo

multífido.

Os ramos laterais se unem e com os ramos laterais do último lombar e ramos

dorsais do quarto nervo sacral, formam alças dorsais ao sacro; destas alças ramos

correm dorsalmente para o ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda

série de alças sob o músculo glúteo máximo; destes,dois ou três ramos glúteos

perfuram o músculo glúteo máximo para inervar a pele da região glútea.

Ramos Ventrais dos Nervos Espinhais

Os ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ântero-

laterais do tronco. O cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para

formar plexos.

Page 115: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 115

PLEXO CERVICAL

Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva

alguns músculos do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e

tórax.

Cada ramo ventral anastomosa-se com o subsequente formando três alças de

convexidade lateral (C1 com C2, C2 com C3 e C3 com C4). Dessas três alças

derivam ramos que constituem as duas partes do plexo cervical (superficial e

profunda).

A parte superficial é constituída por fibras essencialmente sensitivas, que formam

um feixe que aparece ao nível do meio da borda posterior do músculo

esternocleidomastóideo, ponto em que os filetes se espalham em leque para a

pele na região circunvizinha, ao pavilhão da orelha, à pele do pescoço e à região

próxima à clavícula.

A parte profunda do plexo é constituída por fibras motoras, destinando-se à

musculatura ântero-lateral do pescoço e ao diafragma. Para isso, além de ramos

que saem isoladamente das três alças, encontramos duas formações importantes

que são a alça cervical e o nervo frênico.

A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. A raiz

superior da alça cervical atinge o nervo hipoglosso quando este desce no

pescoço. A raiz inferior desce alguns centímetros lateralmente à veia jugular

interna, fazendo depois uma curva para frente, anastomosando-se com a raiz

superior.

A alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hióideos.

O nervo frênico, formado por fibras motoras que derivam de C3, C4 e C5, desce

por diante do músculo escaleno anterior, passa junto ao pericárdio, para se

distribuir no diafragma.

Cada ramo, exceto o primeiro, divide-se em partes ascendente e descendente

que se unem em alças comunicantes. Da primeira alça (C2 e C3), originam-se

ramos superficiais que inervam a cabeça e o pescoço; da segunda alça (C3 e C4)

originam-se os nervos cutâneos do ombro e do tórax.

Os ramos são superficiais ou profundos; os superficiais perfuram a fáscia cervical

para inervar a pele, enquanto que os ramos profundos inervam os músculos.

Os ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries

profundas mediais e laterais.

Superficiais Ascendentes:

Nervo Occipital Menor (C2) - inerva a pele da região posterior ao pavilhão da

orelha;

Page 116: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 116

Nervo Occipital Menor

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Auricular Magno (C2 e C3) - seu ramo anterior inerva a pele da face

sobre glândula parótida comunicando-se com o nervo facial; o ramo posterior

inerva a pele sobre o processo mastóideo e sobre o dorso do pavilhão da orelha;

Nervo Transverso do Pescoço (C2 e C3) - seus ramos ascendentes sobem para

a região submandibular formando um plexo com o ramo cervical do nervo facial

abaixo do platisma; os ramos descendentes perfuram o platisma e são

distribuídos ântero-lateralmente para a pele do pescoço, até a parte inferior do

esterno.

Superficiais Descendentes:

Nervos Supraclaviculares Mediais (C3 e C4) - inervam a pele até a linha

mediana, parte inferior da segunda costela e a articulação esternoclavicular;

Nervos Supraclaviculares Intermédios - inervam a pele sobre os músculos

peitoral maior e deltóide ao longo do nível da segunda costela;

Nervos Supraclaviculares Laterais - inervam a pele das partes superiores e

posteriores do ombro.

Ramos Profundos - Séries Mediais:

Ramos comunicantes com o hipoglosso, vago e simpático; os ramos musculares

inervam os músculos reto lateral da cabeça (C1), reto anterior da cabeça (C1 e

C2), longo da cabeça (C1, C2 e C3), longo do pescoço (C2-C4), raiz inferior da

alça cervical (C2-C3), músculos infra-hióideos (com exceção do tíreo-hióideo) e

nervo frênico (C3-C5), que inerva o diafragma.

Page 117: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 117

Nervo Frênico

Ramos Profundos - Séries Laterais:

Os ramos profundos laterais do plexo cervical comunicam-se com as raízes

espinhais do nervo acessório (C2,C3,C4) no músculo esternocleidomastóideo,

trígono posterior do pescoço e parte posterior do trapézio; os ramos musculares

são distribuídos para o músculo esternocleidomastóideo (C2,C3,C4) e para os

músculos trapézio (C2,C3), levantador da escápula (C3,C4) e escaleno médio

(C3,C4).

