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FACEMG FACULDADE DE ENSINO DE MINAS GERAIS PROCESSOS GERENCIAIS

AGNALDO ALBERTO BRUNO GUSTAVO DANELE GERALDO MURILLO TAIS

PRODUO TEXTUAL

BELO HORIZONTE 2011

BRUNO GUSTAVO DANELE GERALDO MURILLO TAIS

PRODUO TEXTUAL

Trabalho

apresentado

disciplina

CONTABILIDADE____________________ sob orientao do professor RONALDO BORGES SIMES.

BELO HORIZONTE 2011

SUMRIO

1 Introduo........................................................................................... 2 Introduo contabilidade................................................................. 2.1-Objetivo e campo de ao......................................................... 2.2-Finalidade das informaes contbeis........................................ 2.3-Usurios das informaes contbeis........................................... 3- Patrimnio............................................................................................ 3.1-Bens.......................................................................................... 3.2-Direitos....................................................................................... 3.3-Obrigaes............................................................................... 3.4-Patrimnio liquido.................................................................... 3.5-Equao patrimonial............................................................... 3.6-Mtodos das partidas dobradas.............................................. 4- Planos de contas 4.1-As contas do ativo............................................................... 4.2-As contas do passivo.......................................................... 4.3-A importncia do plano de contas........................................... 4.4-Modelos de planos de contas.......................................................

5- Balano patrimonial............................................................................... 5.1-Origem e aplicao de recursos............................................... 5.2-Apurao do resultado.............................................................

5.3-Conceitos de contas do resultado................................................ 5.4-Regime de competncia e de caixa............................................... 5.5-Demonstrao do resultado do exerccio DRE........................... 6-Contabilizao................................................................................... 6.1- Contabilizaes por balanos sucessivos........................................ 6.2- Contabilizao por debito e credito.................................................. 6.3-razonete......................................... 6.4- Balancete de verificao............................................ 6.5-balancete de duas colunas............................................. 6.6- Balancete de vrias colunas..........................................

7-Livros e princpios contbeis........................................................................ 7.1-Razo................................................................................................. 7.2-Dirio.................................................................................................. 7.3-Princpios contbeis............................................................................

1 Introduo

No aprendizado da contabilidade de custo, existem vrios mtodos para a apropriao dos gastos, todos teis e importantes para controle das aplicaes do capital e comparao com o oramento elaborado pela rea especifica. O valor real da contabilidade de custo est na sua capacidade de prover dados de custos significativos, com presteza suficiente para permitir, aos gestores tomar rapidamente aes corretivas, quando forem encontradas situaes desfavorveis ou quando houver oportunidades favorveis de mudanas.

2- Introduo contabilidade

Conceitos:

1) Contabilidade a cincia que estuda e controla o PATRIMNIO de uma empresa, do ponto de vista econmico e financeiro, observando seus aspectos qualitativos e quantitativos e as variaes sofridas, principalmente aquelas decorrentes das transaes da empresa.

2) um sistema muito bem idealizado que permite registrar as

transaes de uma entidade que possam ser expressas em termos monetrios e informar os reflexos dessas transaes na situao econmico-financeira em uma determinada data. Nelson Gouveia

3) A Contabilidade o instrumento que fornece o mximo de informaes teis para a tomada de decises dentro e fora da empresa. Ela muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decises. Com o passar do tempo o governo comea a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatria para a maioria das empresas. (Marion)

Uma empresa sem boa contabilidade como um barco, em alto-mar, sem bssola.

Histria da Contabilidade

Na verdade, conforme a opinio de alguns autores de livros sobre Contabilidade, h duas escolas distintas no ensino da Contabilidade:

Escola Italiana parte dos lanamentos contbeis (escriturao) para, no final, chegar s demonstraes financeiras. Escola Americana parte de uma viso conjunta das demonstraes financeiras, principalmente o Balano Patrimonial, para, em seguida, estudar os lanamentos contbeis (escriturao) que deram origem quelas demonstraes.

A metodologia americana, de aceitao universal, consolidada no Brasil pela Lei das Sociedades por Aes, em 1976, baseia-se na prpria evoluo histrica da Contabilidade. Nos primrdios da Contabilidade (4.000 a.C.) era feita apenas a contagem da riqueza (demonstrao financeira) em momentos distintos. Porm a Contabilidade moderna teve enorme impulso em 1494 quando o Frei Luca Pacioli publicou na Itlia o livro Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas), enfatizando que a teoria contbil do dbito e do crdito corresponde teoria dos nmeros positivos e negativos.

2.1- Objetivo e campo de ao

O objetivo da contabilidade fornecer informaes econmico-financeiras e a elaborao de relatrios que facilitem a tomada de decises, tanto dentro como fora da empresa.

A contabilidade pode ser estudada de modo geral ou em particular. Ela possui um campo de ao bastante vasto e poder ser aplicada em todos os tipos de

empresas existentes, como: as comerciais, as industriais, as bancrias, as hospitalares, as agropecurias, as de seguros, as entidades pblicas, etc.

2.2-Finalidade das informaes contbeis

Duas so as principais finalidades das informaes contbeis: a) Controle b) Planejamento

CONTROLE: Atravs do mesmo, sabemos se a empresa est agindo de conformidade com os planos e polticas traadas pela administrao. O controle funciona tambm como um meio de comunicao, porque atravs de relatrios saberemos a real situao do patrimnio da empresa. Portanto, atravs do controle poderemos detectar onde que a empresa porventura est falhando.

PLANEJAMENTO: Aps a elaborao do controle, se for o caso, entra a ao do planejamento (que deve ser diferenciado de simples previso). Ou seja, a administrao ir traar a nova linha de ao para que a empresa possa alcanar seus objetivos.

2.3-Usurios das informaes contbeis

Os usurios so aquelas pessoas que interessam em conhecer a real situao da empresa. Em 1 lugar aparece a prpria empresa como usuria (administradores), em 2 lugar, o governo, atravs do fisco, em seguida outras pessoas como: os investidores (procuram saber se a empresa rentvel), os fornecedores (procuram saber se a empresa pode pagar os compromissos), os bancos, os sindicatos, os concorrentes, etc. 3- Patrimnio

CONCEITO: o conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAES, pertencentes a uma pessoa ou empresa e que possam ser avaliados monetariamente. Graficamente, podemos separar os Bens e os Direitos de um lado e as Obrigaes de outro:

PATRIMNIO DE UMA PESSOA OU DE UMA EMPRESA Bens e Direitos (a Receber) Obrigaes pagas) (a serem

Porm, apenas o conhecimento do conceito insuficiente para termos um conhecimento sobre Patrimnio. Torna-se necessrio estudar em separado cada um dos elementos:

3.1-Bens: So coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e das empresas e que possam ser avaliadas monetariamente. No aspecto contbil, tudo aquilo de uso ou que pertence empresa; exemplo: mquinas e equipamentos, veculos, terrenos, etc. Os bens podem ser: tangveis (concretos) e intangveis. Tangveis, que so a maioria dos bens, so aqueles que possuem forma fsica e so palpveis. Intangveis so aqueles que no possuem forma fsica nem matria (Ex.: luvas, fundo de comercio, marcas, patentes, etc).

3.2-Direitos: o segundo elemento do patrimnio. comum as empresas efetuarem vendas a prazo. Quando isto ocorre, as empresas ficam com o direito de receberem futuramente, o valor da venda. Portanto, podemos afirmar que direito em contabilidade tudo aquilo que ser transformado em dinheiro numa determinada data.

De um modo geral, os direitos sero representados da seguinte forma:

ELEMENTO Duplicatas Ttulos Alugueis

+

EXPRESSO a receber a receber a receber

Porm,

existem

outros

elementos

que

representam

direitos

e

so

representados de forma diferente, como mercadorias, clientes, impostos a recuperar, aplicaes financeiras, etc.

3.3-Obrigaes: o terceiro elemento do patrimnio. comum as empresas comprarem a prazo. Quando isto ocorre, ela passar a ter uma dvida a pagar futuramente, no valor da compra. Portanto, em contabilidade podemos afirmar que obrigaes so todos os valores que a empresa pagar a terceiros numa determinada data.

Normalmente, as obrigaes so expressas da seguinte forma:

ELEMENTO Duplicatas Ttulos Impostos

+

EXPRESSO a pagar a pagar a pagar

3.4-Patrimnio lquido (Situao lquida): O Patrimnio Lquido representa as obrigaes da entidade para com os scios ou acionistas (proprietrios) e indica a diferena entre o valor dos bens e direitos (ATIVO) e o valor das obrigaes com terceiros (PASSIVO EXIGVEL). Esta parte diferencial que vai medir ou avaliar a situao ou condio da Entidade, revelar a sua verdadeira riqueza. Assim, podemos tambm dizer que o Patrimnio Lquido: a riqueza prpria dos scios; uma obrigao (inexigvel) da empresa (pessoa jurdica), para com os scios (pessoas fsicas ou jurdicas); a diferena entre o ATIVO e o PASSIVO NO EXIGVEL. a SITUAO LQUIDA da Entidade.

Representao grfica do Patrimnio:

ATIVO

PASSIVO

Bens

Obrigaes Exigveis

Direitos

Patrimnio Lquido

Total

Total

3.5-Equao patrimonial

Lembrando que o ATIVO composto pelos Bens e os Direitos, que o PASSIVO compreendido pelas Obrigaes e que o Patrimnio Lquido a diferena entre os dois, podemos afirmar que a equao bsica do Patrimnio :

ATIVO = PASSIVO EXIGVEL + PATRIMNIO LQUIDO

Considerando valores hipotticos, teramos: ATIVO Bens............ 2.300,00 PASSIVO EXIGVEL

Obrigaes................... 1.100,00 Direitos...... 2.800,00 4.000,00 TOTAL........ 5.100,00 5.100,00 TOTAL................................... PATRIMNIO LIQUIDO..

PL = A PEPL = 5.100,00 1.100,00 = 4.000,00

Observe que o total do Ativo sempre igual ao total do Passivo. O PL representa a parte diferencial, exibida direita (Passivo), porque tambm representa obrigao da entidade para com os proprietrios, scios ou acionistas. Partindo desta equao patrimonial bsica da Contabilidade, podemos concluir que uma empresa pode apresentar algumas variaes patrimoniais possveis, ou seja:

I - SITUAO FAVORVEL (PL +): Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigaes com terceiros (Passivo Exigvel). Essa a hiptese mais comum nas empresas, pois a grande maioria possui bens e direitos e consequentemente assumem compromissos a pagar. Porm, geram lucros e no assumem compromissos iguais ou maiores do que seu ativo. Exemplo:

PATRIMNIO ATIVO Bens............ 2.300,00 Obrigaes................... 1.100,00 Direitos...... 2.800,00 4.000,00 TOTAL........ 5.100,00 5.100,00 TOTAL................................... PATRIMNIO LIQUIDO.. PASSIVO EXIGVEL

PL = A PEPL = 5.100,00 1.100,00 = 4.0000 (+)