Plexo Cervical

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 118: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 118

Plexo Cervical

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 119: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 119

Plexo Cervical

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PLEXO BRAQUIAL

O membro superior é inervado pelo

plexo braquial situado no pescoço e na

axila, formado por ramos anteriores

dos quatro nervos espinhais cervicais

inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro

torácico (T1). O plexo braquial tem

localização lateral à coluna cervical e

situa-se entre os músculos escalenos

anterior e médio, posterior e

lateralmente ao músculo

esternocleidomastóideo.

O plexo passa posteriormente à

clavícula e acompanha a artéria axilar

sob o músculo peitoral maior.

Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco

superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o tronco médio; e

os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1)

formam o tronco inferior.

Page 120: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 120

Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos,

um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da

artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam

o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e

os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda

inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos

ramos terminais do plexo braquial.

Page 121: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 121

Plexo Braquial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-

claviculares.

Ramos Supra-claviculares:

Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos

ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua

saída dos forames intervertebrais.

Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico

associa-se com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais

detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical.

Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o

levantador da escápula e o músculo rombóide.

Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o

músculo serrátil anterior.

Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais

do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o

nervo frênico e inerva o músculo subclávio.

Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os

músculos supra-espinhoso e infra-espinhoso.

Page 122: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 122

Nervos Supra-escapular, Axilar, Toracodorsal e Subscapular

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos Infra-claviculares:

Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas

para trás até os nervos espinhais.

Do fascículo lateral saem os seguintes nervos:

Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais

(C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior;

Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos

cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos braquial anterior,

bíceps braquial e coracobraquial;

Page 123: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 123

Nervo Musculocutâneo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo

nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço

e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.

Nervo Mediano

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 124: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 124

Do fascículo medial saem os seguintes nervos:

Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro

nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor;

Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo

nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps

até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o

pulso;

Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo

nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço;

Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro

nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar

do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto

do polegar. Inerva também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto

lumbricais e todos interósseos;

Nervo Ulnar

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo

cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior

do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.

Do fascículo posterior saem os seguintes nervos:

Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais

(C5 e C6). Inerva o músculo subscapular;

Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais

(C6, C7 e C8). Inerva o músculo latíssimo do dorso;

Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos

cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos subscapular e redondo maior;

Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6).

Inerva os músculos deltóide e redondo menor;

Page 125: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 125

Nervo Axilar

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e

primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps

braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos

músculos da região posterior do antebraço.

Nervo Radial - Braço

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 126: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 126

Nervo Radial - Antebraço

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Resumo do Plexo Braquial

Page 127: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 127

Resumo do Plexo Braquial

NERVOS TORÁCICOS

Ramos Ventrais dos Nervos Torácicos

Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não

constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos

intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última costela

(nervo subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do

tórax e do abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos intercostais

posteriormente, nos espaços intercostais.

A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo

braquial, mas as restantes formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral

de T2 envia um ramo anastomótico ao plexo braquial, entretanto, a maior parte

de suas fibras constitui o segundo nervo intercostal.

O último ramo ventral dos nervos torácicos (T12) recebe o nome de nervo

subcostalpor situar-se abaixo da 12ª costela.

Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da

costela correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da

veia e artéria intercostais.

As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax,

denominando-se, respectivamente, ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo

anterior.

Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para

invadir o abdome, inervando assim, os músculos e a cútis até um plano que

medeie o umbigo e sínfise púbica.

O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por

outro lado, algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face

lateral da coxa.

Page 128: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 128

Nervos da Parede Abdominal Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Espinhal Torácico Típico

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 129: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 129

PLEXO LOMBAR

Este plexo está situado na parte

posterior do músculo psoas maior,

anteriormente aos processos

transversos das vértebras lombares. É

formado pelos ramos ventrais dos três

primeiros nervos lombares e pela

maior parte do quarto nervo lombar

(L1, L2, L3 e L4) e um ramo

anastomótico de T12, dando um ramo

ao plexo sacral.

L1 recebe o ramo anastomótico de T12

e depois fornece três ramos que são o

nervo ìlio-hipogástrico, o nervo ílio-

inguinal e a raiz superior do nervo

genitofemoral.