II - SITUAO DESFAVORVEL (PL -): Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigaes com terceiros (Passivo Exigvel). Esta situao tambm chamada de Passivo a Descoberto ou que a empresa est Insolvente. Essa hiptese acontece quando a empresa tem prejuzos e assume dvidas para financiar o seu capital de giro ou o seu imobilizado. Exemplo:

PATRIMNIO ATIVO Bens............ 2.300,00 Obrigaes.................. 6.100,00 Direitos...... 2.800,00 (1.000,00) TOTAL........ 5.100,00 5.100,00 PATRIMNIO LIQUIDO. TOTAL................................... PASSIVO EXIGVEL

PL = 5.100,00 6.100,00 = -1.000,00

PL = A PE

3.6- Mtodos das partidas dobradas A Contabilidade, para registrar os fatos contbeis, adota o mtodo das partidas dobradas. A essncia deste mtodo, universalmente aceito, que o registro de qualquer operao implica que a um dbito em uma ou mais contas deve corresponder um crdito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual soma dos valores creditados. O fundamento lgico deste mtodo se baseia no fato de que todo fato contbil tem uma origem e uma aplicao dos recursos. Portanto, a conta que representa a origem dos recursos deve ser creditada e a conta que representa a aplicao dos recursos deve ser debitada. Neste sentido, podemos exemplificar com a compra de matria-prima a prazo. O lanamento contbil seria dbito de Estoques de Matria-Prima, porque onde o recurso est sendo aplicado e crdito de Fornecedores, que a origem do recurso. Sendo assim, todas as contas do Ativo (bens e direitos) representam aplicaes de recursos, tendo, portanto seus saldos devedores, e todas as contas do Passivo Exigvel e do Patrimnio Liquidam (Obrigaes) representam origens de recursos, tendo, portanto, seus saldos credores.

Para melhor ilustrar esta questo de dbito e crdito, que, s vezes, confuso para o iniciante em assuntos contbeis, podemos exemplificar com o seguinte:

ATIVO

PASSIVO

Bens............ 2.800,00(D) Fornecedores.......... 2.500,00(C) Direitos...... 2.300,00(D) LIQUIDO...... 2.600,00(C)

EXIGVEL

PATRIM.

TOTAL........ 5.100,00(D) TOTAL............................... 5.100,00(C)

Observando o patrimnio acima, poderamos chegar s seguintes concluses: Os fornecedores (credores da empresa) tem R$ 2.500,00 a receber, portanto, seu saldo credor; Os scios ou acionistas (credores da empresa) tem R$ 2.600,00 a receber, portanto, seu saldo credor; Os recursos necessrios aos pagamentos dos valores acima esto no Ativo, que nesta hiptese, deve R$ 5.100,00, ou seja, R$ 2.500,00 para obrigaes com terceiros e R$ 2.600,00 para os scios ou acionistas.

Relativamente s receitas e despesas, poderamos comentar que: As receitas provocam aumento no valor do Patrimnio Liquido (PL), portanto as receitas sempre tm saldo credor; e As despesas, por sua vez, provocam diminuio no valor do Patrimnio Liquido (PL), logo as despesas sempre tem saldo devedor.

4- Planos de contas

Plano de contas o elenco de todas as contas utilizadas pela contabilidade das empresas. Serve de guia e modelo para a classificao dos registros contbeis. No Balano Patrimonial as contas devero estar destacadas da seguinte forma:

4.1-As contas do Ativo: sero apresentadas de acordo com a sua rapidez de converso em dinheiro, ou seja, de acordo com o seu grau de liquidez (capacidade de se transformar em dinheiro mais rapidamente).

4.2-As contas do Passivo: sero apresentadas de acordo com o seu vencimento, isto , sero destacadas prioritariamente as contas que devero ser pagas mais rapidamente, embora, muitas vezes, h dificuldades em se estabelecer o que ser pago primeiro.

Um plano de contas adequado empresa deve observar os seguintes aspectos: a) Conhecimento do tipo do negcio da empresa; b) Porte da empresa e volume e tipo de transaes; c) Complexidade das operaes; d) Ramo de atividade.

4.3-Importncia do planos de contas

Quando uma empresa efetua vendas a prazo, esse procedimento d origem a uma conta a receber no futuro cujo valor a receber conhecido como Clientes ou Duplicatas a Receber ou Contas a Receber.

O Plano de Contas com um nico ttulo para cada conta ou operao evita, portanto, que diversas pessoas ligadas ao setor contbil registrem um mesmo fato contbil ou uma mesma operao com nomenclaturas diferentes. Dessa forma, com a padronizao dos registros contbeis, mesmo que haja rotao de profissionais contbeis, no ocorrer perigo de falta de uniformidade das nomenclaturas.

Importante: Um plano de contas bem elaborado permite que os dados registrados se transformem em informaes. Estas informaes podem estar tanto nos Demonstrativos Contbeis, principalmente no Balano Patrimonial e na Demonstrao de Resultado do Exerccio - DRE, como tambm, em relatrios especficos para a administrao.

4.4- Modelos de planos de contas

1 ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONIVEL Caixa Bancos conta movimento Aplicaes de liquidez imediata 1.1.2 CRDITOS A RECEBER Duplicatas a receber (-) Duplicatas descontadas (-) Proviso para devedores duvidosos 1.1.3 OUTROS CRDITOS Emprstimos a receber Adiantamentos a empregados Impostos a recuperar 1.1.4 ESTOQUES Produtos acabados Mercadorias para revenda Materiais de consumo Matrias primas Adiantamento a fornecedores

1.1.5 DESPESAS ANTECIPADAS Prmios de seguros a apropriar Assinaturas e anuidades a apropriar 1.2 ATIVO NO CIRCULANTE 1.2.1 CRDITOS E VALORES Clientes Ttulos a receber Emprstimos a scios Emprstimos a coligadas Emprstimos compulsrios 1.2.2 INVESTIMENTOS Participaes em outras empresas Obras de arte Imveis no de uso (para renda) 1.2.3 IMOBILIZADO Terrenos Imveis Instalaes Maquinas e equipamentos Moveis e utenslios Veculos (-) Depreciao acumulada 1.2.4 INTANGVEL

Concesses Desenvolvimento de produtos Direitos autorais Franquias Fundo de comrcio Marcas e patentes Software ou Programa de computador (-) Amortizao acumulada

2. PASSIVO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1 EMPRSTIMOS E FINANCIAMENTOS Financiamentos bancrios Ttulos a pagar 2.1.2 FORNECEDORES Fornecedores nacionais Fornecedores estrangeiros 2.1.3 OBRIGAES FISCAIS ICMS a recolher IPI a recolher FGTS a recolher INSS a recolher IRF a recolher

Outros impostos e taxas 2.1.4 OUTRAS OBRIGAES Salrios e ordenados a pagar Adiantamentos de clientes Encargos sociais a pagar 2.1.5 OUTRAS PROVISES Dividendos propostos Frias 13 salrio 2.2 PASSIVO NO CIRCULANTE 2.2.1 EMPRSTIMOS E FINANCIAMENTOS Em moeda nacional Em moeda estrangeira Ttulos a pagar 2.3 RECEITA DIFERIDA 2.3.1 RECEITAS DIFERIDAS 2.3.2 CUSTOS DIFERIDOS 2.4 PATRIMNIO LQUIDO 2.4.1 CAPITAL SOCIAL Capital subscrito (-) Capital a integralizar 2.4.2 RESERVAS De capital

De reavaliao Legal Estatutria Para contingncias 2.4.3 PREJUZOS ACUMULADOS Prejuzos acumulados 2.4.4 RESULTADO DO EXERCCIO Lucro do exerccio Prejuzo do exerccio 2.4.5 ( - ) LUCROS DISTRIBUDOS Lucros distribudos

3. CONTAS DE RESULTADO 3.1 RECEITA BRUTA 3.1.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIOS Venda de produtos Venda de mercadorias Prestao de servios 3.2 DEDUES DA RECEITA BRUTA 3.2.1 DEDUES DA RECEITA BRUTA Vendas canceladas Abatimentos Impostos incidentes sobre vendas

3.3 CUSTOS 3.3.1 CUSTOS Custo das mercadorias vendidas Custo dos produtos vendidos Custo dos servios prestados 3.4 DESPESAS OPERACIONAIS 3.4.1 DE VENDAS Despesas com pessoal Comisses sobre vendas Propaganda e publicidade 3.4.2 ADMINISTRATIVAS Despesas com pessoal Pr-labore Depreciao e amortizao Energia eltrica Aluguel gua e luz Seguros Fretes Despesas gerais 3.4.3 RESULTADO FINANCEIRO Despesas financeiras Juros pagos

Descontos concedidos Despesas bancrias Variaes monetrias passivas Receitas financeiras Juros recebidos Descontos obtidos Variaes monetrias ativas 3.5 RESULTADOS NO OPERACIONAIS 3.6 PARTICIPAES E CONTRIBUIES

5- Balano patrimonial

O Balano Patrimonial o mais importante relatrio gerado pela contabilidade. Atravs dele pode-se identificar a sade financeira e econmica da empresa no fim do ano ou em qualquer data prefixada.

O balano divide-se em Ativo (bens e direitos) e Passivo (obrigaes exigveis e patrimnio lquido).

B A L A N O Data __/__/__ ATIVO

P A T R I M O N I A L

PASSIVO

Obrigaes exigveis Bens e Direitos ___________________________________ ____

Patrimnio Lquido

TOTAL

TOTAL

5.1-Origem e aplicao de recursos ORIGENS:

Para que um determinado patrimnio surja, existe a necessidade de uma origem e esta, so as fontes de recursos. As Origens de Recursos ficam representadas no lado direito do Balano Patrimonial.

1) Recursos de origem interna ou recursos prprios: So aqueles recursos injetados na empresa pelos scios, acrescidos dos rendimentos oriundos da boa aplicao efetuada pela empresa. o capital social mais as reservas e os lucros. Sem dvida nenhuma, a principal origem de recurso para as empresas o lucro obtido no negcio. Em sntese, recursos prprios o somatrio do Patrimnio Lquido.

2) Recursos de origem externa ou recursos de terceiros. So todos aqueles ingressados na empresa oriundos de transaes que gerem para a mesma uma obrigao para com terceiros. Portanto, todas as vezes que

a empresa comprar a prazo ou por exemplo obter um emprstimo, poderemos afirmar que houve ingresso no patrimnio da empresa de um recurso de terceiros.

APLICAES DE RECURSOS:

Todos os recursos ingressados no patrimnio da empresa, independentes das fontes, esto aplicados no Ativo. Portanto, se no houvessem fontes no haveria o ativo. As Aplicaes de Recursos esto representadas no lado esquerdo do Balano Patrimonial

Veja os conceitos acima na representao grfica do Balano Patrimonial:

ATIVO RECURSOS)

(APLICAES

DE PASSIVO RECURSOS)

(ORIGEM

DE

Obrigaes: Passivo Exigvel ou Bens Capital de Terceiros

Direitos

Patrimnio Lquido: Passivo no Exigvel ou Capital Prprio

GRUPOS DE CONTAS

Conforme o art. 178 da Lei 6404/76 (Lei das S.A), as contas sero classificadas segundo os elementos do patrimnio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e anlise da situao financeira da companhia.