L2 se trifurca dando a raiz inferior do

nervo genitofemoral, a raiz superior do

nervo cutâneo lateral da coxa e a raiz

superior do nervo femoral.

L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do nervo

femoral e a raiz superior do nervo obturatório.

L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz

inferior do nervo femoral e a raiz inferior do nervo obturatório.

Plexo Lombar

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 130: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 130

Plexo Lombar

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Obturatório

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 131: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 131

Nervo Femoral e Cutâneo Lateral da Coxa

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PLEXO SACRAL

Ramos Ventrais dos Nervos Sacrais e Coccígeos

Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos

sacral e coccígeo. Os ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores

penetram na pelve através do forames sacrais anteriores, o quinto nervo sacral

penetra entre o sacro e o cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix.

Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante cinzento

proveniente de um gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais

eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais como nervos

esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam

diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas.

A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo sacral é

formado pelo tronco lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos

sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo coccígeo.

O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituíndo o tronco lombossacral. Em

seguida o tronco lombossacral se une com S1 e depois sucessivamente ao S2, S3

e S4.

Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático maior.

Logo após atravessar esse forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e

se resolve no ramo terminal, que é o nervo isquiático. Para os músculos da

região glútea vão os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo inferior (L5, S1

Page 132: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 132

e S2). Um ramo sensitivo importante é o nervo cutâneo posterior da coxa,

formado por S1, S2 e S3.

Para o períneo, temos o nervo pudendo formado á partir de S2, S3 e S4.

O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano,

pois suas fibras podem descer até os dedos dos pés. Esse nervo é constituído por

duas porções, que são os nervos fibular comum (L4, L5, S1 e S2) e tibial,

formado por L4, L5, S1, S2 e S3. O nervo fibular comum já na fossa poplítea

dirige-se obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em

nervos fibulares superficiale profundo.

Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e

músculo gêmeo superior (L5, S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para

o músculo quadríceps da coxa e músculo gêmeo inferior (L4, L5 e S1); para os

músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter externo do ânus (S4); e o

nervo esplâncnico pélvico (S2, S3 e S4).

Plexo Lombosacral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 133: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 133

Plexo Lombosacral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervos Glúteo Superior e Glúteo Inferior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 134: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 134

Nervo Isquiático

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Fibular

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 135: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 135

Nervo Tibial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PLEXO COCCÍGEO

O plexo coccígeo é formado por:

Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral;

Ramos ventrais do quinto nervo sacral;

Nervo coccígeo.

O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix.

Plexo Coccígeo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 136: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 136

CONCLUSÃO

¨Diante do colar-belo como sonho-admirei, sobre tudo o fio que unia

as pedras e se imolava anônimo para que todos fossem um...¨

D. Helder Câmara

Como vimos, este trabalho é resultado de um estudo minucioso que exigiu no

decorrer do mesmo, muita análise, síntese e reflexão.

Uma das vantagens oferecidas e que consideramos a mais importante foi o

conhecimento que tivemos a respeito de Analogia praticas e conhecimentos teóricos.

Foi um estudo realmente, muito interessante e instrutivo. Elaborado através de

uma visão geral sobre atuação na área da anatomia, proporcionando um ótimo nível de

entendimento.

Page 137: TRABALHO VENTRÍCULOS ENCEFALICOS (CEREBRAIS) E TC SISTEMA NERVOSO HUMANO

Página | 137

BIBLIOGRAFIA

I n t r o d u ç ã o a r a d i o l o g i a c l í n i c a . D a I m a g e m a o d i a g n ó s t i c o / e di t o r a Revinter/ autores: Jorg-Wilhelm Oestmann, Christoph Wald e Jane Crossin Introdução à Radiologia/ editora Guanabara/ autores: Edson Marchiori eMaria Lúcia Santos Fundamentos de Radiologia. Apresentação Clínica, Fisiopatologia,Técnicas de Imagens/ editora Guanabara/ autores: Richard B.Gubderman R a d i o l o g i a P r á t i c a P a r a o e s t u d a n t e d e m e d i c i n a / a u t or e s : L é o d e Oliveira Freitas e Marcelo Souto Nacif Radiologia Prát ica Para o estudante de medicina/ 2 volumes / editoraRevinter / autores: Léo de Oliveira Freitas e Marcelo Souto Nacif

BONTRAGER, K L. Técnica radiológica e base anatômica.4. ed. Rio de Janeiro:

Guanabara koogan, 1999.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Material extraído da web.

www.auladeanatomia.com

http://www.anatomiaonline.com