Com objetivo de permitir aos analistas de balano uma adequada anlise e interpretao da situao patrimonial e financeira de uma empresa, a referida Lei, atravs dos seus artigos 178 e 179, com alteraes das Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, definiu que a ordem das contas do ativo deve obedecer a um critrio decrescente de liquidez e que as contas do passivo seguiro ordem decrescente de exigibilidade.

Portanto, no ativo sero apresentadas em primeiro lugar s contas mais rapidamente conversveis em dinheiro: Caixa, Bancos, Duplicatas a Receber, Estoques etc. E no passivo, sero classificadas primeiramente as contas com exigibilidade mais imediata: Fornecedores, Emprstimos Bancrios, Impostos a Pagar, Salrios a Pagar etc.

Sua estrutura a seguinte:

B A L A N O Data __/__/__ ATIVO

P A T R I M O N I A L

PASSIVO

ATIVO CIRCULANTE

PASSIVO CIRCULANTE

PASSIVO EXIGVEL A LONGO PRAZO

ATIVO REALIZVEL A LONGO PRAZO RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS ___________________________________ ____ ATIVO PERMANENTE Investimentos Ativo Imobilizado Ativo Diferido CAPITAL SOCIAL RESERVAS LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS PATRIMNIO LQUIDO

TOTAL

TOTAL

ATIVO CIRCULANTE: bens e direitos realizveis at um ano da data do balano. Devem estar registrados de acordo com o grau de liquidez, em ordem decrescente. Corresponde ao Capital de Giro da empresa, ou seja, recursos correntes, em movimentao.

ATIVO NO CIRCULANTE: so includos neste grupo todos os bens de permanncia duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. composto dos seguintes subgrupos:

Ativo Realizvel a Longo Prazo: os direitos realizveis aps um ano e adiantamentos ou emprstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas, ou participantes no lucro da companhia, desde que no constituam negcios usuais na explorao do objeto da companhia.

Por exemplo: Se a empresa emprestar dinheiro a uma empresa do grupo, independentemente do prazo para pagamento, ser registrado nesse grupo; no entanto, se a empresa efetuar alguma venda, objeto de seu negcio, com prazo inferior a 360 dias, o valor a receber ser registrado na conta Clientes no ativo circulante.

Investimento: so investimentos de carter duradouro, como as obras de arte e as participaes permanentes em outras sociedades.

Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados manuteno das atividades da empresa, ou exercidos com esta finalidade, inclusive os de propriedade industrial e comercial.

Intangvel: correspondem aos bens incorpreos, destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio adquirido.

PASSIVO CIRCULANTE: as obrigaes (dvidas) vencveis at um ano da data do balano.

PASSIVO NO CIRCULANTE: as obrigaes (dvidas) vencveis aps um ano e adiantamentos ou emprstimos provenientes de sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas, ou participantes no lucro da companhia, desde que no constituam negcios usuais na explorao do objeto da companhia.

PATRIMNIO LQUIDO: so classificadas as contas que representam os recursos prprios da empresa, ou seja, recursos aplicados pelos scios ou

acionistas, bem como, os recursos gerados pela prpria atividade da empresa. Dentro desse grupo temos o Capital Social, as Reservas e os Lucros/Prejuzos Acumulados. 5.2-Apurao de resultado

A cada exerccio social (normalmente, um ano) a empresa deve apurar o resultado dos seus negcios. Para saber se obteve lucro ou prejuzo, a contabilidade confronta a receita (vendas) com as despesas. Se a receita foi maior que a despesa, a empresa teve lucro. Se a receita foi menor que a despesa, teve prejuzo.

A apurao de resultado feita de forma destacada na Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE). Apresenta-se a um resumo ordenado das despesas e receitas do perodo, facilitando, dessa forma, a tomada de deciso.

5.3-Conceitos de contas do resultado

Receita Considera-se como receita de uma empresa as operaes relacionadas venda de bens e produtos, prestao de servios e ainda o resultado positivo de aplicaes financeiras, exemplo:

Receita de Vendas Receita de Servios Prestados

Receita Financeira Receita de aluguel

Despesa o bem ou servio consumido na obteno de receitas. As despesas esto relacionadas com a administrao e a comercializao.

Salrios e Encargos Aluguel de salas

Juros sobre emprstimo Comisses de Vendedores

Gastos com material de limpeza

Gastos com propaganda

Custo Custos a expresso, monetariamente quantificada, da utilizao de recursos para adquirir ou processar um determinado bem, seguindo a sua cadeia de agregao de valores no mbito de uma organizao.

So, portanto, todos os gastos desembolsveis ou no, utilizados diretamente na cadeia produtiva da empresa, exemplo de custos numa indstria:

Aluguel ou depreciao da fabrica. Salrios e encargos dos funcionrios da linha de produo. Matria prima. Depreciao de todos os bens utilizados diretamente na produo. gua, energia eltrica e outros utilizados diretamente na produo.

Resultado a diferena entre as receitas e os custos e despesas em um determinado perodo, quando as receitas so maiores que os custos/despesas chamamos de lucro, quando os custos/despesas so maiores que as receitas chamamos de prejuzo. Exemplo:

Receitas Custos/despesas Lucro

1.000 ( 600) 400

Receitas Custos/despesas Prejuzo

1.000 (1.200) ( 200)

As contas de resultado so representadas na DEMONSTRAO DE RESULTADO DO EXERCCIO DRE.

5.4-Regime de competncia de caixa

Como j vimos, para se apurar o lucro das empresas, devemos contabilizar e confrontar as receitas e as despesas ocorridas no perodo.

Mas quando contabilizar uma receita de venda, no dia do faturamento ou no dia do recebimento? Qual o ms deve-se pagar os impostos sobre esta venda, no ms do faturamento ou no ms do recebimento? Por isso importante conhecer os Regimes de Competncia e de Caixa.

Regime de Competncia: Este regime universalmente adotado, aceito e recomendado pelo Imposto de Renda. Evidencia o resultado da empresa (lucro ou prejuzo) de forma mais adequada e completa.

As regras bsicas para a contabilidade pelo regime de competncia so:

A receita ser contabilizada no perodo em que for gerada, independentemente do seu recebimento. A despesa ser contabilizada como tal no perodo em que for consumida, incorrida, utilizada, independentemente do pagamento.

Assim, se em 05 de janeiro de T2 a empresa pagar seus funcionrios que trabalharam em dezembro de T1, a despesa compete a T1, pois nesse perodo ela incorreu efetivamente.

Assim, o resultado ser apurado confrontando-se todas as receitas e despesas geradas no perodo, mesmo que no tenham sido pagas.

Regime de Caixa: O regime de Caixa uma forma simplificada de contabilidade, aplicado basicamente s microempresas ou s entidades sem fins lucrativos, tais como igrejas, clubes, sociedades filantrpicas etc. No aceito pelo Fisco para apurao de resultado nas empresas sujeitas ao Imposto de Renda.

As regras bsicas para a contabilidade por esse regime so: A receita ser contabilizada no momento do seu recebimento, ou seja, quando entrar dinheiro no caixa (encaixe). A despesa ser contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair dinheiro do caixa (desembolso).

Assim, o lucro ser apurado subtraindo-se toda a despesa paga da receita recebida.

Exemplo:

A Cia Exemplo vendeu em X1 $ 20.000 e s recebeu $ 12.000 (o restante receber no futuro); teve como despesa incorrida $ 16.000 e pagou at o ltimo dia do ano $ 10.000.

Apurao do Resultado (DRE):

DRE Receita (-) Despesas Lucro

Regime de Competncia 20.000 (16.000) 4.000

Regime de Caixa 12.000 (10.000) 2.000

5.5-Demonstrao de resultado do exerccio-DRE

A Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE), elaborada simultaneamente com o Balano Patrimonial, constitui-se no relatrio sucinto das operaes realizadas pela empresa, durante determinado perodo de tempo, onde sobressai um dos valores mais importantes s pessoas nela interessadas; o resultado lquido do perodo (Lucro ou Prejuzo). A DRE na verdade o resumo de todas as receitas e todas as despesas do perodo analisado.

Com o Balano Patrimonial mais a DRE, qualquer pessoa tem condies de fazer anlises e tirar concluses de ordem patrimonial, econmico e financeira da empresa. Sua estrutura a seguinte:

DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO 2001 2002 Receita bruta de vendas e servios (-) Dedues das vendas, abatimentos e impostos sobre vendas = Receita lquida das vendas e servios

(-) Custo das mercadorias e servios vendidos = Lucro Bruto (-) Despesas com vendas (-) Despesas gerais e administrativas (-) Despesas financeiras deduzidas das receitas (-) Outras despesas operacionais = Lucro/Prejuzo operacional + Receitas no operacionais (-) Despesas no operacionais = Receita do exerccio antes do IR (-) Proviso para IR (-) Participaes = Lucro/Prejuzo lquido do exerccio

6-contabilizao A contabilizao nada mais que o registro no sistema contbil dos fatos ocorridos na empresa. Todos os fatos que tm valor monetrio devem ser escriturados nos livros atravs do sistema contbil. Por isso que dizemos que a contabilidade a melhor fonte de informaes para anlise de dados e tomada de deciso, j que tudo que acontece na empresa est ali registrado.

6.1- Contabilizaes por balanos sucessivos

Balanos Sucessivos O mtodo de contabilizao por balanos sucessivos, consiste na elaborao do Balano Patrimonial aps cada operao realizada pela empresa. importante lembrar que este somente um mtodo didtico, por ser de fcil compreenso. Nas empresas de verdade, os contadores praticam o Mtodo das Partidas Dobradas, debitando e creditando as diversas contas contbeis.

Exemplo:

Dados da Comercial ABC Ltda:

a) Inicia suas atividades comerciais com um capital de $ 80.000 em dinheiro; ATIVO Caixa 80.000 PASSIVO

PATR. LQUIDO Capital 80.000

TOTAL

80.000

TOTAL

80.000

b) Compra vista: Mveis e utenslios

Automvel Mercadoria

3.000 25.000 20.000

ATIVO

PASSIVO

32.00 Caixa 0 20.00 Estoqu e 0

PATR. LQUIDO 3.00 Mveis 0 Vecul os 25.00 0 Capital 80.000

80.00 TOTAL 0 TOTAL 80.000

c) Compra de mercadoria a prazo por $ 30.000 ATIVO 32.00 Caixa 0 50.00 Fornec. 30.000 Estoqu e 0 PASSIVO

PATR. LQUIDO 3.00 Mveis 0 Vecul os 25.00 0 Capital 80.000

110.0 TOTAL 00 TOTAL 110.000

d) Pagamento de fornecedores $ 20.000 ATIVO 12.00 Caixa 0 50.00 Fornec. 10.000 Estoqu e 0 PASSIVO

PATR. LQUIDO 3.00 Mveis 0 Vecul os 25.00 0 Capital 80.000

90.00 TOTAL 0 TOTAL 90.000

e) Pagamento vista de despesa com servio efetuado na empresa $ 2.000

ATIVO 10.00 Caixa 0 50.00

PASSIVO Fornec 10.000

Estoqu e 0

PATR. LQUIDO 3.00 Mveis 0 Vecul os TOTAL 25.00 0 Capital Prejuz o 80.000 (2.000) 88.000

88.00 TOTAL

0

6.2- Contabilizaes por debito e credito

A metodologia empregada no item anterior (contabilidade por balanos sucessivos, embora seja correta e facilite a visualizao do processo contbil, apresenta uma inconvenincia no seu aspecto prtico: no recomendvel quando a empresa realiza muitas operaes.

Dessa forma, a contabilizao utilizada pelos contabilistas o Mtodo das Partidas Dobradas, ou simplesmente Dbito e Crdito. Este mtodo possui o fundamento de registrar atravs da escriturao, os eventos que ocasionam modificaes no patrimnio da empresa. Este princpio estabelece que para cada dbito haver sempre um crdito correspondente de igual valor.

Assim temos a seguinte regra:

Aumento nas contas de Ativo Aumento nas contas de Passivo e PL credor Aumento nas contas de Despesas devedor Aumento nas contas de Receitas credor

Debita

Saldo devedor Saldo Saldo Saldo

Credita Debita Credita

Exemplos: Compra de mercadoria a prazo:D: Estoque de mercadoria (Ativo) C: Fornecedores a pagar (Passivo)

Depsito em conta corrente:

D: Banco do Brasil - Ag. Centro (Ativo) C: Caixa (Ativo)

Faturamento de servio prestado: (Receita)

D: Duplicatas a receber (Ativo) C: Receita com venda de servios

6.3-Razonete: uma representao grfica em forma de T bastante utilizada pelos contadores. Cada conta contbil representada por um razonete, o qual possui: saldo inicial, movimentao e saldo final.

Nos razonetes, o lado esquerdo sempre o lado dos dbitos e o lado direito o lado dos crditos. Os leigos em Contabilidade, geralmente, so levados a pensar que dbito significa algo desfavorvel. Isto no verdade, pois tais denominaes so simplesmente convenes contbeis.

Ttulo da conta

Dbito Crdito

Exemplo: Efetuar os lanamentos a seguir em razonetes e apurar o Balano Patrimonial ao final. 1. Constituio da Companhia Transportadora com um capital de $900.000 (PL) aplicado totalmente na conta Bancos c/Movimento. 2. A Companhia adquire um veculo por $800.000 e realiza o pagamento vista, utilizando o dinheiro do banco. 3. A Companhia adquire mveis e utenslios a prazo por $120.000 e assina notas promissrias (ttulos a pagar). 4. A Companhia contrai um financiamento (emprstimo bancrio) no valor de $200.000 os quais sero lanados na conta bancria. O vencimento ocorrer daqui a 24 meses.

5. A Companhia adquire Materiais de Escritrio por $50.000; $25.000 foram pagos no ato (em cheque) e o restante transformado em dvida com fornecedores. Mveis e Utenslios 120.000

Bancos c/ Movim. 900.000 800.000 200.000 25.000

Capital Social 900.000

Veculos 800.000

275.000

900.000

800.000

120.000

Ttulos a pagar 120.000

Financiamentos 200.000

Material Escritrio 50.000

Fornecedores 25.000

120.000

200.000

50.000

25.000

Balano Patrimonial Bancos conta movimento Material de escritrio 275.000 50.000 Fornecedores Ttulos a pagar 25.000 120.000

Financiamentos

200.000

Veculos Mveis e utenslios

800.000 120.000 Capital Social 900.000

Total do Ativo

1.245.000

Total do Ativo

1.245.000

6.4- Balancete de verificao

O Balancete de Verificao uma relao ordenada de todas as contas com os respectivos saldos devedores e credores. O Balancete um resumo ordenado de todas as contas utilizadas pela contabilidade. um valioso instrumento para verificar a exata aplicao do mtodo das partidas dobradas. Alm disso, ele um poderoso instrumento utilizado pelos administradores para gerenciar as empresas.

Caractersticas do Balancete de Verificao

Uma caracterstica do Balancete preceder a elaborao do Balano Patrimonial. Desse modo, o normal que no Balancete apaream Contas de Resultado (Receitas, Dedues, Custos, Despesas) que no aparecem no Balano Patrimonial, tendo em vista que elas so encerradas ao fim de cada exerccio social e o saldo apurado transferido para a conta de Lucros ou Prejuzos Acumulados.

Os Balancetes so ferramentas gerenciais de grande utilidade nas empresas, at mais que o Balano Patrimonial, j que so relatrios mais detalhados devido ao fato de trazerem, alm das contas patrimoniais, as contas de resultado (receitas e despesas).

Existem diversos modelos de Balancetes e todos so vlidos, uma vez que no se trata de um demonstrativo legal mais informal e de grande auxlio no preparo das demais demonstraes contbeis.

importante lembrar que as contas contbeis tm as seguintes caractersticas:

1. Contas do Ativo 2. Contas do Passivo

Saldo Devedor Saldo Credor Saldo Devedor Saldo Credor

3. Contas de Despesa 4. Contas de Receita

Excees: Duplicatas Descontadas Proviso para Devedores Duvidosos Depreciao Acumulada Amortizao do Diferido LPA (quando se tratar de prejuzo) 6.9-balancete de duas colunas O Balancete de duas colunas o modelo mais simples que existe. Ele apresenta duas colunas de valores, uma com os saldos das contas devedoras e outra com o saldo das contas credoras.

BHZ Veculos Ltda Balancete de Verificao em __/__/__ CONTAS Caixa Duplicatas a receber Veculos Despesas com Salrios Despesas Financeiras Alugueis a pagar SALDOS DEVEDORES 200 300 30.900 15.700 1.300 150 SALDOS CREDORES

Emprstimos a pagar Capital Social Lucros Acumulados Receitas com Vendas Receitas Financeiras Totais 48.400

250 700 300 45.000 2.000 48.400

6.5-Balancete de vrias colunas

O Balancete, dependendo da necessidade da empresa, pode ter 2 colunas, como o exemplo acima, ou as formas mais complexas de 4, 6 ou 8 colunas. Por exemplo, o balancete de seis colunas, muito usado nas empresas, apresenta os saldos do balancete anterior, os movimentos de dbito e crditos do perodo em anlise e os saldos atuais.

Exemplo:

Conta

Saldo anterior D C

Movimentao D 300 200 C 200 400

Saldo Final D 1.000 300 9.000 C

Caixa Mercadorias Veculos Emprstimos pagar Capital Social Lucros Acumulados Despesa salrios c/ a

900 500 9.000 1.000 6.000 3.400 30.000

300

700 6.000 200 3.600 42.000

12.000

Despesas gerais Receita de venda Receita financeira Totais

15.000 40.000 5.000 55.400 55.400

3.000 14.000 1.000 15.800 15.800

18.000 54.000 6.000 70.300 70.300

Dada a inconvenincia de se levantar balano em perodos mais curtos (normalmente apura-se o Balano somente em 31/12), o balancete tem-se tornado poderoso instrumento de base para decises. Assim, atravs de balancetes mensais, a administrao da empresa ter um resumo de todas as operaes, bem como todos os saldos existentes no final do perodo.

7-Livros e princpios contbeis 7.1- Razo

Este livro de grande utilidade na Contabilidade e obrigatrio do ponto de vista fiscal, porm no necessrio registr-lo em rgos pblicos. Nele so relacionados todos os lanamentos de determinado perodo, com os mesmos requisitos do livro Dirio, porm em ordem de conta contbil.

Exemplo:

N da conta: 13.1.002 - VECULOS 01/01 04/01 10/01 25/01 31/01 Saldo inicial Compra de Fiat Palio ano ... Compra de VW Saveiro ano ... Venda VW Kombi ano ... Saldo final 140.000 D 25.000 D 23.500 D 12.000 C 176.500 D

7.2- Dirio

Do ponto de vista legal e fiscal, o Dirio o livro mais importante da contabilidade. um livro no qual so registradas todas as operaes contabilizveis de uma entidade, em ordem cronolgica e com a observncia de certas regras. Este livro deve ser registrado nos rgos competentes.

Os requisitos necessrios para o lanamento no Dirio so: a) Data da operao; b) Conta a ser debitada; (o dbito sempre vem primeiro) c) Conta a ser creditada; d) Histrico da operao; e) Valor da operao. Exemplo: Mercadorias a Caixa Compra a vista de F. Macedo Ltda, NF 34.565 3.400,00

No nosso curso, para agilizar os trabalhos, iremos escriturar da seguinte forma: D: Mercadorias C: Caixa 3.400,00

7.3-Princpios contbeis

Princpios contbeis so as premissas bsicas acerca dos fenmenos e eventos contemplados pela Contabilidade, premissas que so a cristalizao da anlise e observao da realidade econmica, social e institucional.

A observncia dos Princpio Fundamentais de Contabilidade obrigatria no exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Resoluo CFC n 750-93

I PRINCPIO DA ENTIDADE

O Princpio da Entidade reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, o patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

II PRINCPIO DA CONTINUIDADE

A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provvel, devem ser consideradas quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos. A observncia do Princpio da CONTINUIDADE indispensvel correta aplicao do Princpio da COMPETNCIA.

III PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando

que este seja feito de imediato e com a extenso correta, independentemente das causas que as originaram. Como resultado da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE: I desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deve ser feito mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia. (provises para secas, guerras, etc) II o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos fsicos e monetrios. III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridas no patrimnio da Entidade, em um perodo de tempo determinado.

IV PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da Entidade. Resultados deste princpio: I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada. II uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero ter alterados seus valores, admitindo-se to somente, sua decomposio em elementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais. III o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimnio, inclusive quando da sada deste. IV os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantm atualizado o valor de entrada. V o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

V PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA

Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contbeis atravs do ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais. So resultantes da adoo deste princpio: I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representa unidade constante em termos de poder aquisitivo. II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaes originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqncia, o do Patrimnio Lquido. III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas, to somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao de indexadores.

VI PRINCPIO DA COMPETNCIA

As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no ativo ou passivo resultam em aumento ou diminuio no Patrimnio Lquido

do se O no

VII PRINCPIO DA PRUDNCIA

O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o Patrimnio Lquido. O Princpio da PRUDNCIA impe a escolha da hiptese de que resulte menor Patrimnio Lquido.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Contabilidade Introdutria. 8 ed. So Paulo: Atlas, 1996. GOUVEIA, Nelson. Contabilidade Bsica. Editora Harbra. IUDCIBUS, Srgio de. FIPECAFI. Manual de contabilidade das sociedades por aes: aplicvel s demais sociedades. 6 ed. So Paulo: Atlas. MARION, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. 10 ed. So Paulo: Atlas, 2009. MARION, Jos Carlos. Contabilidade Empresarial. 15 ed. So Paulo: Atlas, 2009. PADOVEZE, Clvis Lus. Manual de Contabilidade Bsica. So Paulo: Atlas, 2000. Princpios de Contabilidade Resoluo n 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Bsica Fcil. 21 ed. So Paulo: Saraiva, 1997.